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Direito Empresarial
Direito Empresarial - JURÍDICO.indd 1 25/2/2011 11:54:30
O Instituto IOB nasce a partir da experiência 
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Direito Empresarial / [Obra organizada pelo Instituto 
IOB] – São Paulo: Editora IOB, 2011.
Bibliografia.
ISBN 978-85-63625-95-3...
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Sumário
Capítulo 1 — Teorias do Direito Empresarial, 13
1. Teoria Subjetiva, 13
1.1 Apresentação, 13
1.2 Síntese, 13
2. Teoria dos Atos de Comércio, 14
2.1 Apresentação, 14
2.2 Síntese, 14
3. Teoria Subjetiva Moderna e Empresário Elementos, 15
3.1 Apresentação, 15
3.2 Síntese, 15
4. Empresário: Atividade Econômica, Organização, Produção ou 
 Circulação de Bens e Serviços, 16
4.1 Apresentação, 16
4.2 Síntese, 16
5. Os Excluídos da Compreensão de Empresário, 17
5.1 Apresentação, 17
5.2 Síntese, 17
6. Capacidade para ser Empresário e ser Sócio de Sociedade Empresária, 18
6.1 Apresentação, 18
6.2 Síntese, 18
Capítulo 2 — Sociedade, 19
1. Art.981 CC – Conceito de Sociedade, 19
1.1 Apresentação, 19
1.2 Síntese, 19
2. Capital Social, Subscrito, Realizado e Integralizado, 20
2.1 Apresentação, 20
2.2 Síntese, 20
3. Presença de Duas ou Mais Pessoas e Exceção à Regra, 21
3.1 Apresentação, 21
3.2 Síntese, 21
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4. Obrigatoriedade de Todos os Sócios Contribuírem para a Sociedade, 
 Partilha dos Resultados Sociais e Busca de um Empreendimento 
 Comum, 22
4.1 Apresentação, 22
4.2 Síntese, 22
5. Classificação das Sociedades, 23
5.1 Apresentação, 23
5.2 Síntese, 23
6. Sociedade Limitada: Híbrida, Conceito, Referência Legal, 24
6.1 Apresentação, 24
6.2 Síntese, 24
7. Sociedade Ltda.: Cotas, 24
7.1 Apresentação, 24
7.2 Síntese, 24
8. Sociedade Ltda.: Cotas – Aquisição Pela Própria Sociedade e Valor, 25
8.1 Apresentação, 25
8.2 Síntese, 25
9. Sociedade Ltda.: Cotas – Cessão e Divisibilidade, 26
9.1 Apresentação, 26
9.2 Síntese, 26
Capítulo 3 — Nome Empresarial, 28
1. Conceito, Proteção Constitucional e Princípios, 28
1.1 Apresentação, 28
1.2 Síntese, 28
2. Exceções aos Princípios que Orientam os Princípios. Princípio da 
 Veracidade/Autenticidade, 30
2.1 Apresentação, 30
2.2 Síntese, 30
3. Princípio da Veracidade / Autenticidade: Sociedades Ilimitadas. Espécies 
 de Nomes Empresariais. Título do Estabelecimento, 31
3.1 Apresentação, 31
3.2 Síntese, 31
4. Exceções às Regras Gerais de Nome Empresarial, 32
4.1 Apresentação, 32
4.2 Síntese, 33
Capítulo 4 — Órgãos Sociais da Sociedade Ltda., 34
1. Conclave Social: Assembleia ou Reunião de Sócios, 34
1.1 Apresentação, 34
1.2 Síntese, 34
2. Conselho Fiscal e Administradores, 35
2.1 Apresentação, 35
2.2 Síntese, 35
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3. Administradores: Mandatários , 36
3.1 Apresentação, 36
3.2 Síntese, 37
4. Hipóteses de Terceiro Responder por Obrigações da Sociedade: Tipo 
 Societário e Responsabilização, 37
4.1 Apresentação, 37
4.2 Síntese, 37
Capítulo 5 — Sociedade Anônima, 39
1. Hipóteses de Terceiro Responder por Obrigações da Sociedade: 
 Responsabilização e Desconsideração da Personalidade Jurídica, 39
1.1 Apresentação, 39
1.2 Síntese, 39
2. Objeto Social, Holding, Offshore, 40
2.1 Apresentação, 40
2.2 Síntese, 40
3. Companhia Aberta X Fechada, Ações com ou sem Valor Nominal, 41
3.1 Apresentação, 41
3.2 Síntese, 41
4. Representação Física e Espécies, 42
4.1 Apresentação, 42
4.2 Síntese, 42
5. Vantagens Atribuíveis às Ações Preferenciais, 43
5.1 Apresentação, 43
5.2 Síntese, 43
6. Golden Share / Outros Valores Mobiliários: Partes Beneficiárias, 44
6.1 Apresentação, 44
6.2 Síntese, 44
7. Debêntures, 45
7.1 Apresentação, 45
7.2 Síntese, 45
8. Garantias, 46
8.1 Apresentação, 46
8.2 Síntese, 46
9. Bônus de Subscrição, 47
9.1 Apresentação, 47
9.2 Síntese, 47
10. Capital Social: Princípios, 48
10.1 Apresentação, 48
10.2 Síntese, 48
11. Hipóteses de Aumento do Capital Social, 49
11.1 Apresentação, 49
11.2 Síntese, 49
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12. Hipóteses de Redução do Capital Social, 50
12.1 Apresentação, 50
12.2 Síntese, 50
13. Órgãos Sociais: Assembleia Geral de Acionistas e Conselho Fiscal, 51
13.1 Apresentação, 51
13.2 Síntese, 52
14. Órgãos Sociais: Administradores, 53
14.1 Apresentação, 53
14.2 Síntese, 53
15. Acionista Controlador, 54
15.1 Apresentação, 54
15.2 Síntese, 54
Capítulo 6 —Concentração e Descentralização Empresarial, 56
1. Transformação, 56
1.1 Apresentação, 56
1.2 Síntese, 56
2. Incorporação, Fusão e Cisão, 57
2.1 Apresentação, 57
2.2 Síntese, 58
Capítulo 7 — Teoria dos Títulos de Crédito, 59
1. Conceito de Título de Crédito, 59
1.1 Apresentação, 59
1.2 Síntese, 59
2. Princípios: Carturalidade e Autonomia, 60
2.1 Apresentação, 60
2.2 Síntese, 60
3. Princípios: Literalidade, 61
3.1 Apresentação, 61
3.2 Síntese, 61
4. Princípios (Subprincípios), 62
4.1 Apresentação, 62
4.2 Síntese, 62
5. Código Civil (Títulos Atípicos), 63
5.1 Apresentação, 63
5.2 Síntese, 63
6. Natureza Jurídica e Oponibilidade de Exceções Pessoais, 65
6.1 Apresentação, 65
6.2 Síntese, 65
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Capítulo 8 — Obrigações Cambiais, 66
1. Aceite (Conceito/Puro e Simples), 66
1.1 Apresentação, 66
1.2 Síntese, 66
2. Aceite (Recusa / Cláusula sem Aceite), 67
2.1 Apresentação, 67
2.2 Síntese, 67
3. Endosso: Conceito e Espécies, 68
3.1 Apresentação, 68
3.2 Síntese, 68
4. Endosso: Tipos e Cláusula “Não à Ordem”, 69
4.1 Apresentação, 69
4.2 Síntese, 70
5. Endosso Póstumo ou Tardio, Cláusula “Sem Garantia”, 70
5.1 Apresentação, 70
5.2 Síntese, 71
6. Aval: Conceito e Diferença da Fiança, 72
6.1 Apresentação, 72
6.2 Síntese, 72
Capítulo 9 — Ações Cambiais, 74
1. Vencimento, 74
1.1 Apresentação, 74
1.2 Síntese, 74
2. Prescrição, 75
2.1 Apresentação, 75
2.2 Síntese, 76
3. Ação de Execução / Ação Fundamental, 77
3.1 Apresentação, 77
3.2 Síntese, 77
4. Ação de Locupletamento, 78
4.1 Apresentação, 78
4.2 Síntese, 78
Capítulo 10 — Títulos de Crédito em Espécie, 79
1. Letra de Câmbio, 79
1.1 Apresentação, 79
1.2 Síntese, 79
2. Nota Promissória (Conceito / Figuras Intervenientes) e Cheque, 81
2.1 Apresentação, 81
2.2 Síntese, 81
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3. Cheque, 82
3.1 Apresentação, 82
3.2 Síntese, 82
4. Cheque Marcado / Visado / Administrativo / Duplicata: Conceito, 83
4.1 Apresentação, 83
4.2 Síntese, 84
5. Duplicata (Título Causal / Fatura / Pagamentos Parcelados), 84
5.1 Apresentação, 84
5.2 Síntese, 85
6. Triplicata / Duplicata Simulada / Boleto Bancário / Requisitos, 85
6.1 Apresentação, 85
6.2 Síntese, 86
7. Duplicata: Aceite, 87
7.1 Apresentação, 87
7.2 Síntese, 87
Capítulo 11 — Protesto, 88
1. Conceito, Lugar e Prazos, 88
1.1Apresentação, 88
1.2 Síntese, 88
2. Protesto: Finalidade / Formalidade / Intimação, 89
2.1 Apresentação, 89
2.2 Síntese, 90
3. Protesto de Título de Devedor em Recuperação de Empresas / 
 Figuração na Certidão de Protesto / Desistência, Sustação e Dúvida / 
 Cancelamento, 91
3.1 Apresentação, 91
3.2 Síntese, 91
Capítulo 12 — Falência, 93
1. Referência Legal / Direito Intertemporal / Conceito, 93
1.1 Apresentação, 93
1.2 Síntese, 93
2. Competência, 95
2.1 Apresentação, 95
2.2 Síntese, 95
3. Legitimidade Passiva , 96
3.1 Apresentação, 96
3.2 Síntese, 96
4. Legitimidade Ativa , 98
4.1 Apresentação, 98
4.2 Síntese, 98
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5. Falência: Finalidade, 99
5.1 Apresentação, 99
5.2 Síntese, 99
6. Falência: Realização do Ativo, 100
6.1 Apresentação, 100
6.2 Síntese, 101
7. Exclusão da Sucessão / Atuação do MP, 102
7.1 Apresentação, 102
7.2 Síntese, 102
8. Falência: Pressuposto Fático-Jurídico, 103
8.1 Apresentação, 103
8.2 Síntese, 103
9. Meio de Exteriorização e Depósito Elisivo, 104
9.1 Apresentação, 104
9.2 Síntese, 104
10. Sistema de Defesa e Recursal, 105
