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1 INTRODUÇÃO Cada vez mais, as entidades privadas estão comprometidas com o meio social em que vivem, pois não é admissível que retirem lucros da sociedade sem uma contrapartida significativa de responsabilidade social. Estamos entrando numa época onde ética, transparência e compromisso ambiental/social serão tão relevantes quanto o lucro e a produtividade. De acordo com definição do Instituto Ethos, responsabilidade social "é uma forma de conduzir os negócios da empresa de tal maneira que ela se torne parceira e corresponsável pelo desenvolvimento social". A contabilidade, como ciência, vem se desenvolvendo para aprimorar informações, entre as quais, o desempenho social de determinada entidade. Não basta apenas medir o resultado financeiro-econômico, pois acionistas, investidores, financiadores e público em geral desejam informações mais específicas sobre o desempenho e a utilização de recursos sociais. Obviamente, que se tratando de uma ciência em desenvolvimento, a contabilidade social da iniciativa privada ainda está a percorrer os caminhos de consolidação de práticas e normas. 2 1. HISTÓRICO Nos anos 60, nos EUA e na Europa, o repúdio da população à guerra do Vietnã deu início a um movimento de boicote à aquisição de produtos e ações de algumas empresas ligadas ao conflito. A sociedade exigia uma nova postura ética e diversas empresas passaram a prestar contas de suas ações e objetivos sociais. A elaboração e divulgação anual de relatórios com informações de caráter social resultaram no que hoje se chama de balanço social. No Brasil a ideia começou a ser discutida na década de 70. Contudo, apenas nos anos 80 surgiram os primeiros balanços sociais de empresas. A partir da década de 90 corporações de diferentes setores passaram a publicar balanço social anualmente. A proposta, no entanto, só ganhou visibilidade nacional quando o sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, lançou, em junho de 1997, uma campanha pela divulgação voluntária do balanço social. Com o apoio e a participação de lideranças empresariais, a campanha decolou e vem suscitando uma série de debates através da mídia, seminários e fóruns. Hoje é possível contabilizar o sucesso desta iniciativa e afirmar que o processo de construção de uma nova mentalidade e de novas práticas no meio empresarial está em pleno curso. 3 2. BALANÇO SOCIAL E CONTABILIDADE SOCIAL 2.1 BALANÇO SOCIAL É um conjunto de informações demonstrando atividades de uma entidade privada com a sociedade que a ela está diretamente relacionada, com objetivo de divulgar sua gestão econômico-social, e sobre o seu relacionamento com a comunidade, apresentando o resultado de sua responsabilidade social. 2.2 CONTABILIDADE SOCIAL É um termo utilizado na esfera governamental. Constitui-se num relatório macroeconômico, que destaca a estrutura e os resultados globais da economia, utilizando-se de dados que demonstrem: o crescimento real, a tendência e a constituição setorial da economia nacional; as realizações dos setores públicos; a poupança interna e a distribuição de renda entre os diversos setores produtivos. 2.3 VANTAGENS DO BALANÇO SOCIAL Num mundo globalizado, os grupos sociais de pressão estão mais organizados e atuantes em defesa dos interesses da sociedade e do meio ambiente. Obviamente, isto influencia os consumidores, os quais tendem a adquirir, cada vez mais, produtos e serviços cujas entidades produtoras respeitem normas de proteção ao trabalho, do meio-ambiente e contribuam com a sociedade como um todo. Com base nos resultados e indicadores de desempenho apresentados no Balanço Social, a organização pode planejar e executar um conjunto de atividades que resultem em benefícios para os empregados, para a comunidade, para o meio ambiente e para si própria. A gestão dos indicadores sociais poderá propiciar à entidade os seguintes benefícios: 4 1. aumento de produtividade dos seus empregados; 2. fortalecimento da sua imagem institucional (marketing social); 3. aumento da sua fatia de participação no mercado. O balanço social favorece a todos os grupos que interagem com a empresa. Aos dirigentes fornece informações úteis à tomada de decisões relativas aos programas sociais que a empresa desenvolve. Seu processo de realização estimula a participação dos funcionários na escolha das ações e projetos sociais, gerando um grau mais elevado de comunicação interna e integração nas relações entre dirigentes e o corpo funcional. Aos fornecedores e investidores, informa