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Direito Ambiental

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Direito Ambiental 
Ramo autônomo do direito com previsão constitucional. Embora autônomo possui estreita ligação com outros ramos do direito, sendo exemplos: Direito Administrativo, Direito Penal, Direito Agrário, Direito tributário, entre outros. 
A sua autonomia se destaca em alguns aspectos: Didática ,Legislativa,Doutrinária. 
Conceito de Meio Ambiente: o conceito de meio ambiente encontra –se previsto no art. 3º, I, da lei 6938/91 “Art. 3º - Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por: I - meio ambiente, o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas; ”.
O art. 225 da CF: trata do meio ambiente ecologicamente equilibrado. “Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. ”
Classificação do meio ambiente: Meio Ambiente Natural (bens naturais): é o que conhecemos, bens difusos, bens de todos por excelência, bens gratuitos. 
Meio Ambiente artificial (espaço urbano construído) Ex: as casas, os imóveis 
Meio Ambiente Cultural (Patrimônio histórico, artístico, arqueológico, paisagístico, e etc.) é a valoração que dá ao espaço já construído. 
Meio ambiente do trabalho (Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei: VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.) É a proteção ao meio ambiente do trabalho, ter a preservação do trabalho com o mínimo de dignidade. 
Obs.: O direito ambiental embora autônomo, não tem um código próprio. Porém, se ampara ao código florestal e é interdisciplinar com outros códigos. 
Princípios do Direito Ambiental: A questão dos princípios em direito ambiental está longe de ser pacifica. Alguns doutrinadores apontam diversos princípios como sendo de direito ambiental. No entanto somente alguns podem ser considerados, de fato, princípios ambientais. 
São eles: Dignidade da pessoa humana: Expresso na CF/88. A pessoa e a vida são o centro do direito ambiental 
Do Desenvolvimento: O direito ambiental quer um desenvolvimento sustentável.
Democrático: a democracia é a base do direito ambiental. O povo tem instrumentos específicos, ou seja, a ação civil pública. 
Da Prevenção: já conheço o que já pode acontecer. Estou me prevenindo de danos conhecidos. 
Da precaução: Toma todos os meios de precaução, mas não sabe o que pode ocorrer. 
Do Equilíbrio: a decisão em direito ambiental tem que ter um equilíbrio com a questão ambiental, para que não haja dano 
Capacidade de suporte: inverte –se o ônus da prova. Não é a administração que vai até você para dizer que está cumprindo com o limite permitido, e sim você. Ou seja, é o empreendedor que deve mostrar, provar caso contrário a administração revoga seu projeto. Tem que estar dentro dos limites da lei. 
Responsabilidade: tudo que é feito no direito ambiental, gera responsabilidade. É objetiva e atinge as três esferas: civil, penal e administrativa. 
Poluidor – Pagador: quem poluí mais paga mais. É uma forma de trazer uma penalidade penal para quem desperdiça os recursos naturais. É uma forma das pessoas se conscientizarem da necessidade da prevenção. 
O meio ambiente nas constituições: Antes de 1988 não havia qualquer menção ao meio ambiente nas constituições. 
Constituição de 1891: trazia apenas a competência da união para legislar sobre minas e jazidas. 
Constituição de 1934: trouxe a proteção as belezas naturais e ao patrimônio histórico, artístico e cultural
Constituição de 1937: repetiu a de 1934
Constituições de: 1946, 1967 e 1969 mantiveram a defesa do patrimônio histórico. 
Constituição de 1981: surge a lei 6938/81 que instituía a política nacional do meio ambiente P.N.M.A. A lei 7.347/85 trouxe a ação civil pública com instrumento de defesa no meio ambiente. 
Competências: a competência em direito ambiental pode ser privativa (art. 22 CF/88) concorrente (art. 24 CF/88) e comum. Compete a UNIAO, AOS ESTADOS E AOS MUNICIPIOS, lei municipal em detrimento de lei federal, aplica a municipal se for mais preventiva, favorável, assim não há conflito entre as duas. 
Obs.: críticas a competência comum: é de todos e não é de ninguém 
Da tutela do meio ambiente: o meio ambiente, começou a ser tutelado em 1988. Mas o projeto e preocupações com o meio ambiente já existia antes da 1ª constituição, por mínimas que fossem as questões ambientais de. De 88 para cá teve –se força sobre o meio ambiente. 
