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* * * * * * FISIOTERAPIA E VENTILAÇÃO MECÂNICA: INTERAÇÃO MULTIPROFISSIONAL TRATAR A MUSCULATURA RESPIRATÓRIA E ADEQUAR O MELHOR SINCRONISMO DA BOMBA RESPIRATÓRIA COM A BOMBA MECÂNICA. * * * FISIOTERAPIA E VENTILAÇÃO MECÂNICA: A fisioterapia não pode ser resumida apenas a técnicas que promovam a desobstrução brônquica. Atua na função pulmonar e na função muscular intensivamente, promovendo melhor adaptabilidade à prótese e maior facilidade no desmame. * * * FISIOTERAPIA E VENTILAÇÃO MECÂNICA: OBJETIVOS GERAIS: impedir o desuso da musculatura inspiratória. diminuir o trabalho respiratório diminuir a resistência ao fluxo aéreo controlar “auto PEEP” melhorar complacência equilibrar constante de tempo incrementar força e resistência muscular respiratória adequar o repouso muscular respiratório * * * FISIOTERAPIA E VENTILAÇÃO MECÂNICA: MODALIDADE VENTILATÓRIA / PARÂMETROS PEEP DESMAME EXTUBAÇÃO SUPORTE VENTILATÓRIO NÃO INVASIVO * * * BASES DA VENTILAÇÃO MECÂNICA * * * VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA (VNI) Técnica de ventilação na qual uma máscara, ou dispositivo semelhante, funciona como interface paciente/ventilador, em substituição às próteses endotraqueais. Tem como principais objetivos fornecer adequada troca gasosa e reduzir o trabalho da respiração. * * * VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA (VNI) opção terapêutica para pacientes com insuficiência respiratória aguda elimina a necessidade de intubação ou traqueostomia e previne alguns problemas decorrentes da ventilação invasiva * * * VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA (VNI) Máscaras nasais e faciais: utilidade direcionada para o ambiente de terapia intensiva e hospitalar no tratamento da insuficiência respiratória aguda (IResA) ou crônica agudizada. As interfaces nasais são preferidas pela maioria dos pacientes, que requerem uso prolongado (crônicos). * * * VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA (VNI) APLICAÇÃO NA INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA Hipercápnica Agudização da DPOC Asma Doenças neuromusculares Alterações da caixa torácica Pós-extubação Agudização da fibrose cística Pacientes terminais que recusam a intubação * * * VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA (VNI) APLICAÇÃO NA INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA Hipoxêmica Edema pulmonar cardiogênico Lesão pulmonar aguda Insuficiência respiratória pós-operatória Insuficiência respiratória pós-broncoscopia Pacientes terminais que recusam intubação Desmame Retirada precoce da prótese traqueal * * * VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA (VNI) APLICAÇÃO NA INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA CRÔNICA Doenças neuromusculares Distúrbios respiratórios do sono Alterações de caixa torácica Pacientes em programa de transplante pulmonar DPOC * * * VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA (VNI) CONTRA-INDICAÇÕES Absoluta Instabilidade hemodinâmica e arritmias Angina instável Necessidade de intubação para proteger vias aéreas. Alto risco de aspiração Trauma de face Pneumotórax não-tratado * * * VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA (VNI) CONTRA-INDICAÇÕES Relativa História recente de infarto do miocárdio Paciente não-cooperativo Pós-operatório do trato digestivo alto Obesidade mórbida Má adaptação a máscara Necessidade de sedação Necessidade de elevada FIO2 * * * VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA (VNI) Considerar as seguintes condições: Fratura facial Limitação de movimentos nas articulações