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Microempresas e o Simples Nacional

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Uma microempresa é uma empresa de pequena dimensão. A sua definição varia conforme o país, mas pode-se dizer que, em geral, conta com no máximo dez empregados, sendo que o proprietário da microempresa costuma contribuir para a mesma com o seu próprio trabalho. Seu faturamento anual é reduzido, permitindo que o pagamento de tributos possa ser realizado de forma simplificada. Em Direito, a matéria é principalmente regulada em direito tributário e direito comercial. 
As microempresas têm desempenhado um papel relevante na economia brasileira, uma vez que elas representam uma parcela significativa do mercado, mas, por outro lado, também têm sido vistas como um desafio às tantas dificuldades econômicas e administrativas.
No Brasil, as microempresas - ME e as empresas de pequeno porte - EPP podem optar pelo Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte, conhecido como Simples Nacional, instituído em1997 pela lei nº 9.317, de 1996. Na atualidade, a matéria é regulada pela lei complementar 123, de 14 de dezembro de 2006.
Na atual legislação, microempresa (ME) é a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada ou o empresário, que aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$360.000,00. Já a empresa de pequeno porte (EPP) é aquela que aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 e igual ou inferior a R$ 3.600.000,00. 
O Simples consiste, basicamente, em permitir que as empresas optantes recolham os tributos e contribuições devidos, calculados sobre a receita bruta, mediante a aplicação de alíquota única, em um único documento de arrecadação, chamado DAS-SIMPLES.
O atual sistema inclui necessariamente os seguintes tributos:[3]
Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica - IRPJ;
Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI;
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL;
Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – COFINS;
Contribuição para o PIS/PASEP;
Contribuição Patronal Previdenciária – CPP;
Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS;
Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS.
A Lei concede a simplificação de documentação, a diretriz da fiscalização como orientação e o estabelecimento de privilégios em compras públicas como: licitação exclusiva para microempresas e empresas de pequeno porte e um regime especial de empate ficto, que, após a fase competitiva, permite que a ME ou EPP realize novo lance, aumentando a chance de vitória destas empresas em relação às demais. 
Cabe observar que nem toda microempresa pode optar pelo Simples Nacional. Não pode optar a microempresa: 
de cujo capital participe outra pessoa jurídica;
que seja filial, sucursal, agência ou representação, no País, de pessoa jurídica com sede no exterior;
constituída sob a forma de cooperativas, salvo as de consumo;
que participe do capital de outra pessoa jurídica;
que exerça atividade de banco comercial, de investimentos e de desenvolvimento, de caixa econômica, de sociedade de crédito, financiamento e investimento ou de crédito imobiliário, de corretora ou de distribuidora de títulos, valores mobiliários e câmbio, de empresa de arrendamento mercantil, de seguros privados e de capitalização ou de previdência complementar;
resultante ou remanescente de cisão ou qualquer outra forma de desmembramento de pessoa jurídica que tenha ocorrido em um dos cinco anos-calendário anteriores;
constituída sob a forma de sociedade por ações.
HISTÓRICO DA LEI GERAL DA ICRO E PEQUENA EMPRESA
 
O movimento pela valorização das pequenas empresas brasileiras despontou mais fortemente a partir dos anos 80, enquanto que em países mais desenvolvidos, como os Estados Unidos, o movimento data da década de 50. 
No Brasil, o marco inicial foi a inclusão, dos artigos 170 e 179 na Constituição de 1988, instituindo que a União, Estados, Distrito Federal e Municípios deveriam dispensar às microempresas e empresas de pequeno porte, tratamento jurídico diferenciado e favorecido, visando a incentivá-las pela simplificação, eliminação ou redução de suas obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias. 
Nos anos 90, registraram-se dois esforços para regulamentação dos artigos 170 e 179: a Lei do SIMPLES FEDERAL (Lei 9.317, de 1996) e a criação do ESTATUTO DA MICROEMPRESA E DA EMPRESA DE PEQUENO PORTE (Lei 9.841, de 1999). 
O Simples Federal tratava-se de um sistema simplificado de recolhimento de tributos e contribuições federais que, mediante convênio, poderia abranger os tributos devidos aos Estados e aos Municípios. Mas os Estados preferiram não aderir ao Simples e instituíram regimes próprios de tributação, o que acabou resultando em 27 tratamentos tributários diferentes em todo o Brasil. Da mesma forma, poucos Municípios aderiram ao Simples, e a maioria não adotou qualquer benefício para as microempresas e empresas de pequeno porte instaladas em seus territórios. 
