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Trabalho Eletrotecnica Turbina a Gás Pronto

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
Turbina a Gás
Disciplina: Eletrotécnica
Alunos: 	Matheus Peres Yoneda	R.A.: 67958 
Rafael Henrique Souza	R.A.: 80432
Vinícius Alves Rodrigues	R.A.: 78832
	 	Vinícius Ragazzi de Moraes 	R.A.: 78530 
Willian Augusto Passeri 	R.A.: 77001
Professor: João Batista Sarmento dos Santos Neto
MARINGÁ
PARANÁ – BRASIL
2013
¹ Booster: compressor com pequena relação de compressão, utilizado para aumentar a pressão em um sistema de gás.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO	2
2. REVISÃO DE LITERATURA 	3
2.1 Histórico	3
2.2 Definição	7
2.3 Conceitos	8
2.4 Vantagens e Desvantagens da Turbina a Gás	10
2.5 Informações Gerais Pertinentes	12
2.6 Utilização da Turbina a Gás no mundo	14
2.6.1 MT30, a turbina marítima a gás mais potente do mundo	14
2.6.2 Turbosteamer, reaproveitando energia perdida em forma de calor	15
2.7 Utilização da Turbina a Gás no Brasil	16
2.7.1 Usina Termoelétrica de Santa Cruz	16
2.7.2 Nova tecnologia de turbinas a gás natural	17
3. CONCLUSÃO	18
4. REFERÊNCIAS	19
INTRODUÇÃO
Segundo o autor MENESIS, Ernani a turbina é um equipamento rotativo, que normalmente opera em regime permanente, dedicado a fornecer trabalho na ponta de eixo (ou potência).
O trabalho realizado na turbina é produzido à custa da queda de pressão do fluido de trabalho. Nas turbinas a gás, normalmente o fluido é descarregado na atmosfera, sua pressão de descarga é fixada pelo ambiente onde é descarregado o fluido de trabalho e a pressão na seção de alimentação na turbina é alcançada com um bombeamento ou compressão do fluído de trabalho.
Ele conclui também que as turbinas a gás podem ser consideradas turbomáquinas, pois são máquinas rotodinâmicas onde o fluído de trabalho se desloca continuamente em um sistema rotativo de pás (rotor), assim sendo fornece ou absorve a energia deste rotor, conforme sendo turbina ou compressor, respectivamente. Ela traz como uma característica marcante a grande velocidade do fluído de trabalho, que pode atingir de 200 a 500m/s ou mais.
REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Histórico
Segundo CLARO FILHO et al (2011), em 150 a.C., Hero, Filosofo e Matemático grego, inventou a Eolípila (Figura 01), um motor a vapor que foi considerado um brinquedo. Este girou em cima da agua fervente, pelo efeito de reação do vapor movendo bicos de uma panela de dispostos em uma roda.
 
Figura 01: Eolípila
Em 1791 John Barber da Inglaterra Patenteou o motor de Turbinas a gás. Sua Invenção foi planejada para impulsionar uma “Carruagem” sem cavalos, como mostra a (figura 02).
Figura 02: Turbina a gás e Carruagem.
Em 1872, Dr. F. Stolze da Inglaterra desenvolveu a primeira turbina a gás (Figura 03). A turbina não funcionou com sua Própria energia. 
Figura 03: Turbina a Gás, por STOLZE.
Em 1899, Charles Gordon Curtis Patenteou a primeira turbina a gás nos Estados Unidos, com o Objetivo de Gerar Força Mecânica.
Em 1903, Egídio Elling da Noruega construiu a primeira turbina com a maior capacidade de energia suportada pelos próprios componentes (Figura 04). Foram usados compressores rotativos e turbina a gás para atingir 11HP’s.
Figura 04: Turbina a gás Elling.
Entre os Anos de 1906 a 1908, Hans Holzwarth da Alemanha desenvolveu a segunda turbina a gás (Figura 05) que teve sucesso em gerar força mecânica.