temporomandibulares Tubos nasogástricos Pêlos faciais (barba e bigode) Escape aéreo Inadequado pico de fluxo na tosse (< 3 L/s) Distúrbios da deglutição * * * VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA (VNI) COMPLICAÇÕES Necrose facial Distensão abdominal Aspiração do conteúdo gástrico Hipoxemia transitória Ressecamento nasal, oral e de conjuntiva Barotrauma * * * VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA (VNI) MODOS DE VENTILAÇÃO Limitado a volume (A/C) Limitado a pressão (PSV, PCV e BIPAP) CPAP Considerar as seguintes condições: Dispositivos antiasfixia Risco de reinalação (circuitos únicos) Necessidade de umidificação Dispositivo de alívio de pressão Interferência de vazamentos no adequado funcionamento do modo * * * VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA (VNI) MONITORIZAÇÃO Oximetria de pulso Sinais vitais Hemogasimetria arterial Mecânica respiratória * * * VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA (VNI) ESTRATÉGIA INICIAL DE USO Escolha de um ventilador que atenda às necessidades do paciente Escolha da interface adequada Explicar a técnica e suas vantagens ao paciente Fixar manualmente a máscara quando do início do método, mantendo o ventilador em modo assistido * * * VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA (VNI) ESTRATÉGIA INICIAL DE USO (cont) Ajustar pressão (habitualmente < 25 cmH2O de Ppico) e/ou volume corrente (habitualmente 8-10 ml/kg) Ajuste da PEEP: menor PEEP que possibilite SatO2 > 92% e FIO2 < 60% (habitualmente < 10-15 cmH2O) DPOC 85% auto-PEEP (quando não disponível a medida da auto-PEEP usar PEEP de 5 a 8 cmH2O) PEEP mínima: 5 cmH2O * * * VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA (VNI) ESTRATÉGIA INICIAL DE USO (cont) Fixar a máscara de forma confortável ao paciente, permitindo, se necessário, vazamentos que não comprometam a eficácia do modo utilizado Ajustar alarmes (pressão inspiratória mínima e máxima, PEEP mínima, mínimo volume corrente e mínimo volume-minuto) Reavaliação constante na primeira hora Utilizar o maior tempo possível, principalmente nas primeiras 24 horas * * * VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA (VNI) FALÊNCIA DA VNI Necessidade de FIO2 > 60% Queda do pH e/ou aumento da PaCO2 Elevação da freqüência respiratória ou persistência de FR maior ou igual a 35 Diminuição de consciência ou agitação Instabilidade hemodinâmica Arritmias graves / Isquemia miocárdica Distensão abdominal Intolerância a máscara * * * VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA (VNI) ESTRATÉGIA DE RETIRADA Considerando a possibilidade de uso intermitente da VNI, observa-se a condição respiratória do paciente durante o tempo livre do ventilador (período no qual o paciente permanece sem o suporte ventilatório não-invasivo) para avaliar a necessidade de persistência da VNI. * * * VENTILAÇÃO ARTIFICIAL PULMÃO PAPEL DE DESTAQUE NA FALÊNCIA DE MÚLTIPLOS ÓRGÃOS EM PACIENTES GRAVES ASSISTÊNCIA VENTILATÓRIA ADEQUADA (FISIOTERAPIA) MELHORES CONDIÇÕES PARA RECUPERAÇÃO DE OUTRAS ALTERAÇÕES . . . * * * VENTILAÇÃO ARTIFICIAL OBJETIVOS FISIOLÓGICOS Manter ou modificar a troca gasosa pulmonar Ventilação Alveolar (PaCO2 e pH) Intervir na ventilação alveolar. Em certas circunstâncias, o objetivo pode ser aumentar a ventilação alveolar (hiperventilação para reduzir a pressão intracraniana) ou reduzir a ventilação alveolar de maneira controlada (hipercapnia permissiva); porém, o objetivo usualmente adotado é normalizar a ventilação alveolar. * * * VENTILAÇÃO ARTIFICIAL OBJETIVOS FISIOLÓGICOS Oxigenação Arterial (PaO2, SaO2) atingir e manter valores aceitáveis de oxigenação