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Aula 01 Parte 02

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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT 
ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
Prof. Edson Marques
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1 
Vamos que vamos, agora à nossa 2ª parte. 
2ª Parte: Paraestatais 
Para entendermos as paraestatais é necessário que
descortinemos o surgimento do chamado terceiro setor. Com efeito,
Essa expressão, terceiro setor, surgiu nos Estados Unidos (Third
Sector), como movimento no sentido de enfrentar questões sociais,
que não eram objeto de preocupação, cuidado, pelo Estado. 
Fala-se que a origem remonta à Grécia antiga onde se
tinha o hábito de auxiliar, ajudar com alimentos, os viajantes
famintos ou sem recursos que passavam por aquela região. 
Todavia, mostram-se como propulsor desse trabalho,
os serviços desenvolvidos pela Igreja no sentido de criar orfanatos,
asilos, colégios, educandários, hospitais etc. 
Mesmo assim, cumpre esclarecer, de pronto, que não
existe uma definição precisa do que seria o terceiro setor e de quais
são as entidades que estariam inseridas no seu âmbito de atuação. 
É verdade que, atualmente, quando se fala em terceiro
setor, logo se pensa em ONG’s, que é um termo genérico a indicar 
Organização Não-Governamental. Porém, trata-se de expressão que
abarca uma multiplicidade de organizações, de entidades, com
finalidades e atuação distintas, as quais, em sua maioria, nem
mesmo participam ou mantém qualquer vínculo com o Estado. 
Assim, é importante destacar que somente são
paraestatais as entidades do terceiro setor que mantém um
vínculo especial com o Estado. Por isso, nem toda entidade que se
encontre no terceiro setor é considerada paraestatal. 
Comentei na nossa primeira aula que a sociedade,
conforme sua evolução, fora setorizada em suas relações múltiplas.
Daí que o primeiro setor é o Estado, que, em regra, cuida do
interesse público; o segundo, o Mercado, que cuida dos interesses ou 
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das relações privadas; o terceiro setor, o social, que tem atuação
fortemente marcada por cuidar do bem-estar comum. E, para alguns,
o quarto setor, denominada de mercado informal ou as atividades
marginalizadas pela sociedade de um modo geral. 
Percebe-se, portanto, que o terceiro setor, ou seja,
as entidades que estão localizadas neste ambiente, não
integra a estrutura organizacional da Administração Pública,
seja direta ou indireta. 
Essas entidades, que integram o terceiro setor, têm
como características serem pessoas jurídicas de direito privado,
constituídas na forma de fundações privadas, associações,
cooperativas ou qualquer outra forma admitida pelo Direito
Civil, todas sem fins lucrativos. 
Dentre tais pessoas deve-se dar especial atenção para
as paraestatais. Observe, como ressaltado, que para estar
compreendia nesta hipótese a entidade além não ter finalidade
lucrativa, deve receber fomento do Estado, por meio de incentivos,
auxílios, ou dotações orçamentárias. 
Outrossim, devemos observar que as paraestatais não
prestam, em regra, serviços públicos delegados pelo Estado, não são
concessionárias ou permissionárias de serviços públicos. Elas
exercem serviços de cunho social, recebendo, em razão disso,
recursos estatais para auxiliá-las nesta função. 
Por isso, as atividades que elas desenvolvem não são
exercidas sob regime de direito público, mas sob regime de direito
privado, porém, com interferência do direito público no tocante ao
controle e emprego de recursos públicos que lhes são repassados a
título de fomento. 
Assim, podemos citar como entidades paraestatais o
serviço social autônomo, organização social, organização da
sociedade civil de interesse público e os entes ou fundações
de apoio. 
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3 
Serviço Social Autônomo 
Segundo clássica definição de Hely Lopes Meirelles, são
todos aqueles instituídos por lei, com personalidade jurídica de direito
privado, para ministrar assistência ou ensino a certas categorias
sociais ou grupos profissionais, sem fins lucrativos, sendo mantidos
por dotações orçamentárias ou por contribuições parafiscais. 
É o que se convencionou chamar de Sistema “S” por 
força do nome dessas entidades, tal como: SESC (Serviço Social do
Comércio), SESI (Serviço Social da Indústria), SEST (Serviço Social
do Transporte), SENAC (Serviço Nacional de Aprendizagem do
Comércio), SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem e Indústria),
SENAR (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), SENAT (Serviço
Nacional de Aprendizagem do Transporte), SEBRAE (Serviço
Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), dentre outros. 
São, portanto, entidades privadas que colaboram,
cooperam, com o Estado, sem, contudo, integrá-lo formalmente, ou
seja, não fazem parte das entidades administrativas. 
É importante dizer que podem ser instituídas em
qualquer esfera do Estado, ou seja, podem ser instituídas no âmbito
Federal, Estadual, Distrital ou Municipal. 
Essas entidades, que integram o sistema “S”, têm as 
seguintes características gerais: 
a) são instituídas por lei; 
b) exercem atividade social, sem fins lucrativos,
para categorias profissionais ou grupos sociais; 
c) são mantidas por dotações orçamentárias ou
contribuições sociais (parafiscais). 
Podem, portanto, ser constituídas sob a forma de
fundações privadas, associação civil, sociedades civis ou outras 
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estruturas peculiares previstas na legislação específica, que não
tenham fins lucrativos. 
Os recursos que recebem são provenientes de dotações
orçamentárias ou contribuições sociais (parafiscais). Neste caso,
contribuições parafiscais, temos uma espécie tributária (art. 149, CF),
recolhidas compulsoriamente pela Receita Federal dos contribuintes e
repassadas às tais entidades. 
Art. 149. Compete exclusivamente à União
instituir contribuições sociais, de intervenção no
domínio econômico e de interesse das categorias
profissionais ou econômicas, como instrumento de
sua atuação nas respectivas áreas, observado o
disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem
prejuízo do previsto no art. 195, § 6º,
relativamente às contribuições a que alude o
dispositivo. 
Por serem pessoas jurídicas de direito privado, seu
pessoal, ou seja, seus empregados são submetidos a regime de
direito privado, isto é ao regime celetista (CLT), muito embora, exija-
se a realização de seleção pública para admissão. 
Cabe registrar que, desde a Decisão Plenária/TCU nº
907/97, proferida na Sessão de 11/12/97, o entendimento que se
firmou pela Corte de Contas é no sentido de que as entidades
integrantes do ‘Sistema S’ devem observar seus regulamentos 
internos, porém criados com observância aos princípios que
regem a administração pública. 
Em especial, no que diz respeito à admissão de pessoal,
ressalte-se que a jurisprudência do TCU tem sido no sentido de que
“os mesmos não estão sujeitos às disposições do art. 37, 
inciso II, da Constituição Federal uma vez que não integram a
administração indireta. Nada obstante isso, devem adotar
processo seletivo para admissão de pessoal, conforme
previsto em seus normativos internos e em observância aos 
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princípiosconstitucionais da legalidade, da moralidade, da
finalidade, da isonomia, da igualdade e da publicidade”.
(Acórdão 629/2001, 2ª Câmara). 
Nesse sentido é o entendimento do Superior Tribunal
de Justiça, conforme julgamento do REsp 871.787/DF, da relatoria da
Ministra Eliana Calmon, que apreciando caso similar, ou seja, da
Associação das Pioneiras Sociais (APS), mantenedora da Rede Sarah
de Hospitais do Aparelho Locomotor, entendeu que a obrigatoriedade
de observar o regulamento próprio para seleção pública com etapas
eliminatórias e classificatórias e de treinamento, inclusive,
observando a reserva de vagas a deficientes físicos. 
Ressalva-se, no entanto, que há algumas mitigações,
tal como a questão da acumulação remunerada de cargos e do teto
remuneratório que foi objeto do Acórdão 3.045/2009/TCU – Plenário,
quando se decidiu pela não aplicação da regra constitucional. 
7. Todavia, diante das alterações constitucionais
trazidas pelas ECs nºs 19/1998 e 41/2003, o TCU,
recentemente, mudou seu entendimento. Passou a
reconhecer que as entidades do "Sistema S" não se
sujeitam aos limites de remuneração estabelecidos no
art. 37, inciso XI, da Constituição Federal, uma vez que
os serviços sociais autônomos não integram o rol de
entidades enumeradas no mencionado dispositivo legal.
Nessa condição, devem ter como balizadores os salários
praticados pelo mercado, afastando-se da norma
aplicada à Administração Direta e Indireta. 
8. Diante dos efeitos das modificações ocorridas no
texto constitucional, esta Corte não mais vislumbra
ilegalidade ou impedimento no que diz respeito à
acumulação de mandato parlamentar federal com
funções ou cargos em entidades integrantes do
denominado "Sistema S", uma vez que os serviços
sociais autônomos não estão sujeitos à regra geral de
natureza constitucional que veda a acumulação 
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remunerada de cargos e empregos públicos.