10.1 Apresentação, 105
10.2 Síntese, 105
11. Falência: Efeitos sobre a Pessoa, Bens, Direitos e Contratos, 106
11.1 Apresentação, 106
11.2 Síntese, 106
12. Ordem dos Créditos: Extraconcursais, 108
12.1 Apresentação, 108
12.2 Síntese, 108
13. Ordem dos Créditos: Concursais, 109
13.1 Apresentação, 109
13.2 Síntese, 109
14. Créditos não Sujeitos à Falência / Correção Monetária e Juros / 
 Compensação, 110
14.1 Apresentação, 110
14.2 Síntese, 110
15. Vencimento Antecipado / Prescrição /Ação de Restituição / 
 Modalidades, 111
15.1 Apresentação, 111
15.2 Síntese, 111
16. Período Suspeito e Ação Revocatória, 112
16.1 Apresentação, 112
16.2 Síntese, 112
17. Linha do Processo Falimentar, 113
17.1 Apresentação, 113
17.2 Síntese, 114
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18. Linha do Processo Falimentar, 114
18.1 Apresentação, 114
18.2 Síntese, 115
Capítulo 13 — Recuperação de Empresas, 116
1. Introdução / Finalidade, 116
1.1 Apresentação, 116
1.2 Síntese, 116
2. Requisitos e Impedimentos /Nome Empresarial, 117
2.1 Apresentação, 117
2.2 Síntese, 117
3. Espécies (Extrajudiciais), 118
3.1 Apresentação, 118
3.2 Síntese, 119
4. Espécies: Judicial Especial e Ordinária, 120
4.1 Apresentação, 120
4.2 Síntese, 120
5. Recuperação Extrajudicial: Procedimento Judicial, 121
5.1 Apresentação, 121
5.2 Síntese, 121
6. Recuperação Judicial: Créditos Excluídos / Modalidades de Planos, 122
6.1 Apresentação, 122
6.2 Síntese, 123
7. Recuperação Judicial: Instrução / Desistência / Despacho de 
 Processamento, 123
7.1 Apresentação, 123
7.2 Síntese, 124
8. Recuperação Judicial: Linha do Processo (Fase Deliberativa), 125
8.1 Apresentação, 125
8.2 Síntese, 125
9. Recuperação Judicial: Linha do Processo (Fase Deliberativa / com 
 Objeção), 126
9.1 Apresentação, 126
9.2 Síntese, 126
10. Recuperação Judicial: Linha do Processo (Fase de Cumprimento), 127
10.1 Apresentação, 127
10.2 Síntese, 127
Capítulo 14 — Registro Empresarial, 129
1. Órgãos, 129
1.1 Apresentação, 129
1.2 Síntese, 129
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2. Espécies / Estrutura das Juntas Comerciais, 130
2.1 Apresentação, 130
2.2 Síntese, 131
3. Estrutura das Juntas Comerciais: Turmas/Secretaria Geral/ Procuradoria. 
 Processo Revisional: Pedido de Revisão, 131
3.1 Apresentação, 131
3.2 Síntese, 132
Capítulo 15 — Contratos Empresariais, 133
1. Arrendamento Mercantil: Noções e Modalidades, 133
1.1 Apresentação, 133
1.2 Síntese, 133
2. Arrendamento Mercantil: Categorias / Súmula 293 do STJ / Extinção, 134
2.1 Apresentação, 134
2.2 Síntese, 134
3. “Factoring”, 136
3.1 Apresentação, 136
3.2 Síntese, 136
4. Contratos Bancários: Súmulas, 137
4.1 Apresentação, 137
4.2 Síntese, 137
5. Contratos Bancários: Conta Corrente, 138
5.1 Apresentação , 138
5.2 Síntese, 138
6. Abertura de Crédito, 139
6.1 Apresentação, 139
6.2 Síntese, 140
7. Cobrança Judicial, 140
7.1 Apresentação, 140
7.2 Síntese, 140
8. Desconto Bancário, 142
8.1 Apresentação, 142
8.2 Síntese, 142
9. Representação Comercial: Conceito / Natureza Jurídica e Tipos de 
 Atividade, 143
9.1 Apresentação, 143
9.2 Síntese, 143
10. Representação Comercial: Remuneração, 144
10.1 Apresentação, 144
10.2 Síntese, 144
11. Representação Comercial: Exclusividade /Indenização por 
 Investimentos / Rescisão, 145
11.1 Apresentação, 145
11.2 Síntese, 145
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12. Locação Não Residencial, 146
12.1 Apresentação, 146
12.2 Síntese, 146
13. Seguro, 147
13.1 Apresentação, 147
13.2 Síntese, 148
14. Seguro: de Dano / de Pessoas /de Responsabilidade Civil, 149
14.1 Apresentação, 149
14.2 Síntese, 149
Capítulo 16 — Intervenção e Liquidação Extrajudicial, 151
1. Conceitos e Instituições Sujeitas, 151
1.1 Apresentação, 151
1.2 Síntese, 151
2. Intervenção: Pressupostos e Procedimentos, 153
2.1 Apresentação, 153
2.2 Síntese, 153
3. Intervenção: Efeitos e Cessação/Liquidação Extrajudicial: Procedimento, 154
3.1 Apresentação, 154
3.2 Síntese, 154
4. Liquidação Extrajudicial: Procedimento – Recurso, Efeitos, Cessação /
 Responsabilidade dos Ex-administradores, 155
4.1 Apresentação, 155
4.2 Síntese, 155
Capítulo 17 — Cédula de Crédito Bancário − CCB, 157
1. Introdução, Conceito e Figuras Intervenientes, 157
1.1 Apresentação, 157
1.2 Síntese, 157
2. Classifi cação, Extensão Monetária, Circulação, Garantias e Protesto, 159
2.1 Apresentação, 159
2.2 Síntese, 159
Gabarito, 161
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Capítulo 1
Teorias do Direito Empresarial
1. Teoria Subjetiva
1.1 Apresentação
Esta unidade traz a defi nição do que seria a Teoria Subjetiva do Direito, 
conceito elementar para a construção do atual conceito de empresário.
1.2 Síntese
Nesta unidade foram tratados os seguintes assuntos que precisam ser fi xados:
a. O direito empr esarial é um dos ramos mais antigos do direito. 
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b. Os burgueses (sujeitos do direito empresarial nessa teoria) começam a financiar 
o Rei, para que este, contratando exércitos, pudesse dar segurança às práticas da 
mercancia, além de passar a editar regras que pudessem proteger os burgueses.
c. O direito empresarial se pautava por duas características:
 » ramo que assegura o oligopólio no exercício da profissão.
 » assegurar privilégios a uma classe.
Exercício
1. Quais são as características fundamentais do direito empresarial no período 
compreendido pela teoria do direito subjetivo?
2. Teoria dos Atos de Comércio
2.1 Apresentação
Esta unidade traz a definição do que seria a Teoria dos Atos de Comércio, 
superando a teoria subjetiva, em um período cronológico que vai até a edição 
do Código Civil de 2002.
2.2 Síntese
Nesta unidade foram tratados os seguintes assuntos que precisam ser fixados:
a. Essa teoria surge em razão da Revolução Francesa.
b. O povo francês jamais aceitaria a existência de privilégios assegurados a uma só 
classe.
c. Napoleão Bonaparte sabia que a burguesia sustenta o estado democrático de 
direito, criando necessidades para as quais o capital vai gerar solução.
d. Se o direito empresarial continuasse assegurando direitos a uma só classe, esta 
estaria fadada à guilhotina; se não fosse protegida, não teria como financiar o 
estado.
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e. Napoleão, por seu código, cria a Teoria dos Atos de Comércio, elaborando 
atos que seriam relevantes para o Estado, como: compra pra ulterior revenda, 
atividade bancária, atividade circense... Tais atos merecem um tratamento dife-
rente, protetivo de negócios e não de classes. Quem quer que os pratique, goza 
dos privilégios.
f. Tal teoria orientou o Código Imperial de 1850 Brasileiro, vigente até 2002.
g. Agora, qualquer um pode praticar atos de comércio.
h. Sepultou-se o oligopólio, mas continua sendo um ramo assecuratório de privi-
légios.
Exercício
2. CESPE: Prova da AGU. Quais eram os marcos históricos que marcaram as 
teorias do direito empresarial?
3. Teoria Subjetiva Moderna e 
Empresário Elementos
3.1 Apresentação
Esta unidade traz a definição do que seria a Teoria Subjetiva Moderna que irá 
orientar inclusive o conceito de Empresário, elemento que sempre é cobrado em 
provas de concursos públicos.
3.2 Síntese
Nesta unidade foram tratados os seguintes assuntos que precisam ser fixados:
a. Teoria Subjetiva Moderna ou Teoria da Empresa: o direito empresarial retoma 
seu conteúdo original, proteção ao empresário.
b. Inova com o fim do oligopólio. Qualquer pessoa pode ser empresária, gozando 
dos privilégios da lei empresarial.
c. Quem é o empresário é a grande questão. 
d. O Art.966 do CC dará os elementos, começando pelo profissionalismo:
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 » Profissional: pessoa natural ou jurídica (o direito do Trabalho não admite), 
que exerce com habitualidade, em nome próprio, obtendo as condições ne-
cessárias para se estabelecer e se desenvolver.
