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Aula 8 Da ordem Economica

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Profª Alessandra Malheiros Fava da Silva
Direito ConstItucional Econômico e Processo Constitucional
Aula 8
Da Ordem Econômica e Financeira
Conceitos:
Uma economia é um sistema consolidado de atividades humanas relacionadas à produção, distribuição, troca e consumo de bens e serviços de um país ou outra área.
A atividade econômica gera riqueza mediante a extração, transformação e distribuição de recursos naturais, bens e serviços, tendo como finalidade a satisfação de necessidades humanas, como educação, alimentação, segurança, entre outros.
Dos Princípios Gerais da Atividade Econômica
 	
 	 A palavra princípio pode ser vista como fundamentos da Ordem Econômica e Financeira. 
 No Brasil a Constituição de 1934 foi a primeira a consignar princípios sobre a Ordem Econômica sob a influência da Constituição alemã de Weimar.
 A ordem econômica e financeira consubstanciada na Constituição não é senão uma forma econômica capitalista porque se apoia inteiramente na apropriação privada dos meios de produção e na iniciativa privada.
 
Modo de Produção Capitalista
 	A apopriação privada dos meios de produção e a iniciativa privada caracteriza um modo de produção capitalista, que não deixa de ter eventual ingerência do Estado na economia nem por circuntancial exploração direta de atividade econômica pelo Estado e possível monopolização de alguma área econômica.
Elementos Sócio-Ideológicos
 	São o conjunto de normas que revela o caráter de compromisso das constituições modernas entre o Estado Liberal e o Estado Social intervencionista.
 O primeiro firmou a restrição dos fins estatais, consagrando uma declaração dos direitos do homem, como estatuto negativo, com a finalidade de proteger o indivíduo contra a usurpação e abusos do poder; o segundo busca suavisar as injustiças e opressões econômicas e sociais que se desenvolveram a sombra do liberalismo.
 Esse embate entre liberalismo e intervencionismo repercute nos textos constitucionais contemporâneos com seus princípios de direitos econômicos e sociais.
 	
 	
O Estado realiza os fins sociais através de atuação de programas de intervenção na ordem econômica, com vistas a realização da justiça social.
 	Busca-se a justiça social que é uma aspiração do tempo atual em uma luta aberta contra as injustiças do individualismo capitalista.
Fundamento e Natureza Econômica e Financeira
 	A Constituição declara que a ordem econômica é fundada na valorização do trabalho humano e na iniciativa privada.
 A Constituição consagra uma economia de mercado de natureza capitalista , pois a iniciativa privada é o princípio básico da ordem capitalista. E, embora capitalista a ordem econômica dá prioridade aos valores do trabalho humano sobre todos os demais valores da economia de mercado.
Essa prioridade tem o sentido de orientar a intervenção do Estado, na economia, a fim de fazer os valores sociais do trabalho que ao lado da iniciativa privada, constituem o fundamento da ordem econômica e da própria República Federativa do Brasil (art. 1º, IV)
 
 Finalidade da Ordem Econômica e Financeira
Segundo a Constituição tem por finalidade assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social observados os princípios do art. 170. Princípio que consubstanciam soluções de transição dos excessos do capitalismo.
 
Princípios Constitucionais da Ordem Econômica e Financeira
 A Constituição relaciona os princípios constitucionais da ordem econômica e financeira ao art. 170 onde está dito que:
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios:
I - soberania nacional;
II - propriedade privada;
III - função social da propriedade;
IV - livre concorrência; 
V - defesa do consumidor; 
VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação; 
VII - redução das desigualdades regionais e sociais;
VIII - busca do pleno emprego;
IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País. 
Soberania Nacional Econômica
 O art. 1º considera a soberania como um dos fundamentos da Repúblca Federativa do Brasil, e, pois, do Estado Democrático de Direito em que ela se constitui, enquanto o art. 4º põe a independência nacional como princípio de suas relações internacionais.
 Este princípio significa a ruptura da dependência da ordem econômica brasileira em relação aos centros capitalistas desenvolvidos
 Quis o constituinte que se formasse um capitalismo nacional “não dependente”, criando condições jurídicas para adoção de um sistema nacional e popular onde a burguesia local e seu estado tenham o domínio da produção da força de trabalho, do mercado e capacidade de competir no mercado mundial, dos recursos naturais e da tecnologia.
 
