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Direito Constitucional Nelma Fontana

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�Direito Constitucional – Nelma Fontana
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Aula 01 - 27/01/2012
I - Teoria Geral do Direito Constitucional
Direito:
Natural – direito do homem, inerente a condição humana. Está acima das próprias leis, p da dignidade da pessoa humana.
O fato de você ser pessoa humana já garante à você muita coisa.
Ex.: Eu não preciso de uma lei que diga que é meu direito me alimentar. É inerente à condição humana que eu tenha esse direito.
Positivo – nasce de um conjunto de regras de caráter obrigatório extraídas da norma fundamental. É a sistematização das regras, de normas, que tem caráter obrigatório. É a lei em seu sentido amplo (leis, normas, regulamentos, etc.)
Obs.1: Norma fundamental é a vontade do povo, vontade da maioria, da coletividade. Teoria de Hans Kelsen.
Questão de prova
CESPE
Item: No Brasil o direito alienígena se sobrepõe ao direito interno.
Resposta: Errado, pois a lei estrangeira não se sobrepõe à lei interna.
CESPE/ABIN
Item: É compatível com Estado de Direito o Estado Policial.
Resposta: Errado. São conceitos diferentes.
Comentários:
 Estado de Direito – o estado obedece às leis.
Estado Policial – prevalece à força 
O direito positivo pode ser Público ou Privado:
Público – De todos para todos, o estado se sobrepõe à vontade dos demais. Prevalece a vontade coletiva.
A maior parte dos direitos que conhecemos é público.
Privado – Relação entre partes. O estado só atua se for provado, chamado.
Direito Constitucional
Conceito – ramo do direito positivo público que organiza o Estado nos mais vários aspectos.
Obs.2: Constituição ( Constitui algo.
Conceitos de Constituição
Sentido Sociológico ( Ideia defendida por Ferdinand Lasalle , para o qual, a constituição não é lei, é fator de poder . Ou seja, a organização completa, sociológica do Estado.
Constituição escrita não passa de uma folha de papel tendo em vista que esse conceito entende que o que vale mesmo são as coisas como são (os fatos) e não as coisas como devem ser (o que diz a norma).
Peca por desvalorizar as normas constitucionais, eternizando o atual estado das coisas, por não permitir evolução constitucional.
Sentido Político ( Ideia defendida por Carl Shimitt ,para quem, a constituição é a organização política do Estado.
Ressalta o caráter político da constituição.
Traça uma diferença entre a constituição e as meras “leis constitucionais” que para Carl Shimitt não são normas fundamentais, apenas estão contidas na Constituição Escrita.
Sentido Material ( é a que é reconhecida por assunto, pois trata de toda estrutura fundamental do Estado – organização política, organização administrativa, direitos fundamentais. 
Sentido Formal ( Constituição é lei , cujo assunto é irrelevante, importa apenas a forma (o procedimento) utilizada para colocá-lo na constituição.
Sentido Jurídico ( Ideia defendida por Hans Kelsen , para o qual, a constituição é a lei suprema do estado , independentemente do assunto que trata, da forma como foi feita ou de qualquer ideologia.
Entende que a Constituição foi feita pra ser cumprida, não para ser discutida.
Não há certo e errado nos conceitos de Constituição. Qualquer um dos pontos de vistas é considerado correto de acordo com cada autor.
Analisando a constituição brasileira, pode-se chegar à conclusão que o sentido que mais se adéqua a ela é o Sentido Formal.
Obs.3: Norma programática ( norma de aplicação futura. Quando for possível se aplicarão essas normas.
As Constituições Podem ter normas programáticas.
Obs.4: Constituição programática ( NÃO EXISTE ISSO, pois a constituição cria o Estado e não se pode criar o Estado para o futuro, mas uma constituição pode possuir normas programáticas.
Questão de prova
CESPE/TER-GO
Item:
Considere que esse símbolo seja o ordenamento jurídico brasileiro, onde se encontra a CF e porque.
Resposta: Tronco.
Comentários:
 É a CF que dá sustentação e “alimenta” os ramos do direito.
Classificação das Constituições (Segundo José Afonso da Silva)
Quanto ao Conteúdo
Material: é aquela que só trota de assuntos essenciais, fundamentais para a existência do Estado (organização Política, administrativa). 
Ex.: EUA – possui apenas 34 artigos que tratam apenas do que é fundamental, qualquer outro aspectos necessário é tratado o em Lei.
Formal: é aquela que o assunto é irrelevante, importando apenas a forma como foi criada.
Ex.: Brasileira.
Questão de prova
Item: A constituição material tem mais estabilidade que a formal.
Resposta: Certo.
Comentário: Pois por ter menos conteúdo as chances de alterações são menores.
ESAF
Item: Uma constituição possui conteúdos relativos à organização política e administrativa do Estado, outras normas só são consideradas constitucionais pelo sentido formal.
Resposta: Certo.
Comentário: Não que a Constituição possa ser material e formal ao mesmo tempo, mas o conteúdo só é considerado constituição por estar na constituição, pois não é de material constitucional.
Quanto à apresentação
Obs.5: A Constituição Escrita pode ser material ou formal. A não escrita só poderá ser material (ou seja, a constituição formal só pode ser escrita).
Escrita: está organizada em um documento.
Ex.: Brasileira.
Esquema 01.
			Um único texto trazendo tudo que trata de matéria constitucional.
Não escrita: (costumeira, consuetudinária - tradicional) Está organizada em mais de um documento. Essa não poderá ser formal, pois nessa só é considerada matéria constitucional, assuntos que tratem de temas fundamentais para a existência do Estado.
Ex.: Inglesa.
Esquema 02.
 
As matérias constitucionais estão espalhadas por diversos textos, leis esparsas.
Questão de prova
Item: É certo que a constituição material é consuetudinária.
Resposta: Errado.
Comentário: Errado, a constituição material pode ser consuetudinária (não escrita) ou escrita.
Item: É certo que a constituição consuetudinária é material.
Resposta: Certo.
Comentário: a constituição consuetudinária (não escrita) só pode ser material.
Quanto ao modo de elaboração
Dogmática: é a mesma escrita.
Ex.: Brasileira.
 Elaborada de uma só vez .
Histórica: é a mesma não escrita .
Ex.: Inglesa.
 Não se pode determinar quando nasceram .
Quanto à extensão
Analítica: é uma constituição grande, extensa, pois trata de temas variados. ( é a mesma formal.
Ex.: Brasileira.
Sintética: é concisa, resumida, pois só trata de assuntos fundamentais. ( é a mesma material.
Ex.: EUA.
Obs.6: 
 A quantidade de artigo não interfere na extensão da Constituição, o que interfere são os assuntos.
Questão de prova
Item: É típico, de constituições analíticas, conter normas programáticas em seu texto.
Resposta: Correto.
Comentário: pois por tratar de muitos assuntos pode tratar inclusive de temas futuros.
Quanto à origem
Outorgada: é uma constituição imposta ao povo.
Ex.: Brasileira de 1824.
Promulgada: é feita por representantes do povo.
Ex.: Brasileira 1988.
Obs.7: 
 A Constituição Brasileira de 1824 foi outorgada, que estabeleceu limite temporal para sua modificação, além de adotar o voto censitário (que diferencia o cidadão pela capacidade econômica).
 A Constituição Brasileira de 1891 foi promulgada, acabou com o voto censitário e foi a primeira constituição brasileira à:
 (Ser promulgada;
 (Ser republicana;
 (À adotar a democracia como regime político;
 (Estabelecer o presidencialismo;
 (Estabelecer a forma federativa de estado;
 A Constituição Brasileira de 1934 foi promulgada e foi a primeira constituição brasileira à falar sobre direitos sociais e elafoi criada para tal. Foram criados os primeiros direitos trabalhistas. Foi a primeira constituição à permitir que a mulher e os analfabetos pudessem votar.
 A Constituição Brasileira de 1937 foi outorgada, criada na era Vargas, vem para “fazer o país crescer”, acaba com a democracia, com as liberdades individuais e proibiu o judiciário de analisar questões políticas.
 A Constituição Brasileira de 1946 foi promulgada, que restabeleceu a democracia, as liberdades individuais e consolidou o poder judiciário. 
A Constituição Brasileira de 1967 foi outorgada. Os militares estavam dentro do CN exigindo a aprovação da constituição e se essa não fosse aprovada o CN seria fechado. 
A Constituição Brasileira de 1967/69 houve alterações significativas no Estado e foi realizada uma Emenda à Constituição de 1967, mas alguns autores dizem que foi uma nova constituição. Pode cair da mesma forma na prova. Por isso vamos trabalhar com a de 1967 e a de 1969 sempre como uma podendo ser duas, ou seja 1967/69.
A Constituição Brasileira de 1988 é uma das melhores constituições do mundo. Um dos fatores é que o Brasil é um dos poucos países que adotam a democracia semi-direta, onde o povo pode exercer o direito por meio de representantes ou diretamente (plebiscito, referendo). Outro fator é que o direito ao voto é clausula pétrea.
Aula 02 - 03/02/2012
Classificação das Constituições (Segundo José Afonso da Silva) – Continuação.
Obs.8: Constituição cesarista ( é aquela submetida à consulta popular.
Quanto à estabilidade
Imutável: é uma constituição que não admite nenhum tipo de modificação.
Ex.: Não há nenhum exemplo. 
Os países árabes tem o alcorão como lei maior, mas não se considera o alcorão como uma constituição, pois o alcorão está no campo religioso, alguns países árabes já tem um documento formalizado como constituição outros não,mas o modelo dessa classificação são classificações de constituições ocidentais, o modelo oriental é diferenciado. 
Rígida: admite modificações em seu texto, mas exige para tal um processo legislativo bem mais complexo do que o utilizado para alterações de outras leis. Essa só pode ser escrita.
Esquema 03.
Ex.: Brasileira 1988.
Obs.9: da rigidez constitucional, surge o principio da supremacia formal da constituição.
Supremacia da Constituição:
 Material – todas as constituições possuem, é o reconhecimento das normas constitucionais.
 Formal – há em constituições rígidas e na parte rígida da constituição semirígida, é a supremacia na forma de modificação da constituição.
Obs.10: Segundo Alexandre de Morais a atual constituição brasileira é classificada como super-rígidas ou semi-imutáveis, porque contém cláusulas pétreas no seu texto.
Flexível: admite modificações em seu texto, utilizando o mesmo procedimento aplicado para a atualização das demais leis.
Esquema 04.
Ex.: Inglesa.
Semirígida ou semiflexível: parte do texto exige um procedimento complexo de modificação e outra parte um procedimento simplificado.
Obs.11: Não confundir Semirígida ou semiflexível com super-rígidas ou semi-imutáveis são diferentes.
Esquema 05.
Ex.: Constituição Brasileira de 1824.
A constituição Brasileira de 1988 é:
II – Poder Constituinte
Conceito: é o que cria ou atualiza uma constituição. 
Titularidade – a titularidade desse poder é do povo.
Exercício – quem o exerce são os representantes eleitos pelo povo.
Espécies: 
Poder Derivado Reformador
Emendas – Art. 60 – C.F
Iniciativa
Presidente da República
1/3 da câmara;
1/3 do senado;
Mais da metade das assembléias legislativas manifestando-se, cada uma delas pela maioria relativa dos seus membros.
Aprovação: 
Quorum de 3/5 do total de membros da casa 
Votação de dois turnos em cada casa.
Atenção!!!
3/5 é mais que maioria absoluta.
Bicameral
Passa pela câmara e pelo Senado.
Obs.12: 
Se proposta pelo presidente ou por 1/3 da câmara dos Deputados ( Inicia na Câmara;
Se proposta por 1/3 do Senado ou por mais da metade das assembléias legislativas ( inicia no Senado.
Sanção e Veto: NÃO HÁ.
Obs.13: 
No processo legislativo de emenda constitucional a única participação do Presidente da República é na iniciativa
Promulgação: Realizada em sessão conjunta pelas mesas da câmara e do senado. Logo, a promulgação é feita pelos dois órgãos administrativos Câmara e Senado. É aqui que a EC ganha seu número de ordem.
Publicação: Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação, salvo quando seu texto estabelece outra data.
Obs.14: 
Matéria constante de proposta de Emenda rejeitada ou havida por prejudicada (não chegou à ser votada por algum impedimento, como por exemplo propositura por pessoa incompetente para tal) não será objeto de nova deliberação na mesma sessão legislativa.
Obs.15: 
Sessão legislativa corresponde à um ano de trabalho que não é igual ao ano civil.
 Sessão Legislativa Ano Civil.
 02/02 à 17/07 e de 1º/08 à 22/12 01/janeiro à 31/dezembro	
Obs.16: 
Matéria constante de PEC rejeitada durante a sessão legislativa ordinária poderá ser reapreciada numa sessão legislativa extraordinária, ainda que no mesmo ano civil.
 
