Buscar

Cronologia Escatológica Bispo José Ildo de Mello

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

Cronologia Escatológica 
Por José Ildo Swartele de Mello 
 
Introdução 
 
Segue aqui a ordem cronológica dos principais fatos 
relacionados aos finais dos tempos de acordo com 
as Escrituras Sagradas: 
 
1) A Primeira Vinda de Cristo promovendo: O 
Aprisionamento de Satanás e a Primeira 
Ressurreição 
2) O Milênio (Reino de Deus na era presente) 
3) A Grande Tribulação (curto período de tempo 
em que Satanás será solto) 
4) A Segunda Vinda de Cristo (O Dia do Senhor, 
evento único, visível e portentoso) 
5) A Segunda Ressurreição ou Ressurreição 
Geral dos Corpos (evento único e geral, uns para a 
vida, outros para a morte) 
6) O Juízo Final (evento único e geral) 
7) Novo Céu e Nova Terra (Nova Jerusalém e a 
plenitude do Reino Eterno) 
 
Pretendo demonstrar que esta ordem se encontra 
tanto nas Escrituras do Antigo como do Novo 
Testamentos, tanto nos ensinos de Cristo como 
também de seus apóstolos, tanto nos Evangelhos 
como também nas Epístolas e no Apocalipse. 
Havendo uma coerência muito grande entre todos 
eles. 
 
Agora, é importante ressaltar que o livro de 
Apocalipse não está todo em uma ordem 
cronológica, não é uma narrativa linear de começo, 
meio e fim, mas apresenta-se divido em 7 seções 
paralelas e progressivas, onde cada seção abarca o 
período que vai da primeira vinda de Cristo até a 
consumação dos séculos, cada uma trazendo novos 
detalhes em relação a anterior, como retratos de 
uma mesma história tirados de diversos ângulos 
diferentes de maneira a enriquecer a visão como um 
todo. 
 
O Apóstolo João, autor do Apocalipse, também 
escreveu o Evangelho de João e lá também fez uso 
do número sete para destacar certas verdades, no 
caso, para defender a divindade de Jesus, pois o 
Evangelho registra sete milagres de Cristo e também 
sete vezes a expressão "Eu Sou". Então, 
Apocalipse, segue esta mesma linha, possuindo sete 
seções. Sendo que cada seção compreende o 
período que vai da primeira à segunda vinda. Cada 
nova seção é mais clara em seu retrato do fim até 
chegarmos ao clímax! Primeira Seção (1-3) - Os sete 
candeeiros; Segunda Seção (4-7) - Os sete selos; 
Terceira Seção (8-11) - As sete trombetas; Quarta 
Seção (12-14) - A trindade maligna; Quinta Seção 
(15-16) -As sete taças; Sexta Seção (17-19) - A 
derrota dos agentes do Dragão; e a Sétima Seção 
(20-22), que mostra o Reinado de Cristo com as 
almas do santos no céu e não em um milênio na 
terra depois da segunda vinda. 
 
Embora o capítulo 19 descreva a Segunda Vinda de 
Cristo, ele termina com uma descrição viva do juízo 
final. Os eventos descritos no Capítulo 20 não 
seguem os do capítulo 19 em ordem cronológica, 
assim como também a descrição do nascimento de 
Jesus que encontramos no capítulo 12, de maneira 
alguma segue cronologicamente os eventos do juízo 
registrados no capítulo 11. 
 
Portanto, assim como o capítulo 11 termina com 
uma descrição do Juízo Final e o capítulo 12 
recomeça contando a história a partir do nascimento 
de Cristo, assim também, acontece com os capítulos 
19 e 20. Pois, o capítulo 20 começa descrevendo os 
eventos que marcaram a primeira vinda. Porque foi 
por ocasião da Primeira Vinda de Cristo que 
aconteceu o aprisionamento de Satanás (Mt12.28-29; Jo 
1.5; Mt 16.18; Mt 28.18) e seu lançamento no abismo (Lc 
10.18, 19; Is 14.12; Jd 1.6; 2Pe 2.4; Jo 12.31,32). 
 
Vejamos agora uma descrição mais detalha dos 
eventos escatológicas na ordem sequencial em que 
se darão conforme a sétima e última seção do Livro 
de Apocalipse (20-22) e como tal sequência é 
também ensina por Jesus, seus apóstolos e pelos 
profetas. 
 
 
1) A Primeira Vinda de Cristo promovendo o 
Aprisionamento de Satanás e a Primeira 
Ressurreição 
 
O Aprisionamento de Satanás 
 
Satanás é preso por ocasião da primeira Vinda de Cristo conforme registrado 
em Mateus 12:28-29, pois as mesma palavras traduzidas por “amarrar” ou 
"acorrentar" (deo) e “expulsar” ou "lançar" (ek-ballo) são empregados tanto 
em Mateus 12.28-29 como também em Apocalipse 20.2-3. Depois de amarrado 
(deo), Satanás é expulso (ekballo) da terra e lançado no abismo. Jesus disse 
que Satanás já estava sendo expulso naquele tempo em que Jesus esteve 
entre nós: "agora será expulso o príncipe deste mundo" (Jo 12.31). Jesus 
declarou também que já havia visto Satanás caindo como um raio (Lc 10.18). 
 
 
Estas ações de "amarrar", "prender" e "expulsar" não devem ser interpretadas 
literalmente, pois elas tem como propósito demonstrar que Jesus restringiu o 
poder do maligno "para assim impedi-lo de enganar as nações" (Ap 20.3). 
"Amarrado" e "expulso", Satanás não pode impedir que Jesus "atraia todos a 
si" através da cruz (Jo 12.31,32), de modo que Satanás não conseguirá 
também impedir que a Igreja seja bem sucedida no cumprimento de sua 
Grande Missão de fazer discípulos de todas as nações durante esta era do 
Evangelho do Reino, em que as "portas do inferno" não prevalecerão contra a 
Igreja (Mt 16.18), pois a Igreja recebeu sua missão do Rei que já tem todo o 
poder no céu e na terra (Mt 28.18-20), e recebeu deste Rei o poder do Seu 
Espírito para lhe ser testemunha (At 1.8), tendo recebido dele também as 
chaves do Reino (Mt 16.19), e o poder para pisar cobras, escorpiões e sobre 
todo o poder do mal (Lc 10.19; Mc 16.18). Tanto é verdade, que o Apocalipse 
mostra uma inumerável multidão de salvos de todas as nações (Ap 6.9-
11 e 7.9-14), de modo que se cumprirá a profecia que diz que "a terra se 
encherá do conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar"(Is 11.9). 
 
