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Octavio Mattasoglio Neto 1 2. APRESENTAÇÃO DO EQUIPAMENTO 01. COMANDOS DO EXPLORER - PASCO Quadro 1 – Teclas do Explorer da Pasco Liga e desliga Muda as telas Aciona e Interrompe a coleta de dados ou Muda a opção na tela selecionada Seleciona a opção de tela 02. TELAS Quadro 2 – Comandos e funções do Explorer da Pasco Telas Função Opções DATA (DATE) Apresenta a data (pode estar desatualizada) BATERIA (BATERY) Apresenta a situação de carga das pilhas de energia DADOS DE MEMÓRIA (DATA MEMORY) Indica o número de conjunto de dados da memória. Permite apagar os conjuntos de dados da memória Último conjunto de dados (Last data memory) Ultimo conjunto de dados coletado Todos os conjuntos de dados (All data memory) Todos os conjuntos de dados coletados Conjunto número ___ (#Set) O conjunto de dados cujo número foi escolhido TAXA DE AMOSTRAS (SAMPLE RATE) Escolhe a taxa de amostragem de dados REVER DADOS # (REVIEW SET #) Apresenta os dados coletados Posição Velocidade Aceleração Octavio Mattasoglio Neto 2 Octavio Mattasoglio Neto 3 3. ESTUDO DE MOVIMENTOS RETILÍNEOS Octavio Mattasoglio Neto 1. OBJETIVOS Determinar os parâmetros de movimentos de um carrinho em movimentos sobre um trilho horizontal Determinar os parâmetros de movimentos de um carrinho em movimentos sobre um trilho inclinado. 2. COLETA DE DADOS Coletar dados referentes a dois tipos de movimento: a) Num plano horizontal e; b) Num plano inclinado. As tabelas referentes a esses conjuntos de pontos deverão conter dados como indicado no exemplo da Tabela 1, que apresenta os dados do movimento de um carrinho num plano inclinado. Tabela 1 - Dados do movimento de um carrinho num trilho inclinado Ponto t(s) x(m) v(m/s) a(m/s2) 1 0,00 0,327 0,00 0,0 2 0,02 0,354 1,33 0,0 3 0,04 0,381 1,32 -0,4 4 0,06 0,407 1,31 -0,4 5 0,08 0,433 1,31 0,0 6 0,10 0,460 1,33 0,9 7 0,12 0,487 1,33 0,0 8 0,14 0,513 1,33 0,0 9 0,16 0,540 1,33 -0,4 10 0,18 0,566 1,33 0,4 11 0,20 0,593 1,33 0,0 12 0,22 0,620 1,32 -0,4 13 0,24 0,646 1,33 0,4 14 0,26 0,673 1,33 0,0 15 0,28 0,699 1,32 -0,4 16 0,30 0,726 1,33 0,4 17 0,32 0,753 1,32 -0,4 18 0,34 0,779 1,32 0,0 19 0,36 0,806 1,33 0,4 20 0,38 0,832 1,32 -0,4 Note que os dados das colunas são coerentes quanto ao número de casas decimais, ou seja, o tempo tem duas casas decimais, medido até centésimos, a posição três casas decimais, medida até milésimo. Octavio Mattasoglio Neto 4 ESTUDO DO MOVIMENTO NUM PLANO HORIZONTAL TURMA 1º DATA ____/03/2013 NOTA RA NOME Tabela 2 – Dados do movimento de um carrinho num trilho horizontal Ponto t (s) x (m) v (m/s) a (m/s2) 1 C 2 0,05 3 0,10 4 0,15 5 0,20 6 0,25 7 0,30 8 0,35 9 0,40 10 0,45 11 0,50 12 0,55 13 0,60 14 0,65 15 0,60 16 0,75 17 0,80 18 0,85 19 0,90 20 0,95 21 1,00 22 1,05 23 1,10 24 1,15 Obs.: Taxa de amostragem de 20 Hz Octavio Mattasoglio Neto 5 3. TRATAMENTO DOS DADOS 1) Construa para o movimento no plano horizontal, em papel milimetrado, os gráficos horários. a) Da posição; b) Da velocidade; c) Da aceleração. Veja o exemplo 1, sobre a construção de gráficos em papel milimetrado. 1. A partir do gráfico horário da aceleração, determine o valor da aceleração para o movimento. 2. A partir do gráfico horário da velocidade, determine o valor da velocidade para o movimento. 3. A partir do gráfico horário da posição, determine a equação horária para o movimento. Octavio Mattasoglio Neto 6 ESTUDO DO MOVIMENTO NUM PLANO INCLINADO TURMA 1º DATA ____/03/2013 NOTA RA NOME Tabela 3 – Dados do movimento de um carrinho num trilho inclinado Ponto t (s) x (m) v (m/s) a (m/s2) 1 0,0 2 0,1 3 0,2 4 0,3 5 0,4 6 0,5 7 0,6 8 0,7 9 0,8 10 0,9 11 1,0 12 1,1 13 1,2 14 1,3 15 1,4 16 1,5 17 1,6 18 1,7 19 1,8 20 1,9 21 2,0 22 2,1 23 2,2 24 2,3 Obs.: Taxa de amostragem de 10 Hz Octavio Mattasoglio Neto 7 4. TRATAMENTO DOS DADOS 1) Construa para o movimento no plano inclinado, em papel milimetrado, os gráficos horários. d) Da posição; e) Da velocidade; f) Da aceleração. Veja o exemplo 1, sobre a construção de gráficos em papel milimetrado. 