Exercício
3. Para o exercício da profissão do empresário é necessário ser pessoa jurídica? 
4. Empresário: Atividade Econômica, 
Organização, Produção ou 
Circulação de Bens e Serviços
4.1 Apresentação
Esta unidade traz os demais elementos do conceito de empresário, Atividade 
Econômica, Organização, Produção ou Circulação de Bens e Serviços, 
definições elementares para o estudo de todo o direito Empresarial. Estamos 
no caput do Art.966 do CC.
4.2 Síntese
Nesta unidade foram tratados os seguintes assuntos que precisam ser fixados:
a. Atividade Econômica ou na expressão de João Eunápio Borges, o “ânimus lu-
crandi”. O lucro não é elemento essencial da atividade empresarial. O que é 
essencial é a busca, a vontade, a intenção, o querer o lucro. Todo ser humano 
visa ao lucro.
b. Organização: não é organização de trabalho. Organização dos fatores da produ-
ção que são 3: 1. Capital; 2. Trabalho (que pode ser do próprio empresário) e, 3. 
Atividade.
c. Produção ou Circulação de Bens ou Serviços: deve visar ao mercado, ainda que 
este mercado seja minúsculo. Podemos ter que 100% da produção de uma in-
dústria destina-se e um único consumidor.
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17
Exercício
4. Assinale abaixo os elementos essenciais ao empresário: 
5. Os Excluídos da Compreensão de Empresário
5.1 Apresentação
Esta unidade traz a análise do parágrafo único do Art.966, analisando as 
pessoas que não podem, por definição legal, serem consideradas empresários. 
5.2 Síntese
Nesta unidade foram tratados os seguintes assuntos que precisam ser fixados:
a. Não se considera empresário – é uma definição legal. Afasta-se do conceito os 
prestadores de serviço de natureza intelectual.
b. A unificação do Direito Civil e do Direito Empresarial foi proposta por Teixeira 
de Freitas. Cesare Vivante foi o nome mais destacado nessa proposta de unifica-
ção. Alfredo Rocco propõe ao contrário, a manutenção da dicotomia.
c. O único argumento que não pode ser quebrado é a diferença no estado de espí-
rito: a diferença ética entre um empresário e um civil
d. Com que ética o lucro é buscado?
e. Os intelectuais não absorveram a ética empresarial. Uma clínica médica com 
um médico ou com 100 médicos continua prestando serviço de natureza inte-
lectual.
f. Salvo se o exercício da profissão intelectual constituir elemento de empresa. Ob-
jetivo social não se confunde com objetivo social. Objetivo é o lucro. O que varia 
é o objeto: atividade que o empresário desenvolve para alcançar seu objetivo.
g. Também não se pode confundir empresário ( que é o sujeito ), empresa (que é 
o objeto sobre o qual o empresário exerce seu direito, trata-se da atividade), área 
fim (a qual se conjuga com o próprio objeto da empresa) e área meio (área de 
suporte).
h. Toda vez que o trabalho intelectual estiver na área fim, é considerada “não em-
presária” (empresário simples). 
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Exercício
5. Se o trabalho objeto fi m for tanto trabalho intelectual quanto não intelectual, 
qual ética deve prevalecer?
6. Capacidade para ser Empresário e ser 
Sócio de Sociedade Empresária
6.1 Apresentação
Esta unidade analisa a capacidade de se ser empresário e de se ser sócio de 
sociedade empresária.
 6.2 Síntese
Nesta unidade foram tratados os seguintes assuntos que precisam ser fi xados:
a. Não confundir sócio com sociedade empresária.
b. Sociedade pode ser instrumento de constituição, mas também efeito do registro 
do contrato, que é a pessoa jurídica.
c. Se a sociedade é empresária, então ela é uma pessoa jurídica.
d. Pessoa jurídica pode sofrer danos morais, já que tem honra subjetiva.
e. Capacidade para ser empresário individual ou sócio de sociedade empresária 
inicia-se aos 18 anos.
f. Estabelecer-se com economia própria: o jovem constrói com seus próprios esfor-
ços pessoais. Dessa forma, a incapacidade relativa fi ca suprida.
g. Se o jovem herdar ou ganhar a empresa é preciso que o juiz verifi que se dará 
alvará para continuar a atividade empresarial ou não. Se sim, ele continuará a 
atividade empresarial devidamente assistido ou representado judicialmente.
Exercício
6. AGU – Menino que vendia bicicleta em casa se habilitou em uma licitação 
na prefeitura e ganhou. O segundo colocado impugnou, pois o primeiro co-
locado não estava devidamente assistido. 
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1. Art.981 CC – Conceito de Sociedade
1.1 Apresentação
Será tratado o conceito de sociedade.
1.2 Síntese
a. Sociedade é o contrato ou convenção em que duas ou mais pessoa mutuamente 
se obrigam a contribuir, com esforços ou recursos, visando atingir fi ns comuns, 
cujos resultados serão divididos.
b. Nem todas sociedades são contratuais, há as que não são.
c. Sociedade convencional é sinônimo se sociedade com estatuto social.
Capítulo 2
Sociedade
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d. Sociedade contratual é aquela em que há relações jurídicas sócio-sócio e sócio- 
sociedade.
e. Sociedade estatutária: quando há relações jurídicas exclusivamente sócio- socie-
dade.
f. Existe mais de um tipo de sociedade no direito brasileiro, o que as distingue é a 
fração em que se dividem as sociedade e a responsabilidade dos sócios. 
g. Não se pode inventar um tipo societário, eles são numerus clausus.
h. Sociedade limitada: capital dividido entre cotas e responsabilidade sendo limi-
tada ao valor do capital social.
i. Sociedade anônima: capital dividido em ações, sendo a responsabilidade é limi-
tada ao montante das ações subscritas.
2. Capital Social, Subscrito, 
Realizado e Integralizado
2.1 Apresentação
Nesta unidade será abordado o a distinção de capital social, subscrito, 
realizado e integralizado.
2.2 Síntese
a. Capital social não é patrimônio. 
b. Capital social é o somatório dasparcelas afetadas no patrimônio dos sócios ver-
tidas à sociedade a fim de ser garantia dos credores e ser numerário necessário 
para o desenvolvimento da sociedade.
c. Capital social é invariável.
d. Capital subscrito é a promessa jurídica de aquisição e pagamento. Se o paga-
mento não for efetivado, ele poderá ser cobrado judicialmente.
e. Capital realizado é o capital efetivamente pago.
f. Capital integralizado é o capital integralmente pago. 
g. A diferença entre capital realizado e capital integralizado é o volume do paga-
mento. No capital integralizado o pagamento é feito totalmente, já no capital 
realizado o pagamento é feito parcialmente.
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3. Presença de Duas ou Mais 
Pessoas e Exceção à Regra
3.1 Apresentação
Esta unidade será abordado que as sociedades são compostas por dois sócios, 
exceto a subsidiaria integral.
3.2 Síntese
a. Sociedade unipessoal não é reconhecida no direito brasileiro, é preciso que haja 
pluralidade de sócios.
b. Exceção: Subsidiaria integral só pode ser SA, cuja totalidade de suas ações é de 
propriedade de outra pessoa jurídica nacional. Essa pessoa jurídica pode ser de 
direito privado. Para ser pessoa jurídica nacional, ela tem que estar organizada de 
acordo com a lei brasileira: estar devidamente registrada no Brasil e indicar por 
sede social qualquer lugar no território nacional. 
c. Alguns autores entendem haver outra exceção, mas esse entendimento é minori-
tário: Art.1033, IV CC. Se aos sócios não forem recomposta em 180, a sociedade 
pode atuar unipessoalmente nesse prazo. Se não for recomposta, a sociedade 
estará rompida e o sócio existente poderá continuar, mas terá seu patrimônio 
posto à disposição da atividade exercida.
d. Na Sociedade Anônima constada a presença de um único sócio, ele terá até a 
assembleia geral ordinária seguinte para recomposição dos sócios, sob pena de 
dissolução da companhia.
Exercício
7. AGU – A sociedade temporariamente unipessoal não é exceção da regra.
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4. Obrigatoriedade de Todos os Sócios 
Contribuírem para a Sociedade, Partilha 
dos Resultados Sociais e Busca de 
um Empreendimento Comum
4.1 Apresentação
Esta unidade analisaremos a obrigatoriedade de todos os sócios contribuírem 
para a sociedade, partilharem resultados sociais e buscarem um empreendimento 
em comum.
4.2 Síntese
a. Em todas as sociedades, os sócios têm que contribuir ou com esforços (trabalho) 
ou com recursos (qualquer outra coisa que não seja o trabalho).
b. Sócio de indústria é aquele que realiza a sua participação no capital social 
mediante trabalho. Não é permitida em qualquer sociedade. As sociedades em-
presárias não permitem. Na sociedade simples é permitido, porque se dedicam 
ao trabalho intelectual e também é permitido para as cooperativas e ruralistas 
(ruralista pode escolher entre ser simples e empresário, se quiser ser empresário 
tem de se registrar na junta comercial, caso não registre será sociedade simples). 
c. Busca de fins comuns: todos os sócios têm qde almejar o mesmo fim.
d. Partilha dos resultados: os resultados podem ser nulos, positivos ou negativos. 
Em todas as sociedades, os sócios participam do resultado, qualquer que seja ele. 
Em caso de falência da sociedade, o sócio não pode habilitar o valor que foi dado 
para formar o capital social, pois configura resultado negativo.
Exercício
8. AGU – Sociedade Leonina está prevista no Art.1008:
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5. Classificação das Sociedades
5.1 Apresentação
Classificação das sociedades quanto à responsabilidade dos sócios e quanto à 
estrutura econômica.
