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Aula 05 (2)

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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT 
ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
Prof. Edson Marques
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1 
Olá, 
Bom dia. Hoje vamos estudar tema bastante interessante,
sendo a 2ª parte da Lei nº 8.666/93, vamos ver o seguinte: 
AULA 05: 7 Contratos administrativos. 7.1 Conceito,
peculiaridades e interpretação. 7.2 Formalização. 7.3
Execução, inexecução, revisão e rescisão. 7.4 Convênios e
consórcios administrativos. 
Então, vamos que vamos! 
Contrato Administrativo 
Contrato administrativo, na abalizada lição de Hely Lopes
Meirelles, “é o ajuste que a Administração Pública, agindo nessa
qualidade, firma com particular ou outra entidade administrativa para a
consecução de objetivos de interesse público, nas condições
estabelecidas pela própria Administração”. 
Para Maria Sylvia Zanella Di Pietro contrato administrativo
“é o ajuste que a Administração, nessa qualidade, celebra com pessoas
físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, para a consecução de fins
públicos, segundo regime de direito público”. 
Assim, podemos definir contrato administrativo como a
avença em que a Administração Pública, agindo como tal,
estabelece com o particular ou com outro ente público, para a
consecução de interesse público. 
Percebam que utilizamos de definição mais restritiva na
medida em que nem todo contrato firmado pela Administração é
considerado contrato administrativo. 
A corrente majoritária tem o entendimento de que, de
forma ampla, a Administração firma diversas espécies de contratos,
denominados contratos da administração, sendo espécie destes os
contratos regidos pelo direito privado (contratos administrativos 
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atípicos), e os regidos pelo direito público (contratos administrativos
típicos). 
Os contratos administrativos são regidos
predominantemente pelo Direito Público, estando a Administração em
posição de supremacia. Todavia, é preciso salientar que, em que pese
serem regidos pelo direito público, aos contratos administrativos se
aplicam, de forma supletiva, os princípios da teoria geral dos contratos
e as disposições de direito privado, conforme art. 54 da Lei nº 
8.666/93. 
De outro lado, nos contratos submetidos ao Direito
Privado, atua a Administração em posição de igualdade com o particular.
Porém, ainda que se diga regido pelo direito privado, os contratos
privados da administração, qualquer que seja ele, sempre terá a
influência das normas de direito público, conforme expressa o art. 62,
da Lei de Licitações e Contratos (Lei nº 8.666/93), que assim dispõe: 
Art. 62. 
[...] 
§3º - Aplica-se o disposto nos arts. 55 e 58 a 61 desta Lei
e demais normas gerais, no que couber: 
I - aos contratos de seguro, de financiamento, de locação
em que o Poder Público seja locatário, e aos demais cujo
conteúdo seja regido, predominantemente, por norma de
direito privado; 
II - aos contratos em que a Administração for parte como
usuária de serviço público. 
Insta esclarecer, ademais, que compete à União
estabelecer normas gerais sobre contratos administrativos, consoante
dicção do art. 22, inc. XXVII, da CF/1988. 
Características 
Com efeito, os contratos administrativos têm as seguintes
características: 
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a) é consensual, ou seja, dependem da manifestação de
vontade das partes para se aperfeiçoar. 
b) em regra, é formal, devendo observar os requisitos
legais conforme arts. 60 a 62 da Lei nº 8.666/93, ou seja, observa o
procedimento legal. 
É importante destacar que os contratos devem ser escrito
no vernáculo, ou seja, na nossa língua, de modo que os feitos no
exterior deverão ser traduzidos, conforme entendimento do TCU, que
assim preconiza: “É necessária a tradução para o vernáculo de
contratos redigidos em língua estrangeira, celebrados ou não no
Brasil, cujo cumprimento e execução devam se dar dentro do
território brasileiro”. 
c) é oneroso, ou seja, não é gratuito, há contraprestação
pecuniária. 
d) é comutativo, isto é, há equivalência de obrigações,
previamente ajustadas e conhecidas. 
e) é personalíssimo (intuitu personae), ou seja, o
contrato é sempre firmado em razão das condições pessoais do
contratado. Por isso, como regra é vedada a subcontratação, salvo se
expressamente prevista no edital e autorizada pela Administração. 
f) tem natureza de contrato de adesão, é que todas as
cláusulas são firmadas unilateralmente pela Administração. Devemos
observar, inclusive, que a minuta do contrato é parte integrante do
edital de licitante, como anexo. Porém, mesmo nos casos de
contratação direta, as cláusulas são elaboradas pela Administração. 
