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QUESTÕES DE FIXAÇÃO DO CONTEÚDO DA 1 E 2 AULA Marque V ou F nas assertivas abaixo (Magistratura do Trabahlo – 3ª Região - 2008) 1. A flexibilização do Direito do Trabalho aumenta o risco de desregulamentação e de precarização das relações de trabalho. (V) 2. Em se tratando de conceito de Direito do Trabalho, a posição objetivista defende o campo de aplicação da disciplina como sendo o das normas do trabalho; já a posição subjetivista, com caráter finalista, se preocupa com a melhoria da condição social do trabalhador. (V) 3. Para os defensores da posição privatista da natureza jurídica das normas do Direito do Trabalho, o núcleo é o contrato, porque as relações jurídicas ocorrem entre pessoas singulares, nas quais predomina o interesse particular; já para os defensores da posição publicista, o Direito do Trabalho é produto do intervencionismo, onde a autonomia da vontade é exceção. (V) (Magistratura do Trabalho – 9ª Região – 2009) 4. Para que uma disciplina jurídica adquira efetiva autonomia são necessárias três condições: domínio suficientemente vasto (ou campo temático vasto e específico), doutrinas homogêneas (ou teorias próprias ao mesmo ramo jurídico investigado) e método próprio (metodologia própria de construção e reprodução da estrutura e dinâmica do ramo jurídico enfocado). O Direito do Trabalho possui autonomia doutrinária, legislativa, didática e jurisdicional. (V) 5. Acerca da natureza jurídica do Direito do Trabalho, prepondera atualmente a sua classificação no segmento do Direito Privado. (V) 6. Segundo a doutrina, em sentindo amplo, a área jurídica trabalhista, pode ser dividida em: direito material do trabalho e direito público do trabalho. O direito material do trabalho compreende dois segmentos: o direito individual do trabalho e o direito coletivo do trabalho, enquanto o direito público abrange: direito processual do trabalho; direito administrativo do trabalho e direito previdenciário e acidentário do trabalho. É controvertida a inclusão do direito penal do trabalho como segmento do direito público do trabalho. (V) (Magistratura do Trabalho – 16ª Região - 2008) 7. O Direito do Trabalho está assentado preponderantemente na Justiça Comutativa, de matriz aristotélica, preservando a ideia de equidade; (F) 8. A Flexibilização se identifica com a desregulamentação, correspondendo a uma sinonímia, sendo ambas expressões de um momento histórico das relações laborais, no qual prepondera a ideia de valorização da autonomia privada coletiva. (V) 9. A desregulamentação tem previsão constitucional expressa, embora reduzida a algumas escassas hipóteses. (V) (Magistratura do Trabalho – 16ª Região – 2006) 10. O direito do trabalho não é um ramo autônomo da ciência jurídica (F). 11. Ao longo da história o homem trabalhador sempre foi sujeito de direito, diverso das mercadorias. (F). (Magistratura do Trabalho – 21ª Região – 2005) 12. Desde o início de sua existência, o Direito do Trabalho já recebeu diferentes denominações como Direito Industrial, Direito Operário, Direito Corporativo, Direito Sindical e Direito Social; (V) (Magistratura do Trabalho – 22ª Região – 2008) 13. A substância nuclear do Direito do Trabalho é a relação de emprego – uma relação entre particulares – e, portanto, sua natureza jurídica é de Direito Privado, segundo a concepção atual e majoritária. 14. A flexibilização do Direito do Trabalho, embora tenha raízes na Revolução Tecnológica, fez-se sentir na legislação brasileira somente no final do Século XX, com a promulgação da Constituição da República de 1988. São exemplos de direitos sociais individuais flexíveis, em convenção ou acordo coletivo de trabalho: a jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, a irredutibilidade salarial e a duração do trabalho normal máxima de oito horas diárias e de no máximo quarenta e quatro horas semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada. 15. As fontes formais de Direito do Trabalho podem ser divididas em: fonte autônoma e fonte heterônoma. A primeira corresponde à vontade dos sujeitos individuais da relação de emprego isenta de contingências externas. As segundas se originam das normas jurídicas, que submetem a referida vontade individuais à sua disciplina podendo ser subclassificadas em: internacionais, estatais, profissionais e mistas. 