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Trabalho de filosofia Maquiavel

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FACULDADE PITÁGORAS 
 PROFESSOR: RODRIGO ITURRA WOLF 
DISCIPLINA: FILÓSOFIA (HOMEM, CULTURA E SOCIEDADE). 
SALA: 204 – 1º PERIODO - NOTURNO 
CURSO: ENGENHARIA QUÍMICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
O PRÍNCIPE – MAQUIAVEL (1513). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Luís 
 
2014 
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FACULDADE PITÁGORAS 
 PROFESSOR: RODRIGO ITURRA WOLF 
DISCIPLINA: FILÓSOFIA (HOMEM, CULTURA E SOCIEDADE). 
SALA: 204 – 1º PERIODO - NOTURNO 
CURSO: ENGENHARIA QUÍMICA 
 
 
O Príncipe – Maquiavel (1513). 
 
 
ADRIANA FREITAS MATOS 
ANIZIA FURTADO DURANS 
ELIELTON MARQUES DE SOUSA 
GESSÉ RIBEIRO DOS SANTOS 
MAXWELL DE JESUS COSTA BEZERRA 
RAMON BATISTA 
RAURYANE DE MORAES PEREIRA 
WESLEY DINIZ ANDRADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Luís 
2014 
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FACULDADE PITÁGORAS 
 PROFESSOR: RODRIGO ITURRA WOLF 
DISCIPLINA: FILÓSOFIA (HOMEM, CULTURA E SOCIEDADE). 
SALA: 204 – 1º PERIODO - NOTURNO 
CURSO: ENGENHARIA QUÍMICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado ao Curso de Engenharia 
Química da Faculdade Pitágoras, para obtenção de 
nota da disciplina Filosofia (Homem, Cultura e 
Sociedade). 
Sala: 204 – 1º período – noturno 
 
Professor: Rodrigo Iturra Wolf 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Luís 
2014 
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“Agradecemos ao professor: Rodrigo 
Iturra Wolf, pela paciência, orientação е 
incentivo qυe tornaram possível а 
realização deste trabalho.” 
 
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"O príncipe deve ter o cuidado de não 
ofender senão aos impotentes, se 
possível. E, se é obrigado a ofender 
poderosos, capazes de represálias, 
que ao menos seja radical na ofensa.” 
 Maquiavel 
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RESUMO 
 
 
 
Desenvolvemos este trabalho com o intuito de apresentar e dialogar as ideias 
filosóficas contidas na obra de Principatibus – Il Principe – O Príncipe. Que propõe 
investigar qual a essência dos principados, de quantas espécies podem ser, como 
são conquistados, conservados e por que se perdem. A obra tem como objetivo 
Geral: Como manter o Poder (e não como fazer o bem); Busca a razão da política e 
do Poder – Doença; 
A obra não inicia com uma digressão sobre a natureza humana, a moral, Deus, o 
bem ou o mal, mas, diretamente com a natureza dos regimes políticos. 
 Teses centrais da obra: 
1. Não existe Poder sem um Estado Nacional Forte; 
2. O verdadeiro Deus da política não é religioso nem moral: é a 
correlação de forças; 
3. Maquiavel é um autor materialista; 
4. O Política é uma disciplina positiva e não normativa; 
5. Não há qualquer sentido da História. 
 
Desta forma, o principal tema a ser explorado é a “Autonomia das esferas política e 
social; 
 O Pressuposto não são as virtudes do cidadão; 
 Objeto: O que é Soberania? De quantas espécies são? Como ela é 
adquirida? Como ela é conservada? Como ela é perdida? 
 
Palavras – chave: Maquiavel, O príncipe, Política e Natureza Humana. 
 
