Buscar

Matéria Orgânica do Solo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

1
Matéria OrgânicaMatéria Orgânica
Atributos físicos e químicos do soloAtributos físicos e químicos do solo
--Aula 13Aula 13--
Prof. Alexandre Paiva da SilvaProf. Alexandre Paiva da Silva
HISTORY OF CHISTORY OF C
 this element of prehistoric discovery is found throughout this element of prehistoric discovery is found throughout 
naturenature
 found in stars, sun, comets, atmospheresfound in stars, sun, comets, atmospheres
 the energy of the sun and the stars can be attributed to the the energy of the sun and the stars can be attributed to the 
carbon cyclecarbon cycle
2
Fonte: Oliveira (2007)
Ciclo do CCiclo do C
O solo como integrador O solo como integrador 
do ciclo do C entre as 4 do ciclo do C entre as 4 
esferas fundamentaisesferas fundamentais
Fonte: Silva & Mendonça (2007)
solo
3
A PedosferaA Pedosfera
 Composição do solo, da fase sólida e da
fração orgânica
 Solo: frações mineral e orgânica, ar e águaSolo: frações mineral e orgânica, ar e água
 Fase sólida: Frações mineral e orgânicaFase sólida: Frações mineral e orgânica
 Matéria orgânica (MOS): C, H, O, N, S e PMatéria orgânica (MOS): C, H, O, N, S e P
 Composição da matéria orgânica
–– C (58 %); H (6%); O (33%), N, P e S (3%)C (58 %); H (6%); O (33%), N, P e S (3%)
C orgânico do solo C orgânico do solo vs vs 
fotossíntesefotossíntese
 6CO6CO22 + 6H+ 6H22O + energia O + energia  CC66HH1212OO66
+ 6H+ 6H22OO
–– Grande parte do C que entra no solo
provem os produtos da fotossíntese
 realizada por organismos autotróficos
 manter equilíbrio de COmanter equilíbrio de CO22 na atmosfera e ciclo de C na na atmosfera e ciclo de C na 
TerraTerra
4
C orgânico do solo C orgânico do solo vs vs 
fotossíntesefotossíntese
 ProduçãoProdução PrimáriaPrimária TotalTotal (PPT)(PPT) globalglobal dede CC
– 120 Gt / ano de C  ( 1Gt = 109 t)
 ProduçãoProdução PrimáriaPrimária LíquidaLíquida (PPL)(PPL) dede CC
– 60 Gt / ano de C  respiração
– produção líquida de material orgânico pelas plantas
– fonte primária de energia para os organismos heterotróficos 
até se tornar parte integrante da MOS
Vias de entrada de C no soloVias de entrada de C no solo
 Aporte de resíduos de biomassa aérea e de Aporte de resíduos de biomassa aérea e de 
raízes;raízes;
 Liberação de exsudados radiculares;Liberação de exsudados radiculares;
 Lavagem de constituintes solúveis das plantas Lavagem de constituintes solúveis das plantas 
por água de chuva;por água de chuva;
 Transformação dos materiais carbonados por Transformação dos materiais carbonados por 
macro e microorganismosmacro e microorganismos
5
Estoques de C em diferentes Estoques de C em diferentes 
ecossistemas ecossistemas (BOLIN, 1983; LAO,2004)(BOLIN, 1983; LAO,2004)
BiomaBioma ÁreaÁrea Densidade de CDensidade de C EstoqueEstoque t (½)t (½)
VegetaçãoVegetação SoloSolo VegetaçãoVegetação SoloSolo
MhaMha ------------Mg/haMg/ha-------------- --------------------PgPg---------------- AnoAno
TundraTundra 927927 99 105105 88 9797 20802080
BorealBoreal 13721372 6464 343343 8888 421421 1616
Temp.Temp. 10381038 5757 9696 5959 100100 --
TropicalTropical 17551755 121121 123123 212212 216216 66
Inund.Inund. 280280 2020 723723 66 202202 --
MédiaMédia 5454 189189
TotalTotal 56725672 373373 1086*1086*
* 1500 Janzen (2006)
Compartimentos globais de Compartimentos globais de 