Aula 03 - 10/02/2012
Poder Derivado Reformador (continuação)
Emendas – Art. 60 – C.F –(continuação)
Limites:
 -Expresso – Cláusulas Pétreas - Art. 60, §4º, C.F.
Quais são (São Taxativos):
Forma federativa do Estado;
Voto direto, secreto, universal e periódico;
A separação dos poderes;
Os direitos e garantias individuais.
Obs.17: Para combater a deliberação de uma PEC inconstitucional o STF apenas admite Mandato de Segurança (MS) que só poderá ser impetrado por parlamentar.
 Ex.: PEC “trem da alegria”.
Formas de modificação de Cláusulas Pétreas:
Para ampliar ;
Ex.: Art. 5º, LXXVIII – ampliação feita pela EC Nº 45, de 2004.
Para reduzir, sem prejudicar o núcleo essencial;
Para alterar a expressão literal (como foi escrito o texto), desde que não prejudique a essência (eu mudo só uma vírgula que muda todo o sentido do texto).
-Implícito – Não está escrito na CF, mas entende-se como limite material.
Quais são (taxativos):
Titularidade do poder constituinte (povo);
Exercício do Poder Constituinte;
O Art. 60 da CF . 
Circunstancial – A CF não poderá ser emendada na vigência de estado de sítio, estado de defesa e intervenção federal.
Formal/Processual – O processo legislativo de Emenda Constitucional deve ser integralmente cumprido sobre pena de inconstitucionalidade.
Ex.: EC/19 foi declarada inconstitucional por esse motivo. Por ter sido votada uma única vez em cada casa.
Temporal – não há.
Poder Derivado Revisor
Obs.18: Os limites definidos para o poder reformador, valem para o poder revisor, com a única diferença que para o poder reformador não há limite temporal e para o poder revisor há o limite temporal.
Poder Derivado Decorrente
É o que cria a Constituição estadual. 
Esquema 06.
Aula 04 - 17/02/2012
Poder Derivado Difuso (Mutação Constitucional)
É uma mudança informal na constituição pois o texto constitucional não é modificado tão somente é alterada a forma de sua interpretação.Ex.: Art. 5º, LXVII e Art. 226, §3º.
Hierarquia das normas
Obs.19: Lei que seja contrária à Lei orgânica dos municípios não será inconstitucional e sim ilegal. Apenas leis contrarias à Lei Orgânica do DF serão consideradas inconstitucionais tendo em vista que a Lei Orgânica do DF tem status de constituição.
Obs.20: Não há hierarquia entre Lei Federal, Estadual e Municipal. Havendo entre elas conflito, o conflito será esclarecido verificando-se de quem é a competência para tal matéria.
Obs.21: TIDH – Tratados Internacionais de Direitos Humanos. Será falado mais à frente, mas antecipa-se que eles devem ser aprovados conforme trâmite de emendas (art. 5º, §3º, CF).
Tratados Internacionais
Tratados Internacionais ( Vale como uma Lei Ordinária (que é uma lei de espécie primária);
Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos ( aprovação pelo procedimento de emenda ( Vale como uma Emenda Constitucional (Art. 5º, §3º)
Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos, sem a aprovação pelo procedimento de emenda ( Vale como Lei Supra legal (Não é maior que a Emenda, mas vale mais que as leis - decidido pelo STF).
Aplicação de uma nova constituição.
Constituição Nova X Constituição Passada –
Revoga ( a nova Constituição revoga completamente a Constituição Passada. 
Esquema 08. - Revogação
Recepção ( recepcionar é permitir que normas da constituição anterior continuem a produzir efeitos. O Brasil não adota Recepção tácita, mas aceita se a recepção estiver expressa. 
Esquema 09. - Recepção
 		 a
				
 É recepcionada, ou seja, apesar de não estar escrita no texto constitucional é recepcionada por não dizer nada contrário ao escrito pela nova CF.
Desconstitucionalização ( é recepcionar normas da constituição passada, mas rebaixando-as à condição de leis.
Esquema 10. - Desconstitucionalização
 	
	 
 É recepcionada, mas perde o valor de item constitucional e passa à ser uma lei normal.
Repristinação ( Repristinar é devolver ao ordenamento jurídico norma constitucional já revogada, pelo fato de que o que foi utilizado para revogá-la, também passou por revogação.
Esquema 11. - Repristinação
Obs.22: O Brasil não adota repristinação tácita, porém uma decisão do STF poderá ter efeito repristinatório.
Constituição Nova X Leis Infraconstitucionais
Se materialmente compatível( Recepção.
Se materialmente incompatível ( revogação.
Inconstitucionalidade superveniente ( não é aplicada no Brasil. É a declaração de inconstitucionalidade de lei anterior a constituição, que apresenta com esta incompatibilidade
Obs.23: Não há inconstitucionalidade de lei anterior. Ou ela é recepcionada ou é revogada, se ela for revogada é incompatível e não inconstitucional.
Esquema 12. – Inconstitucionalidade superveniente
Constituição Nova X Negócios Jurídicos
O Brasil adota a teoria da Retroatividade mínima.
Retroatividade Mínima ( alcança as parcelas à vencer de negócio jurídicos anteriores à ela.
Esquema 13. – Retroatividade Mínima
Aula 05 - 24/02/2012
III – Eficácia das Normas Constitucionais
*Segundo José Afonso da Silva
Plena: Tem aplicação Imediata, integral da norma e alcance amplo.
Contida: Tem aplicação Imediata, integral da norma, porém seu alcance é redutível seja por lei ou pela própria CF..
Ex.: 
	Limitada por lei ( Art. 5º, XIII 
“XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer;”
	Limitada pela própria CF ( Art. 5º, XXII 
“XXII - é garantido o direito de propriedade;”
	Esse inciso é limitado por outro inciso do mesmo artigo da CF, à saber:
“XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;”
Limitada: Tem aplicação mediata (futura), depende de regulamentação – necessariamente por Lei.
Programática: Tem aplicação mediata (futura), depende do dia do possível.
Ex.: 
	Art. 7º, IV.
“IV - salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim.”
IV – Interpretação Constitucional
A constituição assegura uma igualdade material;
Ex.: 
 
