Buscar

RESP SOCIAL X FILANTROPIA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

18
Resumo
Este artigo traz conceitos relacionados à ética e
ética empresarial, responsabilidade social
corporativa e filantropia, da maneira como estão
sendo compreendidos e aplicados por empresári-
os, especialistas, e pelo mundo acadêmico. Apre-
senta algumas ferramentas para avaliar o grau
de responsabilidade social das empresas, e, com
maior destaque, o balanço social. Discorre sobre
a Certificação Social, que está começando a ser
utilizada pelas organizações brasileiras.
Responsabilidade social é a maneira de condu-
zir os negócios na forma de uma parceria em-
presa-comunidade onde a empresa é co-respon-
sável pelo desenvolvimento social da comuni-
dade. Responsabilidade social não é sinônimo
de filantropia, mas representa a sua evolução
ao longo do tempo. Enquanto a filantropia trata
das ações de benemerência da empresa por meio
de participações em campanhas isoladas ou do-
ações aleatórias que faz a instituições sociais, o
conceito de responsabilidade social possui uma
amplitude muito maior. Ao exercer a responsa-
bilidade social corporativa, a empresa coloca
todos os seus produtos, serviços e seus recursos
financeiros a serviço da comunidade, tornando-
se co-responsável, juntamente com o poder pú-
blico, por seu desenvolvimento.
Serão utilizados, neste artigo, os termos respon-
sabilidade social empresarial, responsabilidade
social corporativa ou responsabilidade social nos
negócios, querendo sempre significar a respon-
sabilidade social das empresas ou organizações.
Palavras-chave: responsabilidade social,
filantropia, balanço social.
Abstract
This article deals with concepts regarding
Responsabilidade social ou filantropia?
Elenice C. Roginski M. Santos
corporate social responsibility and philantropy,
as they are being understood and practiced by
entrepreuneurs, specialists, and the academy.
Herein are presented some tools used to evaluate
corporate social responsibility, especially
underlining the so-called “Social Balance
Sheet”. This article also presents the “Social
Certification”, which is a new concept within
Brazilian organizations.
Social responsibility means running business
aiming at building partnerships between
organization and community so that the
organization is partly responsible for the
development of the community. Philanthropic
actions were the first step towards corporate
social responsibility. Philanthropy and social
responsibility have different meanings. Whilst
philantropy deals with charity actions promoted
by the company, such as participating in isolated
campaigns or random donations to charity
organizations, the concept of social
responsibility is broader. In performing its so-
cial responsibility, an organization uses all its
products, services and financial resources to
promote the community’s well-being. The
company, jointly with the Government, becomes
co-responsible for the development of the
community. In the article, the terms “social
responsibility in business” and “corporate soci-
al responsibility” shall be used in the sense of
“an organization’s social responsibility for the
community”.
Key words: social responsibility, philanthropy,
“social balance sheet”.
Introdução
É possível que, no futuro, os nossos tem-
pos sejam lembrados como a época em que o
homem definitivamente reconheceu a limitada
responsabilidade
social não é
sinônimo de
filantropia, mas
representa a
sua evolução
ao longo do
tempo
Sanare. Revista Técnica da Sanepar, Curitiba, v.20, n.20, p. 18-27, jul./dez. 2003
19
o lucro como
indicativo de
empresa de
sucesso não é
mais uma
verdade
absoluta
capacidade de recuperação do meio ambiente, e
entendeu que o progresso tecnológico e a exis-
tência de empresas eficientes e lucrativas não
representam o desenvolvimento sustentável de
uma sociedade. Hoje, o lucro como indicativo
de empresa de sucesso não é mais uma verdade
absoluta, a menos que venha acompanhado do
fortalecimento dos vínculos comerciais e soci-
ais da empresa.
No cenário econômico nacional e mundial
o quadro social atual é preocupante. Particular-
mente no Brasil, a estrutura social se caracteriza
por uma série de iniqüidades distributivas. Jun-
ta-se a pobreza estrutural, que se caracteriza por
déficits de infra-estrutura, com a pobreza de ca-
pacidade de geração de recursos e produção de
riqueza. Além da distância entre o desempenho
econômico e a situação social, tem-se um grande
contraste interno: o IDH1 do Brasil, igual a 0,777,
está em 65.o lugar dentre os 175 países da ONU,
conforme o Instituto de Pesquisas Econômicas
Aplicadas (2003); no entanto, o IDH do estado
de Santa Catarina é equivalente ao 45.o mundial,
próximo de países como o Chile, enquanto que o
IDH do Maranhão é bastante inferior à média
nacional e equivale à 123.a posição na escala
mundial (FRIGOLETTO, 2003).
Para mudar esse quadro de déficits e desi-
gualdades será necessário um elevado grau de
maturidade social, formado por pessoas
engajadas em ações sociais e por empresas so-
cialmente responsáveis.