armazenamento de Carmazenamento de C
CompartimentoCompartimento Estoque Estoque 
PgPg
OceanosOceanos 38.00038.000
Geológico (petróleo, gás e Geológico (petróleo, gás e 
carvão)carvão)
5.0005.000
BiosferaBiosfera 3.1203.120
--Solo*Solo* 2.5002.500
--Biota terrestreBiota terrestre 620620
AtmosferaAtmosfera 760760
Fonte: Lao (2004); * Fonte: Lao (2004); * ~ 1.500 Pg na MOS até 1 m~ 1.500 Pg na MOS até 1 m
6
Estoque de C no BrasilEstoque de C no Brasil
Fonte: Cerri et al. (2007)
Estoques de C para Estoques de C para 
solos brasileirossolos brasileiros
 Escassez de informações
 Latossolos (A e B)
– 40 % do território ~ 3,3 milhões de km2
 LA  6-13 kg/m2
 LE  7,5-11 kg/m2
 LVA  6,8-8,8 kg/m2
 LH  30,2-15,8 kg/m2
– Efeitos: clima, vegetação e uso da terra
Fonte: Schaefer (2001)
7
Alterações no equilíbrio Alterações no equilíbrio 
entre as esferasentre as esferas
 Elevação da concentração de COElevação da concentração de CO2 2  Efeito estufaEfeito estufa
 Mudanças no uso da terraMudanças no uso da terra
–– substituição das áreas de vegetação nativa por cultivo intensivosubstituição das áreas de vegetação nativa por cultivo intensivo
–– queimadas freqüentesqueimadas freqüentes
–– preparo intensivo do solopreparo intensivo do solo
 Intensificação das perdas de MOS e aumento da emissão Intensificação das perdas de MOS e aumento da emissão 
de gases estufa, COde gases estufa, CO2 2 e CHe CH44
Perda de C orgânico em Perda de C orgânico em 
solos cultivadossolos cultivados
 Global
 50 Pg de C50 Pg de C
 Brasil: 0-30 cm
–– Até 1995: 2 Pg de CAté 1995: 2 Pg de C
–– entre 1990entre 1990--2000: 7,2 Pg de C2000: 7,2 Pg de C
Fonte: Bernoux et al. (2005) e Janzen (2006)Fonte: Bernoux et al. (2005) e Janzen (2006)
8
Relação MOS vs LitosferaRelação MOS vs Litosfera
 Efeito do intemperismo na liberação de nutrientesEfeito do intemperismo na liberação de nutrientes
–– Absorção e incorporação aos compostos orgânicos Absorção e incorporação aos compostos orgânicos  MOSMOS
 Efeito das características físicas das rochasEfeito das características físicas das rochas
–– sobre a textura do solosobre a textura do solo
 solos argilosos têm maior teor de MOS solos argilosos têm maior teor de MOS  proteção coloidal, proteção proteção coloidal, proteção 
física e floculação física e floculação 
 solos arenosos perdem mais C orgânico do solosolos arenosos perdem mais C orgânico do solo
 Efeito das características químicas das rochasEfeito das características químicas das rochas
–– junto com os fatores de formação influenciam a mineralogia da fração junto com os fatores de formação influenciam a mineralogia da fração 
argila argila  superfície específica e grupamentos reativossuperfície específica e grupamentos reativos
Transformações do C no soloTransformações do C no solo
 Duas fases: fixação de CDuas fases: fixação de C--COCO22 e regeneraçãoe regeneração
1)1) Fixação de CFixação de C--COCO22 atmosféricoatmosférico
–– efetuada por organismos fotossintéticos: plantas, algas e bactériasefetuada por organismos fotossintéticos: plantas, algas e bactérias
–– termina com a síntese de compostos hidrocarbonados complexostermina com a síntese de compostos hidrocarbonados complexos
 amido, hemicelulose, celulose, lignina, proteínas, óleos, ác. nucleicos, etcamido, hemicelulose, celulose, lignina, proteínas, óleos, ác. nucleicos, etc
