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Porto Alegre, RS 
Av. Ipiranga, 2899 
Fone: (51) 3076-8686 
São Paulo, SP 
Av. Paulista, 1.159 - conj. 411 
Fone: (11) 3266-2724 
Curitiba, PR 
Rua Cândido de Abreu, 526 - Sala 611 B 
Fone: (41) 3023-3063 
 
verbojuridico@verbojuridico.com.br 
www.verbojuridico.com.br 
 
3 
ÉTICA 
Prof. Antonio Marcelo Pacheco 
 
1. Dicas sobre Ética Profissional ............................................................ 07 
 
 
DIREITOS HUMANOS 
Prof. Antonio Marcelo Pacheco 
 
1. Dicas de Direitos Humanos ................................................................ 13 
 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
Prof. Antonio Marcelo Pacheco 
 
1. Direitos Fundamentais ........................................................................ 17 
2. Sobre os Três Poderes do Estado ..................................................... 21 
 
 
DIREITO INTERNACIONAL PUBLICO E PRIVADO 
Prof. Cristiano Souza 
 
1. Dos Sujeitos no Direito Internacional ................................................. 29 
2. Hierarquia dos Tratados e legislação brasileira ................................. 31 
3. Dos Sujeitos de Direito Internacional ................................................. 31 
4. Nacionalidade ..................................................................................... 33 
5. Condição jurídica do Estrangeiro ...................................................... 35 
6. Direito Internacional Privado .............................................................. 36 
7. Direito processual civil internacional .................................................. 38 
8. Cartas rogatórias ................................................................................ 39 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
Prof. Gustavo Santanna 
 
1. Atos Administrativos ........................................................................... 41 
2. Poderes administrativos ..................................................................... 43 
3. Entidades da Administração Indireta .................................................. 43 
4. Autarquias .......................................................................................... 44 
5. Agências Reguladoras ....................................................................... 44 
6. Fundações .......................................................................................... 44 
7. Agências Executivas .......................................................................... 45 
 
4 
8. Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista 
 - Semelhanças ....................................................................................... 45 
9. Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista 
 - Diferenças ............................................................................................ 46 
10. Licitações .......................................................................................... 46 
11. Contratos Administrativos ................................................................. 48 
12. Serviços Públicos ............................................................................. 49 
13. Controle da Administração ............................................................... 50 
14. Responsabilidade Civil Extracontratual do Estado ........................... 51 
 
 
DIREITO CIVIL 
Prof. Cristiano Colombo 
 
1. Pessoa Natural ................................................................................... 55 
2. Pessoa Jurídica ................................................................................. 58 
3. Dos Bens ............................................................................................ 62 
4. Dos Fatos Jurídicos e do Negócio Jurídico ........................................ 63 
5. Obrigações ......................................................................................... 65 
6. Dos Contratos ..................................................................................... 68 
 
 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
Prof. Juliano Colombo 
 
1. JURISDIÇÃO - Poder de Dizer o Direito ............................................ 71 
2. Ação .................................................................................................... 72 
3. Atos Processuais ................................................................................ 73 
4. Revelia – Ausência de Contestação ................................................... 74 
5. Contestação ........................................................................................ 75 
6. Reconvenção ...................................................................................... 77 
7. Exceções ............................................................................................ 77 
8. Cautelares Nominadas ....................................................................... 80 
9. Recursos ............................................................................................. 83 
10. Apelação ........................................................................................... 86 
11. Processo de Execução ..................................................................... 88 
12. Expropriação ..................................................................................... 90 
 
 
DIREITO DO CONSUMIDOR 
Prof. Cristiano Souza 
 
1. Conceito de Consumidor .................................................................... 91 
2. Princípios do CDC .............................................................................. 92 
3. Sistema de Responsabilidade ............................................................ 94 
4. Prática Comercial - Da Publicidade ................................................... 98 
 
5 
5. Das Práticas Abusivas ........................................................................ 98 
6. Da Proteção Contratual ...................................................................... 99 
7. Das Cláusulas Abusivas ..................................................................... 99 
8. Dos Contratos de Adesão .................................................................. 100 
 
 
DIREITO EMPRESARIAL 
Prof. Cristiano Souza 
 
1. Conceito de Empresário ..................................................................... 101 
2. Das Obrigações do Empresário ......................................................... 102 
3. Da Sociedade personificada .............................................................. 104 
4. Análise dos Tipos Societários ............................................................ 104 
5. Títulos de Crédito ............................................................................... 108 
6. Falência, Recuperação Judicial e Extrajudicial ................................. 110 
7. Efeitos da Falência ............................................................................. 114 
 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
Prof. Cristiano Colombo 
 
1. Conceito de Tributo ............................................................................ 117 
2. Código Tributário Nacional ................................................................. 117 
3. Espécies de Tributo ............................................................................ 117 
4. Competência Tributária ...................................................................... 119 
5. Imunidades ......................................................................................... 121 
6. Espécies de Lançamento Tributário ................................................... 122 
7. Causas de Suspensão, Extinção e Exclusão do 
CréditoTributário .................................................................................... 124 
8. Tabela resumo .................................................................................... 128 
 
 
DIREITO AMBIENTAL 
Prof. Antonio Marcelo Pacheco 
 
1. Princípios do Direito Ambiental .......................................................... 131 
2. Órgãos Integrantes do SINAMA (Sistema Nacional do 
Meio Ambiente) ..................................................................................... 132 
3. Instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente ........................ 133 
4. Licenciamento Ambiental ................................................................... 134 
5. Da Cooperação entre União, Estados, Distrito Federal e 
Municípios (Lei Complementar nº 140) .................................................. 135 
6. Responsabilidade Civil Decorrente de Dano Ambiental .................... 136 
7. Responsabilidade Penal Ambiental .................................................... 136 
8. Constituição Federal - Artigo 225 ....................................................... 137 
 
 
6 
DIREITO PENAL E PROCESSUAL PENAL 
Prof. Davi André Costa 
 
1. Aplicação da Lei Penal ....................................................................... 139 
2. Do Crime - arts. 13 a 28, CP .............................................................. 143 
3. Do Concurso de Pessoas - arts. 29 a 31, CP ..................................... 151 
4. Inquérito Policial - arts. 4º a 23, CPP ................................................. 153 
 
 
DIREITO DO TRABALHO 
Prof. Fabrício Aita Ivo 
 
1. Princípios do Direito do Trabalho ....................................................... 157 
2. Das Fontes do Direito do Trabalho ..................................................... 159 
3. Relação de Emprego e Relação de Trabalho .................................... 160 
4. Trabalho no Domicílio do Empregado - Teletrabalho ......................... 160 
5. Grupos de Empresas .......................................................................... 161 
6. Empregador Equiparado ..................................................................... 162 
7. Terceirização de Mão-De-Obra .......................................................... 162 
8. Contrato Individual de Trabalho.......................................................... 163 
9. Da Alteração do Contrato de Trabalho ............................................... 165 
10. Da Suspensão e Interrupção do Contrato de Trabalho .................... 166 
11. Duração do Trabalho ........................................................................ 168 
12. Remuneração .................................................................................. 173 
13. Término do Contrato de Trabalho .................................................... 175 
 
 
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
Prof. Fabrício Aita Ivo 
 
1. Atos Administrativos ........................................................................... 179 
2. Organização e Competência da Justiça do Trabalho ........................ 179 
3. Termos, Atos e Prazos Processuais .................................................. 180 
4. “Jus Postulandi” Trabalhista ............................................................... 181 
5. Custas no Processo do Trabalho ....................................................... 181 
6. Das Nulidades .................................................................................... 182 
7. Das Provas ......................................................................................... 183 
8. Prova Documental .............................................................................. 183 
9. Ônus da Prova .................................................................................... 184 
10. Audiência de Julgamento ................................................................. 184 
11. Do Procedimento Sumaríssimo ........................................................ 186 
12. Recursos ........................................................................................... 187 
13. Agravo de Instrumento ..................................................................... 190 
14. Agravo de Petição ............................................................................ 190 
15. Embargos de Declaração ................................................................. 190 
16. Execução Trabalhista ....................................................................... 191
 
7 
 
Prof. Antonio Marcelo Pacheco 
 
 
1. Dicas sobre Ética Profissional 
 
Os integrantes da advocacia pública são elegíveis e podem integrar 
qualquer órgão da OAB(conforme o artigo 9º, § único do Regulamento Geral). 
 
Em sociedade de economia mista, a função de diretoria ou gerência 
jurídicas é privativa de advogado inscrito regularmente na OAB (artigo 7º, do 
Regulamento Geral). 
 
Não estão sujeitos ao regime da Lei 8906/94 os Procuradores do Trabalho. 
 
É direito do advogado retirar-se, após comunicação protocolizada em juízo, 
do recinto onde se encontre aguardando pregão para o ato judicial, decorridos 30 
minutos do horário designado e ao qual ainda não tenha comparecido a 
autoridade que deva presidir tal ato. 
 
É direito do advogado, nos termos da Lei 8906/94 usar da palavra, pela 
ordem, em qualquer juízo ou tribunal, mediante intervenção sumária, para 
esclarecer equívoco ou dúvida surgida em relação a fatos, documentos ou 
afirmações que influam no julgamento. 
 
