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Apostila Instalações Prediais HIDROSANITÁRIAS

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CURSO 
DE
INSTALAÇÕES PREDIAIS HIDRÁULICAS E 
SANITÁRIAS
Prof. MSc Ganem Jean Tebcharani
1
Campo Grande, 11 de Abril de 2010
• • • • INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ÁGUA FRIA
• • • • INTRODUÇÃO
• • • • Visão global do abastecimento da água
A fim de que o projetista de instalações possa ter uma visão global de um sistema 
de abastecimento d’água, com tratamento, na figura 1.1 são indicadas as diferentes etapas 
que passa a água para que se possa se dizer potável, ou seja, apta a ser bebida sem riscos de 
contaminação.
Figura 1.1 – Sistema de abastecimento de água
2
Basicamente, podem-se considerar três etapas na realização de um projeto de 
instalações prediais de água fria: concepção do projeto, determinação de vazões e 
dimensionamento.
A concepção é a etapa mais importante do projeto e é nesta fase que devem ser 
definidos: o tipo do prédio e sua utilização, sua capacidade atual e futura, o tipo de sistema 
de abastecimento, os pontos de utilização, o sistema de distribuição, a localização dos 
reservatórios, canalizações e aparelhos.
A etapa seguinte consiste na determinação das vazões das canalizações 
constituintes do sistema, que é feita através de dados e tabelas da Norma, assim como na 
determinação das necessidades de reservação e capacidade dos equipamentos.
No projeto das instalações prediais de água fria devem ser consideradas as 
necessidades no que couber, do projeto de instalação de água para proteção e combate a 
incêndios.
O dimensionamento das canalizações é realizado utilizando-se dos fundamentos 
básicos da Hidráulica.
O desenvolvimento do projeto das instalações prediais de água fria deve ser 
conduzido concomitantemente, e em conjunto (ou em equipe de projeto), com os projetos 
de arquitetura, estruturas e de fundações do edifício, de modo que se consiga a mais 
perfeita harmonia entre todas as exigências técnico-econômicas envolvidas.
Na elaboração dos projetos de instalações hidráulicas, o projetista deve estudar a 
interdependência das diversas partes do conjunto, visando ao abastecimento nos pontos de 
consumo dentro da melhor técnica e economia. De maneira geral, um projeto completo de 
instalações hidráulicas compreende:
• Planta, cortes, detalhes e vistas isométricas, com dimensionamento e traçado 
dos condutores;
• Memórias descritivas, justificativas e de cálculo;
• Especificações do material e normas para a sua aplicação;
• Orçamento, compreendendo o levantamento das quantidades e dos preços 
unitário e global da obra.
A escala do projeto mais usual é a de 1/50, podendo, em alguns casos, ser de 1/100; 
porém, os detalhes devem ser feitos em escadas de 1/20 ou 1/25.
De acordo com a Norma, as instalações de água fria devem ser projetadas e 
3
construídas de modo a:
• Garantir o fornecimento de água de forma contínua, em quantidade suficiente, 
com pressões e velocidades adequadas ao perfeito funcionamento das peças de 
utilização dos sistemas de tubulações;
• Preservar rigorosamente a quantidade de água dos sistemas de abastecimento;
• Preservar o máximo conforto dos usuários, incluindo-se a redução dos níveis de 
ruído;
• • • • SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO
2.1. Sistema de Distribuição Direta
Através deste sistema, a alimentação dos aparelhos, torneiras e peças da instalação 
predial é feita diretamente através da rede de distribuição, conforme mostra a figura 2.1.
Figura 2.1 - Abastecimento direto
2.1.1. VANTAGENS
• Água de melhor qualidade devido a presença de cloro residual na rede de distribuição
• Maior pressão disponível devido a pressão mínima de projeto em redes de distribuição 
pública ser da ordem de 15 m.c.a.
• Menor custo da instalação, não havendo necessidade de reservatórios, bombas, 
registros de bóia, etc.
2.1.2. DESVANTAGENS
• Falta de água no caso de interrupção no sistema de abastecimento ou de distribuição;
• Grandes variações de pressão ao longo do dia devido aos picos de maior ou de menor 
consumo na rede pública;
• Pressões elevadas em prédios situados nos pontos baixos da cidade;
4
• Limitação da vazão, não havendo a possibilidade de instalação de válvulas de descarga 
devido ao pequeno diâmetro das ligações domiciliares empregadas pelos serviços de 
abastecimento público;
• Possíveis golpes de aríete;
• Maior consumo (maior pressão);
2.2. Sistema de Distribuição Indireta
A alimentação dos aparelhos, das torneiras e peças da instalação é feita por meio de 
reservatórios. Há duas possibilidades: por gravidade e hidropneumático.
2.2.1. DISTRIBUIÇÃO POR GRAVIDADE
A distribuição é feita através de um reservatório superior que por sua vez é 
alimentado, diretamente pela rede pública ou por um reservatório inferior, conforme 
mostra a Figura 2.2.
Figura 2.2 - Abastecimento indireto por gravidade
2.2.2. DISTRIBUIÇÃO POR SISTEMA HIDROPNEUMÁTICO
A escolha por um sistema hidropneumático para distribuição de água 
depende de inúmeros fatores, destacando-se os aspectos arquitetônicos e estruturais, 
facilidade de execução e instalação das canalizações e localização do reservatório inferior. 
Muitas vezes, torna-se mais conveniente a distribuição de água por meio de um sistema 
hidropneumático, dispensando-se o uso do reservatório superior. Além dos fatores 
anteriormente mencionados, uma análise econômica, que leve em conta todos os custos 
das partes envolvidas, fornecerá os elementos necessários para a escolha definitiva do 
sistema predial de distribuição de água. As Figura 2.3, 2.4 e 2.5 mostram um esquema de 
uma distribuição hidropneumática.
Figura 2.3 - Abastecimento indireto hidropneumático
5
Figura 2.4 – Sistema Hidropneumático
O sistema hidropneumático é constituído por uma bomba centrífuga, um injetor de 
ar e um tanque de pressão. Além desses componentes principais, o sistema e automatizado 
por meio do uso de um pressostato. Os aparelhos existentes na prática variam de acordo 
com o fabricante, porém, o funcionamento difere muito pouco. A bomba, com 
características apropriadas, recalca água (geralmente de um reservatório inferior) para o 
tanque de pressão. Entre a bomba e o tanque de pressão, localiza-se o injetor de ar 
(normalmente um Venturi) que aspira ar durante o funcionamento da bomba e o arrasta 
para o interior do tanque de pressão. O ar é comprimido na parte superior do tanque até 
atingir a pressão máxima, quando a bomba é desligada, automaticamente pela ação do 
pressóstato. Tem-se, como resultado, um colchão de ar na parte superior do tanque, cujo 
volume varia com a pressão existente. Quando a água é utilizada em qualquer ponto de 
consumo, a pressão diminui, com conseqüente expansão do colchão de ar, até que a 
pressão mínima seja atingida, quando pela ação do pressóstato, a bomba é ligada.
O ciclo de funcionamento do sistema compreende o intervalo de tempo decorrido 
6
entre dois acionamentos de “liga” da bomba. Conhecendo-se o ciclo de funcionamento, é 
possível calcular o número médio de partidas da bomba por hora. De acordo com a NBR 
5626, a instalação elevatória deve operar, no máximo, seis vezes por hora.
Figura 2.5 - Esquema da instalação de um sistema hidropneumático
2.2.3 – VANTAGENS DOS SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO INDIRETA
• Fornecimento de água de forma contínua, pois em caso de interrupções no 
fornecimento, tem-se um volume de água assegurado no reservatório;
• Pequenas variações de pressão nos aparelhos ao longo do dia;
• Permite a instalação de válvula de descarga;
• Golpe de aríete desprezível;
• Menor consumo que no sistema de abastecimento direto.
2.2.4 – DESVANTAGENS
7
• Possível contaminação da água reservada devido à deposição de lodo no fundo dos 
reservatórios e à introdução de materiais indesejáveis nos mesmos;• Menores pressões, no caso da impossibilidade da elevação do reservatório;
• Maior custo da instalação devido a necessidade de reservatórios, registros de bóia e 
outros acessórios.
• • • • Sistema Misto
Parte da instalação é alimentada diretamente pela rede de distribuição e parte 
indiretamente.
• - VANTAGENS:
• Água de melhor qualidade devido ao abastecimento direto em torneiras para filtro, pia 
e cozinha e bebedouros;
• Fornecimento de água de forma contínua no caso de interrupções no sistema de 
abastecimento ou de distribuição;
• Permite a instalação de válvula de descarga.
Geralmente em residências, sobrados, as pias de cozinha, lavatórios, chuveiros, têm 
duas torneiras: uma delas, abastecida pela rede pública e a outra, pelo reservatório.
IMPORTANTE:
A Norma recomenda como mais conveniente, para as condições médias brasileiras, 
o sistema de distribuição indireta por gravidade, admitindo o sistema misto (indireto por 
gravidade com direto) desde que apenas alguns pontos de utilização, como torneira de 
jardim, torneiras de pias de cozinha e de tanques, situados no pavimento térreo, sejam 
abastecidos no sistema direto. A utilização dos sistemas de distribuição direta ou indireta 
hidropneumática deve ser convenientemente justificada.
• • • • PARTES CONSTITUINTES DE UMA INSTALAÇÃO PREDIAL DE ÁGUA FRIA
8
Antes de se enumerar as diversas partes contribuintes de uma instalação de água 
fria, apresenta-se a seguir algumas definições extraídas da NBR 5626, que são necessárias à 
compreensão dos textos que se seguem.
• • • • Definições
De acordo com a Norma são adotadas definições de 3.1.1 a 3.1.53.
3.1.1 – Alimentador predial
Tubulação que liga a fonte de abastecimento a um reservatório de água de uso 
doméstico.
3.1.2 – Aparelho sanitário
Aparelho destinado ao uso de água para fins higiênicos ou para receber dejetos 
e/ou águas servidas. Inclui-se nesta definição aparelhos como bacias sanitárias, lavatórios, 
pias e outros, e, também, lavadoras de roupa e pratos, banheiras de hidromassagem, etc.