Tal sucesso da Igreja somente foi possível porque Jesus, que veio para 
desfazer as obras do Diabo (1Jo 3.8), amarrou Satanás (Mt 12.29 e Ap 
20.2), vencendo-o em todas as batalhas: na tentação do deserto (Mt 4.1-
11; Mc 1.12,13 e Lc 4.1-13), na cruz (Cl 2.14,15; Cl 1.19, Gl 6.14, Jo 
19.30). Portanto, assim como um cachorro, Satanás foi acorrentado, tendo o 
seu raio de ação limitado de modo a não poder impedir o avançar missionário 
da Igreja, mas, cuidado: "Não deis lugar ao diabo", ou seja, não entre no raio 
de ação dele. 
A primeira Ressurreição 
 
A primeira ressurreição descrita em Apocalipse 20.6 é de natureza espiritual e 
diz respeito ao novo nascimento em Cristo que promove a ressurreição dos 
que estavam mortos em seus delitos e pecados (1Jo 3:14, Rm 6:8, Ef 2:4-
6 e Cl 2:13). 
 
Os cristãos são descritos como já estando espiritualmente assentados com 
Cristo em seu trono celestial, reinando sobre todo principado e potestade (Ef 
2:6, 1Co 3:21-22 e Cl 3:1-2). Todos os que estão em Cristo já passaram da 
morte para a vida, ainda estão sujeitos a morte física, que é a primeira morte, 
mas "a segunda morte não tem poder sobre eles" (Ap 20.6)! Já, os demais, 
continuam mortos nos seus delitos e pecados durante o milênio, não participam 
da primeira ressurreição e nem reinam com Cristo. Todos estes ressuscitarão 
apenas uma única vez na ressurreição geral e física de todos os mortos que 
acontecerá após o milênio e serão condenados no juízo final e padecerão a 
segunda morte que é o castigo eterno (Ap 20.5). 
 
Mais uma prova de que a primeira ressurreição (Ap 20.6) é de caráter 
espiritual, sendo uma referência ao novo nascimento e a condição dos salvos, 
que já estão inscritos no Livro da Vida, pode ser aferida do texto paralelo que 
se encontra no v. 15. Pois quem nasceu de novo não sofre o dano da segunda 
morte ou condenação do inferno. O v. 14 diz que a Segunda Morte é o Lago de 
Fogo, ou seja, o inferno, e conhecemos bem a afirmação paulina de que 
“nenhuma condenação há para os que estão em CristoJesus” (Rm 8.1). O que 
concorda plenamente com a exclamação de Nosso Senhor: “Em verdade, em 
verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou 
tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida” (João 
5:24). 
 
Portanto, quem tem o seu nome inscrito no Livro da Vida (Ap 20.15), ou seja, 
quem já participou da Primeira Ressurreição (v. 6), não sofrerá o dano da 
Segunda Morte (v. 6 e 15). Tanto a Primeira Ressurreição como a Segunda 
Morte são de caráter espiritual. Não seria coerente dizer que um Ressurreição 
física livra o homem de uma condenação espiritual. 
 
O Novo Testamento usa com frequência o termo ressurreição, ressuscitados e 
ressurretos para descrever a condição do crente em Cristo: “tendo sido 
sepultados, juntamente com ele, no batismo, no qual igualmente fostes 
ressuscitados mediante a fé no poder de Deus que o ressuscitou dentre os 
mortos” (Cl 2:12)... “Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, 
buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus” (Cl 
3:1)... Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como 
Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também 
andemos nós em novidade de vida” (Rm 6:4)... “Nós sabemos que já passamos 
da morte para a vida, porque amamos os irmãos; aquele que não ama 
permanece na morte” (1 Jo 3:14). Deus não é Deus de mortos, mas de vivos, 
de modo que os mártires cristãos estão vivos em Deus e reinam com Cristo. 
 
Vemos, no capítulo 5 do Evangelho de João, o emprego do termo ressurreição 
tanto no sentido espiritual como no físico e isto num mesmo contexto (Jo 5.25-
29). Portanto, não seria de se estranhar que o mesmo acontecesse neste outro 
escrito de João. 
 
A primeira ressurreição mencionada em Apocalipse 20.6 é espiritual, 
apresentada aqui principalmente para indicar a vitória dos mártires que vivem e 
reinam com Cristo, pois o estado intermediário dos crentes, entre a morte e a 
ressurreição, é um período de vida (Lc 20.38) e consciência (Ap 6.9-11), que 
segundo Paulo é incomparavelmente melhor do que a dos crentes antes da 
morte (Fp 1.23), que o faz até preferir deixar o corpo para habitar com o Senhor 
(2 Co 5.8), pois eles desfrutam da presença do Senhor numa dimensão 
superior, por se acharem diante do trono de Deus, servindo a Deus de dia e de 
noite no seu santuário, já não tem mais fome, nem sede, e já não sofrem mais 
a intempéries da vida, pois são apascentados e consolados por Jesus (Ap 
7.15-17), e, aqui, em Ap 20.6, vemos que eles também partilham de alguma 
maneira do privilégio de reinar juntamente com Cristo. Já, a segunda 
ressurreição é descrita nos versos de 11 a 13 como algo distinto da primeira, 
sendo uma clara referência a ressurreição do corpo que se dará por ocasião da 
Segunda Vinda de Cristo. 
 
A Primeira Vinda de Cristo nos trouxe a primeira ressurreição, que é o novo 
nascimento e a Segunda Vinda nos trará a segunda ressurreição que será a do 
corpo. A segunda morte é uma referência ao castigo eterno, o que implica em 
que a primeira ressurreição, mencionada por João, não seja uma ressurreição 
física. Pois se os crentes já tivessem aqui (em Ap 20.6) ressuscitado 
fisicamente, em corpo glorificado, eles já estariam desfrutando do gozo pleno e 
total da vida vindoura e não seria necessário dizer que sobre eles a segunda 
morte não tem poder (v.6). Sendo assim, teríamos aqui o uso de um recurso 
estilístico comum naquela época, conhecido por chiasmo, que disporia os 
quatro elementos (primeira e segunda ressurreição e primeira e segunda 
morte) de modo a estabelecer um contraste diagonal em “X”, como ilustrado no 
diagrama abaixo, onde “a)” estaria se contrapondo a “b)”, espiritual com 
espiritual e físico com físico. Notar que este contraste, pelo menos em sua 
dimensão espiritual, entre a primeira ressurreição e a segunda morte, pode ser 
visto também no versículo 15, que diz: “E, se alguém não foi achado inscrito no 
Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo”. A expressão “foi 
achado inscrito no Livro da Vida” indica a condição do salvo, daquele que 
nasceu de novo, que já foi ressuscitado espiritualmente com Cristo e que já 
passou da morte para a vida, enquanto que, no versículo 14, é dito que o lago 
de fogo é a segunda morte. 
 