Para ASHLEY (2002), a responsabilida-
de para com o próximo é também um valor cul-
tural. No Brasil, é bastante difundida a lei de
Gerson, que estimula as pessoas a levar vanta-
gem em tudo. Assim, no país do jeitinho, existe
um conflito entre os valores culturais da inte-
gridade e o oportunismo. Entretanto, cultura é
algo dinâmico e as sociedades se transformam.
Pode-se estar presenciando o crescimento de
uma nova cultura no Brasil: a cultura da res-
ponsabilidade social empresarial e da respon-
sabilidade social dos cidadãos. Isto significa,
segundo a autora, que novos padrões éticos e
novos valores culturais estão sendo assimilados
pela sociedade e no mundo dos negócios.
O Brasil passou por uma série de crises de
identidade no século passado e a lei de Gérson
fez parte de uma época em que se acreditou que:
herdamos dos escravos a aversão ao trabalho,
dos índios a preguiça, e que os imigrantes re-
cém-chegados eram uma mão-de-obra muito
melhor do que a nacional. A lei de Gérson sim-
bolizou a falta de ética do povo brasileiro. Se-
gundo a lei de Gerson, o mundo é dos espertos,
e o malandro brasileiro era aquele que sempre
se dava bem com pouco esforço.
Hoje, a idéia de que somos um povo tra-
balhador, que produz, que ajuda, respeita e con-
fia no próximo, parece estar sendo absorvida
pela população brasileira. Dirigentes, clientes,
e a sociedade em geral, já estão se preocupando
em avaliar o grau com que a responsabilidade
social está sendo exercida por uma empresa, e a
sociedade começa a ter expectativas com rela-
ção à responsabilidade das empresas com quem
se relacionam. As empresas estão cada vez sen-
do mais cobradas para que deixem transparente
aos consumidores a sua preocupação com a
comunidade e o que estão fazendo de concreto.
Para medir o grau de desenvolvimento eco-
nômico de uma nação existe um grande número
de indicadores. Pode-se conhecer o grau de
maturidade política de um país pela forma com
que são realizadas eleições e pela liberdade de
expressão existente. Para avaliar o grau de ma-
turidade social de uma nação também existem
indicadores, dentre eles o índice de alfabetiza-
ção da população, renda média, e o próprio IDH,
dentre outros. Mas, como avaliar o nível de
maturidade social das empresas?
Revisão bibliográfica
Ética
A questão da ética empresarial é impor-
tante e delicada, e já existe o profissional encar-
regado de cuidar da ética da empresa, o
deontologista (MAIA, 2002). Isto porque os
1 O IDH é um indicador rápido do estado de desenvolvimento humano. Foi introduzido pelo Programa das Nações Unidas para
o Desenvolvimento (PNUD, ou UNDP em inglês), em 1990, a partir de indicadores de educação: alfabetização e taxa de
matrícula, longevidade: esperança de vida ao nascer, e renda: PIB per capita. (United Nations Development Programme, 2003)Sanare. Revista Técnica da Sanepar, Curitiba, v.20, n.20, p. 18-27, jul./dez. 2003
20
a declaração
dos valores
éticos da
organização dá
o suporte
necessário para
que os
empregados
tomem
decisões
alinhadas com
os valores com
que estão
comprometidos
conceitos de ética e ética nos negócios são o
fundamento da atuação responsável de uma em-
presa. São a base do comportamento moral, do
julgamento do que é certo e o que é errado, e
dos padrões de conduta em uma sociedade.
Uma definição de ética, segundo MANK-
KALATHIL e RUDOLF (1995), poderia ser o
perfeito entendimento do que é o bem comum e
quais os padrões de conduta necessários para
alcançá-lo. O termo “padrões éticos” é usado
pelos autores para estabelecer a conformidade
com padrões aceitáveis de conduta. Deve-se ter
em mente que os padrões aceitáveis de conduta
são diferentes em cada sociedade, em função
principalmente dos valores e costumes adotados
por essa sociedade, e seria impossível criar um
único padrão de procedimento ético para as em-
presas em todo o mundo. No entanto, algumas
normas de ética são comuns à grande maioria,
como honestidade, integridade e lealdade.
Sobre a ética, escreveu HUMBERTO ECO
“que o fundamento para o comportamento éti-
co, produto de crescimento milenar, é o reco-
nhecimento do papel das outras pessoas e da
necessidade de respeitar nelas aquelas exigên-
cias que para nós são inabdicáveis”. (INSTI-
TUTO ETHOS, 2002b).
Por outro lado, para DUBRIN (1998, p.
34) ética nos negócios é um conceito estrito,
relativo a comportamento e moralidade. Define
ético como “o resultado da obrigação moral, ou
da separação do que é certo e do que é errado”.
Cita como exemplo de atitude antiética uma
empresa usar de suborno para obter um contra-
to junto ao governo.
As discussões sobre a ética das corpo-
rações traz aos executivos em todo o mundo a
antiga pergunta: “Se é legal, isso quer dizer que
é ético?” O foco acaba caindo no julgamento do
que é certo ou moral e o que é errado e imoral.