O Estatuto Federal das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte instituiu benefícios nos campos administrativos, trabalhista, de crédito e de desenvolvimento empresarial. Contudo, como o Estatuto foi criado por lei ordinária federal, sem poder legislativo sobre Estados e Municípios, os seus benefícios estavam limitados à esfera de atuação do Governo Federal. Desta forma, os dois mecanismos mostraram-se insuficientes para beneficiar as micro e pequenas empresas. 
2003
Em dezembro/2003, foi promulgada a Emenda Constitucional 042/2003, alterando o regime tributário nacional. O artigo 146 previu a criação de lei complementar para tratar das normas gerais tributárias abrangendo o tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte. A lei complementar deveria incluir a criação de regimes especiais ou simplificados para arrecadação dos impostos e contribuições devidos pelas micro e pequenas empresas, no âmbito da União, Estados e Municípios. 
A mudança constitucional foi provocada pelo movimento realizado por entidades de representação e apoio ao setor da pequena empresa, desde o início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 
Em março/2003, o Movimento Nacional das Micro e Pequenas Empresas (Monampe), a Associação Brasileira dos Sebrae/Estaduais (Abase) e o Sebrae realizaram uma Oficina de Trabalho em Brasília. Desse evento saiu uma tomada de posição de apoio às reformas tributárias e da necessidade de colaboração do segmento com a elaboração das emendas constitucionais que viriam a seguir. Na Câmara, a iniciativa ganhou a identificação de Proposta de Emenda Constitucional no 41, ou simplesmente PEC 41. 
Pouco depois, em junho de 2003, o Sebrae divulgou um documento de 26 páginas, sob o título de Justiça Fiscal às Micro e Pequenas Empresas – Proposta de Emendas à PEC 41 para Impulsionar os Pequenos Negócios. A proposta do Sebrae consistia em introduzir no capítulo da Constituição referente ao Sistema Tributário Nacional a possibilidade de ser criada uma lei complementar que viesse a regulamentar o tratamento diferenciado, simplificado e favorecido para os pequenos negócios – ou Lei Geral da Pequena Empresa, como foi batizada. 
A aprovação de emenda à PEC 41, permitindo a alteração do artigo 146 da Constituição, foi indispensável para criar a lei complementar. Embora não prevista no texto original da Reforma Tributária, a proposta da criação da Lei Complementar passou a contar com o apoio suprapartidário, tanto no Congresso Nacional quanto do poder Executivo, das entidades representativas das pequenas empresas e de toda a sociedade. 
Ao mesmo tempo, o Sebrae e suas unidades estaduais promoveram uma mobilização nacional pela Lei Geral. Em 05 de outubro – data de comemoração do Dia da Micro e Pequena Empresa,o Sebrae e a Abase realizaram, em 26 estados, seminários sobre o tema A Reforma Tributária e a Microempresa – Uma Questão de Desenvolvimento e Justiça Social. Os seminários contaram com a presença de cerca de 5.500 participantes, entre instituições de representação e apoio ao segmento, empreendedores de pequenos negócios, autoridades, parlamentares, lideranças de classe e formadores de opinião. 
Durante o evento, foram realizados vários debates, envolvendo grupos de discussão e a aplicação de questionários padronizados, tendo em vista a obtenção de subsídios para a elaboração de um projeto para a Lei Geral. A internet também foi utilizada para o recebimento de contribuições, através do site do Sebrae. 
Os debates em todo o Brasil giraram em torno de dez tópicos: Padronização de conceitos de pequena empresa; Sistemas diferenciados de tributação; Acesso a novos mercados; Acesso à tecnologia; Acesso à Justiça; Exportações; Redução da burocracia; Formalização; Aumento do acesso ao crédito; Outras sugestões. 
Todo o material levantado foi consolidado em relatórios estaduais e regionais, apresentando a contribuição dos estados e de vários segmentos da sociedade. 
Para finalizar esse processo de consulta, procedeu-se a uma consolidação nacional de todos os subsídios, realizada pelo Núcleo de Pesquisa e Informação da Universidade Federal Fluminense, do Rio de Janeiro. 
A mobilização dos eventos nos estados forneceu ao Sebrae e à Abase um formidável manancial de subsídios, utilizados na elaboração da proposta da Lei Geral. 
