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6- Princípios constitucionais da Administração Pública resumo.pdf

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Evandro Guedes
Graduado em Administração de Empresas 
pelo Centro Universitário Barra Mansa (UBM). 
Graduado em Direito pelo Centro Universitário 
Geraldo di Biasi (UGB) e pela Faculdade Assis 
Gurgacz (FAG-PR). Professor de cursos prepa-
ratórios em Cascavel, Curitiba, Rio de Janeiro, 
Bahia e Minas Gerais. Possui vasta experiência 
nas bancas da Cespe/UnB, Esaf, FCC, FGV entre 
outras.
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
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Princípios constitucionais 
da Administração Pública
Princípios constitucionais implícitos e 
fundamentais do artigo 37, caput, da 
Constituição Federal
Os princípios que norteiam todas as ações da Administração Pública estão 
expressos ou implícitos diretamente no artigo 37, caput, da CF. Os princípios 
que vamos tratar aqui, não estão efetivamente escritos no texto constitu-
cional, contudo são de observância obrigatória para toda a Administração 
Pública Direta e Indireta e de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios.
São vários os princípios apontados pela doutrina pátria, no entanto, nesta 
aula traremos os mais cobrados em concursos públicos:
razoabilidade; �
proporcionalidade; �
princípio da supremacia do interesse público; �
princípio da autotutela; �
princípio da continuidade dos serviços públicos. �
Princípios em espécie
Princípio da razoabilidade e da proporcionalidade
Esses princípios estão presentes em praticamente todos os ramos do 
direito e não se encontram expressos no texto constitucional. No campo 
do Direito Administrativo trataremos o princípio da razoabilidade como 
gênero e o princípio da proporcionalidade como espécie.
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Princípios constitucionais da Administração Pública
Diante disso, por vezes veremos os conceitos nos exemplos se confundi-
rem, mas o que realmente importa é que esses princípios são considerados 
os princípios da proibição de excessos do administrador público. Esse princí-
pio impõe à Administração Pública a adequação entre meios e fins, não au-
torizando a imposição de obrigações, restrições e sanções de forma superior 
àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público e aos 
interesses da coletividade.
Entendemos o princípio da razoabilidade como sendo o princípio que se 
norteia pela teoria do homem médio, assim, ser racional é fazer tudo aquilo 
que seus pares fariam na mesma situação jurídica.
Por outro lado, entendemos como proporcionalidade a força aplicada pela 
Administração proporcional à falta cometida pelo administrado, ou seja, falta 
grande, força grande e falta pequena, força proporcionalmente pequena.
Vejamos o exemplo.
Abuso de poder
Cargo de fiscal 
sanitário
Parâmetros da lei
Multa Destruição das 
mercadorias
Suspensão de 01 a 
90 dias
Abuso de poder
Imagine que um fiscal sanitário do Município seja incumbido por lei de 
efetivar penalidades administrativas em particulares que desobedecessem 
lei municipal que rege a higiene de alimentos. Imagine agora que o mercado 
“A” está com um pote de manteiga estragado e que o mercado “B” está com 
uma tonelada de carga estragada.
Pois bem, nessa situação a própria lei não diz a quantidade ou o grau de 
falta de higiene, ela somente prevê “produtos estragados” e delimita as puni-
ções, ou seja, multa, destruição das mercadorias, suspensão de 01 a 90 dias, 
ficando a cabo do agente público decidir sobre a penalidade a ser aplicada.
Como fazer isso? Resposta: o agente público obrigatoriamente deve res-
peitar a legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e 
também os princípios da razoabilidade e proporcionalidade.
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Princípios constitucionais da Administração Pública
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Dessa forma, o fiscal não poderá deixar de notificar, pois a lei dá os pa-
râmetros mínimos, ou seja, no estabelecimento “A” um pote de manteiga 
gerará naturalmente apenas uma multa leve (todos os seus pares fariam o 
mesmo e falta pequena, força pequena), já no estabelecimento “B” as penali-
dades poderão, inclusive, ser cumuladas, pois falta grande, força grande.
Lembrando que caso o administrador deixe de fazer, será considerado 
abuso, assim como se fizer a mais que o permitido por lei.
Na regra geral, esses princípios servem sobremaneira para evitar o abuso 
de poder por parte do agente público, pois não pode o administrador a pre-
texto de cumprir normas públicas exagerar de suas prerrogativas, ou seja, os 
princípios são verdadeiros princípios da proibição de excesso.
Princípio da supremacia do interesse público
Esse princípio norteia toda Administração Pública e é o princípio mais im-
portante do Direito Administrativo, pois é a partir dele que a Administração 
Pública pode se sobrepor aos interesses particulares, sempre com a finalida-
de pública.
