Buscar

Aula Meningite 2016

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 69 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 69 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 69 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Universidade Estadual Paulista 
Faculdade de Medicina de Botucatu 
Departamento de Enfermagem 
Disciplina: Enfermagem em Doenças Transmissíveis 
Meningite 
Profa Dra Rúbia de Aguiar Alencar 
Histórico 
 Evidência da sua existência a séculos; 
Na primavera de 1805 em Genebra (Suíça) que 
Vieusseaux descreveu a epidemia de febre 
cerebrospinhal; 
Mais tarde conhecida como Doença Meningocócica; 
 
 
Meningite é a 
inflamação das 
meninges, 
membranas que 
envolvem o 
encéfalo (cérebro, 
bulbo e cerebelo) e 
a medula espinhal. 
Líquido cefalorraquidiano (LCR) 
 
Meningite 
ocorre, em geral, 
por infecção do 
fluido que envolve 
o cérebro e a 
medula espinhal 
Meningite 
Bactérias 
Algumas 
Drogas 
Neoplasias 
Lesão 
Física 
Vírus 
Gravidade e 
tratamento diferem 
dependendo da 
causa. 
 
As meningites 
infecciosas – são 
importantes do ponto de 
vista da saúde pública, 
pela magnitude de sua 
ocorrência e potencial de 
produzir surtos. 
Agentes Etiológicos das Meningites 
• Meningite Viral 
– Menos grave e melhora sem tratamento específico; 
– Causada por enterovírus (poliovírus); 
– Infecções virais que podem causar meningite: 
caxumba, sarampo, vírus varicela zoster, vírus herpes 
simples, influenza. 
• Meningite Parasitária 
– Muito rara; 
– Causada por protozoários (Toxoplasmose gondii, 
Trypanosoma cruzi) 
– Helmintos (Taenia solium) 
 
• Meningite Fúngica 
– Rara, mas pode ser fatal; 
– Qualquer pessoa pode ter; 
– Maior riscos: pessoas imunossupressão; 
– Causa mais comum: Cryptococcus; 
 
• Meningite Não Infecciosa 
 
– Câncer; 
– Lupus eritematoso sistêmico; 
– Drogas: ciprofloxacina, ibuprofeno; 
– Traumatismo craniano; 
– Cirurgia cerebral. 
 
 
• Meningite Bacterianas 
 
– Mais graves; 
– Alta morbidade, mortalidade e sequelas - grave problema 
de saúde pública; 
– Criança e adolescentes; 
– Vários patógenos: 
• Streptococcus pneumoniae; 
• Haemophilus Influenzae do tipo b; 
• Mycobacterium tuberculosis; 
• Neisseria meningitidis. 
 
 
 
Agentes Etiológicos das Meningites 
Streptococcus pneumoniae 
(pneumococo) 
 
Bactéria Gram-positiva em 
forma de coco, é alfa hemolítico 
e possui mais de 90 sorotipos 
capsulares 
 
 
 
 Causa infecções nos pulmões e no ouvido. Existem 92 sorotipos de pneumococo. 
 A maioria das pessoas que tem estas bactérias na garganta continua saudável. 
Risco aumentado de apresentar meningite: doenças imunossupressoras: síndrome nefrótica; 
asplenia anatômica ou funcional; insuficiência renal crônica; diabetes mellitus; infecção pelo 
HIV. 
Não é transmitida de pessoa para pessoa - não precisam receber antibiótico. 
Haemophilus Influenzae do tipo b 
 
Bactéria pleimórfica (coco/bacilo 
Gram-negativo). 
Seis sorotipos (a, b, c, d, e, f) 
 
 
 
O sorotipo b o 
mais comum. 
Pessoas que tiveram 
contato próximo 
com a saliva 
de pessoa com 
meningite causada 
por esta bactéria 
podem necessitar 
de tratamento com 
antibiótico 
(quimioprofilaxia) 
para não adoecer. 
Mycobacterium 
tuberculosis 
 
Bacilo não formador de 
esporos, sem flagelos e que 
não produz toxinas. 
 
É uma espécie aeróbica estrita, 
necessitando de oxigênio para 
crescer e se multiplicar. 
 