3.1.3 – Automático de bóia
Dispositivo instalado no interior de um reservatório para permitir o funcionamento 
automático da instalação elevatória entre seus níveis operacionais e extremos.
3.1.4 - Barrilete
Conjunto de tubulações que se origina no reservatório e do qual se derivam as 
colunas de distribuição, quando o tipo de abastecimento adotado é indireto.
3.1.5 – Caixa de descarga
Dispositivo colocado acima, acoplado ou integrado às bacias sanitárias ou mictórios, 
destinados a reservação de água para suas limpezas.
3.1.6 – Caixa ou válvula redutora de pressão
Caixa destinada a reduzir a pressão nas colunas de distribuição.
3.1.7 – Coluna de distribuição
Tubulação derivada do barrilete e destinada a alimentar ramais
9
3.1.8 – Conjunto elevatório
Sistema para elevação de água.
3.1.9 – Consumo diário
Valor médio de água consumida num período de 24 horas em decorrência de todos 
os usos do edifício no período.
3.1.10 – Dispositivo antivibratório
Dispositivo instalado em conjuntos elevatórios para reduzir vibrações e ruídos e 
evitar sua transmissão.
3.1.11 – Extravasor
Tubulação destinada a escoar os eventuais excessos de água dos reservatórios e das 
caixas de descarga.
3.1.12 - Inspeção
Qualquer meio de acesso aos reservatórios, equipamentos e tubulações.
3.1.13 – Instalação elevatória
Conjunto de tubulações, equipamentos e dispositivos destinados a elevar a água 
para o reservatório de distribuição.
3.1.14 – Instalação hidropneumática
Conjunto de tubulações, equipamentos, instalações elevatórias, reservatórios 
hidropneumáticos e dispositivos destinados a manter sob pressão a rede de distribuição 
predial.
3.1.15 – Instalação predial de água fria
Conjunto de tubulações, equipamentos, reservatórios e dispositivos, existentes a 
partir do ramal predial, destinado ao abastecimento dos pontos de utilização de água do 
prédio, em quantidade suficiente, mantendo a qualidade da água fornecida pelo sistema de 
abastecimento.
3.1.16 – Interconexão
Ligação, permanente ou eventual, que torna possível a comunicação entre dois 
sistemas de abastecimento.
10
3.1.17 – Ligação de aparelho sanitário
Tubulação compreendida entre o ponto de utilização e o dispositivo de entrada de 
água no aparelho sanitário.
3.1.18 – Limitador de vazão
Dispositivo utilizado para limitar a vazão em uma peça de utilização.
3.1.19 – Nível operacional
Nível atingido pela água no interior da caixa de descarga, quando o dispositivo da 
torneira de bóia se apresenta na posição fechada e em repouso.
3.1.20 – Nível de transbordamento
Nível do plano horizontal que passa pela borda de reservatório, aparelho sanitário 
ou outro componente. No caso de haver extravasor associado ao componente, o nível é 
aquele do plano horizontal que passa pelo nível inferior do extravasor.
3.1.21 – Quebrador de vácuo
Dispositivo destinado a evitar o refluxo por sucção da água nas tubulações.
3.1.22 – Peça de utilização
Dispositivo ligado a um sub-ramal para permitir a utilização da água e, em alguns 
casos, permite também o ajuste da sua vazão.
3.1.23 – Ponto de utilização (da água)
Extremidade de jusante do sub-ramal a partir de onde a água fria passa a ser 
considerada água servida.
3.1.24 – Pressão de serviço
Pressão máxima a que se pode submeter um tubo, conexão, válvula, registro ou 
outro dispositivo, quando em uso normal.
3.1.25 – Pressão total de fechamento
Valor máximo de pressão atingido pela água na seção logo à montante de uma peça 
de utilização em seguida a seu fechamento, equivalendo a soma da sobrepressão de 
fechamento com a pressão estática na seção considerada.
3.1.26 - Ramal
11
Tubulação derivada da coluna de distribuição e destinada a alimentar os sub-ramais.
3.1.27 – Ramal predial
Tubulação compreendida entre a rede pública de abastecimento e a instalação 
predial. O limite entre o ramal predial e o alimentador predial deve ser definido pelo 
regulamento da Cia. Concessionária de Água local.
3.1.28 – Rede predial de distribuição
Conjunto de tubulações constituído de barriletes, colunas de distribuição, ramais e 
sub-ramais, ou de alguns destes elementos, destinado a levar água aos pontos de utilização.
3.1.29 – Refluxo de água
Retorno eventual e não previsto de fluidos, misturas ou substâncias para o sistema 
de distribuição predial de água.
3.1.30 – Registro de fechamento
Componente instalado em uma tubulação para permitir a interrupção da passagem 
de água. Deve ser usado totalmente fechado ou totalmente aberto. Geralmente emprega-
se registros de gaveta ou esfera.
3.1.31 – Registro de utilização
Componente instalado na tubulação e destinado a controlar a vazão da água 
utilizada. Geralmente empregam-se registros de pressão ou válvula-globo em sub-ramais.
3.1.32 – Regulador de vazão
Aparelho intercalado numa tubulação para manter constante sua vazão, qualquer 
que seja a pressão a montante.
3.1.33 – Reservatório hidropneumático
Reservatório para ar e água destinado a manter sob pressão a rede de distribuição 
predial.
3.1.34 – Reservatório inferior
Reservatório intercalado entre o alimentador predial e a instalação elevatória, 
destinada a reservar água e a funcionar como poço de sucção da instalação elevatória.
3.1.35 – Reservatório superior
Reservatório ligado ao alimentador predial ou a tubulação de recalque, destinado a 
12
alimentar a rede predial ou a tubulação de recalque, destinado a alimentar a rede predial de 
distribuição.
3.1.36 - Retrossifonagem
Refluxo de água usada, proveniente de um reservatório, aparelho sanitário ou 
qualquer outro recipiente, para o interior de uma tubulação, emdecorrência de pressões 
inferiores à atmosférica.
3.1.37 – Separação atmosférica
Distância vertical, sem obstáculos e através da atmosfera, entre a saída da água da 
peça de utilização e o nível de transbordamento dos aparelhos sanitários, caixas de 
descarga e reservatórios. (demonstrar figura)
3.1.38 – Sistema de abastecimento
Rede pública ou qualquer sistema particular de água que abasteça a instalação 
predial.
3.1.39 – Sobrepressão de fechamento
Maior acréscimo de pressão que se verifica na pressão estática durante e logo após 
o fechamento de uma peça de utilização.
3.1.40 – Subpressão de abertura
Maior acréscimo de pressão que se verifica na pressão estática logo após a abertura 
de uma peça de utilização.
3.1.41 – Sub-ramal
Tubulação que liga o ramal à peça de utilização ou à ligação do aparelho sanitário.
3.1.42 – Torneira de bóia
Válvula com bóia destinada a interromper a entrada de água nos reservatórios e 
caixas de descarga quando se atinge o nível operacional máximo previsto.
3.1.43 – Trecho
Comprimento de tubulação entre duas derivações ou entre uma derivação e a 
última conexão da coluna de distribuição.
3.1.44 – Tubo de descarga
13
Tubo que liga a válvula ou caixa de descarga à bacia sanitária ou mictório.
3.1.45 – Tubo ventilador
Tubulação destinada a entrada de ar em tubulações para evitar subpressões nesses 
condutos.
3.1.46 – Tubulação de limpeza
Tubulação destinada ao esvaziamento do reservatório para permitir a sua 
manutenção e limpeza.
3.1.47 – Tubulação de recalque
Tubulação compreendida entre o orifício de saída da bomba e o ponto de descarga 
no reservatório de distribuição.
3.1.48 – Tubulação de sucção
Tubulação compreendida entre o ponto de tomada no reservatório inferior e o 
orifício de entrada da bomba.
3.1.49 – Válvula de descarga
Válvula de acionamento manual ou automático, instalada no sub-ramal de 
alimentação de bacias sanitárias ou de mictórios, destinada a permitir a utilização da água 
para suas limpezas.
3.1.50 – Válvula de escoamento unidirecional
Válvula que permite o escoamento em uma única direção.
3.1.51 – Válvula redutora de pressão
Válvula que mantém a jusante uma pressão estabelecida, qualquer que seja a 
pressão dinâmica a montante.
3.1.52 – Vazão de regime
Vazão obtida em uma peça de utilização quando instalada e regulada para as 
condições normais de operação.
3.1.53 – Volume de descarga
Volume que uma válvula ou caixa de descarga deve fornecer para promover 
a perfeita limpeza de uma bacia sanitária ou mictório.
14
• Partes Constituintes de uma instalação predial
A Figura 3.1 mostra as principais partes constituintes de uma instalação 
predial de água fria e apresenta também a nomenclatura e terminologia correspondentes.
As Figuras 3.2 e 3.3 mostram, respectivamente, a planta baixa, isométrica e 
corte de uma instalação de água fria no interior de um compartimento sanitário. A título de 
ilustração foi inserido junto à Figura 3.1, um quadro (ver Tabela 3.1) relacionando as peças e 
suas quantidades, o qual deve fazer parte integrante desses isométricos num projeto deste 
tipo.
15
Figura 3.1 – Partes constituintes de uma instalação predial
16
Figura 3.2- Planta baixa de um banheiro.
17
Figura 3.3- Isométrico do banheiro
Tabela 3.1 - Lista de Peças
No DESCRIÇÃO Quantidade
18
1
2
3
4
5
7
8
9
Tê de redução 90o soldável 50 x 25 mm
Adaptador soldável curto com bolsa e rosca para registro 25 x ¾”
Joelho 90o soldável 25 mm
Tê 90o soldável 25 mm
Tê 90o soldável 25 mm
Tê 90o soldável 25 mm
Luva soldável e com rosca 25 mm x ¾”
Joelho 90o soldável 25 mm
1
2
2
1
1
1
1
1
1
1
10
11
12
Joelho 90o soldável e com bucha de latão e reforço com anel de 
ferro zincado 25 mm x ¾”
Joelho de redução 90o soldável e com bucha de latão 25 mm x ½”
Joelho de redução 90o soldável e com bucha de latão 25 mm x ½”
2
2
2
13
14
Registro de gaveta ¾”
Registro de pressão para chuveiro ¾”
1
1
• • • • CONSUMO PREDIAL
Para fins de cálculo do consumo residencial diário, estimamos cada quarto social 
ocupado por duas pessoas e cada quarto de serviço, por uma pessoa.