arterial (PaO2 > 60 mmHg, SaO2 > 90%). A oferta de oxigênio aos tecidos (D’O2) deve ser considerada, corrigindo fatores como o conteúdo arterial de oxigênio (hemoglobina) e o débito cardíaco. * * * VENTILAÇÃO ARTIFICIAL OBJETIVOS FISIOLÓGICOS Aumentar o volume pulmonar Insuflação pulmonar inspiratória final Visa prevenir ou tratar atelectasia. Otimizar a Capacidade Residual Funcional (CRF) Utilizar a PEEP em situações em que a redução na CRF pode ser prejudicial (redução da PaO2, maior injúria pulmonar), como na SARA e em pós-operatório com dor. Reduzir o trabalho muscular respiratório * * * VENTILAÇÃO ARTIFICIAL OBJETIVOS CLÍNICOS Reverter hipoxemia: aumentando a ventilação alveolar, aumentando o volume pulmonar, diminuindo o consumo de oxigênio e aumentando a oferta de oxigênio. Reverter a acidose respiratória aguda. Reduzir o desconforto respiratório. Prevenir ou reverter atelectasias. Reverter fadiga dos músculos respiratórios. * * * VENTILAÇÃOARTIFICIAL OBJETIVOS CLÍNICOS Permitir sedação, anestesia ou uso de bloqueadores neuromusculares. Reduzir consumo de oxigênio sistêmico e miocárdico. Reduzir pressão intracraniana. Estabilizar parede torácica. * * * VENTILAÇÃO ARTIFICIAL A TOMADA DE DECISÃO Depende do julgamento clínico. Frente a um quadro de insuficiência respiratória aguda, as indicações incluem a presença de importantes alterações gasométricas, inadequada resposta ao tratamento clínico e o excessivo trabalho respiratório com evidência de fadiga da musculatura respiratória. * * * VENTILAÇÃO ARTIFICIAL * * * VENTILAÇÃO ARTIFICIAL AGUDIZAÇÃO DA INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA CRÔNICA os estados de descompensação devem ser considerados através de comprometimento do estado mental, hipoxemia grave e refratária e acidose respiratória progressiva, e não apenas pelos valores numéricos estáveis dos parâmetros já descritos, que podem ser encontrados em condições usuais. * * * VENTILAÇÃO ARTIFICIAL AGUDIZAÇÃO DA INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA CRÔNICA Na asma aguda, que habitualmente cursa com hiperventilação alveolar e hipocapnia (além de hipoxemia corrigível com oxigenoterapia), valores de normalidade numérica da PaCO2 e do pH são sinônimos de insuficiência ventilatória virtual por falência muscular. Acidose respiratória, em crise de asma aguda, é um indicador da extrema gravidade da crise. * * * VENTILAÇÃO ARTIFICIAL IMPLICAÇÕES FISIOLÓGICAS DAS VIAS AÉREAS ARTIFICIAIS: Variáveis que influenciam na resistência do tubo traqueal: Comprimento Diâmetro (principal variável) Densidade e viscosidade do gás * * * VENTILAÇÃO ARTIFICIAL IMPLICAÇÕES FISIOLÓGICAS DAS VIAS AÉREAS ARTIFICIAIS: Variação de pressão é inversamente proporcional à quarta potência do raio no FLUXO LAMINAR e à quinta potência do raio no fluxo turbilhonar. Tubos orotraqueais resistência que os nasotraqueais (menor comprimento e maior diâmetro) Tubo traqueal: Maior resistência que as vias aéreas superiores Aumenta a RVA em aproximadamente 200% * * * VENTILAÇÃO ARTIFICIAL IMPLICAÇÕES FISIOLÓGICAS DAS VIAS AÉREAS ARTIFICIAIS: Fatores que aumentam a resistência no tubo: Secreções Conformação no tubo Posicionamento cabeça e pescoço DIÂMETRO DEVE SER O MAIOR POSSÍVEL, NO INTUITO DE REDUZIR O TURBILHONAMENTO DO FLUXO AÉREO. * * * VENTILAÇÃO ARTIFICIAL TRAQUEOSTOMIA 1 — Deve ser indicada quando houver necessidade de manutenção de via aérea por tempo prolongado. 2 — Deve ser realizada em caráter eletivo e com todos os rigores da técnica. 