Deve-se tratar os iguais igualmente e os desiguais na medida de suas igualdades.
Princípios:
Princípio da Unidade: 
Não há hierarquia entre normas constitucionais; 
Uma norma constitucional complementa a outra; 
Não há contradição entre normas constitucionais.
Preâmbulo
Conforme posicionamento do STF, o preâmbulo da Constituição Federal não tem valor jurídico. Haverá apenas valor político e histórico e é utilizado para a interpretação constitucional.
O preâmbulo da CF/88 reconhece, oficialmente, a existência de Deus, mas não determina religião oficial.
ADCT – Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.
São normas constitucionais criadas para produzir efeitos em um determinado momento, com um prazo pré-estabelecido.
Podem ter emendas em seus dispositivos.
O STF entendeu que as Constituições estaduais não podem ter ADCT.
Aula 06 - 02/03/2012
V – Princípios Fundamentais
(1º ao 4º)
Formas de Governo (Art. 1º):
É a relação do governante com o governado.
Há duas formas de governo:
República:
O Brasil adota essa forma de governo desde a nossa 2ª Constituição (CF 1891).
Características republicanas (Princípios Republicanos):
Eletividade;
Representatividade popular;
 Temporalidade - Há duas teorias à cerca disso:
A primeira diz que se precisa ter mandato com data de início e data de fim;
Mandato com alternância.
O presidente da república só poderá ser reeleito por 2mandatos consecutivos, mas poderá ter o 3º mandato desde que haja ao menos 1 mandato entre o 2º e o 3º mandato.
O vice-presidente, mesmo tendo sido vice por 2mandatos consecutivos, poderá se candidatar ao cargo de presidente da República, uma vez que são cargos distintos, mas caso esse vice-presidente tenha sucedido (de maneira definitiva) ao presidente, o próximo mandato contará como re-eleição.
O presidente da república não poderá se candidatar, na eleição imediatamente posterior ao 2º mandato, à vice presidente, uma vez que, pode haver necessidade de sucessão e isso resultaria em um terceiro mandato do presidente.
Responsabilidade.
Dever de prestar contas.
Monarquia: 
Características Monárquicas (Princípios Monárquicos):
Hereditariedade;
No vaticano a hereditariedade é na verdade uma Eletividade já que não dá pra haver hereditariedade com relação ao Papa.
Não há representatividade popular;
Vitaliciedade;
Irresponsabilidade.
Obs.24: A forma republicana de governo não é cláusula pétrea, mas constitui limitação material implícita ao poder de reforma da Constituição. É uma cláusula pétrea implícita.
Obs.25: A república é princípio constitucional sensível. (art. 34, VII)
 Princípio constitucional sensível são aqueles que são capazes de gerar por si só a intervenção federal.
Esquema 14. – Diferença estrutural entre República e Monarquia.
 Povo Monarca
 Governante Súditos
Formas de Estado (Art. 1º):
Organização político-administrativa do país.
Unitário: 
Poder centralizado.
Federal: 
Poder descentralizado.
O Brasil adota o estado federal em sua constituição de1891.
Características Federativas (Princípios Federativos):
Descentralização;
Autonomia – capacidade de auto-organização;
Soberania – autodeterminação.
Quem detém a soberania é o Brasil.
Quem representa a soberania do Brasil é a União.
Tríplice autonomia ( 
auto-governo;
organização política; e 
organização administrativa.
Constituição rígida;
Proibição de secessão;
Órgão que represente os estados membros ( senado;
Guardião da CF ( STF.
Regimes Políticos (Art. 1º):
Autocracia: 
Totalitarismo
Democracia: 
Direta ( o povo toma as decisões.
Indireta (representativa) ( o povo elege representante para a tomada de decisões.
Semi-direta (participativa) ( algumas decisões tomadas pelo povo e outras pelos representantes do povo.
Formas de participação direta (art. 14)
Plebiscito 
Consulta prévia ao povo. A competência de convocação é do CN (art. 49, CF).
O congresso pode convocar sempre que julgar necessário, mas existem convocações obrigatórias: Criação de novos Estados, Territórios e Municípios (art. 18);
Referendo
Consulta, que se faz ao povo, posterior à uma lei ou decisão para confirmar ou não a decisão.
Iniciativa popular
Capacidade que o cidadão tem de propor projeto de lei.
A iniciativa popular em âmbito federal exige que o projeto de lei seja subscrito por no mínimo 1% do eleitoral nacional dividido por pelo menos 5estados da federação, tendo cada estado no mínimo 0,3% de seus eleitores. (art. 61)
Cabe pra qualquer lei, seja complementar ou ordinária, mas não vale para emenda constitucional.
Iniciativa popular nos estados ( será definida pela lei. (art. 27, CF)
Iniciativa popular nos municípios ( o projeto de lei deve ser subscrito por no mínimo 5% do eleitorado municipal.
Aula 07 - 09/03/2012
Estado de direito (Art. 1º):
Estado regulamentado por lei. em que prevalecem as leis – só as leis podem obrigar alguém a fazer ou deixar de fazer algo.
Estado Policial de direito (Art. 1º):
Prevalece o próprio arbítrio, a própria vontade. Prevalece à própria razão.
É justamente o contrário do Estado de Direito, é a ideia de que os “fins justificam os meios” e no estado de direito isso não é válido.
Fundamentos (Art. 1º):
Prevalece o próprio arbítrio, a própria vontade. Prevalece à própria razão.
Soberania: 
É a soberania do povo, só se trata de soberania do Estado (país) quando se compara um Estado (país) á outro Estado (país).
Cidadania: 
É a plena atuação do povo na estrutura do Estado. Não é apenas o direito de votar e ser votado, é um conceito mais amplo.
Dignidade da Pessoa Humana: 
Segundo o STF é o maior de todos os fundamentos. Fala-se de “pessoa humana” para diferenciar da pessoa Jurídica.
Valores Sociais do Trabalho e da Livre Iniciativa: 
Livre iniciativa ( o estado não vai interferir na escolha da sua profissão.
Pluralismo Político: 
Podemos defender diferentes tipos de ideologias. É o mesmo que pluralismo ideológico.
Por consequência eu tenho o pluralismo partidário, pois o partido político, em tese, tem por base uma ideologia.
Separação dos Poderes (Art. 2º):
Quem primeiro identificou a existência das três funções do estado – administrar, legislar e julgar – foi Aristóteles.
Montesquieu veio depois afirmando essa existência e efetivando a tripartição dos poderes, dando “nomes” aos poderes responsáveis por cada uma das funções, dando existência então aos poderes Executivo, Legislativo e judiciário.
A teoria definida por Montesquieu já foi superada, uma vez que, hoje a teoria que se aborda é que não há três poderes, mas sim um poder só que é o poder do povo, esse poder é que se divide em três funções sendo então o Poder do Povo para Legislar, o Poder do Povo para Administrar e o Poder do Povo para Julgar.
Os poderes tem uma separação clara, mas não rígida ou seja podem exercer “atipicamente” funções típicas de outros poderes.
Ex.: 
A posse de um servidor no senado será realizada pelo Presidente do Senado, um ato tipicamente administrativo, realizado de maneira atípica pelo legislativa.
Objetivos Fundamentais (Art. 3º):
São desejos futuros. É algo que será feito dentro da medida do possível, não pode-se dizer que nunca serão implementados, ao menos na teoria o Estado deve buscar diariamente alcançar esses objetivos.
Princípio que regem as relações internacionais do Brasil (Art. 4º):
Crimes Imprescritíveis:
Só a CF pode estipular crimes imprescritíveis e ela define apenas dois:
Racismo (Art. 5º, XLII); e
Ações de grupos armados (Art. 5º, XLIV).
Racismo (Art. 5º, XLII):
É crime inafiançável imprescritível e sujeito à pena de reclusão.
Tanto a não permissão de fiança e a imprescritibilidade do crime de racismo, são exceções. 
A pena de reclusão deve obrigatoriamente começar a ser cumprida em regime exclusivamente fechado (ou seja encarcerado) já a detenção fica a critério do juiz a possibilidade de se iniciar o cumprimento da pena em regime aberto.
Crimes Inafiançáveis (Art. 5º, XLIII):
Só a CF pode estipular crimes inafiançáveis e ela define apenas:
Racismo;
Terrorismo
Crimes hediondos; e
Trafico ilícito de substâncias entorpecentes.
Terrorismo (Art. 5º,):
 
O terrorismo não é praticado apenas contra povos, mas contra cultura ou características físicas, mentais e etc. É crime inafiançável e não cabe graça ou anistia.
Graça ( dada pelo presidente da república e alcança (perdoa) apenas uma pessoa, por um determinado crime;
Anistia ( vem de lei, logo contempla todos que estão na mesma situação.
Asilo Político: 
É concedido por Crime Político ou Crime de Opinião.
A concessão de asilo Político não impede a posterior extradição, desde que não seja por crime político nem de opinião.
Extradição (Art. 5º, LI):
 
