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Introdução da parasitologia 
 Definição 
“É o estudo dos organismos que vivem em íntimo e estreita dependência de outros seres 
e que, quando tenham o homem como hospedeiro, podem causar doença”. Luiz Rey 
“Associação entre indivíduos de espécies diferentes, onde existe unilateralidade de 
benefícios, ou seja, o hospedeiro é espoliado pela parasita pois fornece alimento e 
abrigo para este.” David pereira Neves 
“É a ciência que tem por fim o estudo da morfologia e da biologia, dos parasitos como 
fundamento para o conhecimento da patologia, do diagnostico, da terapêutica, da 
epidemiologia e da profilaxia das doenças parasitárias”. Rua Gomes de Moraes 
 Importância do seu estudo 
A maioria das vezes, as pessoas são assintomáticas com parasitoses. 
Lesões e alterações funcionais como é o caso da leishmaniose. 
Pode incapacitar para o trabalho ou levar à morte súbita como é o caso da doença de 
Chagas, sem falar na fase aguda da doença que quando manifestada tem uma grave 
repercussão. 
Certas parasitoses associadas a má nutrição: podem causar deficiência no aprendizado, 
no desenvolvimento físico e incapacidade para o trabalho, como é o caso da anemia e 
esquistossomose. 
 Parasitimos 
Forma de relação desarmônica que caracteriza a espécie que se instala no corpo da 
outra, dela retirando matéria para a sua nutrição e causando-lhe, em consequência, 
danos cuja gravidade pode ser muito variável, desde pequenos distúrbios até a própria 
morte do indivíduo parasitado. 
 Ectoparasitos: vivem externamente no corpo do hospedeiro e apresentam 
uma dependência metabólica parcial. Ex: pulgas, piolhos, carrapatos. 
 Endoparasitos: vivem internamente no corpo do hospedeiro e apresentam 
dependência metabólica total. Ex: bactérias, vírus, helmintos, protozoários. 
o Hemoparasito: vivem na corrente sanguínea. Ex: gênero plasmodium 
o Enteroparasito: vivem no intestino. Ex: áscaris lumbricoides 
 Classificação quanto ao hospedeiro 
Especificidade parasitária 
 Parasitos estenoxenos: só podem infectar uma ou poucas espécies muito 
próximas. 
 Parasitos eurixenos: podem viver em uma grande variedade 
 Parasito facultativo: vivem parasitando ou não um hospedeiro. Ex: moscas 
Sarcophagidar que se desenvolvem tanto em feridas necrosadas quanto em 
matéria orgânica em decomposição. 
 Parasita obrigatório: não consegue viver fora do hospedeiro (vírus). 
 Parasito Acidental: acidentalmente vive em um hospedeiro que não é o de 
costume. Dipylidium caninum comumente encontrado em cães parasitando 
uma criança. 
 Parasito Errático: encontrado em outro local que não é o habita normal. 
Localização ectópicas 
Ocorre por exemplo, com as lombrigas no estômago. Geralmente é uma condição 
transitório, ou pode estar relacionado a uma questão imune tornando-o mais suscetível. 
 Classificação quanto ao ciclo de vida 
 Monoxênico: parasito com apenas um hospedeiro. Ex: áscaris lumbricodeis. 
Sua contaminação pode ocorrer pela ingestão de água e alimentos 
contaminados. 
 Heteroxênico: parasito com mais de um hospedeiro. Ex: tênia. 
O parasita também pode apresentar as formas evolutivas que são os formatos que seu 
corpo apresenta a medida em que ele ‘envelhece’. 
 Vias de transmissão 
 Fatores pertinentes aos parasitos X hospedeiro 
 Nº de agentes patogênicos 
 Capacidade de multiplicação 
dos parasitos no hospedeiro 
 Dimensões do parasito 
 Localização no organismo 
 Virulência 
 Associações parasitárias 
 Idade – crianças sempre tem 
mais infecções que os 
adultos. 
 Imunidade 
 Alimentação 
 Doenças intercorrentes 
 Microbiota associada 
 Medicamentos usados 
 Tensão emocional 
 Ação dos parasitos 
Considerando os parasitas que vivem em nossos intestinos, e geralmente somos 
assintomáticos. 