No entanto, o aspecto legal, segundo
MANKKALATHIL e RUDOLF (1995), é ape-
nas uma subcategoria da questão ética, e, uma
das mais inferiores no contexto das teorias de
ética predominantes no ocidente nos dias de hoje.
Afirmam que a dificuldade de se discutir pa-
drões de ética vem da falta de um padrão uni-
versal para definir uma ação social.
Segundo ASHLEY (2002) os argumen-
tos a favor da responsabilidade social
corporativa dividem-se em conceitos éticos e
instrumentais. Os conceitos éticos se referem
ao comportamento segundo normas existentes
e preceitos religiosos, sobre o que é uma ação
correta e moral. Na linha instrumental, os ar-
gumentos a favor da responsabilidade social
da empresa se baseiam na avaliação positiva
que existe do desempenho econômico da em-
presa como conseqüência de sua atuação soci-
al. Para a autora, são muitas as interpretações
da expressão responsabilidade social, e para
alguns o aspecto legal é o mais relevante e re-
presenta um dever fiduciário; para outros é uma
função social da empresa, e há quem conside-
re responsabilidade social um comportamento
eticamente responsável.
Estabelecer os valores éticos de uma em-
presa pode ajudá-la a criar relações sólidas com
os seus acionistas, fornecedores, clientes, en-
fim, todos os seus parceiros, além de ajudá-la a
cumprir a lei, a reduzir os conflitos internos e o
número de processos legais. A declaração dos
valores éticos da organização dá o suporte ne-
cessário para que os empregados tomem deci-
sões alinhadas com os valores com que estão
comprometidos.
Filantropia e Responsabilidade Social
Filantropia é uma ação de caridade dirigida
à comunidade, desvinculada do planejamento es-
tratégico da empresa.
Para MAIA (2002), a filantropia difere de
responsabilidade social basicamente porque
filantropia é uma ação social, seja praticada iso-
ladamente ou sistematicamente, e nada diz sobre
a visão da empresa e sobre o planejamento es-
tratégico de sua atuação social. MAIA enfatiza
o que não é responsabilidade social: ações espo-
rádicas, doações e outros gestos de caridade não
vinculados à estratégia empresarial.
Diferem também quanto à divulgação,
porque na filantropia não se procura associar a
imagem da empresa com a ação social, e nos
compromissos de responsabilidade social exis-
te transparência na atuação da empresa para
multiplicar as iniciativas sociais. (MOROSINI;
ARAUJO, 2002)
Segundo GRAJEW (2001), o conceito de
Sanare. Revista Técnica da Sanepar, Curitiba, v.20, n.20, p. 18-27, jul./dez. 2003
21
a
responsabilidade
social
preconiza que
as empresas
possuem
deveres para
com a
sociedade
responsabilidade social está se ampliando, pas-
sando de filantropia, a relação socialmente
compromissada da empresa com a comunida-
de, para abranger todas as relações da empresa:
com seus funcionários, clientes, fornecedores,
acionistas, concorrentes, meio ambiente e orga-
nizações públicas e estatais. Da mesma forma
ASHLEY (2002) acredita que responsabilida-
de social é um conceito ainda em construção.
O Instituto Ethos de Empresas e Responsa-
bilidade Social (2002a), reconhecida instituição
brasileira que se dedica à disseminação da práti-
ca da responsabilidade social empresarial, expli-
ca a diferença entre responsabilidade social e
filantropia: “A filantropia trata basicamente da
ação social externa da empresa, tendo como
beneficiário principal a comunidade em suas di-
versas formas (conselhos comunitários, organi-
zações não-governamentais, associações comu-
nitárias etc.)”. Sobre a responsabilidade social,
explica, esta faz parte do planejamento estratégi-
co da empresa, é instrumento de gestão: “A res-
ponsabilidade social foca a cadeia de negócios
da empresa e engloba preocupações com o pú-
blico maior (acionistas, funcionários, prestadores
de serviço, fornecedores, consumidores, comu-
nidade, governo e meio ambiente), cujas deman-
das e necessidades a empresa deve buscar enten-
der e incorporar em seu negócio. Assim, a res-
ponsabilidade social trata diretamente dos negó-
cios da empresa e como ela os conduz”.
Segundo DUBRIN (1998), está surgindo
uma nova concepção de empresa, a empresa
socialmente responsável, que tem como objeti-
vo atender a uma demanda da sociedade, e a
atuação social das organizações torna-se o ele-
mento propulsor do desenvolvimento sustentá-
vel da nação. Para o autor, a responsabilidade
social é um conceito mais amplo, que vai além
da ética e se refere a todo o impacto que a atu-
ação da empresa tem sobre a sociedade e o meio
ambiente. A responsabilidade social preconiza
que as empresas possuem deveres para com a
sociedade, além de suas obrigações econômicas
junto aos proprietários e acionistas, e também
além das obrigações legais ou contratuais.
Para CERTO E PETER (1993, p. 21)
“responsabilidade social é a obrigação admi-
nistrativa de tomar atitudes que protejam e
promovam os interesses da organização junta-
mente com o bem-estar da sociedade como um
todo”, e complementam: “reconhecer que tais
obrigações existem, tem necessariamente, um
impacto sobre o processo de administração es-
tratégica”.