16. A integração das normas do Direito do Trabalho deve ser feita de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público, e aplicará analogia a equidade, os princípios e normas gerais de direito especialmente do Direito do Trabalho, os usos e costumes e o direito comparado. A equidade se acha autorizada, particularmente, para solução dos dissídios individuais submetidos ao procedimento sumaríssimo. (V) 17. O critério de hierarquia normativa que vigora no Direito do Trabalho é maleável, prevalecendo sempre no vértice da pirâmide normativa aquela norma que se mostra mais favorável aos interesses do trabalhador, independentemente do conteúdo das demais normas heterônomas objeto de disciplina concorrente. (F) (Magistratura do Trabalho – 3ª Região – 2009) 18. São princípios constitucionais do Direito do Trabalho inseridos, ainda que Implicitamente, no art. 7º da Constituição da República, exceto: (A) Intangibilidade salarial; (B) irredutibilidade salarial; (C) igualdade salarial; (D) continuidade da reação de emprego; (E) primazia da realidade. (Letra E) (Magistratura do Trabalho – 7ª Região – 2005) 19. Havendo duas ou mais normas passível de aplicação, informa o princípio da norma mais favorável que poderá ser aplicada aquela que for mais benéfica ao trabalhador, independentemente da sua posição na escala hierárquica. A teoria do conglobamento ou por instituto constitui um dos critérios para identificação da norma mais favorável, caracterizando-se pela seleção, em cada uma das normas objeto de comparação, do preceito que mais favoreça o trabalhador. (F) 20. O fenômeno da flexibilização na aplicação das normas legais trabalhistas mitiga o princípio da irrenunciabilidade e permite que, por convenção coletiva de trabalho, alguns preceitos contidos na Consolidação das Leis do Trabalho não sejam aplicados. Dentro dessa perspectiva, é possível afirmar que de acordo com entendimento prevalente no âmbito do Tribunal Superior do Trabalho, tem validade convenção coletiva que preveja a supressão do intervalo intrajornada (norma considerada patamar civilizatório mínimo) para os trabalhadores, uma vez respeitadas as jornadas diária e semanal, respectivamente de oito e quarenta e quatro horas. (F) 21. Do princípio protetor emana o princípio da condição mais benéfica, que determina a prevalência das condições mais vantajosas ao trabalhador, ajustadas em contrato ou em regulamento da empresa, salvo quando sobreviver norma jurídica imperativa prescrevendo menor nível de proteção e que com esta não sejam elas incompatíveis. (F) 22. O princípio da não-discriminação, consagrado na Constituição Federal, proíbe diferença de critérios de demissão, de exercício de funções e de salário, por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil. É também vedada a discriminação no tocante ao salário e critérios de admissão do portador de deficiência física, à luz do dispositivo constitucional. (V) 23. O princípio da continuidade da relação de emprego objetiva a proteção do empregado, pautado na concepção de que a permanência do vínculo constitui fator de que a permanência do vínculo constitui fator de segurança econômica do trabalhador, propiciando a sua incorporação ao organismo empresarial. Deflui, do citado princípio, à luz da jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do Trabalho, presunção favorável ao empregador, quando, em juízo, háque se provar o término do contrato de trabalho e são negados a prestação de serviços e o despedimento. (F) (Magistratura do Trabalho - 8ª Região - 2008) 24. O princípio que rege a igualdade de tratamento no Direito Individual do Trabalho, advém do princípio geral da igualdade entre os cidadãos de um Estado, refletido no direito privado. Ao expandir-se para a integralidade da relação empregatícia, este princípio beneficia tanto o empregado como o empregador. (V) 25. Por força do princípio da continuidade da relação de emprego, o contrato de emprego se realiza, de regra, como um contrato de vigência prolongada e indefinida, salvo quando determinadas circunstâncias o façam cessar por decisão do empregado, do empregador ou, ainda, por morte do empregado ou extinção da empresa. (Magistrarura do Trabalho - 9ª Região - 2009) 26. De forma geral, são considerados princípios gerais do Direito do Trabalho: da proteção ou tutelar, ou tuitivo; da irrenunciabilidade de direitos; da continuidade da relação de emprego; da primazia da realidade; da razoabilidade; da boa fé. (V) 27. O princípio da proteção ou tutelar é dividido nas seguintes regras: “in dubio pro operario”; da aplicação da norma mais favorável; da irrenunciabilidade