Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Necrose e Apoptose José Valter F. dos Santos Lesão Isquêmica e Hipóxica Características gerais Tipo mais comum de lesão celular. Hipóxia = Redução do oxigênio disponível. Isquemia = O suprimento de oxigênio e nutrientes é diminuído, normalmente por obstrução de artérias; mas também pode ser causada por redução da drenagem venosa. Observações importantes Enquanto na hipóxia a produção de energia através da glicólise anaeróbica continua; na isquemia ocorre também o comprometimento da distribuição de substratos para a glicólise. Nos tecidos isquêmicos, tanto o metabolismo aeróbico quanto o anaeróbico estão comprometidos, pois os substratos glicolíticos acabam ou a glicólise é inibida pelo acúmulo de metabólitos que normalmente poderiam se removidos pelo fluxo sanguíneo. Desse modo, a isquemia tende a causar lesão celular e tecidual mais rápida e intensa que a hipóxia sozinha. Mecanismos da lesão celular isquêmica -O2 Intracelular - da fosforilação oxidativa - do ATP -Falha na bomba de Na/K -Influxo de Na e água -Tumefação celular -Influxo de Cálcio -Perda de glicogênio - Síntese proteica -O citoesqueleto dispersa -Perda da estrutura ultraestrutural -Figuras de Mielina (Vacúolos autofágicos) As mitocôndrias estão tumefeitas -Retículo endoplasmático dilatado -Toda célula está tumefacta -Água, Na, Cl -K Se o oxigênio for restaurado, todas essas perturbações são reversíveis; mas se a isquemia persistir, sobrevêm lesão irreversível e necrose. Lesão de isquemia-reperfusão Em algumas circunstâncias, quando o fluxo sanguíneo é restaurado para as células que estavam isquêmicas, mas não mortas, a lesão é exacerbada e prossegue rapidamente. Sendo assim, os tecidos perfundidos continuam a perder células, além daquelas já perdidas no fim da isquemia. Como muitas drogas são metabolizadas no fígado, este órgão é alvo frequente da toxicidade das drogas. As substâncias químicas induzem lesão celular por atuarem diretamente pela combinação com componentes moleculares, ou por induzirem a formação de metabólitos tóxicos que causam lesão da membrana e lesão celular principalmente pela formação de radicais livres e subsequente peroxidação lipídica. Lesão química (Tóxica) NECROSE Resulta da desnaturação de proteínas intracelulares e da digestão enzimática das células lesadas letalmente. As células necróticas são incapases de manter a integridade da membrana e seus conteúdos sempre extravasam, podendo ter início uma inflamação. Morfologia Quando as enzimas digerem as organelas, o citoplasma se torna vacúolo e parece roído por traças. Figuras de Mielina = São massas fosfolipídicas grandes e espiraladas que derivam das membranas celulares lesadas. Esses precipitados fosfolipídicos são fagocitados por outras células ou degradados em ácidos graxos. A calcificação desses resíduos de ácidos graxos resulta na geração de sais de cálcio, e as células podem finalmente se calcificar. Alterações nucleares Cariólise = Perda de DNA pela degradação enzimática das endonucleases (Enzimas de restrição) Picnose = Caracterizada por retração nuclear e condensação da cromatina, formando uma massa sólida e encolhida. Cariorrexe = O núcleo picnótico sofre fragmentação, e com o passar do tempo o núcleo necrótico desaparece completamente. Padrões de necrose tecidual Necrose de coagulação Necrose liquefativa Necrose gangrenosa Necrose caseosa Necrose gordurosa Necrose fibrinoide APOPTOSE Corpos apoptóticos são formados; As membranas plasmáticas e os corpos apoptóticos atraem fagócitos; As células mortas e seus fragmentos são rapidamente devorados, sem que haja inflamação. Características bioquímicas da Apoptose Ativação das Caspases (Desencadeadoras e executoras) Quebra do DNA e Proteína (Endonucleases dependentes de Ca e Mg) Alterações da membrana e Reconhecimento pelos fagócitos (Movimento de fosfolipídios) Mecanismos da Apoptose Via Intrínseca da Apoptose Via Extrínseca da Apoptose
Compartilhar