O inscrito na OAB, quando ofendido comprovadamente em razão do 
exercício profissional ou de cargo ou função da OAB, tem direito a desagravo 
público promovido pelo Conselho competente, de ofício, a seu pedido ou de 
qualquer pessoa (caput artigo 18 regulamento). 
 
O desagravo público, como instrumento de defesa dos direitos e 
prerrogativas da advocacia, não depende de concordância do ofendido, que não 
pode dispensá-lo, devendo ser promovido a critério do conselho (§7º, artigo 18, do 
regulamento). 
 
A personalidade jurídica de uma sociedade de advogados tem início com o 
registro, aprovado, de seus atos constitutivos no conselho seccional da OAB/RS 
(§1º, artigo 15). 
É VEDADO às juntas comerciais o registro de sociedade que inclua a 
atividade de advocacia entre suas finalidades. 
 
8 
 
A jornada de trabalho do advogado empregado, no exercício da profissão, 
terá a duração diária de quatro horas contínuas e de vinte horas semanais, 
salvo acordo ou convenção coletiva ou em caso de dedicação exclusiva (artigo 20, 
da Lei 8906/94). 
 
O advogado empregado não está obrigado a defender interesses do 
empregador alheios à relação de trabalho e terá direito ao reembolso das despesas 
de transporte, hospedagem e alimentação havidos durante a jornada de trabalho.
 
 
Viola o Código de Ética e Disciplina da OAB o advogado que divida seus 
honorários em parcelas mensais e induza o cliente a assinar notas promissórias, com 
os respectivos valores e vencimentos. 
Viola o Código de Ética e Disciplina da OAB o advogado que distribua livreto 
com mensagens bíblicas às famílias das vitimas de um acidente aéreo, tendo o 
cuidado de inserir seu cartão profissional entre as páginas do livreto, de maneira que 
o cartão só possa ser percebido por quem folheie tal livreto. 
 
A ação de cobrança de honorários do advogado PRESCREVE em 05 anos. 
Código de Ética e Disciplina da OAB permite ao advogado contratar 
seus honorários para pagamento em doze parcelas mensais, representadas por 
notas promissórias, porque o cliente não tem condições financeiras de pagá-los de 
uma só vez. 
 
Os docentes de cursos jurídicos, vinculados às faculdades públicas, não 
estão impedidos de advogar CONTRAa Fazenda Pública. 
 
O presidente da Junta Comercial está incompatibilizado para o exercício 
da advocacia, mesmo em causa própria. 
 
Havendo representação contra presidente de seccional, o órgão 
competente será o Conselho Federal da OAB. 
 
É admitido conforme o estatuto da advocacia que um advogado, sócio de 
uma sociedade, integre outras sociedades de advogados, desde que em sediadas 
em outra base territorial. (quer dizer um outro Estado – Conselho Seccional), 
consoante art. 15, §4º, do estatuto. 
 
A toxicomania (uso de drogas) ou embriaguez, desde que habituais, 
configuram conduta incompatível com a advocacia sendo o caso de aplicação da 
pena de suspensão ao advogado. 
 
A prerrogativa referente à presença de representante da OAB ao ato de 
lavratura do auto de prisão em flagrante está diretamente ligada ao exercício 
 
9 
profissional. Assim, somente por motivo ligado à advocacia é que o advogado terá 
o direito de ver um membro da OAB assistir ao ato policial. 
 
A inscrição principal do advogado deve ser feita no Conselho Seccional 
em cujo território pretende estabelecer o seu domicílio profissional assim 
entendido como a sede principal da atividade da advocacia. 
 
A sociedade de advogados adquire personalidade jurídica com o registro 
aprovado dos seus atos constitutivos no Conselho seccional da OAB em cuja base 
territorial tiver sede. 
O ato de constituição de filial deve ser averbado no registro da sociedade e 
arquivado junto ao Conselho seccional onde se instalar, ficando os sócios obrigados 
a inscrição suplementar. 
Os honorários incluídos na condenação, por arbitramento ou sucumbência, 
pertencem ao advogado, tendo este direito autônomo para executar a sentença 
nesta parte, podendo requerer que o precatório, quando necessário, seja expedido em 
seu favor. 
Quanto à multa, esta é variável entre o mínimo correspondente ao valor de uma 
anuidade e o máximo de seu décuplo, é aplicável cumulativamente com a censura 
ou suspensão, em havendo circunstância agravantes. 
 
Os antecedentes profissionais do inscrito, as atenuantes, o grau de 
culpa por ele revelada, as circunstâncias e as conseqüências da infração são 
consideradas para o fim de decidir sobre a conveniência da aplicação cumulativa da 
multa e de outra sanção disciplinar, bem como sobre o tempo de suspensão e o valor 
da multa aplicáveis. 
 
É permitido ao que tenha sofrido qualquer sanção disciplinar requerer, 
UM ANO APÓS seu cumprimento, a reabilitação, em face de provas efetivas de 
bom comportamento. 
A pretensão à punibilidade das infrações disciplinares PRESCREVE em 
cinco anos, contados da data da contestação oficial do fato. 
O pagamento da contribuição anual da OAB ISENTA os inscritos nos seus 
quadros do pagamento obrigatório da contribuição sindical. 
 
Todos os recursos têm efeito suspensivo, EXCETO quando tratarem de 
eleições, de suspensão preventiva decidida pelo tribunal de ética e disciplina, e de 
cancelamento da inscrição obtida com falsa prova. Nestes casos, o efeito dos 
recursos propostos nestes casos é devolutivo. 
Nas hipóteses de falecimento ou incapacidade civil do advogado, os 
honorários de sucumbência, proporcionais ao trabalho realizado, SÃO 
RECEBIDOS por seus sucessores ou representantes legais. 
 
A decisão judicial que fixar ou arbitrar honorários e o contrato escrito que o 
estipular são títulos executivos e constituem crédito privilegiado na falência, 
concordata, concurso de credores, insolvência civil e liquidação extrajudicial. 
 
10 
 
A INCOMPATIBILIDADE determina a proibição total, e o 
IMPEDIMENTO, a proibição parcial do exercício da advocacia. O advogado tem 
imunidade profissional, não constituindo injúria, difamação puníveis qualquer 
manifestação de sua parte, no exercício de sua atividade, em juízo ou afora dele, sem 
prejuízo das sanções disciplinares perante a OAB, pelos excessos que cometer. O 
STF considerou inconstitucional a expressão desacato. 
O poder judiciário e o poder executivo devem instalar, em todos os 
juizados, fóruns, tribunais, delegacias de polícia e presídios, salas especiais 
permanentes para os advogados, com uso assegurados à OAB. O STF considerou 
inconstitucional a expressão controle. 
O advogado não pode ser recolhido preso, antes de sentença transitada em 
julgado, senão em sala de estado-maior, com instalações e comodidades condignas 
e, na sua falta, em prisão domiciliar. O STF considerou inconstitucional a 
expressão ‘assim reconhecidas pela OAB’. É direito do advogado examinar em 
qualquer repartição policial, mesmo SEM procuração, autos de flagrante e de 
inquérito, FINDOS ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade, podendo 
copiar peças e tomar apontamentos. É direito do advogado EXAMINAR, em 
qualquer órgão dos Poderes Judiciário, Legislativo, ou da administração 
Pública em geral, autos de processos findos ou em andamento, mesmo sem 
procuração, quando não estejam sujeitos a sigilo, assegurada a obtenção de cópias, 
podendo tornar apontamentos. 
O mandato em qualquer órgão da OAB é de 03 anos, iniciando-se em 1º de 
janeiro do ano seguinte ao da eleição, salvo o Conselho Federal, que inicia o seu 
mandato em 1º de fevereiro do ano seguinte ao da eleição. A eleição dos membros 
de todos os órgãos da OAB será realizada na segunda quinzena do mês de 
novembro, do último ano do mandato, mediante cédula única direta dos advogados 
regularmente inscritos. O poder de punir disciplinarmente os inscrito na OAB 
compete exclusivamente ao Conselho Seccional em cuja base territorial tenha 
ocorrido à infração, salvo se a falta for cometida perante o Conselho Federal. 
Todos os prazos necessários à manifestação de advogados, estagiários e 
terceiros, nos processos em geral da OAB, são de quinze dias, inclusive para 
interposição de recursos. 
 
Compete ao Presidente do Conselho Federal, do Conselho Seccional ou 
da Subsecção, ao tomar conhecimento de fato que possa causar ou que já causou 
violação de direitos ou prerrogativas da profissão, adotar as providências judiciais e 
extrajudiciais cabíveis para prevenir ou restaurar o império do Estatuto, em sua 
plenitude, inclusive mediante representação administrativa. 
 
O advogado deve informar o cliente, de forma clara e inequívoca, quanto 
a eventuais riscos da sua pretensão, e das conseqüências que poderão advir da 
demanda. 
 
O processo disciplinar instaura-se de OFÍCIO ou mediante 
REPRESENTAÇÃO dos interessados, que não pode ser anônima. 
 
11 
 
Se o representado não for encontrado ou for revel, o Presidente do 
Conselho ou da Subsecção deve designar-lhe defensor dativo. 
 
A representação contra membros do Conselho Federal e presidentes dos 
Conselhos seccionais é PROCESSADA e JULGADA pelo Conselho Federal. 
 