[ACÓRDÃO] 
Ademais, consoante jurisprudência do STF e do TCU, as
entidades que integram o “Sistema S” não estão submetidas à Lei nº 
8.666/93 (Lei de Licitações e Contratos). Contudo, devem observar
regulamento próprio, procedimento licitatório simplificado, tendo por
orientação os princípios constitucionais licitatórios. 
Outrossim, não gozam tais entidades de quaisquer
privilégios administrativos ou processuais, salvo previsão na própria
lei instituidora, de modo que eventual ação contra atos dessas
entidades deverá ser ajuizada na Justiça Comum, conforme aplicação
da Súmula 516 do STF: "O Serviço Social da Indústria - SESI - 
está sujeito à jurisdição da Justiça Estadual". 
Contudo, os atos praticados pelos dirigentes na
condução dos serviços prestados pela entidade são equiparados a
atos autoridade pública para fins de impetração de mandado de
segurança e seus empregados são equiparados a agentes públicos
para fins criminais e de improbidade administrativa. 
São exemplos de entidades que compõem o serviço
social autônomo, ou seja, integram o “Sistema S”: 
 SESC (Serviço Social do Comércio), 
 SESI (Serviço Social da Indústria), 
 SEST (Serviço Social do Transporte), 
 SENAC (Serviço Nacional de Aprendizagem do 
Comércio), 
 SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem e 
Indústria), SENAR (Serviço Nacional de Aprendizagem
Rural), 
 SENAT (Serviço Nacional de Aprendizagem do 
Transporte), 
 SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e 
Pequenas Empresas. 
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Há, ainda, a APS (Associação das Pioneiras Sociais),
administradora da Rede Sarah de Hospitais do Aparelho Locomotor
que, além de ser serviço social autônomo, também é uma
organização social. 
Existem ainda duas outras instituições que
aparentemente estão na Administração Pública, mas, em verdade,
são serviços sociais autônomos, é caso da APEX-Brasil (Agência
Brasileira de Promoção, de Exportação e Investimentos) e da ABDI
(Agência Brasileira de Desenvolvimento e Indústria). 
Por fim, cabe destacar que a OAB (Ordem dos
Advogados do Brasil) também não integra a Administração Pública,
porém não se enquadra como serviço social autônomo, sendo,
consoante entendimento do Supremo Tribunal Federal, pessoa
jurídica de direito privado, que presta serviço público de forma
independente, e, por isso, não se submete ao regime jurídico-
administrativo, tampouco a controle Estatal de suas finalidades ou
mesmo do Tribunal de Contas da União, no tocante aos seus recursos
e gastos, ou seja, não é paraestatal. 
Organização Social 
A Emenda Constitucional nº 19/98, conhecida como
Reforma Administrativa, empreendeu significativas mudanças no
âmbito da Administração Pública visando, sobretudo, a redução da
máquina administrativa (Estado Mínimo) e o aumento da eficiência,
adotando-se um modelo denominado de administração gerencial, que
prima pela busca do resultado. 
Dentre esses mecanismos surgiu o contrato de gestão
(art. 37, §8º, CF/88), no qual se possibilitou a ampliação da
autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e
entidades da Administração Pública, com base em metas de
desempenho. 
Permitiu-se, a partir daí que fossem qualificadas
entidades do terceiro setor como organização social. 
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Nesse sentido foi editada a Lei nº 9.637/98 que permite
ao Poder Executivo qualificar como organizações sociais pessoas
jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, cujas atividades
sejam dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao desenvolvimento
tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à cultura e
à saúde. 
Para tanto, ou seja, para obter a qualificação a
entidade deve preencher os requisitos previstos na Lei, que assim
estabelece: 
Art. 2º São requisitos específicos para que as entidades
privadas referidas no artigo anterior habilitem-se à
qualificação como organização social: 
I - comprovar o registro de seu ato constitutivo,
dispondo sobre: 
a) natureza social de seus objetivos relativos à
respectiva área de atuação; 
b) finalidade não-lucrativa, com a obrigatoriedade de
investimento de seus excedentes financeiros no
desenvolvimento das próprias atividades; 
c) previsão expressa de a entidade ter, como órgãos de
deliberação superior e de direção, um conselho de
administração e uma diretoria definidos nos termos do
estatuto, asseguradas àquele composição e atribuições
normativas e de controle básicas previstas nesta Lei; 
d) previsão de participação, no órgão colegiado de
deliberação superior, de representantes do Poder
Público e de membros da comunidade, de notória
capacidade profissional e idoneidade moral; 
e) composição e atribuições da diretoria; 
f) obrigatoriedade de publicação anual, no Diário Oficial
da União, dos relatórios financeiros e do relatório de
execução do contrato de gestão; 
g) no caso de associação civil, a aceitação de novos
associados, na forma do estatuto; 
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h) proibição de distribuição de bens ou de parcela do
patrimônio líquido em qualquer hipótese, inclusive em
razão de desligamento, retirada ou falecimento de
associado ou membro da entidade; 
i) previsão de incorporação integral do patrimônio,dos
legados ou das doações que lhe foram destinados, bem
como dos excedentes financeiros decorrentes de suas
atividades, em caso de extinção ou desqualificação, ao
patrimônio de outra organização social qualificada no
âmbito da União, da mesma área de atuação, ou ao
patrimônio da União, dos Estados, do Distrito Federal
ou dos Municípios, na proporção dos recursos e bens
por estes alocados; 
II - haver aprovação, quanto à conveniência e
oportunidade de sua qualificação como organização
social, do Ministro ou titular de órgão supervisor ou
regulador da área de atividade correspondente ao seu
objeto social e do Ministro de Estado da Administração
Federal e Reforma do Estado. 
Importante, portanto, esclarecer que organização social
é uma qualificação que se dá a uma pessoa jurídica já existente ou
criada para esse propósito. 
Essa qualificação é discricionária, ou seja, ainda que a
entidade preencha todos os requisitos legais, o Poder Público
(Executivo) não é obrigado a concedê-la. 
A propósito, a qualificação é conferida por meio de
decreto do Poder Executivo, que lhe permite então firmar contrato de
gestão com o Ministério ou órgãos da área de atuação, que a habilita
a obtenção do fomento estatal. 
Significa dizer que para a Organização Social realizar
atividades em colaboração com o Poder Público poderá receber
recursos orçamentários, bens públicos por meio de permissão de uso,
e, nesta hipótese, não será necessária a licitação, sendo o caso de
dispensa de licitação. 
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Além disso, poderá receber, por meio de cessão
especial, servidor público, cujo ônus será do órgão ou entidade
cedente, ou seja, da própria Administração Pública. 
O contrato de gestão deverá ser submetido, após
aprovação pelo conselho de administração da entidade, ao Ministro de
Estado ou autoridade supervisora da área correspondente à atividade
fomentada. 
Na elaboração do contrato de gestão, devem ser
observados os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade, economicidade e, ainda, a discriminação das atribuições,
responsabilidades e obrigações do Poder Público e da organização
social, a especificação do programa de trabalho proposto, as metas a
serem atingidas e os prazos de execução, assim como os critérios de
avaliação de desempenho a serem utilizados, mediante indicadores
de qualidade e produtividade, conterá, ainda, os limites de
remuneração do pessoal. 
Enfim, atentemos para o fato de que as organizações
sociais são um modelo de parceria entre o Estado e a sociedade,
recebendo serviços por delegação ou não do poder público. Porém,
não se confundido o contrato de gestão com a de concessão,
permissão ou autorização de serviço público. 
Ademais, temos uma situação de incentivo estatal para
realização de atividade de interesse público, ou seja, serviço público
(em sentido amplo) de natureza social, atuando a organização social
em seu próprio nome, sob sua inteira responsabilidade e sob a
fiscalização do órgão ou entidade da área de atuação por força do
contrato de gestão. 
Nesse sentido, vale lembrar que as entidades
qualificadas como organizações sociais são declaradas como
entidades de interesse social e utilidade pública, para todos os efeitos
legais. 
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No mais, cumpre mencionar que a Lei nº 9.648/1998
acrescentou o inciso XXIV ao art. 24 da Lei nº 8.666/1993,
estabelecendo que é dispensável a licitação na “celebração de 
contratos de prestação de serviços com as organizações sociais,
qualificadas no âmbito das respectivas esferas de governo, para
atividades contempladas no contrato de gestão”. 
Portanto, acaso a Administração Pública intencione
contratar uma organização social para prestar serviços, e desde que
conste tal atividade no contrato de gestão, estará dispensada de
realizar licitação, nos termos do art. 24, inc. XXIV, da Lei nº 
8.666/93. 