 Ação espoliativa: absorção/ingestão de nutrientes, tecido (ou sangue) do 
hospedeiro, ou seja, retirando nutrientes de um indivíduos, geralmente, não 
tem sintomas porém associados com outros problemas, podem haver 
manifestação; 
 Ação Traumática: ocasionada pelos movimentos e passagem do parasito. 
Pode ser decorrente de uma ação mecânica ou química (metabólito danoso); 
 Ação mecânica: ocasionada por obstruções pela presença do parasito. Pode 
ser uma ação química também pois libera alguma substância que tem um 
efeito tóxico; 
 Ação irritativa: sem causar lesões traumáticas, irrita o local pela sua 
presença; 
 Ação enzimática (lítica): enzimas utilizadas pelos parasitos para favorecer a 
penetração ou digestão do parasito e que lesionam o hospedeiro; 
 Mecanismo de invasão 
 Trypanosoma cruzi: recruta lisossomos e então escapa para o citoplasma. 
 Leishmania sp. : invade macrófagos por fagocitose e se ajusta as condições 
adversas do fagolisossoma. 
 Taxoplasma gongii: penetra ativamente nas células hospedeiras e residem 
em um vacúolo parasitóforo (sem lisossomos). É considerado um parasita 
oportunista, complicado para pacientes com AIDS. 
Uma vez infectado com esses protozoários, não é possível perde-los. 
 Sistema binominal (Linnaeus 1758) 
 REINO.......................... Animalia 
 FILO............................. Arthropoda 
 CLASSE....................... Insecta 
 ORDEM........................Diptera 
 FAMILIA.................... Culicidae 
 GÊNERO.................... Anopheles 
 ESPÉCIE.....................Anopheles darlingi 
Atividade 
Doença: Tricurisdíase 
Agente etiológico (espécie): parasito Trichuris trichiura, um nematódeo de 
aproximadamente 4 cm de comprimento, que habita o intestino grosso dos indivíduos 
infectados 
Formas evolutivas: O ciclo do verme Trichuris trichiura começa quando os ovos do 
vermes são liberados nas fezes e conseguem contaminar o solo. Após serem ingeridos 
com os alimentos, os ovos do verme chocam no intestino, onde liberam larvas que 
continuam crescendo até atingir a fase adulta, com cerca de 4 cm. 
Cada fêmea adulta produz até 70 ovos por dia, que são eliminados nas fezes e podem 
contaminar alimentos e outras pessoas. 
Ciclo de loss: é a passagem de certos parasitas pelo sangue → fígado→ coração→ pulmões, 
independente do ciclo do parasita. Existe a síndrome de Loueffly que é quando esse parasita 
desenvolve a manifestação da doença quando passa pelos pulmões apresentando toda a 
sintomatologia pulmonar como se tivesse desenvolvendo uma pneumonia, bronquite, etc. 
Assim, ao ocorrer com o áscaris, por ser manifestado pelo ovo, após os pulmões ele é deglutido 
novamente para o intestino para maturação, porém o ancilostamideo infecta pela pele 
atingindo a circulação e realizando o ciclo de loss. 
Tipo de ciclo: Heteroxênico 
Via de transmissão: é através da ingestão de ovos embrionados em alimentos ou 
bebidas contaminadas. 
Habitat: O Trichuris trichiura é um parasito que não se adapta bem a locais áridos ou 
muito frios, por isso, as regiões tropicais, onde o clima é úmido e quente, são as que 
apresentam maior número de casos desta verminose 
Clínica: Em geral, somente os indivíduos com os intestinos infestados com centenas de 
parasitos é que desenvolvem sintomas de tricuríase. Nestes casos, o quadro clínico mais 
comum é de diarreia crônica, que pode ou não vir acompanhada de muco ou sangue 
misturado às fezes. Distensão abdominal, enjoos, perda de peso, flatulência e anemia 
são outros sinais e sintomas possíveis. Um sinal físico comum é o baqueteamento digital, 
que é um alargamento da ponta dos dedos e da unha. 
Diagnóstico etiológico: O diagnóstico da tricuríase é feito habitualmente pelo exame 
parasitológico de fezes, no qual é possível identificar a presença de ovos do Trichuris 
trichiura. Em alguns casos, o diagnóstico pode ser feito durante a realização de uma 
colonoscopia, pois os vermes são facilmente encontrados aderidos à mucosa do 
intestino grosso. 