REA e KERZNER (1997) afirmam que a
responsabilidade social é um ativo intangível,
embora seja considerada um ativo tangível por
alguns, e que pode incluir temas desde a prote-
ção ambiental até a defesa do consumidor. Fa-
zendo uma alusão aos impactos que a respon-
sabilidade social traz a uma empresa, afirmam
que a responsabilidade social pode transformar
um desastre em uma vantagem competitiva para
a organização. Entretanto, a imagem da empre-
sa pode ficar arranhada se não souber agir com
responsabilidade social.
MELO NETO e FROES (2001), por sua
vez, sugerem que a responsabilidade social pode
ser vista como uma prestação de contas da em-
presa para com a sociedade, uma vez que os
recursos que aorganização consome fazem parte
do “patrimônio da humanidade”, ao utilizá-los,
a empresa contrai uma dívida para com a soci-
edade.
CERTO e PETER (1993) descrevem as
partes interessadas em um negócio, para quem
a empresa tem obrigações e responsabilidades:
- os acionistas ou proprietários, para quem de-
vem aumentar o valor da empresa;
- os fornecedores de materiais e revendedores
de produtos;
- os emprestadores de capital, para reembolsá-los;
- as agências do governo e a sociedades, para
obedecer as leis;
- os grupos políticos, para considerar seus ar-
gumentos;
- os empregados e sindicatos, para garantir am-
bientes seguros de trabalho e reconhecer seus
direitos;
- os consumidores, para fornecer e comercializar
eficientemente produtos seguros;
- os concorrentes, para evitar práticas que des-
virtuem o comércio;
- a comunidade local e a sociedade como um
todo, para evitar práticas que prejudiquem o
ambiente.
MELO NETO e FROES (2001, p.100) pro-
Sanare. Revista Técnica da Sanepar, Curitiba, v.20, n.20, p. 18-27, jul./dez. 2003
22
a
responsabilidade
social utilizada
como
ferramenta de
gestão pode ser
ainda um
elemento
motivador do
corpo funcional
puseram o seguinte conceito de empresa- cidadã:
“Uma empresa-cidadã tem no seu compromisso
com a promoção da cidadania e o desenvolvi-
mento da comunidade os seus diferenciais com-
petitivos. Busca, desta forma, diferenciar-se dos
seus concorrentes assumindo uma nova postura
empresarial – uma empresa que investe recursos
financeiros, tecnológicos e de mão-de-obra em
projetos comunitários de interesse público”. A
empresa-cidadã cria uma imagem de excelência
por sua atuação junto à sociedade, que se reflete
em aumento da confiança, do respeito e da admi-
ração de seus consumidores.
Segundo a Business for Social Respon-
sibility (BSR), organização sediada nos Esta-
dos Unidos que forma parcerias com empresas
para o sucesso comercial com responsabilidade
social, a responsabilidade corporativa ajuda
empresas nos seguintes aspectos:
- facilita o acesso ao capital de investidores;
- aumenta as vendas e reforça a visibilidade da
marca;
- atrai e mantém uma força de trabalho produtiva;
- ajuda a gerenciar riscos;
- facilita a tomada de decisões.
A gestão da responsabilidade social ocor-
re em duas dimensões, basicamente, segundo
MELO NETO e FROES (2001): a responsabi-
lidade social interna e a responsabilidade social
externa à empresa. Enquanto a responsabilida-
de interna tem como foco os funcionários da
empresa e suas famílias, a dimensão externa está
relacionada com a responsabilidade da empre-
sa para com a comunidade onde está inserida e
a sociedade como um todo. Atuando em ambas
as dimensões a empresa exerce a sua cidadania
empresarial e torna-se uma empresa-cidadã.
Todas as partes interessadas no negócio, que
são a interface da empresa com a sociedade,
estão presentes em uma das dimensões.
A responsabilidade social interna é consi-
derada por MELO NETO e FROES (id.) como
uma prioridade inquestionável sobre a atuação
de responsabilidade externa. Justificam sua po-
sição afirmando que ao privilegiar ações exter-
nas em detrimento de benefícios ao quadro fun-
cional cria-se descontentamento, ansiedade e
desmotivação.
Da mesma forma, a professora MARIA
CECÍLIA COUTINHO ARRUDA, citada por
ASHLEY (2002), acredita que é incoerente a
empresa desenvolver grandes projetos
assistenciais para a comunidade e não tratar bem
seus funcionários.
Uma empresa responsável é aquela que
ouve os interesses de todos o segmentos da so-
ciedade, como acionistas, funcionários, forne-
cedores, prestadores de serviços, consumidores,
comunidade, governo e meio ambiente, e busca
atendê-los. A empresa socialmente responsável
não atende somente as demandas de seus acio-
nistas ou proprietários, mas de todos os agentes
com quem interage.
A responsabilidade social utilizada
como ferramenta de gestão pode ser ainda
um elemento motivador do corpo funcional.