Podemos perceber então que: i) as organizações sociais
não estariam obrigadas a observar a Lei de Licitações para realizar
suas contratações; ii) haverá dispensa de licitação ser forem
contratadas pela Administração Pública para executarem atividade
previstas no contrato de gestão; iii) devem realizar licitação para
contratar com os recursos provenientes do contrato de gestão; 
Por isso, alguns autores, tal como a Profa. Maria Sylvia
Zanella Di Pietro e o Prof. Celso Antônio Bandeira de Mello, criticavam
sobremaneira a qualificação dessas entidades, afirmando que se
tratava de burla aos princípios constitucionais e ao procedimento
licitatório. 
Todavia, o Decreto nº 5.504/2005 fixou que a
organização social quando for contratar, com recursos ou bens
repassados pelo Estado, deverá realizar licitação pública prévia, nos
termos da Lei nº 8.666/93, devendo utilizar o pregão no caso de
aquisição de bens e serviços comuns. 
No tocante à fiscalização, devemos observar que não é
totalmente correto dizer que tais entidades não são fiscalizadas ou
não sofrem qualquer tipo de controle. 
A execução do contrato de gestão será fiscalizada pelo
órgão ou entidade supervisora da área de atuação da organização 
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social, devendo a entidade apresentar relatório demonstrativo da
execução do contrato, ao término de cada etapa, contendo
comparativo específico das metas propostas com os resultados
alcançados, acompanhado da prestação de contas de cada exercício
financeiro. 
Tais resultados serão submetidos à comissão de
avaliação, indicada pela autoridade supervisora, composta por
especialistas de notória capacidade e adequada qualificação,
encarregada de encaminhar àquela autoridade o relatório conclusivo
sobre a avaliação procedida. 
E, ainda, deverá os responsáveis pela fiscalização da
execução do contrato de gestão, ao tomarem conhecimento de
qualquer irregularidade ou ilegalidade na utilização de recursos ou
bens de origem pública por organização social, dar ciência ao Tribunal
de Contas da União, sob pena de responsabilidade solidária. 
Significa dizer que aquele que observar irregularidade
ou ilegalidade na utilização de recursos ou bens públicos deverá dar
ciência ao TCU, sob pena de conivência e, com isso, ser responsável
de forma solidária. 
Nessa hipótese, havendo indícios fundados de
malversação de bens ou recursos públicos, os responsáveis pela
fiscalização deverão representar ao Ministério Público, à Advocacia-
Geral da União e à Procuradoria da entidade ou órgão a fim de que
requeiram ao Juízo competente a decretação da indisponibilidade dos
bens da entidade e o sequestro dos bens de seus dirigentes, ou do
agente público que possa enriquecer ilicitamente ou causar dano ao
patrimônio público. 
Por fim, tendo em vista que se trata de uma
qualificação conferida a uma pessoa jurídica de direito privado, no
caso de ocorrer o descumprimento das cláusulas e metas traçadas no
contrato de gestão, poderá a entidade ser desqualificada pelo Poder
Executivo. 
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Assim, é preciso entender que a desqualificação tem
natureza de punição, e, por isso, será precedida de processo
administrativo, no qual será assegurada a ampla defesa e ocontraditório, respondendo os dirigentes da organização social,
individual e solidariamente, pelos danos ou prejuízos decorrentes de
sua ação ou omissão. 
Decretada a desqualificação, haverá a reversão dos
bens e dos valores entregues à utilização da organização social, sem
prejuízo de outras sanções cabíveis. 
E, como ocorre com as entidades do “Sistema S”, não 
gozam as organizações sociais de qualquer prerrogativa ou privilégio
dirigido à Administração Pública, devendo as demandas em que
forem rés ou autoras serem julgadas pela Justiça Estadual, salvo as
propostas pela União contra a organização, que deverá ser intenta na
Justiça Federal. 
E, finalmente, só a título de curiosidade, o Partido dos
Trabalhadores (PT) e o Partido Democrático Trabalhista (PDT)
ingressaram com Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI nº 1923)
no qual se pretende a declaração de inconstitucionalidade da
dispensa de licitação dessas entidades. Referida ação ainda está
pendente de julgamento. 
Organização da Sociedade Civil de Interesse Público 
A Lei nº 9.970/99 é que dispõe sobre qualificação de
pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, como
organização da sociedade civil de interesse público (OSCIP). 
Assim como as organizações sociais (OS), as OSCIP’s 
são pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos,
integrantes do terceiro setor, que colaboram com o Poder Público
para a consecução de objetivos sociais. 
A Lei nº 9.790/99 definiu o que seria a entidade sem
fins lucrativos para fins de OSCIP, sendo aquela que “não distribui, 
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entre os seus sócios ou associados, conselheiros, diretores,
empregados ou doadores, eventuais excedentes operacionais, brutos
ou líquidos, dividendos, bonificações, participações ou parcelas do
seu patrimônio, auferidos mediante o exercício de suas atividades, e
que os aplica integralmente na consecução do respectivo objeto
social”. 
Com efeito, organização da sociedade civil de interesse
público é uma qualificação jurídica especial que se dá a pessoa
jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, que desenvolva
atividade social voltada para o bem estar da coletividade. 
Trata-se de ato vinculado, ou seja, preenchidos os
requisitos legais, não cabe ao Poder Público avaliar a conveniência e
oportunidade em conceder a qualificação. Significa dizer que, ao
contrário das OS, em que a qualificação é ato discricionário, no caso
das OSCIP’s a qualificação será conferida àqueles que preencherem 
os requisitos legais, sendo, portanto, ato vinculado. 
Essa qualificação será dada às entidades que se
dediquem a atividades de interesse coletivo, mas que não sejam
exclusivas de Estado, observando o princípio da universalização e
cujos objetivos sociais tenham pelo menos uma das seguintes
finalidades: 
a) promoção de assistência social; 
b) promoção da cultura, defesa e conservação do
patrimônio histórico e artístico; 
c) promoção gratuita da educação ou da saúde; 
d) promoção da segurança alimentar e nutricional; 
e) defesa, preservação e conservação do meio
ambiente e promoção do desenvolvimento
sustentável; 
f) promoção do voluntariado; 
g) promoção do desenvolvimento econômico e
social e combate à pobreza; 
h) experimentação, não lucrativa, de novos
modelos sócio-produtivos e de sistemas 
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alternativos de produção, comércio, emprego e
crédito; 
i) promoção de direitos estabelecidos, construção
de novos direitos e assessoria jurídica gratuita de
interesse suplementar; 
j) promoção da ética, da paz, da cidadania, dos
direitos humanos, da democracia e de outros
valores universais; 
l) estudos e pesquisas, desenvolvimento de
tecnologias alternativas, produção e divulgação de
informações e conhecimentos técnicos e científicos. 
A qualificação como organização da sociedade civil de
interesse público deverá ser conferida pelo Ministério da Justiça, que,
verificando o atendimento dos requisitos previstos na lei e o fato de
não se enquadrar a pessoa privada entre aquelas vedadas por lei,
deferirá o pedido e expedirá o certificado de qualificação. 
Essa qualificação será concedida em razão de vínculo
de cooperação mantido entre o Poder Público e as organizações da
sociedade civil de interesse público instituído por meio do termo de
parceria. 
O termo de parceria deverá prevê, de modo detalhado,
os direitos e as obrigações das partes signatárias, constando, dentre
outras cláusulas, o objeto do ajuste, as metas a serem alcançadas, os
prazos de execução, os critérios de avaliação de desempenho, a
previsão de receitas e despesas, a obrigatoriedade de apresentação
de relatório anual, acompanhado da prestação de contas e a
publicação na imprensa oficial. 
Nos termos do art. 11 da Lei nº 9.970/99, a execução
do termo de parceria será supervisionada pelo órgão do poder público
da área de atuação da atividade fomentada e pelos Conselhos de
Políticas Públicas das áreas correspondentes de atuação existentes,
em cada nível de governo. 
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Tais resultados serão submetidos à comissão de
avaliação, composta de comum acordo entre o órgão e a OSCIP, que
ficará encarregada de encaminhar à autoridade o relatório conclusivo
sobre a avaliação procedida. 
Os responsáveis pela fiscalização da execução do
Termo de Parceria, ao tomarem conhecimento de qualquer
irregularidade ou ilegalidade na utilização de recursos ou bens de
origem pública por organização parceira, dará ciência ao Tribunal de
Contas da União, sob pena de responsabilidade solidária. 
Significa dizer que aquele que observar irregularidade
ou ilegalidade na utilização de recursos ou bens públicos deverá dar
ciência ao TCU, sob pena de conivência e, com isso, ser
responsabilizado de forma solidária. 