Significa dizer que o contratado não influi quase nada das
cláusulas contratuais, inclusive, muitas deles já estabelecida como
obrigatórias pela própria Lei, conforme art. 55, as quais valem a pena
indicar, apenas para termos ciência, sendo: 
Art. 55. São cláusulas necessárias em todo contrato as que 
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estabeleçam: 
I - o objeto e seus elementos característicos; 
II - o regime de execução ou a forma de fornecimento; 
III - o preço e as condições de pagamento, os critérios, data-
base e periodicidade do reajustamento de preços, os critérios de
atualização monetária entre a data do adimplemento das
obrigações e a do efetivo pagamento; 
IV - os prazos de início de etapas de execução, de conclusão, de
entrega, de observação e de recebimento definitivo, conforme o
caso; 
V - o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da
classificação funcional programática e da categoria econômica;
VI - as garantias oferecidas para assegurar sua plena execução,
quando exigidas; 
VII - os direitos e as responsabilidades das partes, as
penalidades cabíveis e os valores das multas; 
VIII - os casos de rescisão; 
IX - o reconhecimento dos direitos da Administração, em caso
de rescisão administrativa prevista no art. 77 desta Lei; 
X - as condições de importação, a data e a taxa de câmbio para
conversão, quando for o caso; 
XI - a vinculação ao edital de licitação ou ao termo que a
dispensou ou a inexigiu, ao convite e à proposta do licitante
vencedor; 
XII - a legislação aplicável à execução do contrato e
especialmente aos casos omissos; 
XIII - a obrigação do contratado de manter, durante toda a
execução do contrato, em compatibilidade com as obrigações
por ele assumidas, todas as condições de habilitação e
qualificação exigidas na licitação. 
Portanto, as cláusulas dos contratos administrativos são
elaboradas, unilateralmente, pela Administração Pública, sendo
apresentada aos interessados, em regra, com a abertura da licitação,
quando da publicação do edital. 
g) é mutável, isso porque dentre as cláusulas
exorbitantes há a possibilidade de alteração unilateral do contrato por 
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motivo de interesse público. 
Contrato x instrumento contratual 
É importante destacar que, em regra, a exigência
preliminar para a formalização de um contrato com a Administração
Pública é a realização de processo licitatório, ressalvando-se os casos
em que se permite a contratação direta(dispensa ou inexigibilidade) 
Assim, os requisitos necessários à formalização do ajuste
estão dispostos nos artigos 60 a 62 da Lei de Licitações e Contratos,
devendo, por exemplo, os contratos e seus aditamentos serem lavrados
nas repartições interessadas, manter arquivo cronológico dos seus
autógrafos e registro sistemático do seu extrato etc. 
Por isso, devemos observar que contrato é ato jurídico
bilateral que independe da assinatura de instrumento, ou seja, a
simples assinatura, por exemplo, em nota de empenho já o caracteriza. 
A propósito, o instrumento é o documento escrito onde se
estabelecem as regras, obrigações e direitos (termo de contrato). 
Com efeito, o instrumento é obrigatório para as
contratações que decorreram de concorrência ou tomada de preço, e
para os casos de dispensa ou inexigibilidade, cujos preços se inserem
no âmbito dessas modalidades, nos demais casos, o instrumento é
facultativo, podendo ser substituído por outros instrumentos. 
Assim, conforme o art. 62 da Lei nº 8.666/93, a
Administração poderá substituir o termo contratual pela carta-
contrato, nota de empenho de despesa, autorização de compra
ou ordem de execução de serviço. 
É importante, ademais, atentarmos para o fato de que é
dispensável o "termo de contrato" e facultada a substituição, a
critério da Administração e independentemente de seu valor, nos casos
de compra com entrega imediata e integral dos bens adquiridos, dos
quais não resultem obrigações futuras, inclusive assistência técnica. 