3 — Não houve consenso quanto ao momento ideal para realização da traqueostomia no paciente na unidade de terapia intensiva em ventilação mecânica. Em relação a isto devem ser considerados: condição clínica do paciente, tempo de intubação traqueal, grau de dependência e previsão de uso de ventilação mecânica. * * * VENTILAÇÃO ARTIFICIAL IMPLICAÇÕES FISIOLÓGICAS DAS VIAS AÉREAS ARTIFICIAIS: TRAQUEOSTOMIA: A RESISTÊNCIA É MAIOR EM PACIENTES QUE RESPIRAM PELA TRAQUEOSTOMIA DO QUE NAQUELES QUE VENTILAM PELA BOCA. * * * VENTILAÇÃO ARTIFICIAL IMPLICAÇÕES FISIOLÓGICAS DAS VIAS AÉREAS ARTIFICIAIS: TRABALHO RESPIRATÓRIO: Maior com a diminuição do tubo e com o aumento do fluxo Maior com tubo que sem tubo Depende da F.R. e do V.C. * * * VENTILAÇÃO ARTIFICIAL PRINCÍPIOS DE FUNCIONAMENTO DO VENTILADOR MECÂNICO: PRINCIPAL OBJETIVO Elevar Volume Minuto à níveis ideais PRESSÃO GERADA PELOS MÚSCULOS + PRESSÃO GERADA PELO VENTILADOR FLUXO INSPIRATÓRIO * * * VENTILAÇÃO ARTIFICIAL PRINCÍPIOS DE FUNCIONAMENTO DO VENTILADOR MECÂNICO: PESSOAS NORMAIS (sem uso de ARM) PACIENTES SEM ESFORÇO INSPIRATÓRIO ESPONTÂNEO PRESSÃO DO VENTILADOR INEXISTENTE PRESSÃO DOS MÚSCULOS INEXISTENTE INFINITAS POSSIBILIDADES DE SUPORTE VENTILATÓRIO PARCIAL * * * Métodos Essenciais de Ventilação Mecânica CONCEITO Como métodos essenciais de ventilação mecânica devemos entender todo e qualquer método de suporte ventilatório capaz de prover, com o menor dano e custo possível, a melhor ventilação e oxigenação capazes de suprir a demanda do paciente. * * * Métodos Essenciais de Ventilação Mecânica MÉTODOS ATUALMENTE ACEITOS Os métodos de suporte ventilatório mais praticados na rotina assistencial e, por isso, considerados convencionais, são os seguintes: ventilação com pressão positiva intermitente, assistida e/ou controlada, ciclada a volume ou pressão (IPPV); ventilação a pressão controlada (PCV); ventilação mandatória intermitente sincronizada (SIMV); ventilação com suporte pressórico (PSV); pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP); associações: SIMV + PSV, PSV + CPAP, SIMV + CPAP. * * * CICLAGEM DOS VENTILADORES DE PRESSÃO POSITIVA CICLADOS A TEMPO A inspiração termina após um tempo inspiratório predeterminado. A quantidade de gás ofertada e a pressão das vias aéreas vão variar, a cada respiração, dependendo das modificações da mecânica pulmonar. * * * CICLAGEM DOS VENTILADORES DE PRESSÃO POSITIVA CICLADOS A PRESSÃO A inspiração cessa quando é alcançada a pressão máxima predeterminada. Os volumes oferecidos variarão de acordo com as mudanças da mecânica pulmonar. A ventilação-minuto não é garantida. * * * CICLAGEM DOS VENTILADORES DE PRESSÃO POSITIVA CICLADOS A VOLUME A inspiração termina após se completar um volume corrente predeterminado. CICLADOS A FLUXO A inspiração termina quando determinado fluxo é alcançado. A ventilação por pressão de suporte é um exemplo. Neste caso, uma pressão predeterminada em via aérea é aplicada ao paciente, o respirador cicla assim que o fluxo inspiratório diminui e alcança um percentual predeterminado de seu valor de pico (normalmente 25%). * * * Métodos Essenciais de Ventilação Mecânica VENTILAÇÃO CICLADA A VOLUME VENTILAÇÃO CONTROLADA (mandatória) Na ventilação controlada, o volume-minuto é completamente dependente da freqüência e do volume corrente do respirador. Nenhum esforço respiratório do paciente irá contribuir para o volume-minuto. * * * Métodos Essenciais de Ventilação Mecânica VENTILAÇÃO CICLADA A VOLUME VENTILAÇÃO CONTROLADA Entre suas indicações estão os pacientes que não conseguem realizar esforço respiratório (traumatismo raquimedular, depressão do SNC por drogas, bloqueio neuromuscular). A combinação de ventilação controlada e bloqueio neuromuscular possibilita a redução do consumo