Deriva desse princípio as prerrogativas de direito público, ou seja, deriva 
os Poderes administrativos, que são verdadeiros mecanismos para que o ad-
ministrador público alcance os fins públicos ou coletivos.
Princípio da autotutela
Esse princípio é de suma importância para o Direito Administrativo, uma 
vez que proporciona à Administração Pública o controle de seus próprios 
atos e, ao mesmo tempo, impede ingerências do Poder Judiciário.
Diante desse princípio pode a Administração Pública revisar seus próprios 
atos, garantindo um meio adicional de controle de sua atuação, reduzindo 
os afazeres do Poder Judiciário. É um princípio implícito e difere do controle 
judicial por proporcionar sua execução por parte da Administração sem a ne-
cessidade de provocação, isso em decorrência direta do poder-dever de agir.
A autotutela autoriza o controle, pela Administração, sob dois aspectos 
principais descritos a seguir:
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Princípios constitucionais da Administração Pública
o da legalidade, assim “poderá” anular seus atos ilegais; �
o de mérito, em que “poderá” revogar seus atos inoportunos ou incon- �
venientes.
A Súmula 473 do STF diz o seguinte:
STF, súmula 473,
A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam 
ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência 
ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a 
apreciação judicial.
Anulação 
Vício no ato
Revogação 
Ato legal
 Ato ilegal
 Ato inconveniente e 
inoportuno 
Mérito administrativo
Própria 
administração
Poder Judiciário
Efeito ex-tunc
Retroativos
Efeito ex-tunc
Prospectivos
Somente a administração
Anulação: a anulação é sempre critério de legalidade, pois somente se 
anula ato ilegal ou ilegítimo. Dessa forma, tanto a própria Administração 
quanto o Poder Judiciário, estarão autorizados a anular o ato. Seus efeitos 
são retroativos (ex-tunc), ou seja, retroagem à origem do ato ilegal. Os atos 
ilegais são considerados atos nulos e deles não geram direitos adquiridos.
Revogação: a revogação trata de critério de mérito. Mérito significa liberda-
de de atuação do administrador público segundo suas convicções e seguindo 
os princípios constitucionais concernentes à Administração Pública. Somente 
revogamos os atos administrativos legais, pois os ilegais serão anulados. Por se 
tratar de critério de mérito o Poder Judiciário não poderá revogar ato de outro 
Poder, ou seja, revogar somente é dado à Administração Pública.
Os efeitos da revogação são ex-nunc, ou seja, prospectivos e os efeitos 
jurídicos gerados antes da revogação são todos válidos. Podemos afirmarque os atos revogados não alcançam os direitos adquiridos e os atos que já 
exauriram seus efeitos.
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Princípios constitucionais da Administração Pública
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Princípio da continuidade dos serviços públicos
Entendemos que os serviços públicos, por serem prestados no interesse 
da coletividade (finalidade pública) devem ser adequados e seu forneci-
mento não deve sofrer interrupções, salvo aviso prévio e por necessidade 
extrema de serviço.
Diante disso, a utilização do princípio da continuidade dos serviços pú-
blicos implica restrição a determinados direitos dos prestadores de serviços 
públicos e dos agentes envolvidos em sua prestação.
Assim, devemos lembrar que isso não se aplica às interrupções por situ-
ações de emergência ou após aviso prévio – nos casos de segurança, ordem 
técnica ou inadimplência do usuário, sempre respeitando os princípios da 
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e também 
aos princípios da razoabilidade e proporcionalidade.
Resolução de questões
1. (Cespe) A respeito dos princípios constitucionais aplicados ao Direito Ad-
ministrativo, julgue o item que se segue. Nas situações em que for empre-
gada, considere que a sigla CF se refere à Constituição Federal de 1988.
 Os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade estão expressos 
no texto da CF.
 Solução: Errado. Esses princípios são considerados princípios consti-
tucionais implícitos e fundamentais e não estão expressos no texto 
constitucional, contudo são de observância obrigatória para toda Ad-
ministração Pública e são considerados princípios implícitos da Admi-
nistração Pública.
2. (Cespe) O princípio da autotutela possibilita à Administração Públi-
ca anular os próprios atos, quando possuírem vícios que os tornem 
ilegais, ou revogá-los por conveniência ou oportunidade, desde que 
sejam respeitados os direitos adquiridos e seja garantida a apreciação 
judicial.