Nessa hipótese, havendo indícios fundados de
malversação de bens ou recursos públicos, os responsáveis pela
fiscalização deverão representar ao Ministério Público, à Advocacia-
Geral da União e à Procuradoria da entidade ou órgão a fim de que
requeiram ao Juízo competente a decretação da indisponibilidade dos
bens da entidade e o seqüestro dos bens de seus dirigentes, ou do
agente público que possa enriquecer ilicitamente ou causar dano ao
patrimônio público. 
Por fim, tendo em vista que se trata de uma
qualificação conferida a uma pessoa jurídica de direito privado, no
caso de ocorrer o descumprimento das cláusulas e metas traçadas no
contrato de gestão, poderá a entidade ser desqualificada pelo Poder
Executivo. 
Assim, por meio de processo administrativo,
assegurando-se a ampla defesa e o contraditório, poderá perder a
qualificação a pedido ou por decisão, administrativa ou judicial, de
iniciativa popular ou do Ministério Público. 
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Qualquer cidadão, respeitadas as prerrogativas do
Ministério Público, é parte legítima para requerer, judicial ou
administrativamente, a perda da qualificação como OSCIP’s. 
Ocorrendo malversação de bens ou recursos de origem
pública, os responsáveis pela fiscalização representarão ao Ministério
Público, à Advocacia-Geral da União ou à Procuradoria da entidade,para que seja requerida ao juízo competente a decretação da
indisponibilidade dos bens da entidade e o seqüestro dos bens de
seus dirigentes, bem assim de agente público ou terceiro que possam
ter enriquecido ilicitamente ou causado dano ao patrimônio público. 
Ressalta-se, ademais, que nos contratos em que a
OSCIP seja contratante, relativamente a obras, compras, serviços e
alienações, que envolvam recursos ou bens repassados pela União,
conforme previsão no termo de parceria, deverá ser realizada
licitação pública prévia, de acordo com o estabelecido na legislação
federal pertinente. 
Caso se trate de aquisição de bens e serviços comuns,
será obrigatório o emprego da modalidade pregão, com preferência
para a modalidade de pregão eletrônico, conforme estabelece o
Decreto 5.504/05. 
Por fim, algumas entidades não poderão se qualificar
com OSCIP, em razão de vedação legal, sendo as seguintes: 
a) as sociedades comerciais, sindicatos,
associações de classe ou de representação de
categoria profissional; 
b) as instituições religiosas ou voltadas para a
disseminação de credos, cultos, práticas e visões
devocionais e confessionais; 
c) as organizações partidárias e assemelhadas,
inclusive suas fundações; 
d) as entidades de benefício mútuo destinadas a
proporcionar bens ou serviços a um círculo restrito
de associados ou sócios; 
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e) as entidades e empresas que comercializam
planos de saúde e assemelhados; 
f) as instituições hospitalares privadas não
gratuitas e suas mantenedoras; 
g) as escolas privadas dedicadas ao ensino formal
não gratuito e suas mantenedoras; 
h) as organizações sociais (OS); 
i) as cooperativas; 
j) as fundações públicas; 
l) as fundações, sociedades civis ou associações de
direito privado criadas por órgão público ou por
fundações públicas; 
m) as organizações creditícias que tenham
quaisquer tipos de vinculação com o Sistema
Financeiro Nacional a que se refere o art. 192 da
Constituição Federal. 
Vê que se trata de um rol extenso de entidades, de
modo que não acredito seja o caso de decorarmos, bastando a
simples leitura e atenção, que na prova não deixaremos escapar esse
detalhe. 
Finalmente, vale destacar algumas diferenças entre OS
e OSCIP’s no tocante à qualificação: 
OS OSCIP 
Qualificação é ato discricionário Qualificação é ato vinculado
Qualificação dada pelo Ministério ou 
Órgão da área de atuação. 
Qualificação dada pelo Ministério da
Justiça 
Vínculo é o Contrato de Gestão Vínculo é o Termo de Parceria
Conselho Administrativo: Participação 
obrigatória de agentes do Poder Público 
Conselho Administrativo: não há
previsão desse conselho. Só Conselho
Fiscal. 
Objeto mais restrito: atividades de
ensino, pesquisa científica,
desenvolvimento tecnológico, proteção e
preservação do meio ambiente, cultura e
saúde, 
Objeto mais amplo: a) promoção de
assistência social; b) promoção da
cultura, defesa e conservação do
patrimônio histórico e artístico; c)
promoção gratuita da educação ou da 
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saúde; d) promoção da segurança
alimentar e nutricional; e) defesa,
preservação e conservação do meio
ambiente e promoção do
desenvolvimento sustentável; f)
promoção do voluntariado; g) promoção
do desenvolvimento econômico e social
e combate à pobreza; h)
experimentação, não lucrativa, de novos
modelos sócio-produtivos e de sistemas
alternativos de produção, comércio,
emprego e crédito; i) promoção de
direitos estabelecidos, construção de
novos direitos e assessoria jurídica
gratuita de interesse suplementar; j)
promoção da ética, da paz, da
cidadania, dos direitos humanos, da
democracia e de outros valores
universais; l) estudos e pesquisas,
desenvolvimento de tecnologias
alternativas, produção e divulgação de
informações e conhecimentos técnicos e
científicos. 
Entidades vedadas: não há previsão Entidades vedadas: a) as sociedades
comerciais, sindicatos, associações de
classe ou de representação de categoria
profissional; b) as instituições religiosas
ou voltadas para a disseminação de
credos, cultos, práticas e visões
devocionais e confessionais; c) as
organizações partidárias e
assemelhadas, inclusive suas fundações; 
d) as entidades de benefício mútuo
destinadas a proporcionar bens ou
serviços a um círculo restrito de
associados ou sócios; e) as entidades e
empresas que comercializam planos de
saúde e assemelhados; f) as instituições 
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hospitalares privadas não gratuitas e
suas mantenedoras; g) as escolas
privadas dedicadas ao ensino formal não
gratuito e suas mantenedoras; h) as
organizações sociais (OS); i) as
cooperativas; j) as fundações públicas; 
l) as fundações, sociedades civis ou
associações de direito privado criadas
por órgão público ou por fundações
públicas; m) as organizações creditícias
que tenham quaisquer tipos de
vinculação com o Sistema Financeiro
Nacional a que se refere o art. 192 da
Constituição Federal. 
Exemplo: APS (associação das pioneiras
sociais) – administradora da Rede Sarah
de Hospitais do Aparelho Locomotor. 
Exemplo: ASSOCIAÇÃO CASA DA
CRIANÇA PEQUENO EDSON - PEQUENO
EDSON 
Ademais, devo lembrar que as organizações da
sociedade civil de interesse público também não integram a
Administração Pública, sendo mais uma hipótese de entidade
paraestatal constante do terceiro setor. 
Há, ainda, as chamadas entidades de apoio (entes de
apoio) que são entidades de direito privado, constituídas por
servidores públicos, com finalidade de fornecer apoio às entidades da
administração pública. Tais entidades não integram a Administração e
são constituídas como associações ou fundações privadas, podendo
firmar convênio com a Administração para desempenhar alguma
atividade ligada à entidade administrativa no campo da pesquisa,
desenvolvimento tecnológico, saúde ou assistencial. 
Seguem as questões. 
QUESTÕES COMENTADAS 
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1. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TJDFT –
CESPE/2008) Embora seja possível identificar dissenso na
doutrina acerca das características das entidades do terceiro
setor, são comumente apontadas como diferenciais das
entidades que o compõem a natureza privada, a ausência de
finalidade lucrativa, a autoadministração, a institucionalização
e o fato de serem voluntárias. 
Comentário: 
De fato, pode-se afirmar que as entidades do terceiro
setor se diferenciam das demais entidades por sua natureza privada,
ausência de fins lucrativos, autoadministração, institucionalização e
por serem voluntárias. 
Gabarito: Certo. 
2. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TJDFT –
CESPE/2008) A expressão terceiro setor foi difundida a partir
da década de setenta do século passado e tem sido utilizada
pelas ciências sociais para se referir às organizações formadas
pela sociedade civil cujo objetivo não é a busca pelo lucro,
mas a satisfação de um interesse social. Gustavo Justino de
Oliveira (Coord.). Terceiro setor, empresas e estado: novas
fronteiras entre o público e o privado. Belo Horizonte: Fórum,
2007 (com adaptações).O uso indiscriminado da expressão
terceiro setor acabou por tornar o conceito demasiadamente
abrangente, fazendo que nele se possam enquadrar todos os
modelos de entidades que não se incluam no conceito do
primeiro setor, o Estado, e do segundo setor, o mercado. 