Assim, este texto estabelece o mesmo contraste encontrado no versículo 6, 
que diz “Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira 
ressurreição; sobre esses a segunda morte não tem autoridade; pelo contrário, 
serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele os mil anos”. O que 
fortalece o argumento em defesa da interpretação da primeira ressurreição 
como de natureza espiritual, não apenas pelo contraste estabelecido, mas 
também pelo paralelo que se vê entre os versículos 6 e 15, onde a expressão 
do v. 6 “aquele que tem parte na primeira ressurreição” tem a sua expressão 
paralela no v. 15 em termos que não deixam dúvida quanto ao caráter espiritual 
da mesma: “foi achado inscrito no Livro da Vida”. Ou seja, “aquele que tem 
parte na primeira ressurreição” é o mesmo que dizer: aquele que “foi achado 
inscrito no Livro da Vida”. Veja o diagrama: 
 
Tabela – Diagrama Demonstrativo Ap 20.6 
a) “Primeira 
ressurreição” - 
espiritual 
= símbolo da vida 
eterna 
= “foi achado inscrito 
no Livro da Vida” 
(Comparar v.6 com 
v.15) 
a) “segunda 
ressurreição” (“reviveram”v.5) 
= ressurreição geral e física (v. 
13) 
b) “Primeira b) “Segunda morte” –
morte” (subentendida) 
= morte física 
 espiritual – (v.6) 
= símbolo da morte eterna 
= “A Segunda Morte é o Lago 
de Fogo” (v.14) 
 
 
Para os que fazem questão de que os dois usos do termo ezesan em 
Apocalipse 20 sejam referências a ressurreições físicas, existe ainda uma outra 
interpretação possível, plausível e em perfeita harmonia com os Evangelhos e 
as Epístolas, onde ezesan significaria a transição da morte física dos mártires 
para a vida com Cristo no Céu durante o período intermediário entre a morte e 
a ressurreição. 
 
E também podemos afirmar com propriedade que a Primeira Ressurreição foi a 
de Jesus, o "Primogênito dentre os mortos" (Cl 1.18)! De modo que os que 
estão em Cristo, estão, de fato, identificados com sua morte e ressurreição, 
tendo já passados da morte para a vida (Jo 5.24), e, como bem frisou o 
Apóstolo Paulo, dizendo que os cristãos já foram: "Sepultados com ele no 
batismo, nele também ressuscitastes pela fé no poder de Deus, que o 
ressuscitou dentre os mortos" (Cl 2:12). "Portanto, se já ressuscitastes com 
Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra 
de Deus" (Cl 3:1). "Nem tampouco apresenteis os vossos membros ao pecado 
por instrumentos de iniquidade; mas apresentai-vos a Deus, como vivos dentre 
mortos, e os vossos membros a Deus, como instrumentos de justiça" (Rm 
6:13). 
 
Mesmo no estágio intermediário, entre a morte e a ressurreição, as almas dos 
crentes estão bem vivas e ativas no céu (Ap 6.9-11 e 7.9-17), diferente do que 
acontece com os restantes dos mortos que não creem em Deus. Pois Deus 
não é Deus de mortos, mas sim, é Deus de vivos (Mc 12.27). O estado 
intermediário dos salvos já é infinitamente superior a nossa existência terrena, 
de modo a levar Paulo a exclamar: "desejo partir e estar com Cristo, o que é 
muito melhor" (Fp 1:23); e ainda: "Temos, pois, confiança e preferimos estar 
ausentes do corpo e habitar com o Senhor" (2 Co 5:8). Tanto é verdade, que o 
autor de Hebreus, após elencar uma série de mártires e heróis da fé, inicia o 
capítulo 12 mencionando que nós osvivos na terra estamos cercados de uma 
nuvem tão grande de testemunhas vivas nos céus (Hb 12.1). "As almas dos 
decapitados" vivem e reinam dos altos céus (Ap 20.4). Obviamente, este texto 
de Apocalipse não pode ser interpretado literalmente, pois, se não, seríamos 
forçados a concluir que apenas as almas dos decapitados é que ressuscitariam 
para reinar, o que excluiria os crentes que foram mortos de outra forma; algo 
que nem mesmo o mais ferrenho literalista seria capaz de afirmar. É óbvio, 
portanto, que a referência aos decapitados é muito mais inclusiva e 
abrangente, envolvendo todos os que estão em Cristo. 
 
Paulo ensinou que nossa posição em Cristo é muito elevada. Como ressurretos 
dentre os mortos, já estamos assentados com Cristo, em seu trono, muito 
acima de todos os principados e potestades e sobre todo o reino e domínio que 
existe sobre a terra (Ef 2.6). Os crentes em Cristo exercem autoridade sobre os 
demônios (Lc 10.16-21), o maligno não lhes toca (1 Jo 5.18). 
 
O próprio Paulo também afirmou que "é necessário que ele reine até que todos 
os seus inimigos sejam postos debaixo de seus pés. O último inimigo a ser 
destruído é a morte" (1Co 15.25,26). Sendo assim, este período de reinado de 
Cristo mencionado por Paulo só pode ser na era presente, pois sabemos que é 
por ocasião da Segunda Vinda de Cristo que a morte será destruída, como 
Paulo complementa noversículo 54 deste mesmo capítulo: "Quando, porém, o 
que é corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal, de 
imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrita: "A morte foi 
destruída pela vitória"! Portanto, para Paulo, o milênio vem antes da 
ressurreição e do arrebatamento, pois a morte será destruída por ocasião da 
Segunda Vinda de Cristo e do Juízo Final: "Então a morte e o Hades foram 
lançados no lago de fogo. O lago de fogo é a segunda morte" (Ap 20.14). 
 