É um pedido de entrega de um criminoso. A extradição da que trataremos é relacionada a extradição do Brasil, a extradição para o Brasil é conforme lei do Estado que efetuará a extradição.
A decisão de extraditar ou não é do Presidente da República, mas a competência pra julgar se o pedido é ou não legal e constitucional. (Competência do STF – Art. 102, I, “g”)
O pedido de extradição chega ao País por meio do Itamaraty é encaminhado ao presidente que toma ciência e o encaminha ao STF que é quem diz se pode ou não haver a extradição, a informação retorna ao presidente. Sendo informado de que a extradição é ilegal ou inconstitucional o presidente da república simplesmente diz que não pode extraditar, mas sendo a informação de que a extradição pode ocorrer o presidente decide se é ou não conveniente extraditar.
Para que o STF julgue o pedido de extradição o extraditando deverá estar obrigatoriamente preso.
O STF deve seguir alguns princípios para julgar essa extradição são eles:
Nacionalidade (
Brasileiro
Nato ( Jamais extradita;
Naturalizado ( Pode por:
crime anterior a naturalização;
Tráfico Ilícito de Substancias entorpecentes à qualquer tempo.
Estrangeiros ( Pode desde que não se trate de crime político ou de opinião. (Art. 5º, LII)
Crime ( 
Não poderá ser político ou de opinião;
O Brasil pode dar asilo por crime político e de opinião e depois extraditar a mesma pessoa por outro crime que não os de crime político ou de opinião.
Tem que ter dupla tipicidade (ser crime lá e ser crime aqui também);
As penas, para o crime, não podem ser nenhuma das penas proibidas no Brasil que são:
Pena de Morte;
Caráter perpetua;
Banimento;
Trabalhos forçados;
Cruéis.
Penas ( As penas, para o crime, não podem ser nenhuma das penas proibidas no Brasil que são:
Pena de Morte;
Caráter perpetua;
Banimento;
Trabalhos forçados;
Cruéis.
Tratado ( os países envolvidos devem ter tratado de extradição, pois é o documentoque contém as regras para essa extradição. Esse tratado não precisa ser prévio, basta que ele exista, pode ser feito no ato da extradição.
Aula 08 - 12/03/2012
Deportação:
 
Mandar sair do país o estrangeiro ilegal.
Expulsão:
 
Mandar sair do país o estrangeiro que não é bem vindo. Não está ilegalmente, entrou no país pelos caminhos corretos e depois foi considerado “persona non grata”.
Não necessariamente será um criminoso, mas poderá ser apenas não quisto. Um exemplo de não criminoso que quase foi expulso do Brasil foi o jornalista que fez reportagem chamando o Presidente Lula de “Cachaceiro".
Banimento:
 
É inconstitucional.
É mandar sair do País o Nacional. Seria a expulsão do Brasileiro. Não pode ocorrer independente de ser Brasileiro nato ou naturalizado.
Na constituição anterior à de 1988 muitos brasileiros foram banidas do país, entre eles grandes escritores, músicos, poetas, artistas em geral.
VI – Organização do Estado
(Art. 18 a 36)
Entes Federativos:
Os artigos 1º e 18 da CF são diferentes. O 1º trata de organização geográfica e o art. 18 trata de estrutura político-administrativa.
União;
Estados;
DF;
Distrito normalmente não possui autonomia, integra a estrutura do Estado, mas a CF/88 deu ao Distrito Federal a autonomia que antes não tinha. O DF é um ente federativo hibrido já que em alguns aspectos tem características de Estado e em outras tem características de municípios.
A autonomia do DF foi parcialmente tutelada pela União. O DF não pode legislar sobre:
Poder judiciários;
Ministério Público;
Defensória pública;
Polícia civil;
Polícia Militar;
Bombeiro Militar.
Municípios.
Não há relação de hierarquia entre os entes.
Territórios não é ente federativo, pois não tem autonomia política, é considerada uma autarquia “especial”.
�
Autonomia:
	
	União
	Estados
	DF
	Municípios
	Executivo
	Presidente da República auxiliado pelos ministros de Estado.
Art. 76, CF
* Assessor não pode substituir Ministros, pois assessor não possui função pública enquanto que o Ministro sim.
	Governador auxiliado pelos secretários de Estado.
	Governador auxiliado pelos secretários de Estado.
	Prefeitos auxiliados pelos secretários de municípios.
*Eleições sempre 2anos após as eleições gerais.
	Eleição
	1º Turno:
 - 1º Domingo de Outubro;
 - Se nenhum candidato obtiver no 1º turno a metade (50%) mais um (um voto) dos votos válidos (excluídos brancos e nulos);
2º Turno: (se houver)
 - Último Domingo de Outubro.
 - Concorrem os 2candidatos mais votados (se houver empate, aplica-se o critério de idade, dos dois o mais idoso).
 - Tais situações valem também para os Estados e DF. Nos casos de municípios só se aplica a regra de 2º turno para municípios com mais de 200mil eleitores. Havendo menos, os municípios elegerão simplesmente o mais votado, independente de atingirem ou não a regra de e 50%+1 votos válidos. Lembrar que são mais de 200mil eleitores e não habitantes.
(Se após as eleições e antes da posse houver vacância do cargo de Presidente o Vice assume, havendo vacância dos dois efetiva-se a regra de vacância como se eles tivessem tomado posse, ou seja, serão realizadas novas eleição 90dias após aberta a última vaga.
	
	União
	Estados
	DF
	Municípios
	Legislativo
	Congresso Nacional
 ( Câmara dos Deputados (CD);
 ( Senado Federal (SF).
	Assembléia Legislativa (AL)
	Câmara Legislativa
Recebe esse nome para mostrar que é hibrido. Câmara (retirada de “câmara municipal”)+ Legislativa (retirada de “assembléia legislativa”).
	Câmara Municipal
	
	Câmara dos Deputados
	Senadores Federais
	Deputados Estaduais
	Deputados Distritais
	Vereadores
	
	O número de Deputados Federais é fixo: 513 (LC).
A quantidade de Deputados federais por estado é proporcional à população, respeitando o número mínimo e o máximo por estado. Números esses definidos pela CF/88 como:
Mínimo de 8;
Máximo de 70
Cada território terá a representatividade, fixa, de 4 Deputados federais;
Todos os Deputados possuem mandato de 4anos;
A cada 4anos renovação total;
Idade mínima 21anos – na data da posse;
Eleição proporcional; 
Os suplentes são os próximos mais votados da coligação.
	O número de senadores hoje é de 81;
Cada estado terá a representatividade de 3 senadores;
Todos os senadores possuem mandato de 8anos – pois representa o estado então o mandato é maior para acompanhar o crescimento do Estado;
Renovação parcial em 1/3 (27) e 2/3 (54) à cada 4anos;
Territórios não têm representatividade no senado, pois não são entes federativos;
Idade mínima 35anos – na data da posse;
Eleição majoritário;
O senador já é eleito com dois suplentes.
	A cada 4anos renovação total;
Idade mínima 21anos – na data da posse;
Eleição proporcional; 
Os suplentes são os próximos mais votados da coligação;
Tendo até 12 Deputados federais o número dos Deputados estaduais será 3x o número de Deputados federais, passando de 12 soma-se 24 ao número de Deputados Federais para se ter a quantidade de Deputados Estaduais. (Vide tabelinha de contagem)
	A cada 4anos renovação total;
Idade mínima 21anos – na data da posse;
Eleição proporcional; 
Os suplentes são os próximos mais votados da coligação.
Tendo até 12 Deputados federais o número dos Deputados estaduais será 3x o número de Deputados federais, passando de 12 soma-se 24 ao número de Deputados Federais para se ter a quantidade de Deputados Estaduais. (Vide tabelinha de contagem)
	Eleição Proporcional;
Idade mínima de 18anos.
Mínimo de 9 vereadores;
Máximo de 55 vereadores;
�
	Calculo de quantidade de Deputados Estaduais
	Federais
	
	Estaduais/Distritais
	8
	X
	3
	=
	24
	9
	X
	3
	=
	27
	10
	X
	3
	=
	30
	11
	X
	3
	=
	33
	12
	X
	3
	=
	36
	13
	+
	Diferença entre 36 e 12 = 24
	=
	37
	14
	+
	24
	=
	38
	15
	+
	24
	=
	39
	.
.
.
	.
.
.
	.
.
.
	.
.
.
	.
.
.
	69
	+
	24
	=
	93
	70
	+
	24
	=
	94
	
	União
	Estados
	DF
	Municípios
	Judiciário
	STF, STJ, Tribunais e Juízes do Trabalho, eleitorais, militares, federais e do Distrito Federal e Territórios
*O STF é uma corte constitucional
** O STJ e STF são chamados de órgãos de superposição.
	Tribunais de justiça, juízes estaduais, e justiça militar se houver (o estado que tiver um efetivo militar superior à 20mil integrantes poderá criar a sua justiça militar própria – é pra julgar os militares estaduais, os das forças armadas são julgados pela justiça especial militar da união – no caso do estado não ter justiça militar própria é a justiça “comum” que julga e no caso de haver tribunais militares esses fazem parte da justiça comum estadual).
	Tem Judiciário mantido pela União!
	Não há.
	