Comentário: 
É verdade, a expressão terceiro setor praticamente
passou a ser utilizada para categorizar as demais entidades que não
se enquadrem no primeiro ou no segundo setor. Todavia, já há 
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doutrina qualificando algumas entidades como quarto setor e até
mesmo quinto setor. 
Gabarito: Certo. 
3. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TJDFT –
CESPE/2008) A expressão terceiro setor foi difundida a partir
da década de setenta do século passado e tem sido utilizada
pelas ciências sociais para se referir às organizações formadas
pela sociedade civil cujo objetivo não é a busca pelo lucro,
mas a satisfação de um interesse social. Gustavo Justino de
Oliveira (Coord.). Terceiro setor, empresas e estado: novas
fronteiras entre o público e o privado. Belo Horizonte: Fórum,
2007 (com adaptações). Ao termo publicização do terceiro
setor podem ser atribuídos pelo menos dois sentidos. Um é o
que se refere à prestação de serviços de interesse público por
entidades componentes do terceiro setor, com o apoio do
Estado. O segundo refere-se à transformação de entidades
públicas em entidades privadas sem fins lucrativos. 
Comentário: 
De fato, quando se refere à publicização do terceiro
setor há pelos menos essas duas vertentes. Sendo uma inerente à
prestação de serviços de interesse público por entidades
componentes do terceiro setor, com o apoio do Estado. E uma
segunda, no tocante à transformação de entidades públicas em
entidades privadas sem fins lucrativos, conforme objetivo traçado
pelo Plano Diretor. 
Gabarito: Certo. 
4. (JUIZ – TRF 2ª REGIÃO – CESPE/2011) A doutrina aponta o
crescimento do terceiro setor como uma das consequências da
aplicação do denominado princípio da subsidiariedade no
âmbito da administração pública. 
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Comentário: 
É verdade, a doutrina aponta o crescimento do terceiro
setor como uma das consequências da aplicação do denominado
princípio da subsidiariedade no âmbito da administração pública. Ou
seja, no sentido de que tais entidades podem cooperar, auxiliar, o
poder público, para que este possa exercer as atividades típicas,
repassando àqueles as atividades de cunho ou de interesse social. 
Gabarito: Certo. 
5. (ANALISTA TÉCNICO – MS – CESPE/2010) Entidades
paraestatais são pessoas jurídicas de direito privado que
colaboram com o Estado no desempenho de atividades não
lucrativas; elas não integram a estrutura da administração
pública. 
Comentário: 
De fato, as entidades paraestatais são pessoas jurídicas
de direito privado que colaboram com o Estado no desempenho de
atividades não lucrativas, não integrando a estrutura da
administração pública. 
Ressaltando, no entanto, que nem toda entidade do
terceiro setor é uma paraestatal, pois esta deve cooperar com o
Estado, recebendo, inclusive, recursos públicos para isso. 
Gabarito: Certo. 
6. (ADMINISTRADOR – TJ/RR – CESPE/2012) As entidades
paraestatais, cuja criação é autorizada por lei específica, são
pessoas jurídicas de direito público que realizam obras,
serviços ou atividades de interesse coletivo. 
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Comentário: 
As entidades paraestatais são pessoas jurídicas de
direito privado que realizam atividade de cunho social ou serviços de
utilidade pública e interesse coletivo. 
Gabarito: Errado. 
7. (TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO – TCU – CESPE/2009) De
acordo com o TCU, entidade paraestatal é aquela que se
qualifica administrativamente para prestar serviços de
utilidade pública, de forma complementar ao Estado, mediante
o repasse de verba pública, motivo pelo qual é sempre
obrigatória, nessa espécie de entidade, a realização de
licitação e concurso público para contratação. 
Comentário: 
De acordo com o TCU, entidade paraestatal é aquela
que se qualifica administrativamente para prestar serviços de
utilidade pública, de forma complementar ao Estado, mediante o
repasse de verba pública. 
Contudo, não são sempre obrigadas a realização de
licitação (como é o caso das OSCIP’s) e concurso público para
contratação, podendo realizar seleção pública. Ilustrativamente: 
De acordo com a jurisprudência deste Tribunal, embora as
entidades do chamado Sistema ‘S’ não estejam obrigadas a 
realizar concurso público nos moldes previstos no artigo 37,
inciso II, da Constituição Federal, obrigam-se a contratar
pessoal mediante processo seletivo, que pode ser
simplificado, desde que observados os princípios
constitucionais da legalidade, da publicidade, da moralidade,
da impessoalidade, da finalidade e da isonomia, entre outros,
consoante Acórdãos ns. 2.013/2003, 2.371/2003, 
2.314/2004 e 2.073/2004 - 1ª Câmara; 629/2001, 
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25 
1.120/2003, 1.427/2003, 2.452/2004, 2.542/2004 - 2ª
Câmara; Relação n. 24/2004, Ata n. 16/2004, e Relação n.
30/2004, Ata n. 21/2004, Ministro Augusto Sherman
Cavalcanti, ambas da 1ª Câmara. 
Gabarito: Errado. 
8. (JUIZ – TRF 2ª REGIÃO – CESPE/2011) As entidades que
integram o terceiro setor não se sujeitam a controle de
tribunal de contas, dada a natureza privada de sua
organização 
Comentário: 
As entidades que integram o terceiro setor quando
recebem recursos públicos sujeitam-se a controle de tribunal de
contas, nos termos do art. 70 da CF/88. 
Gabarito: Errado. 
9. (JUIZ – TRF 2ª REGIÃO – CESPE/2009) De acordo com o
Plano Diretor da Reforma do Estado, o segundo setor compõe
o chamado núcleo estratégico, que define as leis e as políticas
públicas e cobra o seu cumprimento. 
Comentário: 
De acordo com o Plano Diretor da Reforma do Estado, o
primeiro setor compõe o chamado núcleo estratégico, que define as
leis e as políticas públicas e cobra o seu cumprimento. 
O segundo setor é o das atividades exclusivas, é o
setor em que são prestados serviços que só o Estado pode realizar.
São serviços em que se exerce o poder extroverso do Estado - o
poder de regulamentar, fiscalizar, fomentar. 
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O terceiro setor, ou seja, os serviços não
exclusivos, corresponde ao setor onde o Estado atua
simultaneamente com outras organizações públicas não-estatais e
privadas. As instituições desse setor não possuem o poder de Estado. 
Já o quarto setor, o de produção de bens e serviços
para o mercado, corresponde à área de atuação das empresas. É
caracterizado pelas atividades econômicas voltadas para o lucro que
ainda permanecem no aparelho do Estado como, por exemplo, as do
setor de infra-estrutura. 
Gabarito: Errado. 
10. (ANALISTA ADMINISTRATIVO – ANATEL – CESPE/2006)
Segundo o plano diretor da reforma do aparelho do Estado, o
terceiro setor é entendido como aquele de atuação simultânea
do Estado e da sociedade civil na execução de atividades de
interesse públicoou social não-exclusivas do Estado. São
entidades do terceiro setor, por exemplo, as autarquias
qualificadas como agências executivas, por meio de contrato
de gestão, após o qual estão autorizadas a executar atividades
mais eficientes de interesse público. 
Comentário: 
De fato, de acordo com o PDRE, O terceiro setor
corresponde aos os serviços não exclusivos do Estado (serviços de
interesse público ou social). 
Nesse setor há atuação simultaneamente do Estado
(fomentador) e das organizações civis não-estatais, à exemplo das
Organizações Sociais, Organizações da Sociedade Civil de Interesse
Público, Serviço Social Autônomo e das entidades de colaboração ou
apoio. 
Contudo, as autarquias não integram tal estrutura,
estando inseridas no âmbito da Administração Pública indireta. 
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Gabarito: Errado. 
11. (ANALISTA ADMINISTRATIVO – ANATEL – CESPE/2009)
Os serviços sociais autônomos têm personalidade jurídica de
direito público e integram a chamada administração indireta, o
que lhes permite arrecadar e utilizar contribuições parafiscais.
Exercem atividade que incumbe ao Estado, como serviço
público, mas atuam em forma de cooperação com o poder
público. 
Comentário: 
Os serviços sociais autônomos são pessoas jurídicas de
direito privado e não integram a Administração Pública e não prestam
serviços públicos. 
Gabarito: Errado. 
12. (AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO – TCE/ES –
CESPE/2012) Os serviços sociais autônomos, entes
paraestatais, sem fim lucrativo, que prestam atividade privada
de interesse público, compõem a administração indireta. 
Comentário: 
As entidades paraestatais não são entidades
administrativas e, portanto, não integram a Administração Pública
sob o sentido formal. 
Gabarito: Errado. 
13. (DELEGADO – PC/TO – CESPE/2008) Embora não
integrem a administração indireta, os chamados serviços 
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sociais autônomos prestam relevantes serviços à sociedade
brasileira. Entre eles podem ser citados o SESI, o SENAC, o
SEBRAE e a OAB. 