O conselho federal, a seccional e a caixa de assistência dos advogados têm 
personalidade jurídica, contudo, a subsecção não tem tal personalidade jurídica. 
 
Não se podem interpor recursos de decisões unânimes das seccionais 
para o Conselho Federal. Tal capacidade recursal SOMENTE pode ser legal 
quando a decisão não for unânime. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
Prof. Antonio Marcelo Pacheco 
 
 
1. Dicas de Direitos Humanos 
 
As duas grandes características dos Direito Humanos são a Universalidade 
e a Indivisibilidade. 
 
É universal porque clama pela extensão universal dos direitos humanos, 
sob a certeza de que a condiçãode pessoa é o requisito único para a dignidade e 
titularidade de direitos. 
 
É indivisível porque a garantia dos direitos civis e políticos é uma condição 
fundamental para a observância dos direitos sociais, econômicos e culturais, e vice-
versa. 
O direito internacional dos direitos humanos pressupõe como legítima e 
necessária a preocupação dos atores estatais e não-estatais a respeito do modo 
pelo qual os habitantes de outros Estados são tratados 
 
Importa, portanto, reforçar a idéia de que a proteção dos Direitos Humanos 
não pode ser limitada e restrita a um domínio reservado de um Estado político, 
quer dizer, a defesa desses direitos não é competência exclusiva de uma nação ou de 
uma jurisdição doméstica. 
 
 Com a Declaração Universal de 1948, e o tratamento que passa a dar do 
tema dos direitos humanos, se inicia o desenvolvimento do direito internacional 
desses direitos humanos, a partir da prática da adoção de variados tratados 
internacionais que são elaborados com o objetivo de proteger os direitos do homem. 
 
Os direitos humanos nascem, portanto, como direitos naturais universais, 
desenvolvendo-se como direitos positivos particulares que são incorporados por 
cada 
 
 Constituição Nacional (na medida em que elas passam a se constituir em 
declarações de direitos, de reconhecimento de garantias e de normativização 
dos direitos fundamentais). 
 
 Todos os direitos humanos são universais, interdependentes e inter-
relacionados. A comunidade internacional deve tratar os direitos humanos 
globalmente de forma justa e equitativa, em pé de igualdade e com a mesma ênfase. 
O processo que permite compreender a consolidação atual dos direitos 
humanos veio acompanhado de uma alteração na natureza dos próprios direitos a 
partir de sua constitucionalização. 
 
As 04 dimensões de direito estão presentes, hoje, na teoria dos direitos humanos. 
 
14 
da primeira dimensão de direitos – os direitos civis e políticos 
da segunda dimensão de direitos – os direitos econômicos, sociais e 
culturais 
da terceira dimensão de direitos – uma nova ordem internacional 
da quarta dimensão de direitos – uma nova era na tecnologia genética e 
comunicacional 
 
Da Dimensão ética: os direitos humanos são inerentes à natureza de todo e 
qualquer ser humano, e esses estão reconhecidos na sua dignidade INTRÍNSECA. 
Portanto, eles se constituem em um conjunto de valores éticos universais que estão 
“acima” do nível estritamente jurídico e que devem orientar a legislação dos 
Estados, uma vez que envolvem não um sujeito nacional, mas uma condição de 
humanidade universal. 
 
Da Dimensão jurídica: Importa lembrar que uma vez que todos os princípios 
contidos na Declaração Universal de 1948 estão especificados e determinados em 
protocolos, tratados, convenções internacionais, eles se tornam parte do direito 
internacional, vez que esses tratados passam a se constituir de um valor e uma força 
jurídica enquanto assinados elos Estados Nacionais. 
 
Da Dimensão política: Os direitos humanos, enquanto conjunto de normas 
jurídicas, se tornam critérios de orientação e de implementação das políticas 
públicas institucionais nos vários setores da relação estado-sociedade. 
 
Da Dimensão econômica: Não se pode desvincular a dimensão econômica daquela 
dimensão política, ainda que se possa olhá-la por ela mesma. Essa dimensão 
significa que sem a existência de uma mínima satisfação de um mínimo de 
atendimento das necessidades humanas básicas, isto é, sem a realização dos direitos 
econômicos e sociais, não é possível o exercício dos direitos civis e políticos, enfim, 
dos direitos humanos como se afirma na Declaração Universal de 1948. 
 
Da Dimensão social: Mas não cabe somente ao Estado a implementação dos 
direitos, também a sociedade civil organizada tem um papel importante na luta pela 
efetivação dos direitos, através dos movimentos sociais, sindicatos, associações, 
centros de defesa e de educação, conselhos de direitos. É a luta pela efetivação dos 
direitos humanos que vai levar estes direitos no cotidiano das pessoas e vai 
determinar o alcance que os mesmos vão conseguir numa determinada sociedade. 
 
Da Dimensão cultural: Os direitos humanos implicam algo mais do que uma mera 
dimensão jurídica, isto significa que é preciso que eles encontrem um respaldo e um 
espaço na cultura, na história, na tradição, nos costumes de uma dada realidade 
social se tornem de certa forma, parte do seu corpo coletivo, isto é, de sua identidade 
cultural e maneira de ser. 
 
Da Dimensão educativa: Afirmar que os direitos humanos são “direitos naturais”, 
que as pessoas “nascem livres e iguais”, não significa afirmar que a consciência dos 
direitos seja algo espontâneo. O homem é um ser, ao mesmo tempo, natural e 
cultural que deve ser socializado pelo espaço social. A educação para a cidadania 
constitui, portanto, uma das dimensões fundamentais para a efetivação dos direitos, 
tanto na educação formal, quanto num aprendizado informal ou popular, bem assim 
nos meios de comunicação. 
 
15 
 
Das características dos direitos humanos. 
Deve-se ressaltar a importância de uma visão integral dos direitos 
humanos. 
Imprescritibilidade: os direitos humanos fundamentais não se perdem pelo decurso 
do prazo. 
 
Inalienabilidade: não há possibilidade de transferência dos direitos humanos 
fundamentais, seja a título gratuito, seja a título oneroso. 
 
Inviolabilidade: os direitos humanos são impossíveis de serem violentados por 
desrespeito a determinações infraconstitucionais ou por atos das autoridades 
públicas, sob pena de responsabilização civil, administrativa e criminal. 
 
Universalidade: a abrangência dos direitos humanos engloba todos os homens, 
independente de sua nacionalidade, sexo, raça, credo ou convicção político-
filosófica. 
 
Efetividade: a atuação do poder público estatal deve ser no sentido de garantir 
efetivamente a realização dos direitos e garantias previstos, com a previsão de 
mecanismos coercitivos para tanto, uma vez que a Constituição não se satisfaz com 
o simples reconhecimento abstrato. 
 
Interdependência: as várias previsões constitucionais, apesar de autônomas, 
possuem diversas intersecções para atingirem suas finalidades. 
 
Complementaridade; os direitos humanos fundamentais não devem ser 
interpretados isoladamente, mas sim de forma conjunta com a finalidade de alcance 
dos objetivos previstos pelo legislador constituinte. 
 
Os direitos do homem são aqueles que cabem ao homem enquanto homem. 
São os que pertencem, ou deveriam pertencer, a todos os homens, ou dos quais 
nenhum homem pode ser despojado. 
Direitos humanos não são sinônimos de direitos fundamentais, pois os 
primeiros não são positivados, enquanto os segundos estão inseridos, de forma 
positiva, na ordem jurídica. No caso do Brasil, o artigo 5º, da CF/88, é um exemplo 
dessa positivação dos direitos fundamentais que em essência são os mesmos dos 
direitos humanos. 
A Declaração dos Direitos do Homem, aprovada pela Assembléia Geral das 
Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948 representa, como já visto, uma nova 
fase histórica. E este documento novo não contém, apenas, os direitos individuais, 
de natureza civil e política ou direitos de caráter econômico e social, mas é uma 
novidade na medida em que afirmam novos direitos humanos, como os direitos 
do povo e da humanidade, além de reconhecer a fraternidade, isto é, uma 
ampla solidariedade. 
Os direitos humanos são os direitos de liberdade, isto é, todos aqueles 
direitos que tendem a limitar o poder do Estado e a reservar para o indivíduo, ou 
para os grupos particulares, uma esfera de liberdade em relação ao Estado. 
 
 
 
 
 
1617 
 
 
Prof. Antonio Marcelo Pacheco 
 
 
 
1. Direitos Fundamentais 
 
O tema sobre Direitos Fundamentais é presença certa em qualquer concurso 
público que exija a matéria jurídica, ainda mais quando se trata de exame de 
qualificação da OAB. 
Nesse sentido, importa lembrar que: 
No que diz respeito à AÇÃO POPULAR não é qualquer pessoa que tem 
legitimidade para ajuizá-la, mas somente aquele que está na condição de cidadão 
(pleno de direitos políticos). 
 
O MANDADO DE SEGURANÇA é um remédio constitucional para a 
proteção de direito subjetivo individual e coletivo, conforme os incisos LXIX e 
LXX, artigo 5º, CF/88. 
É importante lembrar que os que têm competência para a proposição do mandato de 
segurança individual não são os mesmos para o mandado de segurança coletivo, 
pois no primeiro caso qualquer pessoa está legitimada, enquanto no caso do 
segundo, somente os Partidos Políticos com representação no Congresso 
Nacional + Associação Sindical + Entidade de Classe + Associação Legalmente 
constituída e em funcionamento há pelo menos um ano é que possuem 
legitimidade para interpô-lo. 
 