1. A partir do gráfico horário da aceleração, determine o valor da aceleração para o movimento. 2. A partir do gráfico horário da velocidade, determine a equação horária da velocidade para o movimento. 3. A partir do gráfico horário da posição, determine a equação horária da posição o movimento. 4. Compare os valores obtidos a partir dos três gráficos. Octavio Mattasoglio Neto 8 GRÁFICOS DE VARIÁVEIS DEPENDENTES 01. INTRODUÇÃO A representação de grandezas ou relação entre grandezas em gráficos é muito utilizada em diversas ciências, por permitir uma compreensão rápida do fenômeno que se está estudando, bem como, a comparação entre fenômenos. Como exemplo pode-se tomar a posição de um corpo que oscila preso a uma mola. O "vai e vem" do corpo em função do tempo é representado graficamente por: GRÁFICO 1 - Posição em função do tempo de um corpo que oscila preso a uma mola. O GRÁFICO 1 indica que para instantes de tempo cada vez maiores, a posição ocupada pelo corpo ora aumenta, afastando-se do zero da origem, ora diminui, aproximando-se da origem e até ultrapassando esta posição de equilíbrio assumindo posições negativas. Outro exemplo é o da posição de um corpo, em queda livre, em relação ao tempo. A posição do corpo aumenta cada vez mais rapidamente com o aumento do tempo. Graficamente tem-se: GRÁFICO 2 - Posição em função do tempo de um corpo em queda livre. -1,5 -1 -0,5 0 0,5 1 1,5 0 2 4 6 8 t(s) x(m) 0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 0 5 10 15 20 t(s) x(m) Octavio Mattasoglio Neto 9 A leitura de um gráfico é algo relativamente simples, mas requer certa familiarização com seus elementos e conhecimento do fenômeno que ele descreve. Para podermos trabalhar com facilidade com gráficos, vamos definir, a seguir, seus elementos e como utilizá-los na relação entre grandezas. DEFINIÇÃO DA REPRESENTAÇÃO CARTESIANA Seja uma função de uma variável independente x indicada pela relação y = f(x) e um plano cartesiano constituído pelos eixos Ox e Oy perpendiculares entre si. Cada par ordenado (x; y) obtido através da função y = f(x) tem como representação no plano cartesiano um ponto P de abscissa x e ordenada y, isto é, o lugar geométrico dos pontos p(x,y) constitui o gráfico da função y = f(x). Ilustração 1 – Representação da função y = f(x) 02. ORIENTAÇÕES PARA CONSTRUÇÃO DE GRÁFICOS EM PAPEL MILIMETRADO a) Tamanho do papel Não é necessário utilizar toda a folha de papal milimetrado para representar um gráfico. Deve-se utilizar apenas a área suficiente para representar o gráfico de modo claro e objetivo. b) Número e título do gráfico Todo gráfico deve ser numerado e ter umtítulo que identifique as grandezas que relaciona além de explicitar a que fenômeno está associado. O título deve ser indicado acima do gráfico, com letra menor que a utilizada no texto. Se o texto está digitado em Times New Roman 12, a letra da legenda deve ter corpo 11. O título deve ser alinhado à borda esquerda da figura. c) Identificação das grandezas nos eixos coordenados Devem-se identificar as grandezas representadas nos eixos, com eventuais fatores multiplicativos, e a unidade da grandeza indicada. A unidade adotada para um eixo independe daquela adotada para o outro eixo. P x y P Px Py Octavio Mattasoglio Neto 10 OBSERVAÇÃO: Não se coloca setas indicando o sentido de variação positiva da grandeza que indica. d) Escalas nos eixos As escalas nos eixos devem ser escolhidas de modo a distribuir os pontos a serem representados por toda a extensão do eixo utilizado. Para representar os valores nos eixos deve-se escolher uma coleção de valores coerentes com aqueles experimentais que serão representados, com espaçamento regular e de preferência inteiro. Por exemplo, os pontos experimentais do gráfico da Ilustração 1, são representados na Tabela 5. Ao lado, são indicados os valores adotados nos eixos Ox e Ou. Tabela 4 - Posição em função do tempo de um carrinho em um trilho