5.2 Síntese
a. Classificação quanto à responsabilidade dos sócios:
 » Limitada: são as sociedades em que todos os sócios têm uma pré-fixação de 
participação nos prejuízos sociais. Exemplo: Sociedade limitada e sociedade 
anônima
 » Ilimitadas: os sócios respondem subsidiariamente, porém solidária e ilimitada-
mente. É subsidiário em relação à sociedade. Exemplo: sociedade em nome 
coletivo, sociedade de fato e sociedade em comum.
 » Mistas: um grupo de sócios responde sem limitação, e outro grupo responde 
com limitação. Exemplo: sociedade em comandita.
b. Classificação quanto à estrutura econômica:
 » Sociedade de capital (intuitu rei): os sócios se agremiam por uma razão exclu-
sivamente econômica. Exemplo: Sociedade anônima. 
 » Sociedades de pessoas (intuitu personae): os sócios se agremiam por razão 
subjetiva.
 » Sociedade híbrida: é a sociedade limitada.
Exercício
9. O STJ já decidiu que é possível haver sociedade anônima de pessoas, desde 
que seja fechada e estritamente familiar e sem liquidez para as ações. 
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6. Sociedade Limitada: Híbrida, 
Conceito, Referência Legal
6.1 Apresentação
Iniciaremos o estudo da Sociedade Limitada.
6.2 Síntese
a. Sociedade híbrida: quando há a faculdade para os sócios constituírem sociedade 
de pessoas ou de capital. Para saber se uma sociedade é de pessoas ou de capital, 
basta verificar se o contrato social prevê que se ceda ou transfira a parte de um 
sócio sem a aceitação dos demais, neste caso a relação é econômica, e a socie-
dade é limitada de capital. Caso contrário, se for vedado ceder, transferir parte 
da sociedade, nesse caso a sociedade será limitada de pessoas.
b. Conceito de sociedade limitada: sociedade cuja capital se divide em cotas e a 
responsabilidade dos sócios é limitada ao valor do capital social.
c. A sociedade anônima é uma sociedade contratual, vez que o contrato social é o 
elemento de sua constituição.
7. Sociedade Ltda.: Cotas
7.1 Apresentação
Cotas/ações e elementos que a compõe.
7.2 Síntese
a. A cota é composta de três elementos jurídicos: forma de divisão do capital social, 
representação do status socii ou posição e participação nos fundos.
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b. A participação nos fundos pode ser examinada em relação ao acervo. Acervo é o 
patrimônio liquido – vendidos todos os bens e direitos e pagos os credores, aquilo 
que sobra para ser partilhado é o acervo.
c. A participação nos fundos também implica participação nos resultados. Os re-
sultados podem ser nulos, positivos ou negativos. Só há duas maneiras lícitas de 
distribuir lucros: dividendos (distribuição do lucro em dinheiro para os sócios), e 
cotas/ação de bonificação ou filhotes (é a cota/ação resultante da capitalização 
dos lucros que será atribuída aos sócios na proporção dos lucros que eles fariam 
jus receber).
d. Na sociedade anônima a bonificação máxima é de 75% e na Ltda é de 100%.
8. Sociedade Ltda.: Cotas – Aquisição 
Pela Própria Sociedade e Valor
8.1 Apresentação
Estudaremos a Aquisição de cotas pela própria sociedade e valor na Ltda.
8.2 Síntese
a. No CC/16, a sociedade podia ser sócia de si mesma, mas o novo CC foi omisso. 
Entretanto, os doutrinadores dizem que é possível que a sociedade adquira cotas 
de seu próprio capital, pois não é vedado.
b. Para tanto é preciso preencher alguns requisitos: é necessário a presença de mais 
de dois sócios; a sociedade tem de ter fundos disponíveis para adquirir as cotas de 
seu próprio capital; e o capital social tem de estar integralizado.
c. Quando ocorre a aquisição pela própria sociedade, a doutrina e a jurisprudência 
entendem que as cotas em tesouraria não teriam direito de voto, os direitos polí-
ticos ficam suspensosaté que seja adquirida por um terceiro.
d. Os lucros a serem pagos devem ser pagos à própria sociedade, por meio de uma 
operação exclusivamente contábil: é deduzido os lucros a distribuir e creditado 
a reserva de capital.
e. Valor da cota: as cotas podem ter valores diferenciados ou iguais entre os sócios.
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Exercício
10. A assertiva abaixo está correta ou incorreta?
 As cotas não precisam ter valores iguais.
9. Sociedade Ltda.: Cotas – Cessão 
e Divisibilidade
9.1 Apresentação
Continuaremos examinando as cotas.
9.2 Síntese
a. Art.1.010, CC – trouxe novidade, afirmando que os votos não serão mais compu-
tados pelo número, mas sim, pelo valor da cota. Para cada centavo, seria um voto. 
b. Art.1.010, CC – Quando, por lei ou pelo contrato social, competir aos sócios de-
cidir sobre os negócios da sociedade, as deliberações serão tomadas por maioria 
de votos, contados segundo o valor das quotas de cada um. 
c. § 1º Para formação da maioria absoluta são necessários votos correspondentes a 
mais de metade do capital.
d. § 2º Prevalece a decisão sufragada por maior número de sócios no caso de em-
pate, e, se este persistir, decidirá o juiz.
e. § 3º Responde por perdas e danos o sócio que, tendo em alguma operação inte-
resse contrário ao da sociedade, participar da deliberação que a aprove graças a 
seu voto.
f. O contrato social poderá eleger sociedade de pessoas ou de capital. Na omissão 
do contrato social, o sócio pode ceder sua cota a outro sócio, total ou parcial-
mente, independentemente de comunicação aos demais.
g. No silêncio do contrato social, o sócio pode ceder sua quota à pessoa que não 
seja sócio, mas os sócios podem impugnar.
h. Fracionamento de cotas: um sócio pode ceder parte de sua cota a outro sócio, no 
silêncio do contrato social. 
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i. Penhora de cotas: Ltda. de capital pode ser penhorada. Ltda. de pessoas, a juris-
prudência entende que as cotas são penhoráveis, e feita a penhora, cabe exame 
– Art. 655, VI, CPC. Art.1026, CC.
Art. 655, CPC – A penhora observará, preferencialmente, a seguinte ordem:
VI – ações e quotas de sociedades empresárias;
Art.1.026, CC – O credor particular de sócio pode, na insuficiência de ou-
tros bens do devedor, fazer recair a execução sobre o que a este couber nos 
lucros da sociedade, ou na parte que lhe tocar em liquidação.
Exercício
11. A Lei não exige que em caso de fracionamento de cota, seja transferida a 
mesma proporção da cota. Posso ceder 1/3 a outro sócio, mas no valor de 
50% da cota.
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1. Conceito, Proteção Constitucional 
e Princípios
1.1 Apresentação
Trabalharemos o nome empresarial.
1.2 Síntese
a. Conceito: é a expressão pela qual o empresário, pessoa natural ou pessoa jurídica, 
apresenta-se no mercado, afi m de contrair obrigações e direitos.
b. Art.5º, XXIX, CF: 
Capítulo 3
Nome Empresarial
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XXIX – a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio tem-
porário para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à 
propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, 
tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econô-
mico do País;
c. Princípios: Art.34 da Lei 8.934/94 – Lei do Registro Empresarial – prescreve que 
o nome empresarial se pautará pelo Princípio da Novidade e pelo Princípio da 
Veracidade/Autenticidade.
“Art.34. O nome empresarial obedecerá aos princípios da veracidade e da 
novidade.”
d. Princípio da Novidade: ao se registrar o nome é necessário inovar. Não pode 
utilizar nome já existente. Art.1166, § único, CC. 
Art.1.166. A inscrição do empresário, ou dos atos constitutivos das pessoas 
jurídicas, ou as respectivas averbações, no registro próprio, asseguram o uso 
exclusiv o do nome nos limites do respectivo Estado.
Parágrafo único. O uso previsto neste artigo estender-se-á a todo o território 
nacional, se registrado na forma da lei especial.
e. Marca não se confunde com Nome. 
f. O Princípio da Novidade se subdivide em:
 » Anterioridade: quem registra primeiro é que é o dono.
 » Especifi cidade: não haverá colidência quando os ramos de atividades são dis-
tintos.
Exercício
12. Dado empresário forma sociedade e anos depois em Pernambuco, usou-se o 
mesmo nome, mas como marca.
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2. Exceções aos Princípios que 
Orientam os Princípios. Princípio 
da Veracidade/Autenticidade
2.1 Apresentação
Trabalharemos o nome empresarial.
2.2 Síntese
a. Os princípios comportam exceções. Art.125, CPI, diz que a marca de alto re-
nome será considerada protegida em todos os ramos de especialidade, assim, é 
exceção ao princípio da especificidade.
“Art.125. À marca registrada no Brasil considerada de alto renome será asse-
gurada proteção especial, em todos os ramos de atividade”.
b. Exceção à anterioridade é a marca notoriamente conhecida, Art.126, CPI, goza 
de proteção no seu ramo de atividade, independentemente de registro.
Art.126. A marca notoriamente conhecida em seu ramo de atividade nos 
termos do Art.6º bis (I), da Convenção da União de Paris para Proteção da 
Propriedade Industrial, goza de proteção especial, independentemente de 
estar previamente depositada ou registrada no Brasil.
§ 1º A proteção de que trata este artigo aplica-se também às marcas de ser-
viço. 
§ 2º O INPI poderá indeferir de ofício pedido de registro de marca que 
reproduza ou imite, no todo ou em parte, marca notoriamente conhecida.
c. Princípio da Veracidade: diz que a partir do nome empresarial se extrai a moda-
lidade de responsabilidade dos sócios.
Exemplos: ... Ltda.,, S.A...., ... S.A...., ... S.A., Cia..., ... Cia..., ... Cia.
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d. Art.1.157, CC – “a Sociedade em que houver sócio de responsabilidade ilimi-
tada, somente o nome dos sócios de responsabilidade ilimitada deve constar”.