 
 
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SUMÁRIO 
 
 
1. INTRODUÇÃO............................................................................................07 
 
2. PARTE I...................................................................................................08 
 
3. PARTE II .................................................................................................09 
 
4. PARTE III ................................................................................................10 
 
5. PARTE IV.................................................................................................11 
 
6. PARTE V .................................................................................................12 
 
7. PARTE VI .................................................................................................13 
 
8. PARTE VII ................................................................................................14 
 
9. PARTE VIII ...............................................................................................15 
 
10. PARTE IX .................................................................................................16 
 
11. PARTE X ................................................................................................17 
 
12. PARTE XI ...............................................................................................18 
 
13. PARTE XII ..............................................................................................19 
 
14. CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................20 
 
15. REFÊRENCIAS BIBLIOGRAFICAS............................................................21 
 
 
 
 
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1. INTRODUÇÃO 
 
 
Neste trabalho estudamos o Livro de Niccolò Macchiavelli, o Príncipe – 
especificadamente o tema “como se deve comportar “o poderoso” para se manter 
por um longo período no poder., onde analisamos a doutrina por ele ensinada e 
fizemos um breve resumo sobre alguns itens importantes contidos na obra, tais 
como as questões de Platão que, que Maquiavel se apoiou questões estas que 
condenava a pleonexia.(Desejo insaciável de mais poder, riqueza e prazer, que 
atraí várias pessoas). A obra nos ensina como sobreviver na selva humana. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Parte I 
 
Capitulo I 
 
O desejo de conquistar é sem dúvida algo de ordinário e natural, e todo aquele que se entrega a tal 
desejo quando possui os meios para realizá-lo, é antes louvado que censurado, mas formar o 
desígnio sem poder executá-lo é incorrer na censura e cometer um erro”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Parte II 
 
Capitulo II 
 
Ter forças suficientes, tanto para conquistar, como para conservar: Triunfo 
do mais forte 
 
“A guerra, as instituições e as regras que lhe dizem respeito são o único objeto a que um 
príncipe deve consagrar seus pensamentos e aplicar-se, o único que lhe convém como 
ofício; eis o verdadeiro ofício de todo governante. E, graças a ela, não só os que nasceram 
príncipes podem manter-se, mas também os que nasceram simples particulares podem, 
muitas vezes, tornar-se príncipes. Foi por haverem negligenciado as armas, preferindo-
lhes as doçuras da indolência, que se tem visto soberanos perderem os seus Estados. 
Desprezar a arte da guerra é o primeiro passo para a ruína: possuí-la perfeitamente, eis o 
meio de levar-se ao poder”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Parte III 
 
Capitulo IV 
 
“Os principais fundamentos que têm todos os Estados [...] são as boas leis e as 
boas armas”. 
 Não pode haver boas leis onde não há boas armas; 
 Mas o que chama Maquiavel boas armas? 
1. Boas armas, boas tropas são apenas as que são próprias ao príncipe, 
composta de seus cidadãos, de seus súditos, de suas criaturas. 
2. Boas tropas: apenas as tropas NACIONAIS.11 
 
Parte IV 
 
Capítulo VI 
 
 4 maneiras para se conquistar o poder, às quais poderão corresponder 
diferentes modos de conservar ou perder. 
 
1) Conquista-se pela própria Virtu (por meio de suas próprias armas); 
2) Pela fortuna e pelas armas alheias; 
3) Por meio de perversidades (velhacarias); 
4) Pelo consentimento dos concidadãos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Parte V 
 
Capítulo VIII 
 
 
 O Príncipe necessita de meios hábeis para constranger tais perigos: 
“A força é justa quando necessária” 
 
“Todos os profetas armados venceram, desarmados arruinaram-se”. 
“Que os povos são naturalmente inconstantes e que, se é fácil persuadi-los de 
alguma coisa, é difícil consolidá-los em tal persuasão: portanto, é preciso dispor as 
coisas de tal maneira que, ao não crerem mais, seja possível obrigá-los a crer pela 
força”. 
Mas quando os fundadores, sabendo apoiar-se na força, conservadora das 
crenças, conseguiram atravessar esses obstáculos e superar essas dificuldades 
extremas, quando começaram a ser venerados e a se libertarem dos invejosos de 
sua classe, permaneceram poderosos, tranqüilos, honrados e felizes”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Parte VI 
 