Dados Técnicos: 
Rotor seis câmaras de Combustão;
300 litros de Volume total; 
Pressão de Combustão de até sete bar;
Saída: Cerca de 20 kW (27HP);
Velocidade: 3.000 rpm.
Figura 05: Segunda Turbina a Gás capas de Gerar Força Mecânica
Em 1913, Nicola Tesla patenteou o modelo de sua pequena turbina capaz de gerar 110 HP’s como mostra a (figura 06).
Figura 06: Tesla e Turbina a gás 110 HP’s.
Em 1930, Finalmente o Inglês Sir Frank Whittle, patenteou o projeto de uma turbina a gás para propulsão à jato, mas só utilizou sua turbina com sucesso em 1937, a partir daí as turbinas a gás ganharam espaço. È claro que passaram por modificações ganharam uma ajuda da tecnologia e por isso estão presente nos dias atuais.
2.2 Definição 
A turbina a gás é definida como sendo uma máquina térmica, onde a energia potencial termodinâmica contida nos gases quentes provenientes de uma combustão é convertida em trabalho mecânico ou utilizada para propulsão.
Desta forma, as turbinas a gás são máquinas tecnicamente muito complexas, com inúmeras partes móveis e sofisticados sistemas de lubrificação e controle eletrônico visando basicamente a conversão da energia contida no combustível em potência de eixo.
As turbinas a gás são acionadas pelos próprios gases quentes, produto da combustão, o que dispensa a utilização de um fluido de trabalho intermediário, como o vapor, ou outro fluído. Isto leva a unidades mais compactas, para os mesmos níveis de produção de potência.
Partes Componentes:
 As principais partes componentes da turbina a gás são:
Compressor: comprime o ar de admissão por alta pressão;
Câmara de combustão: queima o combustível e produz gás com alta pressão e alta velocidade;
Turbina: extrai energia do gás à alta pressão e à alta velocidade vinda da câmara de combustão.
A turbina a gás é definida como sendo uma máquina térmica, onde a energia potencial termodinâmica contida nos gases quentes provenientes de uma combustão é convertida em trabalho mecânico ou utilizada para propulsão.
Desta forma, as turbinas a gás são máquinas tecnicamente muito complexas, com inúmeras partes móveis e sofisticados sistemas de lubrificação e controle eletrônico visando basicamente a conversão da energia contida no combustível em potência de eixo.
As turbinas a gás são acionadas pelos próprios gases quentes, produto da combustão, o que dispensa a utilização de um fluido de trabalho intermediário, como o vapor, ou outro fluído. Isto leva a unidades mais compactas, para os mesmos níveis de produção de potência.
2.3 Conceitos
O desenvolvimento inicial das turbinas ocorreu primeiramente com as turbinas hidráulicas e vapor, estes foram os primeiros equipamentos deste segmento utilizados para a produção de potência, hoje em dia é fato o avanço das turbinas a gás, sendo estas utilizadas isoladamente ou em ciclos combinados.
Alguns exemplos podem ser detectados na história da humanidade quanto a utilização dos gases quentes como fluido de trabalho. Dentre os mais antigos, vale destacar o exemplo de Leonardo Da Vinci, que por volta de 1500 (D.C.) elaborou um esquema de um dispositivo que poderia utilizar os gases quentes rejeitados para uma chaminé para promover a rotação de um alimento a ser assado.
Algum tempo depois, em 1791, um inglês chamado John Barber desenvolveu um equipamento que incorporava muitos elementos de uma turbina a gás moderna, porém utilizava um compressor alternativo. Outros equipamentos foram desenvolvidos durante a mesma época, mas não poderiam ser consideradas verdadeiras turbinas a gás devido ao fato que utilizavam vapor em determinado ponto do processo.
Em 1872, Stolze desenhou a primeira turbina a gás. Este equipamento possuía compressão em várias etapas com fluxo axial.
Outros desenvolvimentos foram notados após as grandes guerras mundiais onde na Alemanha e Inglaterra desenvolvem as primeiras turbinas para propulsão de aviões.