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Princípios constitucionais da Administração Pública
 Solução: Certo. O princípio da autotutela permite que a Administra-
ção Pública controle seus próprios atos, sejam legais ou ilegais e está 
previsto na Súmula 473 do STF que diz o seguinte:
STF, súmula 473,
A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os 
tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de 
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em 
todos os casos, a apreciação judicial.
3. (Cespe) Acerca dos princípios da Administração Pública e da Adminis-
tração Direta e Indireta, julgue o item subsequente.
 O princípio da razoabilidade impõe à Administração Pública a ade-
quação entre meios e fins, não permitindo a imposição de obrigações, 
restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente neces-
sárias ao atendimento do interesse público.
 Solução: Certo. O princípio da razoabilidade como sendo o princípio que 
se norteia pela teoria do homem médio, assim, ser racional é fazer tudo 
aquilo que seus pares fariam na mesma situação jurídica, ou seja, o agen-
te público deve sempre observar a adequação entre os meios e os fins.
Atividades
1. (FGV) Assinale a afirmativa incorreta.
a) O princípio da supremacia do interesse público prevalece, como 
regra, sobre direitos individuais, e isso porque leva em considera-
ção os interesses da coletividade.
b) O tratamento isonômico por parte de administradores públicos, a 
que fazem jus os indivíduos, decorre basicamente dos princípios 
da impessoalidade e da moralidade.
c) O princípio da razoabilidade visa a impedir que administradores 
públicos se conduzam com abuso de poder, sobretudo nas ativi-
dades discricionárias.
d) Constitui fundamento do princípio da eficiência o sentimento de pro-
bidade que deve nortear a conduta dos administradores públicos.
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Princípios constitucionais da Administração Pública
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e) Malgrado o princípio da indisponibilidade da coisa pública, bens 
públicos, ainda que imóveis, são alienáveis, desde que observadas 
certas condições legais.
2. (FGV) De acordo com a Constituição Federal de 1988, a Administração 
Pública obedecerá aos seguintes princípios:
a) legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
b) legalidade, impessoalidade, moralidade, probidade e externalidade.
c) legitimidade, impessoalidade, moralidade, probidade e externalidade.
d) razoabilidade, proporcionalidade, improbidade e personalismo.
e) discricionariedade, ponderação, isenção e separação de Poderes.
3. (FGV) Analise as afirmativas a seguir.
A conduta do administrador público em desrespeito ao princípio da I. 
moralidade administrativa enquadra-se nos denominados “atos de im-
probidade”. Tal conduta poderá ser sancionada com a suspensão dos 
direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos 
bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação prevista em lei, 
sem prejuízo da ação penal cabível.
O princípio da democracia participativa é instrumento para a efetivi-II. 
dade dos princípios da eficiência e da probidade administrativa.
Além dos agentes públicos, terceiros podem ser sujeitos ativos de im-III. 
probidade administrativa. O terceiro, quando beneficiário direto ou in-
direto do ato de improbidade, só pode ser responsabilizado por ação 
dolosa, ou seja, quando tiver ciência da origem ilícita da vantagem.
 Assinale:
a) se nenhuma afirmativa estiver correta.
b) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
c) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.
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Princípios constitucionais da Administração Pública
4. (FGV) A assertiva “que os atos e provimentos administrativos são im-
putáveis não ao funcionário que os pratica, mas ao órgão ou entidade 
administrativa em nome do qual age o funcionário” encontra respaldo, 
essencialmente:
a) no princípio da eficiência.
b) no princípio da moralidade.
c) no princípio da impessoalidade.
d) no princípio da unidade da Administração Pública.
e) no princípio da razoabilidade.
Dica de estudo
Como começar a estudar.
O início da preparação é sempre muito conturbado: matérias novas, maté-
rias que não vemos há anos, matérias exatas que “achamos” que nunca vamos 
aprender. Essas incertezas se consertam com um pouco de organização.
Você está tendo uma grade de duas ou três matérias, assim, esqueça – por 
enquanto – as demais matérias e dedique-se as que você está estudando 
no momento. Exemplo: se você está tendo aula de Direito Constitucional ou 
de Direito Administrativo, estude essas matérias e tente absorver o máximo. 
Tente não deixar acumular matéria, faça os exercícios indicados pelos profes-
sores e faça o download do máximo de provas relativas à banca examinado-
ra. Isso é fundamental.
Referências
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 37. ed. Malheiros, 
2011.
MELLO, Celso Antonio Bandeira. Curso de Direito Administrativo. 28. ed. Ma-
lheiros, 2011.
PIETRO, Maria Sylvia Zanella Di. Direito Administrativo. 24. ed. Atlas, 2011.
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Princípios constitucionais da Administração Pública
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Gabarito
1. D
2. A
3. E
4. C
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