de oxigênio, sendo freqüentemente empregada em pacientes com SARA. * * * Métodos Essenciais de Ventilação Mecânica VENTILAÇÃO CICLADA A VOLUME VENTILAÇÃO ASSISTO-CONTROLADA O ventilador “percebe” o esforço inspiratório do paciente e “responde” oferecendo-lhe um volume corrente predeterminado. Esse esforço inspiratório deve ser o necessário para vencer o limiar de sensibilidade da válvula de demanda do ventilador, desencadeando, a partir daí, a liberação do volume corrente. Assim, o paciente “trabalha” para disparar o respirador e realizar a inspiração. * * * Métodos Essenciais de Ventilação Mecânica VENTILAÇÃO CICLADA A VOLUME VENTILAÇÃO ASSISTO-CONTROLADA Complicações: Assincronia paciente x máquina (ajuste inadequado da sensibilidade trabalho respiratório excessivo FADIGA) Alcalose Respiratória Repercussões Hemodinâmicas Barotrauma e Volutrauma * * * Métodos Essenciais de Ventilação Mecânica VENTILAÇÃO ASSISTO-CONTROLADA Ventilação Pressão Controlada: Pressão constante durante o ciclo inspiratório e o final determinado por tempo. Assegura menor risco de barotrauma. Fluxo desacelerado propicia distribuição gasosa intra-alveolar mais eficaz e melhor sincronia entre paciente e máquina. * * * Métodos Essenciais de Ventilação Mecânica VENTILAÇÃO CICLADA A VOLUME VENTILAÇÃO MANDATÓRIA INTERMITENTE (IMV, SIMV) O grau de suporte ventilatório é determinado pelafreqüência do IMV. A intervalos regulares, o respirador libera um volume previamente determinado. Fora destes ciclos, o paciente respira espontaneamente através do circuito do ventilador, portanto, com freqüência e volume corrente que variarão de acordo com a necessidade e capacidade individuais. * * * Métodos Essenciais de Ventilação Mecânica VENTILAÇÃO CICLADA A VOLUME VENTILAÇÃO MANDATÓRIA INTERMITENTE (IMV, SIMV) A SIMV representa a sincronização com o movimento inspiratório; essa modificação, entretanto, cria a necessidade de uma modalidade de “disparo”, seja uma válvula de demanda ou um mecanismo de flow-by. Ambas as situações aumentam o trabalho respiratório. * * * Métodos Essenciais de Ventilação Mecânica DIFERENÇA ENTRE IMV E SIMV: IMV intervalos regulares entre os ciclos do respirador, não respeitando o esforço do paciente. SIMV associação praticamente perfeita entre paciente e respirador, não existindo desencontros entre os ciclos do paciente e respirador. * * * Métodos Essenciais de Ventilação Mecânica SIMV: SENSIBILIDADE: Parâmetro muito importante quando se tem a participação do paciente no ciclo respiratório. Responsável pela facilitação do ciclo respiratório espontâneo que fará com que o respirador se adapte aos ciclos do paciente e intervenha com ciclos mandatórios somente quando solicitado. A determinação da sensibilidade ideal terá papel fundamental na sincronia, pois reduzirá o esforço que o paciente terá que fazer para que o respirador o aceite como ciclo. * * * Métodos Essenciais de Ventilação Mecânica VENTILAÇÃO MANDATÓRIA INTERMITENTE (IMV, SIMV) São vantagens do SIMV em relação à ventilação assisto-controlada: melhor sincronismo com o ventilador; menor necessidade de sedação; menor tendência a alcalose respiratória; menor pressão média de vias aéreas, com redução dos riscos de barotrauma e comprometimento hemodinâmico, especialmente na vigência de PEEP; manutenção da resistência muscular possibilitada pela respiração espontânea. * * * Métodos Essenciais de Ventilação Mecânica VENTILAÇÃO CICLADA A FLUXO (PRESSÃO DE SUPORTE) Forma de suporte ventilatório parcial que ajuda a ventilação espontânea iniciada pelo paciente por meio de uma pressão positiva inspiratória pré-determinada e constante. INÍCIO