A AÇÃO CIVIL PÚBLICA é um instrumento processual que pode ser 
promovida nas hipóteses previstas na CF/88, bem como na Lei n.º7347/85, Lei 
n.º7853/89, Lei 7913/89 e Lei n.º8078/90. 
 
INICIATIVA POPULAR pode ser exercida pela apresentação à Câmara 
dos Deputados, de projeto de lei subscrito por, no mínimo, 1% do eleitorado 
nacional, distribuído em pelo menos 05 estados, com não menos de três décimos 
por cento do eleitorado ativo em cada um destes 05 estados. 
 
Em MATÉRIA DE NACIONALIDADE, é correto afirmar que a CF/88 
reconhece somente a naturalização expressa, não havendo, pois, qualquer hipótese 
de naturalização tácita. 
 
18 
O fato de permanecer calado, quando qualquer pessoa, na condição de indiciado, 
réu ou co-réu, deva ser interrogado perante os órgãos competentes, constitui 
privilégio contra a auto-incriminação, traduzindo um direito público subjetivo da 
pessoa. 
 
Em relação ao direito de REUNIÃO, inciso XVI, artigo 5º, CF/88 se pode 
afirmar que todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em local aberto ao 
público e não em todos os locais, independentemente de autorização à autoridade 
competente. 
Dentre outros direitos a CF/88 prevê como direito social a ação, quanto aos 
CRÉDITOS RESULTANTES DAS RELAÇÕES DE TRABALHO, com prazo 
PRESCRICIONAL de CINCO ANOS para os trabalhadores URBANOS E 
RURAIS, até o limite de DOIS ANOS após a extinção do contrato de trabalho. 
Conforme o artigo 14, parágrafo 6º, CF/88, o Presidente da República, os 
Governadores de Estado e do DF e os Prefeitos para concorrerem a OUTROS 
CARGOS, devem renunciar aos respectivos mandatos até SEIS MESES 
ANTES DO PLEITO, o que caracteriza a incompatibilidade temporal. 
 
O direito fundamental à honra se estende às PESSOAS JURÍDICAS, 
pois estas estão abrigadas pela Constituição, tanto quanto as pessoas físicas. 
 
Homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos da 
CF/88, contudo, não há inconstitucionalidade em lei que traz outras formas de 
distinção, como é o caso da lei civil no que diz respeito a privilégio de domicílio à 
mulher em caso de divórcio litigioso. 
A inviolabilidade do domicílio ALCANÇA o fisco, quando na busca de 
identificação da ocorrência de fato gerador dos tributos por ele fiscalizados. 
 
A vedação ao anonimato NÃO IMPEDE o sigilo da fonte, desde que seja 
necessário ao exercício profissional. Somente na condicional é aceito o sigilo da 
fonte, ou seja, quando necessário ao exercício profissional. 
 
As ENTIDADES ASSOCIATIVAS, quando expressamente autorizadas, 
têm legitimidade para representar seus filiados judicialmente, bem assim no 
contencioso administrativo. 
 
 
São INAFIANÇÁVEIS os crimes de ação de grupos armados, civis ou 
militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático, de racismo, de 
prática da tortura, de tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, de terrorismo e 
os definidos como crimes hediondos. 
 
A garantia ao direito de herança é um direito fundamental QUE PODE 
SER RESTRINGIDO pela legislação infraconstitucional, conforme previsão no 
Código Civil. 
 
19 
Conceder-se-á MANDADO DE SEGURANÇA para proteger direito líquido e 
certo, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade 
pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do poder público. 
Conceder-se-á HABEAS CORPUS sempre que alguém sofrer ou se achar 
ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por 
ilegalidade ou abuso de poder. 
 
A expressão ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO, contida no art. 
1.º da CF, representa a necessidade de se providenciar mecanismos de apuração e de 
efetivação da vontade do povo nas decisões políticas fundamentais do Estado, 
conciliando uma democracia representativa, pluralista e livre, com uma 
democracia participativa efetiva. 
Para que um tratado sobre direitos humanos tenha força de norma constitucional É 
NECESSÁRIA a sua aprovação em cada Casa do Congresso Nacional, em dois 
turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros. 
 
 O procurador-geral da República, na hipótese de processo criminal que 
envolva grave violação de direitos humanos, PODE SOLICITAR AO STJ o 
deslocamento da competência para justiça federal. 
 
A inviolabilidade do domicílio NÃO OBSTA a entrada da autoridade 
policial, durante a NOITE, em caso de flagrante delito e em caso de prestação de 
socorro ou desastre, contudo, não se poderá admitir que a noite ela possa adentrar 
através de mandado judicial, conforme o inciso XI, artigo 5º, CF/88. 
 
A CF/88 NÃO VEDA a instituição da pena de morte nos casos em que o 
Brasil esteja em guerra armada e declarada, mas em condições normais, esta pena de 
morte está terminantemente proibida. 
Compete ao STJ proceder à homologação de sentença estrangeira, conforme a letra 
i, do inciso I, do artigo 105, da Constituição. Aliás, tal competência foi-lhe 
reservada a partir da Emenda Constitucional de n.º 45/2004. 
 
O sigilo bancário de um indivíduo pode ser quebrado por decisão 
fundamentada de comissão parlamentar de inquérito. 
Aos estrangeiros residentes ou não no país é garantido o direito de petição, 
conforme entendimento do STF. 
 
O princípio constitucional segundo o qual o ato administrativo visa à 
proteção do interesse público ou de determinada coletividade é o da 
IMPESSOALIDADE. Importante lembrar que a legalidade tem como fim respeitar 
o Estado Democrático de Direito, a publicidade o fim de manter a transparência do 
ato administrativo, a eficiência diz respeito aos benefícios gerados, e a moralidade, 
apesar de sua complexidade retrata a eticidade dos atos do administrador em relação 
ao administrado e ao Estado. 
 
 
20 
Os direitos fundamentais estão sujeitos a certas restrições, dentre outras, as 
que seguem: DIRETAS OU IMEDIATAS - o direito de associação exige que ela 
ocorra para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar; LEGAIS 
QUALIFICADAS - o sigilo de correspondência e das comunicações exige que a 
restrição seja prevista em lei e estabelece as condições ou fins que devem ser 
perseguidos pela norma legal restritiva. 
 
OBS: Importa lembrar que se aceita na doutrina dos direitos fundamentais aquilo 
que se denominou de restrições. No caso das RESTRIÇÕES DIRETAS OU 
IMEDIATAS se devem compreender aquelas que constam na própria aplicabilidade 
da norma constitucional, independendo de legislação complementar para se fazer 
compreender; bem assim, as RESTRIÇÕES LEGAIS QUALIFICADAS são 
aquelasem que a norma afirma que somente se dará a restrição por outro dispositivo 
legal que se por um lado garante o sigilo da correspondência e das comunicações, 
por outro deixa claro que apenas na lei, e lei que tenha uma natureza de 
complementaridade e por essa razão é qualificada, tal direito poderá encontrar a sua 
limitação, o que, portanto o impede de ser considerado como um direito absoluto. As 
INDIRETAS E MEDIATAS são aquelas que não estão evidentes na norma e 
necessitam de uma restrição superveniente em nome dos princípios da 
proporcionalidade, razoabilidade e proibição de excesso. Já as RESTRIÇÕES 
EXPLÍCITAS estão dadas no próprio texto normativo e independem de uma 
interpretação superveniente que busque, na sua aplicabilidade ao caso concreto, 
encontrar, de forma velada alguma forma de restrição, o que caracterizaria a 
restrição de natureza implícita. 
 
A proposta para edição da Súmula pode ser provocada pelos 
legitimados para a propositura da ação direta de inconstitucionalidade, conforme o 
que prevê o artigo 103-A, parágrafo 2º. 
 
A SÚMULA VINCULANTE é o meio que se permite ao Supremo 
Tribunal Federal, conforme o determinado pela Emenda Constitucional de n.º45/04, 
padronizar a exegese de uma determinada norma jurídica controvertida, o que 
permite dentro de nosso ordenamento jurídico evitar a insegurança do sistema e/ou 
uma disparidade de compreensão sobre questões fáticas assemelhadas. Desta forma, 
são determinações que ocorrem sobre a compreensão das Leis, apresentando uma 
eficácia irrestrita (erga omnes). Uma vez que estejam publicadas vinculam os órgãos 
do Poder Judiciário e da Administração Pública direta e indireta, em todas as esferas 
do poder. 
Ampla maioria da doutrina, incluindo-se posição jurisprudencial do STF 
considera a nossa Constituição como RÍGIDA, na medida em que ela traz as 
condições que limitam e que autorizam as alterações necessárias no texto 
constitucional a partir das transformações presenciadas pela própria sociedade. 
Conforme o artigo 5º, inciso XLVII, ‘d’, a CF/88 NÃO ADMITE pena de 
banimento, pelo fato de que o seu efeito jurídico tem uma natureza perpétua, 
qualidade a qual a CF/88 também não recepcionou. 
 
