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Campo Vetorial Em matemática um campo vetorial é uma construção em cálculo vetorial que associa um vetor a todo ponto no espaço euclidiano. Campos vetoriais são geralmente utilizados na física para indicar, por exemplo, a velocidade e a direção de um fluido se movendo pelo espaço, ou o comprimento e direção de alguma força, tal como a força magnética ou gravitacional, com seus valores de ponto em ponto. Um campo vetorial é uma função que associa, a cada ponto do espaço, um vetor. O exemplo mais concreto e elementar é o campo de velocidades de um fluido1. Um fluido é um meio contínuo, e isto se reflete na variação contínua dos valores da velocidade, quando se percorre o fluido. Matematicamente, um campo vetorial é uma função que é contínua e diferenciável. O que isto significa, vamos explicar agora. Na expressão acima, o do lado direito é considerado como o espaço vetorial usual construído sobre o conjunto . Então, a cada ponto do espaço, dado por três coordenadas, associa-se uma outra terna de números, que são as componentes de um vetor numa base dada. Uma função como a descrita acima, denotada mais simplesmente por , pode ser escrita como uma terna de funções . Diz-se que é contínua e diferenciável quando cada uma das três componentes, , , for contínua e diferenciável. Como estas funções são funções de , suas continuidade e diferenciabilidade já foram definidas e descritas em ``Diferenciabilidade for the practical man''. Resumindo, um campo vetorial é uma função que associa a cada ponto um vetor, cujas componentes variam, de ponto para ponto, de maneira contínua e diferenciável. Isto significa que podemos calcular as derivadas parciais dessas componentes, obtendo novas funções contínuas. Um campo vetorial constante, ou seja, que associa a cada ponto do espaço o mesmo vetor, é chamado, entre os físicos, de campo uniforme. Entre os físicos prefere-se usar o termo campo constante para um campo cujos valores (ou seja, cujos vetores) independem do tempo. Portanto, quando se falar em campo constante, é necessário explicar-se. A descrição de um fluido utiliza também campos escalares. Estes são, simplesmente funções contínuas e diferenciáveis. Um exemplo é a densidade do fluido, que pode variar de ponto a ponto (como a densidade do ar, que depende da altitude). Seja um campo escalar. Podemos calcular o seu gradiente, , e temos (1) ou seja, o gradiente de um campo escalar é um campo vetorial. Campos vetoriais que são obtidos desta forma têm um papel muito importante na física. Teoremas de Green George Green (1793--1841) sobre os fundamentos matemáticos da gravitação, da eletricidade e do magnetismo foi publicado em 1828 em um pequeno livro intitulado An Essay on the Application of Mathematical Analysis to Electricity and Magnetism. Estes teoremas reduzem o trabalho quando fazemos algumas integrais demoradas. O Teorema de Green, transforma uma integral dupla (no plano XoY, por exemplo) numa integral de linha (contorno da região de integração) ou vice-versa. Consideremos uma região R regular limitada pelas curvas C1: y = f(x) e C2: y = g(x) , ambas definidas para x entre x = a e x = b . Para cada função U( x , y ), temos que = = Então, por trocas de sinais, conseguimos - = + = + , ou seja: – = , com C = C1 ( C2 De modo análogo, se R também for regular limitada pelas curvas C3: x = p(y) e C4: x = q(y) , ambas definidas para y entre y = c e y = d , para cada função V( x , y ), temos que = = + , ou seja: = . com C = C3 ( C4 Quando R não for regular nas duas direções (OX e OY), podemos dividí-la em regiões assim regulares. Teoremas de Stokes Thomson, Stokes, Rayleigh, Maxwell e outros construíram a teoria atual do eletromagnetismo. Central a este desenvolvimento foi o cálculo de várias variáveis, resultado que agora chamamos de Teorema de Green. George Stokes (1819--1903) aplicou o cálculo de várias varáveis para estudar hidrodinâmica, elasticidade, luz, gravitação, som, calor, meteorologia e física solar. Ele não foi o primeiro a desenvolver o teorema integral que agora chamamos de Teorema de Stokes; ele o aprendeu de Thomson em 1850 e poucos anos depois incluiu entre questões de um exame. Desde então tornou-se conhecido como Teorema de Stokes. O teorema de Stokes é uma extensão do teorema de Green. O teorema de Stokes relaciona a integral de linha de um campo vetorial ao longo de uma curva fechada C no com a integral sobre uma superfície S da qual C é o bordo. Para se usar o teorema de Stokes, temos que introduzir alguns conceitos: Um campo vetorial rotacional é definido por: Seja F=(f,g,h) um campo vetorial com derivadas parciais definidas em um subconjunto aberto de . o campo vetorial rotacional de F , denotado por rot(F) , é definido por: det ou O teorema de Stokes pode ser definido por: Sejam S uma superfície parametrizada por , (u,v) e D, onde D é uma região fechada do plano uv, limitada por uma curva por partes, e é uma função de classe em um subconjunto aberto de contendo D. Se F = (f,g,h) é um campo vetorial de classe definido em um subconjunto aberto de que contém S cujo bordo está orientado positvamente. Então: !! S ( rotF . n ) ds = " S F . dr Usando o teotrema de Stokes, podemos deduzir uma interpretação para o campo vetorial rot(F) que dá alguma informação a respeito do próprio F. Sejam um ponto de um conjunto aberto no qual F é de classe e uma bola fechada de raio r e centro em situada no plano perpendicular a . Aplicando o teorema de Stokes a F sobre e seu bordo , obtemos: " r F . dr = !! ( rotF . n ) ds O valor da integral de linha é denominado circulação de F ao longo de e mede a intensidade do campo tangencial a . Assim, para r pequeno, a circulação ao longo de mede a intensidade com que o campo F perto de gira em torno do eixo determinado por . Por outro lado, a integral de superfície é, para r suficientemente pequeno, aproximadamente igual ao produto escalar rot F( ). , multiplicado pela área de . Segue que a circulação ao longo de tenderá a ser maior se tiver o mesmo sentido de rotF( ). Portanto, podemos interpretar rotF ( ) como sendo o determinador do eixo em trono do qual a circulação de F é a maior possível perto de . _1144221107.unknown _1144225536.unknown _1144225568.unknown _1144225606.unknown _1144225615.unknown _1144225621.unknown _1144225596.unknown _1144225552.unknown _1144221398.unknown _1144224276.unknown _1144224683.unknown _1144221417.unknown _1144221169.unknown _1144221075.unknown
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