	O CNJ é órgão do judiciário, mas tem caráter meramente administrativo. O STF entendeu que o CNJ não é órgão da união, mas é um órgão nacional sendo assim ele pode fiscalizar também a justiça estadual
	
�
�
Aula 09 - 16/03/2012
Competência:
Assuntos de interesse nacional ( Competência da União;
Assuntos de interesse Regional ( Competência dos Estados;
Assunto de interesse Local ( competência dos Municípios.
O DF por ser ente federativo hibrido vai acumular competências estaduais e municipais.
Da União:
 Administrativas – Para Administrar ( Não trazendo a informação de “Legislar” será competência administrativa
Exclusiva (Art. 21, CF) – Só da União.
É indelegável;
Comum (Art. 23, CF) – É da União, dos Estados, do DF e dos Municípios.Legislativas – Para legislar ( Sempre que for competência legislativa a CF vai trazer a informação “legislar”.
Privativa (Art. 22, CF) – Só da União;
É delegável aos estados – Parágrafo Único.
Ao efetuar a delegação a União não poderá delegar para um em específico, ela vai delegar para todos, mesmo que nem todos façam a lei.
Concorrente (Art. 24) – É da União, dos Estados e do DF.
A união não tem competência concorrente expressa com o município; 
Esquema 15. – 
Ex.: A união no art. 5º, L trás que: “ às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos durante o período de amamentação”, mas não trás os detalhes. Mantém a norma geral em todos os Estados e cada qual faz o “detalhamento” de sua lei.
Ex.: (suposição) A união não legisla sobre determinado assunto e um Estado legisla e depois vem a União e legisla dizendo o contrário. A lei federal vem suspendendo a eficácia do que for contrário a CF, só suspende não revoga, se a lei federal for revogada a lei estadual volta à valer, a lei estadual só poderá ser revogada se houver outra lei estadual revogando tal lei. Deve-se lembrar também que só se suspende a eficácia do que for contrário o que for igual ou não for dito na lei federal continua valendo.
Dos Estados – Art. 25:
É competência Residual. Há uma competência residual destinada à União que é para dispor sobre matéria tributária, nos termos do Art. 154, CF.
Dos Municípios – Art. 30:
Do DF– Art. 32:
Estados X DF:
	Estados
	DF
	Podem ser divididos em Municípios.
	Não podem ser divididos em municípios, já que o DF foi criado para proteger a capital federal, Brasília, e criar municípios significa dar autonomia à eles e essa autonomia atrapalharia a proteção à capital Federal.
Criação de Novos Estados:
Tem que haver plebiscito com a população interessada;
Não sendo aprovado por plebiscito o projeto é arquivado e só poderá ser discutido novamente na próxima legislatura;
Sendo aprovado pela população o Congresso Nacional poderá realizar a criação do novo Estado, mas o Congresso não fica obrigado à criar o novo estado.
É feita através de Lei Complementar Federal.
Fusão (incorporar):
Dois estados se unem para formar um só;
Subdividir:
Um estado é dividido. O Estado original continua existindo e um pedaço dele se torna outro estado.
Ex.: Goiás que teve uma parte que se tornou o Estado do Tocantins.
Desmembrar:
Um estado é dividido. O Estado original deixa de existir e se criam dois ou mais territórios.
Ex.: Goiás que teve uma parte que se tornou o Estado do Tocantins.
Aula 10 - 19/03/2012
Formação de Novos Municípios (art. 18, §4 º): 
Tem que haver estudo de viabilidade;
Realizar plebiscito com a população diretamente interessada;
Não sendo aprovado por plebiscito o projeto é arquivado e só poderá ser discutido novamente na próxima legislatura;
Sendo aprovado pela população o Congresso Nacional poderá realizar a criação do novo Estado, mas o Congresso não fica obrigado à criar o novo estado.
É feita através de Lei Estadual. Após autorização de Lei Complementar Federal para criação de novos municípios;
Territórios: 
Não é ente federativo;
É considerado autarquia;
O território é sempre parte da união;
Motivos para criação de territórios:
Segurança (defesa nacional);
Caso de um estado sendo invadido por outro país que é transformado em território para que assim a União tivesse a gestão daquele estado que se tornou um território.
Proteção ambiental;
Um exemplo disso é Fernando de Noronha que era um território por questão de proteção ambiental, mas foi dada autonomia para que os estados cuidassem desses aspectos, logo Fernando de Noronha foi incorporado ao estado de Pernambuco.
Para criação de novos territórios fica obrigatória a realização de plebiscito com a população diretamente interessada, no caso daquele que for criado ser parte de um Estado;
No caso de ser um “pedaço de terra” conquistado de outro país, por exemplo, não há necessidade de plebiscito nesse caso.
Por meio de lei complementar federal
Proibições: 
Eles não poderão criar distinções de tratamento entre brasileiros;
Não poderão recusar fé à documento público emitido por outro ente federativo;
Estabelecer , custear, embaraçar o funcionamento ou manter aliança com religião ou culto religioso. Ressalva-se apenas, na forma da lei, a colaboração de interesse público; 
Bens: 
Fazer leitura comparativo entre art. 20 e 26;
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Intervenção Federal (Art. 34) X Intervenção Estadual (Art. 35): 
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VII – Processo Legislativo
(Art. 59 a 69)
Conceito ( é o modo como as leis são instituídas no Brasil
Espécies normativas primárias:
Emendas;
Leis Complementares;
Leis Ordinárias;
Leis Delegadas;
Medidas Provisórias;
Decretos Legislativos;
Resoluções.
Conforme entendimento do STF não há hierarquia entre espécies normativas primárias.
Com relação à Emenda Constitucional fica subtendido a “hierarquia” dela sob as demais, mas deve-se lembrar que ela promulgada é parte integrante da CF. 
Espécies normativas secundários: São atos administrativos, não criam obrigação de fazer ou deixar de fazer. Um exemplo de espécie normativa secundária são as portarias.
Emenda: Foi falada no item 3 do capitulo II que trata de poder constituinte. (À partir da Página 11).
Leis:
Diferenças entre Lei complementar e Lei Ordinária.
	
	Lei Complementar
	Lei Ordinária
	Assunto
	Definido pela CF
	É a lei comum, se não falar nada é a lei ordinária.
	Quorum
	Maioria Absoluta
(50% + 1 do Total dos membros)
	Maioria Simples – Que é o comum dos Quoruns.
(50% + 1 dos presentes, devendo estar presente pelo menos a maioria absoluta)
	“Invasão de assunto”
	Parte da ideia de que “quem pode mais, pode menos também” ou seja, Lei Complementar que trata de matéria de Lei ordinária não será considerada inconstitucional.
	Lei ordinária não poderá tratar de assunto de Lei Complementar. Caso o faça a Lei em questão será declarada inconstitucional.
Aula 11 - 23/03/2012
Leis (continuação):
Criação de Lei Ordinária e Lei Complementar (Processo Legislativo ordinário e especial).
O processo legislativo da Lei ordinária é chamado de processo legislativo ordinário, já o da lei complementar é chamado de processo legislativo especial.
 
Iniciativa: Art. 61, CF/88 + TCU (Art. XXX)
Qualquer membro ou comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional;
Presidente da República;
Supremo Tribunal Federal;
Tribunais Superiores;
Procurador-Geral da República;
Cidadãos (a assinatura de 1% do eleitorado [votantes] nacional, esses distribuídos em no mínimo 5unidades federativas, tendo cada uma dessas unidades assinatura de pelo menos 0,3% do eleitorado);
TCU (Conforme art. Xxx)|
Presidente da República: (Art. 61, §1º)
Projeto de organização do Ministério Público é concorrente. Cabe ao Presidente da República as normas gerais, enquanto que o PGR tem responsabilidade de normas específicas. Art. 128, §5º.
Bicameral:
	Casa Iniciadora
	Casa Revisora
	Recebe o projeto primeiro
	Recebe o projeto em um segundo momento.
	O senado só será casa iniciadora quando o projeto de lei for de senador, nas demais a câmara será a casa revisora.
	Quando uma for a casa iniciadora a outra será a casa revisora.
	Passa por comissões:
Faz Exame de :
- Constitucionalidade:
Comissão de Constituição e Justiça na Câmara
 E
Comissão de Constituição e Justiça no Senado
- Mérito ( oportunidade econveniência
Feita pela comissão temática 
	O Plenário poderá:
- Rejeitar ( Arquiva-se
Matéria constante de projeto de lei rejeitado poderá ser novamente deliberada na mesma sessão legislativa, desde que haja a solicitação da maioria absoluta de qualquer das casas do Congresso Nacional (Art. 67, CF-88)
 Sanciona ( promulga ( Publicação
Quando a sanção é expressa o ato de sanção serve como promulgação.
- Aprovar ( Segue para o presidente da República que Total
 Veto (15dias úteis) 
 Obs.26: Parcial (não pode haver veto 
 de palavras, frases ou trechos – art.66, §2º)
***Se dentro do prazo de 15dias para o veto o presidente não se manifestar sobre a sanção ou veto entende-se como sanção tácita. ***
- Emendas – 
( Estando na casa iniciadora, se o projeto for aprovado com as emendas encaminha para a casa revisora;
( Estando o projeto na casa revisora, encaminha-se de volta o projeto com as emendas para a casa iniciadora apreciar a emenda. A casa iniciadora avaliará apenas se aprova ou rejeita a emenda não podendo fazer novas emendas ao texto. 
	