Política Nacional do Meio Ambiente: “vem para tentar preservar os patrimônios, para prevenir. É um instrumento para a prevenção. Porque de nada adianta a aplicação de uma multa diante de um incêndio de uma floresta ou a caça de animais. Pois, de nada vai trazer de volta. Aplica-se a multa, mas continua fazendo. A pena para caça é muito branda, não causa medo ao causador. A política é sempre antes, ou seja, é para prevenir ao invés de paleação, ou seja, medidas mais coercitivas. “
Sisnama: sistema nacional do meio ambiente previsto na lei 6938/81. O Sisnama possui órgãos responsáveis pela proteção e melhoria do meio ambiente. 
São órgãos que compõe o Sisnama:
Conselho superior ou órgão superior 
Conama – conselho nacional do meio ambiente. É um órgão consultivo, deliberativo e normativo. Suas atribuições estão previstas no art. 8º da lei 6938/81. 
Órgão central: ministro do meio ambiente 
Ibama: instituto brasileiro do meio ambiente e dos recursos naturais renováveis, o Ibama é o órgão executor da P.N.M.A
Instrumentos da P.N.M.A: Estabelecimentos de padrões de qualidade ambiental (art. 9º) da lei 6938/81, zoneamento ambiental, avaliação de impactos ambientais. 
Explicação dessa aula: Em quase todas as CF falou – se de meio ambiente, mas não da proteção, ou seja, a uma tutela ao meio ambiente. A lei vem de forma para proteger o meio ambiente. SISNAMA: sistema nacional do meio ambiente. É onde se encaixa todos os órgãos que tem proteção ao meio ambiente. Dentro do SISNAMA a dois órgãos: o CONAMA que é o conselho nacional do meio ambiente, ou seja, é quem cria as políticas, resoluções que delimita e tratam do sistema do meio ambiente. EX: o que posso ou não posso fazer é o CONAMA que irá dizer. É uma resolução para política nacional do meio ambiente, ele que cria leis que vão nortear os assuntos do meio ambiente, por isso seu caráter é normativo pois, cria as normas e delibera. O IBAMA, é o órgão executivo, ou seja, que fiscaliza o meio ambiente, ele exerce o poder de polícia ambiental. Se o IBAMA não conceder, responde por crime ambiental. Dentro do SISNAMA tem ORGAO CENTRAL DO MEIO AMBIENTE, da política nacional do meio ambiente, serve para fazer gestão, todo o dinheiro vai para esse órgão. 
Licenciamento Ambiental: é o procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente licencia a legalização, a instalação a ampliação, e a operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais. Considerados efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que possam causar degradação ambienta (resolução CONAMA 237/97). É obrigação prévia para instalação de qualquer empreendimento, e as diretrizes para o licenciamento estão prevista na lei 6938/81. 
Instrumento: de caráter preventivo e ato discricionário.
Prazos: o licenciamento ambiental é feito em 3 fases distintas e insupríveis. 
Licença prévia: fase preliminar do projeto 5 anos 
Licença de instalação: Autoriza a instalação do empreendimento – 6 anos 
Licença de Operação: autoriza a operação da ativa de – mínimo 4 anos e máximo 10. 
Competência para o licenciamento: órgão nacional, estadual e municipal. 
E.I.A: 	Estudos de impacto ambiental, ou índole constitucional, baseia –se no princípio da PREVENÇAO do DANO. Tem NATUREZA preventiva e compõe uma das etapas do licenciamento. As suas CUSTAS ficarão a cargo do proponente do projeto.Finalizando o E.I.A, deve ser feito um relatório de impacto ambiental (R.I.M.A) cuja finalidade é tornar compreensível para o público o conteúdo do E.I.A
Responsabilidade Civil Ambiental: é sempre objetiva, isto é, independe de culpa. No caso da ADMINISTRAÇOA haverá responsabilidade civil quando outorgada a licença de operação e está causa futuro dano ambiental. 
Situações:
Não houve E.I.A/R.I.M.A por estar o poder público convencido do RAIAS.: haverá responsabilidade, pois, a administração concorreu para o dano 
Houve o E.I.A/R.I.M.A e este foi totalmente favorável: não haverá responsabilidade, a licença aqui foi ato vinculado e poderá ocorrer responsabilidade junto a equipe técnica, caso haja resultados técnicos comprometedores. 
Houve E.I.A/R.I.M.A e este foi desfavorável no todo ou em parte: não deve conceder a licença. Se houver a concessão da licença (ato discricionário) haverá responsabilidade do Estado. 
R.A.I.A.S: relatório de impacto ambiental feito unilateralmente pelo empreendedor. 
Obs.: A administração pode dispensar o E.I.A por estar convencionada do R.A.I.A.S?: pode é ato discricionário. Mas se ocorrer dano a responsabilidade é objetiva da administração pois, ela concorreu pelo dano já que não cumpriu com seu próprio requisito, respondendo por responsabilidade civil

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