 
21 
Poderá optar pela nacionalidade nata brasileira o filho de pai brasileiro e mãe 
estrangeira que nasceu em território estrangeiro, e que mesmo não registrado em 
órgão competente veio a residir permanentemente no Brasil, e que sendo maior de 
idade entrou com pedido junto à Justiça competente para manifestar a sua opção pela 
nacionalidade brasileira e adquiri-la em definitivo, conforme o artigo 12, inciso I, 
letra ‘c’, CF/88. 
Os nascidos no Brasil, de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço 
de seu país, SÃO Brasileiros natos. 
Conforme o §1º, inciso I, artigo 14, da CF/88, os maiores de 18 anos têm 
um direito-dever em relação ao voto, quer dizer, eles são obrigados a votar. 
Contudo, NÃO SÃO todos os maiores de 18 anos que sofrem esta obrigatoriedade, 
pois os que são maiores de 18 anos e analfabetos, não têm esta mesma 
obrigatoriedade. 
Os direitos-liberdades consagrados no art. 5º da CF/88 ADMITEM 
restrição pelo legislador ordinário. 
 
 
2. Sobre os Três Poderes do Estado 
 
Os magistrados podem ser postos em disponibilidade em razão do 
interesse público. 
 
A União pode praticar intervenção nos Estados, os Estados podem intervir 
nos municípios e de forma muito particular e especial, a União não está 
totalmente impedida de intervir em todo e qualquer município. 
 
A Federação Brasileira prevê competência de tipo administrativo 
(material), a ser exercida em comum, pelos entes federados, ou exclusivamente, 
por um deles. 
 
Ao Poder legislativo, por uma de suas casas, compete julgar o 
Presidente da República e os Ministros do STF, em caso de crime DE 
RESPONSABILIDADE. Conforme o art.52, inciso I, da CF/88, por crime comum 
a competência, após autorização de 2/3 dos membros da Câmara dos Deputados, 
será processado no STF, uma vez que os crimes de responsabilidade são 
competência do Senado. 
O presidente da república pode APOR VETO a projeto de lei, aprovado 
no CN, com fundamento em inconstitucionalidade. 
 
A CF não prevê possibilidade de ADIN contra lei municipal que a ofenda. 
 
O auditor, do Tribunal de Contas da União, quando em substituição a Ministro, 
terá as mesmas garantias e impedimentos do titular e, quando no exercício das 
demais atribuições da judicatura, as de juiz de Tribunal Regional Federal. 
 
 
22 
Não é atribuição cometida à competência privativa do Presidente da 
República estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida 
mobiliária dos Estados, do DF e dos Municípios, pois tal competência diz respeito 
ao Senado Federal, conforme o artigo 52, IX, da CF/88. 
 
O número de juízes na unidade jurisdicional SERÁ PROPORCIONAL à 
efetiva demanda judicial e à respectiva população. 
 
Aos juízes É VEDADO exercer, ainda que em disponibilidade, outro 
cargo ou função, salvo uma de magistério. 
 
Se o Presidente da República praticar uma infração penal comum e a 
denúncia vier a ser recebida pelo STF, ficará suspenso de suas atribuições pelo prazo 
de 180 dias, para o melhor andamento do processo contra ele. 
 
Caberá aos TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS processar e julgar 
originariamente os juízes federais da área de sua jurisdição, incluídos os da Justiça 
Militar e da Justiça do Trabalho, nos crimes de responsabilidade. 
 
Ao JUIZ FEDERAL compete processar e julgar também as causas em que 
a entidade autárquica da União for interessada na condição de assistente, exceto, 
entre outras, as de falência. 
 
As causas em que a União for autora SERÃO AFORADAS na seção 
judiciária onde tiver domicílio a outra parte, e quando for ré, poderão ser aforadas 
na seção judiciária em que for domiciliado o autor. 
 
São emendas consideradas SUBSTITUTIVAS as apresentadas como 
sucedâneo a parte de outra proposição, quando a alterar substancial ou formalmente, 
em seu conjunto; são emendas consideradas AGLUTINATIVAS as que resultam da 
fusão de outras emendas, ou destas, com o texto original, por transação tendente a 
aproximação dos respectivos objetos; e, são emendas consideradas 
MODIFICATIVAS as que alteram a proposição sem a modificar substancialmente. 
 
Os Tribunais Regionais Federais conforme a CF/88 são compostos de 07 
juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região e nomeados pelo 
Presidente da República dentre brasileiros com MAIS DE TRINTA e menos de 
sessenta e cinco anos. 
Conforme o artigo 60, parágrafo 5º, da CF/88 a matéria constante de proposta de 
emenda constitucional rejeitada ou havida por prejudicada NÃO PODE ser 
objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa. 
 
Para CONCORRER em um pleito eleitoral ao cargo de Deputado Estadual 
o candidato, preenchidas as demais condições de elegibilidade, deverá possuir, no 
mínimo, 21 anos. 
 
23 
SE, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Presidente ou o Vice, salvo 
motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago. 
SE, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte de candidato a presidência, 
convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação. 
 
No caso de ficarem vagos os cargos de Presidente e Vice nos dois primeiros 
anos de mandato, far-se-á eleição noventa dias depois de aberta a última vaga, sendo 
que para não caracterizar um hiato de poder, a presidência será ocupada nesse 
período pelo PRESIDENTE DA CÂMARA, ou no seu impedimento ou 
impossibilidade, pelo PRESIDENTE DO SENADO ou no seu impedimento ou 
impossibilidade, pelo MINISTROPRESIDENTE DO STF. 
A destituição do Procurador Geral da República, por iniciativa do Presidente da 
República, deverá SER PRECEDIDA de autorização da maioria absoluta do 
Senado. 
 
COMPETE AO STF julgar mandado de segurança contra ato ilegal e 
abusivo praticado pelo CNJ. O artigo 102 da Constituição Federal apresenta as três 
formas de competência do Supremo Tribunal Federal (STF): o inciso I, que trata 
da competência originária; o inciso II, por sua vez trata da competência ordinária; e, 
finalmente, o inciso III, que diz respeito à competência extraordinária. A letra ‘r’, 
do inciso I desse artigo afirma que cabe ao STF, originariamente processar e 
julgar as ações contra o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), como igualmente 
contra as ações do Conselho Nacional do Ministério Público. 
As competências dos ESTADOS DA FEDERAÇÃO são apenas aquelas que 
NÃO ESTÃO VEDADAS pelo texto constitucional. Não é o caso de se afirmar 
que os estados têm competência residual, pois tal terminologia não é aceita pela 
doutrina, mas sim que eles têm uma competência remanescente. É importante 
lembrar que na relação com os municípios esses detêm uma competência 
suplementar que não foi extensiva aos estados membros. 
 
O CNJ É órgão do Poder Judiciário. O poder judiciário, independente e 
harmônico como os outros dois poderes que formam o Estado está contemplado a 
partir do artigo 92, que de forma taxativa identifica os órgãos do poder judiciário. 
Com a Emenda Constitucional de n.º45, tivemos a criação do Conselho Nacional de 
Justiça, que está previsto no inciso I – A do artigo 92, portanto, apesar de se 
constituir em um órgão que tem como natureza de sua função fiscalizadora ser 
externo, ele é parte do poder judiciário, estando, assim, correta a afirmativa da letra’ 
a’. 
 
A EMENDA CONSTITUCIONAL DE N.º 45, conhecida como a emenda 
que teve por objetivo realizar uma reforma no poder judiciário para aproximá-lo 
mais do espaço social e que criou o CNJ, inseriu a figura da súmula vinculante, 
etc., criou a figura da justiça itinerante, conforme se percebe nos textos dos 
parágrafos 2º, do artigo 107, parágrafo 7º, do artigo 125, do texto constitucional, 
bem assim tal emenda acrescentou a letra ‘i’, do inciso I, do artigo 105 que trata 
 
24 
da competência originária do Superior Tribunal de Justiça e que lhe autorizou a 
conceder exequatur às cartas rogatórias. 
 
A Câmara dos Deputados TEM COMPETÊNCIA para iniciativa de lei 
que vise à fixação da remuneração de seus servidores, mas a matéria não tem a 
obrigatoriedade de ir à sanção do presidente da República. 
 
Considerando que nos termos dispostos no art. 133 da Constituição do 
Brasil, o advogado é indispensável à administração da justiça, sendo até mesmo 
inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, é correto afirmar 
que a INVIOLABILIDADE DO ESCRITÓRIO OU LOCAL DE TRABALHO 
É ASSEGURADA NOS TERMOS DA LEI, não sendo vedadas, contudo, a busca 
e a apreensão judicialmente decretadas, por decisão motivada, desde que realizada 
na presença de representante da OAB, SALVO se esta, devidamente notificada ou 
solicitada, não proceder à indicação. 
 
Os Ministros de Estado que como delegatários do Presidente da República, 
conforme a Constituição do Brasil PODEM, desde que autorizados, extinguir 
cargos públicos. 
SE a Medida Provisória perder eficácia por decurso de prazo ou, em caráter 
expresso for rejeitada pelo Congresso Nacional, É VEDADA a sua reedição na 
mesma sessão legislativa. 
 