	
Obs.26: 
O veto do Presidente deverá ser motivado e poderá ser Político – quando o projeto é contrário ao interesse público – ou jurídico – quando ele percebe que não está de acordo com a CF.
O presidente manda o veto para o Congresso Nacional no prazo de 48h. o CN terá 30dias para votar em manter ou derrubar o veto. O veto necessitará de maioria absoluta do CN (sessão conjunta) para ser derrubado.
Mantido o veto arquiva-se, sendo ele derrubado encaminha-se o projeto para o Presidente promulgar. Passada 48h se o presidente não promulgar, o presidente do Senado terá 48h para promulgar e caso esse não faça o vice-presidente do Senado o fará sob pena de responder por crime de responsabilidade.
Durante a apreciação do veto os parlamentares poderão apenas concordar ou discordar com o veto, não poderão “emendar” o veto.
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Processo Legislativo Sumário (Rápido).
A iniciativa do projeto é do presidente da república acompanhado do pedido de urgência.
Tem mesmo procedimento do processo legislativo ordinário e especial tendo apenas as seguintes diferenças:
Como é de iniciativa do Presidente da República terá como casa iniciadora necessariamente a Câmara dos Deputados;
A sua fase legislativa termina em até 100dias já que o prazo sumário exige que o procedimento de cada case dure no máximo 45dias (em cada casa) e havendo emenda pela casa revisora a casa iniciadora terá 10dias para avaliar a emenda.
Obs.27: 
Os prazos do regime de urgência não são contados nos períodos de recesso parlamentar.
Obs.28: 
A casa que perder o prazo sofrerá o sobrestamento (travamento) de sua pauta.
Obs.29: 
O regime de urgência não pode ser aplicado aos projetos de Código.
Lei Delegada.
É uma lei feita pelo Presidente da República com autorização do Congresso Nacional.
Aula 12 - 26/03/2012
Medida Provisória (Art. 62, CF):
Pelo principio da Simetria, adota-se também essa espécie normativa em nível estadual
Iniciativa.
Só o Presidente da República, é competência indelegável – Na esfera Federal. 
Requisitos.
Relevância;
Urgência.
Quem avalia a relevância e urgência das Medidas Provisórias é o próprio Presidente. Faltando algum desses requisitos será a MP considerada Inconstitucional.
Obs.30: 
Medida provisória rejeitada não pode ser reeditada na mesma sessão legislativa.
Obs.31: 
A contagem do prazo de validade da medida provisória é suspensa nos períodos de recesso parlamentar.
Obs.32: 
Após o 45º dia de sua edição a medida provisória entra em regime de urgência e provoca o sobrestamento da pauta da casa em que for encontrada.
Obs.33: 
Se for aprovado o projeto de lei de conversão (alteração da MP) a MP fica valendo não pelo prazo definido, mas até que o projeto de lei seja sancionado ou vetado.
Perda da Eficácia.
( Rejeição Expressa;
( Rejeição Tácita;
Decurso do Prazo
Proibições para MP.
Uma MP quando aprovada é transformada em Lei ordinária, logo não pode haver medida provisória que tenha assunto próprio de Lei complementar. (Art. 62, §1º, III);
O Presidente é que apresenta a MP, logo não pode tratar de assuntos privativos que não sejam do Presidente;
Nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral, direito penal, processual penal e processual civil;
Atenção!!!
Processual Civil não pode, mas direito civil pode sim!
Atenção!!!
Cabe MP para tratar de Direitos Fundamentais?
 		SIM
Cabe MP para tratar de qualquer direito fundamental?
 		NÃO.
			 - Direitos Individuais; PODE
			 - Direitos Sociais; PODE
Direitos Fundamentais - Direito de Nacionalidade; NÃO PODE
			 - Direitos Políticos; NÃO PODE
			 - Direitos Partidos Políticos; NÃO PODE
O art. 150, III da CF trata do Princípio da Anterioridade tributária que diz que só poderá ser instituído impostos para o exercício financeiro seguinte, logo o art. 62, §2º diz que só valerá para o exercício financeiro seguinte , mas não do dia em que foi editada a MP e sim ao exercício financeiro seguinte ao que foi convertido em lei.
Tem-se que tomar cuidado com as exceções que são as descritas no art. 153, I, II, IV, V e art. 154, II:
Art. 153
I - importação de produtos estrangeiros;
II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados;
IV - produtos industrializados;
V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários;
Art. 154
II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação.
Pode-se utilizar MP para regulamentar normas constitucionais. (Regra) Não se pode utilizar MP para regulamentar todas as normas constitucionais, pois a EC número 32 trouxe uma limitação para as normas que tenham sido emendas entre o dia 1º de janeiro de 1995 e o a EC nº 32 (de 11/09/2001), essas normas emendadas não poderão ser regulamentadas por MP;
Esquema 18 – Alteração de norma constitucional por MP
As emendas promulgadas nesse período
são às de número 5 até a de número 32.
Sendo uma matéria for objeto de projeto de lei aprovado em ambas as casas aguardando apenas sanção ou veto essa matéria não poderá ser objeto de MP;
Em matéria orçamentária só poderá utilizar-se de MP para situação de calamidade pública (créditos extra-ordinários). Não cabe MP na LOA, PPA, LDO.
Decretos Legislativos e Resoluções:
São espécies normativas utilizadas somente pelo legislativo, não há nenhuma participação do executivo.
	
	Decretos Legislativos
	Resoluções
	Assunto de
 competência:
	Do Congresso Nacional
	Da Câmara ou do Senado.
*Pode haver resolução pelo CN nos casos de Lei Delegada.
	Competência
	Do Congresso nacional, mas a atuação é Bicameral, ou seja, é votada na Câmara e no Senado separadamente.
	Da Câmara ou do Senado conforme o assunto de competência
	Quorum
	Maioria Simples
	Maioria Simplesna casa responsável pela resolução.
	Promulgação
	Presidente do Senado (que é o presidente do Congresso Nacional).
	Presidente da casa responsável pela resolução.
	Artigos
	Art. 49
	Da Câmara
	Do Senado
	Do Congresso
	