Na falta de outra indicação, consideramos a taxa de ocupação indicada na tabela 4.1 
para os prédios públicos ou comerciais.
Tabela 4.1 – Taxa de ocupação
19
Conhecida a população do prédio, podemos calcular o consumo, utilizando a tabela 
4.2:
Tabela 4.2 – Consumo de água fria
20
• • • • CAPACIDADE DOS RESERVATÓRIOS
Como em quase todas a localidades brasileiras há deficiência no abastecimento 
público de água, é pouco usual a distribuição direta, ou seja, com pressão dos distribuidor 
público (ascensional); então, somos levados a construir reservatórios superiores. É de boa 
norma prevermos reservatórios com capacidade suficiente para uns dois dias de consumo 
diário, tendo em vista a intermitência do abastecimento da rede pública; o reservatório 
inferior deve armazenar 3/5 e o superior, 2/5 do consumo. Devemos prever também a 
reserva de incêndio, estmiada em 15 a 20% do consumo diário. Nas figuras 10 e 11 são 
mostradas detalhes de reservatórios
• • • • Canalização de Descarga dos Reservatórios
21
O diâmetro da canalização de descarga dos reservatórios é determinado através da 
expressão:
(5.1)
A – área em planta de um compartimento (m2)
t – tempo de esvaziamento ( 2 h)
h – altura inicial de água (m)
S – seção do conduto de descarga (m2)
EXEMPLO
Edifício de apartamentos, com quatro apartamentos por pavimento, tendo cada 
apartamento três quartos sociais e um de empregada, mais o apartamento do zelador.
Qual a capacidade dos reservatórios superior e inferior?
Cada apartamento: 7 pessoas
Cada pavimento: 28 pessoas
Zelador: 4 pessoas
População do prédio: 284 pessoas
De acordo com a tabela, devermos computar 200 litros por pessoa:
- consumo diário: 200 x 284 = 56.800 litros
- reserva de incêndio: 20% = 11.360 litros
Total = 68.160 litros
Se quisermos armazenar o consumo de dois dias, pelo menos, o reservatório inferior 
22
deverá ter capacidade aproximada de 85.000 litros e o superior, 50.000 litros.
• • • • VAZÃO DAS PEÇAS DE UTILIZAÇÃO
A peças de utilização são projetadas para funciona mediante certa vazão, que não 
deverá ser inferior ao demonstrado na tabela 6.1:
Tabela 6.1 - Pesos relativos e vazão nos pontos de utilização identificados em função do 
aparelho sanitário e da peça de utilização
• Consumo máximo provável
Com exceção de instalações cujos horários de funcionamento são rígidos, com 
quartéis, colégio, etc. Nunca há o caso de se utilizarem todas as peças ao mesmo tempo. Há 
um diversificação que representa economia no dimensionamento das canalizações.
23
A expressão seguinte, extraída da Norma NBR-5626 dá uma idéias da vazão provável 
em função dos “pesos” atribuídos às peças de utilização.
(6.1)
Q = vazão em l/s
C = coeficiente de descarga = 0,30 l/s
 = soma dos pesos de toas as peças de utilização alimentada através do trecho 
considerado.
De posse desses dados, podemos fazer um pré-dimensionamento dos 
encanamentos pela “capacidade de descarga dos canos”, de acordo com o ábaco.
24
25
Figura 6.1 – Instalações de Água Fria. Ábaco para o cálculo de canalizações
EXEMPLO
Queremos dimensionar um encanamento (ramal) que alimenta um banheiro, com 
as seguintes peças: vaso sanitário, um lavatório, um bidê, uma banheira e um chuveiro.
Os pesos correspondentes às peças são:
Vaso sanitário (com válvula) 32,0
Lavatório 0,3
Bidê 0,1
Banheira 1,0
Chuveiro 0,1
Soma 33,5
Entrando com esses dados no ábaco, temos:Q = 1,74 l/s, o que correspondente ao cão de 1 ¼” (32mm)
• • • • PRESSÃO DE SERVIÇO
As peças de utilização são projetadas de modo a funcionar com pressões estática ou 
dinâmica preestabelecidas. A pressão estática só existe quando não há fluxo da água, e a 
pressão dinâmica resulta quando as peças estão em funcionamento. Na tabela 7.1 temos as 
pressões estática e dinâmicas máximas e mínimas das principais peças de utilização.
26
Tabela 7.1 – Pressões estáticas e dinâmicas máximas e mínimas nos pontos de utilização, 
em metro de coluna d’água.
• • • • PRESSÕES MÁXIMAS E MÍNIMAS
Em edifícios mais altos, em que as pressões estáticas ultrapassam os valores da 
tabela xxx, há necessidade de provocar uma queda de pressão. Para isso, podemos 
aumentar a perda de carga, introduzindo no sistema válvulas redutoras de pressão ou caixas 
intermediárias. A pressão estática máxima admissível pela NBR-5226 é de 40 m colunas de 
água (400 kPa). 
Na figura 8.1 vemos três sistemas de instalação de válvulas redutoras de pressão e 
na figura 8.2 o modo de ligação.
27
Figura 8.1 – Instalação de válvulas redutoras de pressão em edifícios altos (mais de 12 
pavimentos)
Figura 8.2- modo de ligação de uma válvula redutora de pressão à coluna
28
Sistema A – quando, no edifício, não temos nos andares a possibilidade de acesso às 
válvulas e, sim, somente no subsolo. A coluna desce do reservatório superior, vem ao 
subsolo e se ramifica em duas outras colunas, a partir de uma barrilete ascendente;
Sistema B – quando podemoas zonear o prédio de tal modo que as colunas partam 
de barriletes descendentes, com as pressões controladas de acordo com a altura do 
pavimento;
Sistema C – quando fazemos a redução da pressão na própria coluna de 
alimentação. Devemos instalar sempre as válvulas redutoras de pressão em locais de fácil 
acesso e de serventia comum (corredores, escadas etc.)
A pressão dinâmica mínima admissível em qualquer pondo da rede de distribuição é 
de 0,5m de coluna de água (5kPa), para evitar pressões negativas que possibilitem a 
contaminação da água. Em geral, o ponto crítico de uma rede de distribuição predial é o 
encontro do barrilete com as colunas.
• • • • VELOCIADE MÁXIMA
As velocidades máximas nas tubulações não devem ultrapassar 3,0 m/s (de acordo 
com a NBR 5626/1998)
• • • • SEPARAÇÃO ATMOSFÉRICA
A NBR-5626 exige que haja uma separação atmosférica, computada na vertical 
entre a saída d’água da peça de utilização e o nível de transbordamento dos aparelhos 
sanitários, caixas de descarga e reservatórios. Essa separação mínima deve ser de duas 
vezes o diâmetro da peça de utilização, conforme figura 10.1. Nessa figura, vemos exemplos 
de possibilidade de contaminação da água, pelo fenômeno da “retrossifonagem”, que pode 
se verificar no abastecimento direto ou ascendente. Na parte superior da figura, vemos uma 
banheira abastecida de baixo para cima; se houver uma queda de pressão no abastecimento 
no momento em que o nível da banheira ultrapassar a torneira de abastecimento e a 
torneira inferior estiver aberta, poderá haver retrossifonagem e a água usada sair por essa 
torneira. Essa que de pressão pode ser ocasionada por um acidente como mostrado na 
parte inferior, que resulta de uma pressão negativa em conseqüência do refluxo d’água.
29
Figura 10.1- Separação atmosférica
• • • • DIÂMETROS DOS SUB-RAMAIS.
A tabela 11.1 a seguir, indica os diâmetros mínimos de uso corrente para os sub-
ramais.
30
Tabela 11.1 – Diâmetro dos sub-ramais mínimos
• • • • DIMENSIONAMENTO DAS COLUNAS (MÉTODO HUNTER)
As colunas são dimensionadas trecho por trecho, e, para isso, será útil já dispomos 
dos esquema vertical da instalação, com as peças que serão atendidas em cada coluna.
A NBR-5626 sugere uma planilha de cálculo que facilita o dimensionamento, além 
da constatação das velocidades e vazões máximas e a pressão dinâmica a jusante.
• • • • Esquematização da instalação
Esquemas, isométricos ou não, ou projeções da rede predial de distribuição, devem 
ser preparados. Esses desenhos devem ser feitos em escala, com vistas a facilitar a 
31
determinação de cotas e de comprimentos de tubos.
Utilizando números ou letras, identificar cada nó (derivação de tubos) e cada ponto 
de utilização (ou outra extremidade qualquer) da rede, em seqüência crescente de 
montante para jusante. Os trechos de tubulação a serem dimensionados devem ser 
identificados, então, por um número ou uma letra correspondente à entrada do trecho 
(montante) e por outro número ou outra letra correspondente à saída do trecho (jusante).
• • • • Planilha
Os cálculos necessários devem ser feitos através de uma planilha (ver modelo na 
figura 12.1). Os seguintes dado e operações devem ser considerados na execução da 
planilha:
a) trecho: identificação do trecho de tubulação a ser dimensionado, apresentando à 
esquerda o número ou letra correspondente à sua entrada e à direita o número ou letra 
correspondente à sua saída (ver coluna1);
b) soma dos pesos: valor referente à somatória dos pesos relativos de todas as 
peças de utilização alimentadas pelo trecho considerado (ver coluna 2);
c) vazão estimada, em litros por segundo: valor da vazão total demandada 
simultaneamente, obtida pela equação 6.1 (ver coluna 3);
d) diâmetro, em milímetros: valor do diâmetro interno da tubulação, podendo ser 
obtida através da tabela 12.1, extraída do livro do Hélio Creder (ver coluna 4);
e) velocidade, em metros por segundo: valor da velocidade da água no interior da 
tubulação (ver coluna 5);
f) perda de carga unitária, em quilopascal por metro: valor da perda de carga por 
unidade de comprimento da tubulação, obtida pelas equações 12.2 e 12.3, conforme o tipo 
de tubo empregado (ver coluna 6);
g) diferença de cota (desce + ou sobe -), em metros: valor da distância vertical entre 
a cota de entrada e a cota de saída do trecho considerado, sendo positiva se a diferença 
ocorrer no sentido da descida e negativa se ocorrer no sentido da subida (ver coluna 7);
h) pressão disponível, em quilopascals: pressão disponível na saída do trecho 
considerado, depois de considerada a diferença de cota positiva ou negativa (ver coluna 8);
i) comprimento real da tubulação, em metros: valor relativo ao comprimento 
efetivo do trecho considerado (ver coluna 9);
j) comprimento equivalente da tubulação, em metros: valor relativo ao 
comprimento real mais os comprimentos equivalentes das conexões, obtidas através das 
tabelas 12.2 e 12.3 (ver coluna 10);
k) perda de carga na tubulação, em quilopascals: valor calculado para perda de 
carga na tubulação no trecho considerado (ver coluna 11);
l) perda de carga nos registros e outros componentes, em quilopascals: valor 
relativo da perda de carga provocada por registros, válvulas e outras singularidades 
ocorrentes no trecho considerado, obtida pela equação 12.1 recomendada pela NBR 
5626/98.
