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Roteiro para implantar um sistema e gestão ambiental

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Estudando: Gestão Ambiental
Roteiro para um Sistema de Gestão Ambiental
O roteiro apresentado a seguir mostra as principais etapas a serem seguidas na implantação de um sistema de 
gestão ambiental. As ações recomendadas podem sofrer pequenas variações de uma empresa para outra.
QUADRO 14 - Roteiro para implantar um Sistema de Gestão Ambiental
Etapas Ações recomendadas
Designar equipe e 
coordenador para 
gerenciar a 
implantação
· Designar um representante da alta administração para liderar os 
trabalhos.
· Iniciar treinamento interno de pessoal para gestão ambiental.
· Estabelecer meios para a documentação do SGA.
Fazer auto-avaliação 
da organização
· Fazer uma avaliação ambiental inicial.
· Examinar a existência de um SGA, ou procedimentos correlatos como 
p. ex.: segurança e saúde dos trabalhadores, prevenção de riscos.
· Fazer uma avaliação de conformidade de toda a legislação ambiental 
pertinente.
· Levantar exigências ambientais de clientes.
Definir a política 
ambiental
· Redigir a política ambiental da organização
· Redigir a documentação básica do SGA
Elaborar o plano de 
ação
· Fazer um plano de implementação, por escrito, considerando: o que, 
onde, quando, como, responsável, recursos humanos e financeiros 
necessários.
Elaborar um manual 
de gestão ambiental
· Revisar e incorporar procedimentos (manuais) isolados existentes, p. 
ex.: saúde e segurança dos trabalhadores.
· Definir o fluxo de encaminhamento do Manual.
· Testar a eficiência do fluxo, inclusive o acesso.
· Estabelecer prazos e formas de revisão.
· Submeter à aprovação da comissão coordenadora.
Elaborar instruções 
operativas
· Estabelecer plano emergencial para áreas de risco.
· Elaborar instruções para processos operativos.
Revisão e análise
· Auditoria interna.
· Auditoria externa.
Plano de ação de 
melhoria
· Fazer avaliação de pontos fortes e fracos.
· Fazer avaliação ou reavaliação de desempenho ambiental.
· Preparar plano e, ou, procedimentos específicos para a melhoria 
contínua.
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20/01/2014http://www.primecursos.com.br/openlesson/9919/100085/
Norma BS 7750
A Norma BS 7750 foi emitida pelo Instituto Britânico de Normatização - BSI, tendo sua primeira versão publicada 
em 1992.
A Norma BS 7750 especifica os requisitos para o desenvolvimento, implantação e manutenção de sistemas de 
gestão ambiental que visem garantir o cumprimento de políticas e objetivos ambientais definidos e declarados. A 
norma não estabelece critérios de desempenho ambiental específicos, mas exige que as organizações formulem 
políticas e estabeleçam objetivos, levando em consideração a disponibilização das informações sobre efeitos 
ambientais significativos.
A BS 7750 aplica-se a qualquer organização que deseje:
• Garantir o cumprimento a uma política ambiental estabelecida; e
• Demonstrar este cumprimento a terceiros.
A elaboração da norma britânica BS 7750 foi confiada pelo Comitê Normativo de Gerenciamento Ambiental a um 
Comitê Técnico Especial (ESS/1), no qual inúmeras organizações empresariais, técnicas, acadêmicas e 
governamentais estavam representadas.
A BS 7750 foi formulada de forma a permitir que qualquer organização, independente do seu porte, atividade ou 
localização, estabeleça um sistema de gerenciamento efetivo, como alicerce para um desempenho ambiental 
seguro e para os procedimentos de auditoria ambiental.
A BS 7750 declara que os aspectos da gestão de saúde ocupacional e segurança não foram abordados. 
Entretanto, não visa impedir que uma organização os inclua ou integre em seu Sistema de Gestão Ambiental.
Vale observar que a norma foi formulada com o propósito de que o Sistema de Gestão Ambiental (SGA) não 
precise ser implementado de forma independente, mas sim por meio da adaptação dos componentes do 
gerenciamento de uma organização.
Considerações
Impõe-se, como questão prioritária a ser resolvida para atingir o desenvolvimento sustentável, a extinção ou 
redução da pobreza, para que haja uma maior eqüidade social, possibilitando a participação da sociedade no 
controle do desenvolvimento. Esta deve ser reavaliada: a) entre as nações, podendo ser amenizada em termos de 
mudanças nos modelos de produção e desenvolvimento; e b) dentro de cada país, que pode ser conseguida por 
meio de uma melhor distribuição de renda e mudanças de hábitos de consumo; ou seja, exige-se mudanças 
estruturais na sociedade. Esse aspecto é fundamental, posto que o indivíduo marginalizado da sociedade, sem 
emprego ou acesso à educação e à saúde, seu compromisso maior destina-se à própria sobrevivência. Dessa 
forma, considerando a sua condição de degradação humana, não haverá como exigir deste indivíduo a sua 
preocupação com a degradação ambiental.
A política ambiental, após a elaboração da Constituição de 1988, garantiu direito a todo brasileiro ao meio ambiente 
equilibrado, posto ser um bem de uso comum e fundamental para que se tenha qualidade de vida e 
desenvolvimento sustentável. Também, a Constituição: a) estimula a ação popular ambiental, enfatizando o papel 
do cidadão; b) cria dispositivos concedendo autonomia a estados e municípios; c) inclui como função de promover 
a proteção do meio ambiente entre as incumbências institucionais do Ministério Público; d) impõe a defesa do meio 
ambiente como um dos princípios gerais da ordem econômica; e) condiciona o direito de propriedade à 
preservação ambiental; e f) evidencia a necessidade de recuperação de áreas degradadas, entre outros.