como a empresa encara suas responsabilidades em relação aos recursos humanos e à natureza, o que é um bom indicador da forma como a empresa é administrada. Para os consumidores, dá uma ideia de qual é a postura dos dirigentes e a qualidade do produto ou serviço oferecido, demonstrando o caminho que a empresa escolheu para construir sua marca. E ao Estado, ajuda na identificação e na formulação de políticas públicas. Enfim, como dizia Betinho: "o balanço social não tem donos, só beneficiários". A primeira tarefa do contabilista para uma adequada formação de dados para o balanço social é ajustar o plano de contas da entidade. Além das contas normais e tradicionais, incluem-se no plano de contas títulos relacionados aos gastos sociais. 2.4 TIPO DE ENTIDADES A ELABORAR BALANÇO SOCIAL Todas as entidades, independente de porte, que queiram demonstrar à sociedade a sua responsabilidade social, devem divulgar Informações de Natureza Social e Ambiental. Aquelas que optarem por sua apresentação, devem adotar as regras estabelecidas pela NBC T 15. Não compete ao Conselho Federal de Contabilidade obrigar as empresas a elaborarem Demonstrações, mas somente discipliná-las, de acordo com o item 15.1.3 da Resolução CFC nº 1.003/04: "A Demonstração de Informações de Natureza Social e Ambiental, ora instituída, quando elaborada, deve evidenciar os dados e as informações de natureza social e ambiental da entidade, extraídos ou não da contabilidade, de acordo com os procedimentos determinados por esta norma". 5 As Informações de Natureza Social e Ambiental, quando elaboradas devem ser assinadas por Contabilista e auditadas por Auditor Independente, conforme o item 15.3.3 da NBC T 15, "A Demonstração de Informações de natureza Social e Ambiental deve ser objeto de revisão por auditor independente, a ser publicada como relatório deste, quando a entidade for submetida a esse procedimento". 2.5 REGULAMENTAÇÃO Não há, até o presente momento, uma regulamentação específica, no Brasil, sobre a obrigatoriedade de publicação do balanço social. Entretanto, alguns órgãos regulamentadores, como a CVM e o CFC, emitiram algumas instruções, que devem nortear a publicação dos respectivos balanços. 2.6 CVM A CVM – Comissão de Valores Mobiliários – órgão regulador do Mercado de Capitais no Brasil, em determinadas ocasiões tratou das informações de natureza social, como no Parecer de Orientação CVM nº 15/87 na parte que trata do Relatório da Administração. No Ofício Circular CVM/SNC/SEP/ no 01/00, a CVM sugeriu a utilização de modelo elaborado pela Fundação Instituto de Pesquisa Contábeis, Atuariais e Financeiras da USP (FIPECAFI). Além disso, fez incluir no anteprojeto de reformulação da Lei 6.404/1976 a obrigatoriedade da divulgação da Demonstração do Valor Adicionado e de informações de natureza social e de produtividade. A Lei 11.638/2007 ao alterar e atualizar as regras contábeis brasileiras inseriu no artigo 176 da Lei 6.404/1976 a obrigatoriedadedas companhias abertas prepararem e divulgarem também a Demonstração do Valor Adicionado, a partir do exercício social de 2008, publicação em 2009. 6 3. NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE O CFC, Conselho Federal de Contabilidade, introduziu uma Norma Brasileira de Contabilidade, a NBC T 15, específica sobre elaboração do Balanço Social. Referida norma foi publicada no Diário Oficial da União de 06.09.2004. As Normas Brasileiras de Contabilidade estabelecem regras de conduta profissional e procedimentos técnicos a serem cumpridos em consonância com os Princípios Fundamentais de Contabilidade. Referidas normas atualmente estão reguladas pela Resolução CFC 1.328/2011. A inobservância de Normas Brasileiras de Contabilidade constitui infração disciplinar, sujeita às penalidades previstas nas alíneas “c”, "d" e "e" do artigo 27 do Decreto-lei 9.295/1946, e, quando aplicável, ao Código de Ética Profissional do Contabilista. 3.1 INFORMAÇÕES DE NATUREZA SOCIAL A NBC T 15 - Informações de Natureza Social e Ambiental, aprovada pela Resolução CFC 1003/2004, trata especificamente dos procedimentos para evidenciação de informações de natureza social e ambiental, com o objetivo de demonstrar à sociedade a participação e a responsabilidade social da entidade. A Resolução entrou em vigor a partir de 1º de janeiro de 2006, sendo recomendada a sua adoção antecipada. Para fins desta norma, entende-se por informações de natureza social e ambiental: a) a geração e a distribuição de riqueza; b) os recursos humanos; c) a interação da entidade com o ambiente externo; d) a interação com o meio ambiente. 