 
Neisseria meningitidis 
É um diplococo Gram-negativo, 
aeróbio; 
Cepas virulentas apresentam-se 
encapsuladas; 
Sorogrupos (de acordo com o 
antígeno polissacarídeo da 
cápsula - A, B, C, D, X, Z, E29, 
W135, H, I, K, Y, L. 
Doença Meningocócica (DM) 
• Doença endêmica; 
 
• É esperada ao longo de todo o ano, principalmente no 
inverno; 
 
• Frequente a ocorrência de surtos comunitários ou 
institucionais; 
 
• É a principal causa de meningites bacterianas; 
 
• O sorogrupo C o de maior prevalência na maioria das 
regiões do país e o responsável pela maioria dos surtos 
notificados desde 2006. 
 
Dados Epidemiológicos 
Fonte: SINAN/SVS/MSDados tabulados em outubro/2012 
*Dados sujeitos a alterações. 
**O gráfico apresenta os casos de DM, em todas as faixas etárias, acumulados por mês considerando todos os 
sorogrupos (A, B, C, W135, Y, ignorados, entre outros). 
Brasil 
Após a introdução da vacina observa-se uma redução de 29% 
no numero de casos de DM para a faixa etária ≤2 anos 
 
Fonte: SINAN/SVS/MS 
Dados tabulados em outubro/2012 
*Dados sujeitos a alterações. 
**O gráfico apresenta os casos de DM, em todas as faixas etárias, acumulados por mês considerando todos os sorogrupos 
(A, B, C, W135, Y, ignorados, entre outros). 
Estado de São Paulo 
Município de Botucatu 
Reservatório 
• Único hospedeiro é o ser humano; 
• Sobrevive pouco tempo no meio ambiente. 
 
A relação Hospedeiro Humano e 
Meningococco 
 Pode variar: 
• Colonização orofaríngea assintomática 
 
 
 
• Doença Invasiva (alta morbimortalidade): 
 
Meningite meningocócica e Sepse meningocócica 
(meningococcemia), acompanhadas ou não de 
meningite. 
 Correia e Duarte (2005) 
Neisseria meningitidis (meningococo) 
• Pode causar doença em pessoas de todas as idades. 
• Cerca de 5 a 15% das pessoas têm estas bactérias na garganta ou nariz, 
porém não ficam doentes. 
• As pessoas que tiveram contato próximo com a pessoa com meningite por 
este tipo de bactéria devem receber medicamento preventivo 
(quimioprofilaxia) para não adoecer. 
• O sorogrupo C atualmente o mais frequente. 
• A meningite por meningococo tem importância devido à gravidade do 
quadro clínico, rápida evolução e pela possibilidade de causar surtos ou 
epidemias. 
Transmissão 
 Em geral, a transmissão é de pessoa a pessoa, através das vias 
respiratórias, por gotículas e secreções da nasofaringe, havendo 
necessidade de contato íntimo (residentes da mesma casa, pessoas que 
compartilham o mesmo dormitório ou alojamento, comunicantes de 
creche ou escola, namorado) ou contato direto com as secreções 
respiratórias do paciente. 
 A transmissão fecal-oral é de grande importância para a meningite viral, 
em infecções por enterovírus. 
 
Período de incubação 
 
Em geral, é de 2 a 10 dias, em média de 3 a 4 dias. Pode haver 
alguma variação em função do agente etiológico responsável. 
Período de transmissibilidade 
 
No caso da doença meningocócica, a transmissibilidade 
persiste até que o meningococo desapareça da nasofaringe. 
Em geral, isso ocorre após 24 horas de antibioticoterapia. 
Aproximadamente 10% da população podem apresentar-se 
como portadores assintomáticos. 
Suscetibilidade e imunidade 
 
 A susceptibilidade é geral, entretanto o grupo etário mais 
vulnerável são as crianças menores de 5 anos, mas as 
crianças menores de 1 ano e adultos maiores de 60 anos são 
mais suscetíveis à doença. 
 Os neonatos raramente adoecem, em virtude da proteção 
conferida pelos anticorpos maternos. 
 Essa imunidade vai declinando até os 3 meses de idade, com 
o consequente aumento da susceptibilidade. 
Estrutura da bactéria Neisseria meningitidis 
• O meningococco é recoberto por um cápsula polissacarídica, de alto 
poder antigênico, que o protege da fagocitose pelas células do 
hospedeiro. 
• O meningococo produz continuamente vesículas ricas em 
endotoxinas (blebs) que tem papel primordial na patogênese do 
choque endotóxico. 
• Meningococos virulentos possuem também projeções filamentosas 
chamadas de pili (ou fímbrias) importantes na aderência, 
colonização e invasão das células do hospedeiro. 
 