A imagem de empresa-cidadã está sendo cada
vez mais percebida e valorizada pelos clien-
tes e consumidores, e ainda está sendo im-
portante para atrair e manter uma força de
trabalho produtiva. ROCHA, no artigo Por
uma boa causa: Quer trabalhar bem e ain-
da cuidar de sua carreira? O caminho é tra-
balhar em uma empresa socialmente respon-
sável, aborda o aspecto de motivação dos
próprios funcionários em conseqüência da
atuação responsável da empresa. Rocha afir-
ma que muitos profissionais hoje buscam
fazer alguma diferença na vida das pessoas,
além de obter o sucesso na carreira (RO-
CHA, 2001).
Como medir a Responsabilidade
Social Corporativa
Segundo CERTO e PETER (1993) não
existe consenso sobre o significado exato de res-
ponsabilidade social e do grau ideal, ou míni-
mo, da responsabilidade de uma empresa.
Para ASHLEY (2002), as empresas estão
sentindo a necessidade de utilizar um modelo
conceitual e analítico para avaliar a sua respon-
sabilidade social, e evidentemente, diversas
abordagens conceituais levam a um grande nú-
mero de metodologias operacionais.
Dentre elas, MELO NETO e FROES
(2001) propõem uma matriz para avaliar o ní-
vel de responsabilidade social de uma empresa.
Utiliza-se uma escala de 0 a 3 para avaliar cada
Sanare. Revista Técnica da Sanepar, Curitiba, v.20, n.20, p. 18-27, jul./dez. 2003
23
a empresa pode
definir sua
estratégia de
atuação
privilegiando as
atividades de
maior nível de
agregação de
valor social
um dos seguintes vetores de responsabilidade
social:
- grau de apoio ao desenvolvimento da comuni-
dade;
- grau de investimento na preservação do meio
ambiente;
- grau de investimento no bem-estar dos funcio-
nários e de seus dependentes;
- grau de investimento na criação de um ambi-
ente de trabalho agradável;
- grau de transparência das comunicações den-
tro e fora da empresa;
- grau de retorno aos acionistas;
- grau de sinergia com os parceiros, grau de sa-
tisfação dos clientes e/ou consumidores.
Com referência à gestão de uma organiza-
ção que cumpre todos os requisitos legais, é
oportuno lembrar que segundo ARRUDA, ci-
tada por ASHLEY (id.), a lei tem brechas que
permitem injustiças sociais.
ASHLEY (2002) apresenta ainda outros
modelos existentes para analisar a responsabi-
lidade social corporativa. Entre eles, o modelo
proposto por Ederle e Tavis propõe três níveis
de desafios éticos a serem enfrentados pela em-
presa:
- nível 1, a empresa atende aos requisitos éticos
mínimos;
- nível 2, a organização atende além do nível
ético mínimo;
- nível 3, a empresa tem aspirações de atender a
ideais éticos.
MARTIN (2002) traz mais uma proposta
para medir o grau de responsabilidade social de
uma empresa. Trata dos obstáculos que os exe-
cutivos que desejam transformar suas empre-
sas em empresas-cidadãs enfrentam. Se inves-
tem pesado em iniciativas que seus rivais não
adotam, podem ser derrotados pela concorrên-
cia; caso adotem uma política de recursos hu-
manos digna de uma democracia, podem estar
dirigindo empregos para países com leis traba-
lhistas menos rígidas e custos de produção infe-
riores. Com o nome de “A Matriz da Virtude:
Calculando o Retorno da Responsabilidade
Corporativa”, o autor apresenta uma ferramen-
ta para ajudar os executivos nessa difícil tarefa
(MARTIN, 2002).
Para avaliar as atividades sociais com re-
lação ao custo e ao valor social agregado,
MELO NETO e FROES (2001) estabelecem
uma metodologia que permite medir o valor do
benefício social gerado e o custo/benefício de
um determinado projeto ou atividade. Sugerem
que sejam avaliados os valores sociais agrega-
dos em todas as etapas do projeto, com a utili-
zação da “cadeia de valor” que propõem. Rea-
lizada a análise, a empresa pode definir sua es-
tratégia de atuação privilegiando as atividades
de maior nível de agregação de valor social e
eliminando aquelasde maior custo/ benefício e
que geram menor valor social.
Dentre as ferramentas anteriormente cita-
das, e outras tantas existentes, para medir o grau
de responsabilidade social de uma organização,
destaca-se o balanço social. O balanço social
surgiu nos anos 60, quando parte da população
da Europa e Estados Unidos realizou um movi-
mento de boicote às empresas ligadas à guerra
do Vietnã. A sociedade estava exigindo uma
prestação de contas por parte dessa empresas.