 
Capítulo X 
 
“A menos que um homem seja dotado de grande espírito e de grande valor, é 
pouco provável que, tendo vivido sempre como simples particular, saiba 
comandar”. 
 Estados subitamente formados carecem de raízes profundas e correm o 
risco de desmoronarem à primeira tempestade. 
“A menos que o Príncipe favorecido pela fortuna se ache dotado desse grande 
espírito e desse grande valor, e que saiba preparar-se imediatamente para 
conservar o que a fortuna lhe colocou nas mãos”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Parte VII 
 
Capítulo XI 
 
“A tal respeito, é preciso observar que os homens devem ser ou 
acariciados ou esmagados; eles se vingam das injúrias leves; não o podem fazer 
quando muito grandes; donde se conclui que, tratando-se de ofender um homem, 
deve-se fazê-lo de tal maneira que não se possa temer vingança”. 
 Maquiavel chama de Remédios Heroicos. 
 
 A conquista de um principado pelo favor dos concidadãos 
 Exige alguma fortuna e alguma virtu, mas, nem toda a fortuna e nem toda a 
virtu; 
 Ora é o povo, ora são os grandes que constituem o Príncipe; 
 Ascende a este principado ou pelo favor do povo ou pelo favor dos grandes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Parte VIII 
 
Capítulo XII 
 
 “Assim é que o povo constitui um príncipe quando, incapaz de resistir aos 
Grandes, coloca toda sua esperança no poder de um simples particular que 
haverá de defendê-lo”. 
 “E também os Grandes, que se sentem incapazes de resistir ao povo, 
recorrem ao crédito, à ascendência de um deles, constituindo-o príncipe a 
fim de poderem, à sombra de sua autoridade, continuar a satisfazer seus 
desejos ambiciosos”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Parte IX 
Capítulo XVI 
 Maquiavel pouco se interessa pelos principados eclesiásticos: (não 
compreende, julgando-o enfraquecedor, estranho à virtu) 
Conquista-se pela fortuna ou pela virtu, mas, para se conservá-lo não se precisa de 
fortuna nem de virtu; 
Poder advindo do tradicionalismo religiosos; 
Basta o poder das antigas instituições religiosas: 
Substitui o bom governo, a dedicação dos súditos, a habilidade, o valor; 
“É Deus que os eleva e os conserva” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Parte X 
Capítulo XVIII 
“Os soldados comprados ou tomados de empréstimo não têm outro amor 
nem outra razão que os segure em campo a não ser um pouco de soldo, que não é 
suficiente para fazer com que queiram morrer por ti”. 
 Não se pode pagar um homem para fazer o que o faria o amante da pátria. 
“Ninguém vai lutar e morrer pela pátria, nem nobres, nem padres, nem 
capitães, nem soldados comprados, pedidos ou tomados de empréstimo. Ninguém, 
exceto os próprios patriotas”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Parte XI 
 
Capitulo XIX 
 O Príncipe vive no centro do perigo, sendo acompanhado por dois 
receios: 
1. Interior de seus Estados e o comportamento de seus súditos; 
2. O exterior e os desígnios das potências circundantes. 
 Infinita distinção entre: a maneira pela qual se vive X o modo como se 
deveria viver. 
 O Príncipe que quer manter-se como tal deve, aprender a ser ou não ser 
bom conforme necessidade; 
 “Que haveria de mais desejável do que um príncipe que reunisse todas as 
boas qualidades, fosse generoso, benfazejo, compassivo, fiel à sua palavra, 
firme e corajoso, indulgente, casto, franco, grave e religioso? Isto, porém, é 
praticamente impossível, a condição humana não comporta”. 
 Saber distinguir perfeitamente o bem e o mal; 
 Preferirá o bem, mas recusa fechar os olhos ante o que julga ser a 
necessidade do Estado; 
 Ante o que julga serem as servidões da condição humana; 
 Para um Príncipe, seria bom ter a reputação de liberal, generoso, mas, deve 
evitar usar da clemência inoportunamente. 
 
