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RELATÓRIO GLOBAL - 28092025 V2

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Análise Macro 
Nos EUA: semana “macro pesada” com ISM, JOLTS, ADP e payroll: segunda (30) tem 
JOLTS de agosto, quarta saem ISM Manufatura de setembro e ADP, quinta pedidos de seguro-
desemprego e sexta (3) o “Employment Situation” (payroll de setembro). Consenso para o 
payroll gira ~50 mil e taxa de desemprego em 4,3%. A curva de fed funds, pós-corte de 
setembro, ainda embute cortes adicionais ao longo de 2025. Treasuries 2–5 anos trabalham na 
faixa de 3,6–3,8% após queda recente dos yields com dados mais fracos, e o dólar (DXY) segue 
perto de (98.1). 
Na Europa: quarta-feira também tem o flash do HICP de setembro: leitura que baliza a 
discussão sobre o ritmo e a extensão dos próximos cortes do BCE. 
Na China: a bateria de PMIs oficiais sai na terça e a leitura Caixin ao longo da semana, 
números são vistos como termômetro imediato para metais e cíclicos globais. 
Petróleo: A discussão volta a ser oferta: fontes indicam que a OPEP+ deve aprovar 
outro aumento de produção para novembro, isso mantém o Brent orbitando a casa de US$ 
66–68 e favorece o tema “midstream/refino > upstream”. 
 No Brasil: o Copom mantém a Selic em 15,00% e tem reiterado que o passo adiante 
exige confiança maior na convergência do IPCA à meta, pano de fundo que preserva o 
diferencial de juros e sustenta o carry. A semana doméstica traz IGP-M (segunda), PMIs 
(quarta) e produção industrial de agosto (sexta) na nossa agenda. Fechamos a semana anterior 
com o Ibovespa em máxima histórica, sinal de apetite ainda saudável por Brasil no agregado. O 
cenário base é de BRL apreciando gradualmente enquanto o Copom mantiver o tom de “queda 
condicionada” e os dados domésticos (IPCA/atividade) seguirem benignos. Além do pano de 
fundo macro, o Ibovespa renovou máxima histórica na sexta (≈145,9 mil pontos), movimento 
coerente com o diferencial de juros ainda elevado, balanços sólidos de 
exportadoras/defensivos e a queda do dólar global (DXY ~98,1). 
 
 
 
 
 
 
 
 
Política & Preço (o que pode mexer já) 
 
EUA: Risco “fiscal-técnico”: o ano fiscal termina em 30/09 e o Congresso negocia um 
“stopgap” para evitar paralisação parcial do governo; ruído de última hora pode mexer no “short 
end” e no DXY. 
Europa: inflação “flash” na quarta define o tom de curva e spreads intra-bloco: surpresa 
para baixo reforça discurso de fim de ciclo e tende a apoiar bunds, para cima, reabre prêmio 
(especialmente em França/Itália). 
China: PMIs oficiais + Caixin dão o “direcional” de curto prazo para metais/grãos e 
nomes cíclicos; surpresa negativa costuma pesar em Ásia/Europa antes de NY abrir. 
Petróleo: manchetes de OPEP+ sobre a próxima reunião (com possibilidade de mais 
oferta em novembro) seguem sensíveis a preço no intraday e geram rotação dentro de energia. 
Brasil: além do macro, Brasília segue com pauta fiscal e dados oficiais em foco, até aqui, 
a máxima histórica do Ibovespa foi construída mais por fluxo/dados que por política, mas 
qualquer headline que ameace o arcabouço ou receitas extraordinárias volta a precificar prêmio 
de risco. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ações e Tese Tática 
Alocação de topo em ações: 75% desenvolvidos / 25% emergentes. Por estilo: 55% “quality growth”, 25% defensivos, 20% cíclicos 
selecionados. 
No núcleo internacional: Priorizo tecnologia com caixa e ROIC altos: software/serviços 
e semicondutores diretamente ligados ao ciclo de IA, plataformas de software corporativo e 
cloud (Microsoft, ServiceNow, Oracle, Salesforce), semis e equipamentos (Nvidia, ASML, TSMC, 
Lam Research) e “aplicações de IA” com monetização clara (Alphabet e Amazon na camada de 
cloud/AI services). Dentro desse bloco, o nosso watchlist tático inclui: 
SNPS: líder de EDA/IP com exposição estrutural ao aumento da complexidade dos chips e à 
migração de projetos para nós mais avançados. 
FRSH: SaaS de CX/EX que acelera com automação de atendimento e agentes de IA ganhando 
ticket ao subir para clientes maiores 
HUBS: plataforma de GTM com motor de upsell em “AI agents” e créditos, beneficiada pela 
normalização de assentos e upgrades 
SAIL: identidade digital com tração específica em machine identity para ambientes multi-nuvem, 
ampliando o TAM além do workforce identity. 
AMBQ: semicondutores de edge-AI de ultra-baixo consumo (plataforma SPOT) para wearables 
e IoT, com opcional de licenciamento/NRE. 
PHR: software para saúde com receita de mídia/ads para farmacêuticas em canais regulados, 
ampliando monetização além de transacional. 
WYFI: infraestrutura HPC com colocation e GPUaaS, ampliando capacidade em rotas críticas e 
acrescentando contratos baseados em uso. 
VEEV: vertical SaaS de life sciences com penetração ainda baixa no TAM, forte geração de caixa 
e alavancas de cross-sell a partir da integração com parceiros como a IQVIA. 
Em saúde, mantenho big pharma com pipeline visível e serviços/diagnósticos de receitas 
recorrentes (Eli Lilly, Novo Nordisk, Merck, UnitedHealth, HCA, LabCorp). 
Em industriais, foco em automação, infraestrutura crítica e defesa, onde a carteira de 
pedidos e o capex público dão previsibilidade mesmo com atividade perdendo fôlego (Rockwell, 
Honeywell, GE Aerospace, RTX). 
Em energia, o Brent mais baixo e a perspectiva de superávit até 2026 sustentam 
underweight em upstream (menor peso em majors e E&Ps) e overweight em midstream/refino 
via tese de spreads e contratos de longo prazo (Phillips 66, Valero, Marathon, Enbridge, 
 