As infecções causadas pelas bactériasN. meningitidis, H. influenzae 
e S. pneumoniae podem limitar-se à nasofaringe 
Meningite 
Sepse ou Septicemia 
(Meningococcemia) 
Meningite + 
Meningococcemia 
DOENÇA MENINGOCÓCICA 
N. meningitidis 
Fisiopatologia 
• Ao colonizar a nasofaringe o meningococo adere-se a mucosa por meio das fímbrias 
(pili). 
• Permanece por um período de vários meses, evadindo-se do sistema imune do 
hospedeiro por vários mecanismos, como a produção de protease anti-IgA. 
• A maioria das pessoas irão eliminar o meningococo após o desenvolvimento de 
imunidade humoral do hospedeiro. 
• Mas numa pequena fração de casos a N. meningitidis consegue invadir a mucosa, 
ganhando a corrente sanguínea. 
• Essa bacteremia pode ser transitória, pois anticorpos séricos bactericidas contra o 
meningococo podem bloquear a disseminação hematogênica. 
• Indivíduos sem imunidade prévia ou com deficiência parcial ou total destes anticorpos 
são suscetíveis a desenvolver uma das formas invasivas, meningite e a sepse 
meningocócica (com ou sem meningite) as mais importantes. 
Vídeo: Meningite Bacteriana fulminante 
 
Meningite 
• Já no espaço subaracnóide, tendo atravessado a barreira hematencefálica, 
o meningococo se multiplica, aproveitando da relativa debilidade do 
sistema imune local. 
• Ocorre uma reação inflamatória local com produção de fator de necrose 
tumoral alfa (TNF-α) e interleucinas (IL) 1 e 6, com consequente lesão de 
tecido nervoso adjacente. 
• 1/3 dos casos a infecção permanece localizada, caracterizando a 
meningite meningocócica. 
• Embora haja sinais e sintomas sistêmicos, a meningite isoladamente não 
provoca os mesmos eventos fisiopatológicos que levam ao choque 
meningocócico e por isso tem melhor prognóstico. 
Manifestações Clínicas 
Meningite 
• Quadro clínico clássico: cefaleia, náusea, vômito, fotofobia, rigidez 
de nuca e febre (em 85% dos casos pode perisistir por 5 dias 
mesmo com o tratamento). 
 
– Geralmente a cefaleia é intensa e difusa, associada a dor aos movimentos 
oculares, fotofobia e vômito (infrequente em crianças ≤ 3 anos) 
– Em recém-nascidos pode ocorrer hipotermia (imaturidade dos 
mecanismos termorreguladores) 
 
• 80% dos casos tem rigidez de nuca (resistência à flexão passiva do 
pescoço) 
 
• Casos mais graves: alteração do nível de consciência, crises 
convulsivas, eritema cutâneo, artrites, sinais neurológicos focais e 
hipotensão arterial. 
São indicativos de irritação meníngea menos frequente que a rigidez 
de nuca 
• As alterações do sensório (irritabilidade, confusão mental, 
sonolência, letargia, deterioração intelectual) é um dos mais 
comuns sinais de meningite (idoso e criança) – outros sinais 
ausentes 
 
 
 
 
 
• No exame neurológico: 
– Sinais de Brudzinski 
– Sinal de Kerning 
 
Sinais de Brudzinski (reflexo de 
flexão do quadril e dos joelhos ao 
se fletir o pescoço) 
 
Sinal de Kerning (dor à 
extensão completa dos joelhos 
Opistótono 
Sepse Meningocócica (Meningococcemia) 
• O meningococo encapsulado consegue evadir-se do sistema imune 
de indivíduos suscetíveis ao evitar a fagocitose, multiplicando na 
corrente circulatória. 
• A constante liberação das vesículas ricas em lipo-oligossacáride 
(endotoxina) na circulação dá origem a uma sequencia de eventos 
fisiopatológicos potencialmente fulminantes. 
• Ocorre uma resposta inflamatória exagerada do hospedeiro, com a 
produção maciça de mediadores como: TNF-α, IL-1, IL-2, IL-6, IL-8, 
IL-10 e IL-12. 
 
Sepse Meningocócica (Meningococcemia) 
• Essa tempestade de citocinas pró e antiinflamatórias, por sua vez, também está 
implicada no desenvolvimento do choque vasoplégico (alteração do tônus 
vascular são chamados de choques por insuficiência funcional vascular) e na 
disfunção miocárdica. 
• Paralelamente ocorre a lesão endotelial e ativação do sistema-complemento e da 
cascata de coagulação, com vasculite e deposição de fibrina, posteriormente 
levando à coagulação intravascular disseminada (CIVD) 
• Os casos mais graves com choque e CIVD podem levar a falência múltipla dos 
órgãos e a morte. 
 