–– retornam ao solo com os resíduos vegetais e são usados pelos retornam ao solo com os resíduos vegetais e são usados pelos 
organismos que regeneram o COorganismos que regeneram o CO22 durante a oxidação respiratóriadurante a oxidação respiratória
–– aumenta a biomassa microbiana em função de maior disponibilidade aumenta a biomassa microbiana em função de maior disponibilidade 
de substrato e imobiliza temporariamente o Cde substrato e imobiliza temporariamente o C
9
Transformações do C no soloTransformações do C no solo
2)2) Regeneração de CRegeneração de C--COCO22
–– Compreende as diferentes etapas de decomposição das Compreende as diferentes etapas de decomposição das 
substâncias carbonadas por microorganismos do solosubstâncias carbonadas por microorganismos do solo
–– Decomposição/MineralizaçãoDecomposição/Mineralização
 quebra das formas orgânicas mais complexas em compostos orgânicos quebra dasformas orgânicas mais complexas em compostos orgânicos 
mais simples e elementos mineraismais simples e elementos minerais
–– HumificaçãoHumificação
 processo de preservação, com alterações nos resíduos orgânicos, processo de preservação, com alterações nos resíduos orgânicos, 
originando compostos coloidais estáveis com alto tempo de residência originando compostos coloidais estáveis com alto tempo de residência 
HúmusHúmus  fatores que influenciam e rotas de formaçãofatores que influenciam e rotas de formação
MATÉRIA ORGÂNICA DO SOLO MATÉRIA ORGÂNICA DO SOLO 
(MOS)(MOS)
 ANTECEDENTES ANTECEDENTES –– EVOLUÇÃO EVOLUÇÃO –– PERSPECTIVASPERSPECTIVAS
–– Archard (1786) Archard (1786)  precipitado amorfo escuroprecipitado amorfo escuro
–– Liebig (1890) Liebig (1890)  estercos, resíduos e como fonte de Nestercos, resíduos e como fonte de N
 DIFICULDADE DE CONCEITUAÇÃODIFICULDADE DE CONCEITUAÇÃO
–– heterogeneidade e complexidadeheterogeneidade e complexidade
 fontesfontes
 composição química e físicacomposição química e física
 funçõesfunções
 dinâmicadinâmica
 REDIRECIONAMENTO DAS PESQUISASREDIRECIONAMENTO DAS PESQUISAS
–– quantidade e qualidade da MOSquantidade e qualidade da MOS
–– dinâmica e estoques de Cdinâmica e estoques de C
10
CONCEITOSCONCEITOS
 MATÉRIA ORGÂNICAMATÉRIA ORGÂNICA
–– SomaSoma dede todostodos osos materiaismateriais orgânicosorgânicos derivadosderivados
biologicamentebiologicamente ee alteradosalterados naturalnatural ee termicamente,termicamente, encontradosencontrados
nono solosolo ouou nana superfície,superfície, independenteindependente dede suasua origem,origem, podendopodendo
estarestar vivo,vivo, mortomorto ouou emem diferentesdiferentes estágiosestágios dede decomposição,decomposição,
masmas excluindoexcluindo aa parteparte vivaviva dasdas plantasplantas nana superfíciesuperfície dodo solosolo..
Fonte: (Baldock & Nelson, 1999)Fonte: (Baldock & Nelson, 1999)
CONCEITOSCONCEITOS
 MATÉRIA ORGÂNICAMATÉRIA ORGÂNICA
–– ProdutoProduto dada acumulaçãoacumulação dede resíduosresíduos dede plantasplantas ee animaisanimais
parcialmenteparcialmente decompostosdecompostos ee parcialmenteparcialmente ressintetizados,ressintetizados, emem
estadoestado ativoativo dede decomposição,decomposição, ee dede carátercaráter transitóriotransitório (renovados(renovados
porpor adição)adição)..
––CompostaComposta dede C,C, O,O, HH ee complementadacomplementada comcom N,N, PP ee S,S, masmas comcom
predomíniopredomínio dede CC ee NN..