deflexão determinada pela contração dos músculos inspiratórios Término fluxo inspiratório atinge valor crítico (normal/e 25% do pico do fluxo inspiratório, fato que coincide com o início do relaxamento dos músculos inspiratórios. Ti e FR dependem do paciente Fluxo inspiratório e VC resultam da interação do paciente com a pressão gerada pelo respirador, otimizando o padrão ventilatório e sincronização entre ambos. * * * Métodos Essenciais de Ventilação Mecânica VENTILAÇÃO CICLADA A FLUXO (PRESSÃO DE SUPORTE) Tende a ser muito confortável, uma vez que o paciente detém o controle sobre o ciclo respiratório. Pode ser adicionada ao suporte ventilatório total ou parcial (SIMV), vencendo a resistência do tubo e do circuito durante a respiração espontânea. * * * Métodos Essenciais de Ventilação Mecânica VENTILAÇÃO CICLADA A FLUXO (PRESSÃO DE SUPORTE) A resistência ao tubo endotraqueal é função do diâmetro do tubo e do fluxo inspiratório. Valores superiores a 10 cmH2O podem ser necessários para vencer esta resistência, particularmente naqueles tubos de menor calibre (7 mm ou inferior) ou em pacientes com DPOC. Sua aplicação possibilita o aumento do volume corrente e a redução da freqüência respiratória. * * * Métodos Essenciais de Ventilação Mecânica VENTILAÇÃO CICLADA A FLUXO (PRESSÃO DE SUPORTE) O suporte ventilatório total exige altos valores de pressão de suporte (27 ± 5 cmH2O). Valores baixos aumentam o risco de colabamento alveolar. A monitorização cuidadosa é necessária, uma vez que nem volume corrente ou minuto são garantidos por esta modalidade. * * * Métodos Essenciais de Ventilação Mecânica VENTILAÇÃO CICLADA A FLUXO (PRESSÃO DE SUPORTE) A PSV pode ser mal tolerada em pacientes com alta resistência de vias aéreas. O seu uso em pacientes com DPOC não diminui a auto-PEEP, a qual, por aumentar o trabalho respiratório, pode inviabilizar o uso de PSV nestes pacientes. * * * Métodos Essenciais de Ventilação Mecânica VENTILAÇÃO CICLADA A FLUXO (PRESSÃO DE SUPORTE) INDICAÇÕES / VANTAGENS: Oferecer treinamento gradual aos músculos inspiratórios ao mesmo tempo que previne a atrofia e evita a fadiga por sobrecarga de trabalho Aumenta o conforto do paciente, melhorando a sincronização e mantendo padrão respiratório adequado, permitindo a redução do consumo de O2. * * * Métodos Essenciais de Ventilação Mecânica VENTILAÇÃO CICLADA A FLUXO (PRESSÃO DE SUPORTE) INDICAÇÕES / VANTAGENS: Menor quantidade de sedação no tratamento da insuficiência respiratória aguda. Otimiza a relação pressão/volume do pulmão, diminuindo os riscos de hiperinsuflação e barotrauma. * * * Métodos Essenciais de Ventilação Mecânica VENTILAÇÃO CICLADA A FLUXO (PRESSÃO DE SUPORTE) DESVANTAGENS: Usada somente quando existe impulso neuromuscular preservado. Pacientes com mecânica resp. instável, com variações súbitas de complacência e da resistência do sistema respiratório, podem apresentar alterações na ventilação alveolar. Pode propiciar atelectasias (baixa intensidade) Comprometimento hemodiâmico (alta intensidade) * * * Métodos Essenciais de Ventilação Mecânica ESTRATÉGIA DE INSTALAÇÃO, MANUTENÇÃO E RETIRADA DA VPS: BROCHARD: PSI ÓTIMA é o menor valor capaz de propiciar atividade diafragmática sem sinais de fadiga. KACMAREK: PSI IDEAL proporcionam VC entre 300-600 ml a uma FR entre 15 e 25 rpm (média 15 a 20 cm H2O) * * * Métodos Essenciais de Ventilação Mecânica ESTRATÉGIA DE INSTALAÇÃO, MANUTENÇÃO E RETIRADA DA VPS: PRÁTICA: PSI ADEQUADA palpando-se o músculo esternocleidomastoideo, diminuindo a pressão suporte até a atividade do mesmo se manifestar. A seguir, efetuam-se pequenos ajustes na PSI no sentido de abolir