Livre Concorrência
(Liberdade de Iniciativa Econômica)
 
 	 Este princípio envolve a liberdade de indústria e comércio ou liberdade de empresa e liberdade de contrato. É a garantia dada a cada um para desenvolver a atividade econômica escolhida.
 Considerado o princípio básico do liberalismo econômico.
 A livre concorrência é legítima enquanto exercida no interesse da justiça social e, será ilegítima quando exercida com o objetivo de puro lucro e realização pessoal do empresário.
 O pode público comprime e fiscaliza o exercício da liberdade de iniciativa econômica nos termos da lei regulando a liberdade de indústria e comércio, impondo a necessidade de autorização para determinado tipo de atividade econômica, regulando a liberdade de contratar, no que tange às relações de trabalho e preço, intervenção direta na produção e comercialização de certos bens.
Livre Concorrência e Abuso do Poder Econômico
 	 Trata-se da manifestação da liberdade de iniciativa e para garantir a livre concorrência a Constituição estatui que:
“A lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados, à eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros.” (Art. 173 §4º)
 Estes dois últimos princípios se complementam num mesmo objetivo: proteger a livre concorrência contra a tendência da concentração capitalista. Não raro o poder econômico é exercido de maneira anti-social, cabendo ao estado intervir para coibir o abuso.
 	 “Quando o poder econômico passa a ser usado como propósito de impedir a iniciativa de outros, com a ação no campo econômico, ou quando o poder econômico passa a ser fator concorrente para um aumento arbitrário de lucros do detentor do poder o abuso fica manifesto” (Guilherme A. Canedo de Guimarães).
 A economia está centralizada nas grandes empresas e seus agrupamento por isso torna-se praticamente ineficaz a tutela da concorrência. O objetivo deste princípio é propiciar ao estado um fator de intervenção na economia.
Princípios de Integração
(Junta-se a defesa do consumidor, meio ambiente, redução de desigualdades regionais e sociais e abusca do pleno emprego)
 	 
 Meio ambiente- O princípio visa condicionar a atividade produtiva ao respeito do meio ambiento e o Poder Público pode interferir drasticamente, se necessário, para que a exploração econômica preserve a ecologia.
 Redução das desigualdades regionais e sociais- É também um dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil (art. 3º, III). Os direitos sociais e os mecanismo da seguridade social são preordenados no sentido de buscar um sitema que propicie maior igualização das condições sociais e, por sua vez, as desigualdades regionais podem ser reguladas com mecanismos tributários e orçamentários. 
-	Busca do Pleno Emprego – Princípio
que visa propiciar trabalho a todos que estejam em condições de exercer uma atividade produtiva.
 Este princípio de harmoniza com a regra de que a ordem econômica se funda na valorização do trabalho humano.
- Direito do consumidor – Princípio que visa a defesa do consumidor e seus direitos coletivos objetivando regramento, clareza e honestidade nas relações econômicas e financeiras.
 
Tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País. 
 A Constituição estabeleceu que a União, Estados, o Distrito Federal e os Municípios dispensarão às microempresas e empresas de pequeno porte, assim definidas em lei, tratamento diferenciado, visando a incentivá-las pela simplificação de suas obrigações administrativa, tributárias, previdenciárias e creditícias.
 Art. 179. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios dispensarão às microempresas e às empresas de pequeno porte, assim definidas em lei, tratamento jurídico diferenciado, visando a incentivá-las pela simplificação de suas obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias, ou pela eliminação ou redução destas por meio de lei. 	 
Obs.: Capital Estrangeiro
 	A Constituição não é contra capital estrangeiro, até prevê a possibilidade de sua participação em instituições financeiras conforme lei complementar (art. 192,III). Mas a respeito estatui o seguinte no art. 172:
Art. 172. A lei disciplinará, com base no interesse nacional, os investimentos de capital estrangeiro, incentivará os reinvestimentos e regulará a remessa de lucros.
 	A exploração de atividades econômicas cabe, via de regra, à iniciativa privada, um dos postulados fundamentais do regime capitalista. Dessa forma, a possibilidade que a Constituição admitiu no art.173 há de ser considerada como tendo caráter excepcional.. Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
 
Serviço Público e Atividade Econômica Estatal
 Hoje, com frequência, o Estado cria pessoas jurídicas a ele vinculadas, destinadas mais apropriadamente à execução de atividades mercantis. Para tanto, institui empresas públicas e sociedades de economia mista, entidades adequadas a tais objetivos. Embora sejam pessoas autônomas, que não se confundem com a pessoa jurídica do Estado, é ele que as controla, dirige e impõe a execução de seus objetivos institucionais. Assim, se são elas que exploram diretamente a atividade econômica, é o Estado que, em última instância, intervém na ordem econômica; noutras palavras, há exploração indireta de atividades econômicas pelo Estado. 
 