Doença: Enterobiose 
Agente etiológicos: Enterobius vermicularis, nematódeo intestinal. 
Formas evolutivas:ovos, larva, verme adulto. 
Tipo de ciclo: monoxênico 
Via de transmissão: Predominantemente fecal-oral. São diversos os modos de 
transmissão: 
Habitat: no intestino grosso 
Clinica: Coceira na região anal ou vaginal, Insônia, Irritabilidade e agitação, Dor 
abdominal intermitente e Náuseas. 
Diagnóstico etiológico: Observar se os vermes aparecem na região do ânus cerca 
de duas a três horas após a pessoa dormir. Encostar uma fita adesiva transparente 
na região anal ao amanhecer, para coletar possíveis ovos de oxiúro que poderão 
ser observados no microscópio. Esse procedimento deve ser repetido pelo menos 
três vezes, assim que a pessoa acorda. Se a coceira anal é um sintoma, podem ser 
coletadas amostras de pele abaixo das unhas para análise em laboratório. 
 
 
Aula 
 Trichuris trichiurat 
Habitat: ceco 
Forma infectante: ovo larvado e 
vermes adultos medem cerca de 3 
a 5cm. É um ovo abalado com 
acumulo de lipídios chamados de 
opérculos. 
Ovo precisa estar há um tempo no 
solo para amadurecer até formar 
uma larva para se tornar 
embrionado, quando ele consegue 
promover infecção no indivíduo 
com uma temperatura especifica, e 
depois de um determinado 
período. Com a deglutição do ovo, acidez gástrica 
ajuda com a retirada da casca do ovo e após a chegada 
ao duodeno a larva eclode, passando por alguns 
estágios e se alojar no ceco, desenvolvendo os vermes 
adultos machos e fêmeas. 
Via de transmissão: fecal, oral. 
Sinais e sintomas: anemia, desidratação, tenesmo, 
prolapso retal, ulceras e abcessos. 
O tenesmo exacerbado que causaria o prolapso retal, apesar de ser raro. 
 Enterobius vermicularis 
São cilíndricos e de cor branca. 
Fêmeas - 1 cm e possuem a cauda longa e afilada. 
Machos - 0,3 a 0,5 cm e tem sua extremidade posterior enrolada no 
sentido ventral. 
Ovo: Aspecto de “D, membrana dupla, transparente e mede cerca de 50 x 20 µm. 
Sintomas: no Intestino - irritativa, inflamatória- , região perianal - irritação, lesão, 
prurido- e vulva e vagina - irritação inflamação. 
O ovo já está infectado e em sua maior 
parte está na região perianal. 
Ciclo: individuo também se infecta com 
esse ovo, passando pelo estômago, 
seguindo para o duodeno onde eclode, 
e migrando para o intestino grossos 
preferencialmente na região do ceco. A 
fêmea quando está cheia de ovos, migra 
do ceco para a região do reto, onde ou 
ela se rompe ou se deglute, assim, isso é 
resultante do prurido anal. 
A diferença entre tricuríase e 
enterobiose, é que deste o ovo que saem da fêmea já está embrionado pois tem uma 
facilidade maior no momento da infecção e também é muito comum a autoinfecção já 
que com o prurido anal, após a coceira, o indivíduo põe as mãos na boca. 
 Autoinfecção externa ou direta – Do ânus para a cavidade oral, por meio 
dos dedos, principalmente nas crianças, doentes mentais e adultos com 
precários hábitos de higiene. 
 Autoinfecção indireta – Ovos presentes na poeira ou alimentos atingem 
o mesmo hospedeiro que os eliminou. 
 Heteroinfecção – Os ovos presentes na poeira ou alimentos atingem um 
novo hospedeiro. 
 Retroinfecção – Migração das larvas da região anal para as regiões 
superiores do intestino grosso, chegando até o ceco, onde se tornam 
adultas. 
 Autoinfecção interna – Processo raro no qual as larvas eclodem ainda 
dentro do reto e depois migram até o ceco, transformando-se em vermes 
adultos.

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