 
É possível que alguns possam estranhar o fato de Apocalipse 20 começar com 
a Primeira Vinda de Cristo, talvez por desconhecerem que os eventos 
relacionados à Primeira Vinda de Cristo são cumprimentos de profecias 
escatológicas do Antigo Testamento. Eis alguns exemplos: 
 
 Os "últimos dias" começaram com o advento de Cristo, o Rei (Dn 2.28,34-
44; Lc 1.31). O Messias já veio (Is 9.6-7; Lc 1.31)! 
 Satanás já foi amarrado (Ap 20.2,3; Mt 12.29; 16.18; Mc 16.18; Lc 
10.18,19; Jo 12.31 e 1Jo 3.8). Jesus venceu Satanás em todas as batalhas: 
na tentação do deserto (Mt 4.1-11; Mc 1.12,13 e Lc 4.1-13), na cruz (Cl 
2.14,15; Cl 1.19, Gl 6.14, Jo 19.30). 
 "Foi morto o ungido" conforme profetizaram Daniel, Isaías e Davi (Dn 9.26; Is 
53, Sl 22 cf. Mc 15.37; At 3.15; 5.30 e 1Ts 2.15). 
 Jesus venceu a morte (Mt 28.6; Rm 8.34 e 1Co 15.55) 
 O Reino já foi inaugurado (Ap 20.1-6; Mt 12.28; 28.18; Lc 17.20,21; Rm 
14.17; Cl 1.13; Mt 13; 1Co 15.25,26; Ap 4.4; Ef 2.6; Hb 
2.8 e 10.13). Jesus foi exaltado acima de todo principado e potestade (At 
2.33; At 5.31 e Fp 2.9) 
 A profecia de Joel de que nos últimos dias seria derramado o Espírito Santo 
sobre toda a carne se cumpriu em Pentecostes (Jl 2.28-29 cf. At 2.16-21). 
 A promessa de Ezequiel 36.36 "Darei a você um coração novo e porei um 
espírito novo em vocês" se cumpriu em Jesus Cristo que concede vida aos 
que estão mortos em seus delitos e pecados (Ef 2.5), os quais, pela graça de 
Cristo, participam da Primeira Ressurreição (Ap 20.6), que é espiritual, ou 
seja, uma figura de linguagem para o Novo Nascimento ou regeneração, o 
que Paulo também descreve em termos de ressurreição a semelhança de 
Apocalipse 20.6: "Isso aconteceu quando vocês foram sepultados com ele no 
batismo, e com ele foram ressuscitados mediante a fé no poder de Deus que 
o ressuscitou dentre os mortos" (Cl 2.12). João, em seu Evangelho, revela 
que Jesus costumava referir-se a salvação da alma em termos de 
ressurreição: “Eu lhes asseguro: Quem ouve a minha palavra e crê naquele 
que me enviou, tem a vida eterna e não será condenado, mas já passou da 
morte para a vida. Eu lhes afirmo que está chegando a hora, e já chegou, em 
que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e aqueles que a ouvirem, 
viverão. Pois, da mesma forma como o Pai tem vida em si mesmo, ele 
concedeu ao Filho ter vida em si mesmo" (Jo 5.24-26). 
 O templo foi profanado (Dn 9.27) e destruído novamente juntamente com a 
cidade de Jerusalém pelo abominável da desolação de que falou Daniel (Dn 
9:26). E Jesus disse que isto se daria naquela mesma geração (Mt 23.35 -
 24.2) e assim aconteceu no ano 70 através do Exército Romano liderado 
pelo General Tito, "príncipe", filho do Imperador Vespasiano. 
Portanto, estamos vivendo os últimos dias! A Escatologia está em processo! A 
Igreja tem parte viva e atuante neste processo de expansão do Evangelho do 
Reino! 
 
 
 
2) O Milênio (Reino de Deus) 
 
Como demonstrado no capítulo anterior, a Bíblia ensina que Jesus amarrou a 
Satanás e inaugurou o seu reino em sua primeira vinda. 
 
Em Apocalipse 20, os 1.000 anos são usados como um símbolo de perfeição e 
plenitude do Reinado de Cristo na presente era que começou com a Primeira 
Vinda de Cristo e vai até o início da Grande Tribulação. O Uso figurado do 
número mil pode ser encontrado em diversas outras passagens bíblicas, tais 
como: "Que o Senhor, o Deus dos seus antepassados, os multiplique mil 
vezes mais" (Dt 1:11), "... Deus fiel, que mantém a aliança e a bondade por 
mil gerações daqueles que o amam e obedecem aos seus mandamentos" (Dt 
7:9); "mil colinas" (Sl 50:10); "Melhor é um dia nos teus átrios do 
que mil noutro lugar" (Sl 84:10); e "mil anos" como um dia para Deus (Sl 
90:4, 2Pe 3:8). 
 
 
O Apóstolo Paulo ensinou que: "é necessário que ele reine até que todos os 
seus inimigos sejam postos debaixo de seus pés. O último inimigo a ser 
destruído é a morte" (1Co 15.25,26). Sendo assim, este período de reinado de 
Cristo mencionado por Paulo só pode ser na era presente, pois sabemos que é 
por ocasião da Segunda Vinda de Cristo que a morte será destruída, como 
Paulo complementa no versículo 54 deste mesmo capítulo: "Quando, porém, o 
que é corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal, de 
imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrita: "A morte foi 
destruída pela vitória"! Portanto, para Paulo, o milênio vem antes da 
ressurreição e do arrebatamento. 
 
A expressão "até que" de 1Co 15.25 indica um desenvolvimento paulatino do 
Reino em que os inimigos vão sendo gradativamente postos debaixo dos pés 
de Cristo e não abruptamente como ensinam os pre-milenistas. As Parábolas 
do Reino de Mateus 13 ensinam que o Reino de Deus se estabelece de 
maneira gradativa como o desenvolvimento da plantação de um grão de 
mostarda e também possui um caráter paradoxal e híbrido devido a presença 
do joio no meio do trigo, pelos pássaros que roubam a semente e que vem 
aninhar-se debaixo da árvore, e pelos peixes maus, coisas que seriam 
simplesmente inconcebíveis num milênio após a Segunda Vinda. 
 
Jesus falou de seu reino em termos espirituais e em ação já na presente era: 
"...não vem o reino de Deus com visível aparência... porque o reino de Deus 
está dentro em vós" (Lc.17:20,21). 
 