Fonte: (Silva & Resck,1998)Fonte: (Silva & Resck,1998)
11
COMPARTIMENTOS DA MOSCOMPARTIMENTOS DA MOS
MOS
Comp. Vivo - < 4 % Comp. Não vivo - 98 %
Fração leve –
10-30 %
Fração pesada* 
> 70 %
Sub. Húmicas –
70-80 %
Sub. Não 
húmicas
-raízes (5-10 %)
-macroorganismos 
ou fauna (15-30 %)
-microorganismos 
(60-80 %)
-MATERIAL 
MACROORGÂNICO -
intermediário entre 
plantas e húmus –
resíduos em 
diferentes estádios 
de decomposição
-ÁC. HÚMICOS
-ÁC. FÚLVICOS
-HUMINA
-Carboidratos
-Lipídios
-Ác. Orgânicos
-Proteínas
-Pigmentos
COMPARTIMENTOS DA MOSCOMPARTIMENTOS DA MOS
 COMPONENTES VIVOSCOMPONENTES VIVOS
–– FITOMASSAFITOMASSA
 tecidos vivos de origem vegetal dispostos na superfícietecidos vivos de origem vegetal dispostos na superfície
–– BIOMASSA MICROBIANABIOMASSA MICROBIANA
 células vivas de microorganismoscélulas vivas de microorganismos
–– BIOMASSA DA FAUNABIOMASSA DA FAUNA
 células vivas da fauna do solocélulas vivas da fauna do solo
 COMPONENTES NÃO VIVOSCOMPONENTES NÃO VIVOS
–– MATERIAL MACROORGÂNICOMATERIAL MACROORGÂNICO
 fragmentos de MOS < 2 mm ou > 0,2 mm fragmentos de MOS < 2 mm ou > 0,2 mm  peneiramento/dispersãopeneiramento/dispersão
–– FRAÇÃO LEVEFRAÇÃO LEVE
 materiais orgânicos isolados por flotação ou dispersãomateriais orgânicos isolados por flotação ou dispersão
–– MATÉRIA ORGÂNICA DISSOLVIDAMATÉRIA ORGÂNICA DISSOLVIDA
 compostos orgânicos solúveis em água (< 0,45 compostos orgânicos solúveis em água (< 0,45 μμm) de origem biológicam) de origem biológica
 metabólitos de processos microbianos e de plantas (Ex. AOBPM)metabólitos de processos microbianos e de plantas (Ex. AOBPM)
12
COMPARTIMENTOS DA MOSCOMPARTIMENTOS DA MOS
 HÚMUSHÚMUS
–– SUBSTÂNCIAS NÃO HÚMICASSUBSTÂNCIAS NÃO HÚMICAS
 estruturas orgânicas identificáveis, categorizadas como 
biopolímeros
– polissacarídeos, proteínas, aminoácidos, gorduras, graxas e 
outros lipídios e lignina
–– SUBSTÂNCIAS HÚMICASSUBSTÂNCIAS HÚMICAS
 moléculas orgânicas com estrutura específica que não permite 
enquadrá-las na categoria de SUBSTÂNCIAS NÃO HÚMICAS
COMPARTIMENTOS DA MOSCOMPARTIMENTOS DA MOS
 FRAÇÕES DAS SUBSTÂNICAS HÚMICASFRAÇÕES DAS SUBSTÂNICAS HÚMICAS
–– ÁCIDOS HÚMICOS, ÁCIDOS FÚLVICOS E HUMINAÁCIDOS HÚMICOS, ÁCIDOS FÚLVICOS E HUMINA
 são macromoléculas humificadas, não bem caracterizadas quimicamente, 
que se constituem no principal componente da MOS e na reserva orgânica 
do solo;
 substâncias heterogêneas com estrutura parcialmente aromática, 
produtos da síntese secundária (biogênica), com caráter ácido, hidrofílica, 
com alto peso molecular e de coloração entre amarela e negra
13
QUANTIFICAÇÃO DA MOSQUANTIFICAÇÃO DA MOS
 C total C total –– combustão secacombustão seca
–– Conversão total do C do solo para CO2 e quantificação por 
vários métodos
– Método de referência:
 analisador de elementos
 amostras homogeneizadas
 confiabilidade dos resultados  estudos específicos
 custo elevado (aparelho, reagentes e gases)
 pré-tratamento: calcário e/ou carbonatos
QUANTIFICAÇÃO DA MOSQUANTIFICAÇÃO DA MOS
 Oxidação seco Oxidação seco –– IgniçãoIgnição
– CO2 evoluído medido por detector infra-vermelho
– Solo  mufla (600º C por 1 h)  ≠ peso (antes e depois)
 valor direto  desnecessário fator de correção