Muitas organizações em diversos países passa-
ram então a divulgar suas ações no campo soci-
al, o que resultou na criação de um instrumento
chamado balanço social (IBASE, 2002). No
Brasil, a Revista de Estudos de Administração
n.º 10, da FAAP (1978), apresentou na década
de 70 um artigo sobre o balanço social e sua
iminente utilização no Brasil. Entretanto, a idéia
do balanço social foi se consolidar somente no
início da década de 80 em nosso País. Um de
seus defensores foi o sociólogo Herbert de Sou-
za, através do Instituto Brasileiro de Análises
Sociais e Econômicas (Ibase), que presidia. O
Ibase, desde a sua criação, incentiva as empre-
sas a se tornarem empresas responsáveis, com-
prometidas com a qualidade de vida da comuni-
dade, com o meio ambiente e com o bem-estar
da população em geral, e também a divulgarem
seus investimentos em ações sociais através da
publicação anual do balanço social.
Segundo NEVES (1998), o balanço soci-
al é o conjunto de despesas feitas pela empresa,
exigidas ou não por lei, que afetam positiva-
mente a qualidade de vida da comunidade e da
sociedade em geral. Exemplifica as ações: saú-
de, alimentação, transporte, creches, ecologia,
Sanare. Revista Técnica da Sanepar, Curitiba, v.20, n.20, p. 18-27, jul./dez. 2003
24
o balanço
social fornece
dados
importantes
para tomada de
decisões
estratégicas
pelos dirigentes
educação, treinamento, etc.
O balanço social reúne informações sobre
ações, projetos e benefícios voltados ao público
interno, seus empregados e colaboradores, in-
vestidores, acionistas, analistas financeiros de
mercado e a própria comunidade. Representa
um grande passo em direção à transparência de
gestão e à valorização da atuação social de uma
empresa, conciliada com seus objetivos econô-
micos. Como fundamento desse movimento es-
tão a ética corporativa, o conceito de desenvol-
vimento sustentável e a expectativa de que as
empresas possam atender as necessidades da
sociedade, no exercício de sua responsabilidade
social. O balanço social fornece dados impor-
tantes para tomada de decisões estratégicas pe-
los dirigentes, estimula e motiva os funcionári-
os a se integrarem no esforço pelo bem-estar e
desenvolvimento da comunidade, e mostra aos
clientes, fornecedores e investidores a maneira
como a empresa é administrada.
Existem, basicamente, duas correntes
quanto à elaboração do balanço social empre-
sarial. A primeira é a corrente francesa, que
surgiu com a “Le Bilan Social” de 1977, volta-
da para o bem-estar do empregado, sua família
e o ambiente de trabalho. A segunda corrente,
que prevalece em nosso País, é a corrente ame-
ricana. Esta defende uma abordagem mais am-
pla quanto à atuação da empresa em todos os
aspectos e atores envolvidos em seu negócio:
geração de emprego e renda, meio ambiente, in-
vestimentos em tecnologia, ambiente de traba-
lho, bem-estar dos funcionários, apoio ao de-
senvolvimento tecnológico e também quanto ao
ambiente de trabalho e assistência médica.
(MELO NETO e FROES, 2001).
O Global Reporting Initiative (GRI), em-
preendimento de abrangência internacional que
se propõe a desenvolver e disseminar diretri-
zes para o desenvolvimento do relatório soci-
al, elaborou um modelo de balanço social ba-
seado no conceito de sustentabilidade de ges-
tão. Enfoca os aspectos econômicos e social
do negócio. A Natura, empresa brasileira de
perfumaria de cosmética, foi a primeira em-
presa brasileira a publicar seu balanço social
do ano 2000, no modelo GRI, composto por
95 indicadores econômicos, sociais e
ambientais. (INSTITUTO ETHOS, 2001)
O modelo sugerido por SOUZA em 1977,
citado por HERZOG (2001), para as empresas
brasileiras, conhecido como o balanço social
modelo Ibase, é quantitativo e é composto por
dados de investimentos em creches, alimenta-
ção, salários, capacitação dos funcionários, par-
ticipação nos lucros, entre outros.
O Instituto Ethos criou um modelo basea-
do nos modelos existentes: Ibase, GRI, e nos
preceitos do Institute of Social and Ethical
Accountability – ISEA2 .
O relatório de responsabilidade social do
Instituto Ethos possibilita a todas as empresas
a busca das melhores práticas sociais, exercidas
pelas empresas com os melhores indicadores.
Este relatório enfoca a gestão de uma em-
presa sob os seguintes aspectos:
• Econômico: valor adicionado, produtivi-
dade, investimento
• Social: bem-estar da força de trabalho,
direitos do trabalhador e direitos humanos, pro-
moção da diversidade, investimentos na comu-
nidade, entre outros
• Ambiental: impactos dos processos, pro-
dutos e serviços no ar, água, terra, biodiver-
sidade e saúde. (INSTITUTO ETHOS, 2001,
p.15)
Herbert de Souza dizia que o balanço soci-
al não tem donos, mas tem muitos beneficiários,
pois todos os grupos que interagem com a em-
presa são beneficiados com sua publicação. Seja
qual for o modelo utilizado, o importante é que o
balanço social seja utilizado para mostrar à soci-
edade quais são as empresa responsáveis, e para
conscientizar as empresas do quanto elas ainda
podem fazer pela comunidade.