A Igreja militante na terra e triunfante no céu reina com Cristo já está 
espiritualmente assentada, juntamente com Cristo, acima de todo o principado 
e potestade (Ap 4.4; Ef 2.6 cf. 20.4-6). É preciso que se reconheça a natureza 
deste Reino de Cristo, pois se de um lado sabemosque Jesus já é o Senhor e 
que o seu reinado já foi inaugurado, por outro, ainda não vemos todas as 
coisas debaixo dos pés de Cristo, conforme lemos em Hebreus 2:8: “todas as 
coisas sujeitaste debaixo dos seus pés. Ora, desde que lhe sujeitou todas as 
coisas, nada deixou fora do seu domínio. Agora, porém, ainda não vemos 
todas as coisas a ele sujeitas” (ver também Hb 10.13). É preciso observar que, 
na parábola do Joio e do Trigo (Mt 13.24-30), que é uma das parábolas do 
Reino de Deus, paralelamente ao crescimento do trigo, observasse também o 
crescimento do joio. Portanto, realismo bíblico ajuda a evitar os extremos 
perigosos do ufanismo de um lado e, de outro, a acomodação daqueles que 
postergam a inauguração do Reino para depois da Segunda Vinda de Cristo. 
 
Este milênio completar-se-á quando chegar o tempo denominado de "a 
plenitude dos gentios" (Rm 11.25), quando, consequentemente, "todo o Israel 
será salvo" (Rm 11.26)! O Apóstolo Pedro explica que o motivo da aparente 
demora de Cristo em regressar a este mundo se deve a longanimidade de 
Deus que não quer que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao 
arrependimento (2 Pe 3.9). Jesus aguarda até que sua Igreja cumpra 
cabalmente a sua missão! 
 
 
 
3) A Grande Tribulação 
 
Após o milênio, Satanás será solto da sua prisão por pouco tempo (Ap 20.7), 
quando terá liberdade de enganar as nações, promovendo uma revolta mundial 
contra a Igreja de Cristo, descrita aqui como "o acampamento dos Santos" (Ap 
20.7-9). Período este que é também conhecido como a Grande Tribulação (Mt 
24.21), que será de curta duração por causa do amor de Deus pelos escolhidos 
(Mt 24.22). 
 
Daniel descreve os juízos de Deus que serão derramados sobre a terra no 
período da Grande Tribulação e afirma que é somente após isto que se dará a 
ressurreição geral dos mortos, "uns para a vida eterna, outros para a vergonha, 
para o desprezo eterno", sendo assim, para Daniel, não há nenhuma 
ressurreição antes da Grande Tribulação, mas somente após: 
“Naquela ocasião Miguel, o grande príncipe que protege o seu povo, se levantará. 
Haverá um tempo de angústia como nunca houve desde o início das nações até 
então. Mas naquela ocasião o seu povo, todo aquele cujo nome está escrito no livro, 
será liberto. Multidões que dormem no pó da terra acordarão: uns para a vida eterna, 
outros para a vergonha, para o desprezo eterno." (Dn 12.1,2) 
A menção "as almas dos decapitados" em Apocalipse 20.4 é muito semelhante 
a visão dos mártires na glória registrada no capítulo 6. São textos paralelos, de 
modo que um ajuda a entender melhor o outro. Vejamos o que diz: "Quando 
ele abriu o quinto selo, vi debaixo do altar as almas daqueles que haviam sido 
mortos por causa da palavra de Deus e do testemunho que deram. Eles 
clamavam em alta voz: 'Até quando, ó Soberano santo e verdadeiro, esperarás 
para julgar os habitantes da terra e vingar o nosso sangue?' Então cada um 
deles recebeu uma veste branca, e foi-lhes dito que esperassem um pouco 
mais, até que se completasse o número dos seus conservos e irmãos, que 
deveriam ser mortos como eles" (Ap 6.9-11). É impressionante a similaridade 
das duas descrições. Compare: “as almas dos que foram mortos por amor da 
palavra de Deus e por amor do testemunho que deram” (Ap 6.9) com: “as 
almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus, e pela 
palavra de Deus” (Ap 20.4). 
 
Os mártires estão conscientes do que se passa aqui na terra no período ainda 
da Grande Tribulação. Eles clamam por justiça e recebem vestiduras brancas e 
lhes é dito que aguardem um pouco mais, pois a Segunda Vinda de Cristo e a 
consequente ressurreição e o juízo final ainda estão por vir! O que é visto em 
Apocalipse 6 é visto também em Apocalipse 20, pois as almas dos decapitados 
aguardam a ressurreição do corpo cuja descrição se dá no final do capítulo 20, 
mais precisamente, no versículo 13. 
 
Portanto, a ressurreição do corpo e o julgamento final estão registrados no fim 
do capitulo 20, após a descrição do reinado de mil anos. 
 
 
 
4) A Segunda Vinda de Cristo 
 
Em Apocalipse 20.9, temos uma descrição da Segunda Vinda de Cristo, como 
um fogo que desce do céu e que destruirá seus inimigos naquela batalha final 
que também é conhecida como a Batalha do Armagedom: "As nações 
marcharam por toda a superfície da terra e cercaram o acampamento dos 
santos, a cidade amada; mas um fogo desceu do céu e as devorou". Paulo 
ensinou o mesmo, afirmando que Jesus Cristo retornaria em meio a chamas 
flamejantes para julgar a humanidade (2Ts 1.6-10; cf. Mt 16.27; 25.31,32) e o 
mesmo disse Isaías: "Vejam, O Senhor virá num fogo, e seus carros são 
como um turbilhão! Transformará em fúria a sua ira, e em labaredas de fogo, a 
sua repreensão. Pois com fogo e com a espada o Senhor executará 
julgamento sobre todos os homens" (Is 66.15-16). Jesus não é ajudado por 
labaredas de fogo, Ele retorna a terra em labaredas de fogo! É o próprio 
Senhor Jesus quem matará o perverso "com o sopro da sua boca e destruirá 
pela manifestação de sua vinda" (2Ts 2.8)! 
 
O profeta Joel igualmente descreve a Segunda Vinda de Cristo como um fogo 
devorador (Jl 2.1-3). 
 
Pedro também fala da Segunda Vinda de Cristo em termos semelhantes, 
dizendo assim: "O dia do Senhor, porém, virá como ladrão. Os céus 
desaparecerão com um grande estrondo, os elementos serão desfeitos pelo 
calor, e a terra, e tudo o que nela há, será desnudada" (2Pe 3.10 cf. 1Ts 5.2-
3). 
 