 operacionalmente mais fácil  poucos materiais
 secagem em estufa TFSE  perda de água higroscópica
14
QUANTIFICAÇÃO DA MOSQUANTIFICAÇÃO DA MOS
 C orgânico C orgânico –– Oxidação úmidaOxidação úmida
– O Cr2 é reduzido e o C é oxidado com otimização do meio ácido 
que ↓ pH e ↑ temperatura
 titulação do excesso de dicromato com sulfato ferroso amoniacal
 C da MOS tem valência média zero
 a presença de Cl e Fe2+  sub-estimação
 a presença de MnO2  superestimação de C orgânico
 otimizar o dicromato e manter a To constante da chapa (150º C por 30 min) 
sem aquecimento (W & B), 77 % do C é oxidado
 problemas na titulação com sulfato ferroso amoniacal do Cr6+ 
– oxidação com a luz  brancos
ESTIMAÇÃO DA MOSESTIMAÇÃO DA MOS
MOS = CO x 1,724MOS = CO x 1,724
 AssumeAssume--se que o teor de CO na MOS é de 58 %se que o teor de CO na MOS é de 58 %
15
PRINCIPAIS FONTES DE MOSPRINCIPAIS FONTES DE MOS
ResíduosResíduos
–– vegetais, animais e microbianosvegetais, animais e microbianos
–– amplamente distribuídos, “vegetais”amplamente distribuídos, “vegetais”
–– gênese e composição do CO gênese e composição do CO  natureza natureza 
química do materialquímica do material
 espécies, partes da planta, estádio de crescimento, espécies, partes da planta, estádio de crescimento, 
nutrição, etc.nutrição, etc.
–– > produção de biomassa. Autotróficos > produção de biomassa. Autotróficos 
seqüestro de Cseqüestro de C
DINÂMICA DE DECOMPOSIÇÃO DINÂMICA DE DECOMPOSIÇÃO 
DOS RESÍDUOSDOS RESÍDUOS
 DecomposiçãoDecomposição
–– SepararSeparar emem partespartes (fragmentação(fragmentação mecânicamecânica ee física)física) osos constituintesconstituintes dede
umum certocerto materialmaterial
 MineralizaçãoMineralização
–– ProcessoProcesso dede decomposiçãodecomposição queque levaleva aa desorganizaçãodesorganização estruturalestrutural dosdos
resíduosresíduosorgânicosorgânicos transformandotransformando--osos emem compostoscompostos mineraisminerais maismais
simplessimples
(MIN = DECOMPOSIÇÃO + ATAQUE MICROBIANO)(MIN = DECOMPOSIÇÃO + ATAQUE MICROBIANO)
 HumificaçãoHumificação
–– ProcessoProcesso conservadorconservador queque provocaprovoca aa alteraçãoalteração nosnos resíduosresíduos orgânicosorgânicos
queque resultaresulta emem complexoscomplexos coloidaiscoloidais relativamenterelativamente estáveisestáveis.. síntesesíntese ee
ressínteseressíntese dede produtosprodutos dede decomposiçãodecomposição /mineralização/mineralização  compostoscompostos dede
altoalto pesopeso molecularmolecular
16
DECOMPOSIÇÃO DOS DECOMPOSIÇÃO DOS 
RESÍDUOSRESÍDUOS
 FatoresFatores
–– condiçõescondições ambientaisambientais (T(Too,, umidade,umidade, pluviosidadepluviosidade))
–– condiçõescondições dodo solosolo (acidez,(acidez, fertilidade,fertilidade, aeração,aeração, umidade)umidade)
–– característicascaracterísticas dodo resíduoresíduo
 teorteor dede NN (relação(relação C/N)C/N)
 teorteor dede ligninalignina
 teorteor dede polifenóispolifenóis
 teorteor dede nutrientesnutrientes
–– coeficientecoeficiente assimilatórioassimilatório
–– microorganismosmicroorganismos dodo solosolo (agente(agente dede transformação)transformação)
Microorganismos do soloMicroorganismos do solo
TipoTipo Peso soloPeso solo C/NC/N
Coef. Coef. 
assim.assim.