A Certificação Social
A primeira norma de certificação social, a
“Social Accountability 8000” (SA 8000) foi
criada em 1977 pelo Council on Economic
2 O ISEA é responsável pela Accountability 1000 (AA 1000), uma norma básica em responsabilidade social e ética,
com enfoque de auditoria e relato.
Sanare. Revista Técnica da Sanepar, Curitiba, v.20, n.20, p. 18-27, jul./dez. 2003
25
ações de
filantropia são
motivadas por
razões
humanitárias,
e na
responsabilidade
social impera o
sentimento de
responsabilidade
Priorities Accreditation Agency (CEPAA), fun-
damentada nas normas da Organização Inter-
nacional do Trabalho, na Declaração Universal
dos Direitos Humanos e na Declaração Univer-
sal dos Direitos da Criança. A SA 8000 funcio-
na como um verificador dos princípios éticos
das relações da empresa com todos os agentes
com quem interage. São avaliados os processos
produtivos, relações com a comunidade e rela-
ções com os empregados e seus dependentes.
Seus principais pontos de análise são o traba-
lho infantil, constrangimento no trabalho, saú-
de e segurança, liberdade de associação e direi-
to de negociação coletiva, discriminação, práti-
cas disciplinares, horas de trabalho, remunera-
ção justa e a administração de sua aplicação
(PACHECO, 2001).
A SA 8000 segue os moldes dos esquemas
internacionais de avaliação de conformidade da
International Organization for Standardization
(ISO)3 , e, da mesma forma, tem a validade de
um ano, com auditorias semestrais, e também
prevê ações corretivas e preventivas. O proces-
so de certificação é igualmente lento e trabalho-
so, mas hoje já tem-se dezenas de projetos de
certificação sendo realizados no Brasil. Avon
do Brasil, ALF do Brasil, BRINOX, De Nadai
são algumas empresas que já possuem a
certificação SA 8000. (BALANÇO SOCIAL,
2003)
Outra norma que busca assegurar padrões
de conduta éticos das empresas, a AA 1000,
que foi criada em 1999 pelo ISEA, é uma nor-
ma de contabilidade e auditoria baseada em prin-
cípios éticos e sociais, que enfatiza o diálogo
entre empresas e partes interessadas e o
engajamento dos stakeholderes4 . (MELO
NETO; FROES, 2001).
Conclusão
A filantropia foi o passo inicial em dire-
ção à responsabilidade social.
Estudiosos, especialistas e empresáriostêm proposto definições para o conceito res-
ponsabilidade social, com diferentes aborda-
gens, diferentes enfoques, mas que se
complementam. Pode-se entender a responsa-
bilidade social corporativa como a capacidade
desenvolvida pelas organizações de ouvir, com-
preender e satisfazer expectativas e interesses
legítimos de seus diversos públicos. Ações de
filantropia são motivadas por razões humani-
tárias, e na responsabilidade social impera o
sentimento de responsabilidade. As ações de
filantropia são isoladas e reativas, e na maio-
ria das vezes trata-se de opção pessoal do diri-
gente, enquanto os compromissos de respon-
sabilidade social compreendem ações pró-ati-
vas, integradas, inseridas no planejamento es-
tratégico e na cultura da organização e envol-
vem todos os colaboradores.
O conceito de responsabilidade social é
bastante amplo, e como conseqüência, a avalia-
ção do grau de responsabilidade social de uma
organização não é uma tarefa simples. O balan-
ço social é hoje uma ferramenta de gestão utili-
zada por empresas, em todos os países, para
avaliar o nível da responsabilidade corporativa.
É o instrumento que permite à empresa demons-
trar todas as ações sociais de cidadania desen-
volvidas em um determinado período. Já exis-
tem, e estão começando a ser utilizadas pelas
empresas brasileiras, normas de Certificação
quanto à sua atuação socialmente responsável.
A SA 8000 e a AA 1000 certificam que uma
empresa possui produtos ou serviços executa-
dos de forma socialmente correta. Podem ser
comparadas à ISO 9000, de certificação de qua-
lidade, e à ISO 14000, de certificação ambiental.
Ao assumir um efetivo compromisso com
a ética e a sustentabilidade social e ambiental
do planeta, as empresas estão exercendo plena-
mente sua responsabilidade social e ajudando a
construir um mundo melhor para todos. E estão
lucrando com isso!
3 Rede de institutos de padronização de 145 países, que trabalham em parceria com organizações internacionais,
governos, indústrias e representantes de consumidores. A SA 8000 pode ser vista como um sistema de verificação de
condições dignas de trabalho. Também pode ser utilizada pela comunidade e pela sociedade em geral para monitorar
esse aspecto da gestão da empresa.
4 Stakeholders são os públicos interno e externo da empresa; representam todos os envolvidos e interessados no negócio.
Sanare. Revista Técnica da Sanepar, Curitiba, v.20, n.20, p. 18-27, jul./dez. 2003
26
o balanço
social é hoje
uma ferramenta
de gestão
utilizada por
empresas, em
todos os países,
para avaliar o
nível de
responsabilidade
corporativa
Referências
ASHLEY, P. A. (Coord.). Ética e responsa-
bilidade social nos negócios. São Paulo: Sa-
raiva, 2002. 205 p.