Atualmente, as turbinas a gás são classificadas, de acordo com a aplicação, em:
Industriais;
Aero derivativas.
E, em relação aos aspectos construtivos, elas podem ser classificadas em:
Eixo Simples;
Eixo Duplo;
Compressor Dual;
Regenerador;
Resfriador Intermediário;
Toda turbina a gás consiste basicamente em um compressor, uma câmara de combustão e a turbina, conforme mostra a figura abaixo.
Figura 7 – Esquemática da Turbina a gás (ANTONIO, [201-?])
O compressor comprime o ar atmosférico até à câmara de combustão utilizando parte do trabalho mecânico da turbina. Por sua vez, o combustível queimado na câmara de combustão aumenta a temperatura dos gases. Estes gasesaquecidos entram na turbina e se expandem realizando trabalho mecânico, que aciona o compressor e a carga. Finalmente, os gases da saída da turbina são jogados de volta para a atmosfera que os esfria.
2.4 Vantagens e Desvantagens da Turbina a Gás
Segundo o Professor YANAGIHARA, (2011). As principais Vantagens das turbinas a gás são:
- Tendem a ser mais compactas, isto é, tem uma maior razão potência/ peso (até 70% em relação a outros motores). Por isso, elas são adequadas para sistemas de transportes como aviões, navios e até mesmo transporte terrestre;
Partida e Parada mais rápidas;
Tempo de respostas baixo;
Equipe de Operação e manutenção reduzida;
Consome menos matéria prima na fabricação;
Menor Custo;
Produz Menos Vibração;
(Quase) não requer água de resfriamento.
Apesar de todas as vantagens existem as desvantagens que fazem pensar se é realmente viável utilizar esta tecnologia.
Segundo o YANAGIHARA, (2011). Como em toda situação existem os prós e os contras não é diferente com as turbinas a gás. As desvantagens de se utilizar está tecnologia é:
Menor Potencia especifica.
Menor eficiência.
Menor vida útil.
Mais Sensível à qualidade do Combustível.
Muitos Componentes sobre alta tensão mecânica.
Ruídos de alta Frequência.
Necessita de grande quantidade de ar.
Produção de grande quantidade de gases quentes. (Objetivo)
Não pode ser consertado na Planta.
Segundo MARSHALL (2010),
 “Turbinas a Gás comparado a motores a pistão do mesmo tamanho, elas são caras. Por girar a velocidade muito alta e por causa das altas temperaturas de operação, o projeto e a construção são difíceis, tanto do ponto de vista da engenharia quanto dos materiais. Turbinas a gás também tendem a consumir mais combustível quando estão em marcha lenta e preferem uma carga constante à variável. Isso torna turbinas a gás excelentes para algo como aviões a jato e usinas, mas explica por que não há uma sobre o capô do seu carro.” 
MARSHAL (2010) com sua afirmação conseguir definir perfeitamente o caminho que existe entre o projeto e a implantação de uma turbina a gás.
2.5 Informações Gerais Pertinentes
O autor MENESIS, Ernani explica que seu campo de aplicação é o mais variado e o mais amplo entre os diversos tipos de motores. Inicialmente foram desenvolvidas objetivando fornecimento de trabalho mecânico. Porém, seu desenvolvimento pleno ocorreu em virtude do seu uso como elemento propulsor na indústria aeronáutica. Enquanto fornecedores de trabalho mecânico, as turbinas a gás têm sido utilizadas, de maneira geral, como elemento propulsor para navios, aviões, no setor automotivo, ferroviário e como acionador de estações “booster” de bombeamento (oleodutos e gasodutos) assim como também na geração de eletricidade, principalmente, das centrais de ponta e sistema “standy by” e em locais onde o peso e o volume são levados em conta como os casos das Plataformas “Offshore” de extração de petróleo. Também são usadas em locais remotos e de difícil acesso e instalação, pois sua alta confiabilidade aliada à simplicidade de operação permite inclusive que elas sejam operadas à distância.