 
 Serviço Público: Toda atividade material que a lei atribui ao Estado para que a exerça diretamente ou por meio de seus delegados, com o objetivo de satisfazer concretamente às necessidades coletivas, sob regime jurídico total ou parcialmente público (Maria Sylvia Zanella Di Pietro ) Obs.: Descentralização de Serviço Ex: telefonia)
 Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos. 
Parágrafo único. A lei disporá sobre:
I - o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o caráter especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caducidade, fiscalização e rescisão da concessão ou permissão;
II - os direitos dos usuários;
III - política tarifária; 
IV - a obrigação de manter serviço adequado
Serviço Público x Atividade Econômica
Exemplos Serviços Públicos: Educação Eletricidade Bombeiros Gás Saúde pública Militares Policia Transporte público Moradia social Telecomunicações Planejamento urbano Tratamento de resíduos sólidos
Atividade econômica: Desenvolve-se pelo regime da livre iniciativa sob a orientação de administradores de empresas privadas , por natureza com regime jurídico de direito privado. Ex: Petrobras, Banco do Brasil 
DAS PROPRIEDADES NA ORDEM ECONÔMICA
1 - Princípio da Propriedade Privada:
A CF/88 inscreveu a propriedade privada e a sua função social como princípios da ordem econômica (art. 170, II e III).
Embora prevista como direito individual a propriedade não poderá ser considerada puro direito individual tendo esta concepção de ser relativizada pela finalidade constitucional de assegurar a todos existência digna conforme ditames da justiça social.
Embora a Constituição tenha adotado um sistema econômico fundado na iniciativa privada relativizou o conceito de propriedade porque submetendo-o aos ditames da justiça social, de sorte que se pode dizer que ela só é legítima enquanto cumprir uma função dirigida à justiça social.
2- Propriedade dos meios de produção e propriedade socializada:
Bens de Produção chamados de capital instrumental são os que se aplicam na produção de outros bens ou rendas, como as ferramentas, máquinas, fábricas, estradas de ferro, docas, navios, matérias primas, terras, imóveis destinados à produção de rendas. Tratam-se de bens não não consumidos e utilizados para geração de outros bens ou a geração de renda.
O regime de apropriação dos bens de produção define a natureza do sistema econômico adotado:
- Se for de apropriação social ou pública será socialista (quando se fala em propriedade socializada ou socialismo se refere a um sistema econômico em que os meios de apropriação não são a princípio suscetíveis de apropriação privada);
 - O regime de apropriação privada (apropriação iniciativa privada - particular) tende-se a se organizar em empresas, sujeitas ao princípio da função social.
Obs.: O nosso sistema é fundamentalmente o da propriedade privada dos meios de produção (capitalista) que a vigente Constituição tenta civilizar buscando um capitalismo social por meio da estruturação de uma ordem social preocupada coma justiça social e a dignidade da pessoa humana.
3. Função Social da Empresa e condicionamento a livre iniciativa
O art. 170, III ao ter a função social como um dos princípios da ordem econômica pretende tal função seja vista como instrumento destinado à realização da existência digna de todos e da justiça social.
Fala-se em função social da propriedade dos bens de produção, função social da empresa e função social do poder econômico.
Para realizar ao mesmo tempo o desenvolvimento nacional, assegurada a existência digna de todos, conforme ditames da justiça social, a liberdade de iniciativa só se legitima quando voltada à efetiva consecução desses fundamentos, fins e valores da ordem econômica.
A empresa privada cederá à atuação do Poder Público quando não cumprir a função imposta pela Constituição, art. 173.
4. Propriedade de interesse público
São bens sujeitos a regime jurídico especial em virtude dos interesses públicos a serem tutelados, inerente a utilidade e valor que possuem.
Esse regime especial comporta vínculos, obrigações, deveres e ônus relativos a disposição desses bens que se sujeitam a circulação, uso e alienação controlados.
Ex.: os que integram meio ambiente cultural (aqueles com notável beleza natural, valor ou interesse histórico, arqueológico) os do meio ambiente natural (patrimônio florestal, água, ar, recursos naturais etc. (ver art. 216, 23 inciso III, 30 inciso ix, art. 225) 
5. Propriedade do Solo, do subsolo e recursos naturais
O solo é por regra bem de propriedade de privada (eventualmente pública) o que abrange a propriedade do subsolo em toda profundidade útil ao seu exercício;
A Constituição inclui entre bens da União os recursos minerais inclusive do subsolo e os potenciais de energia hidráulica (art, 20, VIII a X). Estatui que as jazidas em lavra ou não, os demais recursos minerais e os potenciais
de energia hidráulica constituem propriedade distinta da do solo para efeito de aproveitamento e exploração e pertencem à União (ver. Art. 176)
6. Política Urbana e Propriedade de Urbana
A Constituição de 1988, pela primeira vez na história constitucional do País consagra um capítulo à política urbana.
A concepção de política de desenvolvimento urbano da Constituição decorre da compatibilização do art. 20, XX que dá competência para União instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano com o art. 182 que estabelece que a política de desenvolvimento urbano tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes e é executada pelo Poder Público municipal conforme diretrizes fixadas em lei.