7 4. DEMONSTRAÇÃO DE INFORMAÇÕES DE NATUREZA SOCIAL E AMBIENTAL A Demonstração de Informações de Natureza Social e Ambiental, instituída pela NBC T 15, quando elaborada, deve evidenciar os dados e as informações de natureza social e ambiental da entidade, extraídos ou não da contabilidade, de acordo com os procedimentos determinados pela respectiva norma. Respectiva demonstração, quando divulgada, deve ser efetuada como informação complementar às demonstrações contábeis, não se confundindo com as notas explicativas. A Demonstração de Informações de Natureza Social e Ambiental deve ser apresentada, para efeito de comparação, com as informações do exercício atual e do exercício anterior. 4.1 INFORMAÇÕES OBRIGATÓRIAS A SEREM DIVULGADAS Para fins de aplicação das informações obrigatórias, utilizou-se as constantes na NBC T 15 - Informações de Natureza Social e Ambiental. Nada impede que, além dos dados obrigatórios especificados, a entidade possa fornecer outros, visando ampliar a transparência de sua gestão social. A NBC T 15 entrou em vigor a partir de 1º de janeiro de 2006, porém o CFC recomendou a sua adoção antecipada. 4.2 GERAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE RIQUEZAS A riqueza gerada e distribuída pela entidade deve ser apresentada conforme a Demonstração do Valor Adicionado, definida na NBC T 3 e detalhada pela NBC T 3.7. A Resolução CFC 1.329/2011 alterou a sigla e a numeração da NBC T 3.7 para NBC TG 09. A Demonstração do Valor Adicionado – DVA é a demonstração contábil destinada a evidenciar, de forma concisa, os dados e as informações do valor da riqueza gerada pela entidade em determinado período e sua distribuição. 8 A riqueza gerada pela empresa, medida no conceito de valor adicionado, é calculada a partir da diferença entre o valor de sua produção e o de terceiros utilizados nas atividades. A análise da distribuição do Valor Adicionado ajuda a compreender a contribuição da empresa para a renda da sociedade e a identificar os seus principais beneficiários diretos. 9 5. SELO IBASE Desde 1997 o Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas, IBASE, busca disseminar e fortalecer o pensamento e a ação pautados pela ética e responsabilidade social no meio empresarial. O tema vem consolidando-se durante esse tempo. Esta linha programática trabalha com o projeto “Balanço Social e responsabilidade social das empresas”. As atividades buscam elaborar argumentos e indicadores; consolidar e disseminar conceitos e informações sobre responsabilidade social das empresas; e manter e ampliar a utilização do Modelo Ibase de Balanço Social como instrumento anual de prestação de contas (transparência) e gestão nas empresas. O selo do Ibase, criado em 1998, é o reconhecimento de que a empresa assume publicamente a veracidade das práticas reveladas por seu Balanço Social. O instrumento é concedido apenas a empresas que preenchem o Balanço Social no modelo Ibase na íntegra, que se comprometem a distribuí-lo entre seu corpo funcional e publicá-lo em jornal ou revista de grande circulação. Outra exigência é uma carta-compromisso assinada pela presidência ou direção afirmando a não utilização de mão-de-obra escrava e/ou infantil. É vedado o uso do selo por empresas de armas, cigarros e bebidas alcoólicas – ainda que preencham todos os requisitos. Havendo denúncias fundadas e/ou processos judiciais contra a empresa, o Ibase se sente no direito de suspender o uso do selo Balanço Social. Por ser um instituto privado, a aplicabilidade de suas normas se restringe às entidades que espontaneamente se submeterem a elas. O Ibase suspendeu em 2008 a entrega do Selo Balanço Social Ibase/Betinho, que está em fase de avaliação e reformulação. 10 5.1 MODELO IBASE DO BALANÇO SOCIAL Balanço Social Anual / 20XX Empresa: 1 - Base de Cálculo 20XX Valor (Mil reais) 20XX-1 Valor (Mil reais) Receita líquida (RL) Resultado operacional (RO) Folha de pagamento bruta (FPB) 2 - Indicadores Sociais Internos Valor (mil) % sobre FPB % sobre RL Valor (mil) % sobre FPB % sobre RL Alimentação Encargos sociais compulsórios Previdência privada Saúde Segurança e saúde no trabalho Educação Cultura Capacitação e desenvolvimento profissional Creches ou auxílio-creche Participação nos lucros ou resultados Outros Total - Indicadores sociais internos 3 - Indicadores Sociais Externos Valor (mil) % sobre RO % sobre RL Valor (mil) % sobre RO % sobre RL Educação Cultura Saúde e saneamento Esporte Combate à fome