Exemplo: 
... & Cia.
Exercício
13. Qual a consequência de um contrato assinado por administrador no qual não 
conta a menção Ltda.
3. Princípio da Veracidade / Autenticidade: 
Sociedades Ilimitadas. Espécies de Nomes 
Empresariais. Título do Estabelecimento
3.1 Apresentação
Finalizaremos os Princípios e veremos as espécies de nomes empresariais.
3.2 Síntese
a. Princípio da Veracidade: tratando-se de sociedade em que haja sócios de respon-
sabilidade ilimitada, o nome empresarial identificação de um, alguns ou todos 
os sócios que responderão ilimitadamente. Art.1.157, CC
Art.1.157. A sociedade em que houver sócios de responsabilidade ilimitada 
operará sob firma, na qual somente os nomes daqueles poderão figurar, bas-
tando para formá-la aditar ao nome de um deles a expressão “e companhia” 
ou sua abreviatura.
Parágrafo único. Ficam solidária e ilimitadamente responsáveis pelas obri-
gações contraídas sob a firma social aqueles que, por seus nomes, figurarem 
na firma da sociedade de que trata este artigo.
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b. Art.1.155, CC prescreve que há duas espécies de nome empresarial:
 » Firma ou razão (pode ser social ou individual): é o nome empresarial que 
identifica um, alguns ou todos os sócios que respondam sem limitação.
 » Denominação: nome abstrato,não identifica membros componentes do qua-
dro societário.
Art.1.155. Considera-se nome empresarial a firma ou a denominação adota-
da, de conformidade com este Capítulo, para o exercício de empresa.
Parágrafo único. Equipara-se ao nome empresarial, para os efeitos da prote-
ção da lei, a denominação das sociedades simples, associações e fundações.
c. Toda S.A. deve fazer uso de denominação.
d. A S.A. pode utilizar nome de pessoas de relevante importância na sua história, 
como homenagem.
e. Toda denominação deve mencionar o objeto social.
f. Título do estabelecimento é o nome fantasia/Apelido do empresário.
Exercício
14. (Tribunal de Justiça do Estado de Alagoas) Qual a proteção legal ao título do 
estabelecimento? 
4. Exceções às Regras Gerais 
de Nome Empresarial
4.1 Apresentação
Veremos as exceções às regras de Nome Empresarial
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4.2 Síntese
a. Art.1.161, CC – envolve a Sociedade em Comandita por Ações. Art.1157, CC. 
Poderá empregar como nome Firma ou Denominação. Não é possível abrevia-
ção;
b. Art.1.162, CC – envolve a sociedade em conta de participação. Não tem per-
sonalidade jurídica, o registro é meramente facultativo. Os sócios ocultos não 
aparecem. Art.993, CC. Se não tem personalidade, não tem nome empresarial, 
apresenta-se pelo nome do sócio ostensivo. 
c. Art.1.158, § 2, CC − Sociedade Ltda. pode adotar firma ou denominação. Dife-
rencia-se pelo nome do objeto, ou seja, se mencionar objeto, é denominação. É 
exceção por conta de ser firma, a cada intercorrência, tem-se de alterar o nome 
empresarial. Art. 1164, CC.
d. S.A. – denominação. Ltda. ou comandita por ações – firma ou denominação. As 
demais – firma.
Exercício
15. Pode ocorrer a cessão de nome empresarial.
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1. Conclave Social: Assembleia 
ou Reunião de Sócios
1.1 Apresentação
1.2 Síntese
a. Conclave Social: órgão de cúpula da sociedade Ltda., congrega comunidade de 
proprietários. Pode ser procurador do sócio outro sócio ou advogado. Isso por 
conta das informações sigilosas da sociedade.
b. Art.1.078, CC.
c. Órgão obrigatório − Art.1.072, CC − A existência do órgão e o seu funcio-
namento são coisas diferentes. A existência é obrigatória, mas a instalação é 
facultativa. Só é facultativo o conclave para EPP e ME.
d. As sociedades que tenham até 10 sócios podem escolher entre Assembleia e Reu-
nião. Sociedades com mais de 10 sócios, obrigatoriamente será Assembleia. 
Capítulo 4
Órgãos Sociais da 
Sociedade Ltda.
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e. Assembleia: órgão que tem suas formalidades prescritas em lei. 
f. Reunião: regras delimitadas no contrato social.
g. Súmula 265, STF.
Exercício
16. (Tribunal de Justiça de Minas Gerais) O Conclave é órgão obrigatório?
2. Conselho Fiscal e Administradores
2.1 Apresentação
Veremos o Conselho Fiscal e seus Administradores. 
2.2 Síntese
a. Conselho Fiscal é órgão meramente facultativo. Só existirá se houver previsão 
no contrato social.
b. Conselho Fiscal vela pela regularidade dos atos praticados pelos administradores, 
denunciando ao Conclave supostas irregularidades.
c. Órgãos Sociais:
 » Conclave;
 » Administradores;
 » Conselho Fiscal.
d. Composto de no mínimo três membros e suplentes, brasileiros ou estrangeiros, 
desde que residentes no Brasil. São impedidos os que estão proibidos de admi-
nistrar e seus parentes.
e. Art.1.071, CC: 
Dependem da deliberação dos sócios, além de outras matérias indicadas na 
lei ou no contrato:
I – a aprovação das contas da administração;
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II – a designação dos administradores, quando feita em ato separado;
III – a destituição dos administradores;
IV – o modo de sua remuneração, quando não estabelecido no contrato;
V – a modificação do contrato social;
VI – a incorporação, a fusão e a dissolução da sociedade, ou a cessação do 
estado de liquidação;
VII – a nomeação e destituição dos liquidantes e o julgamento das suas 
contas;
VIII – o pedido de concordata.
f. O Conselho Fiscal faz prova para posterior processo.
g. Art.1.011, CC: 
O administrador da sociedade deverá ter, no exercício de suas funções, o 
cuidado e a diligência que todo homem ativo e probo costuma empregar na 
administração de seus próprios negócios.
§ 1º Não podem ser administradores, além das pessoas impedidas por lei 
especial, os condenados a pena que vede, ainda que temporariamente, o 
acesso a cargos públicos; ou por crime falimentar, de prevaricação, peita 
ou suborno, concussão, peculato; ou contra a economia popular, contra o 
sistema financeiro nacional, contra as normas de defesa da concorrência, 
contra as relações de consumo, a fé pública ou a propriedade, enquanto 
perdurarem os efeitos da condenação. 
§ 2º Aplicam-se à atividade dos administradores, no que couber, as disposi-
ções concernentes ao mandato.
3. Administradores: Mandatários 
3.1 Apresentação
Analisaremos os Administradores Mandatários.
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3.2 Síntese
a. O administrador deve ser uma pessoa. Diferentemente da S.A., que necessaria-
mente deve ser pessoa física.
b. Representam a sociedade ativa e passivamente.
c. No silêncio do contrato social, todos os sócios são administradores. Art.1.060, 
CC − pode acontecer de o contrato social ser silente, mas haver documento 
apartado que nomeie administrador.
d. Art.1.060 − “§ único. Novos sócios não têm, automaticamente, a condição de 
administrador. É preciso autorização expressa”.
e. Art.1.061, CC − “a administração pode ser exercida por não sócio, desde que 
haja cláusula no contrato social. Quorum para isso: aprovação unânime en-
quanto capital não integralizado; 2/3 dos sócios, se integralizado”.
Exercício
17. Qual é o quorum de eleição de não sócio administrador?
4. Hipóteses de Terceiro Responder 
por Obrigações da Sociedade: Tipo 
Societário e Responsabilização
4.1 Apresentação
4.2 Síntese
a. Se o sócio escolhe uma sociedade, implica a escolha do tipo de responsabiliza-
ção dos sócios. 
b. A Responsabilização e Despersonalização da Pessoa Jurídica – decorre de lei.
c. Responsabilização: atribuir responsabilidade. 
 » Responsabilização do sócio: somente se exercendo o voto, pratica ilícito. 
Art.1.080, CC. Exemplo: aprovação de contas fraudulentas.
 » Responsabilização dos Conselheiros Fiscais: se dá da mesma maneira que a 
dos administradores. Art.1076, CC; Art.165, CC.
 » Responsabilização dos Administradores: se dá por culpa. Art.1.016, CC. Art.47, 
CC. “Administradores são mandatários, que via de regra não é pessoalmente 
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responsável pelas obrigações que assume em nome da sociedade, no entanto, 
responderá perante a sociedade ou terceiro se agir culposamente”.
 Decorrente de ato Ilícito:
 » ilegal;
 » ultra vires:
 » excesso de poder;
 » contrário ao instrumento de constituição.
Exercício
18. Quando o administrador responde pelo não pagamento de salário de 
funcionário?
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1. Hipóteses de Terceiro Responder por 
Obrigações da Sociedade: Responsabilização 
e Desconsideração da Personalidade Jurídica
1.1 Apresentação
1.2 Síntese
a. Na Responsabilização, a sociedade responde solidariamente pelo ilícito. 
b. Na Desconsideração da Personalidade Jurídica, a sociedade nuncaresponde.
c. Art.1.015, CC.
d. Hipóteses de exclusão da Responsabilidade da sociedade:
 » Se constar no contrato social como restrição aos poderes do administrador. O 
STJ recentemente concluiu que deve ser feita de maneira a não prejudicar o 
terceiro de boa-fé.
Capítulo 5
Sociedade Anônima
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 » Se provado que era conhecida de terceiro, pois estava em conluio com admi-
nistradores.
 » Se a operação for estranha aos negócios sociais, que compreende o objeto e as 
atividades periféricas que rodeiam o objeto. 
e. Desconsideração da personalidade jurídica: Art. 50, CC.
Quando a sociedade é utilizada de forma fraudulenta, o juiz pode desconsiderar 
a personalidade jurídica. Afasta o véu da personalidade jurídica, tornando-a ineficaz. 