32
m) perda de carga total, em quilopascals: soma das perdas de carga verificadas na 
tubulação e nos registros e outros (ver coluna 13);
n) pressão disponível residual, em quilopascals: pressão residual, disponível na saída 
do trecho considerado, depois de descontadas as perdas de carga verificadas no mesmo 
trecho (ver coluna 14);
o) pressão requerida no ponto de utilização, em quilopascals: valor da pressão 
mínima necessária para alimentação da peça de utilização prevista para ser instalada na 
saída do trecho considerado, quando for o caso (ver coluna 15).
Figura 12.1 – Planilha de cálculo de Instalações Prediais de Água Fria
33
34
Tabela 12.2 – Perdas de 
35
cargas localizadas – sua equivalência em metros de tubulação de PVC rígido ou cobre.
Tabela 12.3– Perdas de cargas localizadas – sua equivalência em metros de tubulação de 
aço-carbono, galvanizado ou não.
36
• • • • Rotina
Apresenta-se na tabela 12.4 uma rotina que foi desenvolvida com base na planilha 
apresentada na figura 12.1.
Os registros de fechamento, geralmente utilizados na condição de passagem plena, 
apresentam perda de carga pequena que, para efeito deste procedimento, pode ser 
desconsiderada. Por outro lado, os registros de utilização apresentam elevada perda de 
carga, que deve ser cuidadosamente computada. A perda de carga em registro de pressão 
pode ser obtida através da seguinte equação:
Δh = 8 x 106 x K x Q2 x π-2 x d-4
(12.1)
onde:
Δh é a perda de carga no registro, em quilopascal;
K é o coeficiente de perda de carga do registro (ver NBR 10071);
Q é a vazão estimada na seção considerada, em litros por segundo;
d é o diâmetro interno da tubulação, em milímetros.
37
Tabela 12.4 – Rotina para dimensionamento das tubulações
38
• • • • Perda de Carga
A perda de carga ao longo de um tubo depende do seu comprimento e diâmetro 
interno, da rugosidade da sua superfície interna e da vazão. Para calcular o valor da perda 
de carga nos tubos, recomenda-se utilizar a equação universal, obtendo-se os valores das 
rugosidades junto aos fabricantes dos tubos. Na falta dessa informação, podem ser 
utilizadas as expressões de Fair-Whipple- Hsiao indicadas a seguir (NBR-5626).
Para tubos rugosos (tubos de aço-carbono, galvanizado ou não):
J = 20,2 . 106 . Q1,88 .D -4,88
(12.1)
Para tubos lisos (tubos de plástico, cobre ou liga de cobre):
J = 8,69 . 106 . Q1,75 . D-4,75
(12.2)
onde:
J é a perda de carga unitária, em quilopascals por metro;
Q é a vazão estimada na seção considerada, em litros por segundo;
D é o diâmetro interno do tubo, em milímetros.
• • • • Ramal Predial
De um modo geral, o diâmetro do ramal predial é fixado pela Concessionária de 
água local. A Norma prevê dois casos para que se possa determinar a vazão do ramal 
predial:
Quando se tem distribuição direta, a vazão do ramal é dada por:
Q = C 
(12.3)
39
onde:
Q é em l/s
C é o coeficiente de descarga = 0,30 l/s
P é a soma dos pesos correspondentes a todas as peças de utilização alimentadas 
através do trecho considerado (ver Tabela 6.1, extraída da NBR 5626)
Quando se tem distribuição indireta a Norma admite que a alimentação seja feita 
continuamente, durante 24 horas do dia e a vazão é dada pela expressão:
Onde:
Q é em l/s
CD é em l/dia
Uma vez conhecida a vazão do ramal predial, tanto no caso de distribuição direta ou 
indireta, o serviço de água deverá ser consultado para a fixação do diâmetro. Geralmente, 
na prática, adota-se, para o ramal predial, uma velocidade igual a 0,6 m/s, de tal modo a 
resultar um diâmetro que possa garantir o abastecimento do reservatório mesmo nas horas 
de maior consumo.
40
Exemplo:
Dado o esquema da figura abaixo, calcular a pressão no ponto E. O detalhe A e C 
contém 01 bacia sanitária com válvula de descarga, 01 chuveiro e 01 lavatório e o detalhe B 
contém 01 bacia sanitária com valvula de descarga e 01 lavatório.
Trecho Pesos Vazão (l/s)
Diâm 
interno Veloc. 
Compr. Equivalentes Pressão 
Disponível 
Perdas de Carga
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Acum. Tubulação (m)
Juntas e 
Conexões 
(m)
Total (m) (KPa/m)
RA 488,500 6,631 62,500 2,162 1,000 10,300 11,300 7,500 0,702
AB 325,000 5,408 50,000 2,756 2,000 7,600 9,600 9,568 1,418
RA 488,500 6,631 75,000 1,502 1,000 10,900 11,900 7,500 0,295
AB 325,000 5,408 62,500 1,764 2,000 7,800 9,800 13,986 0,491
BC 163,500 3,836 50,000 1,955 4,000 3,400 7,400 9,171 0,778
BC 163,500 3,836 62,500 1,251 4,000 3,700 7,700 9,171 0,269
CD 163,500 3,836 50,000 1,955 1,000 7,600 8,600 7,096 0,778
DE 130,800 3,431 50,000 1,748 3,000 7,600 10,600 10,410 0,640
• • • • INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ÁGUA QUENTE
• • • • DISPOSIÇÕES GERAIS
O abastecimento de água quente para uma habitação é hoje uma necessidade e 
passa a constituir uma exigência do usuário. Ao mesmo tempo, o aumento do padrão de 
vida e as modificações introduzidas nos costumes da sociedade passaram a exigir que esse 
abastecimento seja feito de maneira rápida. Também as quantidades têm aumentado 
principalmente em função do aumento de padrão de vida da população.
Como fontes de energia para o aquecimento de água são utilizadas principalmente 
eletricidades, gás, óleo e em menor escala a lenha ou carvão. Com o crescente aumento e 
preços de derivados de petróleo e energia elétrica, hoje é bastante difundido o uso de 
energia solar, principalmente em residências.
Convém destacar a importância de um projeto adequado de geração e distribuição 
de água quente em habitações pelo simples fato de que quase a metade das despesas de 
uma família com energia se faz para a obtenção de água quente.
Qualquer que seja o tipo de instalação, o projetista deverá ter em mente que o 
sistema deverá respeitar as exigências técnicas mínimas quanto à segurança, à economia e 
ao conforto, segundo a NBR7198, da ABNT, quando utilizado como fonte de calor, 
eletricidade, gás ou óleo.
O abastecimento de água quente é feito em encanamentos separados dos de água 
fria.
Os aquecedores de água quente funcionam basicamente sob dois princípios:
42
- os de acumulação;
• • • • DIMENSIONAMENTO
O dimensionamento procede-se de forma análoga ao de instalações de água fria, a 
figura 2.1, demonstra as instalações de água fira e água quente.
Figura 2.1 – Instalações de Prediais de Água Fria e Água Quente
As tubulações de água fria, que alimentam misturadores, não podem estar 
conectadas a colunas de distribuição e ramais que alimentam válvulas de descarga, devido à 
possibilidade de uso simultâneo com outros aparelhos, provocando variação na quantidade 
43
de água fria, trazendo desconfortos devido à variação de temperatura.
• • • • AQUECEDORES
• • • • Aquecedores instantâneos
Á água é aquecida no momento em que passa pelo dispositivo e é usada 
imediatamente (ex: chuveiros, torneiras elétricas, etc.)
• • • • Aquecedores de acumulação
Neste caso a água aquecida fica reservada e a medida que se utiliza a água quente 
tem reposição automática de água dentro do reservatório. Quando a temperatura da água 
no reservatório de acumulação cai de um certo valor, o dispositivo de aquecimento entra 
em funcionamento, até atingir a temperatura desejada.
Podem ser elétricos, a gás, a óleo ,a energia solar e a lenha ou carvão.
Nos aquecedores de acumulação podem ser usados dois tipos de aquecimento:
- Direto: Nesse caso a água a ser utilizada entra em contato direto com a fonte de 
calor;
- Indireto: Neste caso a fonte de calor aquece um fluido intermediário (óleo, água, 
etc) que por sua vez transfere calor para a água.
• • • • Aquecedores elétricos
Os aquecedores elétricos do tipo boiler são aquecedores de acumulação, isto é, o 
elemento resistivo aquece lentamente a água nas horas sem consumo, para que, nas 
ocasiões de uso, a água já esteja na temperatura adequada. A potência elétrica em jogo é 
pequena, em comparação com os chuveiros elétricos, por exemplo, em que o tempo que a 
água permanece em contato com a resistência é muito pequeno. Daí a razão pela qual a 
potência dos chuveiros elétricos deve ser muito maior do que a exigida pelos aquecedores. 
44
A figura 3.1 mostra a instalação de água quente com o uso de Boiler.