2005
A luta pela Lei motivou a criação, em abril de 2005, da Frente Empresarial pela Lei Geral, apoiada pelo Sebrae e integrada pelas seguintes confederações nacionais: da Indústria (CNI), do Comércio (CNC), da Agricultura (CNA), dos Transportes (CNT), de Dirigentes Lojistas (CNDL), e das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), dos Jovens Empresários (Conaje) e das Entidades de Micro ePequenas Empresas (Conempec), da Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas (Fenacon). 
As mobilizações recorreram a vários recursos: carreatas, debates, seminários, panfletagens e outras formas de sensibilização, com participação de 70 mil pessoas. 
No mês de junho de 2005, aconteceu a “Marcha à Brasília”, com presença de mais de quatro mil pessoas. Neste dia, após a realização de manifestos pelos participantes da Marcha, foi efetuada a entrega oficial da proposta da Lei Geral , para os presidentes da República Luiz Inácio Lula da Silva, do Senado, Renan Calheiros e da Câmara, Severino Cavalcanti. 
A proposta começou a tramitar oficialmente na Câmara dos Deputados, na Comissão Especial da Microempresa, em 16 de novembro de 2005, e a aprovação do substitutivo ocorreu em 13 de dezembro. 
2006
Ao longo do ano de 2006, os debates intensificaram-se, visando incluir melhorias na proposta e acelerar seu trâmite no Congresso Nacional. 
A aprovação da proposta pelo Plenário da Câmara dos Deputados aconteceu, em 5 de setembro de 2006, após novas mobilizações de lideranças empresariais e de instituições representativas do segmento, que finalizaram com a entrega, ao presidente da Câmara, Aldo Rebelo, de um abaixo-assinado com 400 mil assinaturas coletadas no País pelo Sistema Sebrae. 
O texto liberado pela Câmara de Deputados seguiu para a avaliação do Senado Federal, onde foi aprovado no dia 8 de novembro, mas com modificações. O projeto voltou então para a Câmara dos Deputados, onde as negociações continuaram até a última hora de votação, tendo a aprovação final ocorrido na noite do dia 22 do mesmo mês. 
No dia 14 de dezembro de 2006, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou a Lei Complementar 123/2006. No dia 15, a Lei Geral foi publicada no Diário Oficial da União, entrando imediatamente em vigor. Apenas o capítulo tributário da lei (Simples Nacional) passaria a vigorar a partir de julho de 2007. 
2007
Em fevereiro/2007, foi aprovado o Decreto 6038/2007, regulamentando o Comitê Gestor de Tributação da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte - Comitê Gestor do Simples Nacional. 
Em março, foi fundada a Frente Parlamentar das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte, com a participação de 280 deputados e 22 senadores, de todos os partidos e unidades da federação. 
Em agosto, foi aprovada a Lei Complementar 127, que instituiu algumas melhorias na Lei Geral, como a possibilidade de determinadas empresas do setor de serviços poderem recolher seus tributos na forma do Simples Nacional e reabriu o prazo de opção pelo Simples Nacional e pelo parcelamento de débitos. Outras modificações necessárias, como aquelas relacionadas à questão do ICMS, e a exclusão das micro e pequenas empresas da cobrança do ICMS sob a forma de antecipação do imposto, não foram aprovadas. 
O Decreto 6204/2007 regulamentou o tratamento favorecido, diferenciado e simplificado para as microempresas e empresas de pequeno porte nas contratações públicas de bens, serviços e obras, no âmbito da administração pública federal, conforme previsto no capítulo de Acesso a Mercados da Lei Geral. 
No mês de dezembro, foi aprovada a Lei 11.598/2007, estabelecendo diretrizes e procedimentos para a simplificação e integração do processo de registro e legalização de empresários e de pessoas jurídicas e criando a Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios – REDESIM. 
2008
Apresentado novo projeto de lei, que implantou algumas melhorias na Lei Geral não aprovadas em 2007, tais como: a definição da alíquota referente ao ICMS no Simples como referência para a cobrança do diferencial de alíquota interna e interestadual; a alteração da composição e das atribuições do Comitê Gestor do Simples Nacional , criado para tratar de aspectos tributários; a instituição do Comitê para Gestão da Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios, para tratar do processo de registro e de legalização de empresários e de pessoas jurídicas; inclusão de determinadas atividades econômicas no rol de empresas que podem optar pelo Simples Nacional; criação da figura do "Microempreendedor Individual", com vistas à formalização dos micro-negócios; autorização para a instituição de crédito presumido pelos estados e municípios. 