Estendendo aos administradores, sócios e terceiros, as consequências econômicas 
do caso concreto. 
Exercício
19. (OAB − 2007) O Juiz pode desconsiderar a Personalidade Jurídica de ofício?
2. Objeto Social, Holding, Offshore
2.1 Apresentação
Analisaremos o objeto social das companhias. 
2.2 Síntese
a. Objeto social: qualquer que seja lícito, devendo ser discriminado completa e 
descritivamente.
b. Direito de retirada/Direito de recesso: se a companhia não der lucro, o sócio 
pode solicitar retirada ou recesso. A ampliação ou redução do objeto que não 
implique alteração do seguimento não dá esse direito.
c. Se a S.A. não der lucro, os acionistas podem solicitar sua dissolução. 
d. Valores mobiliários: títulos que são lançados no mercado a fim de captar di-
nheiro. Não imobiliários.
e. Holding negocia valores mobiliários de outras companhias chamadas de Parti-
cipações. Não confundir com Offshore, que é S.A. cujas ações são ao portador, 
portanto, não se sabe quem são os sócios.
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Exercício
20. Qual a atividade preponderante da Holding?
3. Companhia Aberta X Fechada, Ações 
com ou sem Valor Nominal
3.1 Apresentação
Analisaremos a Companhia Aberta X Fechada. 
3.2 Síntese
a. Companhia Aberta: Art. 4º da Lei das S.A. − se diz aberta conforme seus valores 
mobiliários podem ser vendidos no mercado de valores mobiliários. São com-
panhias cujas ações podem ser negociadas em Bolsas de Valores e Mercado de 
balcão.
b. Marcado de Valores Mobiliários: é composto de Bolsas de Valores e Mercado 
de Balcão. 
c. Mercado de Balcão: intermediação realizada por um banco. 
d. CVM: Comissão de Valores Mobiliários – autarquia federal encarregada de fis-
calizar o mercado aberto. 
e. Companhia fechada: a negociação dos valores mobiliários é feita de maneira 
particular.
f. Ações podem ou não ter valor nominal. 
g. Valor nominal: valor de face. Título menciona em si mesmo seu valor. Exemplo: 
cédula de dinheiro.
h. Valor de mercado: lei da oferta e da procura do comércio.
i. Valor estatutário: operação aritmética – produto da divisão do número de ações 
pelo valor do capital social.
j. Título nominal: aquele que para sua validade deve mencionar o nome do bene-
ficiário. Exemplo: nota promissória e letra de câmbio.
k. Título nominativo: propriedade somente se transfere mediante registro. Art.20, 
Lei das S.A. Não existem ações ao portador no Brasil. Art.921, CC. Toda S.A. 
deve ter o livro de registro das ações nominativas.
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Exercício
21. Qual o efeito do termo de cessão de ações?
4. Representação Física e Espécies
4.1 Apresentação
O autor trabalha nesta unidade as ações das sociedades anônimas, analisando-
as quanto à sua representação física e suas espécies.
4.2 Síntese
a. Todos os tipos de ações possuem representação física e podem ser classificadas 
em dois grupos:
 » Ações cartulares/documentais: são as ações representadas por um papel 
(Art.24, da lei 6.404/1976);
 » Ação escritural: são aquelas que serão depositadas em um banco. Em verdade 
não é depósito, pois em um depósito pressupõe-se a existência de coisa, mas 
as ações escriturais não possuem forma física, elas são apenas registradas no 
banco.
b. As ações são divididas em três espécies:
 » Ordinárias/comum: são as ações que atribuem ao seu proprietário todos os 
direitos, essenciais e não essenciais, de um sócio e lhe impõem todas as obri-
gações. O Art. 109, lei 6.404/1976, traz os direitos essenciais, que não podem 
ser suprimidos dos sócios.
 » Preferenciais: são aquelas previstas pelo Art. 111 da Lei de 6.404/1976, são 
ações que atribuem ao seu proprietário certas vantagens, certas preferências 
sobre os acionistas ordinários, em razão do que podem lhe ser subtraídos os 
direitos não essenciais (Art. 109 da Lei 6.404/1976). O direito a voto não é 
direito essencial e pode ser subtraído.
 » Ações de fruição/gozo: não há na prática ações de fruição ou gozo; hoje, elas 
estão praticamente sem utilização. Esse tipo de ação surge nos EUA e está 
tratada no Art. 44 da Lei de 6.404/1976.
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Exercício
22. Assinale se a afirmativa abaixo está correta ou errada.
 As ações podem ser representadas de duas formas: documental e escriturá-
rias; enquanto são três as suas espécies: ordinárias, preferenciais e de fruição.
5. Vantagens Atribuíveis às Ações Preferenciais
5.1 Apresentação
O autor trata do tema Sociedade Anônima, analisando as vantagens atribuíveis 
às ações preferenciais.
5.2 Síntese
a. Conforme analisado em unidade anterior, há três espécies de ações: ordinárias, 
preferenciais e de fruição.
b. Algumas vantagens podem ser atribuídas às ações preferenciais, e estas estão pre-
vistas nos Arts. 17 e 18 da Lei 6.404/1976. Além das espécies de ações há ainda 
as classes: PNA, PNB, PNC. A, B, C, são as classes de ações preferenciais; essas 
classes variam de companhia para companhia, conforme as vantagens atribuídas 
e os direitos suprimidos.
c. Três vantagens podem ser atribuídas às ações preferenciais:
Art.18, da lei 6.404/1976: preferência política. Trata-se de uma classe de 
ações preferenciais que poderão eleger em separado determinados mem-
bros da companhia como, por exemplo: eleger em separado o diretor finan-
ceiro ou jurídico.
Art.17, da lei 6.404/1976: é a preferência no recebimento do reembolso, 
com ou sem prêmio. Se a companhia for liquidada o acionista receberá a 
sua preferência, recebe antes dos demais o valor que concorreu para a cria-
ção da companhia, ainda que os demais acionistas nada recebam. Podem 
ser com ou sem prêmio. Prêmio é semelhante a percentual, recebe não 
apenas o valor que concorreu para a formação da companhia, mas a ele se 
acresce um percentual determinado pelo estatuto. Mesmo o prêmio é pago 
com preferência aos demais acionistas.
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Art.17, da lei 6.404/1976: é a preferência no recebimento de dividendos, 
quando a companhia distribuir lucros. O acionista recebe antes dos demais 
a sua participação, ainda que os demais nada recebam.
d. A doutrina classifica os acionistas em: 
 » Empreendedor: ele busca poder; compra ações para fazer parte dos conselhos 
das empresas. Ele compra ações ordinárias normalmente.
 » Rendeiro: ele busca dividendos. Não se importa com a administração, o poder 
da companhia, ele apenas visa ao lucro.
 » Especulador: ele está associado à cotação, comprando qualquer ação que es-
tiver na baixa e vende qualquer uma que estiver na alta. Ele dá liquidez ao 
mercado e está sempre disposto a comprar e vender.
Exercício
23.As três vantagens das ações preferenciais podem ou não ser cumuladas? 
6. Golden Share / Outros Valores 
Mobiliários: Partes Beneficiárias
6.1 Apresentação
O autor trata do tema sociedade anônima analisando a Golden Share e as 
partes beneficiárias.
6.2 Síntese
a. As golden share estão previstas no Art.17, §7º, da Lei 6.404/1976 e decorrem 
das privatizações ocorridas no Brasil. As golden share são ações preferenciais, de 
classe especial, emitidas por empresas que foram privatizadas, inegociáveis e de 
propriedade do ente privatizante. Essas ações não poderão ser negociadas e elas 
asseguram ao seu titular vantagens previstas no estatuto, inclusive de vetar certas 
decisões na companhia. Permanecem essas ações no poder do Estado e visam 
garantir a manutenção daqueles objetivos pelo quais a companhia foi criada.
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b. As partes beneficiárias são de origem francesa, chamadas “part de fondateur”. 
São títulos que asseguram ao seu proprietário participação nos lucros da compa-
nhia, não superior a 10% (dez por cento). São pagas antes mesmo do pagamento 
dos acionistas preferenciais. O seu prazo de vigência é não superior a 10 anos, 
salvo quando concedidas a associações, fundações de representação dos empre-
gados, em que podem ter a estipulação de um prazo maior.
c. As partes beneficiárias podem ou não ser resgatáveis. Se não forem resgatáveis 
após o prazo estipulado no estatuto, elas caducam, não tendo direito a mais nada. 
Se resgatáveis, podem ser resgatadas em dinheiro ou em ações.
Exercício
24. Há prazo de vigência para as golden share, para que Estado exerça seus 
benefícios? 
7. Debêntures
7.1 Apresentação
O autor trata do tema sociedade anônima analisando as debêntures, seu 
conceito e espécies.
7.2 Síntese
a. Conceito: são os títulos da dívida privada, representando um mútuo, um em-
préstimo que a Companhia estará contraindo no mercado. Está mencionado 
na escritura pública de emissão de debêntures, que faz as vezes do contrato de 
mútuo da companhia, e registrado na junta comercial da sede da companhia.
b. São duas as espécies de debêntures, que em verdade correspondem à maneira 
como podem ser resgatadas:
 » Simples: resgatáveis em dinheiro.
 » Conversíveis: cria-se uma faculdade para o debenturista, receber o valor do 
título em dinheiro ou em ações. O debenturista que decidirá como quer re-
ceber.
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c. Às debêntures podem ser atribuídos quatro direitos, de modo isolado ou conjun-
tamente; a finalidade desses direitos é remunerar o capital:
 » Correção monetária: tem de haver previsão na escritura pública. A lei prevê 
diversas formas e índices de correção, vedando, no entanto, outros, como o 
salário mínimo.
 » Juros: podem ser fixos ou variáveis.