Figura 3.1 – Esquema da Instalação Hidráulica do Aquecedor
45
46
• • • • Aquecedores solares
Modernamente já se utiliza o coletor solar para aquecimento de água para uso 
doméstico. Para a utilização doméstica, muitas vezes é complementado pelo aquecimento 
elétrico, para os dias sem sol.
É fatoconhecido que a radiação solar não é constante ao longo do dia e varia 
também de acordo com as estações do ano. Portanto, para se obter o melhor rendimento, 
precisamos orientar o coletor de modo a receber a maior incidência dos raios solares. Para 
os coletores fixos, é fato comprovado experimentalmente que a inclinação que dá melhor 
incidência dos raios solares durante todo o ano é, em relação à horizontal um ângulo 
resultante da soma da latitude do lugar mais 5 ou 10º. O coletor deve ser voltado para o 
norte (no caso dos habitantes do hemisfério sul).
Na figura 3.2 demonstrados os componentes de uma célula de coletor. Na figura 3.3 
é representado um esquema da instalação do coletor solar.
Figura 3.2 – Componentes de uma célula de coletor solar.
47
Figura 3.3 – Esquema da instalação do coletor solar.
Para o dimensionamento da superfície coletora (painel), de ordem prática, pode-se 
considerar 1m2 de coletor para 50 a 65 litros de água quente necessários, ou seja, uma 
superfície para uma habitação unifamiliar de 3 a 6 m2. Ou pela fórmula:
(3.1)
Onde:
S = área em m2
Q = quantidade de calor necessária em kcal/dia
I = intensidade de radiação solar em kWh/m2 x dia ou kcal.h/m2
 = rendimento do aproveitamento da energia por painel, estimado, para fins 
práticos, em 50%.
• • • • CONSUMO DE ÁGUA QUENTE
O consumo de água quente pode ser estimado de acordo com a tabela 4.1
48
Tabela 4.1 – Estimativa de consumo de água quente
Estimativa de consumo de água quente
Prédio Consumo l/dia
Alojamento provisório de obra 24 por pessoa
Casa popular ou rural 36 por pessoa
Residência 45 por pessoa
Apartamento 60 por pessoa
Quartel 45 por pessoa
Escola (internato) 45 por pessoa
Hotel (sem incluir cozinha e 
lavanderia)
36 por hóspede
Hospital 125 por leito
Restaurantes e similares 12 por refeição
Lavanderia 15 por kg de roupa seca
Exemplo: Supondo uma residência unifamiliar de 5 pessoas, desejamos calcular qual a área 
do coletor necessária. Pela NBR-7198, o consumo diário por pessoa é de 45 litros.
• • • • Modelos de Isométricos
• 
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• Orientações Gerais para a elaboração do projeto
• Deve-se possuir o projeto Arquitetônico completo.
• Dimensionar o reservatório superior e o boiler e estabelecer suas localizações 
(ideal, sobre banheiros).
• Traçar em planta a canalização, representando os locais de descida. Bem como o 
alimentador da caixa d’água e a localização do hidrômetro.
• Fazer isométricos de cada ambiente, representar em escala de 1:20 ou 1:25. Deve-
se nomear as colunas de descida (ex: AF-1, AF-2, AQ-1, AQ-2) de cada isométrico, 
seguido do respectivo diâmetro. Tal nomenclatura deve fazer correspondência à 
nomenclatura também colocada na planta (item 3).(Exemplos de Isométricos em 
anexo).
• Elaborar um esquema vertical desde a caixa d’água, para a obtenção da quantidade 
e os tipos de acessórios, o comprimento das canalizações, para que possa ser feito o 
dimensionamento com a tabela de dimensionamento de Instalações prediais de 
água fria e água quente.
• Com os diâmetros obtidos no item anterior, deve-se colocar na planta (item 3), 
sobre a linha que representa a canalização.
• Fazer o detalhamento da instalação de esgoto (segue em anexo exemplo) de cada 
ambiente, indicando os diâmetros das canalizações. No caso de não haver tubo de 
queda, representar a caixa de distribuição.
• Fazer Planta de Esgosto, representando a localização das caixas de distribuição, das 
caixas de gorduras, da fossa séptica e do sumidouro (quando necessário). Bem 
como a representação dos subcoletores prediais, tubos de queda e colunas de 
ventilação, indicando seus respectivos diâmetros e declividades (quando forem sub-
coletores).
• Nomear os tubos de queda da seguinte maneira: TQ-01, TQ-02, seguidos dos 
respectivos diâmetros. Igualmente as colunas de ventilação: CV-01, CV-02.
• Fazer detalhamento (corte) da fossa e do sumidouro, indicando também suas 
medidas em planta.
• Dimensionar as calhas, condutores verticais e horizontais das instalações de águas 
pluviais e também representar na planta de Esgoto. Os condutores verticais 
poderão ser representados da seguinte maneira: AP-01, AP-02, seguidos dos 
respectivos diâmetros.
• Sugestão da forma de apresentação do projeto:
• Deve-se representar em uma ou mais folhas A0, A1, A2 ou A3 a planta de 
61
esgoto e de água fria e quente, em escala 1:50.
• Em outra folha ou mais representar os isométricos e detalhes das 
instalações de esgoto devendo fazer referencia à planta, para que seja 
facilmente identificadas, em escala 1:20 ou 1:25.
• Na mesma folha do item anterior ou em folha separada pode-se 
representar o detalhamento da fossa e do sumidouro.
• É opcional representar o esquema vertical em três dimensões, mencionado 
no item 5.
• Deve-se atentar para a estética da apresentação, distribuição adequada dos 
desenhos nas folhas. Pode-se utilizar de outras formas de representação 
para facilitar o entendimento do projeto. O projeto deve ser de fácil 
entendimento para quem irá executá-lo.
• • • • INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO
• • • • INTRODUÇÃO
NBR 8160/99 - Esta Norma estabelece as exigências e recomendações relativas ao projeto, 
execução, ensaio e manutenção dos sistemas prediais de esgoto sanitário, para atenderem 
às exigências mínimas quanto à higiene, segurança e conforto dos usuários, tendo em vista 
a qualidade destes sistemas.
• • • • PRINCIPAIS DEFINIÇÕES:
barrilete de ventilação: Tubulação horizontal com saída para a atmosfera em um ponto, 
destinada a receber dois ou mais tubos ventiladores.
caixa de gordura: Caixa destinada a reter, na sua parte superior, as gorduras, graxas e óleos 
contidos no esgoto, formando camadas que devem ser removidas periodicamente, evitando 
que estes componentes escoem livremente pela rede, obstruindo a mesma.
caixa de inspeção: Caixa destinada a permitir a inspeção, limpeza, desobstrução, junção, 
62
mudanças de declividade e/ou direção das tubulações.
caixa sifonada: Caixa provida de desconector, destinada a receber efluentes da instalação 
secundária de esgoto.
coletor predial: Trecho de tubulação compreendido entre a última inserção de subcoletor, 
ramal de esgoto ou de descarga, ou caixa de inspeção geral e o coletor público ou sistema 
particular.
coletor público: Tubulação da rede coletora que recebe contribuição de esgoto dos 
coletores prediais em qualquer ponto ao longo do seu comprimento.
coluna de ventilação: Tubo ventilador vertical que se prolonga através de um ou mais 
andares e cuja extremidade superior é aberta à atmosfera, ou ligada a tubo ventilador 
primário ou a barrilete de ventilação.
desconector: Dispositivo provido de fecho hídrico, destinado a vedar a passagem de gases 
no sentido oposto ao deslocamento do esgoto.
dispositivo de inspeção: Peça ou recipiente para inspeção, limpeza e desobstrução das 
tubulações.
instalação primária de esgoto: Conjunto de tubulações e dispositivos onde têm acesso 
gases provenientes do coletor público ou dos dispositivos de tratamento.
instalação secundária de esgoto: Conjunto de tubulações e dispositivos onde não têm 
acesso os gases provenientes do coletor público ou dos dispositivos de tratamento.
ralo seco: Recipiente sem proteção hídrica, dotado de grelha na parte superior, destinado a 
receber águas de lavagem de piso ou de chuveiro.
ralo sifonado: Recipiente dotado de desconector, com grelha na parte superior, destinado a 
receber águas de lavagem de pisos ou de chuveiro.
ramal de descarga: Tubulação que recebe diretamente os efluentes de aparelhos sanitários.
ramal de esgoto: Tubulação primáriaque recebe os efluentes dos ramais de descarga 
diretamente ou a partir de um desconector.
63
ramal de ventilação: Tubo ventilador que interliga o desconector, ou ramal de descarga, ou 
ramal de esgoto de um ou mais aparelhos sanitários a uma coluna de ventilação ou a um 
tubo ventilador primário.
subcoletor: Tubulação que recebe efluentes de um ou mais tubos de queda ou ramais de 
esgoto.
tubo de queda: Tubulação vertical que recebe efluentes de subcoletores, ramais de esgoto 
e ramais de descarga.
tubo ventilador: Tubo destinado a possibilitar o escoamento de ar da atmosfera para o 
sistema de esgoto e vice-versa ou a circulação de ar no interior do mesmo, com a finalidade 
de proteger o fecho hídrico dos desconectores e encaminhar os gases para atmosfera.
unidade de Hunter de contribuição (UHC): Fator numérico que representa a contribuição 
considerada em função da utilização habitual de cada tipo de aparelho sanitário.
• • • • DISPOSIÇÕES GERAIS
O sistema predial de esgoto sanitário deve ser projetado de modo a:
• evitar a contaminação da água, de forma a garantir a sua qualidade de consumo, 
tanto no interior dos sistemas de suprimento e de equipamentos sanitários, como 
nos ambientes receptores;
• permitir o rápido escoamento da água utilizada e dos despejos introduzidos, 
evitando a ocorrência de vazamentos e a formação de depósitos no interior das 
tubulações;
• impedir que os gases provenientes do interior do sistema predial de esgoto 
sanitário atinjam áreas de utilização;
• impossibilitar o acesso de corpos estranhos ao interior do sistema;
• permitir que os seus componentes sejam facilmente inspecionáveis;
• impossibilitar o acesso de esgoto ao subsistema de ventilação;
• permitir a fixação dos aparelhos sanitários somente por dispositivos que facilitem a 
sua remoção para eventuais manutenções.