	
	Art. 51
	Art. 52
	Só nos casos de Lei delegada
Atenção!!!
Decreto Legislativo é diferente de:
( Decreto Lei ( Não existe mais;
( Decreto ( Vamos estudar em Poder Executivo;
(Decreto Autônomo ( Vamos estudar em Poder Executivo.
Aula 13 - 02/04/2012 
VIII – Poder Legislativo
(Art. 49 à 69)
Imunidades 
Material (Art. 53): Deputados e senadores são invioláveis civil e penalmente, por opiniões, palavras e votos.
Pausa para o art. 5º.
Hoje toda forma de censura é inconstitucional, mas o que se fala gera o direito de resposta proporcional ao agravo. Logo, todos respondem pelo que dizem, pois nada será afastado da percepção.
Deve-se atentar para o fato de que os parlamentares, mesmo fora de plenário, se estiverem exercendo função “pública” terá imunidade parlamentar.
Obs.34: De acordo com o STF se um parlamentar estiver no recinto do Congresso Nacional, estará amparado pela imunidade material independentemente do que falar. 
Esse entendimento não diz que fora do CN não há imunidade. Só que parte-se do pressuposto que se ele está dentro do CN ele estará, obrigatoriamente, no exercício da função.
Formal:
Prisão: Deputados e senadores só poderão ser presos em flagrante de crime inafiançável devendo a autoridade que efetuou a prisão comunicá-la em no máximo 24h à casa legislativa do parlamentar para que decida sobre a prisão.
Processo:
Esquema 19 – Foro privilegiado
Deputados Estaduais e Distritais têm as mesmas imunidades dos Deputados Federais. Essas imunidades valem em todo o país.
Obs.35: 
A CF/88 não deu aos Deputados Estaduais e Distritais o Foro privilegiado. Esses têm o foro privilegiado, mas esse foro foi concedido pelas Constituições Estaduais, o foro privilegiado desses é o TJ do Estado, ou no caso do DF o TJDFT. 
A CF/88 deu ao Júri Popular prerrogativa especial para crimes contra a vida. No caso de parlamentares federais mesmo sendo crime contra a vida serão julgados pelo STF uma vez que seu foro privilegiado é dado pela própria CF, mas o mesmo não ocorre para os Parlamentares Estaduais/Distritais. Sendo o crime comum doloso contra a vida os parlamentares estaduais/distritais serão julgados pelo Júri Popular já que seu foro privilegiado não é dado pela CF e sim por lei e a CF é superior a lei.
Esquema 20 – Foro privilegiado
 (Estados e DF)
Obs.36: A imunidade formal e o foro privilegiado são adquiridos após a expedição do diploma.
O diploma de:
 ( Deputados estaduais/distrital e governadores é expedido pelo TRE local. 
 ( Deputados federais, Presidente e Vice Presidente é expedido pelo TSE.
 ( Vereadores, Prefeitos e Vice Prefeitos é expedido pela junta eleitoral.
A diplomação é feita na 1ª quinzena de dezembro do próprio ano eleitoral.
Obs.37: Mesmo o crime tendo sido praticado antes da diplomação o competente para julgar é o STF (ou TJ local para os Estados e o Distrito Federal), mesmo que o julgamento estiver ocorrendo o STF (ou TJ local para os Estados e o Distrito Federal)é que realizará a finalização do julgamento, mas para crimes praticados antes da diplomação não poderá haver suspensão do processo pela respectiva casa.
Obs.38: O privilegio é do cargo e não da pessoa, sendo assim, havendo a renuncia do cargo o STF deixa de ser competente. Só continuará sendo julgado pelo STF no caso de haver a denuncia após o inicio do julgamento, estando o julgamento já em andamento (não só marcado) o STF finaliza o procedimento mesmo havendo a renuncia do parlamentar.
Vereadores só têm imunidade material e apenas dentro do Município.
Reuniões 
Sessão Legislativa Ordinária:
De 02/02 a 17/07 e de 1º/08 a 22/12
Obs.39: O CN não entrará em recesso enquanto não houver aprovação da LDO.
Sessão Legislativa Extraordinária. (Art. 57, §6º):
Ocorrerá:
Por convocação do presidente do Senado federal para o compromisso e posse ao Presidente e Vice presidente;
Por convocação do presidente do Senado Federal em caso de decretação de estado de defesa ou de intervenção federal ou de pedido de autorização para a decretação do estado de sítio;
Por convocação dou Presidente da República ou dos presidentes da câmara e do senado ou por requerimento da maioria dos membros de ambas as casas em caso de urgência ou interesse público que exija urgência não podendo esperar que se encerre o recesso parlamentar.
Sendo realizada a convocação extraordinária solicitada pelo PR ou pelo presidente da câmara ou do senado não fica obrigado a aceitação da convocação, devendo a convocação ser aprovada pela maioria absoluta de cada uma das Casas do Congresso Nacional .
Não há mais pagamento excedente pelos trabalhos prestados nas sessões legislativas extraordinárias.
Somente poderá o CN deliberará sobre matéria para a qual foi convocado. Com exceção das medidas provisórias em vigor na data da convocação que deverão ser incluídas em pauta obrigatoriamente.
Sessão Preparatória:
Ocorrerão à partir de 1º/02 no 1º e no 3º ano de cada legislatura.
No 1º ano de cada legislatura a sessão legislativa ordinária será iniciada em 1º/02 pois à partir dessa data ocorrerá a sessão preparatória.
Essa sessão nada mais é do que a preparação para a tomada de posse dos parlamentares e para eleição e posse dos membros da mesa diretora.
No 3º ano de cada legislatura a sessão legislativa ordinária será iniciada em 1º/02 pois a partir dessa data ocorrerá a sessão preparatória. Essa sessão preparatória será apenas para a composição da nova mesa diretora.
Sessão Conjunta:
Sessão Conjunta ≠ Sessão Unicameral.
	Sessão Conjunta (Art. 57, CF/88)
	Sessão Unicameral (Art. 3º, ADCT, CF/88)
	Tenho:
513 Deputados
 E
81 Senadores
	Tenho 594 Parlamentares (513 + 81)
	Pode ocorrer em Casos exemplificativos (podem haver outros)
	Ocorrem em Casos Taxativos (Só esses casos) 
Comissões (Art. 58, CF/88)
Permanentes:
É uma espécie de “órgão” da casa. É aquela criada pelo regimento interno e não tem prazo de validade.
Na composição delas é preciso preservar a proporcionalidade da representação partidária.
É importante salientar alguns detalhes no que se refere a competência das comissões:
Estão descritas no Art. 58, §2º da CF/88. Esse rol é exemplificativo, ou seja, os regimentos podem trazer mais competências do que apenas as descritas na CF/88.
Podem discutir e votar projeto de lei (lei ordinária). 
É só para projeto de lei e só lei ordinária;
Isso se dá por delegação (delegação “interna corporis”) do plenário que pode negar tal delegação por um décimo dos membros da casa.
Tal delegação pode ser avocada e tal avocação se dá apenas pelo requerimento de um décimo dos membros da casa.
Realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil. Um exemplo é o movimento “acordar melhor”, do professor Ernani Pimentel e Clayton Natal, que foi recebido pela comissão de Educação para falarem sobre o acordo ortográfico;
Convocar ministros de estado a prestar informações sobre assuntos inerentes a suas atribuições.
Temporárias ou especial:
São criadas para um fim específico. Tem prazo de validade previamente definido.
CPI/CPMI:
Poderão tratar de qualquer assunto sobre o qual haja interesse público. Tem prazo certo e determinado
Não tem poder de processar e/ou julgar ninguém. Tem poder apenas de investigar, o trabalho realizado por uma CPI é parecido com o trabalho da Polícia, meramente investigativo, identificando que houveum crime a CPI encaminha a informação ao Ministério Público que se julgar necessário realiza os procedimentos para o processo. Identificando irregularidade na administração Pública, comunica o órgão responsável para que os procedimentos administrativos sejam tomados.
Exigências para instauração da CPI:
Requerimento de 1/3 da casa;
Tem que ter assunto determinado não poderá ser genérica. CPI´s genéricas são inconstitucionais;
Mesmo que durante a CPI identifique-se novos casos esses não poderão ser tratados na mesma CPI, deve ser aberta CPI para cada um dos assuntos. 
Ex.: Renan Calheiros, surgiu a informação de que a pensão da filha dele era paga por uma empresa que contratava com a administração pública e em seguida surgiu também outros fatos como o caso dele ser dono de uma emissora de rádio e TV em Maceió que estaria sob o nome de laranja. Foram abertas um total de 5 investigações diferentes, pois não poderia ser aberta uma CPI Genérica para tratar de todos os assuntos com nome “Renan Calheiros”.
Se surgirem apenas novos “fatos” interligados aos demais pode-se investigar na mesma CPI;
Ex.: Foi criada uma CPI para tratar do Mensalão envolvendo “X” pessoas e no decorrer da investigação surgiram mais pessoas e casos no Mensalão. Sendo assim, todos foram tratados na mesma investigação .
Tem que ter prazo estabelecido para finalização dos procedimentos;
A CF não delimitou o prazo específico para finalização das CPI´s, cada casa estabelece o “limite” dos prazos. O STF determina que os prazos são definidos por cada casa, mas não poderão exceder a legislatura;
Tem poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, mas isso não quer dizer que tenha todos os poderes judiciais, elas podem realizar apenas algumas atividades dos juízes, mas nem tudo que um juiz faz uma CPI poderá fazer também. A CPI não substitui o judiciário, mas pode executar algumas ações próprias desse poder. Exemplos:
A CPI não pode expedir mandado de prisão, isso é prerrogativa do judiciário. A CPI só poderá prender em flagrante e isso ocorre porque qualquer um pode prender em flagrante, esse não é um poder próprio do judiciário.
Sendo uma pessoa intimida à depor e não comparecendo, a CPI poderá fazer a condução coercitiva (à força) de testemunhas (a condução coercitiva de investigado não poderá ser realizada pela CPI).
A CPI não emite mandado de busca e apreensão, pois a casa é asilo inviolável podendo apenas o Judiciário fazer tal determinação, mas poderá realizar busca e apreensão de documentos em instituições da administração Pública, ela pode pegar documentos ligados ao caso investigado pela CPI, não podendo buscar documentos de outra natureza que não o da investigação realizada.
Art. 5º, XI – a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de:
Flagrante delito ( o crime acontece naquele momento dentro da casa. Considera-se ainda flagrante delito:
A perseguição que ocorre logo após o acontecimento do crime, em que o “meliante” foge e a perseguição ocorre nesse momento e permanece. Enquanto a perseguição permanecer está o “meliante” sob flagrante delito.
Flagrante delito presumido que é quando não se viu o crime, mas encontra-se alguém em circunstância que “demonstre” o flagrante.
Desastre;
Prestar socorro;
durante o dia por ordem judicial (onde não inclui-se a CPI)
A CPI, havendo fundado elementos de suspeitas e como exceção, poderá quebrar o sigilo de dados que são os sigilos:
Bancário - movimentação bancária;
Fiscal - patrimônios declarados, impostos, etc.;
Telefônica - telefônicos uma espécie de conta detalhada. Isso nada tem haver com as conversas mesmo.
Sigilo telefônico (dados) é diferente de interceptação telefônica (voz). Só quem poderá realizar a interceptação telefônica é o judiciário. 
Aula 14 - 09/04/2012 
IX – Poder Executivo
 (Art. 76 à 91)
Presidente da República
Sistemas de Governo:
	Presidencialismo
	Parlamentarismo
	Chefia monocrática
	Chefia Dual
	Mandato por prazo certo
	Mandato por prazo indeterminado
	Independência – executivo e legislativo não dependem um do outro.
Cada poder é um poder.
	Interdependência – executivo e legislativo dependem um do outro.
O chefe de Governo é um dos componentes do Parlamento e quem o escolherá será o Parlamento, que poderá o destituir quando julgar necessário.
	O presidente tem a parcela maior de gestão do Estado.
	O parlamento tem a parcela maior de gestão do Estado.
As doutrinas mais renomadas dizem que o Parlamentarismo é o sistema mais democrático. Atenção, isso não é consenso.
O Brasil adota o Presidencialismo.
A primeira constituição, brasileira, a definir o sistema presidencialismo de governo como sistema de governo no Brasil foi nossa segunda Constituição que foi a CF de 1891.
 