Comentário: 
A OAB não é um serviço social autônomo, é
considerado pelo STF como uma entidade singular, cuja natureza é
de pessoa jurídica de direito privado que presta serviço público de
forma independente. 
Gabarito: Errado. 
14. (ADVOGADO DA UNIÃO – AGU – CESPE/2009) As
entidades de apoio são pessoas jurídicas de direito privado
sem fins lucrativos, que podem ser instituídas sob a forma de
fundação, associação ou cooperativa, tendo por objeto a
prestação, em caráter privado, de serviços sociais não
exclusivos do Estado. Tais entidades mantêm vínculo jurídico
com a administração pública direta ou indireta, em regra, por
meio de convênio. Por sua vez, os serviços sociais autônomos
são entes paraestatais, de cooperação com o poder público,
prestando serviço público delegado pelo Estado. 
Comentário: 
Os serviços sociais autônomos não prestam serviços
públicos delegados do Estado. Trata-se de serviços de interesse
público ou social, não exclusivos do Estado. 
Gabarito: Errado. 
15. (ANALISTA PROCESSUAL – TJ/RR – CESPE/2012) As
denominadas entidades de apoio não têm fins lucrativos e são
instituídas por iniciativa do poder público para a prestação, 
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em caráter privado, de serviços sociais não exclusivos do
Estado. 
Comentário: 
As entidades de apoio são pessoas jurídicas de direito
privado, constituídas pelos servidores públicos, por iniciativa própria,
para fins de prestação de serviços sociais não exclusivos do Estado
em amparo às instituições de pesquisa, ensino ou saúde. 
Gabarito: Errado. 
16. (ANALISTA ADMINISTRATIVO – ANATEL – CESPE/2009)
Regulamentando dispositivo previsto no inciso XXI do art. 37
da Constituição Federal de 1988 (CF), a Lei n.º 8.666/1993
veio a dispor, em substituição ao Decreto-lei n.º 2.300/1986,
para todos os entes da Federação, da administração direta e
indireta, sobre as compras, alienações, concessões e
permissões de serviços públicos, bem como sobre obras,
serviços e locações da administração pública. Como objetivo
maior dessa lei, tem-se a seleção da proposta mais vantajosa
para a administração, respeitando a isonomia entre os
participantes do certame. Por não fazerem parte da
administração pública direta, ou mesmo indireta, e terem
recursos exclusivamente das empresas privadas, as entidades
componentes do sistema S conseguiram, recentemente,
reverter, a seu favor, posicionamento do Tribunal de Contas
da União (TCU) que dispunha sobre a obrigatoriedade de
observância dos princípios licitatórios às entidades
integrantes desse sistema. 
Comentário: 
As entidades que compõem o Sistema “S” não estão 
submetidas à Lei nº 8.666/93. Porém, o entendimento do TCU é que
podem adotar regulamento simplificado, com observância dos
princípios constitucionais que se aplicam às licitações. 
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Gabarito: Errado. 
17. (ACE – TCU – CESPE/2009) As entidades do Sistema S
(SESI, SESC, SENAI etc.), conforme entendimento do TCU, não
se submetem aos estritos termos da Lei n.º 8.666/1993, mas
sim a regulamentos próprios. 
Comentário: 
De fato, como ressaltado, as entidades que compõem o
Sistema “S” não estão submetidas à Lei nº 8.666/93, devendo adotar
regulamento simplificado para realizar suas compras, obras ou
adquirir serviços, com observância dos princípios constitucionais que
se aplicam às licitações. 
“Desde o advento da Decisão nº 907/1997-TCU-Plenário, o
TCU vem dispensando tratamento diferenciado ao Sistema 'S'
na medida em que passou a considerar os serviços sociais
autônomos como não sujeitos aos ditames da Lei nº 
8.666/1993, no entendimento de que esses entes podem
seguir os regulamentos próprios oficialmente publicados, na
execução de despesas e suas contratações.” (Acórdão
2105/2009 - Primeira Câmara) 
Isso decorre do fato de que tais entidades recebem
dotações orçamentárias e contribuições sociais (parafiscais) para
manutenção de suas atividades. 
Gabarito: Certo. 
18. (PROCURADOR DE ESTADO – PGE/PE – CESPE/2009)
Organização social é a qualificação jurídica conferida a pessoa
jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, para
desempenhar serviço público de natureza social. Referida 
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qualificação somente pode ser outorgada e cancelada
mediante lei. 
Comentário: 
Conforme entendimento da Profa. Di Pietro, a
organização social é a qualificação jurídica conferida à pessoa jurídica
de direito privado, sem fins lucrativos, para desempenhar serviço
público de natureza social. Todavia, referida qualificação é conferida
por meio de Decreto e não por lei. 
Gabarito: Errado. 
19. (JUIZ – TRF 5ª REGIÃO – CESPE/2011) As OSs são
regidas pela Lei n.º 9.790/1999. 
Comentário: 
As Organizações Sociais são regidas pela Lei nº 
9.637/98. 
Gabarito: Errado. 
20. (JUIZ – TRF 2ª REGIÃO – CESPE/2011) As organizações
sociais são instituídas por iniciativa do poder público para o
desempenho de serviço público de naturezasocial. 
Comentário: 
As organizações sociais não são instituídas por iniciativa
do poder público. São pessoas jurídicas de direito privado criadas por
particulares para a execução de atividade de interesse público ou
social. 
Gabarito: Errado. 
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32 
21. (ACE – TCU – CESPE/2008) A organização social, que
integra as chamadas entidades paraestatais, insere-se na
concepção administrativa fundada no conceito de Estado
mínimo, segundo o qual a saúde não é considerada atividade
típica de Estado. 
Comentário: 
Essa questão é bastante interessante e nos mostra um
posicionamento diferenciado do CESPE. Chamo a atenção. 
Veja que, de fato, as OS’s se inserem na concepção 
fundada no conceito de Estado Mínimo, já que permite ao Estado se
abster de prestar atividades que não lhe são típicas. 
Agora, qual a definição de atividades típicas do Estado?
Alguns autores a colocam como as exclusivas, de modo que somente
seria atividade típica do Estado aquelas que lhe são exclusivas. No
meu entender, as atividades típicas do Estado (Administração) são
aqueles inerentes a sua finalidade (serviços públicos, poder de
polícia, fomento, intervenção). 
Na verdade, essa associação não é a mais adequada,
eis que mesmo sendo uma atividade típica do Estado, ela pode não
ser exclusiva (serviços públicos), e este é o caso da Saúde e da
Educação, que são deveres do Estado (atividades típicas), mas não
exclusiva, conforme ditames constitucionais. 
Gabarito: Errado. 
22. (JUIZ – TRF 5ª REGIÃO – CESPE/2011) O processo de
habilitação de OS deve tramitar no Ministério da Justiça. 
Comentário: 
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33 
Para obter a qualificação como Organização Social a
entidade deve elaborar seu plano estratégico e firmar contrato de
gestão com o Ministério/Secretaria da área de atuação da OS. De
outro lado, o processo de habilitação da OSCIP é que deve tramitar
no Ministério da Justiça. 
Gabarito: Errado. 
23. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TJDFT –
CESPE/2008) A entidade privada Delta, criada sob forma
empresarial e lucrativa, cuja finalidade era a promoção do
desenvolvimento tecnológico, habilitou-se como organização
social e firmou contrato de gestão com determinado
ministério. (...) A finalidade para a qual está dirigida a
entidade Delta não se inclui entre as atividades suscetíveis de
qualificar uma entidade como organização social. 
Comentário: 
Essa questão era passível de anulação. É que a
atividade (finalidade) desempenhada pela Delta, nos termos do art.
1º da Lei nº 9.637/98, não impediria de ser qualificada como
organização social. 
Art. 1º O Poder Executivo poderá qualificar como
organizações sociais pessoas jurídicas de direito privado, sem
fins lucrativos, cujas atividades sejam dirigidas ao ensino, à
pesquisa científica, ao desenvolvimento tecnológico, à
proteção e preservação do meio ambiente, à cultura e à
saúde, atendidos aos requisitos previstos nesta Lei. 
Todavia, em razão de ter sido criada sob a forma
empresarial e, portanto, objetivar o lucro, não poderia, por isso, ser
qualificada como OS. 
Gabarito: Errado. 
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24. (PROCURADOR DE ESTADO – PGE/PE – CESPE/2009) O
órgão de deliberação superior da organização social não pode
ter representante do poder público. 
Comentário: 
O órgão de deliberação superior da organização social
terá representantes do poder público, conforme requisito exigido pela
Lei nº 9.637/98. 