O sistema predial de esgoto sanitário deve ser separador absoluto em relação ao 
sistema predial de águas pluviais, ou seja, não deve existir nenhuma ligação entre os dois 
sistemas.
A disposição final do efluente do coletor predial de um sistema de esgoto sanitário 
deve ser feita:
• em rede pública de coleta de esgoto sanitário, quando ela existir;
• em sistema particular de tratamento, quando não houver rede pública de coleta de 
64
esgoto sanitário.
Deve ser evitada a passagem das tubulações de esgoto em paredes, rebaixos, forros 
falsos, etc. de ambientes de permanência prolongada. Caso não seja possível, devem ser 
adotadas medidas no sentido de atenuar a transmissão de ruído para os referidos 
ambientes.
As mudanças de direção nos trechos horizontais devem ser feitas com peças com 
ângulo central igual ou inferior a 45°.
As mudanças de direção (horizontal para vertical e vice-versa) podem ser 
executadas com peças com ângulo central igual ou inferior a 90°.
É vedada a ligação de ramal de descarga ou ramal de esgoto, através de inspeção 
existente em joelho ou curva, ao ramal de descarga de bacia sanitária.
Os ramais de descarga e de esgoto devem permitir fácil acesso para desobstrução e 
limpeza.
• • • • Tubos de quedas
Os tubos de queda devem, sempre que possível, ser instalados em um único 
alinhamento. Quando necessários, os desvios devem ser feitos com peças formando ângulo 
central igual ou inferior a 90°, de preferência com curvas de raio longo ou duas curvas de 
45°.
Para os edifícios de dois ou mais andares, nos tubos de queda que recebam 
efluentes de aparelhos sanitários tais como pias, tanques, máquinas de lavar e outros 
similares, onde são utilizados detergentes que provoquem a formação de espuma, devem 
ser adotadas soluções no sentido de evitar o retorno de espuma para os ambientes 
sanitários, tais como:
• não efetuar ligações de tubulações de esgoto ou de ventilação nas regiões de 
ocorrência de sobrepressão, conforme detalhado em abaixo;
• efetuar o desvio do tubo de queda para a horizontal com dispositivos que atenuem 
a sobrepressão, ou seja, curva de 90° de raio longo ou duas curvas de 45°; ou 
• instalar dispositivos com a finalidade de evitar o retorno de espuma.
São considerados zonas de sobrepressão (ver figura 3.1):
• o trecho, de comprimento igual a 40 diâmetros, imediatamente a montante do 
desvio para horizontal; 
• o trecho de comprimento igual a 10 diâmetros, imediatamente a jusante do mesmo 
desvio;
65
• o trecho horizontal de comprimento igual a 40 diâmetros, imediatamente a 
montante do próximo desvio;
• o trecho de comprimento igual a 40 diâmetros, imediatamente a montante da base 
do tubo de queda,
• o trecho do coletor ou subcoletor imediatamente a jusante da mesma base; e) os 
trechos a montante e a jusante do primeiro desvio na horizontal do coletor com 
comprimento igual a 40 diâmetros ou subcoletor com comprimento igual a 10 
diâmetros;
• o trecho da coluna de ventilação, para o caso de sistemas com ventilação 
secundária, com comprimento igual a 40 diâmetros, a partir da ligação da base da 
coluna com o tubo de queda ou ramal de esgoto.
Figura 3.1 – Zonas de sobrepressão num tubo de queda
Devem ser previstos tubos de queda especiais para pias de cozinha e máquinas de 
lavar louças, providos de ventilação primária, os quais devem descarregar em uma caixa de 
gordura coletiva
• • • • Coletores e subcoletores
O coletor predial e os subcoletores devem ser de preferência retilíneos. Quando 
necessário, os desvios devem ser feitos com peças com ângulo central igual ou inferior a 
45°, acompanhados de elementos que permitam a inspeção.
• • • • Caixas de gordura, coletora e de inspeção
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As caixas de gordura, poços de visita e caixas de inspeção devem ser perfeitamente 
impermeabilizados, providos de dispositivos adequados para inspeção, possuir tampa de 
fecho hermético, ser devidamente ventilados e constituídos de materiais não atacáveis pelo 
esgoto.
É recomendado o uso de caixas de gordura quando os efluentes contiverem 
resíduos gordurosos. Quando o uso de caixa de gordura não for exigido pela autoridade 
pública competente, a sua adoção fica a critério do projetista.
A figura 3.2 demonstra o funcionamento da caixa de gordura.
Figura 3.2 – Funcionamento de uma caixa de gordura
As caixas de gordura devem ser instaladas em locais de fácil acesso e com boas 
condições de ventilação. As caixas de gordura devem possibilitar a retenção e posterior 
remoção da gordura, através das seguintes características:
• capacidade de acumulação da gordura entre cada operação de limpeza;
• dispositivos de entrada e de saída convenientemente projetados para possibilitar 
que o afluente e o efluente escoem normalmente;
• altura entre a entrada e a saída suficiente para reter a gordura, evitando-se o 
arraste do material juntamente com o efluente;
• vedação adequada para evitar a penetração de insetos, pequenos animais, águas de 
lavagem de pisos ou de águas pluviais, etc.
As pias de cozinha ou máquinas de lavar louças instaladas em vários pavimentos 
sobrepostos devem descarregar em tubos de queda exclusivos que conduzam o esgoto para 
caixas de gordura coletivas, sendo vedado o uso de caixas de gordura individuais nos 
andares.
Os desvios, as mudanças de declividade e a junção de tubulações enterradas devem 
ser feitos mediante o emprego de caixas de inspeção ou poços de visita.
67
Em prédios com mais de dois pavimentos, as caixas de inspeção não devem ser 
instaladas a menos de 2,00 m de distância dos tubos de queda que contribuem para elas.
Não devem ser colocadas caixas de inspeção ou poços de visita em ambientes 
pertencentes a uma unidade autônoma, quando os mesmos recebem a contribuição de 
despejos de outras unidades autônomas.
Os efluentes de aparelhos sanitários e de dispositivosinstalados em nível inferior ao 
do logradouro devem ser descarregados em uma ou mais caixas de inspeção, as quais 
devem ser ligadas a uma caixa coletora, disposta de modo a receber o esgoto por gravidade.
A partir da caixa coletora, por meio de bombas, devem ser recalcados para uma 
caixa de inspeção (ou poço de visita), ramal de esgoto ligado por gravidade ao coletor 
predial, ou diretamente ao mesmo, ou ao sistema de tratamento de esgoto.
No caso de esgoto proveniente unicamente da lavagem de pisos ou de automóveis, 
dispensa-se o uso de caixas de inspeção, devendo os efluentes ser encaminhados, neste 
caso, a uma caixa sifonada de diâmetro mínimo igual a 0,40 m, a qual pode ser ligada 
diretamente a uma caixa coletora.
As bombas devem ser de construção especial, à prova de obstruções por águas 
servidas, massas e líquidos viscosos.
• • • • Tubo ventilador e coluna de ventilação
A extremidade aberta do tubo ventilador primário ou coluna de ventilação deve 
estar situada acima da cobertura do edifício a uma distância mínima que impossibilite o 
encaminhamento à mesma das águas pluviais provenientes do telhado ou laje 
impermeabilizada.
A extremidade aberta de um tubo ventilador primário ou coluna de ventilação, 
conforme mostrado na figura:
• não deve estar situada a menos de 4,00 m de qualquer janela, porta ou vão de 
ventilação, salvo se elevada pelo menos 1,00 m das vergas dos respectivos vãos;
• deve situar-se a uma altura mínima igual a 2,00 m acima da cobertura, no caso de 
laje utilizada para outros fins além de cobertura; caso contrário, esta altura deve ser 
no mínimo igual a 0,30 m;
• deve ser devidamente protegida nos trechos aparentes contra choques ou 
acidentes que possam danificá-la;
• deve ser provida de terminal tipo chaminé, tê ou outro dispositivo que impeça a 
68
entrada das águas pluviais diretamente ao tubo de ventilação.
A figura 3.3 demonstra a localização da coluna de ventilação numa instalação de 
esgoto. E, a figura 3.4 demonstra o prolongamento do tubo de queda ou coluna de 
ventilação para cima da cobertura
Figura 3.3 – Instalação de esgoto
Figura 3.4 – Prolongamento do tubo de queda ou da coluna de ventilação para cima da 
cobertura
69
O tubo ventilador primário e a coluna de ventilação devem ser verticais e, sempre 
que possível, instalados em uma única prumada; quando necessárias, as mudanças de 
direção devem ser feitas mediante curvas de ângulo central não superior a 90°, e com um 
aclive mínimo de 1% (ver figura 3.5)
Em prédios de um só pavimento, deve existir pelo menos um tubo ventilador, ligado 
diretamente a uma caixa de inspeção ou em junção ao coletor predial, subcoletor ou ramal 
de descarga de uma bacia sanitária e prolongado até acima da cobertura desse prédio, 
devendo-se prever a ligação de todos os desconectores a um elemento ventilado, 
respeitando-se as distâncias máximas indicadas na tabela 3.1.
Toda tubulação de ventilação deve ser instalada com aclive mínimo de 1%, de modo 
que qualquer líquido que porventura nela venha a ingressar possa escoar totalmente por 
gravidade para dentro do ramal de descarga ou de esgoto em que o ventilador tenha 
origem.
70
Figura 3.5 – Desvio de tubo de queda
Tabela 3.1 – Distância máxima de um desconector ao tubo ventilador
71
As ligações da coluna de ventilação aos demais componentes do sistema de 
ventilação ou do sistema de esgoto sanitário devem ser feitas com conexões apropriadas, 
como a seguir:
• quando feita em uma tubulação vertical, a ligação deve ser executada por meio de 
junção a 45°; ou
• quando feita em uma tubulação horizontal, deve ser executada acima do eixo da 
tubulação, elevando-se o tubo ventilador de uma distância de até 0,15 m, ou mais, 
acima do nível de transbordamento da água do mais elevado dos aparelhos 
sanitários por ele ventilados, antes de ligar-se a outro tubo ventilador, respeitando-
se o que segue:
• a ligação ao tubo horizontal deve ser feita por meio de tê 90° ou junção 45° com a 
derivação instalada em ângulo, de preferência, entre 45° e 90° em relação ao tubo 
de esgoto, conforme indicado na figura 3.5;
• quando não houver espaço vertical para a solução apresentada acima, podem ser 
adotados ângulos menores, com o tubo ventilador ligado somente por junção 45° 
ao respectivo ramal de esgoto e com seu trecho inicial instalado em aclive mínimo 
de 2%;
• a distancia entre o ponto de inserção do ramal de ventilação ao tubo de esgoto e a 
conexão de mudança do trecho horizontal para a vertical deve ser a mais curta 
possível;
• a distância entre a saída do aparelho sanitário e a inserção do ramal de ventilação 
deve ser igual a no mínimo duas vezes o diâmetro do ramal de descarga.