------kg/hakg/ha------ ----dag/kgdag/kg---- --------%%--------
BactériasBactérias 100100--4.0004.000 0,10,1 5:1 (6:1)5:1 (6:1) 11--15(215(2--5)5)
ActinomicetosActinomicetos 0,20,2--4.0004.000 0,010,01 8:18:1 1515--3030
FungosFungos 400400--5.0005.000 0,10,1 10:110:1 3030--4040
AlgasAlgas 77--5.0005.000 0,0010,001 -- --
ProtozoáriosProtozoários 1515--150150 0,0050,005 -- --
NematóidesNematóides 22--100100 0,0010,001 -- --
Biomassa do Biomassa do 
solosolo
-- -- 10:110:1 3535
17
Relação C/N Relação C/N vsvs HumificaçãoHumificação
20:1 - 30:1----------C/N--------10:1 - 12:1
•Adição de resíduo > C/N
•Mineralização limitada (acidez, 
fertilidade, déficit de O2)
• C/N equilibrada com a da 
biomassa
• Intensa humificação
TEOR DE MO NO SOLOTEOR DE MO NO SOLO
 Grande diversidade entre solosGrande diversidade entre solos
–– << 00,,55 dag/kgdag/kg emem solossolos desérticosdesérticos –– 1313,,00 dag/kgdag/kg
solossolos orgânicosorgânicos
–– LopesLopes && CoxCox ((19771977))  518518 amostrasamostras dodo CerradoCerrado
 MédiaMédia:: 00,,77--66,,00 dag/kgdag/kg
 MedianaMediana:: 22,,22 dag/kgdag/kg
 6060 %% dasdas amostrasamostras comcom teoresteores entreentre 11,,55 ee 33,,00 dag/kgdag/kg
18
Matéria orgânica e CTC...Matéria orgânica e CTC...
0
20
40
60
80
100
alto médio baixo
classe de interpretação
%
 d
e
 a
m
o
s
tr
a
s
Litoral Sapé
Matéria orgânica
0
20
40
60
80
100
alto médio baixo
classe de interpretação
%
 d
e
 a
m
o
s
tr
a
s
Litoral Sapé
CTC
Fonte: Silva (2004)
Níveis de interpretação da Níveis de interpretação da 
MOSMOS
FonteFonte Nível de interpretação da MOSNível de interpretação da MOS
M. baixoM. baixo BaixoBaixo MédioMédio Bom Bom Muito bomMuito bom
------------------------------------------------------------dag/kgdag/kg--------------------------------------------------
IACIAC -- < 2,6< 2,6 2,62,6--4,34,3 > 4,3> 4,3 --
CFSEMGCFSEMG  0,700,70 0,70,7--2,02,0 2,02,0--4,04,0 4,04,0--7,07,0 >7,0>7,0
ROLASROLAS --  2,52,5 2,62,6--5,05,0 >5,0>5,0 --
19
FUNÇÕES DA MOSFUNÇÕES DA MOS
 Biológicas, químicas e físicas: Biológicas, químicas e físicas: Interações e interdependência entre os gruposInterações e interdependência entre os grupos
 BiológicasBiológicas
– reserva de energia metabólicareserva de energia metabólica
 principal função
 a MOS fornece energia para processos biológicos do solo
– fonte de nutrientesfonte de nutrientes
 a mineralização da MOS influencia + ou – a disponibilidade de nutrientes (N, 
P e S)
– atividade enzimática
 o material húmico estimula ou inibe a atividade de enzimas no solo que estimulam o 
crescimento vegetal e microbiano
–“RESILIÊNCIA” dos ecossistemas
 a MOS tem papel fundamental
 o estoque de energia e nutrientes oferece resistência a perturbações antrópicas ou 
naturais
FUNÇÕES DA MOSFUNÇÕES DA MOS
 FísicasFísicas
–– estabilidade da estruturaestabilidade da estrutura
 ligações entre superfícies reativas das partículas minerais e MOS
– formação de agregados estáveis
–– retenção de águaretenção de água
 efeitos diretos e indiretos
 alta capacidade de retenção de água: até 20 vezes a sua massa
