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Epidemiologia descritiva

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Transparência 1 
EPIDEMIOLOGIA DESCRITIVA 
 
OBJETIVO: 
Conhecimento das circunstâncias sobre as quais ocorrem as doenças. 
 
Circunstâncias referem-se as variáveis: 
 PESSOA 
 TEMPO 
 LUGAR 
 
ABRANGÊNCIA: 
94% dos artigos publicados no mundo são estudos descritivos. 
 
ELEMENTOS ESSENCIAIS: 
 
 QUEM? 
 ONDE? 
 QUANDO? 
 
QUESTÕES BÁSICAS: 
 
 Quais pessoas foram atingidas pelo dano? 
 Em qual local as pessoas foram atingidas? 
 Em que época as pessoas foram atingidas? 
 
VARIÁVEIS MAIS USADAS NOS ESTUDOS DESCRITIVOS: 
 
 Pessoa 
 Tempo 
 Lugar 
 
ROTEIRO PARA ESTUDOS DESCRITIVOS: 
 
 Introdução 
 Metodologia 
 Resultados e Discussão 
 Referências Bibliográficas 
 
FONTES DE DADOS: 
 
As estatísticas que expressam a FREQUÊNCIA e a DISTRIBUIÇÃO de um evento são preparadas a partir de 
FONTES ou BASE DE DADOS. 
 
CLASSIFICAÇÃO DA BASE DE DADOS: 
 
 Rotineira 
 Periódica 
 Ocasional 
 
FONTES DE DADOS PARA SE OBTER INFORMAÇÕES 
 
 
 
 
 
 Transparência 2 
FONTES OFICIAIS 
Os Sistemas de Informações Nacionais 
 
SINAN - Sistema de Informação de Agravos de Notificação 
SIM - Sistema de Informações de Mortalidade 
SISVAN – Sistema de Vigilância Alimentar Nutricional 
SINASC - Sistema de Informações de Nascidos Vivos 
SIABS – Sistema de Informação da Atenção Básica 
DATASUS - Departamento de Informática do SUS - informatização das atividades do Sistema Único de Saúde (SUS) 
 
1. ESTATÍSTICAS ROTINEIRAS 
2. LEVANTAMENTO EM PRONTUÁRIOS E FICHAS 
3. INQUÉRITOS: 
 INSTITUCIONAIS 
 EXTRA-INSTITUCIONAIS ou POPULACIONAIS 
 
ESTATÍSTICAS ROTINEIRAS 
(Contínua ou Permanente) 
 
 Sistemas permanentes de registro são as fontes principais da maior do conhecimento acumulado sobre saúde. 
 
 Exemplos: 
 Atestados de óbito 
 Prontuários médicos 
 Notificação de doenças 
 Exames laboratoriais 
 
 Vantagens: 
 Permitem o uso imediato da informação 
 São de mais fácil acesso para o profissional de saúde 
 O uso adequado de dados estatísticos permite um conhecimento da abrangência do sistema de informações 
e da qualidade dos dados 
 
 Desvantagens: 
 Ausência de padronização na definição do que seja um “caso” 
 Excesso de agregação de dados 
 Incompletas ou desagregadas 
 
* Considerar: 
 Muitos dados são registrados em prontuários mas não são objetos de estudos rotineiros. 
 
LEVANTAMENTOS EM PRONTUÁRIOS 
 Podem ser realizados por meio de um censo ou mediante amostragem. 
 
 Exemplos: 
 Fichas clínicas e odontológicas 
 Prontuários com história clínica e nutricional do paciente 
 Prontuários informatizados 
 Banco de Dados 
 
 Vantagens: 
 Podem ser feitos diretamente na fonte 
 Provêem indicadores de forma não-tradicional 
 Permitem a retroalimentação do sistema (importante passo para o aperfeiçoamento) 
 
 Transparência 3 
 Desvantagens: 
 Os registros dos dados nem sempre têm qualidade 
 Muitos resultados, mesmo diagnosticados ou obtidos através de exames laboratoriais, não são registrados. 
 Não refletem a satisfação do paciente diante do atendimento 
 
* Considerar: 
 Prontuários = fichas, atestados, prontuários médicos, registro em livro. 
 
INQUÉRITOS 
 
 Inquirição direta das pessoas por meio de um protocolo previamente estabelecido. 
 