 » Participação nos lucros: a escritura menciona qual é o seu percentual. Se não 
houver lucro da companhia, não receberá nenhuma remuneração.
 » Prêmio: a debênture paga, além do valor investido, certo percentual que es-
tará previsto na escritura.
Exercício
25. Qual o órgão encarregado de registrar as debêntures? 
8. Garantias
8.1 Apresentação
O autor trata do tema debêntures, analisando as suas garantias.
8.2 Síntese
a. São quatro as garantias atribuíveis a uma debênture:
 » Real: o credor tem assegurada a adimplência da obrigação por um bem desta-
cado notadamente do patrimônio do devedor, mas não obrigatoriamente. São 
exemplos de garantia real a hipoteca a anticrese e o penhor.
 » Flutuante: Art. 58, §1º da Lei 6.404/1976. O privilégio e a garantia são espécies 
de preferência. O privilégio está ligado ao processo, é a ordem de vocação dos 
credores na partilha da garantia comum; ele emerge no processo, enquanto a 
garantia decorre do direito material. São privilégios os créditos trabalhistas, os 
da falência, mas também os dos Arts. 964 e 965 do Código Civil.
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 » Quirografária: o credor tem assegurada a adimplência da obrigação com o 
patrimônio do devedor como um todo considerado.
 » Subordinada: se subordina ao pagamento de todos os demais credores, está 
abaixo do quirografário, será o último a receber. Art.58, §4º da Lei 6.404/1976.
Exercício
26. Quais as garantias e qual a ordem de pagamento? 
9. Bônus de Subscrição
9.1 Apresentação
O autor trata o tema do bônus de subscrição, título de emissão exclusiva de 
companhias que possuem capital autorizado.
9.2 Síntese
a. O bônus de subscrição é título que apenas pode ser emitido por companhia 
que tem capital autorizado. O capital autorizado pode ser em número de ações 
ou em moeda, não podendo ultrapassar jamais o valor do capital social, sendo 
realizado até o limite previsto no estatuto. Esgotado esse limite, um novo capi-
tal autorizado poderá ser estipulado. Para a emissão do bônus de subscrição, é 
necessária deliberação pelo conselho de administração ou pela assembléia geral 
de acionistas.
b. O bônus de subscrição garante ao seu proprietário a preferência, posição de van-
tagem, na ordem de compra das ações do capital autorizado, quando estas forem 
emitidas.
c. Tratando-se de preferência, não há obrigatoriedade de compra. Quando hou-
ver o exercício do direito de preferência poderá desistir da compra. No entanto, 
se houve cancelamento da emissão das ações relativas ao capital autorizado, o 
bônus de subscrição se resolverá em perdas e danos e a companhia indenizará o 
acionista que possui o bônus de subscrição. O bônus não é um direito hipotético, 
ele menciona sempre a espécie, classe, quantidade e época do seu exercício.
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Exercício
27. Qual o limite da emissão do bônus de subscrição? 
10. Capital Social: Princípios
10.1 Apresentação
O autor trata do tema sociedade anônima, analisando o capital social quanto 
aos princípios da efetividade, determinação e intangibilidade.
10.2 Síntese
a. A Sociedade Anônima − S.A., é uma empresa que se funde no Capital Social e 
em seus princípios.
b. Princípio da Efetividade: o capital social tem de ser verdadeiro; ele não pode 
ser fictício, os sócios têm de transferir para a companhia dinheiro ou bens que 
valham aquele valor informado. Não pode haver capital social liquefeito (“water 
made”) que não corresponde à realidade. Os Arts. 8º e 80 da Lei de 6.404/1976 
determinam que a transferência de bem diverso de dinheiro tem de passar por 
avaliação de empresa especializada ou por 3 peritos. Os subscritores do laudo 
pericial possuem responsabilidade civil e penal sobre o que foi escrito nele. A in-
tegralização do capital social pode ser em dinheiro ou em imóvel (Art. 89 da Lei 
6.404/1976). Quando há integralização de capital por imóvel, está dispensado 
o registro no cartório de imóveis. Não depende de escritura pública, mas deve 
respeitar as regras para a transferência de bens do Código Civil. A realização 
do capital em moeda corrente depende de depósito do valor em dinheiro em 
conta do Banco do Brasil ou outros bancos autorizados. A guia do depósito será 
arquivada na junta comercial.
c. Princípio da Determinação: Art. 5º da Lei 6.404/1976 – a valor do capital social 
tem de ser exato, ele não pode ser aproximado. O valor do capital social tem 
de ser grafado em moeda nacional. O Decreto 857/1969 determina o curso de 
moeda nacional e a recusa da mesma como forma de pagamento é crime. Pode 
haver contratação em moeda estrangeira, mas no momento do pagamento este 
apenas pode ser realizado em moeda nacional. Não pode ser fixado capitalsocial 
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em moeda estrangeira, e é ainda vedada qualquer indexação do capital social, 
nem mesmo correção monetária.
d. Princípio da Intangibilidade/fixidez: o capital social de companhia não pode ser 
alterado, nem para mais nem para menos, salvo nas hipóteses previstas em lei 
(Art. 6º, da Lei 6.404/1976).
Exercício
28. O princípio da efetividade comporta relativização? 
11. Hipóteses de Aumento do Capital Social
11.1 Apresentação
O autor trata do tema sociedade anônima, analisando as hipóteses de aumento 
do capital social.
11.2 Síntese
a. As hipóteses de aumento de capital social são exceções ao princípio da intangi-
bilidade, o capital social não pode ser alterado, nem para mais nem para menos, 
salvo exceções.
b. Três são as exceções legais em que se permite o aumento do capital social:
 » Correção monetária: é mera reposição nominal a valores históricos; não acres-
centa nada à moeda. Hoje, a correção monetária está proibida no Brasil pela 
Lei 8.024/1990. Foram derrogados os seguintes dispositivos da Lei 6.404/1976: 
parágrafo único, do Art. 5º; inciso IV do Art. 132; inciso I do Art. 166; Art. 167 
em sua totalidade, §2º do Art. 168.
 » Conversão de valores mobiliários: debêntures e partes beneficiárias.
 » Emissão de novas ações por deliberação assemblear: o artigo que fixa o capital 
social não é cláusula pétrea, pode a assembleia deliberar pela alteração do 
estatuto com a emissão de novas ações e aumento do capital social. É difí-
cil a alteração por assembleia que pode ser impugnado pelos acionistas. Para 
evitar essas dificuldades, a companhia cria o bônus de subscrição. O capital 
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subscrito tem que ser inferior ao capital autorizado, o que se visa é evitar a 
assembléia que demoraria muito.
Exercício
29. O capital autorizado apenas pode ser subscrito por quem tem bônus de 
subscrição? 
12. Hipóteses de Redução do Capital Social
12.1 Apresentação
O autor trata do tema sociedade anônima, analisando as hipóteses de redução 
do capital social.
12.2 Síntese
a. O Art. 173, da Lei 6.404/1976, é exceção ao princípio da intangibilidade do 
capital social. Poderá haver redução do capital social em hipóteses determinadas 
pela lei, quais sejam: excesso de capital social, prejuízos acumulados, acionista 
remisso, reembolso.
b. Excesso de capital social: quando está sobrando dinheiro na companhia. Nor-
malmente está associado a planejamentos tributários das companhias.
c. Prejuízos acumulados: quando a companhia começa a acumular prejuízos, o 
dinheiro para pagar suas obrigações sairá do capital social. A companhia poderá 
convocar os acionistas e deliberar por reduzir o capital social no montante dos 
prejuízos; trata-se de uma operação estritamente financeira.
d. Acionista remisso: remisso é acionista faltoso, aquele que não integralizou as 
ações que subscreveu; ele subscreve as ações, mas não as integraliza, não paga 
por elas. Quatro são as providências que podem ser tomadas contra o acionista 
remisso:
1. Anular as ações do acionista remisso reduzindo o capital: em verdade 
não se trata de anular, pois os atos praticados anteriormente permane-
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cem válidos. O que se faz é o cancelamento das ações com a redução do 
capital social.
2. Art. 107, inciso I da Lei 6.404/1976: a companhia poderá executar a 
dívida, cobrando do acionista remisso o valor das ações. O boletim de 
subscrição de ações é um título executivo extrajudicial.
3. Havendo fundos disponíveis, nos termos do Art. 3º, parágrafo único, da 
Lei 6.404/1976, a companhia poderá adquirir aquelas ações do acionista 
remisso, mantendo-as em tesouraria por até um ano.
4. Art. 107, inciso II da Lei 6.404/1976: uso das próprias razões, execução 
pela própria companhia, poderá tomar as ações do acionista remisso e 
vender a terceiro para se pagar. A venda tem de ser feita necessariamente 
em bolsa de valores.
e. Reembolso: acionista dissidente de deliberação assemblear em que pode haver 
dissolução parcial com apuração de haveres (Art. 45 da Lei de 6.404/1976); ha-
verá redução de capital. O acionista dissidente que pode exercer o direito de 
retirada é aquele que tem o voto vencido, o ausente na assembleia, aquele que 
exerce a abstenção na votação. Apenas não será dissidente aquele que compa-
rece na assembleia e vota.
Exercício
30. Qual o único caso em que companhia fechada pode vender suas ações em 
bolsa de valores e isso não implica abertura de capital? 
13. Órgãos Sociais: Assembleia Geral 
de Acionistas e Conselho Fiscal
13.1 Apresentação
O autor trata do tema sociedade anônima, analisando seus órgãos sociais: a 
Assembleia Geral de Acionistas e o Conselho Fiscal.
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13.2 Síntese
a. Há várias assembleias gerais na Sociedade Anônima – S.A., mas trataremos da-
quela que é órgão da sociedade. Assembleia Geral de Acionistas é o órgão de 
cúpula e deliberação máximos da sociedade, apenas podem estar presentes os 
acionistas e seus procuradores (sócio, advogado ou um dos administradores da 
companhia). É o único órgão que pode modificar o estatuto da companhia.
b. A AGO – Assembleia Geral Ordinária ocorre todos os anos, na mesma época, 
com o mesmo objeto. São características da AGO:
1. Há uma única AGO por exercício social.
2. Existe época determinada para sua realização (Art. 132 da Lei 
6.404/1976): um dos quatro primeiros meses subsequentes ao término 
do exercício social.