Quando não for possível ventilar o ramal de descarga da bacia sanitária ligada 
diretamente ao tubo de queda (para a distância máxima, ver tabela 3.1), o tubo de queda 
deve ser ventilado imediatamente abaixo da ligação do ramal da bacia sanitária (ver figura 
3.6).
72
É dispensada a ventilação do ramal de descarga de uma bacia sanitária ligada 
através de ramal exclusivo a um tubo de queda a uma distância máxima de 2,40 m, desde 
que esse tubo de queda receba, do mesmo pavimento, imediatamente abaixo, outros 
ramais de esgoto ou de descarga devidamente ventilados, conforme mostrado na figura 3.7.
Bacias sanitárias instaladas em bateria, devem ser ventiladas por um tubo 
ventilador de circuito ligando a coluna de ventilação ao ramal de esgoto na região entre a 
última e a penúltima bacias sanitárias, conforme indicado na figura 3.8.
Deve ser previsto um tubo ventilador suplementar a cada grupo de no máximo oito 
bacias sanitárias, contadas a partir da mais próxima ao tubo de queda.
Quando o ramal de esgoto servir a mais de três bacias sanitárias e houver aparelhos 
em andares superiores descarregando no tubo de queda, é necessária a instalação de tubo 
ventilador suplementar, ligando o tubo ventilador de circuito ao ramal de esgoto na região 
entre o tubo de queda e a primeira bacia sanitária.
Figura 3.5 – Ligação de ramal de ventilação
73
Figura 3.6 – Ligação de ramal de ventilação quando da impossibilidade de ventilação do 
ramal de descarga da bacia sanitária
Figura 3.7 – Dispensa de ventilação de ramal de descarga de bacia sanitária
74
Figura 3.8 – Ventilação em circuito
75
3.5. Documentação básica de projeto
A documentação básica do projeto deve contemplar:
• projeto executivo, composto pelos seguintes itens:
• planta baixa da cobertura, andar(es) tipo, térreo, subsolo(s), com a indicação dos 
tubos de queda, ramais e desvios, colunas de ventilação (no caso de sistema com 
ventilação secundária), dispositivos em geral; 
• planta baixa do pavimento inferior, com traçados e localização dos subcoletores, 
coletor predial, dispositivos de inspeção, local de lançamento do esgoto sanitário e 
suas respectivas cotas; 
• esquema vertical (ou fluxograma geral) apresentado em separado ou em conjunto 
com o sistema predial de águas pluviais, sem escala, indicando os componentes do 
sistema e suas interligações;
• plantas, em escala conveniente, dos ambientes sanitários, com a indicação do 
encaminhamento das tubulações;
• detalhes (cortes, perspectivas, etc.) que se fizerem necessários para melhor 
compreensão do sistema;
• memorial descritivo e especificações técnicas;
• quantificação e orçamento.
• • • • DIMENSIONAMENTO
4.1. Desconectores
Todo desconector deve satisfazer às seguintes condições:
• ter fecho hídrico com altura mínima de 0,05 m;
• apresentar orifício de saída com diâmetro igual ou superior ao do ramal de descarga 
a ele conectado.
As caixas sifonadas devem ter as seguintes características mínimas:• ser de DN 100, quando receberem efluentes de aparelhos sanitários até o limite de 
6 UHC;
• ser de DN 125, quando receberem efluentes de aparelhos sanitários até o limite de 
10 UHC;
• ser de DN 150, quando receberem efluentes de aparelhos sanitários até o limite de 
15 UHC.
76
O ramal de esgoto da caixa sifonada deve ser dimensionado conforme indicado na 
tabela 4.
4.2. Ramais de descarga e de esgoto
Para os ramais de descarga, devem ser adotados no mínimo os diâmetros 
apresentados na tabela 4.1.
Para os aparelhos não relacionados na tabela 4.1, devem ser estimadas as UHC 
correspondentes e o dimensionamento deve ser feito com os valores indicados na tabela 
4.2.
Para os ramais de esgoto, deve ser utilizada a tabela 4.3.
77
Tabela 4.1 – Unidades de Hunter de Contribuição dos aparelhos sanitários e diâmetro 
nominal mínimo dos ramais de descarga
Tabela 4.2 – Unidades de Hunter de Contribuição para aparelhos não relacionados na tabela 
4
78
Tabela 4.3 – Dimensionamento de ramais de esgoto
4.3. Tubos de queda
Os tubos de queda podem ser dimensionados pela somatória das UHC, conforme 
valores indicados na tabela 4.4.
Quando apresentarem desvios da vertical, os tubos de queda devem ser 
dimensionados da seguinte forma:
• quando o desvio formar ângulo igual ou inferior a 45° com a vertical, o tubo de 
queda é dimensionado com os valores indicados na tabela 4.4;
• quando o desvio formar ângulo superior a 45° com a vertical, deve-se dimensionar:
• a parte do tubo de queda acima do desvio como um tubo de queda independente, 
com base no número de unidades de Hunter de contribuição dos aparelhos acima 
do desvio, de acordo com os valores da tabela 4.4;
• a parte horizontal do desvio de acordo com os valores da tabela 4.5;
• a parte do tubo de queda abaixo do desvio, com base no número de unidades de 
79
Hunter de contribuição de todos os aparelhos que descarregam neste tubo de 
queda, de acordo com os valores da tabela 4.4, não podendo o diâmetro nominal 
adotado, neste caso, ser menor do que o da parte horizontal.
4.4 Coletor predial e subcoletores
O coletor predial e os subcoletores podem ser dimensionados pela somatória das 
UHC conforme os valores da tabela 4.5. O coletor predial deve ter diâmetro nominal 
mínimo DN 100.
No dimensionamento do coletor predial e dos subcoletores em prédios residenciais, 
deve ser considerado apenas o aparelho de maior descarga de cada banheiro para a 
somatória do número de unidades de Hunter de contribuição.
Nos demais casos, devem ser considerados todos os aparelhos contribuintes para o 
cálculo do número de UHC.
Tabela 4.4 – Dimensionamento de tubos de queda
Tabela 4.5 – Dimensionamento de subcoletores e coletor predial
80
4.5. Tubo de Ventilação
Para o dimensionamento do tubo de ventilação e ramais de ventilação, devem ser 
utilizadas as tabela 4.6 e 4.7, respectivamente.
Tabela 4.6 – Dimensionamento de colunas e barriletes de ventilação
81
82
Tabela 4.7 – Dimensionamento de ramais de ventilação
• • • • DISPOSITIVOS COMPLEMENTARES
5.1 Caixas de gordura
As caixas de gordura devem ser dimensionadas levando-se em conta o que segue:
• para a coleta de apenas uma cozinha, pode ser usada a caixa de gordura pequena 
ou a caixa de gordura simples;
• para a coleta de duas cozinhas, pode ser usada a caixa de gordura simples ou a caixa 
de gordura dupla;
• para a coleta de três até 12 cozinhas, deve ser usada a caixa de gordura dupla;
d) para a coleta de mais de 12 cozinhas, ou ainda, para cozinhas de restaurantes, 
escolas, hospitais, quartéis, etc., devem ser previstas caixas de gordura especiais.
As caixas de gordura devem ser divididas em duas câmaras, uma receptora e outra 
vertedoura, separadas por um septo não removível.
As caixas de gordura podem ser dos seguintes tipos: 
• pequena (CGP), cilíndrica, com as seguintes dimensões mínimas:
• diâmetro interno: 0,30 m;
• parte submersa do septo: 0,20 m;
• capacidade de retenção: 18 L; 
• diâmetro nominal da tubulação de saída: DN 75;
• simples (CGS), cilíndrica, com as seguintes dimensões mínimas:
• diâmetro interno: 0,40 m;
• parte submersa do septo: 0,20 m;
83
• capacidade de retenção: 31 L;
• diâmetro nominal da tubulação de saída: DN 75;
• dupla (CGD), cilíndrica, com as seguintes dimensões mínimas:
• diâmetro interno: 0,60 m;
• parte submersa do septo: 0,35 m
• capacidade de retenção: 120 L;
• diâmetro nominal da tubulação de saída: DN 100;
• especial (CGE), prismática de base retangular, com as seguintes características:
• distância mínima entre o septo e a saída: 0,20 m;
• volume da câmara de retenção de gordura obtido pela fórmula: V = 2 N + 20
onde:
N é o número de pessoas servidas pelas cozinhas que contribuem para a caixa de gordura 
no turno em que existe maior afluxo;
V é o volume, em litros;
• altura molhada: 0,60 m;
• parte submersa do septo: 0,40 m;
• diâmetro nominal mínimo da tubulação de saída: DN 100.
5.2 Caixas de passagem
As caixas de passagem devem ter as seguintes características:
• quando cilíndricas, ter diâmetro mínimo igual a 0,15 m e, quando prismáticas de 
base poligonal, permitir na base a inscrição de um círculo de diâmetro mínimo igual 
a 0,15 m;
• ser providas de tampa cega, quando previstas em instalações de esgoto primário;
• ter altura mínima igual a 0,10 m;
• ter tubulação de saída dimensionada pela tabela de dimensionamento de ramais de 
esgoto, sendo o diâmetro mínimo igual a DN 50.
5.3 Dispositivos de inspeção
As caixas de inspeção devem ter:
• profundidade máxima de 1,00 m;
• forma prismática, de base quadrada ou retangular, de lado interno mínimo de 0,60 
m, ou cilíndrica com diâmetro mínimo igual a 0,60 m;
• tampa facilmente removível, permitindo perfeita vedação;
84
• fundo construído de modo a assegurar rápido escoamento e evitar formação de 
depósitos.