E, para o profeta Daniel, não há nenhuma ressurreição antes da Grande 
Tribulação, mas somente após (Dn 12.1,2). Sendo assim, como a ressurreição 
dos mortos é produto da Segunda Vinda de Cristo, chegamos a conclusão de 
que Daniel também é pós-tribulacionista assim como todos os autores do Novo 
Testamento! 
 
Então, "imediatamente após a tribulação daqueles dias" (Mt 24.29), "aparecerá 
no céu o sinal do Filho do homem, e todas as nações da terra se lamentarão e 
verão o Filho do homem vindo nas nuvens do céus com poder e grande glória" 
(Mt 24.30), o arrebatamento acontecerá neste grande e glorioso Dia do Senhor, 
pois que, na sequência, é dito: "E ele enviará os seus anjos com grande som 
de trombeta, e estes reunirão os seus eleitos dos quatro ventos, de uma a 
outra extremidade dos céus" (Mt 24.31). A Igreja será arrebatada para 
encontrar-se com o Senhor nos ares e acompanhá-lo em sua triunfal descida 
em direção a terra (1Ts 4.16,17). Não nos esqueçamos que Paulo ensinou que 
a Segunda Vinda de Cristo e a Nossa Reunião com ele não aconteceria sem 
que antes se desse a apostasia e fosse revelado o homem o filho da perdição 
(2Ts 2.1-3). De maneira que o arrebatamento da Igreja que acontece no Dia do 
Senhor só acontecerá após a Grande Tribulação. 
 
Diante de todas estas afirmações bíblicas, fica patente que a Segunda Vinda 
de Cristo acontecerá após a manifestação do anticristo, que sabemos ocorrerá 
no período da Grande Tribulação. Paulo claramente ensinou que a Segunda 
Vinda de Jesus Cristo e o arrebatamento que promoverá nossa reunião com 
Ele somente acontecerá após a apostasia e a manifestação do anticristo (2Ts 
2.1-3). 
 
 
5) A Ressurreição dos Mortos ou A Segunda Ressurreição que é 
física 
 
Após o milênio, a Grande Tribulação e a Segunda Vinda de Cristo, teremos a 
"segunda ressurreição" que é a ressurreição física geral de todos os mortos: 
 
"Vi também os mortos, grandes e pequenos, em pé diante do trono, e livros foram 
abertos. Outro livro foi aberto, o livro da vida. Os mortos foram julgados de acordo com 
o que tinham feito, segundo o que estava registrado nos livros.O mar entregou os 
mortos que nele havia, e a morte e o Hades entregaram os mortos que neles 
havia; e cada um foi julgado de acordo com o que tinha feito. Então a morte e o 
Hades foram lançados no lago de fogo. O lago de fogo é a segunda morte. Aqueles 
cujos nomes não foram encontrados no livro da vida foram lançados no lago de fogo" 
(Ap 20.11-15). 
 
Uma série de outros textos bíblicos também ensinam que a Ressurreição será 
Geral e que depois dela vem o Juízo Final: (Dn 12.2; Mt 25.31-46; Jo 5:28-
29; Jó 19:23-27; Is 26:19; At 24:15; Rm 8:11, 23; Fp 3:20 e 1Ts 4:16). 
 
Por ocasião da Segunda Vinda de Cristo, todos mortos ressuscitarão (Dn 12.2)! 
"Todo olho o verá, até mesmo os que o traspassaram" (Ap 1.7,) o que só será 
possível se a ressurreição física e geral de todos os mortos acontecer no dia da 
Segunda Vinda de Cristo. 
 
Jesus também ensinou que haveria apenas uma única ressurreição geral e que 
esta aconteceria logo após a Sua Segunda Vinda: 
"Quando o Filho do homem vier em sua glória, com todos os anjos, assentar-se-á em 
seu trono na glória celestial. Todas as nações serão reunidas diante dele, e ele 
separará umas das outras como o pastor separa as ovelhas dos bodes. E colocará as 
ovelhas à sua direita e os bodes à sua esquerda... E estes irão para o castigo eterno, 
mas os justos para a vida eterna" (Mt 25.31-33 e 46). 
 
Portanto, a Primeira Vinda de Cristo trouxe a Primeira Ressurreição e a 
Segunda Vinda trará a Segunda Ressurreição. 
 
 
6) O Juízo Final 
 
Em Apocalipse 20, após a descrição da Ressurreição Física de todos os 
mortos, temos o Juízo Final: 
 
"O mar entregou os mortos que nele havia, e a morte e o Hades entregaram os mortos 
que neles havia; e cada um foi julgado de acordo com o que tinha feito" 
(v.13). "Aqueles cujos nomes não foram encontrados no livro da vida foram lançados 
no lago de fogo" (v.15). 
 
Paulo afirmou possuir a mesma esperança dos profetas do Antigo Testamento; 
de que haverá ressurreição geral tanto de justos como de injustos: "Confesso-
te, porém, que adoro o Deus dos nossos antepassados como seguidor do 
Caminho, a que chamam seita. Creio em tudo o que concorda com a Lei e no 
que está escrito nos Profetas, e tenho em Deus a mesma esperança desses 
homens: de que haverá ressurreição tanto de justos como de injustos" (At 
24.14,15). 
 
Como vimos, Daniel e Jesus ensinaram que a ressurreição dos mortos é geral 
e acontece exatamente antes do Juízo final (Dn 12.2; Mt 25.31-46; Jo 5:28-
29; Jó 19:23-27; Is 26:19; At 24:15; Rm 8:11, 23; Fp 3:20 e 1Ts 4:16). 
 
Há também um outro importante texto em que Jesus ensina claramente que a 
ressurreição será geral, para todos, crentes e não crentes, uns para vida e 
outros para a condenação: 
“Não vos maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os que se acham nos 
túmulos ouvirão a sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da 
vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo” (João 5.28,29). 
 
Assim como a Ressurreição, o Juízo também será geral, abarcando os vivos e os mortos, 
o salvos e os perdidos. Pois, todos compareceremos perante o Tribunal de Deus (2 Co 
5.10; Rm 14.10-12). Os que não tiverem os seus nomes escritos no livro da vida serão 
condenados (Ap 20.11-13). 
 