Sepse Meningocócica (Meningococcemia) 
• Em mais de ½ dos casos de doença invasiva há acometimento 
meníngeo concomitante, caracterizando a sepse meningocócica com 
meningite. 
 
• A forma clínica de pior prognóstico é a sepse meningocócica SEM 
meningite, que ocorrem em cerca de 20% dos casos. 
 
• Nos quadros fulminantes, o intervalo entre os primeiros sintomas e 
óbito pode ser de apenas algumas horas. 
 
Manifestações Clínicas 
Doença meningocócica 
• Início agudo, de poucas horas, com evolução rápida para queda do estado 
geral e do sensório. 
• Exantema petequial é característica das formas sépticas, não ocorrendo na 
forma meningítica pura. 
• O encontro de febre acompanhada de petéquias e decaimento do estado 
geral sugerem o diagnóstico. 
• Primeiro sintoma – febre e depois calafrios, mialgias intensa, náuseas, 
vômitos, diarreia, coriza, odinofagia (deglutição dolorosa), artralgias 
concomitantes ou não com o aparecimento das lesões de pele. 
• Crianças podem apresentar sintomatologia inespecífica, mas as lesões 
petequiais traz a hipótese de DM. 
 
Manifestações Clínicas 
Doença meningocócica 
• As lesões cutâneas podem ser petequiais (localizadas ou disseminadas), 
púrpuras equimóticas e até necróticas. As mucosas podem estar 
envolvidas, por isso é imprescindível o exame de boca e da conjuntiva. 
• A rápida disseminação das lesões é forte indicação do diagnóstico e está 
associado a pior prognóstico. 
• Na avaliação clínica inicial é imperativo investigar os sinais de choque 
(taquitardia, taquipnéia, tempo de enchimento capilar > 3 segundo, 
pulsos finos, hipotensão arterial) – pois reforçam o diagnóstico e guiam as 
medidas terapêuticas. 
 
Complicações e Sequelas 
As principais complicações das meningites bacterianas 
são: perda da audição, distúrbio de linguagem, retardo 
mental, anormalidade motora e distúrbios visuais. 
Diagnóstico laboratorial 
Coletar amostras 
biológicas de sangue e/ou 
líquor (líquido 
cefalorraquidiano – LCR) 
para realizar a 
identificação do agente 
etiológico. 
Diagnóstico laboratorial 
Os principais exames para o esclarecimento diagnóstico de 
casos suspeitos de meningite são: 
 
• exame quimiocitológico do líquor; 
• bacterioscopia direta (líquor); 
• cultura (líquor, sangue, petéquias ou fezes); 
• contra-imuneletroforese cruzada – CIE (líquor e soro); 
• aglutinação pelo látex (líquor e soro). 
Apresenta as características bioquímica e celulares 
que podem sugerir se a meningite é viral ou 
bacteriana. 
Diagnóstico Aspecto Células 
(leucócitos) 
Proteínas 
(mg/100ml) 
Glicose 
(mg/100ml) 
Gram 
Normal Límpido RN: .20 
< 1 ano: > 10 
> 1 ano: até 
4 
 
30-40 50-90 Ausente 
Meningite 
Bacteriana 
Turvo 
Purulento 
500 ou + 
(neutrófilos) 
Pleocitose 
> 100 < 50 Presente 
Meningite 
Viral 
Límpido 500 
(línfócitos) 
normal normal Ausente 
Guia VE, 2012 
Tratamento 
• A conduta no paciente com doença meningocócica deve refletir a 
rapidez e precisão que esta emergência requer. 
• É necessário que a equipe de saúde esteja alerta para fazer um 
diagnóstico precoce e atuar de forma adequada e imediata. 
• Tratamento com antibiótico deve ser instituído tão logo seja 
possível, preferencialmente logo após a punção lombar e a coleta 
de sangue para hemocultura. O uso de antibiótico deve ser 
associado a outros tipos de tratamento de suporte, como reposição 
de líquidos e cuidadosa assistência. Treinar equipe para o atendimento adequado 
 Prever material de emergência 
 Realizar exame físico diário 
 Realizar exame neurológico - observar criteriosamente o nível de consciência 
e o grau de orientação 
 Manter cabeceira elevada em 30º 
 Observar o padrão respiratório – manter permeabilidade das vias aéreas 
 Observar surgimento de petequeias – sugere agravamento do quadro. 
 Garantir a segurança do paciente no leito (devido alteração súbita de 
comportamento) – grades de proteção e se necessário restrição ao leito 
Tratamento de suporte para paciente internado: 
 Controle dos sinais vitais 
 Alimentação conforme condições físicas 
 Manter permeabilidade de punção venosa 
 Controle rigoroso de diurese - sonda vesical 
 Controle rigoroso de infusão venosa 
 Controle das eliminações 
 Monitorização cardíaca 
 Mudança de decúbito constante 
 Massagem de conforto 
Tratamento de suporte para paciente internado: 
Ações de Enfermagem na 
 Atenção Básica de Saúde 
• Capacitar a equipe de saúde para reconhecer sinais e sintomas 
da meningite; 
• Reconhecer os sinais e sintomas da meningite; 
• Encaminhar para serviço secundário e/ou terciário; 
• Utilizar máscara cirúrgica durante atendimento e/ou 
transporte (paciente, acompanhante e profissionais de saúde); 
• Ajudar o serviço secundário e/ou terciário na busca de contatos 
do paciente; 
 