ou tornar praticamente imperceptível a atividade deste músculo. RETIRADA gradualmente, diminuindo-se lentamente os valores até se obter níveis abaixo de 10cmH2O (considerados suficientes para vencerem a resistência do tubo endotraqueal e circuito respiratório). * * * Ventilação Minuto Mandatória (MMV) Não permite que o volume minuto caia abaixo de um nível mínimo seguro, a despeito da ventilação minuto espontânea do paciente. Ajusta automaticamente a FR mecânica do ventilador para regular a ventilação minuto a um volume minuto pré-selecionado. * * * Ventilação Minuto Mandatória (MMV) RESPIRAÇÃO ESPONTÂNEA Maior ou igual ao nível pré-determinado de MMV CPAP ou VPS Menor nível que o pré-determinado de MMV Fornecimento de respirações mecânicas c/ pressão positiva, para corrigir a diferença entre o Vol. Min. Espontâneo e o nível pré-determinado de MMV * * * Ventilação Minuto Mandatória (MMV) À medida que as condições do paciente melhoram: ventilação espontânea ventilação mecânica NA PRÁTICA: V.Min. Espontâneo + V.C. pré determinado x FR de IMV necessária para manter o nível pré-determinado de MMV Nível de MMV ajustado para obter PaCO2 desejada * * * Ventilação Minuto Mandatória (MMV) primeiro modo de ajuste automático e de desmame baseado no ventilador em que, em vez do operador, é o aparelho que regula a FR da IMV. PROBLEMA: pacientes com tendência a taquipnéia e hipopnéia podem alcançar ou exceder o nível de MMV sem receberem ventilação alveolar minuto apropriada. SOLUÇÃO: fornecer suporte pressórico para assistir ou aumentar o VC espontâneo. * * * Ventilação Minuto Mandatória (MMV) APLICAÇÕES CLÍNICAS: É similar à SIMV CUIDADOS: Diminição do VC espontâneo e aumento da FR sinal precoce de angústia respiratória. PACIENTES DEPENDENTESDO VENTILADOR POR LONGO TEMPO pode ser necessário reduzir o nível de MMV p/ aumentar a PaCO2, para que esta estimule o esforço espontâneo. * * * Ventilação Com Relação Inspiração / Expiração Inversa (VRI) CONCEITO: Recurso utilizado na ventilação mecânica controlada em que o tempo inspiratório torna-se maior que o tempo expiratório (Ti/Ttot > 0,5) * * * Ventilação Com Relação Inspiração / Expiração Inversa (VRI) VANTAGENS E DESVANTAGENS Tempo insp. Prolongado aparecimento de AUTO PEEP Aumento da pressão intratorácica problemas hemodinâmicos Elevação da pressão média das vias aéreas. Recrutamento e estabilização de um maior nº de unidades alveolares aumento da PaO2. Diminuição da ventilação minuto (porém sem aumento da PaCO2 até a relação 3:1) * * * Ventilação Com Relação Inspiração / Expiração Inversa (VRI) VANTAGENS E DESVANTAGENS Diminuição da ventilação espaço morto e relação EM/VC Menor risco de barotrauma e lesão parenquimatosa quando comparada a métodos com elevados valores de PIP e PEEP. Maior eliminação de secreções brônquicas (deslocamento ocorrerá no sentido do maior pico do fluxo) Necessita de SEDAÇÃO devido desconforto * * * Ventilação Com Relação Inspiração / Expiração Inversa (VRI) EXEMPLO 1: EXEMPLO 2: Vent com pressão controlada, relação 4:1 + PEEP zero. Vent com pressão controlada, relação 1:2 + PEEP de 16 cmH2O Ventilação com volume controlado apresenta oxigenação eficiente quando: 50% tempo p/ insuflação e 34% para pausa + PEEP de 5 cm H2O 25% tempo de insuflação 10% para pausa + PEEP de 15 cm H2) Mesma oxigenação * * * Ventilação Com Relação Inspiração / Expiração Inversa (VRI) INDICAÇÕES: Hipoxemia refratária à ventilação convencional (SARA) melhor oxigenação e ventilação comparada c/ ventilação normal e altos níveis de PEEP Lesões não homogêneas do parênquima pulmonar Pacientes que necessitam de altas FIO2 ou altos valores