e segurança alimentar Outros Total das contribuições para a sociedade Tributos (excluídos encargos sociais) Total - Indicadores sociais externos 4 - Indicadores Ambientais Valor (mil) % sobre RO % sobre RL Valor (mil) % sobre RO % sobre RL Investimentos relacionados com a produção/ operação da empresa Investimentos em programas e/ou projetos externos Total dos investimentos em meio ambiente Quanto ao estabelecimento de “metas anuais” para minimizar resíduos, o consumo em geral na produção/ operação e aumentar a eficácia na utilização de recursos naturais, a empresa ( ) não possui metas ( ) cumpre de 51 a 75% ( ) cumpre de 0 a 50% ( ) cumpre de 76 a 100% ( ) não possui metas ( ) cumpre de 51 a 75% ( ) cumpre de 0 a 50% ( ) cumpre de 76 a 100% 5 - Indicadores do Corpo Funcional 20XX 20XX-1 Nº de empregados(as) ao final do período Nºde admissões durante o período Nº de empregados(as) terceirizados(as) Nº de estagiários(as) Nº de empregados(as) acima de 45 anos Nº de mulheres que trabalham na empresa % de cargos de chefia ocupados por mulheres Nº de negros(as) que trabalham na empresa % de cargos de chefia ocupados por negros(as) Nº de pessoas com deficiência ou necessidades especiais 11 6 - Informações relevantes quanto ao exercício da cidadania empresarial 20XX Valor (Mil reais) Metas 20XX+1 Relação entre a maior e a menor remuneração na empresa Número total de acidentes de trabalho Os projetos sociais e ambientais desenvolvidos pela empresa foram definidos por: ( ) direção ( ) direção e gerências ( ) todos(as) empregad os(as) ( ) direção ( ) direção e gerências ( ) todos(as) empregad os(as) Os pradrões de segurança e salubridade no ambiente de trabalho foram definidos por: ( ) direção e gerência s ( ) todos(as) empregad os(as) ( ) todos(as) + Cipa ( ) direção e gerência s ( ) todos(as) empregad os(as) ( ) todos(as) + Cipa Quanto à liberdade sindical, ao direito de negociação coletiva e à representação interna dos(as) trabalhadores(as), a empresa: ( ) não se envolve ( ) segue as normas da OIT ( ) incentiva e segue a OIT ( ) não se envolver á ( ) seguirá as normas da OIT ( ) incentivará e seguirá a OIT A previdência privada contempla: ( ) direção ( ) direção e gerências ( ) todos(as) empregad os(as) ( ) direção ( ) direção e gerências ( ) todos(as) empregad os(as) A participação dos lucros ou resultados contempla: ( ) direção ( ) direção e gerências ( ) todos(as) empregad os(as) ( ) direção ( ) direção e gerências ( ) todos(as) empregad os(as) Na seleção dos fornecedores, os mesmos padrões éticos e de responsabilidade social e ambiental adotados pela empresa: ( ) não são consider ados ( ) são sugeridos ( ) são exigidos ( ) não serão consider ados ( ) serão sugeridos ( ) serão exigidos Quanto à participação de empregados(as) em programas de trabalho voluntário, a empresa: ( ) não se envolve ( ) apóia ( ) organiza e incentiva ( ) não se envolver á ( ) apoiará ( ) organizará e incentivará Número total de reclamações e críticas de consumidores(as): na empresa _______ no Procon _______ na Justiça _______ na empresa _______ no Procon _______ na Justiça _______ % de reclamações e críticas atendidas ou solucionadas: na empresa _______ % no Procon _______% na Justiça _______% na empresa _______ % no Procon _______% na Justiça _______% Valor adicionado total a distribuir (em mil R$): Em 20XX: Em 20XX-1: Distribuição do Valor Adicionado (DVA): ___% governo ___% colaboradores(as) ___% acionistas ___ % terceiros ___% retido ___% governo ___% colaboradores(as) ___% acionistas ___ % terceiros ___% retido 7 - Outras Informações 12 6. ALGUMAS ENTIDADES QUE ELABORAM O BALANÇO SOCIAL 6.1 UNIMED DO BRASIL Desde 2004, a Unimed do Brasil tem priorizado o preenchimento do Balanço Social do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (IBASE), como parte da Política Nacional de Responsabilidade Social. Na versão 2006, o Balanço foi implementado com a inclusão de mais itens, a fim de torná-lo cada vez mais adequado à realidade das cooperativas, e com informações importantes de serem destacadas neste modelo de publicação. A Unimed do Brasil acaba de certificar a Unimed Litoral Sul com o Selo de Responsabilidade Social 2013, em reconhecimento à incorporação de ações de sustentabilidade a sua gestão. Essa certificação possui quatro estágios e, neste ano, a Unimed Litoral Sul se manteve no estagio 3, o qual, passou no ano anterior. Esse estágio, afirma que a Cooperativa assimilou o conceito da gestão socialmente responsável, alcançando o estágio/profundidade de maturidade. A