OBJETIVO: 
 Suplementar as fontes rotineiras de informação. 
1. Inquéritos Institucionais: 
 A base de dados é uma instituição 
2. Inquéritos Extra-institucionais: 
A base de dados é a população 
 
 Exemplos: 
 Censos demográficos 
 Pesquisa nacional por Amostra de Domicílios 
 Inquéritos Nacionais de Morbidade e de uso de serviços de saúde. 
 
 Vantagens: 
 São úteis para conhecer os problemas com os quais as pessoas se defrontam para conseguirem o 
atendimento 
 Para avaliar a continuidade do atendimento 
 Para contactar pessoas para o estabelecimento de saúde, nos seus domicílios. 
 
 Desvantagens: 
 Pessoas que estão na instituição nem sempre vêm à procura de atendimento 
 Grupo que procura assistência à saúde, quase sempre, não é representativo da população. 
 
CONCEITOS BÁSICOS 
 
DADO - matéria prima para gerar informação 
VARIÁVEL - toda característica sobre a qual se coleta dado em uma investigação 
 
 Dado 
 Informação 
 Conhecimento 
 Ação 
 Investigação 
 
VARIÁVEIS 
 
Variáveis quantitativas e qualitativas 
 Exemplos: 
 Idade 
 Taxa de Mortalidade 
 Grupo étnico 
 Cor dos cabelos 
 
* VARÁVEIS CONTÍNUAS E DISCRETAS: 
 Transparência 4 
 
* CONTÍNUAS – expressas por números inteiros ou decimais, assumem qualquer valor dentro de um intervalo. 
 
 Exemplos: Peso, Glicemia 
 
* DISCRETAS – expressas em geral por números inteiros, só assumem certos valores. 
Exemplos: Número de filhos, Anos de escolaridade, Número de cigarros fumados por dia 
 
VARIÁVEIS MAIS UTILIZADAS NOS ESTUDOS DESCRITIVOS: 
RELATIVAS AS PESSOAS, TEMPO E LUGAR. 
 
O estudo da distribuição de um agravo à saúde exige, previamente, a organização das informações referentes às 
características das pessoas, do tempo e do lugar. 
 
VARIAVEIS RELATIVAS AS PESSOAS 
Formas características sob as quais alguém está no mundo e que permitem sua identificação e sua diferenciação com 
relação aos outros. 
 
Classificação e exemplos das variáveis relativas às pessoas: 
Variáveis demográficas: 
- Idade 
- Sexo 
- Grupo étnico 
Variáveis sociais: 
- Estado civil 
- Ocupação 
- Instrução 
- Renda familiar ou per capta 
- Tamanho da família 
Variáveis que expressam estilo de vida: 
- Hábito de fumar 
- Consumo Alimentar 
- Prática de exercícios físicos 
- Uso de drogas 
SEXO 
 
 
 Em todo o mundo vem sendo constatada a diferença entre os sexos, referentes aos aspectos de 
morbimortalidade. 
 Porque é importante esta diferenciação? 
 
Vejamos alguns dados epidemiológicos: 
 
 Mortalidade > sexo masculino na > parte dos países (média 7 anos) 
 A maior prevalência de mortalidade no sexo masculino ocorre em todas as faixas etárias 
 Algumas condições incidem mais no sexo masculino (coronariopatias, câncer do aparelho 
respiratório, acidentes de trânsito e suicídios) 
 Outras condições incidem mais no sexo feminino (varizes, câncer de mama, doenças reumáticas, 
depressão, tireoideopatias) 
 Mulheres adoecem mais que homens 
 Mulheres utilizam mais os serviços de saúde que homens 
 
 
IDADE 
 Transparência 5 
 Relação entre idade e a incidência de doenças é muito evidente, praticamente todos os 
danos à saúde mostram variação de incidência com relação à idade. 
 Idade x Saúde 
 
Vejamos alguns dados epidemiológicos: 
 
 Desnutrição e Infecção 
Riscos: Congênito; Perinatal; Infeccioso; Nutricional 
 
As estatísticas mundiais mostram que muitas crianças não conseguem ultrapassar esta fase. 
 