– ↑ infiltração e ↓ evaporação
– cor do solo
 imprime coloração escura ao solo
– efeitos sobre as propriedades térmicas
20
FUNÇÕES DA MOSFUNÇÕES DA MOS
 QuímicasQuímicas
–– capacidade de troca de cátionscapacidade de troca de cátions
 A MOS humificada tem elevada CTC e eleva a CTC do solo
– aumenta a retenção de cátions
–– capacidade tampão da acidezcapacidade tampão da acidez
 A MOS possui grande quantidade de terminações OH ionizáveis
– aumenta a capacidade do solo tamponar as variações de pH
– quelatação de metais
 A MOS forma complexos (quelatos) com metais e elementos traços
– favorece a solubilização de minerais do solo
– reduz as perdas de micronutrientes
– reduz a toxidez de Al e metais
– aumenta a disponibilidade de P
Importância dos fatores de Importância dos fatores de 
formaçãoformação
 ClimaClima
 BiotaBiota
 RelevoRelevo
 Material de Material de 
origemorigem
 Tempo/ManejoTempo/Manejo
21
CLIMACLIMA
 TemperaturaTemperatura
 UmidadeUmidade
 RadiaçãoRadiação
 PrecipitaçãoPrecipitação
–– produção de massa vegetalprodução de massa vegetal
–– resíduosresíduos
–– atividade de organismos do atividade de organismos do solosolo
 Gradiente de Gradiente de latitudelatitude
–– tempo de residência do CO no solotempo de residência do CO no solo
BIOTABIOTA
 VegetaçãoVegetação
––quantidadequantidade
–– distribuiçãodistribuição
–– biodegradabilidade dos resíduos vegetais biodegradabilidade dos resíduos vegetais 
retornados ao solo retornados ao solo  recalcitrânciarecalcitrância
 Fauna do soloFauna do solo
––importância na fragmentação dos resíduos importância na fragmentação dos resíduos 
e na matéria macrorgânica e na matéria macrorgânica 
 Comunidade Comunidade 
microbianamicrobiana
––quantidade e diversidadequantidade e diversidade
22
Relevo e Material de OrigemRelevo e Material de Origem
RelevoRelevo
––modificações climáticasmodificações climáticas
–– movimentação de partículasmovimentação de partículas
–– distribuição de água na paisagemdistribuição de água na paisagem
 Material de origemMaterial de origem
––Capacidade de estabilizar a MOS contra o ataque Capacidade de estabilizar a MOS contra o ataque 
microbianomicrobiano
 natureza química do material mineral
 presença de cátions multivalentes
 adsorção de MOS em superfícies minerais
 proteção física 
ManejoManejo
 Efeito das práticas agrícolasEfeito das práticas agrícolas
––Efeitos drásticos após incorporaçãoEfeitos drásticos após incorporação
–– diminuição dos teores de C nos primeiros anosdiminuição dos teores de C nos primeiros anos
–– novo equilíbrio, ditado pela habilidade do solo novo equilíbrio, ditado pela habilidade do solo 
estabilizar Cestabilizar C
 quantidade, qualidade e distribuição dos resíduosquantidade, qualidade e distribuição dos resíduos
 Estratégias para aumentar a MOSEstratégias para aumentar a MOS
–– aumentar a produção de biomassaaumentar a produção de biomassa
–– adequação das práticas agrícolas adequação das práticas agrícolas 
 rotação, práticas culturais, adubaçãorotação,práticas culturais, adubação
–– adubação adubação organomineralorganomineral

Outros materiais