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Testes para séries - Profa. Rosely Pestana 1 TEOREMA. Se a série é convergente, entãon n 1 a ∞ = ∑ →+∞ =n n lim a 0. ATENÇÃO: A recíproca deste teorema é falsa, isto é, se , então não podemos afirmar que a série é convergente. →+∞ =n n lim a 0 n n 1 a ∞ = ∑ Por exemplo, para a série harmônica temos que , mas vimos que esta série é divergente. ∞ ∑ n=1 1 n →+∞ =n n lim a 0 1. TESTE PARA DIVERGÊNCIA Se , então a série é divergente.n n 1 a ∞ = ∑ →+∞ ≠n n lim a 0 Exemplo: A série é divergente. ∞ + ∑ 2 2 n=1 n 5n 4 RESUMINDO: Se , nada poderemos afirmar sobre a convergência ou divergência da série . Por outro lado, se , então a série é divergente. →+∞ =n n lim a 0 n n 1 a ∞ = ∑ →+∞ ≠n n lim a 0 2. TESTE DA INTEGRAL Seja f uma função contínua, positiva e decrescente em [1,+∞[, tal que f(n) = an. Então: ( ) + n1 n 1 i) Se f x dx é convergente, então a série a é convergente. ∞∞ = ∑∫ ( ) + n1 n 1 ii) Se f x dx é divergente, então a série a é divergente. ∞∞ = ∑∫ Exemplos: 2 n=1 1 a) n 1 ∞ + ∑ CONVERGENTE p n=1 1 b) n ∞ ∑ p-série p n 1 1 A p-série converge se p 1 e diverge se p 1. n ∞ = > ≤∑ ( ) n=1 ln n c) n ∞ ∑ DIVERGENTE 3. TESTE DA COMPARAÇÃO Sejam as séries e de termos positivos, tais que an ≤ bn. ∑ na i) Se converge, então converge. ii) Se diverge, então diverge. Esse teste aplica-se somente para séries de termos positivos. Se tivermos uma série cujos termos são menores do que aqueles de uma série que sabemos ser convergente, então nossa série também será convergente. Por outro lado, se temos uma série cujos termos são maiores do que aqueles de uma série que sabemos ser divergente, então ela também será divergente. ∑ nb ∑ nb ∑ nb ∑ na ∑ na Testes para séries - Profa. Rosely Pestana 2 Exemplos: ∞ ∑ 2 n=1 sen(n) a) n ∞ ∑ n=1 1 b) n+ n CONVERGENTE DIVERGENTE ∞ ∑ 2 n=1 5 c) 2n +4n+3 ∞ ∑ n=1 ln(n) d) n CONVERGENTE DIVERGENTE 4. TESTE DA COMPARAÇÃO POR LIMITE Sejam as séries e de termos positivos. ∑ na i) Se , com k ≠ 0, então as séries têm o mesmo comportamento ii) Se e converge, então converge. iii) Se e diverge, então diverge. ∑ nb ∑ na →+∞ =n n n a lim k b →+∞ =n n n a lim 0 b ∑ nb ∑ na →+∞ = ∞n n n a lim b ∑ nb Exemplos: ∞ = + ∑ 2 n 1 3n a) n 1 n n=1 1 b) 5 cosn ∞ − ∑ DIVERGENTE CONVERGENTE 2 n=1 1 c) n ln(n) ∞ ∑ n n=1 1 d) 2 1 ∞ − ∑ CONVERGENTE CONVERGENTE DEFINIÇÃO 3. Uma série alternada é aquela cujos termos são alternadamente positivos e negativos. ( )n 1 n 1 2 3 4 n 1 1 a a a a a ... ∞ + = − = − + − +∑ ( )n n 1 2 3 4 n 1 1 a a a a a ... ∞ = − = − + − + −∑ Exemplos: ( ) ( )n 1 n 1 n 1 1 1 1 1 1 a) 1 1 ... 1 ... n 2 3 4 n ∞ + + = − = − + − + + − +∑ ( ) ( )n n n=1 1 1 1 1 1 b) 1 1 ... 1 ... n! 2! 3! 4! n! ∞ − = − + − + − + − +∑ O teste que veremos, agora, diz que, se os termos de uma série alternada, em valor absoluto, decrescem em direção a 0, então a série é convergente. 