 Acidentes 
 Ilustra a variação dos agravos com relação à idade 
 Crianças  > incidência são acidentes domésticos 
 Adultos  > incidência são acidentes de trânsito e trabalho 
 Idosos  predominam os acidentes no domicílio e arredores 
 
 Doenças crônicas e degenerativas 
 Maior prevalência com a idade 
 
 Diferenças de saúde entre faixas etárias: 
 Envelhecimento da pele  ocorre em todas as faixas etárias em ritmo diferente 
 Sarampo, Coqueluche  mais em crianças 
 Neoplasias e DCV  adultos 
 Doenças congênitas  prevalência em dado grupo etário 
 
 Doenças cujo curso clínico é crônico podem ter um período de latência na infância e sóse manifestar na 
idade adulta 
Exemplo: Doença de Chagas – Megacardiopatia, megacolompatina... 
 
 
GRUPO ETNICO 
 
 
Termo usado para designar um conjunto de pessoas que têm maior grau de homogeneidade em termos 
de patrimônio genético com relação à população geral. 
 
 As doenças variam em relação ao grupo étnico: 
 Anemia falciforme  mais freqüente em negros 
 Melanona  mais freqüente em brancos 
 Mortalidade infantil  > prevalência em negros 
 Câncer intra-uterino  > prevalência em mulheres negras 
 
 Homogeneidade dos Grupos Étnicos: 
Indivíduos que pertencem ao mesmo grupo étnico têm características comuns. 
Exemplos: 
 Hábitos alimentares 
 Idioma 
 Estímulos externos 
 
 Classificação e aferição da cor: 
 IBGE  classifica a cor dos brasileiros em branca, parda, preta, amarela e indígena. 
 A aferição da cor da pele  realizada pela simples inspeção da pele exibida à luz solar ou ambiente 
devidamente iluminado. 
 Transparência 6 
 
ESTADO CIVIL E FAMILIA 
 A saúde das pessoas está associada ao estado civil. 
Vejamos os dados epidemiológicos de alguns estudos: 
 Maior taxas de mortalidade entre os viúvos é restrita ao sexo masculino 
 Viúvos que se casam novamente têm < mortalidade que os que não se casam 
 Mulheres viúvas e casadas, pareadas por idade, grupo étnico e local de residência apresentaram idêntica 
taxa de mortalidade. 
 
 Classificação por estado civil: 
 Solteiros 
 Casados 
 Com companheiro 
 Sem companheiro 
 Separados 
 Desquitados 
 Divorciados 
 Viúvos 
 
 Núcleo Familiar: 
 Devido à transição demográfica no Brasil o tamanho da família se alterou (< taxa de fecundidade) 
 Composição: pai, mãe, filhos 
 Chefe da família: cerca de 30% das mulheres no país são responsáveis pela família, sem companheiro 
 
RENDA 
 A associação entre renda e saúde é muito evidente, tanto no nível individual como no coletivo. 
 Nas famílias de baixa renda nos países de Terceiro Mundo encontram-se: 
 Desnutrição, infecciosas e parasitárias 
 Condições ambientais deficientes 
 
 Formas de expressão de renda: 
 Salário mínimo 
 Moeda nacional 
 Moeda estrangeira 
 
 Renda per capta: 
 O poder aquisitivo está relacionado ao tamanho da família, por isso é conveniente estabelecer a renda per 
capta. 
 Exemplo: No Brasil há um contingente de 30 milhões de pessoas cuja renda per capta é inferior a R$ 80,00 
(IBGE, Censo 2000) 
 
 Países com taxa de renda per capta menor que a do Brasil (4300 dólares) possuem taxa de pobreza menor 
(IPEA,1999). 
Brasil  34% pobres 
México  15% 
Malásia 7% 
VARIAVEIS RELATIVAS AO LUGAR 
 
LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA de eventos relativos à saúde é a verificação da distribuição dos agravos e seus 
fatores determinantes com finalidade descritiva para pesquisa etiológica, definir estratégias de intervenção e avaliar as 
intervenções. 
 
* USOS: 
 O estudo da variação espacial dos eventos produz um diagnóstico comparativo que é utilizado de muitas maneiras: 
 Transparência 7 
 
1. Indicar os riscos aos quais à população está exposta. 
Exemplo: Risco de contrair infecção (concentração e grande nº de casos de malária estão na Região 
Amazônica) 
 
2. Acompanhar a disseminação dos eventos. 
Exemplo: Disseminação da Dengue em vários bairros do Rio de Janeiro, 2000-01. 
 
3. Fornecer subsídios para explicações causais. 
Exemplo: A transição demográfica e a tendência de crescimento dos brasileiros. 
 