É caso de SESSÃO CONJUNTA a reunião da Câmara dos Deputados e do Senado 
Federal destinada, por exemplo, a conhecer do veto presidencial e sobre ele 
deliberar. 
 
A obrigatoriedade ou necessidade de deliberação plenária dos tribunais, no sistema 
de controle de constitucionalidade brasileiro significa que somente pelo voto da 
MAIORIA ABSOLUTA de seus membros ou dos membros do respectivo órgão 
especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato 
normativo do Poder Público. 
 
A Lei Complementar exige aprovação por maioria absoluta, enquanto a lei 
ordinária é aprovada por maioria simples dos membros presentes à sessão, DESDE 
QUE presente a maioria absoluta dos membros de cada Casa ou de suas Comissões. 
 
As matérias que devem ser regradas por Lei Complementar 
ENCONTRAM-SE TAXATIVAMENTE indicadas no texto constitucional e, 
desde que não seja assunto específico de normatização por decreto legislativo ou 
resolução, o regramento de todo o resíduo competirá à lei ordinária. 
 
As matérias reservadas à Lei Complementar NÃO SERÃO objeto de delegação do 
Congresso ao Presidente da República. 
 
 
25 
O Município goza de CAPACIDADE de auto-organização, autogoverno e de auto-
administração, integrando a Federação brasileira. 
 Compete ao STJ julgar os recursos especiais. 
OBS.: Os recursos especiais se constituem em meio para a realização da 
competência especial do STJ, conforme o inciso III, do artigo 105. É um recurso 
exclusivo ao STJ e que tem como objetivo: julgar as causas decididas, em única ou 
última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos estados-
membros e do DF (e territórios), quando denegatória a decisão; contrariar tratado ou 
lei federal, ou negar-lhes vigência; julgar válido ato de governo local contestado em 
face de lei federal; der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído 
outro tribunal. 
 
A convocação de juiz federal de 1ª instância para substituição de 
desembargador do Tribunal Regional Federal É PERMITIDA, entre outros casos, 
no de vaga ou de afastamento de Desembargador Federal por prazo superior a trinta 
dias. 
Nos termos da CF/88 e consideradas as alterações trazidas pela Emenda 
Constitucional n.º 45/04, COMPETE AO STF, além de outras julgar, 
originariamente, o pedido de medida cautelar das ações diretas de 
inconstitucionalidade. 
 
No que diz respeito à Emenda à CF será PROMULGADA pelas Mesas da 
Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem. 
É VEDADA A REEDIÇÃO, na mesma sessão legislativa, de medida provisória 
que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo. 
A CF NÃO PODERÁ ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado 
de defesa ou de estado de sítio. 
Leis que disponham sobre servidores públicos da União e territórios, 
seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria, são de 
INICIATIVA PRIVATIVA do presidente da República. 
 
COMPETE AO STJ PROCESSAR E JULGAR, originalmente, os 
conflitos de atribuições entre autoridades administrativas e judiciárias da União, ou 
entre autoridades judiciárias de um Estado e administrativas de outro ou do DF, ou 
entre as deste e da União. 
 
O ARTIGO 103-B, DA CF/88, alterado pela Emenda Constitucional 
n.º61/09, que revogou do texto os referencias de idade mínima e máxima para 
nomeação é formado por 15(quinze) membros, sendo: o Presidente do STF, um 
Ministro do STJ (indicado pelo respectivo tribunal), um Ministro do TST (indicado 
pelo TST), um desembargador de Tribunal de Justiça (indicado pelo STF), um juiz 
estadual (também indicado pelo STF), um juiz do Tribunal Regional Federal 
(indicado pelo STJ), um juiz federal (igualmente indicado pelo STJ), um juiz do 
Tribunal Regional do Trabalho (indicado pelo TST), um juiz do trabalho (também 
indicado pelo TST), um membro do MP da União (indicação do Procurador Geral da 
República), um membro do MP estadual (escolhido pelo Procurador Geral da 
 
26 
República, dentre nomes indicados pelo órgão competente de cada instituição 
estadual), mais dois advogados(escolhidos pelo Conselho Federal da OAB) e, 
finalmente, dois cidadãos, de notável saber jurídico e reputação ilibada (indicados 
um pela Câmara e outro pelo Senado). 
 
É atribuição cometida à competência privativa do Presidente da República 
conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessária, dos órgãos 
instituídos em lei. 
 
É atribuição cometida à competência privativa do Presidente da República 
decretar o estado de defesa e o estado de sítio e decretar e executar a intervenção 
federal. 
 
3. OUTROS TEMAS DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. 
O sistema de freios e contrapesos, os checks and balances dos americanos, 
preconiza que o poder deve conter o poder. A estatística, entre 1998 e 1998, 
demonstra que a atividade do Parlamento brasileiro foi bastante intensa se 
comparada ao desempenho das tarefas à época concretizadas pelos Poderes 
Executivo e Judiciário. Finalmente, o princípio da separação de Poderes, por ser 
cláusula pétrea, não pode ser objeto de proposta de emenda constitucional. Logo, 
não há que cogitar, sequer, a hipótese do item III, afinal, tal princípio não pode ser 
reformulado. 
A criação dos Territórios e a sua transformação em estado são reguladas 
por meio de EMENDA CONSTITUCIONAL. 
 
A União é pessoa jurídica de direito público interno com capacidade 
política e ora se manifeste em nome próprio, ora se manifesta em nome da 
Federação. 
 
A Federação Brasileira é caracterizada como uma Descentralização 
político-administrativa constitucionalmente prevista. 
 
NÃO HÁ HIERARQUIA entre os entes da Federação, podendo-se 
reconhecer preponderância de interesse mais abrangente. 
OBS.: Não há hierarquia entre os entes federativos. Cada qual atua em seu raio de 
competência, fixado pela CF. Como a Federação é uma unidade dentro da 
diversidade existem questões de notória abrangência, como a devastação da floresta 
amazônica, a transposição do Rio São Francisco e a seca no nordeste e a estiagem no 
sudeste, que repercutem no País como um todo, independentemente do lugar onde 
tenham sido deflagradas. Assim, o interesse maior deve preponderar em nome do 
equilíbrio federativo. 
 
No exercício da Competência legislativa concorrente os estados-membros 
PODERÃO EDITAR normas gerais e específicas, caso inexista lei da União 
fixando normas gerais. 
 
27 
São IMPRESCRITÍVEIS os ilícitos praticados por agente, servidor ou não, que 
causem prejuízos ao erário, conforme o inciso XIII, artigo 37, da CF/88, redação 
dada a partir da Emenda Constitucional n.º 19/98. 
 
Competem à União, em território federal, os impostos estaduais e, se o 
território não for dividido em Municípios, cumulativamente, os impostos 
municipais. 
É VEDADO à União instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do 
DF ou dos Municípios. 
Os estados-membros podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou 
desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou 
territórios federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, 
através de plebiscito, e do CN, por lei complementar. 
O projeto de lei aprovado por uma Casa será revisto pela outra, em um só 
turno de discussão e votação e enviado à sanção ou promulgação, se a Casa revisora 
o aprovar, ou arquivado, se o rejeitar. 
Conforme o § 2º, do artigo 18, da CF/88, os territórios federais integram 
a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao estado de 
origem serão reguladas em lei complementar. 
A CF/88, ao disciplinar a investidura em cargo e emprego públicos 
determina que A LEI RESERVARÁ percentual dos cargos e empregos públicos 
para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão. 
 
Declarando o Supremo Tribunal Federal, incidentalmente, a 
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal em face da Constituição do 
Brasil, caberá ao Senado Federal SUSPENDER A EXECUÇÃO da lei, total ou 
parcialmente, conforme o caso, desde que a decisão do Supremo Tribunal Federal 
seja definitiva. 
Os estados-membros poderão, mediante lei complementar, instituir 
regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por 
agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento 
e a execução de funções públicas de interesse comum. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
Prof. Cristiano Souza 
 
1. Dos Sujeitos no Direito Internacional 
 
Sujeitos Clássicos Sujeitos Modernos Atores na sociedade 
internacional 
Estados 
Organizações Internacionais 
a) Indivíduo 
b) Beligerantes 
c) Insurgentes 
d) Movimento de 
libertação nacional 
a) Empresas 
transnacionais 
b) Organização Não 
governamental 
(ONGs). 
c) Cruz Vermelha 
Teoria do Dualismo e Monismo 
DUALISMO MONISMO 
 02 ordens jurídicas diferentes e 
independentes entre si. 
 01 ordem jur. Internacional e 01 ordem 
jur. Nacional. 
 Impossibilidade de conflito entre Dir. 
Internacional e Dir. Interno. 
 Teoria da Incorporação: precisa de 
diploma legal que incorpore o 
conteúdo internacional. 
 01 só ordem jurídica 
 01 ordem jurídica com normas 
internacionais e internas. 
 Possibilidade de conflito entre norma 
internacional e interna. 
 Não precisa de diploma legal de 
incorporação. 
Dualismo Radical 
Dualismo 
Moderado 
Monismo 
Internacional 
Monismo Nacional 
Necessidade de lei 
interna incorporadora da 
norma internacional 
Exige apenas a 
ratificação do Chefe 
do Executivo com a 
aprovação prévia do 
Congresso Nacional. 
O dir. internacional 
pretere ao dir. interno. 
Teoria adotada no Dir. 
Internacional 
O dir. interno pretere ao 
dir. internacional. 
Teoria aplicada por 
grande maioria dos 
Estados. 
Fontes do Direito Internacional Público 
Fontes Materiais Fontes Formais 
 Motivos ou fatos que induzem ao 
surgimento de normas jurídicas. 
 Serve como fundamento filosófico, 
político, sociológico para a criação da 
norma. 
 É à maneira de exteriorização da 
pretensão dos Estados. 
 Manifesta-se no processo de elaboração 
das normas 
 