de direitos. (F) 28. A maioria dos doutrinadores e a jurisprudência predominante concordam que a regra da aplicação da norma mais favorável deve observar a teoria do conglobamento. (V) 29. Segundo a regra da condição mais benéfica, se o empregador contratar pessoa formada em engenharia, mesmo que para função não relacionada à profissão, como, por exemplo, assistente de produção, estará obrigado a pagar o salário-base mínimo, equivalente a seis vezes o maior salário mínimo comum vigente no País, previsto para os diplomados, pela Lei 4.950-A, de 22-4-66. (V) 30. Decidindo uma ação em que se postule reconhecimento de vínculo empregatício, de um trabalhador que tenha exercido a função de vendedor externo, pelo princípio da primazia da realidade, mesmo que as provas apontem para a existência de subordinação, pessoalidade e dependência econômica, se o empregador comprovar a existência de um contrato de representação comercial autônoma, a pretensão deverá ser rejeitada. (F) (Magistratura do Trabalho - 9ª Região - 2008) 31. O Direito Individual do Trabalho é centralizado no princípio tutelar, que lhe dá a essência, informando todo o sistema. (V) 32. O princípio de proteção desdobra-se nos princípios “in dubio pro operário”, da norma mais favorável e da condição mais benéfica. (V) 33. No princípio da norma mais favorável, utiliza-se da teoria do conglobamento ou da acumulação, para encontro da regra mais favorável. (V) 34. O princípio da continuidade da relação de emprego propõe como regra geral o contrato de trabalho por tempo indeterminado e, caso evidenciado o rompimento do vínculo, faz presumida a ruptura contratual mais onerosa ao empregador (dispensa injusta); (V) 35. A partir da percepção do valor igualdade, o Direito do Trabalho adota um princípio compensador de desigualdade (de proteção), consagrando um favorecimento do trabalhador, sujeito mais fraco na relação com o capital. Assim, com esse princípio, protege uma das partes na busca de uma igualdade substancial; (V) 36. Para jurista uruguaio Américo Plá Rodriguez, o princípio protetivo manifesta-se em várias dimensões, sendo numa delas, no princípio da norma mais favorável, que informa o direito adquirido; (F) 37. O princípio da intangibilidade salarial projeta-se em garantias contra as mudanças contratuais e normativas que provoquem a redução do salário. (V) 38. Os princípios têm grau de abstração mais elevado do que as regras; (V) 39. Os princípios são mais duradouros do que as regras e transcendem o direito positivado; (V) 40. Os princípios são ordenações que se irradiam e imantam os sistemas de regras, enquanto estas são preceitos que tutelam situações subjetivas de vantagem ou de vínculo; (V) 41. A aplicabilidade dos princípios ocorre diretamente, ao contrário das normas, que carecem de mediações concretizadoras; (F) 42. Os princípios não se excluem do ordenamento jurídico na hipótese de conflito entre eles, pois permitem ao intérprete a adoção do critério de ponderação de valores, ao contrário das demais normas-regras, que são operadas de modo disjuntivo, isto é, o conflito entre elas é dirimido no plano de validade: aplicáveis duas normas a uma mesma situação, uma delas apenas a regulará, atribuindo-se à outra o caráter de nulidade. (V) Magistratura do Trabalho – 16ª Região – 2008 43. A Constituição consagra, dentre outros, os princípios da valorização social do trabalho, da irredutibilidade relativa dos salários e da não discriminação entre trabalhadores de igual nível manual, técnico ou intelectual. (V) 44. O princípio da aplicação da norma mais favorável equivale, de certo modo, ao conceito do direito adquirido, enquanto que o princípio da condição mais benéfica autoriza o juiz a decidir sempre em benefício do trabalhador, em matéria de fato ou de direito. (F) 45. Para maior segurança dos atos jurídicos, no direito do trabalho a formalidade deve prevalecer, como regra geral, sobre a realidade dos fatos. (F) 46. Pelo princípio do “in dubio pro operario”, em havendo dúvida no exame probatório do processo, deve ser aceita aquela prova que for favorável ao trabalhador. (F) (Magistratura do Trabalho – 22ª Região – 2006) 47. Entre os princípios de Direito Individual do Trabalho, usualmente proclamados pela doutrina, constam o princípio tutelar ou protetivo, o princípio da norma mais favorável e o princípio da inalterabilidade contratual lesiva. Este último fundamenta a indisponibilidade dos direitos trabalhistas e assegura a liberdade efetiva do trabalhador