maioria das práticas de responsabilidade social corporativa é planejada e monitorada, e a Unimed Litoral Sul atende alguns públicos de relacionamento. As ações de responsabilidade social corporativa fazem parte do planejamento estratégico, tendo sido incorporadas em alguns processos de gestão e em algumas normas da cooperativa, desenhando a estrutura de uma futura política. A metodologia de avaliação baseia-se em temas de responsabilidade social (Valores, Transparência e Governança, Público Interno, Meio Ambiente, Fornecedores, Comunidade e Governo e Sociedade) e no Balanço Social modelo Ibase, adaptado às cooperativas. De acordo com a equipe de Responsabilidade da Unimed do Brasil, muito além de elencar ou classificar as cooperativas do sistema, o processo de certificação 13 do Selo de Responsabilidade Social permite auxiliar singulares e federações a constatarem seus pontos fortes e seus desafios em Responsabilidade Social Corporativa, sendo possível ao examinar os resultados, identificar oportunidades de aprimoramento em cada tema abordado. Para o presidente do Conselho de Administração da Unimed Litoral Sul, Dr. Carlos Faria, essa certificação reflete o crescimento da nossa Litoral Sul com as práticas socialmente responsáveis. A evolução nos Indicadores de Responsabilidade Social é reflexo de um comprometimento de toda a gestão da Unimed Litoral Sul. Estamos muito contentes com mais este reconhecimento, que nos fortalece para seguirmos evoluindo e beneficiando as comunidades nas quais estamos inseridos, através de nossos projetos e ações. 6.2 EMBRAPA Desde os primórdios de sua existência, a Embrapa optou por ser transparente, prestando conta de cada real que a sociedade investiu nela. Isto é feito de várias maneiras, com graus de complexidade diferentes. O Balanço Social enfatiza competentemente as duas facetas da ação da Embrapa: o resultado de suas pesquisas e, para a sociedade, quanto custou produzi-lo. Ele é a síntese da vida da empresa. Na linguagem dos números, ele mostra quanto benefício trouxe o seu trabalho para o Brasil. 14 Balanço social EMBAPA 2012 15 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL Pelo quinto ano consecutivo, o Conselho Regional de Contabilidade publica o seu Balanço Social, descrevendo as principais ações desenvolvidas pela entidade no ano de 2012, no âmbito de sua gestão institucional; de pessoas; de registro, fiscalização e educação continuada; de responsabilidade social; e o balanço social em dados. Adotou como lema para esta edição três palavras que simbolizam o resultado deste exercício: ÉTICA, UNIÃO e TRABALHO. O comprometimento e a postura praticados mediante a representatividade da entidade tanto nos aspectos corporativos da classe contábil quanto nos dos anseios da sociedade civil organizada, estão aqui evidenciados, na sua pluralidade de ações, de frentes de trabalho, em várias diretrizes, tendo bem presente que os resultados alcançados são fruto direto das boas práticas da ética, da união e do trabalho, afinados com a necessária transparência, que geram reconhecimento e credibilidade. 16 BALANÇO SOCIAL CRCRS 17 BALANÇO SOCIAL CRCRS 18 BALANÇO SOCIAL CRCRS19 CONCLUSÃO Balanço Social é uma valiosa ferramenta de transparência das organizações. Tem por objetivo divulgar o seu desempenho econômico, social e ambiental para o seu público de interesse. É um demonstrativo que permite acompanhar as ações praticadas com responsabilidade social pela empresa anualmente, através das informações na forma de indicadores sociais, seja interno ou externo, dos indicadores ambientais e dos indicadores do corpo funcional da mesma, entre outras informações. Com isso, fica registrada a progressão das atividades sociais, evidenciando sua continuidade e abrangência exigida pela responsabilidade social. 20 BIBLIOGRAFIA EMBRAPA. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Disponível em: <http://bs.sede.embrapa.br/2012/>. Acessado em: 22 set 2013. <http://revistacrcrs.tempsite.ws/temp_site/edicao-91.pdf> acesso em 22/09/2013 <http://www.balancosocial.org.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=2> acesso em 22/09/2013 <http://www.unimed.coop.br/pct/index.jsp?cd_canal=53802&cd_secao=53787&cd_m ateria=347011 acesso em 22/09/2013 http://www1.unimed.com.br/portal/download/rs/Selo2011/ManualPreenchimento_BS 2010.pdf acesso em 22/09/2013 ZANLUCA, Júlio César. Balanço Social. Obra eletrônica Atualizável. Portal Tributário Editora e Maph Editora, 2013.
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