Já a Revista Brasileira de Energia traz que o movimento da turbina a gás para o centro do palco das opções técnicas de geração de eletricidade representa um processo de transição no desenvolvimento desse equipamento e coloca desafios tecnológicos significativos. O deslocamento em direção à geração de base implica mudanças nas condições operacionais tradicionais da turbina. Esta mudança requer a conquista de novos atributos que permitem alcançar um desempenho que a qualifique positivamente na competição com outras técnicas de geração. No entanto, a questão não se resume a uma simples troca de papéis em um quadro estático. A indústria de eletricidade se encontra no meio de um processo de transformações profundas e isto amplia o conjunto de questões tecnológicas que precisam ser enfrentadas:
Eficiência: a demanda por um aumento crescente na eficiência do equipamento, por parte de um mercado gerador de eletricidade cada vez mais competitivo.
Flexibilidade: a busca de uma maior flexibilidade, em termos dos combustíveis utilizados, que se constitui em uma variável chave para superar as restrições à ampla difusão dessa técnica de geração.
Meio ambiente: a necessidade de melhora crescente do desempenho ambiental para fazer face a uma regulação cada vez mais severa.
¹ Booster: compressor com pequena relação de compressão, utilizado para aumentar a pressão em um sistema de gás.
Disponibilidade/Confiabilidade: a exigência de manter os níveis de disponibilidade/confiabilidade desse equipamento, agora submetido a condições operacionais mais agressivas e extensas no tempo.
Escalas: a necessidade de reduzir continuamente os patamares de escala mínima, para atender a demanda crescente de flexibilidade, sem elevar os custos.
Esse conjunto de questões apresenta uma série de trade-off internos que não são de fácil solução, aponta a Revista. O avanço em cada uma dessas frentes não pode ser feito à custa do retrocesso em outras. Dessa forma, a natureza do desafio tecnológico se apresenta de forma bastante complexa. Complexidade que se traduz em termos de incerteza quanto aos resultados desse esforço inovativo, tanto no que diz respeito aos resultados técnicos quanto aos resultados econômicos.
Utilização da Turbina a Gás no mundo
MT30, a turbina marítima a gás mais potente do mundo
A Rolls-Royce, empresa de sistemas de energia, concluiu em janeiro de 2013 a instalação da turbina marítima a gás mais potente do mundo no HMS Queen Elizabeth, o novo porta-aviões da Marinha Real Britânica. (TRANSPORTA BRASIL, 2013; TRANSPORTEPRESS, 2013)
Segundo o portal TRANSPORTA BRASIL (2013), com 36 megawatts (cerca de 50 mil cavalos de potência) o modelo MT30 deriva da tecnologia de motores aéreos produzidos pela companhia. De acordo com a Rolls-Royce, após a instalação da segunda unidade no porta-aviões, o par de turbinas será capaz de gerar dois terços dos 109 megawatts necessários para impulsionar a embarcação de 65 mil toneladas.