3. O objeto da AGO está previsto em lei no Art. 132, da Lei 6.404/1976.
c. A AGE – Assembleia Geral Extraordinária:
1. Haverá tantas tantas AGEs quanto a companhia necessite, pode haver 
até mais de uma no mesmo dia.
2. Não existe época, pode ser durante todo o exercício social. O Art. 131 da 
Lei 6.404/1976 permite que seja realizada conjuntamente com a AGO.
3. Seu objeto é residual, o que não for objeto de AGO é objeto da AGE.
d. Conselho fiscal é órgão obrigatório, de instalação facultativa. Deve haver pre-
visão do Conselho Fiscal no estatuto, mas este apenas entra em atividade se 
requerido. O órgão deve examinar e dar parecer nas contas dos administradores, 
controlar a sua atuação. Instalado o órgão, ele ficará em atividade até a próxima 
AGO, em que são tomadas as contas dos administradores. O Conselho Fiscal 
terá de 3 a 5 membros e seus suplentes, na realidade, são 3 ou 5 membros. A 
minoria pode eleger em separado seus membros, e também se defere aos acio-
nistas sem direito a voto ou com direito restrito este direito. Instala-se o Conselho 
Fiscal a requerimento da Assembleia Geral de Acionista, por requerimento de 
acionista com no mínimo 10% de direito a voto, ou por acionista com 5% das 
ações sem direito a voto ou com voto restrito.
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Exercício
31. Debênture é título da dívida privada, que representa mútuo e será emitida de 
acordo com a deliberação da AGO. 
14. Órgãos Sociais: Administradores
14.1 Apresentação
O autor trata do tema sociedade anônima, analisando um de seus órgãos 
sociais, qual seja, seus administradores.
14.2 Síntese
a. Os administradores fazem as vezes do poder executivo nas sociedades anônimas. 
Os administradores se referem a dois órgãos: a Diretoria e o Conselho de Admi-
nistração – CA. Apenas podem ser administradores pessoas naturais residentes 
no país, podem ser estrangeiros, mas tem de aqui residir.b. Diretoria é o órgão de representação da companhia, judicial e extrajudicial, ativa 
e passivamente, internacorporis ou externacorporis. Haverá no mínimo dois di-
retores com mandato de até três anos, de acordo com o estatuto. São admitidas 
infinitas reeleições. Para ser diretor não precisa ser acionista, normalmente são 
pessoas altamente especializadas que são contratadas para os cargos.
c. Conselho de Administração – CA, é órgão que se sobrepõe hierarquicamente 
à Diretoria; não é órgão de execução, mas órgão de deliberação; ele traça as 
políticas gerais administrativas que serão executadas pela companhia. Haverá 
no mínimo três membros e seus suplentes, com mandatos de até três anos que 
podem ser reeleitos indeterminadas vezes. O CA é um órgão facultativo, salvo 
em três exceções, em que será órgão obrigatório: nas companhias abertas; nas 
sociedades de economia mista (S.A. em que o Estado é o acionista controlador); 
nas companhias com capital autorizado.
d. A Assembleia Geral Ordinária elege o CA, que, por sua vez, elege a Diretoria. 
Para ser conselheiro de administração, é necessário ser acionista. Até 1/3 dos 
membros do CA poderão cumular a função com a de Diretoria. Assim, podemos 
ter ao mesmo tempo Conselheiro e Diretor, desde que respeitado este limite de 
até 1/3 dos membros do CA.
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Exercício
32. É possível a participação no Conselho de Administração de pessoas não 
sócias? 
15. Acionista Controlador
15.1 Apresentação
O autor trata do tema sociedade anônima analisando o acionista controlador.
15.2 Síntese
a. Acionista controlador: ele elege os administradores de direito, orientando os 
órgãos da companhia. De acordo com o Art. 116 da Lei 6.404/1976, pode ser 
acionista controlador:
 » pessoa natural, pessoa física. Exemplo: Antônio Ermírio de Morais.
 » pessoa jurídica. Exemplo: Holdings.
 » acordo de voto; é um dos objetos do acordo de acionistas (Art. 118 da Lei 
6.404/1976). É contrato empresarial típico, nominado.
 » sob controle comum (panelinha): quando as pessoas agem de modo coinci-
dente, mas sem instrumento jurídico que as obrigue a tal.
b. A lei prevê três objetos para o acordo de acionistas: aquisição de ações; preferên-
cia na aquisição das ações (se um dos signatários do acordo vender as suas ações 
aos demais signatários, será dada preferência em face dos demais acionistas); 
acordo de voto: os acionistas se obrigam a comparecem em assembleia e votar 
de maneira coincidente, conjunta.
c. Quando houver acordo de voto e este for registrado na sede da companhia, passará 
a produzir seus dois efeitos: vincula a companhia, ela terá que dar cumprimento 
ao acordo, mesmo que a parte signatária do mesmo não o faça. E comporta a 
execução específica da obrigação, será desconsiderada aquela atuação contraria 
a obrigação, não há perdas e danos, mas cumprimento da obrigação assumida 
no acordo pela parte.
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d. Quem comprar ações vinculadas ao acordo de acionistas tem de permanecer 
a ele vinculado em sua atuação. Na ausência de um dos signatários do acordo 
de voto à Assembleia qualquer outro signatário do acordo poderá votar em seu 
nome, de acordo com o acordo de voto.
e. Incisos I e II, do Art. 116 da Lei 6.404/1976: titular de direito de voto que lhe as-
segure de modo permanente (ao menos três assembleias consecutivas) para que 
seja considerado controlador e tenha o direito de eleger os administradores. É a 
maioria em assembleia e não maioria do capital. Tem de usar efetivamente o seu 
poder de maioria para eleger os administradores e conduzir o funcionamento da 
companhia.
Exercício
33. Acordo de acionista arquivado na junta comercial vincula a companhia? 
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1. Transformação
1.1 Apresentação
O autor trata do tema centralização e descentralização empresarial analisando 
a transformação.
1.2 Síntese
a. O Capítulo X, subtítulo II, Título II do Código Civil, tem o seguinte título: da 
transformação, da incorporação, da fusão e da cisão das sociedades. No entanto, 
o referido capítulo não deu tratamento à cisão, que apenas é regulada pela Lei 
6.404/1976.
Capítulo 6
Concentração e 
Descentralização Empresarial
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b. A transformação é operação pela qual a sociedade passa de um tipo para outra 
sem dissolver-se, sem ser liquidada ou extinta; há apenas modifi cação do tipo so-
cietário. Como exemplo, uma sociedade em nome coletivo passa para sociedade 
anônima, ou sociedade anônima passa a ser sociedade em cota de participação. 
As sociedades se distinguem pela fração em que se divide o capital social e a 
responsabilidade dos sócios, com a transformação, essas duas características são 
alteradas.
c. Para que haja transformação de uma sociedade, o quórum será de unanimidade, 
toda transformação depende de aprovação por unanimidade dos sócios. O sócio 
que não concordar poderá ter a apuração de seus haveres e retirar-se da socie-
dade, salvo se tiver renunciado ao seu direito de retirada.
d. Há uma exceção ao quórum unânime de aprovação para a transformação e esta 
ocorre quando a transformação é prevista no instrumento de constituição da 
sociedade. A constituição da chamada “Sociedade Piloto” é muito comum na 
prática, em razão das difi culdades de constituição de uma sociedade anônima os 
empresários preferem constituir uma sociedade limitada e depois transformá-la 
em uma sociedade anônima. Os sócios já entram sabendo que aquela sociedade 
será transformada em S.A. no futuro, há a previsão no seu estatuto para essa 
transformação. Nesse caso, o quórum passa de unanimidade para maioria e há 
renúncia dos sócios ao direito de retirada.
e. A transformação não enseja em dissolução da sociedade, há apenas uma alteração 
do tipo societário. Não pode haver prejuízos aos credores, devem ser preservados 
os seus direitos. As obrigações contraídas antes da transformação permanecem 
ilimitadas quanto aos sócios da sociedade transformada.
Exercício
34. Na transformação há extinção da sociedade anteriormente existente? 
2. Incorporação, Fusão e Cisão
2.1 Apresentação
O autor trata do tema centralização e descentralização empresarial, analisando 
a incorporação, a fusão e a cisão.
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2.2 Síntese
a. Incorporação é a operação mais utilizada nos últimos anos, é regida pelo Art. 227 
da Lei 6.404/1976. Trata-se de operação pela qual uma sociedade é adquirida 
por outra que a substitui em todos os seus direitos e obrigações. Há sempre duas 
sociedades envolvidas: uma sociedade incorporadora e uma sociedade incorpo-
rada. A incorporadora vai absorver todos os direitos e obrigações da incorporada. 
Ela será sempre extinta, Art. 219, II da Lei 6.404/1976. A incorporadora per-
manece existindo, mas com um aumento em seu patrimônio; ela é sucessora 
universal nos direitos e obrigações da incorporada. Não pode haver prejuízo aos 
credores da sociedade incorporada.
b. A fusão é tratada no Art. 228 da Lei 6.404/1976, é operação pela qual duas ou 
mais sociedade se unem, se aglutinam para formar uma sociedade nova. São 
duas sociedades fundidas que vão se aglutinar formando uma sociedade nova, 
ambas fundidas são extintas com a fusão, há necessariamente a formação de 
uma nova sociedade. Essa nova sociedade é sucessora de diretos e obrigações 
das sociedades anteriores. Não pode haver prejuízo aos credores das fundidas, os 
direitos e obrigações de ambas serão agora da

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