5. TESTE DE LEIBNIZ Seja a série alternada , com an > 0. Se an+1 ≤ an, para todo n e , então a série alternada é convergente. ( ) +−∑ n 1 n1 a →+∞ =n n lim a 0 Exemplos: ( )n 1 n 1 1 a) 1 n ∞ + = −∑ ( )n n 1 1 3n b) 4n 1 ∞ = − −∑ CONVERGENTE DIVERGENTE ( ) ( ) n n 1 n 2 c) 1 n n 1 ∞ = + − +∑ CONVERGENTE Testes para séries - Profa. Rosely Pestana 3 DEFINIÇÃO 4. Uma série é absolutamente convergente se a série de valores absolutos é é convergente. ∑ na ∑ na Exemplos: ( )n 1 2 2 2 2 n 1 1 1 1 1 a) 1 1 ... n 2 3 4 ∞ − = − = − + − +∑ ( )n 1 n 1 1 1 1 1 b) 1 1 ... n 2 3 4 ∞ − = − = − + − +∑ ABSOLUTAMENTE CONVERGENTE NÃO É ABSOLUTAMENTE CONVERGENTE DEFINIÇÃO 5. Uma série é condicionalmente convergente se ela for convergente, mas não absolutamente convergente. ∑ na Exemplo: ( )n 1 n 1 1 1 1 1 1 1 ... n 2 3 4 ∞ − = − = − + − +∑ Então, é possível que uma série seja convergente, mas não absolutamente convergente. Entretanto, se uma série é absolutamente convergente, então ela é convergente. 6. TESTE DA RAZÃO Seja a série . ∑ na →+∞ = <n+1 n n a i) Se lim k 1, então a série é a absolutamente convergente. →+∞ →+∞ = > = ∞n+1 n+1 n nn n a a ii) Se lim k 1 ou lim , a a então a série é divergente. →+∞ = =n+1 n n a iii) Se lim k 1, então nada podemos a afirmar sobre a série. Exemplos: 2 n n 1 n a) e ∞ = ∑ n n=1 2 b) n! ∞ ∑ CONVERGENTE CONVERGENTE n n=1 n c) n! ∞ ∑ DIVERGENTE ( ) 3 n n n 1 n d) 1 3 ∞ = −∑ CONVERGENTE ( ) n n=1 1 3 5 ... 2n-1 e) n!2 ∞ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ∑ ( ) ( ) n n 1 n 2 f ) 1 n n 1 ∞ = + − +∑ CONDICIONALMENTE CONVERGENTE Vimos que essa série é convergente. A pergunta, agora, é a seguinte: essa série é absolutamente convergente ou condicionalmente convergente? 7. TESTE DA RAIZ Seja a série . ∑ na →+∞ = <n n n i) Se lim a k 1, então a série é absolutamente convergente. →+∞ →+∞ = > = ∞n nn n n n ii) Se lim a k 1 ou lim a , então a série é divergente. →+∞ = =n n n iii) Se lim a k 1, então nada podemos afirmar sobre a série. Testes para séries - Profa. Rosely Pestana 4 OBS.: O teste da razão é mais fácil de ser aplicado do que o teste da raiz. Se os termos da série contiverem fatoriais, então utilize o teste da razão. Por outro lado, se os termos da série contiverem potências de n, então poderá ser mais vantajoso usar o teste da raiz. Exemplos: n n 1 1 a) n ∞ = ∑ CONVERGENTE n n=1 1 b) 1 n ∞ + ∑ DIVERGENTE QUAL TESTE DEVO USAR PARA TESTAR AS SÉRIES? 1. Se a série for da forma ∑1/np, então é uma p-série, que sabemos ser convergente se p > 1 e divergente se p ≤ 1. 2. Se a série tiver a forma ∑arn-1 ou ∑arn, então ela é uma série geométrica, que converge para a/(1 - r), se |r| < 1 e diverge, se |r| ≥1. 3. Se , então a série ∑an diverge. Por outro lado, se ,então nada podemos afirmar sobre a série. →+∞ ≠n n lim a 0 →+∞ =n n lim a 0 4. Se a série tiver uma forma similar a uma p-série ou a uma série geométrica, então use um dos testes da comparação. Os Testes da Comparação só podem ser aplicados para séries de termos positivos. 5. Se a série é alternada, isto é, da forma ∑(-1)n+1an ou ∑(-1)nan , então use o Teste de Leibniz. 6. Para séries que envolvem fatoriais ou outros produtos (incluindo uma constante elevada à n-ésima potência), o Teste da Razão é usado com freqüência. 7. Se série ∑an apresenta potências de n, então o Teste da Raiz pode ser útil. 8. Se an = f(n), onde é facilmente calculada, então o Teste da Integral é eficaz (satisfeitas as hipóteses para este teste). () + 1 f x dx ∞ ∫
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