no curso da relação empregatícia. (F) 48. O ônus de provar o término do contrato de trabalho é do empregador, quando negados a prestação de serviço e o despedimento. Tal entendimento sumulado do Tribunal Superior do Trabalho encontra suporte teórico no princípio da continuidade da relação de emprego, o qual constitui presunção favorável ao empregado. (V) 49. Não podem ser objeto de transação e renúncia lícitas os direitos tutelados em nível de interesse público, a exemplo da incidência das normas de saúde e segurança no trabalho. (V) (Magistratura do trabalho – TRT da 23ª Região – 2006) 50. O caput do art. 7º da Lei Maior estatui: “São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social…” Este dispositivo consagra um princípio cardeal no Direito do Trabalho, assegurando um mínimo de garantias sociais para o empregado, passível de tratamento mais benéfico pela vontade das partes ou outra fonte do Direito. Trata-se de qual princípio? (A) Princípio da proteção; (B) Princípio do in dubio pro operario; (C) Princípio da indisponibilidade dos direitos trabalhistas; (D) Princípio da isonomia; (E) Princípio da irredutibilidade salarial. (A) (Ministério Público do Trabalho – 15º) 51. O Direito do Trabalho não admite a renúncia, pelo trabalhador, antes, durante e após o rompimento do contrato de trabalho; (F) 52. Somente será passível de transação lícita parcela juridicamente não acobertada por indisponibilidade absoluta, independentemente do respeito aos demais requisitos jurídico- formais do ato; (V) 53. De acordo com o entendimento uniforme do Tribunal Superior do Trabalho, o direito ao aviso prévio é irrenunciável pelo empregado. O pedido de dispensa de cumprimento não exime o empregador de pagar o respectivo valor, salvo comprovação de haver o prestador dos serviços obtido novo emprego; (V) 54. De acordo com orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho, a transação extrajudicial que importarescisão do contrato de trabalho ante a adesão do empregado a plano de demissão voluntária implica quitação exclusivamente das parcelas e valores constantes do recibo;(V) (Ministério Público do Trabalho – 13º) 55. O princípio da irrenunciabilidade vem sendo afetado pela tese da flexibilização; (V) 56. O princípio da norma mais favorável significa aplicar, em cada caso, a norma jurídica mais favorável ao trabalhador, independente de sua colocação na escala hierárquica das fontes do direito; (V) 57. O princípio da continuidade da relação de emprego confere suporte teórico ao instituto da sucessão de empregadores; (V) 58. A adoção de medidas tendentes a facilitar o acesso ao mercado de trabalho dos negros constitui violação ao princípio da não discriminação, que proíbe diferença de critério de admissão por motivo de raça; (F) (Ministério Público do Trabalho – 13º) 59. A anotação do contrato de trabalho na Carteira de Trabalho e Previdência Social é exemplo de norma de natureza dispositiva; (F) 60. A primazia dos preceitos de ordem pública na formação do conteúdo do contrato de trabalho está expressamente enunciada na lei; (V) 61. A flexibilização é uma fenda no princípio da inderrogabilidade das normas de proteção ao trabalho, admitida nos limites do sistema jurídico nacional traçado na Constituição Federal; (V) 62. A transação e a renúncia são institutos incompatíveis com o Direito do Trabalho, sendo vedadas pelo sistema juslaboral.(F) (Magistratura do trabalho – 5ª região – 2006 – CESPE) 63. Considerando as fontes formais do direito do trabalho, seu conceito, classificação e hierarquia, conflitos de normas e suas soluções; interpretação e aplicação do direito do trabalho, o papel da equidade e a eficácia das normas trabalhistas no tempo e no espaço; revogação, irretroatividade e direito adquirido no direito do trabalho, assinale a opção incorreta. 