O HMS Queen Elizabeth é o maior porta-aviões da força naval britânica e conta agora com energia suficiente para abastecer uma cidade como a de Swindon, que segundo o Censo de 2011 possui 209.000 habitantes. (TRANSPORTEPRESS, 2013)
“O chefe de Navios de Guerra no ministério da Defesa britânico, Tony Graham, celebrou o êxito da instalação. “A realização bem sucedida desse importante marco me deixa extremamente feliz”, afirmou, destacando que o motor MT30, o mais potente do mundo, será usado pela força militar britânica em seu maior navio já construído. “Todos os envolvidos nesse projeto devem sentir-se orgulhosos pela contribuição nesse esforço de ordem nacional”, completou.” (TRANSPORTA BRASIL, 2013)
Os serviços realizados foram feitos no estaleiro do grupo Babcock, em Rosyth, na Escócia. Uma vez que as turbinas compõem outro equipamento, chamado Alternador de Turbina a Gás (GTA, na sigla em inglês), que chega a pesar 120 toneladas. (TRANSPORTA BRASIL, 2013)
Turbosteamer, reaproveitando energia perdida em forma de calor
Segundo a MOTORDREAM (2011), a alemã BMW leva a sério o seu objetivo de ser pioneira na introdução de novas tecnologias para a indústria automobilística. A marca começou a trabalhar em 2011 em um gerador termoelétrico que irá reaproveitar a energia perdida em forma de calor nos motores a combustão. De acordo com os estudos da marca bávara, até 60% da energia gerada por um motor a combustão são perdidos em forma de calor. Os engenheiros da divisão EfficientDynamics querem capturar essa energia e reaproveitá-la, convertendo-a em energia elétrica. A energia armazenada a partir deste processo será capaz de fornecer energia para o funcionamento de diversos sistemas do automóvel, colocando menos pressão sobre o motor a combustão e, consequentemente, reduzindo o consumo de combustível em geral e o nível de emissão de gases poluentes. (CARADVICE, 2011)
O Turbosteamer é, essencialmente,um gerador de turbina a gás em miniatura que irá utilizar o calor dos gases do escapamento para criar vapor e, no processo, girar uma turbina a gás. O líder da equipe de conversores de energia térmica no BMW Group Research and Technology, Jürgen Ringler, explica,
“Um permutador de calor recupera o calor do escapamento do motor e esta energia é utilizada para aquecer um fluido que se encontrará sob alta pressão – este fluido aquecido, em seguida, transforma-se em vapor, que alimenta uma turbina de expansão, produzindo energia elétrica a partir do calor recuperado.” (CARADVICE, 2011)
Quanto ao peso e provável previsão de produção, a BMW diz que ela deve ter um sistema de Turbosteamer instalado e funcionando pronto para a produção em cerca de 10 anos. Ainda ressalta que o sistema só acrescentaria cerca de 10 a 15 kg de peso do carro, proporcionando energia elétrica suficiente para executar todos os auxiliares do automóvel durante condições de estrada e rodovia. Isso liberaria o motor reduzindo o consumo de combustível por "até 10 por cento". (CARADVICE, 2011)
Utilização da Turbina a Gás no Brasil
Usina Termoelétrica de Santa Cruz
As usinas termoelétricas tem um papel estratégico na matriz energética nacional, uma vez que são preparadas para entrar em operação quando o sistema elétrico brasileiro tem dificuldades de suprimento. Sempre que o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), órgão responsável por gerir o Sistema Interligado Nacional (SIN), identifica algum tipo de escassez de energia, é requisitada a partida das termoelétricas. (GLOBO ECOLOGIA, 2013)
Conforme explica Eduardo Marinho, supervisor de operação da termoelétrica Santa Cruz, essas usinas funcionam com a mesma lógica das hidrelétricas, só que utilizando combustível fóssil, ou seja, a energia é gerada a partir de um gerador acoplado a uma turbina. No caso da Usina de Santa Cruz, existem duas turbinas, gerando um total de 350 megawatt/hora sendo suficiente para alimentar uma cidade com até 400 mil habitantes. A usina trabalha segundo a programação estipulada pela ONS, “entretanto, em casos de emergência, sempre que a ONS solicita a partida da usina, ela consegue entrar em operação, com carga máxima de produção, em até uma hora”, conta o supervisor. (GLOBO ECOLOGIA, 2013)
A turbina da térmica é acoplada a um gerador, sendo o conjunto denominado unidade geradora. Existem 16 câmaras de gás, que a partir de uma ignição eletrônica, queimam 50 mil metros cúbicos de GLN por hora, fazendo a turbina girar a 3600 rotações por minuto. Para tirar a turbina do repouso é usado um motor elétrico que a leva a 2100 rotações por minuto. “A partir daí, a turbina é impulsionada somente pela queima dos gases das 16 câmaras, que devem trabalhar juntas para que o funcionamento da unidade ocorra de forma balanceada”, ressalta. (GLOBO ECOLOGIA, 2013)
No compartimento da turbina existem exaustores que expele o material resultante da queima para a atmosfera. Entretanto, na Usina de Santa Cruz, conforme explica Eduardo, parte desses gases expelidos em alta temperatura, servirão no futuro para esquentar uma caldeira. Do vapor resultando, outra turbina menor é impulsionada, adicionando 80 MW por turbina. (GLOBO ECOLOGIA, 2013)
Nova tecnologia de turbinas a gás natural
Segundo a revista online ÉPOCA NEGÓCIOS (2012), no ano de 2012 a GE (General Electric) apresentou no Brasil uma nova tecnologia para turbinas a gás apostando na necessidade crescente do país de complementação do suprimento de energias renováveis.