4. Definir as prioridades de intervenção. 
Exemplo: A comparação dos coeficientes de mortalidade infantil. 
 
5. Avaliar o impacto das intervenções. 
Exemplo: Determinar o impacto causado por determinadas ações e o nível de morbimortalidade em 
pelo menos 2 localidades (controle da qualidade do ar). 
 
 FONTES DE DADOS / UNIDADES DE OBSERVAÇÃO: 
 
As comparações regionais são feitas em geral com dados secundários dos sistemas rotineiros de informação. 
 Pesquisas realizadas pelo IBGE 
 Estudos ecológicos 
 
 TÉCNICAS CARTOGRÁFICAS: 
 Mapas Geográficos  na forma de representação, suas áreas são proporcionais a superfície territorial. 
 Mapas Demográficos  na forma de representação, a área é ajustada de forma proporcional ao efetivo 
populacional, não territorial. 
 Mapas de Correlação  forma de representação permite a imediata comparação entre várias variáveis. 
 
 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICOS: 
 
SIG  é o conjunto que contêm a seqüência completa para aquisição, processamento, armazenamento e manejo de 
dados espaciais (programas com dados básicos informatizados). 
Exemplos: 
 Epi-Map 
 Pop-Map 
 
 PRINCIPAIS TIPOS DE COMPARAÇÃO GEOGRAFICAS: 
 Entre países 
 Entre unidades administrativas num mesmo país 
 Entre áreas urbanas e rurais 
 Em nível local 
 
VARIÁVEIS RELATIVAS AO TEMPO: 
 
Estudo descritivo da variação de freqüências de agravos à saúde e como estas evoluem com o passar do 
tempo. 
 SÉRIES TEMPORAIS ou CRONOLÓGICAS: 
 Conjunto de observações ordenadas no tempo 
 
Exemplos: 
 Nº de nascimentos/mês 
 Nº de óbitos/mês 
 Transparência 8 
 Nº de doenças notificadas/mês 
 Incidência anual de casos se doenças causadas pela água 
 
 
 USOS: 
 
 A organização adequada de dados oferece um diagnóstico dinâmico de determinado evento na população. 
 Indicar os riscos que as pessoas estão expostas 
 Monitorar a saúde da população 
 Prever a ocorrência de eventos 
 Subsidiar as explicações causais 
 Auxiliar planejamentos de saúde 
 Avaliar o impacto das intervenções 
 
 Tipos de variações relativas ao tempo: 
 Geral (histórica ou secular) 
 Cíclica 
 Sazonal 
 Irregular (acidental) 
 
 Uma série temporal pode ser concebida como um conjunto de observações feitas em seqüência no tempo e 
sujeitas a variações aleatórias. 
TENDENCIA GERAL 
(HISTÓRICA OU SECULAR) 
 
 CONSIDERAÇÕES: 
* Indica o que se observa, em longo prazo, na evolução de um evento 
 
* O estudo de uma série histórica é feito com a intenção de se detectar e interpretar a evolução da incidência 
de um evento 
 
 ANÁLISE DA TENDÊNCIA GERAL: 
 
Objetivo: 
 Transparência 9 
Estabelecer se as freqüências variam com o tempo e, se sim, quais as características desta 
variação. 
VARIAÇÕES CICLICAS 
 
 CONSIDERAÇÕES: 
 
* Caracteriza as oscilações periódicas de freqüências 
 
* A colocação da freqüência anual de certos eventos em gráfico permite detectar flutuações anuais de 
freqüência de eventos 
 
* A periodicidade independe de a tendência ser ascendente ou decrescente 
 
 ANALISE DAS VARIAÇÕES CICLICAS: 
 Não existe uma técnica específica para a análise de variações cíclicas dos agravos à saúde e muitas 
abordagens para interpretar as outras variações são aqui empregadas. 
 
 
VARIAÇÕES SAZONAIS OU ESTACIONAIS 
 
 CONSIDERAÇÕES: 
Denominação usada para designar oscilações periódicas, cujos cíclicos configuram ritmo sazonal por durarem um 
ano. 
 
Exemplo: 
Variação sazonal de temperatura influi na incidência e taxas de óbito de certas doenças como as meningites 
meningocócicas cuja mortalidade é > em períodos de baixas temperaturas. 
 Transparência 10 
 
 
 
 Fatores que influenciam a sazonalidade: 
 
 Períodos chuvosos e não-chuvosos 
Exemplo: 
Picadas de cobra e escorpiões na Região Centro-Oeste têm > incidência no período de chuvas. 
 