64. O regulamento interno da empregadora não é considerado fonte formal do direito do trabalho. (F) 65. A teoria do conglobamento é utilizada como método para se aferir a norma mais benéfica ao emprego (V) 66. De acordo com a legislação trabalhista vigente, a jurisprudência é uma fonte de integração da lei. (V) (Magistratura do Trabalho – 9ª Região – 2009) 67. No plano jurídico, fontes do Direito expressam a origem das normas jurídicas, podendo-se classificar as fontes em dois grandes blocos, designados de fontes materiais, enfocando o momento pré jurídico, constituindo-se nos fatores que conduzem à emergência e construção da regra de Direito e fontes formais, enfocando o momento tipicamente jurídico, considerando a regra já plenamente construída, os mecanismos exteriores e estilizados pelos quais essas regras se revelam para o mundo exterior, ou seja, os meios pelos quais se estabelece as normas jurídicas. (V) 68. As fontes formais justrabalhistas classificam-se em heterônimas e autônomas. São consideradas fontes autônomas do Direito do Trabalho: costumes, acordos coletivos de trabalho e convenções coletivas de trabalho. (V) 69. No direito do trabalho, em que um dos princípios é o “da norma mais favorável”, o critério orientador da hierarquia das normas jurídicas é distinto do rígido e inflexível do Direito Comum, implicando que no Direito do Trabalho a pirâmide normativa se constrói de modo plástico e variável, elegendo-se para o seu vértice dominante a norma que mais se aproxime do caráter teleológico do ramo trabalhista. (V) 70. Pela hierarquia das fontes normativas, um decreto regulamentador não poderia ampliar direitos, falecendo ao Chefe do Poder Executivo poderes para alarga o comando legal regulamentado. Todavia considerando a especificidade do Direito do Trabalho, no caso do conflito de regras jurídicas, a solução jurisprudencial tem aplicado a regra da norma mais favorável, mesmo nos casos em que o decreto regulamentador amplia direito assegurado em lei. (F) 71. Acerca da aderência contratual dos direitos decorrentes de convenções ou acordos coletivos se apresentam três proposições interpretativas: a primeira, da aderência irrestrita, sustenta que as cláusulas convencionais ingressam para sempre nos contratos individuais, não mais podendo ser suprimidas; a segunda, da aderência limitada pelo prazo, considera que os dispositivos negociados mediante ACT ou CCT vigoram no prazo de tais diplomas, não aderindo indefinidamente ao contrato de trabalho e a terceira defende a aderência limitada por revogação, ou seja, os dispositivos negociados vigorariam até que novo instrumento negocial os revogasse. A teoria que prevalece na jurisprudência é a da aderência limitada pelo prazo. (F) (Magistratura do Trabalho – 12ª Região – 2006) 72. As fontes materiais justrabalhistas, sob a perspectiva sociológica, dizem respeito aos distintos processos de agregação dos trabalhadores assalariados, em função do sistema econômico, nas empresas e regiões do mundo ocidental contemporâneo; (V) 73. As fontes materiais justrabalhistas, sob o ponto de vista filosófico, correspondem às ideias e correntes de pensamento que influíram na construção e mudança do Direito do Trabalho; (V) 74. As fontes matérias justrabalhistas, sob o ponto de vista político, dizem respeito aos movimentos sociais organizados pelos trabalhadores, de nítido caráter reivindicatório, como os movimentos sindicais e políticos operários; (V) 75. A regra geral segundo a qual, em situação de conflito, a hierarquia das fontes formais é obedecida, ou seja, que a ordem jurídica de âmbito maior afasta a de âmbito menor, é absoluta no Direito do Trabalho; (F) 76. A par das fontes principais, existem outras fontes subsidiárias ou integradores, das quais pode se socorrer o intérprete diante das lacunas do direito comum, naquilo em que não for incompatível com os princípios fundamentais deste.(V) (Magistratura do Trabalho – 13ª Região – 2006) 77. Entre as fontes formais do direito do trabalho, não se incluem a jurisprudência e os princípios gerais do direito; (V) 78. A fonte formal por excelência do direito do trabalho é a equidade, conforme previsto na Constituição Federal; (F) 79. O direito civil é a fonte formal principal do direito do trabalho, uma vez que o segundo originou-se do primeiro; (F) 80. No Brasil, dada a liberdade contratual e a autonomia dos sindicatos, a principal fonte formal do direito do trabalho é a negociação coletiva entre entidades representativas de empregados e de empregadores, dando origem a convenções e acordos coletivos; (F) (Magistratura do Trabalho – 13ª Região – 2006) 81. No direito do trabalho, não há hierarquia entre as fontes formais, uma vez que a aplicação do princípio protetor implica que todas tenham a mesma importância jurídica. (F) 82. A hierarquia das fontes formais do direito do trabalho é igual a hierarquia do direito comum, não podendo uma norma de caráter convencional coletiva ou uma cláusula de contrato individual prevalecer sobre a lei, em qualquer hipótese.