A GE investiu US$ 500 milhões para desenvolver o portfólio de turbinar com a tecnologia FlexEfficiency 60 e, no Brasil, estima-se um mercado de 1,9 gigawatt por ano, a um custo de US$ 1 mil por kilowatt. (ÉPOCA NEGÓCIOS, 2012)
O presidente e CEO global da GE, Paul Browing, aposta no aumento do mercado de gás natural no Brasil por conta do pré-sal. Ele lembra que o fornecimento de energia eólica é intermitente e que a geração hidrelétrica depende do regime de chuvas, sendo necessário um sistema confiável e que garanta fornecimento constante. Browning reconhece que os preços da energia eólica e solar caíram muito nos últimos dez anos e tendem a continuar recuando. "Isso representa um desafio para o nosso negócio", admitiu. "Mas apostamos num superciclo de 25 anos de gás natural, já que haverá oferta crescente e maior uso de energias renováveis. Fizemos um investimento multibilionário", disse, lembrando que a GE investiu US$ 11 bilhões em aquisições ligadas a ao mercado de gás. (ÉPOCA NEGÓCIOS, 2012)
A empresa aposta nos equipamentos por serem mais eficientes e permitirem melhor integração com fontes renováveis. A eficiência é de mais de 61%, um ponto porcentual superior à da tecnologia anterior. "Parece que não é muito, mas o gás é um custo relevante. Apenas um ponto representa dezenas de milhões de dólares por ano em economia de custos de operação", disse.  (ÉPOCA NEGÓCIOS, 2012)
A GE também fechou um contrato de R$ 2,8 bilhões com a Petrobrás, pelo qual serão entregues pela GE aproximadamente 380 sistemas de cabeça de poço e ferramentas de instalação necessárias à exploração de petróleo e na qual 75% das peças serão fabricadas no Brasil, segundo a empresa. O presidente da GE Oil & Gas para América Latina, João Geraldo Ferreira, comentou “Queremos crescer com o país”. (ÉPOCA NEGÓCIOS, 2012)
CONCLUSÃO
A turbina a gás tem pontos positivos e negativos, o que permite avaliar se realmente é válida a implantação desta tecnologia em determinadas situações, lembrando sempre que a dificuldade está na projeção e implantação desta tecnologia. Uma vez em funcionamento, ela gera “n” benefícios, pois seu custo com matéria prima é baixo, não exige muita água para seu resfriamento e seu conjunto tamanho/peso é menor que as demais. Entretanto, nota-se que essa tecnologia é pouco utilizada, não só no Brasil, mas também no restante do mundo. Deve se creditar isso ao seu difícil acesso e ao seu alto grau de complexidade. Apesar disso, ela permite que setores como o da aviação prosperem, pois os motores que compõem os aviões são compostos com turbinas a gás que produzem uma violenta força de empuxo e, através disso tornam aviões a primeira opção quando se quer viajar com rapidez e facilidade. Devido ao seu alto custo de implantação, estas turbinas estão presentes apenas em setores que possuem uma economia sólida e estável, com isso apenas empresas de grande porte tem a ousadia de ultrapassar todas as barreiras para tirar o projeto do papel e o tornar real. 
