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3. PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO COLETIVO Há um conjunto de princípios que asseguram as condições de criação e afirmação dos entes coletivos. Muito embora não seja disciplina autônoma o Direito Coletivo do Trabalho tem princípios próprios, a saber: A) PRINCÍPIO DA LIBERDADE ASSOCIATIVA E SINDICAL PRINCÍPIO DA LIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO – assegura a liberdade de reunião e associação pacífica de um grupo de pessoas agregadas por objetivos comuns, não necessariamente ligadas em função de interesses econômicos ou profissionais. PRINCÍPIO DA LIBERDADE SINDICAL – é a faculdade que possuem os empregadores e empregados de organizarem e criarem livremente seus sindicatos, sem que sofram qualquer interferência ou intervenção do Estado, objetivando defesas dos interesses e direitos coletivos ou individuais da categoria. Liberdade sindical consiste no direito dos trabalhadores e empregadores de se organizarem e constituírem livremente seus sindicatos, sem qualquer interferência do Estado. Também se inclui aqui, ou seja, como liberdade sindical, o direito de ingressar ou de se retirar dos sindicatos. B) PRINCÍPIO DA AUTONOMIA SINDICAL A Constituição de 1988, no art. 8º, I, dispõe que é vedada ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização sindical, acolhendo o princípio da liberdade de administração sindical, coerente com as diretrizes da Convenção n. 87, da OIT. Assim, a lei constitucional proíbe a interferência do Estado na organização sindical como um todo, com o que a mesma atitude deve prevalecer em relação a cada uma das partes do todo. PRINCÍPIO DA AUTONOMIA SINDICAL – é a faculdade que possuem os empregados e empregadores de organizarem internamente seus sindicatos, com poderes de auto-gestão e administração, sem a autorização, intervenção, interferência ou controlo do Estado. Art. 8º da CF. É, portanto, a possibilidade de atuação do grupo organizado em sindicato, ao contrário de uma atuação individual realizada entre seus membros. C) PRINCÍPIO DA INTERVENIÊNCIA SINDICAL NA NORMATIZAÇÃO COLETIVA Este princípio prevê que somente será válida a negociação coletiva quando dela tiver tomado parte o sindicato da respectiva categoria dos trabalhadores. D) PRINCÍPIO DA EQUIVALÊNCIA DOS CONTRATANTES COLETIVOS Se no Direito Individual há flagrante disparidade de armas entre os dois pólos contratantes (empregado e empregador), no Direito Coletivo há que se ter equivalência entre ambos, ou seja, devem ter forças semelhantes. É exatamente esta a razão de ser do Direito Coletivo. E) PRINCÍPIO DA LEALDADE E TRANSPARÊNCIA NAS NEGOCIAÇÕES COLETIVAS F) PRINCÍPIO DA CRIATIVIDADE JURÍDICA DA NEGOCIAÇÃO COLETIVA G) PRINCÍPIO DA ADEQUAÇÃO SETORIAL NEGOCIADA Ao contrário, seriam de indisponibilidade absoluta as normas estipuladoras de direitos que não podem ser suprimidos ou reduzidos sequer mediante negociação coletiva, como ocorre com a anotação em CTPS, com as normas de segurança e medicina do trabalho, entre outras. Este núcleo intangível de direitos trabalhistas é chamado por Godinho Delgado de patamar civilizatório mínimo.
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