BALANÇO SOCIAL. Social accountability
8000 (SA 8000). Disponível em: <http://
www.balancosocial.org/cgi/cgilua.exe/sys/
start.htm?sid=21> Acesso em: 01 dez 2003.
BUSINESS FOR SOCIAL RESPONSI-
BILITY. Partners in building responsible
business practices. Disponível em: <http://
www.bsr.org/Meta/About?index.cfm> Aces-
so em: 10 maio 2002.
CERTO, S. C.; PETER, J. P. Administra-
ção estratégica: planejamento e implanta-
ção. 2. ed. São Paulo: Makron Books, 1993.
DUBRIN, A. J. Princípios da administra-
ção. 4. ed., Rio de Janeiro: LTC, 1998
FRIGOLETTO. Índice de Desenvolvimen-
to Humano (IDH) – Ano 2001. Disponível
em:<www.frigoletto.com.br/GeoEcon/
idh2001.htm >Acesso em: 25 novembro
2003.
GRAJEW, O. Por um mundo mais seguro: a
crise mundial coloca em evidência a respon-
sabilidade das empresas na busca e na cons-
trução de uma sociedade mais justa. GUIA
EXAME DE BOA CIDADANIA
CORPORATIVA, São Paulo, v. 35, n. 24,
p. 20-21, nov. 2001.
IBASE. O Ibase e o balanço social. Dispo-
nível em: <http://www.balancosocial.
org.br/ibase.html> Acesso em: 30 abr. 2002.
INSTITUTO ETHOS. Guia de elaboração
de relatório e balanço anual de Responsa-
bilidade Social empresarial. São Paulo:
jun. 2001.
_____. Perguntas e respostas. Disponível
em: <http://www.ethos.org.br/pri/princ/
prespostas/index.asp> Acesso em: 21 mar.
2002a.
_____. Reflexão: diálogo sobre a ética. São
Paulo, v.3, n. 6, fev. 2002b.
INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMI-
CA APLICADA. Atlas de desenvolvimen-
to humano no Brasil. Disponível em: <www.
ipea.gov.br> Acesso em: 28 de nov. de 2003.
MAIA, R. [Palestra proferida na Funda-
ção Getulio Vargas]. São Paulo, 23 abr.
2002.
MANAKKALATHIL, J.; RUDOLF, E.
Corporate social responsibil i ty in a
globalizing market . SAM Advanced
Management Journal, S.l., v. 60, n. 1, p.
29-33, 1995.
MARTIN, R. L. The virtue matrix:
calculating the return on corporate
responsability. Disponível em: <http://
www.hbsp .ha rva rd . edu / ideasa twork /
matrix_0302.html> Acesso em: 25 mar.
2002. Resumo.
MELO NETO, F. P.; FROES, C. Responsa-
bilidade social e cidadania empresarial: a
administração do terceiro setor. 2. ed. Rio
de Janeiro: Qualitymark, 2001.
MOROSINI, L.; ARAUJO, E. Um paralelo
entre filantropia e compromisso social. Bo-
letim da Pesquisa Ação Social das Empre-
sas, Brasília, maio. 2002.
PACHECO, O. O Selo da Cidadania: Conhe-
ça a AS 8000, a norma internacional de Res-
ponsabilidade social que pode virar um novo
passaporte na era da globalização.
GUIA EXAME DE BOA CIDADANIA
CORPORATIVA, São Paulo, v. 35, n. 24,
p. 36-38, nov. 2001.
REA, P.; KERZNER, H. Strategic planning:
a practical guide. S.l: John Wiley & Sons,
1997. 326p.
Sanare. Revista Técnica da Sanepar, Curitiba, v.20, n.20, p. 18-27, jul./dez. 2003
27
 ROCHA, M. Por uma boa causa: quer fa-
zer o bem e ainda cuidar de sua carreira? O
caminho é trabalhar em uma empresa soci-
almente responsável. VOCÊ s.a., São Pau-
lo, v. 4, n. 39, p.38-39, set. 2001.
UNITED NATIONS DEVELOPMENT
PROGRAMME. Timor Leste: o caminho à
nossa frente. Relatório Nacional do Desen-
volvimento Humano 2002. Indice de Desen-
volvimento Humano (IDH). Dili, Timor Les-
te, 2002.
Autora
Elenice C. Roginski M. Santos,
engenheira civil, pós-graduada em
Finanças, Master in Business Administration
pela Baldwin-Wallace College/ OHIO-USA, e
dissertação de mestrado defendida e aprovada
na área de Responsabilidade Social
pela BW-FAE/CDE.
Sanare. Revista Técnica da Sanepar, Curitiba, v.20, n.20, p. 18-27, jul./dez. 2003
a SA 8000 e a
AA 1000
certificam que
uma empresa
possui produtos
ou serviços
executados de
forma
socialmente
correta

Outros materiais