 Oscilações de curto prazo: 
Exemplo: 
Afogamentos (> incidência apenas 2 dias em determinada semana, não tendo relação com as estações do ano) 
 
 Usos da informação sobre sazonalidade: 
Exemplo: Alertas sobre desidratação em criançasno verão. 
 
 
 
VARIAÇÕES IRREGULARES: 
 
 
CONSIDERAÇÕES: 
 
* São alterações na freqüência dos agravos saúde resultante de acontecimentos não-previsíveis 
 
* O cerne dos estudos descritivos de variações irregulares são as EPIDEMIAS 
 
Exemplos: 
 
 Intoxicações alimentares 
 Epidemias por contaminação na água de abastecimento público 
 Epidemia de hepatite na cidade do Rio de Janeiro devido à inoculação de gamaglobulina contaminada 
 Epidemia de cólera na região Nordeste na década de 80 
 Epidemia de febre tifóide em Nova Iguaçu-RJ – 1980 
 Epidemia de gastroenterite causada pela água da Barragem de Itaparica (BA) que em 42 dias adoeceu mais 
de 2000 pessoas, das quais 88 foram a óbito 
 
 
 Transparência 11 
ANÁLISE DAS VARIAÇÕES IRREGULARES 
 
Através do entendimento destes conceitos: 
 EPIDEMIA é a concentração de casos de uma mesma doença em determinado local e época, em > número 
do que o normalmente esperado. 
 
 Número de casos esperados  freqüência endêmica. 
 
 Sistema de Vigilância Epidemiológica  sistema de alerta, programado para medir o nível endêmico de 
determinados agravos à saúde. 
 
 Investigação de epidemias  esclarecimento de suas causas através da investigação do tipo de epidemia e a 
duração do período de incubação dos casos. 
 
TIPOS DE EPIDEMIAS 
 
* EPIDEMIA EXPLOSIVA (ou por fonte comum) 
 
 Ocorre um aumento expressivo no nº de casos, em curto período, aumento este, compatível com o período de 
incubação da doença. 
 
Exemplo: 
 Episódio de Cólera (doença de veiculação hídrica) na Broad Street, em Londres (Estudo descritivo de John 
Snow) 
 Surto de intoxicação alimentar em que muitas pessoas foram contaminadas ao mesmo tempo, em uma festa 
 Episódio do Césio 137 em Goiânia 
 
 
* EPIDEMIA PROGRESSIVA (ou por fontes múltiplas) 
 
 Ocorre um aumento gradativo do nº de casos, mas a fonte de infecção não é única, sendo representada por 
exposições sucessivas. 
 
Exemplos: 
 Doenças transmitidas por vetores (dengue) 
 Doenças transmitidas de pessoa a pessoa (DST, coqueluche, sarampo) 
 Hepatite A (apesar de ser transmitida de fonte comum, evolui rapidamente de pessoa para pessoa) 
 
* A partir do caso primário, que inicia a epidemia progressiva surgem os casos secundários que se 
expandem sucessivamente, entre indivíduos susceptíveis. 
 
 
EPIDEMIAS E PERÍODO DE INCUBAÇÃO DAS DOENÇAS 
 
 CURTO PERÍODO DE INCUBAÇÃO 
Caracteriza-se por: 
 Ser um período de algumas horas apenas; 
 O próprio paciente costuma informar acertadamente sobre a causa. 
 
 Exemplo: 
 Intoxicação alimentar 
 
 MÉDIO PERÍODO DE INCUBAÇÃO 
Caracteriza-se por: 
 Ser um período de algumas semanas ou meses; 
 Transparência 12 
 Dificuldades de identificar a fonte de contágio. 
 
Exemplo: 
 Hepatite infecciosa 
 
 LONGO PERÍODO DE INCUBAÇÃO 
Caracteriza-se por: 
 Período de latência entre o início da exposição e o diagnóstico é de vários anos; 
 Dificuldade para identificar os fatores causais; 
 Exige estudos para determinar o controle de numerosos fatores causais. 
 
Exemplo: Doenças Crônicas e Degenerativas 
 
 
Mapa Geográfico 
 
 
Mapa Demográfico: 
 
 
 Transparência 13 
 
 
 
 Transparência 14 
Mapa de Correlação

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