Ações de Prevenção e Controle 
• Quimioprofilaxia (Rifampicina) – embora não assegure 
efeito protetor absoluto e prolongado tem sido adotado 
como medida eficaz na prevenção de casos secundários de 
DM. 
• Está indicada para os contatos íntimos de casos de doença 
meningocócica e meningite por H. influenzae. 
• Dose adequada e simultânea até 48 horas à fonte de 
infecção. 
Guia VE, 2012 
Quimioprofilaxia 
• Indicada para: 
– Gestante 
– Paciente no momento da alta (exceto se o tratamento tiver sido 
realizado com ceftriaxona) 
– Se ≤ 1 ano de idade e não tiver recebido a vacina Tetra. Dever ser 
vacinado e receber quimioprofilaxia 
– Contato próximos (moradores do mesmo domicílio, mesmo 
dormitório, comunicantes de creches e pré-escolas (< 7 anos), 
pessoas diretamente expostas as secreções do paciente. 
• Vigilância por até 10 dias para identificação de casos co-primários e 
secundários Guia VE, 2012 
Imunização 
• Específica para cada agente etiológico: 
– SCR (Sarampo, Caxumba e Rubéola) 
– Vacinas conjugadas contra o meningococo C (acima de 2 meses) 
– Pentavalente (DPT + Hepatite B + Haemophilus influenzae tipo 
b) 
– Vacina pneumocócica 10-valente (conjugada) - Streptococcus 
pneumoniae 
 
 
 
CVE, 2014, Brasil, 2010 
Os fatores que se mostraram associados a aumento do risco de 
desenvolvimento de complicações neurológicas foram: 
• idade < 12 meses, 
• alteração do estado mental, 
• crises convulsivas antes da admissão, 
• terapia inicial com dois antibióticos, 
• uso de dexametasona, 
• presença de déficit neurológico focal na admissão e aumento das 
proteínas do líquido cerebrospinal. 
Prognóstico da DM 
Notificação compulsória 
 Todos os casos devem ser notificados (suspeito ou confirmado) 
independente do agente etiológico (ficha); 
 Devem ser registrado no SINAN 
 Após a confirmação do diagnóstico e em casos de internação 
hospitalar é fundamental adotar mecanismos de controle de 
disseminação. 
 Precaução por gotículas – durante 24 horas após o início da 
antibioticoterapia. 
 Demais procedimentos segue a precaução padrão 
 
 
Guia VE, 2012 
Guia VE, 2012 
Guia VE, 2012 
 QUALQUER MATÉRIA ORGÂNICA É POTENCIALMENTE RESPONSÁVEL PELA 
TRANSMISSÃO DE MICROORGANISMOS. 
 
Referências 
• BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. 
Departamento de Vigilância Epidemiológica. Guia de vigilância 
epidemiológica, 8. ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2012. 
• CVE. Centro de Vigilância Epidemiológica. Meningite. 2014. 
http://www.cve.saude.sp.gov.br/htm/cve_meni.html 
• Hinrichsen S.L. Doenças Infecciosas e Parasitárias. Griz F, Melo ES, 
Hinrichsen S.L. Meningites e Encefalites. Ed. Guanabara. pp. 663-
678. 2005. 
• COLOMBRINI, M.R.C. et al. Enfermagem em Infectologia: Cuidados 
com o paciente internado. 2ed, São Paulo: Atheneu, 2009. 466p.

Outros materiais