(F) 83. O caráter protetivo do direito do trabalho permite a inversão da hierarquia das fontes formais, prevalecendo a condição mais favorável ou a norma mais benéfica, mesmo que de origem contratual coletiva ou individual. (V) 84. A hierarquia das fontes formais do direito do trabalho é matéria de interesse apenas legislativo, sem nenhuma importância prática para o aplicador do direito. (F) (Magistratura do Trabalho – 16ª Região – 2006) 85. Constituem fontes típicas do direito do trabalho a convenção coletiva, o acordo coletivo, a sentença normativa, o regulamento da empresa e o estatuto sindical. (V) 86. Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros. Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídiocoletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente. (V) 87. A convenção coletiva tem aplicação sobre toda a categoria econômica e profissional interessada, enquanto que a abrangência do acordo coletivo restringe-se a uma ou determinadas empresas. (V) 88. As fontes materiais do direito equivalem aos fenômenos sociais, econômicos e políticos. (V) 89. São fontes típicas do direito do trabalho a equidade, a analogia, o contrato, a constituição e a lei. (F) (Magistratura do Trabalho – 23ª Região – 2009) 90. As fontes materiais do Direito do Trabalho, também chamadas pela doutrina de reais ou primárias, podem ser subdivididas em econômicas, sociológicas, políticas e filosóficas. (V) 91. A Constituição, as leis, os regulamentos, as convenções e as recomendações internacionais são exemplos de fontes formais heterônomas. (F) 92. As convenções coletivas e os acordos coletivos de trabalho são exemplos de fontes formais autônomas. (V) (Magistratura do Trabalho – 24ª Região – 2007) 93. As teorias da Acumulação e Conglobamento buscam informar critérios de determinação da norma mais favorável. (V) 94. O critério normativo hierárquico justrabalhista não prevalecerá ante normas heterônomas estatais proibitivas. (V) (Ministério Público do Trabalho – 8ª) 95. As fontes do direito do trabalho obedecem à seguinte hierarquia: a Constituição, as leis, a sentença normativa, a convenção coletiva de trabalho, e usos e costumes; (V) (Magistratura do Trabalho – 3ª Região – 2006) 96. No Direito do Trabalho, vigora a hierarquia dinâmica das normas, seguindo o princípio da norma mais favorável, salvo normas estatais proibitivas.(V) 97. Para a identificação da norma mais favorável, a avaliação é feita “em razão da materia”, independentemente da fonte de que promana. (V) (Magistratura do Trabalho-9° Região-2006) 98. A legislação trabalhista arrola a jurisprudência como forma de integração do sistema jurídico. (V) 99. As convenções coletivas de trabalho são fontes formais do Direito do Trabalho. (V) (Magistratura do Trabalho-13°Região-2006) 100. A incompatibilidade entre as normas de direito comum e os princípios do direito do trabalho não é impedimento para a aplicação subsidiária daquele na solução dos conflitos decorrentes da relação de trabalho, desde que não haja norma trabalhista para o caso; 101. Na falta de norma,o aplicador do direito do trabalho poderá deixar de decidir o conflito,com base no princípio da legalidade,que estabelece:”ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude da lei”. (Magistratura do Trabalho-16°Região-2006) 102. O direito comum não pode ser invocado como fonte subsidiária do direito do trabalho. (F) 103. Na aplicação do direito do trabalho, será levado em conta que nenhum interesse particular ou de classe deve prevalecer sobre o interesse público. (F) 104. As transformações sócio-econômicas são irrelevantes ao intérprete do direito do trabalho. (F) (Magistratura do Trabalho-18°Região-2006) 105. O artigo3°,da Lei n.7.064,de 6 de dezembro de 1982,que dispõe sobre a situação de trabalhadores contratados ou transferidos para prestar serviços no exterior,preceitua o seguinte: "A empresa responsável pelo contrato de trabalho do empregado transferido assegurar-lhe-á, independentemente da observância da legislação do local da execução dos serviços: os direitos previstos nesta lei; a aplicação da legislação brasileira de proteção ao trabalho,naquilo que não for incompatível com o disposto nesta Lei,quando mais favorável do que a legislação territorial, no conjunto de normas em relação a cada matéria.”