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Após a promulgação da Constituição, houve mudanças substanciais nas propostas originais do governo, entenda-
se como planejamento, que propiciaram inovações legais e a criação de diversos programas que, na verdade, 
garantem o desenvolvimento sustentável, tais como: a) criação do IBAMA, agência governamental com amplas 
responsabilidades na condução da política ambiental; b) ampliação das restrições contidas no Código Florestal, 
com ênfase para proibições de desmatamento; c) suspensão de financiamentos a atividades que impliquem 
desmatamento e afetem ecossistemas primários; d) vinculação da outorga de concessão de lavra garimpeira ao 
licenciamento ambiental; e e) criação de lei dispondo sobre o controle de todas as etapas do uso de agrotóxicos no 
país. Com a Lei 8.028/90, foi criada a Secretaria do Meio Ambiente (SEMAM), com a finalidade de planejar, 
coordenar, supervisionar e controlar as atividades relativas à Política Nacional de Meio Ambiente e à preservação, 
conservação e uso racional dos recursos naturais renováveis.
Considerando que as comunidades de todo o mundo têm por objetivo atual, exigir do sistema produtivo a 
conservação dos recursos naturais e a manutenção do meio ambiente saudável, o SGA e o licenciamento 
ambiental podem funcionar como importantes ferramentas para este fim. Na verdade, um novo tipo de gestão da 
natureza carece da participação de novos tipos de gestores e da criação de novas maneiras de gestão. Faz-se 
necessário a alteração dos modelos de produção, com a educação ambiental das empresas e das próprias 
comunidades, visando a redução da poluição, o descarte excessivo de resíduos e a substituição do modelo 
energético: a reciclagem é uma alternativa concreta do ponto de vista técnico, econômico e social, que contribui 
diretamente nesses três aspectos. Dessa forma, em diferentes graus, os diversos atores da sociedade deverão se 
constituir em gestores de qualidade da natureza, posto que direta ou indiretamente, todos influenciam na sua 
qualidade.
As leis ambientais, que exigem a avaliação de impactos ambientais e o licenciamento, com as suas imposições, 
tais como controle, monitoramento e multas,bem como os procedimentos de certificação vêm funcionando como 
instrumentos efetivos às causas ambientais. Entretanto, os processos de certificação, que é um processo 
voluntário, só terão resultados efetivos se visualizarem e aprenderem a origem social dos problemas ambientais. 
Serão mais eficientes quando o comprador/consumidor o exigirem. É fundamental trabalhar as comunidades 
visando o aumento do seu nível de consciência ambiental, paralelamente à redução das desigualdades de poder e 
riquezas, para que possam exigir uma postura mais definida na elaboração das políticas públicas, cobrando das 
empresas a implantação do SGA.
O Estado deve ser o principal mediador nesse processo de regulação e uso dos recursos naturais e de proteção ao 
meio ambiente. Impõe-se construir modelos de gestão que integre os interesses diversos, solucionando as 
contradições surgidas no caminho para o desenvolvimento econômico e a conservação da natureza, mesmo que 
seja por meio de política regulatória, como é a política nacional de recursos hídricos. Para esse fim, devem ser 
estimulados os conceitos de desenvolvimento sustentável, manejo de recursos naturais e democratização e 
descentralização das decisões, como as políticas ambientais estruturadoras e indutoras sendo estimuladas, de 
forma a desonerar o Estado, no seu sentido mais amplo, com a participação dos organismos internacionais, ONGs 
e corporações integradas na elaboração e na implementação de políticas ambientais.
A degradação, ambiental e humana, está diretamente relacionada com a condição de perpetuação de modelos de 
produção que agridem o meio ambiente e conduzem à pauperização. A recuperação ambiental, além dos recursos 
técnicos, depende de mudanças de condutas e de valores; e o desenvolvimento sustentável será conseqüência 
dessas transformações, que deverão ser propostas, evidenciando preocupação mais efetiva com o meio ambiente.
Consciente desta realidade, o desenvolvimento sustentável requererá mudanças fundamentais na percepção 
cultural, onde exista a consciência de que o meio ambiente não está limitado aos ecossistemas biofísicos, mas 
inclui uma rede de interações entre a consciência humana, os sistemas sociais e o meio natural, formando um 
centro integrado, sendo necessário, portanto, uma visão sistêmica. É sabido, que o comportamento interno da 
organização com relação às questões ambientais refletem diretamente, em grande parte, as exigências exteriores, 
que são particulares para cada cultura e estrutura social. Então, para que a ética passe a ser incorporada e 
integrada de forma verdadeira, faz-se necessário mudanças na estrutura e estratégia organizacionais, 
preocupações que deverão ser anteriores ao seu próprio desenvolvimento tecnológico.
Dessa forma, a pesquisa e a ética com vistas a sustentabilidade, seriam desenvolvidas ao longo do tempo, onde os 
elementos a serem incluídos nesse processo estariam abertos ao debate ético. O horizonte de tempo a ser 
considerado para a tomada de decisões, deverá ser similarmente determinado. Um debate desta natureza pode ser 
iluminado pela discussão de visões alternativas em ambas as questões - desenvolvimento e horizonte de tempo -
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mas que não poderá ser resolvido de outra forma que não por um consenso, ele próprio essencialmente ético. 
Portanto, é preciso que sejam definidos critérios objetivos de políticas públicas, para gerenciarem essas questões, 
inclusive as novas tecnologias, que deverão possuir os atributos e critérios das tecnologias apropriadas. Inclusive, 
com propostas de modelos de produção que auxiliem na recuperação ambiental e que sejam sustentáveis.
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