O presidencialismo, apesar da independência entre os poderes, não impede que, por vezes, um poder escolha o representante de outro Poder, um exemplo disso é a eleição indireta e também a escolha dos ministros do STF.
A CF define o presidencialismo de maneira explicita quando define o poder executivo, mas a palavra presidencialismo só é encontrada uma vez na CF que é no ADCT quando define a necessidade de plebiscito para definir o sistema de governo decidido.
Atribuições do Presidente (Art. 84):
No caso brasileiro, o chefe de governo acumula também as funções de chefe das forças armadas, isso ocorre por uma situação histórica, uma vez que o militarismo tem base na hierarquia e disciplina, logo tendo um civil eleito pelo povo no comando das forças armadas dificultaria um possível golpe militar.
O inciso IV do art. 84 trás a informação de Decreto Regulamentar já no inciso VI do mesmo artigo a informação é à respeito de Decreto autônomo. O Decreto Autônomo só poderá ocorrer nas seguintes hipóteses:
Organização e funcionamento da administração federal desde que não implique em aumento de despesas nem criação ou extinção de cargos públicos;
Extinção de funções ou cargos públicos quando vagos.
O executivo não administra o funcionamento dos demais poderes, ou seja, o poder legislativo e o judiciário tem autonomia para cuidar de suas próprias organizações, dessa forma, de maneira atípica os próprios poderes administram. Partindo desse pressuposto pode-se afirmar que o presidente não poderá, por exemplo, extinguir cargos públicos vagos, por decreto, nem mesmo vagos ou providos, por lei.
Algumas competências presidências podem ser delegas, mas só podem as que o parágrafo único define, ou seja, somente os incisos VI, XII e a primeira parte do XXV. 
Atenção!!!
No inciso XXV só é delegável a parte que trata de prover cargos públicos, a extinção não é delegável. Mas, o inciso VI é delegável e ele permite a extinção de cargos públicos vagos, logo é delegável a extinção de cargo público vago através de decreto, o que não é delegável é a possibilidade de extinção de cargos públicos ocupados que deverão ser feitos por lei.
A delegação do provimento inclui, de maneira implícita, a delegação do desprovimento do cargo.
Essas delegações só poderão ser feitas aos Ministros de Estado, ao PGR ou ao AGU, quem recebe essas delegações devem cumprir os limites definidos na delegação. As atribuições que poderão ser delegáveis serão:
Inciso VI do art. 84 – Dispor mediante decreto sobre 
Organização e funcionamento da administração federal desde que não implique em aumento de despesas nem criação ou extinção de cargos públicos;
Extinção de funções ou cargos públicos quando vagos.
Inciso XII do art. 84 – Conceder indulto e comutar (abrandar penas) penas com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei.
1ª parte do Inciso XXV do art. 84 – Prover os cargos públicos federais, na forma da lei. 
Atenção!!!Somente será delegável a 1ª parte do inciso indicado, ou seja, só o provimento desses cargos. 
Extinguir (2ª parte do inciso) não poderá ser delegada. 
Lembre-se “desprovimento” é diferente de “extinção”. Quem provê poderá desprover sem problemas. 
Ex.: Ministro da Justiça recebe delegação para provimento de cargos e efetiva uma nomeação, o mesmo ministro aplica o desprovimento de demissão (com processo regular de PAD). A demissão é válida!
Imunidade:
Formal:
Presidente da República não tem imunidade Material, tem apenas a Formal. Ou seja, o presidente da república poderá responder por opiniões e palavras.
A imunidade é para Prisão e Processo:
Prisão – Art. 86, §3º: o Presidente da república não poderá ser preso, nem mesmo em flagrante, enquanto não sobrevier a sentença condenatória. Nas infrações penais comuns.
Atenção!!!
Não se exige transito em julgado, basta a sentença condenatória.
Processo - Art. 86, §4º: o Presidente da República não poderá ser responsabilidade por ato estranho ao exercícios de suas funções. Mas os crimes cometidos nessa situação tem a prescrição suspensa durante todo o mandato e no final do mandato o processo ocorre normalmente.
Ex.: 
( Durante entrevista, o presidente mata o repórter. Nesse caso pode ser processado normalmente.
( Durante briga de transito, o presidente mata o outro motorista. Nesse caso não pode ser processado durante o mandato.
O presidente é julgado por:
STF ( nos crimes comuns;
Esquema 24 – Imunidade Processual do presidente.
Senado ( nos crimes de responsabilidade.
Esquema 25 – Imunidade Processual do presidente.
Aula 15 - 13/04/2012 
Vice-Presidente
Atribuições:
Substituir o Presidente da República em caso de impedimento.
Acompanhar o Presidente da República em suas viagens, quando convocado, outras funções que lhe forem permitidas por Lei Complementar, integra o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional.
Conselho da República (Art. 89 e 90, CF)
É um órgão meramente opinativo. Eles opinam e o Presidente decide se acata ou não a opinião exposta.
Poderá o presidente ouvir os Conselho da República quando tratar de assuntos diversos sobre os quais haja relevância pública. 
O Presidente estará obrigado a convocar e ouvir o Conselho da República nos casos de:
( Estado de sítio;
( Estado de Defesa;
( Intervenção Federal.
O Conselho da República é convocado e presidido pelo Presidente da república.
Composição:
Vice-Presidente da República;
Presidente da Câmara;
Presidente do Senado;
Lideres da Maioria na Câmara;
Lideres da Minoria na Câmara;
Lideres da Maioria no Senado;
Lideres da Minoria no Senado;
O ministro da Justiça;
6 Cidadãos Brasileiros natos:
2 nomeados livremente pelo Presidente;
2 eleitos pelo Senado;
2 eleitos pela Câmara.
Conselho de Defesa Nacional (Art. 91, CF)
É um órgão meramente opinativo. Eles opinam e o Presidente decide se acata ou não a opinião exposta.
O Presidente estará obrigado a convocar e ouvir o Conselho de Defesa Nacional nos casos de:
( Estado de sítio;
( Estado de Defesa;
( Intervenção Federal.
O Conselho de Defesa Nacional é convocado e presidido pelo Presidente da república.
Composição:
Vice-Presidente da República;
Presidente da Câmara;
Presidente do Senado;
O ministro da Justiça;
O Ministro de Estado da Defesa;
O Ministro das Relações Exteriores;
O Ministro do Planejamento;
Os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.
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Estatuto da Magistratura
Será regulado por Lei Complementar que é de iniciativa privativa do Supremo Tribunal Federal - STF. Até hoje não foi realizada a Lei complementar que cria o Estatuto da Magistratura, fazendo as vezes do Estatuto há a Lei Orgânica da Magistratura (LOMA) que foi recepcionada pela CF/88.
Ingresso na Carreira:
Observa-se que esse ingresso é na 1ª instância.
Inicia-se a carreira como Juiz Substituto e o ingresso é realizado por concurso público de provas e títulos que deve ter todas as suas fases supervisionadas pela OAB (essa informação foi acrescida pela EC nº 45).
As exigências Constitucionais para o ingresso na carreira:
Ser bacharel em Direito;
No mínimo 3anos de atividade jurídica.
O edital pode trazer outras exigências.
Vitaliciedade no ingresso da carreira:
Após 2anos de efetivo exercício tendo o magistrado realizado o curso de capacitação ele poderá conquistar a vitaliciedade. Isso na primeira instância.
Os juízes vitalícios só podem perder o cargo por sentença judicial transitada em julgado.
Administrativamente a maior punição que o juiz poderá receber é a aposentadoria compulsória.
Tendo um juiz substituto adquirido a vitaliciedade ele não passa automaticamente a ser Juiz Titular, para tanto ele deverá ser promovido.
Juiz substituto e Juiz Titular tem as mesmas atribuições e normalmente tem o mesmo salário (pode mudar de acordo com o estado), mas o Juiz Substituto não pertence à uma vara específica ele substitui o Juiz Titular nas ausências e os auxilia nos processos.
Promoção:
A promoção se dá por Antiguidade ou Merecimento alternadamente (uma vez por antiguidade outra por Merecimento). 
Esquema 26 – Promoção por antiguidade.
	
Esquema 27 – Promoção por Merecimento.
	
O juiz que figurar na lista por merecimento pela terceira vez consecutiva ou pela 5ª vez consecutiva deverá necessariamente ser promovido. 
não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder além do prazo legal, não podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão (essa informação foi acrescida pela EC nº 45). 
Residência na Comarca:
O juiz deve residir na Comarca onde atua, salvo por autorização do tribunal (essa informação foi acrescida pela EC nº 45). 
Órgão Especial:
O tribunal que tiver mais de 25membros pode se dividir em órgãos. 
Esquema 28 – Criação de órgãos.
	
Um órgão especial deve ter o mínimo de 11 pessoas e o máximo de 25. Metade das vagas deve ser composta dos membros mais antigos e a outra metade é composta por membros eleitos.
Tem função administrativa e jurisdicional.
Regra do “quinto constitucional”:
Define a formação dos TJ´s + TJDFT + TRF´s (Também se aplica a justiça do trabalho: TRT´s + TST):
	
		 Advogado 
(1/5 						
		 Membros do Ministério Público
(4/5 	 Promoção de juízes para desembargadores. Um juiz substituto poderia ser promovido à desembargador, mas é pouco provável já que a preferência seria para juiz titular.
Esquema 29 – Quinto Constitucional - Advogados.
Esquema 30 – Quinto Constitucional – Membros do Ministério Público.
Atenção!!!
Para os tribunais superiores é necessário que o chefe do executivo mande para o Senado o nome do escolhido para que o Senado aprove, logo para o TST o nome deverá ser encaminhado ao Senado.
Além disso tanto para o TST quanto para o TRT a lista encaminhada pelo MP deverá ser encaminhado pelo MPT.
O tribunal poderá negar toda a lista encaminhada pela OAB ou pelo MP, mas não fica o órgão obrigado a mudar tal lista.
Vitaliciedade no ingresso dos tribunais de 2ª instância:
A vitaliciedade,para o ingresso na 2ª instância, é adquirida com a posse.
Garantias
Vitaliciedade:
A vitaliciedade dos ministros do STF foi relativizada pela Constituição, porque poderão perder os cargos também por decisão política do Senado Federal (Impeachment). A vitaliciedade é adquirida com a posse, excluindo-se dessa regra apenas a vitaliciedade adquirida no ingresso da carreira na 1ª instância.
Aula 16 - 16/04/2012 
Inamovibilidade:

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