A lei foi aprovada sob o número 128/2008. 
O MTE, INMETRO e IBAMA regulamentaram o tratamento diferenciado para ME e EPP nos casos de fiscalização orientadora. 
2009
No dia 01/07/2009, passaram a vigorar os artigos da Lei complementar 128/2008 referentes ao Microempreendedor Individual. Até dezembro/2009, já existiam mais de 49.000 microempreendedores cadastrados. 
O Decreto nº 6.884/2009 regulamentou o Comitê para Gestão da Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios – CGSIM, em conformidade com a Lei Geral e com a Lei 11.598/2007.
Em dezembro, foi aprovada a Lei Complementar 133/2009, ampliando as atividades optantes pelo Simples Nacional. 
2010
Foram retomadas as discussões acerca de novas melhorias da Lei Geral. Foi realizado seminário no Congresso Nacional no dia 8 de junho, em que a sociedade civil e entidades de representação do setor das pequenas empresas debateram com deputados e senadores novas oportunidades de melhoria da legislação. 
Foi apresentado o PLP 591/10, que altera alguns itens da Lei Geral, como os procedimentos de abertura, registro, funcionamento, exclusão de ofício, recuperação judicial especial; fixa novos limites de valores da receita bruta para a classificação de micro ou pequena empresa; altera processos de recolhimento de tributos e contribuições, negativação de empresas e sócios; apresenta normas gerais para abrandar a substituição tributária e antecipação de fronteira do ICMS; isenta demais as taxas de abertura e funcionamento para empreendedor individual; desonera as obrigações acessórias do trabalhador rural e do empreendedorindividual. 
2011
A Presidente da República sancionou a Lei nº 12.441/2011, que permite a constituição de empresa individual de responsabilidade limitada, por uma única pessoa titular da totalidade do capital social, que não poderá ser inferior a 100 vezes o maior salário mínimo vigente no País. 
Com a promulgação da Lei Geral do Distrito Federal, todos os Estados passaram a ter seus próprios Estatutos da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte. 
A Presidência baixou duas medidas provisórias que favoreciam as micro e pequenas empresas e o empreendedor individual. A primeira reduziu o INSS para o Empreendedor Individual de 11% para 5%, e a segunda implantou o Programa de Microcrédito CRESCER. Neste programa subsidiado pelo governo federal, os bancos públicos irão oferecer financiamentos de até R$ 15 mil por operação, micr com juros 86% mais baixos que a média do mercado, para as micro e pequenas empresas e o empreendedor individual e para o empreendededor informal, sem a necessidade de apresentação de garantias. 
Em agosto, a Presidente Dilma Roussef encaminhou à Câmara de Deputados dois projetos de lei, assinando o pedido de urgência para votação. 
Um dos projetos refere-se à criação da Secretaria da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte. Esta proposta ainda se encontra em tramitação no Congresso Nacional. 
O outro projeto (PLC º 87/2011) faz ajustes na Lei Geral da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte e foi apensado ao PLP 591/2010. Este projeto foi sancionado pela Presidente Dilma em novembro, transformando-se na Lei Complementar Federal 139/2011.
Entre as principais mudanças introduzidas na Lei Geral, está o reajuste em 50% das tabelas de enquadramento das empresas no Simples que vão valer a partir de 1º de janeiro de 2012. Os tetos passarão de R$ 36 mil para R$ 60 mil, no caso do empreendedor individual, de R$ 240 mil para R$ 360 mil às micro empresas e de R$ 2,4 milhões para R$ 3,6 milhões às empresas de pequeno porte. 
Estes limites referem-se apenas às receitas no mercado nacional. Como estímulo às exportações pelas micro e pequenas empresas, a Lei Complementar 139/2011 estabeleceu que estas poderão ter receitas adicionais no mercado externo, até o limite de R$3,6 milhões, sem perder o enquadramento. 
Também importante é a medida do parcelamento da dívida tributária para os empreendedores que estão enquadrados no Simples Nacional, o que até agora não era permitido. O prazo de pagamento será de até 60 meses. 
A empresa de pequeno porte que tiver obtido receita bruta total em 2011 entre R$ 2,4 milhões (limite atual) e R$ 3,6 milhões (novo limite) poderá continuar no Simples Nacional em 2012. 
