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Participação Social na Política Pública

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A participação da sociedade em assuntos que lhe dizem respeito é uma parte essencial do desenvolvimento humano, afinal, foi através do coletivo que o ser humano conseguiu superar suas dificuldades no mundo natural.
A participação nos servirá em que, então, nas políticas publicas? A Participação será nosso instrumento para promover a melhoria da qualidade de vida da sociedade. Ela será fundamental para o aumento da inclusão das comunidades na tomada de decisões políticas.
Participar é exercitar a democracia. A ideia de participação está ligada a universalização dos direitos, a ampliação do conceito de cidadania. 
A Participação passa a ser concebida um meio de intervenção social, ao longo da formulação ou implementação de uma política pública. 
A participação é essencial na gestão pública porque ela é quem envolve os destinatários finais das ações governamentais. E esses destinatários podem colaborar informando as necessidades, prioridades e capacidades da comunidade, adequando os programas às demandas. 
Podemos enumerar aqui algumas características da participação social:
1 – A participação cidadã incrementa a eficiência econômica, social e político-institucional dos projetos de desenvolvimento. Quando a participação cidadã esta sendo usada corretamente, ela vai gerar investimentos, mobilizar recursos humanos e financeiros, e vai contribuir decisivamente ao processo de fortalecimento da cidadania e do sistema democrático. 
2 – Não existe um modelo único de participação que possa ser aplicado em todos os países, pois depende das condições institucionais, políticas e técnicas de cada lugar. Será preciso investigar as características dos grupos sociais daquele país, e entender que a exclusão de determinados setores da sociedade implica o não aproveitamento de um importante recurso. 
3 – Existem experiências concretas suficientes a partir das quais se formulam projetos e programas de caráter participativo. Não devemos temer a cooperação entre governos e cidadãos. O essencial é que todos os envolvidos se fortaleçam. Os governos deveriam considerar a participação cidadã como elemento central na formulação das políticas sociais, investindo em mecanismos sociais que aumentem a capacidade dos cidadãos de administrar seus próprios assuntos. A existência de espaços públicos não estatais não debilita o Estado, e sim contribui para o seu desempenho. 
4 – A participação cidadã, junto com a Educação, constitui o caminho para a geração de profundas mudanças em nossa sociedade, gerando uma nova cultura autenticamente democrática e solidária. 
Podemos identificar algumas formas mais comuns de participação social, e que são: 
Conselhos: organizações institucionais de caráter consultivo e fiscalizador, com a finalidade de produzir e acompanhar políticas publicas. 
Conferências: espaços democráticos para o encontro de diferentes setores da sociedade, interessados em avaliar, discutir e criar políticas públicas. Contribuem para a criação de pautas políticas. 
Mesas de negociação e diálogo: instâncias de discussão e construção de prospotas para temas específicos, que reúnem os setores diretamente interessados. 
Ouvidorias: espaço para a ação individual de críticas, sugestões, reclamações, denuncias, entre outros, para a melhoria do serviço publico. 
Consultas e Audiências publicas: instrumentos de diálogo para a busca de soluções para as demandas sociais. 
Mecanismos de participação
Existem diversos mecanismos que possibilitam o aumento da democratização, podem ser encontrados nas esferas municipal, estadual ou federal, em nível regional ou até mesmo dentro de escolas, nos postos de saúde. O que importa é que cada instância desse garanta a mais ampla participação dos interessados. Entre os mecanismos utilizados, podemos citar os seguintes: 
Orçamento participativo: possibilita a abertura da participação da cidadania nas decisões de investimentos dos governos. 
Conselhos municipais: órgãos coletivos, com participação do poder público e da sociedade civil, que participam da elaboração, execução e fiscalização das políticas municipais. 
Descentralização: mecanismo que implica a transferência efetiva de poder decisório para os agentes locais da administração municipal. Fornece maior autonomia aos órgãos locais, nos limites estabelecidos. 
Indicadores de gestão: dados que expressam em números os resultados das ações do governo municipal. Fundamentais para a avaliação publica da eficácia da gestão, pois descreve um determinado aspecto da realidade. 