Os poços de visita devem ter:
• profundidade maior que 1,00 m;
• forma prismática de base quadrada ou retangular, com dimensão mínima de 1,10 
m, ou cilíndrica com um diâmetro interno mínimo de 1,10 m;
• degraus que permitam o acesso ao seu interior;
• tampa removível que garanta perfeita vedação; 
e) fundo constituído de modo a assegurar rápido escoamento e evitar formação de 
sedimentos;
f) duas partes, quando a profundidade total for igual ou inferior a 1,80 m, sendo a parte 
inferior formada pela câmara de trabalho (balão) de altura mínima de 1,50 m, e a parte 
superior formada pela câmara de acesso, ou chaminé de acesso, com diâmetro interno 
mínimo de 0,60 m.
• • • • SIMBOLOGIA
85
86
• • • • TANQUES SÉPTICOS
• • • • DISPOSIÇÕES GERAIS
Em áreas não favorecidas por rede de esgotos públicos, torna-se obrigatório o uso 
de instalações necessárias para a depuração biológica e bacteriana das águas residuárias. Os 
despejos lançados sem tratamento propiciam a proliferação de inúmeras doenças como 
tifo, disenterias, etc.
A NBR 7229//93 fixa as condições exigíveis para projeto, construção e operação de 
sistemas de tanques sépticos, incluindo tratamento e disposição de efluentes e lodo 
sedimentado. E, tem por objetivo preservar a saúde pública e ambiental, a higiene, o 
conforto e a segurança dos habitantes de áreas servidas por estes sistemas.
• • • • Principais Definições
Decantação: Processo em que, por gravidade, um líquido se separa dos sólidos que 
continha em suspensão.
Despejo industrial: Resíduo líquido de operação industrial.
Diâmetro nominal (DN): Designação numérica de tamanho, que é comum a todos 
os componentes de um sistema de tubulação, exceto os componentes designados pelo 
diâmetro externo ou pelo tamanho da rosca.
Taxa de acumulaçãode lodo: Número de dias de acumulação de lodo fresco.
Digestão: Decomposição da matéria orgânica em substâncias progressivamente 
mais simples e estáveis.
Dispositivo de descarga de lodo: Instalação tubular para retirada, por pressão 
hidrostática, do conteúdo da zona de digestão.
Efluente: Parcela líquida que sai de qualquer unidade de tratamento.
Efluente do tanque séptico: Efluente ainda contaminado, originário do tanque 
séptico.
Escuma: Matéria graxa e sólidos em mistura com gases, que flutuam no líquido em 
tratamento.
Água residuária: Líquido que contém resíduo de atividade humana.
Esgoto afluente: Água residuária que chega ao tanque séptico.
87
Esgoto doméstico: Água residuária de atividade higiênica e/ou de limpeza.
Esgoto sanitário: Água residuária composta de esgoto doméstico, despejo industrial 
admissível a tratamento conjunto com esgoto doméstico e água de infiltração.
Filtro anaeróbio: Unidade destinada ao tratamento de esgoto, mediante 
afogamento do meio biológico filtrante.
Intervalo entre limpezas: Período de tempo entre duas operações consecutivas e 
necessárias de remoção do lodo do tanque séptico.
Lodo: Material acumulado na zona de digestão do tanque séptico, por 
sedimentação de partículas sólidas suspensas no esgoto.
Lodo desidratado: Lodo com baixo teor de umidade.
Lodo digerido: Lodo estabilizado por processo de digestão.
Lodo fresco: Lodo instável, em início de processo de digestão.
Período de detenção do esgoto: Tempo médio de permanência da parcela líquida 
do esgoto dentro da zona de decantação do tanque séptico.
Período de digestão: Tempo necessário à estabilização da parcela orgânica do lodo.
Profundidade total: Medida entre a face inferior da laje de fechamento e o nível da 
base do tanque.
Profundidade útil: Medida entre o nível mínimo de saída do efluente e o nível da 
base do tanque.
Sedimentação: Processo em que, por gravidade, sólidos em suspensão se separam 
do líquido que os continha.
Sistema de esgotamento sanitário: Conjunto de instalações que reúne coleta, 
tratamento e disposição das águas residuárias.
Sistema de tanque séptico: Conjunto de unidades destinadas ao tratamento e à 
disposição de esgotos, mediante utilização de tanque séptico e unidades complementares 
de tratamento e/ou disposição final de efluentes e lodo.
Sumidouro ou poço absorvente: Poço seco escavado no chão e não 
impermeabilizado, que orienta a infiltração de água residuária no solo.
Tanque séptico: Unidade cilíndrica ou prismática retangular de fluxo horizontal, 
para tratamento de esgotos por processos de sedimentação, flotação e digestão.
Tanque séptico de câmara única: Unidade de apenas um compartimento, em cuja 
zona superior devem ocorrer processos de sedimentação e de flotação e digestão da 
88
escuma, prestando-se a zona inferior ao acúmulo e digestão do lodo sedimentado.
Tanque séptico de câmaras em série: Unidade com dois ou mais compartimentos 
contínuos, dispostos seqüencialmente no sentido do fluxo do líquido e interligados 
adequadamente, nos quais devem ocorrer, conjunta e decrescentemente, processos de 
flotação, sedimentação e digestão.
Vala de filtração: Sistema de tratamento biológico do efluente do tanque séptico, 
que consiste em um conjunto ordenado de caixa de distribuição, caixas de inspeção, 
tubulações perfuradas superiores, para distribuir o efluente sobre leito biológico filtrante, e 
tubulações perfuradas inferiores, para coletar o filtrado e encaminhá-lo à disposição final.
Vala de infiltração: Sistema de disposição do efluente do tanque séptico, que 
orienta sua infiltração no solo e consiste em um conjunto ordenado de caixa de distribuição, 
caixas de inspeção e tubulação perfurada assente sobre a camada-suporte de pedra britada.
Volume total: Volume útil acrescido de volume correspondente ao espaço 
destinado à circulação de gases no interior do tanque, acima do nível do líquido.
Volume útil: Espaço interno mínimo necessário ao correto funcionamento do 
tanque séptico, correspondente à somatória dos volumes destinados.
• • • • Fossa Séptica
As fossas sépticas são instalações que atenuam a agressividade das águas servidas, 
tendo emprego já muito difundido. Destinam-se a separar e transformar a matéria sólida 
contida nas águas de esgoto e descarregar no terreno.
Nas fossas, as águas servidas sofrem a ação de bactérias anaeróbica 
(microorganismos que só atuam na ausência de oxigênio). Sob a ação dessas bactérias, 
parte da matéria orgânica sólida é convertida em gases ou em substâncias solúveis que, 
dissolvidas no líquido contido na fossa, são esgotadas e lançadas no terreno. Durante o 
processo, depositam-se no fundo da fossa as partículas minerais sólidas (lodo) e forma-se, 
na superfície do líquido, uma camada de espuma ou crosta constituída de substâncias 
insolúveis mais leves que contribui para evitar a circulação do ar, facilitando a ação das 
bactérias.
A figura 1.1 demonstra o funcionamento de uma fossa séptica.
89
Figura 1.1 – Funcionamento geral de um tanque séptico
1.3 Indicações do Sistema
O uso do sistema de tanque séptico somente é indicado para:
a) área desprovida de rede pública coletora de esgoto;
b) alternativa de tratamento de esgoto em áreas providas de rede coletora local;
c) retenção prévia dos sólidos sedimentáveis, quando da utilização de rede coletora 
com diâmetro e/ou declividade reduzidos para transporte de efluente livre de sólidos 
sedimentáveis.
É vedado o encaminhamento ao tanque séptico de:
a) águas pluviais;
b) despejos capazes de causar interferência negativa em qualquer fase do processo 
de tratamento ou a elevação excessiva da vazão do esgoto afluente, como os provenientes 
de piscinas e de lavagem de reservatórios de água.
• • • • LOCALIZAÇÃO DA FOSSA SÉPTICA
Os tanques sépticos devem observar as seguintes distâncias horizontais mínimas:
90
a) 1,50 m de construções, limites de terreno, sumidouros, valas de infiltração e 
ramal predial de água;
b) 3,0 m de árvores e de qualquer ponto de rede pública de abastecimento de água;
c) 15,0 m de poços freáticos e de corpos de água de qualquer natureza.
As distâncias mínimas são computadas a partir da face externa mais próxima aos 
elementos considerados.
• • • • DIMENSIONAMENTO
O volume útil total do tanque séptico deve ser calculado pela fórmula:
V = 1000 + N (CT + K Lf)
Onde:
V = volume útil, em litros
N = número de pessoas ou unidades de contribuição
C = contribuição de despejos, em litro/pessoa x dia ou em litro/unidade x dia (ver 
Tabela 3.1)
T = período de detenção, em dias (ver Tabela 3.2) 
K = taxa de acumulação de lodo digerido em dias, equivalente ao tempo de 
acumulação de lodo fresco (ver Tabela 3.3)
Lf = contribuição de lodo fresco, em litro/pessoa x dia ou em litro/unidade x dia (ver 
Tabela 3.1)
91
Tabela 3.1 – Contribuição diária de esgoto (C) e de lodo fresco (Lf) por tipo de prédio e de 
ocupante
Tabela 3.2 – Período de detenção dos despejos, por faixa de contribuição diária
92
Tabela 3.3 – Taxa de acumulação total de lodo (k), em dias, por intervalo entre limpezas e 
temperatura do mês mais frio
93
3.1. Geometria dos tanques
Os tanques sépticos podem ser cilíndricos ou prismáticos retangulares. Os cilíndricos 
são empregados em situações onde se pretende minimizar a área útil em favor da 
profundidade; os prismáticos retangulares, nos casos em que sejam desejáveis maior área 
horizontal e menor profundidade.
3.1. Medidas internas mínimas (ver Figuras 3.1 e 3.2)
As medidas internas dos tanques devem observar o que segue:
a) profundidade útil: varia entre os valores mínimos e máximos recomendados na 
Tabela 3.4, de acordo com o volume útil obtido mediante

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