horizontal Tempo (s) Posição (m) 0,00 0,215 0,05 0,265 0,10 0,312 0,15 0,360 0,20 0,408 0,25 0,456 0,30 0,504 0,35 0,551 0,40 0,599 0,45 0,647 0,50 0,694 0,55 0,742 0,60 0,789 0,65 0,837 Obs.: Taxa de amostragem do sensor 20 Hz Valores indicados na escala do eixo Ox: 0,00; 0,10; 0,20; 0,30; ... Valores indicados na escala do eixo Oy: 0,000; 0,100; 0,200; 0,300; 0,400; 0,500, 0,600, ... Vide Ilustração 1. Note que os valores medidos, que serão representados no gráfico, não devem ser explicitados nos eixos, a menos que um dos pontos mereça destaque dentre os que fazem parte da coleção de dados. Para que se tenha uma fácil representação e leitura de pontos, é conveniente que a escolha da menor divisão seja de múltiplos de 1, 2 ou 5, podendo ser representado por potências de 10. Por exemplo: Inconveniente, x é de difícil leitura. Inconveniente, x é de difícil leitura. O valor de x é de fácil leitura, x = 5,2. x x x 0 0 0 3,33 2,5 2 10 10 10 Octavio Mattasoglio Neto 11 e) Origem Quando possível um gráfico deve apresentar a origem dos seus eixos. Em alguns casos, no entanto, os pontos são próximos entre si e distantes da origem de modo que é difícil seguir esta orientação, podendo não ser observada. Ilustração 2 – Detalhes na construção de um gráfico em papel milimetrado. GRÁFICO 3 - Posição em função do tempo no movimento horizontal de um carrinho f) Legenda Quando num mesmo gráfico tiver a representação de mais de um conjunto de dados, deve-se utilizar legenda que identifique cada um dos conjuntos representados. g) Barras de incerteza As grandezas experimentais obtidas com incertezas devem ser representadas nos gráficos mostrando suas incertezas. Para isso, utiliza-se barras de incertezas também chamadas de barras de erros. Estas barras têm as dimensões dos erros obtidos experimentalmente de acordo com a escala adotada no eixo. Geralmente representam-se os erros Identificação do eixo Identificação do eixo Título alinhado à margem esquerda da figura. Numerado em ordem crescente Eixos com escalas regulares Octavio Mattasoglio Neto 12 somente na grandeza vertical, transferindo-se para este eixo os erros das grandezas do eixo das abscissas. h) Tipo de papel O papel mais comumente utilizado para a representação de gráficos é o papel milimetrado, porém, pode-se utilizar também o papel dilog e monolog. Na área da folha de gráfico não se devem ser realizados representações de cálculos ou outras anotações além daquelas acima explicitadas. 03. GRÁFICOS LINEARES Nos gráficos lineares a representação da relação entre duas grandeza físicas é uma reta. Esse tipo de gráfico apresenta interesse particular porque através deles podem-se obter, facilmente, informações quantitativas importantes sobre o fenômeno estudado. Um dos problemas iniciais na construção de um gráfico linear, além de todos os detalhes acima enunciados, é a escolha da melhor reta que representa aqueles pontos experimentais. Existem algumas técnicas que permitem obter com bastante rigor matemático a melhor reta. Nesse momento, porém, não faremos um tratamento tão sofisticado. Numa aproximação bastante simples, a melhor reta para um conjunto de pontos experimentais é aquela que representa a tendência dos pontos passando ao longo deles e os distribui, de modo simétrico, os pontos ao seu redor. Essa reta deve ainda ser tal que passe pelo maior número de barras de incerteza possível, dos pontos expressos no gráfico. Numa função linear b ax y , a e b representam respectivamente o coeficiente angular e o coeficiente linear da função e podem ser obtidos do gráfico y em função de x de modo bastante simples. Fígura 1 – Indicação para obtenção dos coeficientes linear e angular da Função y = ax + b O coeficiente linear b é o valor correspondente no eixo y a x = 0, ou seja onde a reta corta o eixo y. O valor a, que é o coeficiente angular da reta, é obtido por: y x X2 Y2 P Y1 b X1 a Octavio Mattasoglio Neto 13 12 12 xx yy a Eq 4.1 Octavio Mattasoglio Neto 14 04. EXEMPLOS DE