A política de desenvolvimento urbano deve ter por fim o crescimento da capacidade produtiva da economia e melhoria no bem-estar dos habitantes.
Plano diretor Art. 182§1º
A propriedade urbana é condicionada pelo direito urbanístico a fim de cumprir sua funções sociais específicas: proporcionar habitação, condições adequadas ao trabalho, recreação e circulação urbana.
Ex.: O art. 182 faculta ao poder municipal mediante lei específica exigir do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado que promova o seu adequado aproveitamento sob pena de parcelamento ou edificação compulsórios, imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo e desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente aprovado pelo Senado Federal com prazo de até 10 anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurado o valor real da indenização e juros e sucesso.
OBS.: A CF prevê 2 tipos de desapropriação:
- Desapropriação Comum (por utilidade ou necessidade pública ou interesse social) Art. 5º XXIX e art. 182§3º, mediante prévia e justa indenização em dinheiro;
- Desapropriação-Sanção destinada a punir o não cumprimento de obrigação ou ônus urbanístico imposto ao proprietários de terrenos urbanos, comporta redução da justa indenização, substituição da indenização em dinheiro por títulos da dívida pública conf. Art. 182§4º,III.
USUCAPIÃO PRÓ-MORADIA:
Em favor de quem possuir como sua área urbana com até 250 m² por cinco anos ininterruptamente e sem oposição utilizando-a para a sua moradia e de sua família, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. Art. 183 CF/88.
8. Proprieade Rural e Reforma Agrária
A propriedade rural, que se centra na propriedade da terra, com sua natureza de bem de produção tem como utilidade natural a produção de bens necessários à sobrevivência humana, daí porque a Constituição consigna normas que servem de base sua disciplina jurídica (arts. 184 a 191).
“É que a propriedade da terra que se presta a múltiplas formas de produção de riquezas, não poderia ficar unicamente em subserviência aos caprichos da natureza humana, no sentido de aproveitá-la ou não e, ainda, como conviesse o propietário.” Lima Stefanini
A propriedade rural deve cumprir a sua função social mediante atendimento simultâneo de 5 requisitos.
Art. 186. A função social é cumprida quando a propriedade rural atende, simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos: 
I - aproveitamento racional e adequado;
II - utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente;
III - observância das disposições que regulam as relações de trabalho;
IV - exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores.
Reforma Agrária
A sanção para o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social é a desapropriação por interesse social para fins de reforma agrária, mediante pagamento de indenização em títulos da dívida agrária conforme disposto no art. 184
Reforma Agrária é programa do governo, plano de atuação estatal, mediante intervenção do Estado na economia agrícola, não para destruir o modo de produção existente mas para promover a repartição da propriedade e da renda fundiária. (ver. art. 189 CF)
USUCAPIÃO PRÓ-LABORE:
Quem não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como seu durante cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra, em zona rural, não superior a cinquenta hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia. (art. 191)
SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL
Há 2 sistemas financeiros regulados na Constituição:
- Público: que envolve problemas de finanças públicas e os orçamentos públicos (arts. 163 a 169)
- Parapúblico: denominado sistema financeiro nacional, que cuida das instituições financeiras creditícias, públicas ou privadas, se seguro, de previdência (privada) e capitalização, todas sob o estrito controle do Poder Público (art. 192)
Obs.: O Banco Central, que é instituição financeira, constitui um elo entre as 2 ordens financeiras (arts. 164 e 192)
Objetivos do Sistema Financeiro Nacional
O sistema financeiro nacional está estruturado de forma a prover o desenvolvimento equilibrado do País e a servir os interesses da coletividade, de sorte que as instituições financeiras privadas ficam vinculadas ao cumprimento da função social.
Instituições do Sistema Financeiro Nacional
Além de instituições financeiras compreende estabelecimentos de seguros, previdência privada e capitalização, além do Conselho Monetário Nacional.(este não consta na Constituição)
Instituições financeiras: são pessoas jurídicas público ou privadas que tenham como atividade principal ou acessória a coleta, intermediação, ou aplicação de recursos financeiros próprios ou de terceiros em moeda nacional ou estrangeiras, e a custódia de valores de propriedade de terceiros.
OBS:
Públicas (ou oficiais)= instituidas pelo Poder público, com natureza de empresa pública ou sociedade de economia mista.
Privadas = constituídas na forma de sociedade anônima, com a totalidade de seu capital com direito a voto representadas por ações nominativas.
Subordinam-se a disciplina do sistema financeiro nacional, além das instituições financeiras:
-as bolsas de valores;
-as companhias de seguros;
-previdência e capitalização;
-sociedades que efetuam distribuição de premios em imóveis, mercadorias ou dinheiro, mediante sorteio de títulos
- pessoas físicas ou jurídicas que exerçam atividade de compra e venda de açoes e outros títulos, realizando no mercado operações e serviços de natureza dos executados pelas instituições financeiras.

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