REFERÊNCIAS
MENESES, E. L. O uso de turbinas a gás para geração de energia elétrica em plataformas, jan. 2011. Disponível em: <http://www.uezo.rj.gov.br/tccs/capi/ErnaniMeneses.pdf>. Acessado em 11 de set. 2013. 
PANTANAL ENERGIA. Turbina a Gás, [200-?]. Disponível em: <http://www.pantanalenergia.com.br/framestructure.asp?operation.asp>. Acessado em 11 de set. 2013.
BICALHO, R. G. et al. Turbina a Gás: Oportunidades e Desafios, [200-?]. Disponível em 
<http://www.sbpe.org.br/socios/download.php?id=146‎> e na Revista Brasileira de Energia, Vol. 8, Nº 1. Acessado em 11 de set. 2013.
CLARO FILHO, Antônio et al. Turbina a Gás, pág 8, nov. 2011. Disponível em 
<http://www.slideshare.net/FernandoMendona3/apresentacao-turbina-a-gs-oficial> Acesso em 12 de set. 2013. 
MARSHALL, Brain. Vantagens e desvantagens de Turbinas a gás, [200-?]. Disponível em: <http://ciencia.hsw.uol.com.br/turbina-a-gas2.htm>. Acesso em 12 de set. 2013.
______. O funcionamento básico da turbina a gás, [200-?]. Disponível em: <http://ciencia.hsw.uol.com.br/turbina-a-gas3.htm >. Acesso em 13 de set. 2013.
ANGOP. Especialista destaca vantagens de turbinas a gás no sector eléctrico, jan 2010. Disponível em: 
<http://www.portalangop.co.ao/angola/pt_pt/noticias/economia/2010/0/2/Especialista-destaca-vantagens-turbinas-gas-sector-electrico,276c5583-ac07-474e-a6a9-42df50a6ae5a.html>. Acesso em 12 de set. 2013.
Apostila: Turbinas a Gás: Fundamentos, Tecnologias, Operação e Manutenção. Geração Termelétrica:Planejamento, Projeto e Operação, Lora, E.E.S., do Nascimento, M.A.R (Orgs), Ed. Interciência, Rio de Janeiro, 2004.
ANDRADE, A.S. Máquinas Térmicas, [201-?]. Disponível em: <http://www.madeira.ufpr.br/disciplinasalan/AT056-Aula10.pdf>. Acesso em 12 de set. 2013. 
ANTONIO, Guilherme. Turbinas a gás, [201-?]. Disponível em: <http://antonioguilherme.web.br.com/Arquivos/turbina_gas.php>. Acesso em 13 de set. 2013.
GLOBO ECOLOGIA. Entenda como acontece a geração de energia nas usinas termoelétricas, 23 de jun. 2013. Disponível em: <http://redeglobo.globo.com/globoecologia/noticia/2012/06/entenda-como-acontece-geracao-de-energia-nas-usinas-termoeletricas.html>. Acesso em 18 de set. 2013.
ÉPOCA NEGÓCIOS. GE apresenta nova tecnologia de turbinas a gás natural, 04 de out. 2012. Disponível em: <http://epocanegocios.globo.com/Informacao/Acao/noticia/2012/10/ge-apresenta-nova-tecnologia-de-turbinas-gas-natural.html>. Acesso em 18 de set. 2013.
TRANSPORTA BRASIL. Rolls-Royce instala a turbina a gás mais potente do mundo, 25 de jan. de 2013. Disponível em: <http://www.transportabrasil.com.br/2013/01/rolls-royce-instala-a-turbina-a-gas-mais-potente-do-mundo/>. Acesso em 18 de set. 2013.
TRANSPORTEPRESS. HMS Queen Elizabeth usa turbinas Rolls-Royce, 23 de jan. 2013. Disponível em: <http://www.transportepress.com/site/hms-queen-elizabeth-usa-turbinas-rolls-royce/>. Acesso em 18 de set. 2013.

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