de PEEP, com o objetivo de diminuir os riscos de lesões. * * * Ventilação Com Relação Inspiração / Expiração Inversa (VRI) PACIENTES COM INSTABILIDADE HEMODINÂMICA: Monitorização rigorosa Relação I:E e o PEEP a valores que promovam melhor ventilação com menor repercussão cardiopulmonar * * * DESMAME DA VENTILAÇÃO MECÂNICA Individualizado Arte clínica baseada em dados fisiológicos. Avaliações constantes dos fatores fisiológicos, mecânica respiratória e nível de consciência. Habilidade e experiência * * * DESMAME DA VENTILAÇÃO MECÂNICA CRITÉRIOS PARA INÍCIO DO DESMAME: CORREÇÃO: Anormalidade ácido-base Anemia Depleção calórica e protêica Alterações renais / balanço hídrico Febre / infecções Privação do sono / dor Estado de consciência * * * DESMAME DA VENTILAÇÃO MECÂNICA PARÂMETROS DE AVALIAÇÃO PARA DESMAME: ÍNDICES DE OXIGENAÇÃO: PaO2 > 60mmHg FIO2 < 0,4 PEEP < 5CMh20 D(a-A) < 350 mmHg PIMáx > -20 cmH20 CAPACIDADE VITAL > 10 a 15 ml/kg VOLUME MINUTO E VVM: VOL. MIN. < 10 L/MIN VVM o dobro do Volume Minuto * * * DESMAME DA VENTILAÇÃO MECÂNICA PARÂMETROS DE AVALIAÇÃO PARA DESMAME: 5. PADRÕES RESPIRATÓRIOS: vol. Corrente 4 a 5 ml/kg FR < 30 rpm * * * DESMAME DA VENTILAÇÃO MECÂNICA PARÂMETROS DE AVALIAÇÃO PARA DESMAME: 6. COMPLACÊNCIA ESTÁTICA: COMPLACÊNCIA DINÂMICA: Ces = VC / pressão platô - PEEP Normal 60 a 100 ml/cmH20 * Abaixo de 25ml/cmH2O sucesso improvável Cdin = VC / PIP - PEEP Normal 35 a 50 ml/cmH20 * * * DESMAME DA VENTILAÇÃO MECÂNICA ETAPAS DO DESMAME 1ª fase: início da respiração espontânea Diminuir gradativa/e a FR Diminuir gradativa/e a FIO2 Manutenção da PEEP Alteração da modalidade assisto/controlada para SIMV + VPS (VC e FR níveis aceitaveis) Pressão Suporte em torno de 15 a 20 cmH20 * * * DESMAME DA VENTILAÇÃO MECÂNICA ETAPAS DO DESMAME 2ª fase: paciente bem colaborativo, sem sinais de fadiga respiratória Diminuir gradativa/e a FR da SIMV até 1rpm Diminuir gradativa/e a FIO2 < 40% PEEP = 4cmH20 Diminuir gradativamente Pressão Suporte de 5 em 5cmH2O até atingir o valor de 5cmH20 * * * DESMAME DA VENTILAÇÃO MECÂNICA ETAPAS DO DESMAME 3ª fase: paciente com respiração espontânea CPAP OU VPS = 5cmH2O * * * DESMAME DA VENTILAÇÃO MECÂNICA ETAPAS DO DESMAME 4ª fase: EXTUBAÇÃO Informar o paciente sobre o procedimento Higiene brônquica e aspiração Paciente sentado retiram-se as fixações e desinsufla-se o balonete Pede-se p/ paciente inspirar profunda/e com a boca aberta e ao final da insp. Retira-se a cânula Pede-se para o paciente tossir Suplemento de O2 (cateter ou máscara facial) * * * DESMAME DA VENTILAÇÃO MECÂNICA FATORES QUE RETARDAM O DESMAME HIPOXEMIA FALÊNCIA DA BOMBA VENTILATÓRIA Hiperinsuflação Atrofia muscular respiratória Disfunção diafragmática Fadiga muscular respiratória FATORES PSICOLÓGICOS * * * DESMAME DA VENTILAÇÃO MECÂNICA FATORES QUE INDICAM QUE O PACIENTE DEVE SER RECONECTADO AO RESPIRADOR: Queda da PA sem causa prévia Aumento da FC superior à 110bpm FR maior que 30rpm VC inferior a 4ml/kg Arritmias importantes PaO2 < 55mmHg com oferta de O2 Diminuição do nível de consciência Piora do padrão respiratório * * * DESMAME DA VENTILAÇÃO MECÂNICA CONSIDERAÇÕES NO DESMAME DO PACIENTE COM TRAQUEOSTOMIA: Desmame mais criterioso PEEP Nebulização contínua Balonete desinsuflação periódica Fase final do desmame treino da tosse e da fala Diminuição gradativa do calibre à medida que o paciente mantém-se fora do respirador, com tosse efetiva e alimentando-se sem intercorrências. * * * * * * Tobin MJ & Alex CG. In Principles and practice of mechanical ventilation. McGraw-Hill; 1994 SINAIS DE FALÊNCIA DO DESMAME
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