Paulo afirmou possuir a mesma esperança dos profetas do Antigo Testamento; 
de que haverá ressurreição geral tanto de justos como de injustos: 
"Confesso-te, porém, que adoro o Deus dos nossos antepassados como seguidor do 
Caminho, a que chamam seita. Creio em tudo o que concorda com a Lei e no que está 
escrito nos Profetas, e tenho em Deus a mesma esperança desses homens: de que 
haverá ressurreição tanto de justos como de injustos" (At 24.14,15). 
 
 
Paulo também ensina que Jesus virá como um ladrão à noite e que juízo e destruição é o 
que as nações receberão e não um milênio: 
"Pois vocês mesmos sabem perfeitamente que o dia do Senhor virá como ladrão à noite. 
Quando disserem: “Paz e segurança”, a destruição virá sobre eles de repente, como as 
dores de parto à mulher grávida; e de modo nenhum escaparão" (1Ts 5.2,3). 
 
O Profeta Joel também ensina que o Dia do Senhor é dia de Juízo Final e não 
de milênio terrestre. 
 
"Tocai a trombeta em Sião, e clamai em alta voz no meu santo monte; tremam todos 
os moradores da terra, porque o dia do SENHOR vem, já está perto; 
Dia de trevas e de escuridão; dia de nuvens e densas trevas, como a alva espalhada 
sobre os montes; povo grande e poderoso, qual nunca houve desde o tempo antigo, 
nem depois dele haverá pelos anos adiante, de geração em geração. 
Diante dele um fogo consome, e atrás dele uma chama abrasa; a terra diante dele é 
como o jardim do Éden, mas atrás dele um desolado deserto; sim, nada lhe escapará. 
A sua aparência é como a de cavalos; e como cavaleiros assim correm. 
Como o estrondo de carros, irão saltando sobre os cumes dos montes, como o ruído 
da chama de fogo que consome a pragana, como um povo poderoso, posto em ordem 
para o combate. 
Diante dele temerão os povos; todos os rostos se tornarão enegrecidos. 
Como valentes correrão, como homens de guerra subirão os muros; e marchará cada 
um no seu caminho e não se desviará da sua fileira. 
Ninguém apertará a seu irmão; marchará cada um pelo seu caminho; sobre a mesma 
espada se arremessarão, e não serão feridos. 
Irão pela cidade, correrão pelos muros, subirão às casas, entrarão pelas janelas como 
o ladrão. 
Diante dele tremerá a terra, abalar-se-ão os céus; o sol e a lua se enegrecerão, e as 
estrelas retirarão o seu resplendor. 
E o SENHOR levantará a sua voz diante do seu exército; porque muitíssimo grande é 
o seu arraial; porque poderoso é, executando a sua palavra; porque o dia do SENHOR 
é grande e mui terrível, e quem o poderá suportar?" (Joel 2:1-11) 
 
Note também que as descrições deste Dia se assemelham as descrições da 
Segunda Vinda encontradas no Novo Testamento, tais como: "Tocai a 
trombeta" (Mt 24.31; 1Co 15.52; 1Ts 4.16), "diante dele um fogo consome" (2Ts 
1.7), "a sua aparência é como a de cavalos" (Ap 19.11,21), "como um povo 
poderoso", "diante dele tremeram os povos" (Mt 24.30), "diante dele tremerá a 
terra, abalar-se-ão os céus; o sol e a lua se enegrecerão, e as estrelas retirarão 
o seu resplendor" (Mt 24.29), "porque o dia do Senhor é grande e mui terrível" 
(1Ts 5.3 e 2 Pe 3.10). Confirmando assim que a Segunda Vinda desencadeará 
o Juízo Final. 
 
Pedro também ensina que a Segunda Vinda de Cristo trará o julgamento final: 
"O dia do Senhor, porém, virá como ladrão. Os céus desaparecerão com um grande 
estrondo, os elementos serão desfeitos pelo calor, e a terra, e tudo o que nela há, será 
desnudada. Visto que tudo será assim desfeito, que tipo de pessoas é necessário que 
vocês sejam? Vivam de maneira santa e piedosa, esperando o dia de Deus e 
apressando a sua vinda. Naquele dia os céus serão desfeitos pelo fogo, e os 
elementos se derreterão pelo calor" (2Pe 3.10-12). 
 
O Novo Testamento sempre diz que o Juízo Final se seguirá a Segunda Vinda 
de Cristo (2 Ts 1.7-10; Mt 16.27; 25.31-32; Jd 14-15 e Ap 22.12). E o Credo 
Apostólico também estabelece esta mesma relação ao dizer: “de onde há de vir 
pra julgar os vivos e os mortos”. Note que não diz “de onde há de vir para 
inaugurar seu reino milenar”). Seguindo este raciocínio, o Milênio só poderá 
acontecer antes da Segunda Vinda de Cristo, pois o juízo final acontecerá após 
a sua Segunda Vinda. 
 
Portanto, concluímos que o texto de Apocalipse 20 não está ensinando nada 
de novo, como duas ressurreições físicas separadas por um período de mil 
anos, mas, sim, estaria falando de modo simbólico,como é característico da 
literatura apocalíptica, do tema da ressurreição de modo a concordar com 
todos os vários outros textos bíblicos do Antigo e do Novo Testamento, que são 
unânimes no ensino de uma única ressurreição geral, tanto de crentes como de 
incrédulos, seguida do Juízo Final. Veremos a seguir um estudo mais acurado 
sobre a natureza do Reino de Deus em sua íntima relação com a natureza e a 
missão de Jesus e do Espírito Santo. 
 
Os eventos registrados nos capítulos 19 e 20 não estão em ordem cronológica 
como querem os pre-milenistas. Pois o capítulo 19 não termina com uma 
descrição da Segunda Vinda, mas, sim, com uma clara descrição do juízo final, 
culminando com a destruição de todos os inimigos de Deus. Se o capítulo 19 
conclui com a morte de todos os habitantes da terra cujos nomes não estavam 
escritos no livro da vida, quem restou das nações para um reinado milenar na 
terra? 
 
 
Além disso, o milênio descrito em Apocalipse 20 não descreve Jesus reinando 
de Jerusalém, mas do céu. Não faz também sentido algum supor um motim 
generalizado contra Jesus no final dos mil anos. É absurda a ideia de exércitos 
marchando sobre a terra para atacar com armas a Jesus e os salvos com 
corpos glorificados e indestrutíveis. 
 