Art. 2º São requisitos específicos para que as entidades
privadas referidas no artigo anterior habilitem-se à
qualificação como organização social: 
I - comprovar o registro de seu ato constitutivo, dispondo
sobre: 
a) natureza social de seus objetivos relativos à respectiva
área de atuação; 
b) finalidade não-lucrativa, com a obrigatoriedade de
investimento de seus excedentes financeiros no
desenvolvimento das próprias atividades; 
c) previsão expressa de a entidade ter, como órgãos de
deliberação superior e de direção, um conselho de
administração e uma diretoria definidos nos termos do
estatuto, asseguradas àquele composição e atribuições
normativas e de controle básicas previstas nesta Lei; 
d) previsão de participação, no órgão colegiado de
deliberação superior, de representantes do Poder
Público e de membros da comunidade, de notória
capacidade profissional e idoneidade moral; 
Gabarito: Errado. 
25. (JUIZ – TJ/ES – CESPE/2011) Sendo OS a qualificação
jurídica conferida à pessoa jurídica de direito privado sem fins
lucrativos e instituída por iniciativa de particulares, é vedada a 
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participação de representantes do poder público em seu órgão
de deliberação superior. 
Comentário: 
De acordo com o art. 2º, inc. I, alínea “d”, da Lei nº 
9.637/98, é requisito obrigatório a previsão de participação, no órgão
colegiado de deliberação superior, de representantes do Poder Público
e de membros da comunidade, de notória capacidade profissional e
idoneidade moral. 
Gabarito: Errado. 
26. (JUIZ – TRF 1ª REGIÃO – CESPE/2009) A desqualificação
de entidade como organização social dependerá de regular
processo judicial movido pelo MP, com base no
descumprimento das disposições contidas no contrato de
gestão. 
Comentário: 
A desqualificação de entidade como organização social
dependerá de regular processo administrativo, assegurada a ampla
defesa e o contraditório, com base no descumprimento das
disposições contidas no contrato de gestão, conforme Lei nº 
9.637/98. 
Art. 16. O Poder Executivo poderá proceder à
desqualificação da entidade como organização social,
quando constatado o descumprimento das disposições
contidas no contrato de gestão. 
§ 1º A desqualificação será precedida de processo
administrativo, assegurado o direito de ampla
defesa, respondendo os dirigentes da organização
social, individual e solidariamente, pelos danos ou
prejuízos decorrentes de sua ação ou omissão. 
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§ 2º A desqualificação importará reversão dos bens
permitidos e dos valores entregues à utilização da
organização social, sem prejuízo de outras sanções
cabíveis. 
Gabarito: Errado. 
27. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TJDFT –
CESPE/2008) A entidade privada Delta, criada sob forma
empresarial e lucrativa, cuja finalidade era a promoção do
desenvolvimento tecnológico, habilitou-se como organização
social e firmou contrato de gestão com determinado
ministério. (...) No caso de o Poder Executivo verificar
qualquer motivo para a desqualificação da entidade como
organização social, a exemplo do não cumprimento das metas
estipuladas no contrato de gestão, deverá instaurar processo
administrativo, no qual se assegure o direito de ampla defesa. 
Comentário: 
De fato, nos termos do art. 16 e seu §1º, da Lei nº 
9.637/98, o Poder Executivo poderá proceder à desqualificação da
entidade como organização social, quando constatado o
descumprimento das disposições contidas no contrato de gestão,
precedidade processo administrativo, assegurado o direito de ampla
defesa, respondendo os dirigentes da organização social, individual e
solidariamente, pelos danos ou prejuízos decorrentes de sua ação ou
omissão. 
Gabarito: Certo. 
28. (JUIZ – TRF 2ª REGIÃO – CESPE/2009) As organizações
sociais poderão receber recursos públicos mediante
transferências voluntárias, mas não poderão receber recursos
diretamente do orçamento. 
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Comentário: 
As organizações sociais poderão receber recursos
públicos mediante transferências voluntárias, e, inclusive, poderão
receber recursos diretamente do orçamento. 
Art. 12. Às organizações sociais poderão ser
destinados recursos orçamentários e bens públicos
necessários ao cumprimento do contrato de gestão. 
§ 1º São assegurados às organizações sociais os créditos
previstos no orçamento e as respectivas liberações
financeiras, de acordo com o cronograma de desembolso
previsto no contrato de gestão. 
§ 2º Poderá ser adicionada aos créditos orçamentários
destinados ao custeio do contrato de gestão parcela de
recursos para compensar desligamento de servidor cedido,
desde que haja justificativa expressa da necessidade pela
organização social. 
§ 3º Os bens de que trata este artigo serão destinados às
organizações sociais, dispensada licitação, mediante
permissão de uso, consoante cláusula expressa do contrato
de gestão. 
Gabarito: Errado. 
29. (ANALISTA ADMINISTRATIVO – ANATEL – CESPE/2006)
As organizações sociais podem receber legalmente recursos
orçamentários e bens públicos necessários ao cumprimento do
contrato de gestão. 
Comentário: 
Conforme art. 12 da Lei nº 9.637/98, as organizações
sociais poderão receber recursos orçamentários e bens públicos
necessários ao cumprimento do contrato de gestão. 
Gabarito: Certo. 
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30. (JUIZ – TRF 1ª REGIÃO – CESPE/2011) O auxílio que o
poder público presta à organização social não pode abranger a
destinação de recursos orçamentários e bens necessários ao
cumprimento do contrato de gestão, ainda que mediante
permissão de uso. 
Comentário: 
Como já observamos, as OS podem receber recursos
orçamentários e bens públicos para desempenharem as atividades
descritas no contrato de gestão. 
Gabarito: Errado. 
31. (JUIZ – TJ/ES – CESPE/2011) Os bens móveis públicos
destinados às OS podem ser objeto de permuta por outros de
igual ou maior valor, desde que os novos bens integrem o
patrimônio da União. 
Comentário: 
De acordo com o art. 13 da Lei nº 9.637/98, os bens
móveis públicos permitidos para uso poderão ser permutados por
outros de igual ou maior valor, condicionado a que os novos bens
integrem o patrimônio da União. 
Observe, no entanto, que a permuta dependerá de
prévia avaliação do bem e expressa autorização do Poder Público. 
Gabarito: Certo. 
32. (ADVOGADO – IBRAM/DF – CESPE/2009) Se
determinada associação, com natureza de pessoa jurídica 
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privada, sem fim lucrativo, que tinha por objeto a proteção e a
preservação do meio ambiente, firme contrato de gestão com
o poder público, por meio do qual passe a ser qualificada como
organização social, então, com essa qualificação, ela poderá
celebrar contratos de prestação de serviços com o poder
público, para desempenhar as atividades contempladas no
contrato de gestão, sem que haja necessidade de prévia
licitação. 
Comentário: 
De fato, nos termos do art. 24, inc. XXIV, da Lei nº 
8.666/93, para a celebração de contratos de prestação de serviços
com as organizações sociais, qualificadas no âmbito das respectivas
esferas de governo, para atividades contempladas no contrato de
gestão é dispensável a licitação. 
Gabarito: Certo. 
33. (JUIZ – TRF 1ª REGIÃO – CESPE/2011) O contrato de
gestão, instituto oriundo da reforma administrativa, recebeu
tratamento diferenciado no ordenamento jurídico nacional, a
exemplo da Lei de Licitações e Contratos, que inseriu a
celebração de contratos de prestação de serviços com as
organizações sociais, qualificadas no âmbito das respectivas
esferas de governo, para atividades contempladas no contrato
de gestão como hipótese de inexigibilidade de licitação. 
Comentário: 
A hipótese é de licitação dispensável, conforme art. 24,
inc. XXVI, da Lei nº 8.666/93: 
Art. 24. É dispensável a licitação: 
XXIV - para a celebração de contratos de prestação de
serviços com as organizações sociais, qualificadas no 
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âmbito das respectivas esferas de governo, para atividades
contempladas no contrato de gestão 
Gabarito: Errado. 
34. (JUIZ FEDERAL – TRF 3ª REGIÃO – CESPE/2011) O
contrato de gestão representa verdadeira cooperação entre as
partes no tocante ao interesse público a ser perseguido, sendo
vedada, porém, a contratação direta que, feita com entidade
colaboradora, implique, de algum modo, dispensa de licitação. 
Comentário: 
Nos termos da Lei nº 8.666/93, art. 24, inc. XXIV, pode
o poder público contratar, por dispensa de licitação (contratação
direta), com organização social, a prestação de serviço, desde que a
atividade esteja contemplada no contrato de gestão. 
Gabarito: Errado. 
35. (JUIZ FEDERAL – TRF 3ª REGIÃO – CESPE/2011) As
organizações sociais e as OSCIPs detêm personalidade jurídica
de direito privado e não têm fins lucrativos. 