2012
Em 8 de agosto de 2012 a Frente Parlamentar da Micro e Pequena Empresa promoveu um Café da Manhã com políticos, entidades e representantes comprometidos com os pequenos negócios, onde foi discutida uma minuta de projeto de lei, propondo alterações no Estatuto da Micro e Pequena Empresa.
Esta minuta gerou o PLP 237/2012, apresentado ao Congresso Nacional no dia 19 de dezembro de 2012 pelo deputado Pedro Eugênio (PT/PE), cujos principais temas abordados são: o critério único de entrada no Simples, desoneração das atividades da saúde, blindagem do Microempreendedor Individual, obrigatoriedade no tratamento diferenciado em licitações públicas, manutenção da competitividade frente à novos incentivos e, o mais importante, disciplinamento da aplicação do regime de substituição tributária aos pequenos negócios. O PLP 237 foi apensado ao PLP 221 por este ser o mais antigo no Congresso sobre o tema.
2013
Em 2013 a tramitação o PLP 237 (apensado ao PLP 221) teve continuidade. Em maio foi criada uma Comissão Especial destinada a proferir parecer sobre o PLP, tendo sido eleito para presidi-la o deputado Armando Vergílio (PSD/GO) e designado como relator o deputado Cláudio Puty (PT/PA).
Assim que foi instalada, a Comissão Especial do PLP 237 promoveu duas audiências públicas para debater o referido Projeto e convidou o senhor Guido Mantega, Ministro da Fazenda, e o senhor Guilherme Afif  Domingos, Ministro da Micro e Pequena Empresa para participar do evento. As audiências foram realizadas nos dias 02 e 03 de julho, sendo que na primeira, o Ministro da Fazenda foi representado pelo senhor Dyogo Henrique de Oliveira – Secretário-Executivo Interido do Ministério da Fazenda.
A partir de então os debates intensificaram-se e, no dia 14 de agosto, o relator da Comissão Especial Deputado Cláudio Puty solicitou a realização de seminários estaduais para a discussão do PLP nas cidades de Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Porto Alegre. O requerimento foi aprovado pela Comissão, porém os seminários foram estendidos para mais sete cidades: Belém, Recife, Florianópolis, Goiânia, João Pessoa, São Paulo e Brasília.
Findo o ciclo de seminários o PLP 237 foi apreciado pela Comissão Especial no dia 11 de dezembro, tendo sido aprovado por unanimidade.
2014
Em 2014, o PLP 221 foi submetido e aprovado pelo Plenário da Câmara dos Deputados.
Após sua aprovação, foi encaminhado ao Senado Federal, onde também foi aprovado, com poucas alterações.
No dia 07 de agosto, o PLP foi sancionado pela Presidência da República, convertendo-se na Lei Complementar Federal 147/2014. 
	O Observatório da Lei Geral é um portal que permite monitorar, avaliar e subsidiar a implementação da Lei Geral das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte na União, Estados e Municípios brasileiros. Resultado da parceria entre SEBRAE e CNI, o Observatório é um jeito fácil e rápido de acompanhar todas as novidades da Lei Geral, seus reflexos nas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte e os avanços da União, Estados e Municípios no aprimoramento do ambiente de negócios para os pequenos negócios. 
Além da implementação da Lei Geral, este portal monitora outras políticas públicas relativas às microempresas e empresas de pequeno porte e mapeia iniciativas de sucesso que contribuam para a maior competência sistêmica dos pequenos negócios. 
Para a identificação dos melhores e piores ambientes para as micro e pequenas empresas, o portal apresenta um Ranking dos Estados, onde estes são classificados de acordo com fatores que afetam os pequenos negócios. 
Ao disponibilizar o Observatório da Lei Geral, o SEBRAE e a CNI buscam uma resposta para o desafio de sistematizar e facilitar o acesso e entendimento às informações relevantes e representativas no processo de aprimoramento do ambiente de negócios das micro e pequenas empresas. Além disto, o Observatório instrumentaliza a sociedade civil organizada para atuar junto aos setores públicos na identificação de ameaças e oportunidades no ambiente dos pequenos negócios. Estes são os grandes objetivos do Observatório da Lei Geral, construído para ser uma ferramenta de mudança e fortalecimento das microempresas e empresas de pequeno porte brasileiras.

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