Sistemas de atendimento aos cidadãos: servem para que suas reclamações e solicitações de serviços, como poda de árvores, limpeza, pavimentação, possam ser acolhidas por telefone ou pessoalmente, por uma equipe treinada para isso. 
Facilitar o acesso dos cidadãos e das entidades da sociedade civil a dados e informações de seu interesse nos órgãos municipais é fundamental para incrementar o processo de democratização da gestão pública. 
Os conselhos 
Foi a constituição de 1988 que instituiu diversos mecanismos de participação e controle social, entre esses os “conselhos de políticas”. 
Os conselhos de políticas são um “espaço publico de composição plural e paritária entre Estado e sociedade civil, de natureza deliberativa, cuja função é formular e controlar a execução das políticas públicas setoriais”. O Conselho vai gerar uma participação como uma igualdade de poderes, da sociedade e do Estado, na gestão, controle e avaliação das políticas públicas. 
Ele vai ter a função de controle das políticas sociais, enfraquecendo de certa forma o poder do Estado. Constituem um dos aspectos do controle social da administração pública, permite a população um maior acesso aos espaços de formulação, implementação e controle social. 
Os conselhos se diferencia de acordo:
1 – pelo poder de decisão, deliberativo ou consultivo.
2 – pelos critérios de representação dos diferentes segmentos sociais, amplos ou restritos, (saúde, educação, segurança)
3 – pela dinâmica e pelas condições de seu funcionamento.
Os conselhos irão cumprir o papel de institucionalizar a participação da sociedade civil nos processos de formulação, implementação e avaliação da política. Assim, os conselhos proliferam no país, na forma de canais institucionais de participação da sociedade, regulamentados da seguinte forma: 
1 – Tematicos: ligados a políticas sociais específicas, regulamentadas tanto no âmbito federal (saúde, educação, assistência social, emprego), quanto no municipal (transporte publico, política urbana, meio ambiente)
2 – De caráter semirrepresentativo: geralmente com mandatos sociais não remunerados. Os conselhos são canais que preveem a participação voluntaria de representantes da sociedade civil. Esses representantes não serão remunerados, e podem ser substituídos sempre que as organizações sociais decidirem. Não serão, literalmente, todos os indivíduos da sociedade a serem convocados para participar do conselho, não, mas sim as instituições sociais interessadas, que os represente. As instituições devem ser eleitas em fórum próprio, sem a interferência do poder público. 
3 – São deliberativos, abrangentes e permanentes: as atribuições dos conselhos abrangem a deliberação sobre as diretrizes das políticas temáticas, a aprovação da normatização e da regulação das ações do governo, e a aprovação da proposta orçamentária. 
4 – são de composição paritária entre governo e sociedade. São compostos por representantes tanto da sociedade organizada quanto do governo. Garante metade da representação para o governo, e metade para as organizações da sociedade civil. Em alguns setores, chega a ser tripartite, como na saúde, onde 50% dos integrantes são dos representantes dos usuários, 25% representantes do governo e 25% de instituições prestadoras de serviço. 
5 – São autônomos ou semiautônomos em relação ao governo, apesar de não serem órgão executivos. Têm autonomia para definir suas regras e dinâmica de funcionamento. 
Podem ser categorizados de certa forma seguinte: 
1 – Conselhoconsultivo: os integrantes tem o papel apenas de estudar e indicar ações ou políticas sobre sua área de atuação
2 – Conselho deliberativo: tem poder decidir sobre a implementação de políticas ou administração de recursos relativos a sua área de atuação.
3 – Conselho fiscalizador: fiscaliza a implementação e o funcionamento de políticas ou administração de recursos. 
4 – Conselho normativo: estabelece normas e diretrizes para as políticas ou administração de recursos. 
5 – Conselho paritário: órgão que representa um número igual de representantes da sociedade civil e do setor governamental. 
Os conselhos gozam de um alto conceito de respeitabilidade, são espaços que tornam a política mais pública. Para maior eficácia dos conselhos, devemos lembrar da capacitação técnica das lideranças sociais para a formulação e análise das políticas públicas.

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