Soa no mínimo estanho que Jesus careça de um fogo vindo do céu para 
destruir seus inimigos, quando bem sabemos que é Jesus mesmo quem desce 
do céu no meio de labaredas de fogo para destruir seus inimigos. Temos aqui 
uma alusão a Segunda-Vinda de Cristo em socorro a sua igreja que sofre 
perseguição no período da Grande Tribulação. Paulo ensinou que Jesus Cristo 
retornaria em meio a chamas flamejantes para julgar a humanidade (1Ts 1.6-
10) e o mesmo disse Isaías: "Vejam, O Senhor virá num fogo, e seus carros 
são como um turbilhão! Transformará em fúria a sua ira, e em labaredas de 
fogo, a sua repreensão. Pois com fogo e com a espada o Senhor executará 
julgamento sobre todos os homens" (Is 66.15-16). Jesus não é ajudado por 
labaredas de fogo, Ele retorna a terra em labaredas de fogo! 
 
Diante da Segunda Vinda de Cristo, os pecadores não tem esperança de um 
reino milenar, mas sim, uma terrível expectativa do juízo final. Jesus 
claramente ensinou que a Segunda Vinda precipitaria imediatamente o Juízo 
Final: "Quando o Filho do homem vier em sua glória, com todos os anos, 
assentar-se-á em seu trono na glória celestial. Todas as nações serão reunidas 
diante dele, e ele separará umas das outras como o pastor separa as ovelhas 
dos bodes... Então dirá aos que estiverem à sua esquerda: 'Malditos, apartem-
se de mim para o fogo eterno, preparado para o Diabo e seus anjos'... E estes 
irão para o castigo eterno, mas os justos para a vida eterna" (Mt 25.31-46). A 
Parábola das Dez Virgens ensina que não há esperança de vida e nem de 
salvação para os perdidos após a Segunda Vinda de Jesus. Ficando, assim, 
descartada a ideia de uma segunda oportunidade de vida e salvação para os 
não salvos após o Arrebatamento da Igreja. 
 
Todos estes textos ensinam que a Segunda Vinda de Cristo é o Grande e 
terrível Dia do Senhor em que Jesus vem para julgar a terra. Os inimigos de 
Deus serão condenados e o mal terá fim. Já, os remidos do Senhor receberão 
a vida eterna em um lar celestial. 
 
 
 
7) O Reino Eterno nos Céus - Nova Jerusalém 
 
O Capítulo 21 de Apocalipse descreve o destino eterno do povo de Deus como 
uma cidade celestial "a noiva e a esposa do Cordeiro” (v.10). Este novo céu é 
chamado de "Nova Jerusalém" (v.11), uma prometida Canaã celestial! 
 
"Então vi novos céus e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra tinham passado; e 
o mar já não existia. Vi a Cidade Santa, a nova Jerusalém, que descia dos céus, da parte 
de Deus, preparada como uma noiva adornada para o seu marido. Ouvi uma forte voz que 
vinha do trono e dizia: “Agora o tabernáculo de Deus está com os homens, com os quais 
ele viverá. Eles serão os seus povos; o próprio Deus estará com eles e será o seu Deus. 4 
Ele enxugará dos seus olhos toda lágrima. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem 
choro, nem dor, pois a antiga ordem já passou. Aquele que estava assentado no trono 
disse: “Estou fazendo novas todas as coisas!” E acrescentou: “Escreva isto, pois estas 
palavras são verdadeiras e dignas de confiança” (Ap 21.1-5). 
 
A descrição deste novo céu também remonta a Israel: "Nas portas estavam 
escritos os nomes das doze tribos de Israel" (v. 12). E é nesta mesma cidade 
santa que encontramos "os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro" inscritos 
nos fundamentos de seus muros. O que revela que o destino de Israel não é 
um paraíso na terra, mas, sim, no mesmo céu da Igreja! Pois de ambos os 
povos, Deus fez um: A Igreja, que está edificada sobre o fundamento dos 
profetas do Antigo Testamento e dos Apóstolos do Novo (Ef 2.20). 
 
O Apóstolo Pedro diz que nossa esperança não é um milênio na terra, pois o 
que nós aguardamos como crentes são os novos céus e a nova terra: 
"Todavia, de acordo com a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, onde 
habita a justiça" (2Pe 3.13). 
 
Paulo também confirma que a esperança do crente é um habitação celestial: 
"Sabemos que, se for destruída a temporária habitação terrena em que vivemos, 
temos da parte de Deus um edifício, uma casa eterna nos céus, não construída por 
mãos humanas. 2 Enquanto isso, gememos, desejando ser revestidos da nossa 
habitação celestial" (2Co 5.1). 
 
 
Concluindo 
 
Portanto, em Sua Primeira Vinda, Jesus já venceu e amarrou Satanás. A 
grande Batalha já foi travada na cruz, onde Jesus sagrou-se vencedor. O 
Corpo de Cristo também partilha desta vitória, de modo que seus membros já 
são "mais do que vencedores". A pequena semente de mostarda transformar-
se-á em grande árvore, pois a Igreja foi estabelecida com a promessa de 
prevalecer sobre as portas do inferno, recebendo todo o poder para ser bem-
sucedida em sua missão de fazer discípulos de todas as nações, o que 
certamente acontecerá segundo a visão futura descritiva da grande multidão de 
convertidos de Apocalipse 7. Quando a igreja cumprir a sua missão, Satanás 
será solto por pouco tempo e promoverá uma guerra universal contra a Igreja. 
 
Portanto, Apocalipse 20, não está ensinando nada novo e nem diferente do 
ensino de Jesus e de seus Apóstolos que deixaram claro que a Primeira Vinda 
de Cristo inaugurou o Reino de Deus e que Jesus foi entronizado, tendo 
recebido todo o poder e glória, de modo que Ele já reina do seu trono celestial 
colocando um a um de seus inimigos debaixo de seus pés, cujo último inimigo, 
a morte, será destruído por ocasião da sua Segunda Vinda, que é única, 
pessoal, visível, portentosa, em meio a labaredas de fogo, promovendo uma 
ressurreição geral de todos para o Juízo Final, quando o joio será separado do 
trigo e os bodes das ovelhas. Os mortos em Cristo ressuscitarão e receberão 
corpos espirituais e indestrutíveis capacitados para viver a eternidade na 
Jerusalém Celestial. Pois, não pertencemos a Jerusalém terrena, nossa 
cidadania é celeste! Aguardamos novos céus e nova terra, nossa morada 
celestial que Jesus foi preparar!

Outros materiais