 
Enterprise). Mantemos no tema de base firme e baixo carbono a exposição a nuclear avançado 
de pequeno porte, como Oklo, sempre com tamanho controlado e disciplina de risco dada a 
execução e marcos regulatórios. 
Em consumo essencial, carrego uma “linha de vida” em staples defensivos de execução 
superior para suavizar drawdowns (PepsiCo, Coca-Cola, Procter & Gamble). 
Em materiais, sigo seletivo: químicos especiais e gases industriais (Linde, Air Liquide) e 
cobre com baixa alavancagem (Freeport) para capturar eletrificação, cautela em ferro, aço e 
cimento mais dependentes da China. 
 
No Brasil 
 
No Brasil: Com o índice em nova máxima histórica, privilegiamos qualidade e previsibilidade 
evitando ‘chase’ em beta e usando janelas de volatilidade para reforçar posições núcleo . 
Mantenho o foco em exportadoras com receita em USD e baixo custo pulp & paper e proteínas 
tendem a defender margens mesmo com China morna (SUZB3, KLBN11, JBSS3, BRFS3, BEEF3) 
e entre industriais, adiciono nomes com parte relevante de faturamento em dólar e execução 
comprovada (EMBR3 pelo backlog em aviação comercial/executiva, POMO4 pelo mix 
exportador e ciclo de reposição). 
Utilities e concessões compõem o bloco defensivo que se beneficia de juros cadentes 
ao longo do tempo, desde que a dívida esteja bem travada (EQTL3, EGIE3, TAEE11, NEOE3), 
enquanto as concessões de transporte dão previsibilidade de fluxo e ganhos de eficiê ncia 
operacional (CCRO3, ECOR3). 
Em transporte e logística rail-based, sigo com a tese de produtividade e alavancas de 
volume/custo (RAIL3). 
Bancos grandes ficam em neutro a leve sobrepeso: o carry ainda alto e um 
empinamento moderado podem sustentar NIM, com atenção a provisões (ITUB4, BBAS3). 
Em energia, privilegio o downstream/midstream doméstico pela resiliência de spreads 
e cash flow (VBBR3) e mantenho apenas exposição tática e limitada a upstream, focada em 
stock-picks com catalisadores operacionais e disciplina de capital (PRIO3, RECV3). 
Em construção e real estate, só nomes de execução comprovada, balanços controlados 
e produtos aderentes ao crédito habitacional (DIRR3, MRVE3, CYRE3) 
 
 
No segmento de assets/incorporação com destravamento de valor via reciclagem e 
vendas, mantenho HBRE3 de forma seletiva. 
Em saúde e consumo essência: Busco crescimento previsível com alavancas micro, 
varejo farma com ganhos de mix e produtividade (RADL3), operadora verticalizada emprocesso de normalização de sinistralidade e ganhos operacionais (HAPV3) e rede hospitalar 
com expansão e monetização de ativos (RDOR3). 
Em consumo discricionário de nicho, VIVA3 segue como brand de alta margem e boa 
geração de caixa. 
Em serviços financeiros especializados, BRAV3 entra como satélite de baixa correlação 
com grandes bancos, sensível ao pipeline de M&A e mercado de capitais. 
 
 
 
 
 
 
 
 Christian Santana 
 Christian Santana 
Portfolio Manager | Phygo Gestão de Ativos 
(11) 97606-5237 · christian@phygo.com.br · phygo.com.br

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