30 
Fontes Formais do Direito Internacional 
Fontes do Art. 38 do Estatuto da Corte 
Internacional de Justiça 
Demais Fontes 
 Tratados/Convenções 
 Costumes 
 Princípios gerais do direito 
Meios Auxiliares: 
a) Jurisprudência 
b) Doutrina 
c) Facultativo a equidade (ex aequo et 
bono)”se as partes assim concordarem” 
 Equidade e analogia (controverso) 
 Atos unilaterais dos Estados 
 Atos unilaterais de Org. 
Internacionais 
 Jus Cogens 
 Soft Law 
 
Tratados: é o gênero que expressa um acordo de vontades de forma escrita 
elaborado por Estados e Organizações Internacionais com o objetivo de 
regulamentar tema de interesse comum no âmbito do direito internacional com 
certa obrigatoriedade entre as partes. 
A convenção de Viena de 1969 é o diploma legal que regulamenta o direito 
dos tratados definindo alguns conceitos, tais como: 
 Tratado= declaração de vontade indicando convergência 
entre as partes 
 Convenção: é um tratado multilateral que dita normas 
gerais e obrigatórias para os signatários dos tratados.. 
OBS: A Convenção de Viena de 1986 tratou da matéria referente aos tratados de 
Estados x Organizações Internacionais. 
Fases da internacionalização do Tratado no direito interno 
Fases Objetivos Envolvidos nessa fase 
0 - Negociação Debater e Elaborar em conjunto o texto do tratado Nessas duas fases podem 
participar: 
a) Ch. Executivo 
b) Min. Rel. 
Exteriores 
c) Agente 
Diplomático 
credenciado 
com plenos 
poderes 
1 - Assinatura Encerramentodas negociações com a adesão ao 
texto. 
2 - Autorização do 
Poder Legislativo = 
CN 
Deliberação se o tratado não afronta a C.F. 
No caso de autorização, o C.N. expedirá um 
DECRETO LEGISLATIVO de aprovação. 
Competência exclusiva do 
C.N. conforme art. 49, I, 
CF/88. 
3 - Ratificação É o momento em que o Estado formalmente se 
vincula ao tratado. (Estado-Estado) 
Efeito Ex tunc até a assinatura. 
Tipos de ratificação: 
a) Trocas de instrumentos 
b) Depósitos de instrumentos 
c) Notificação ao outro Estado 
No Brasil, é ato privativo 
do Presidente (único 
legitimado) 
4 - Promulgação Mediante DECRETO EXECUTIVO o Presidente 
dá executoriedade ao Tratado 
Presidente da República 
5 - Publicação no 
D.O.U. 
Somente após a publicação o tratado passa a ser 
obrigatório à população. (tratado-população) 
 
 
31 
2. Hierarquia dos Tratados e legislação 
 brasileira 
 
 Após o enfrentamento dessa matéria o STF já pacificou esse tema na 
seguinte forma: 
 Tratados em Geral: tratados equivalem a lei ordinária e 
submetidos ao critério cronológico e da especialidade = 
Status infraconstitucional = Lei Ordinária. 
 Tratados de Direito Humanos: O STF por maioria vem 
entendendo que tratados de Direito Humanos possuem status 
de supralegalidade. No entanto, quando aprovados 
conforme o procedimento do art. 5º, §3º da CF/88 terá status 
de Emenda Constitucional. 
 
3. Dos Sujeitos de Direito Internacional 
 
O Estado 
No conceito clássico do doutrinador Francisco Rezek “O Estado, 
personalidade originária de direito internacional público, ostenta três elementos 
conjugados: uma base territorial, uma comunidade humana estabelecida sobre essa 
área e, uma forma de governo não subordinado a qualquer autoridade exterior”. 
Os elementos do Estado são apenas três: território, povo e governo 
soberano. O reconhecimento dos outros Estados não é elemento do Estado. 
 
Jurisdição estatal e imunidades 
No entanto, o Estado exerce jurisdição estatal sobre seu território de forma 
geral e exclusiva. Mas, no que tange a competência, esta não é absoluta, pois há 
casos em que o ente estatal não exerce sua jurisdição sobre certas pessoas, bens e 
áreas, como os privilégios e imunidades gozados por Estados, Organismos 
Internacionais e autoridades como diplomatas. 
Quanto às imunidades separamos em tópicos a seguir: 
 Imunidade do Estado Estrangeiro: A atuação do ente 
estatal no exterior está diretamente relacionada ao tipo de 
solução dada no caso de controvérsia que envolva um 
Estado estrangeiro. Sobre esse assunto temos duas teorias: 
a) Teoria Clássica: par in parem nom habet 
judicium/imperium 
 
32 
- para esta teoria o Estado estrangeiro não poderia ser julgado pelas autoridades de 
outro Estado contra a sua vontade, salvo se renunciasse a sua imunidade. É um tipo 
de imunidade absoluta com princípio par in parem nom habet judicium/imperium 
que significa que “iguais não podem julgar iguais”. 
b) Teoria Moderna: atos de império e atos de gestão 
- Já para a teoria moderna os Estados estrangeiros podem ser obrigados a responder 
por seus atos em outros Estados dentro de certas condições, por isso a teoria 
moderna separa os atos em dois tipos: 
b.1) Atos de império: é a prática de atos ligados à soberania. Ex: ofensivas 
militares, concessão ou denegação de visto, admissão de estrangeiro, ingresso e 
deportação. 
b.2) Atos de gestão: são os atos em que o Estado se equipara ao particular, não 
havendo imunidade de jurisdição. Ex: aquisição de bens móveis e imóveis, 
contratação de empregados, responsabilidade civil. 
 Imunidade de Organizações Internacionais: quanto às 
organizações internacionais as imunidades são estabelecidas 
dentro de seus atos constitutivos ou por tratado especifico 
com os Estados, assim trata-se de direito convencional. 
OBS: Cabe salientar que, ao contrário do que se observa, no tocante às organizações 
internacionais à imunidade de jurisdição do Estado é meramente costumeira, não 
havendo ainda tratados firmados sobre essa matéria. 
 Imunidade de Execução: embora o STF já tenha se 
manifestado quanto à relativização da imunidade de 
jurisdição quanto ao processo de conhecimento, 
diferentemente vem decidindo nos processos de execução, 
agindo com mais cautela e prudência. Sendo assim, 
analisando a doutrina e os recentes julgados da suprema 
corte, elencamos as diferentes formas de executar um 
Estado estrangeiro: 1) pagamento voluntário pelo Estado; 2) 
negociação por vias diplomáticas pelo Min. Das Relações 
Exteriores; 3) Carta rogatória; 4) execução de bens não 
afetos aos serviços diplomáticos e consulares; 5) renúncia à 
imunidade de execução pelo Estado estrangeiro. 
 
Órgãos do Estado nas Relações Internacionais 
Os órgãos do Estado nas relações internacionais são os indivíduos 
encarregados de representar os Estados, que são pessoas jurídicas, no campo de 
relacionamento externo.Cabe salientar a diferença quanto ao modo de admissão do 
Embaixador e do Cônsul no Estado acreditado (quem recebe). 
 
33 
 Direito de Legação: é a prerrogativa de enviar e de receber 
agentes diplomáticos. Esse direito de legação é suspenso 
com a guerra ou rompimento das relações diplomáticas 
 Agréement: (do francês “concordância ou anuência) é ato 
discricionário pelo qual o Estado acreditado aceita a 
indicação do Embaixador estrangeiro em seu país. Assim é 
preciso requerer o Agréement. O processo de concessão é 
secreto e o Estado que denega não necessita explicar as 
razoes da recusa. (art. 4º da Convenção de Viena de 1961) 
 Aprovação pelo Senado Federal: além Agréement, a 
indicação do Embaixador precisa ser aprovada pelo Senado 
Federal por voto secreto, após arguição secreta conforme 
art. 52, IV, CF/88. 
 Carta Patente: é o documento que materializa a nomeação 
do Cônsul emitida pelo Estado que o indica. 
 Exequatur: é a autorização do Estado acreditado (quem 
recebe) para que o Cônsul possa desempenhar o seu 
exercício em seu território. Via de regra, não exige 
formalidades. (art. 12, §1º, Convenção de Viena de 1963) 
 
As Organizações Internacionais (Intergovernamental) 
As organizações intergovernamentais são entidades criadas e compostas 
pelos Estados através de tratados, adquirindo personalidade jurídica a partir de seu 
funcionamento. Essa personalidade é chamada de derivada, ao passo que os 
Estados têm personalidade originária. Sendo assim, essas organizações podem 
celebrar tratado atuando como sujeitos de direito independente da vontade de seus 
Estados-Membros. 
OBS: não confundir organizações intergovernamentais com as ONGs que são entes 
privados com personalidade jurídica de direito interno não podendo celebrar 
tratados. 
 