Comentário: 
De fato, as organizações sociais e as OSCIPs detêm
personalidade jurídica de direito privado e fins não lucrativos. 
Gabarito: Certo. 
36. (JUIZ – TRF 5ª REGIÃO – CESPE/2011) As OSCIPs são
regidas pela Lei n.º 9.637/1998. 
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Comentário: 
As Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público
são regidas pela Lei n.º 9.790/1999. 
Gabarito: Errado. 
37. (ACE – TCU – CESPE/2009) Embora não empregada na
atual Constituição, entidade paraestatal é expressão que se
encontra não só na doutrina e na jurisprudência, como
também em leis ordinárias e complementares. Os teóricos da
reforma do Estado incluem essas entidades no que
denominam de terceiro setor, assim entendido aquele que é
composto por entidades da sociedade civil de fins públicos e
não lucrativos; esse terceiro setor coexiste com o primeiro
setor, que é o Estado, e o segundo setor, que é o mercado.
Maria Sylvia Zanella Di Pietro. Direito administrativo. 21.ª ed.
2008, p. 464-5 (com adaptações). O Estado, quando celebra
termo de parceria com organizações da sociedade civil de
interesse público (OSCIPs), abre mão de serviço público,
transferindo-o à iniciativa privada. 
Comentário: 
O termo de parceria é o instrumento passível de ser
firmado entre o Poder Público e as entidades qualificadas como
Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público destinado à
formação de vínculo de cooperação entre as partes, para o fomento e
a execução das atividades de interesse público, de modo que o poder
público não abre mão do serviço. 
Gabarito: Errado. 
38. (PROCURADOR DE ESTADO – PGE/PE – CESPE/2009)
Tanto a organização social quantoa organização da sociedade 
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civil de interesse público recebem ou podem receber 
delegação para a gestão de serviço público. 
Comentário: 
Uma sensível diferença entre a OS e a OSCIP, é que a
OS pode receber por delegação a gestão de serviço público, tal como
hospitalar, por exemplo. Já a OSCIP não. 
Gabarito: Errado. 
39. (JUIZ – TRF 2ª REGIÃO – CESPE/2011) Aplica-se o
princípio da especialidade quando a administração pública
firma termo de parceria com organizações da sociedade civil
de interesse público, visto que recebe ou pode receber
delegação para a gestão do serviço público. 
Comentário: 
Em sentido mais amplo, pode-se dizer que se aplica o
princípio da especialidade na medida em que se celebra o termo de
parceria para que a entidade coopere com o poder público. Todavia,
não se trata de atividade delegada do Estado, pelo contrário é
atividade de cunho social de natureza privada. 
Gabarito: Errado. 
40. (JUIZ – TRF 1ª REGIÃO – CESPE/2009) Uma cooperativa
qualificada como OSCIP poderá colaborar com o poder público
para o fomento e a execução das atividades de interesse
público, após a realização de consulta ao conselho de políticas
públicas da respectiva área de atuação. 
Comentário: 
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Uma cooperativa não pode ser qualificada como
OSCIP’s, conforme prevê o art. 2º, inc. X, da Lei nº 9.670/98. 
Art. 2º Não são passíveis de qualificação como
Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público,
ainda que se dediquem de qualquer forma às atividades
descritas no art. 3º desta Lei: 
I - as sociedades comerciais; 
II - os sindicatos, as associações de classe ou de
representação de categoria profissional; 
III - as instituições religiosas ou voltadas para a
disseminação de credos, cultos, práticas e visões
devocionais e confessionais; 
IV - as organizações partidárias e assemelhadas,
inclusive suas fundações; 
V - as entidades de benefício mútuo destinadas a
proporcionar bens ou serviços a um círculo restrito de
associados ou sócios; 
VI - as entidades e empresas que comercializam planos
de saúde e assemelhados; 
VII - as instituições hospitalares privadas não gratuitas
e suas mantenedoras; 
VIII - as escolas privadas dedicadas ao ensino formal
não gratuito e suas mantenedoras; 
IX - as organizações sociais; 
X - as cooperativas; 
XI - as fundações públicas; 
XII - as fundações, sociedades civis ou associações de
direito privado criadas por órgão público ou por
fundações públicas; 
XIII - as organizações creditícias que tenham quaisquer
tipo de vinculação com o sistema financeiro nacional a
que se refere o art. 192 da Constituição Federal. 
Gabarito: Errado. 
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41. (ADVOGADO DA UNIÃO – AGU – CESPE/2012) Para que
sociedades comerciais e cooperativas obtenham a qualificação
de organizações da sociedade civil de interesse público, é
preciso que elas não possuam fins lucrativos e que tenham em
seus objetivos sociais a finalidade de promoção da assistência
social. 
Comentário: 
Sociedades comerciais e cooperativas não podem ser
qualificadas como OSCIP’s, ainda que não tenham fins lucrativos, 
conforme o seguinte: 
Art. 2º Não são passíveis de qualificação como
Organizações da Sociedade Civil de Interesse
Público, ainda que se dediquem de qualquer
forma às atividades descritas no art. 3º desta Lei:
I - as sociedades comerciais; 
... 
X - as cooperativas; 
Gabarito: Errado. 
42. (JUIZ – TJ/ES – CESPE/2011) As cooperativas que se
dedicam à promoção da assistência social são passíveis de
qualificação como OSCIP. 
Comentário: 
Uma cooperativa não pode ser qualificada como
OSCIP’s, conforme prevê o art. 2º, inc. X, da Lei nº 9.670/98. 
Gabarito: Errado. 
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45 
43. (JUIZ – TRF 2ª REGIÃO – CESPE/2009) Não podem ser
qualificadas como OSCIPs as organizações sociais. 
Comentário: 
De fato, não podem ser qualificadas como OSCIPs as
organizações sociais (art. 2º, inc. IX, Lei nº 9.670/98). 
Gabarito: Certo. 
44. (JUIZ – TRF 1ª REGIÃO – CESPE/2011) As instituições
hospitalares não gratuitas e as cooperativas são aptas para o
recebimento da qualificação de organizações da sociedade
civil de interesse público, nos termos da legislação de
regência. 
Comentário: 
Nos termos do art. 2º, inc. VII, da Lei nº 9.670/98 não
podem ser qualificadas com OSCIP’s as instituições hospitalares 
privadas não gratuitas, bem como as cooperativas (art. 2º, inc. X). 
Gabarito: Errado. 
45. (PROCURADOR – SEAD/SE – CESPE/2009) O sindicato
dos médicos de determinado estado da Federação promove
atendimento gratuito à população carente de determinadas
regiões desse estado. Nessa situação, apesar do atendimento
prestado à população carente, o sindicato não poderá
qualificar-se como Organização da Sociedade Civil de
Interesse Público, segundo a lei pertinente. 
Comentário: 
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De acordo com o art. 2º, inc. II, da Lei nº 9.670/98,
não são passíveis de qualificação como Organizações da Sociedade
Civil de Interesse Público os sindicatos, as associações de classe ou
de representação de categoria profissional. 
Gabarito: Certo. 
46. (JUIZ – TRF 5ª REGIÃO – CESPE/2011) O poder público
deve celebrar contrato de gestão com a OSCIP. 
Comentário: 
O poder público deve celebrar contrato de gestão com a
OS e termo de parceria com a OSCIP. 
Gabarito: Errado. 
47. (JUIZ – TRF 1ª REGIÃO – CESPE/2009) Entende-se por
contrato de gestão o instrumento firmado entre o poder
público e a entidade qualificada como OSCIP, com vistas à
formação de parceria entre as partes para fomento e execução
de atividades relativas ao ensino, à pesquisa científica, ao
desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do
meio ambiente, à cultura e à saúde. 
Comentário: 
Entende-se por contrato de gestão o instrumento
firmado entre o poder público e a entidade qualificada como OS, com
vistas à formação de parceria entre as partes para fomento e
execução de atividades relativas ao ensino, à pesquisa científica, ao
desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do meio
ambiente, à cultura e à saúde. 
Art. 5º Para os efeitos desta Lei, entende-se por
contrato de gestão o instrumento firmado entre o Poder 
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Público e a entidade qualificada como organização
social, com vistas à formação de parceria entre as
partes para fomento e execução de atividades relativas
às áreas relacionadas no art. 1º. 
O instrumento a ser firmado com as organizações
sociais de interesse público é o termo de parceria. 
Gabarito: Errado. 
48. (JUIZ FEDERAL – TRF 3ª REGIÃO – CESPE/2011)
Denomina-se contrato de gestão o instrumento que, passível
de ser firmado entre o poder público e as OSCIPs, seja
destinado à formação de vínculo de cooperação para o
fomento e a execução das

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