 
 
 
 
 
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Parte XII 
 
Capitulo XXI 
 
Mais vale ser amado que temido, ou temido que amado?” 
 Melhor consistiria em ser amado e temido, mas é difícil; 
 É mais seguro ser temido. Por quê? 
1. Os homens são geralmente ingratos, inconstantes, dissimulados, 
trêmulos em face dos perigos e ávidos de lucro; enquanto lhes fazeis 
bem, são dedicados; oferecem-lhe o sangue, os bens, a vida, os 
filhos, enquanto o perigo só se apresenta remotamente, mas quando 
este se aproxima, bem depressa se esquivam; 
2. Os homens receiam muito menos ofender aquele que se faz amar do 
que aquele que se faz temer; 
3. O vínculo do amor, rompem-se ao sabor do próprio interesse, 
enquanto o temor sustenta-se por um medo do castigo, que jamais os 
abandona. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Loureço de Médicis, recebeu O Príncipe em manuscrito, porém, não devotou a 
mínima atenção; 
Maquiavel não pôde imaginar tamanha repercussão de sua obra; 
Em 1531, O Príncipe é impresso, sendo considerado Inofensivo pela igreja; 
A partir de 1550, a obra ganha as sociedades, levando a rumores que tomará conta 
do final do Século XVI. 
Em torno dos conflitos que encobertara o Renascimento, achar-se-ão envolvidos 
Maquiavel e sua Obra; 
Será considerada, a obra, escrita pelas mãos do demônio: “Old Nick”; 
Maquiavel é denunciado, em 1557, pelo papa Paulo IV, e inserido na lista do índex; 
A França o difama como sendo o conselheiro de Catarina de Médicis, inspirador de 
sua Corte; 
Os termos “maquiavélico” e “maquiavelismo” surgem nesse período, aderindo o 
verbo “maquiavelizar”. 
Nos Séculos XVI, XVII e XVIII por decorrência das sequenciais revoltas ideológicas 
e religiosas, buscará entender os escritos de Maquiavel; 
Rousseau, No Contrato Social, proporá que Maquiavel simulando dar orientações 
aos reis, deu grandes lições aos povos, dizendo ser seu livro o Livro dos 
Republicanos; Napoleão, que domina o Século XIX, aparece a seus inimigos, como 
a realização mais perfeita do Príncipe; 
Quando no Século XX, O Breve Século, possuem por escopo a Obra de Maquiavel,valendo-se Benito Mussolini, Hitler e Stalin; 
O Príncipe é, contudo, uma obra mais comentada que lida; 
Cabe indagar, portanto, por quê permeou seus ensinamentos ao longo da 
temporalidade? Por quê em pleno Século XXI, após cinco Séculos, ainda 
discutimos a obra de Maquiavel? 
Maquiavel apresentou cruamente o problema das relações entre a Política e a 
Moral, “O Príncipe deve estar à frente da moral”; 
Apresentou profunda cisão e irremediável separação entre Política e Moral; 
21 
 
Sua obra permanecerá em debate até o instante em que a humanidade deixar a 
vontade pelo poder de lado. 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
CHEVALLIER, Jean-Jacques. As grandes obras políticas de Maquiavel a 
nossos dias. 8ª ed. Rio de Janeiro: Agir, 2002. 
DE GRAZIA, Sebastian. Maquiavel no inferno. São Paulo: Companhia das Letras, 
1993. 
MACHIAVELLI, Nicolò. O Príncipe. 3a ed. Totalmente rev. São Paulo: Martins 
Fontes, 2004. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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