4. Nacionalidade 
 
A nacionalidade é o vínculo jurídico-político que une uma pessoa e um Estado. 
Entretanto, nacionalidade não se confunde com cidadania (exercício dos direitos 
políticos). Pois, a cidadania pressupõe a nacionalidade. 
 
 
 
34 
Tipos de Nacionalidade 
Originária/Primária Secundária/Adquirida 
Jus solis Jus sanguinis Depende de manifestação de vontade da pessoa 
humana e concordância do Estado. 
Chamada de Naturalização. 
Ato soberano do Estado. 
A pessoa tem mera expectativa de direito. 
O Brasil não adota o casamento como critério 
de atribuição de nacionalidade secundaria, 
apenas confere uma diminuição no prazo 
mínimo de residência para fazer o requerimento. 
Critério territorial. 
Não depende da 
nacionalidade dos 
ascendentes. 
Depende da 
nacionalidade dos 
ascendentes. 
O Brasil adota os dois sistemas. 
Art. 12. São brasileiros: 
I - natos: 
a) os nascidos na 
RepúblicaFederativa do 
Brasil, ainda que de pais 
estrangeiros, desde que 
estes não estejam a 
serviço de seu país; 
Art. 12. São brasileiros: 
I - natos: 
b) os nascidos no 
estrangeiro, de pai 
brasileiro ou mãe 
brasileira, desde que 
qualquer deles esteja a 
serviço da República 
Federativa do Brasil; 
c) os nascidos no 
estrangeiro de pai 
brasileiro ou de mãe 
brasileira, desde que 
sejam registrados em 
repartição brasileira 
competente ou venham a 
residir na República 
Federativa do Brasil e 
optem, em qualquer 
tempo, depois de atingida 
a maioridade, pela 
nacionalidade brasileira; 
Art. 12. São brasileiros: 
II - naturalizados: 
Estrangeiros de Língua Portuguesa 
a) os que, na forma da lei, adquiram a 
nacionalidade brasileira, exigidas aos 
originários de países de língua portuguesa 
apenas residência por um ano ininterrupto e 
idoneidade moral; 
Estrangeiro de qualquer nacionalidade 
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, 
residentes na República Federativa do Brasil há 
mais de quinze anos ininterruptos e sem 
condenação penal, desde que requeiram a 
nacionalidade brasileira. 
 
Estatuto do Estrangeiro (Lei 6.815/80) 
 
 
Embora os naturalizados tenham direitos e garantias, ambos, previstos pela CF/88, 
também, em sentido contrário, apresentam restrições e/ou procedimentos 
diferenciados em determinados casos, tais como: 
 Proibição de acesso a determinados cargos públicos e 
vedação de participação do Conselho da República (art. 
12,§3º c/c art. 89, VII, CF/88). 
 Possibilidade de cancelamento judicial da naturalização (art. 
12, §4º, I, CF/88). 
 Possibilidade de extradição em caso de crime comum 
praticado antes da naturalização ou comprovado 
envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes (art. 5º, LI, 
CF/88). 
 Restrições às atividades em empresas de telecomunicações 
(art. 222, CF/88). 
 
35 
5. Condição jurídica do Estrangeiro 
 
Deportação 
É o ato discricionário pelo qual o Estado de ofício retira 
compulsoriamente de seu território um estrangeiro que entrou ou permanece de 
forma irregular.Não é permitida a deportação quando configurar extradição 
inadmitida pela lei brasileira. Assim, nos casos em que o estrangeiro é perseguido 
por crime político ou crime não tipificado no Brasil ou sofrer pena não permitida 
pelo direito brasileiro.Não sendo exequível a deportação ou quando existirem 
indícios sérios de periculosidade ou indesejabilidade do estrangeiro, proceder-se-á a 
sua expulsão. Ainda, o fato de o estrangeiro possuir cônjuge ou filho brasileiro não 
impede a sua deportação. 
 
Expulsão 
É o ato pelo qual o Estado retira o estrangeiro que, de qualquer forma, 
atentar contra a segurança nacional, a ordem política ou social, a tranquilidade ou 
moralidade pública e a economia popular, ou cujo procedimento o torne nocivo à 
conveniência e aos interesses nacionais. É passível, também, de expulsão o 
estrangeiro que: a) praticar fraude a fim de obter a sua entrada ou permanência no 
Brasil; b) havendo entrado no território nacional com infração à lei, dele não se 
retirar no prazo que lhe for determinado para fazê-lo, não sendo aconselhável a 
deportação; c) entregar-se à vadiagem ou à mendicância; ou d) desrespeitar 
proibição especialmente prevista em lei para estrangeiro. 
Trata-se de ato discricionário (Decreto) de competência do Presidente da 
República após o processo administrativo realizado dentro do Ministério da Justiça 
obrigando o estrangeiro a sair do território nacional e proibir o seu retorno. O 
estrangeiro só poderá retornar ao Brasil caso o decreto de expulsão seja revogado 
por meio de outro decreto. Reingressar o estrangeiro no território nacional sem a 
revogação da expulsão é crime previsto no art. 338 do CP. 
Ainda, há casos específicos em que não se procederá a expulsão conforme o 
art. 75 do Estatuto do Estrangeiro quando o estrangeiro tiver: a) Cônjuge brasileiro 
do qual não esteja divorciado ou separado, de fato ou de direito, e desde que o 
casamento tenha sido celebrado há mais de 5 (cinco) anos; ou b) filho brasileiro que, 
comprovadamente, esteja sob sua guarda e dele dependa economicamente. 
 
Extradição 
A extradição é o ato de cooperação internacional pelo qual um Estado 
entrega a outro Estado a pessoa que tenha violado as leis deste Estado e para que 
neste responda pelo ilícito que cometeu. Deverá haver um Tratado ou Promessa de 
Reciprocidade com o Estado solicitante para a concessão da medida. Contudo, é 
 
36 
possível a extradição tanto na fase processual como após a condenação ou, ainda, 
diante de mera ordem de prisão. Não havendo tratado ou promessa de reciprocidade 
inviável o exame do pedido de extradição. 
Pelo princípio da identidade ou dupla tipicidade o ato delituoso em que 
se baseia o pedido extraditório deve ser considerado ilícito em ambos os Estados. Já 
pelo principio da especialidade somente será deferida a extradição para que o 
extraditando seja processado ou julgado pelos fatos constantes no pedido de 
extradição. 
OBS: No Brasil, não se concede extradição de estrangeiro por crimes políticos ou de 
opinião, assim, como também nos casos sujeitos a tribunal de exceção. 
OBS: o fato de o estrangeiro ser casado com brasileiro ou possuir filhos brasileiros 
não impede sua extradição, pois essa proteção é somente para o caso de expulsão. 
Durante o processo de extradição a defesa é meramente delibatória ou 
contenciosa limitada, pois só poderá versar sobre a identidade da pessoa reclamada, 
defeito de forma dos documentos apresentados ou ilegalidade da extradição. 
Quando a obrigatoriedade de extradição em recente julgamento do italiano 
Cesare Battisti o STF manifestou-se no sentido de que “cabe ao judiciário (STF) 
autorizar a extradição e ao chefe do executivo (PR) de forma discricionária 
decidir sobre a entrega ou não do extraditando ao Estado solicitante”. 
 
6. Direito Internacional Privado 
1. Aplicação da lei no espaço 
A norma de direito internacional privado indica qual o preceito nacional ou 
internacional aplicável à solução de um conflito de leis no espaço. Por isso, é 
chamada de norma indireta ou indicativa. 
É a lex fori (lei do Estado) apontada que será aplicada à solução da relação 
em conexão internacional. Assim, é o próprio ordenamento jurídico do Estado que 
indica o preceito, nacional ou estrangeiro, que regulará a matéria em conexão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
RESUMO DA LIND 
Art. 7o A lei do país em que 
DOMICILIADA a pessoa 
determina as regras sobre: 
 o 
começo 
e o fim 
da 
personali
dade, 
 o nome, 
 a 
capacida
de e 
 os 
direitos 
de 
família. 
§ 1o Realizando-se o casamento no Brasil, será aplicada a lei 
brasileira quanto aos impedimentos dirimentes e às 
formalidades da celebração. 
§ 2o O casamento de estrangeiros poderá celebrar-se perante 
autoridades diplomáticas ou consulares do país de ambos os 
nubentes. 
§ 3o Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de 
invalidade do matrimônio a lei do primeiro domicílio 
conjugal. 
§ 4o O regime de bens, legal ou convencional, obedece à lei 
do país em que tiverem os nubentes domicílio, e, se este for 
diverso, a do primeiro domicílio conjugal. 
§ 5º - O estrangeiro casado, que se naturalizar brasileiro, pode, 
mediante expressa anuência de seu cônjuge, requerer ao juiz, no 
ato de entrega do decreto de naturalização, se apostile ao 
mesmo a adoção do regime de comunhão parcial de bens, 
respeitados os direitos de terceiros e dada esta adoção ao 
competente registro. 
§ 6º O divórcio realizado no estrangeiro, se

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