. A teoria a respeito do princípio da norma mais favorável foi adotada pelo legislador na redação do inciso II do transcrito dispositivo legal é da teoria do conglobamento mitigado ou orgânico (V) (Magistratura do Trabalho-23°Região-2009) 106. O preenchimento de lacunas por meio da analogia é permitido no Direito do Trabalho. (V) (Magistratura do Trabalho – 23º Região – 2006) 107. A incompatibilidade entre as normas de direito comum e os princípios de direito do trabalho não há impedimento para aplicação subsidiária daquele das soluções do conflito decorrentes da relação do trabalho desde que não haja norma trabalhista para o caso; (F) 108. Proibição de recorrer aos costumes em face do caráter legislado do nosso direito. (F) (Ministério Público do Trabalho – 15ª) 109. A Consolidação das Leis do Trabalho trata da integração jurídica da norma, pois autoriza o juiz, na falta de expressa disposição legal ou convencional, a utilizar a analogia ou a equidade; (V) (Ministério Público do Trabalho – 11º) 110. Em função do principio da norma favorável a lei ordinária trabalhista, mesmo em questões de ordem pública, não está hierarquicamente submetida a Constituição; (F) 111. No conflito entre as normas de convenção coletiva e normas de acordo coletivo, segundo estabelece expressamente a CLT, prevalece as normas da convenção coletiva, já que o acordo coletivo traz normas especificas enquanto as da convenção traz normas gerais (V) 112. Do princípio protetor, que é fundamento da autonomia cientifica do Direito do Trabalho, extrai-se, dentre outras proposições, a de quer as normas jurídicas, quando dúbias, deve-se atribuir o sentido que for mais benéfica ao trabalhador; (V) (Magistratura do Trabalho – 3º Região – 2008) 113. O principio da condição mais benéfica ao trabalhador consiste na observância do direito adquirido e na prevalência das cláusulas contratuais mais favoráveis previamente ajustadas. (V) 114. As Convenções Internacionais do Trabalho ratificadas são consideradas fontes formais de Direito do Trabalho. (V) (Magistratura do Trabalho – 8º Região - 2008) 115. No Brasil, o direito, de origem normanistica, tem a legislação como fonte formal por excelência. Tal como ocorre do direito comum, ocupa a posição de primazia como fonte do Direito do Trabalho, a Lei no sentido amplo que reúne a Constituição Federal e legislação a ela subordinada. (V) 116. A proteção dos direitos decorrentes da relação empregatícia é de interesse público e social, visto que é condição para estabelecer o respeito à dignidade da pessoa humana, a garantia do valor social do trabalho e o desenvolvimento Nacional. Portanto, de regra são irrenunciáveis os direitos trabalhistas. Por preceito de ordem constitucional, é possível a renuncia e transação coletiva dos direitos trabalhistas pelo sindicato a quem compete à defesa dos interesses coletivos ou individuas da categoria. Tal poder consagrado como exceção ao principio da irrenunciabilidade deve ter sua interpretação de forma restrita. Assim, se de um lado é inadmissível ao sindicato transacionar e renunciar direitos não patrimoniais e não privados do trabalhador, como no caso de renuncia ao descanso intrajornada; de outra banda, é admissível a renúncia a continuidade de normas temporárias ou sua aplicação aos novos contratos de trabalho, ainda que mais benéficas fixadas em convenção o acordo coletivo anterior. (F) 117. A hierarquia entre as normas pressupõe, fundamentalmente, um conjunto de regras, coordenação e subordinação entre as mesmas, de forma e que se possa dizer seguramente qual o direito valido no caso concreto. Na seara do Direito do Trabalho aplica-se, principalmente a norma individualmente mais favorável ao trabalhador tornando-se irrelevante sua posição na estrutura escalonada piramidal tradicionalmente conhecida por Hans kelsen, onde a Constituição ocupa o posto mais alto. (V) 118. A formação de uma relação empregatícia decorre sem exceção de uma realidade fática pela qual se desenvolve a atividade contratada. É a prevalência do que se denomina contrato-realidade.(V) (Magistratura do Trabalho – 14º Região – 2008)119. Enquanto as fontes heterônomas caracterizam-se pela participação dos destinatários principais em sua produção (por exemplo, os costumes), as fontes autônomas, caracterizam-se pela ausência dessa participação (por exemplo, a lei) (F) 120. No Direito do Trabalho há uma rígida hierarquia de suas fontes, estando no ápice a Constituição da República, seguida das leis, decretos, regulamentos de empresa e normas contratuais. (F) 121. O principio da primazia da realidade disciplina que os fatos definem a verdadeira relação jurídica havida entre as partes, contudo, referido principio não permite a prevalência da prova testemunhal (F)
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