CONSTRUÇÃO DE GRÁFICOS Exemplo 1 – Construção de gráfico, e obtenção de parâmetros, em papel milimetrado. Vamos obter o gráfico horário da posição, construído em papel milimetrado, para o movimento de um carrinho num plano horizontal. Os dados do movimento estão indicados na Tabela 5 - Posição em função do tempo de um carrinho em um trilho horizontal Tempo (s) Posição (m) 0,00 0,215 0,05 0,265 0,10 0,312 0,15 0,360 0,20 0,408 0,25 0,456 0,30 0,504 0,35 0,551 0,40 0,599 0,45 0,647 0,50 0,694 0,55 0,742 0,60 0,789 0,65 0,837 Obs.: Taxa de amostragem do sensor: 20 Hz Figura 1: Posição em função do tempo no movimento horizontal de um carrinho Determinando-se dois pontos A (0,225 em t e 0,430 em x) e B (0,425 em t e 0,670 em x), é possível obter os coeficientes angular e linear da reta: Octavio Mattasoglio Neto 15 O coeficiente linear é 210,0b m210,0x0 Coeficiente angular t x a 2/2,1 sma Portanto a equação da reta será: vtxx 0 t2,1210,0x Octavio Mattasoglio Neto 16 Exemplo 2 – Construção de gráfico e obtenção de parâmetros no Excel Represente graficamente os dados da Tabela 6, e determine os coeficientes angular e linear da reta. Tabela 6 – Posição e tempo para o movimento de um carrinho num plano horizontal t(s) x(m) 0,00 0,327 0,02 0,354 0,04 0,381 0,06 0,407 0,08 0,433 0,10 0,460 0,12 0,487 0,14 0,513 0,16 0,540 0,18 0,566 0,20 0,593 0,22 0,620 0,24 0,646 0,26 0,673 0,28 0,699 0,30 0,726 0,32 0,753 0,34 0,779 0,36 0,806 0,38 0,832 Gráfico 4 – Posição em função do tempo para um carrinho em movimento num plano horizontal O coeficiente linear é b = 0,320 x0 = 0,320 m O coeficiente angular é dado por:30,1 09,036,0 450,0800,0 12 12 tt xx a v = 1,30 m/s Assim, a equação da reta é: tx 30,1320,0 (m,s). 0,000 0,100 0,200 0,300 0,400 0,500 0,600 0,700 0,800 0,900 0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 t (s) x (m) x0 0 x t Octavio Mattasoglio Neto 17 EXERCÍCIO – GRÁFICOS MRU E MRUV – LAB. FÍSICA 1 – FAENG/FSA - 2016 Número Nome Turma Data: Nota: Exercícios 02, 03, 10, 13, 16, 32 e 56 do cap. 2 do Halliday e Resnick. 6ª ed. 1. (2-Halliday e Resnick) A fig.2.13 fornece a velocidade de uma partícula que se move em um eixo x. Quais são os sentidos (a) inicial e (b) final de viagem? (c) A partícula para momentaneamente? (d) A aceleração é positiva ou negativa? (e) Ela é constante ou esta variando? 2. (3-Halliday e Resnick) A fig.2.14 fornece a aceleração a (t) de um Chihuahua enquanto ele persegue um pastor alemão ao longo de um eixo. Em qual (ou quais) dos períodos de tempo indicados o Chihuahua se move com velocidade contante? Em qual (ou quais) trechos se move com velocidade variando uniformemente? 3. (10E-Halliday e Resnick) O gráfico da fig.2.17 se refere a um tatu que sai correndo para a esquerda (sentido negativo de x) exatamente na direção de um eixo x. a. Quando o animal está à esquerda da origem do eixo? b. Quando a velocidade é negativa? c. Quando a velocidade é positiva? d. Quando a velocidade é zero? 4. (13P-Halliday e Resnick) Que distancia o corredor cujo gráfico velocidade-tempo é mostrado na fig. 2.18 percorre em 16 s? Octavio Mattasoglio Neto 18 5. (16E-Halliday e Resnick) Uma avestruz assustada se move em linha reta com velocidade descrita pelo gráfico velocidade- tempo da fig. 2.19. Faça um esboço da aceleração versus tempo. 6. (32E-Halliday e Resnick) A fig.2.21 representa o movimento de uma partícula que se move ao longo de um eixo x com uma aceleração constante. Quais são o modulo e o sentido da aceleração da partícula? 7. (56p-Halliday e Resnick) Uma bala é disparada verticalmente para cima da superfície de um planeta de um sistema solar distante. Mostra-se um gráfico de y contra t para a bala na fig.2.23, onde y é a altura da bala acima do seu ponto de partida e t=0 no instante em que a bala é disparada. Quais são os módulos da (a) aceleração de queda livre no planeta e (b) a velocidade inicial da bala? Fonte: Halliday e Resnick. 6ª ed.
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