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Diante disso, em regra, é nulo contrato verbal, pois
deverá ser formalizado por escrito em instrumento contratual ou, nos
casos em que for permitido, ser substituído por outro instrumento hábil. 
Todavia, como exceção, poderá haver contrato verbal, nos
casos de pequenas compras de pronta entrega ou pronto pagamento,
que não ultrapassar 5% do valor do convite, ou seja, R$ 4.000,00
(quatro mil reais), feitas em regime de adiantamento, conforme art. 60,
par. único, Lei nº 8.666/93, assim disposto: 
Art. 60. 
Parágrafo único. É nulo e de nenhum efeito o contrato
verbal com a Administração, salvo o de pequenas compras
de pronto pagamento, assim entendidas aquelas de valor
não superior a 5% (cinco por cento) do limite estabelecido
no art. 23, inciso II, alínea "a" desta Lei, feitas em regime
de adiantamento. 
Por fim, a doutrina ainda cita que poderá haver contrato
verbal em situações excepcionais e emergenciais, sendo,
posteriormente, formalizado. 
Nessa linha de entendimento, o TCU manifestou-se no
sentido de que a ausência de contrato, situação irregular, não inviabiliza
a continuidade de execução de atividade. Ilustrativamente: 
1. O Tribunal de Contas da União tem perfilhado
entendimento no sentido de que, no caso das obras
rodoviárias emergenciais do PETSE: 1.1 a ausência
de instrumento de contrato, desde que reste 
comprovada a não-ocorrência de atos lesivos 
ao erário, é irregularidade que permite a 
continuidade da obra mediante o saneamento 
do vício original;
[VOTO] 
25. Quanto à irregularidade atinente ao início das
obras sem cobertura contratual, permito-me dissentir 
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do posicionamento da unidade técnica, em essencial
porque as poucas decisões deste Tribunal que
envolveram apenação dos gestores por conta dessa
falha, no âmbito do programa emergencial em
destaque, [...], levaram em consideração, também,
outras irregularidades devidamente comprovadas, ou
referiram-se a casos em que as obras foram
executadas sem instrumento contratual durante
praticamente todo o período de 180 dias estipulado
no art. 24, inciso IV, do referido dispositivo legal,
diferentemente da hipótese em tela. 
26. A jurisprudência dominante do Tribunal aponta
para o saneamento da ocorrência com a formalização
posterior da avença [...], quando não se tenha
verificado, nos processos relativos ao referido
programa, as circunstâncias fáticas expostas acima
e, mais importante, não se tenha configurado
prejuízo ao erário decorrente do atraso na assinatura
do ajuste. 
27. Desse modo, ciente de que não foram
assinaladas ocorrências de natureza grave que
pudessem ocasionar prejuízos ao erário, e adotando
a mesma linha de entendimento firmada em
processos similares já apreciados por esta Casa,
julgo que o encaminhamento da matéria prescinde
de apenação dos responsáveis em decorrência da
irregularidade concernente ao atraso na lavratura do
contrato. 
E, assim, a resenha do TCU: 
É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal
com a Administração, salvo o de pequenas
compras de pronto pagamento, assim
entendidas aquelas de valor não superior a 5%
(cinco por cento) do limite estabelecido no art.
23, inciso II, alínea "a", da Lei 8.666/1993,
feitas em regime de adiantamento 
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Vigência (Duração do contrato) 
Os contratos administrativos, como regra, têm vigência
adstrita aos recursos orçamentários, ou seja, devem vigorar dentro da
vigência do orçamento, conforme estabelece o artigo 57, Lei nº 
8.666/93. Desse modo, pode-se dizer que a regra é a vigência dos
contratos por doze meses. 
No entanto, a própria Lei estabelece algumas exceções,
tal como: 
a) projetos cujos produtos estejam contemplados nas
metas estabelecidas no Plano Plurianual, os quais poderão ser
prorrogados se houver interesse da Administração e desde que isso
tenha sido previsto no ato convocatório; 
b) Prestação de serviços a serem executados de forma
contínua, que poderão ter a sua duração prorrogada por iguais e
sucessivos períodos com vistas à obtenção de preços e condições mais
vantajosas para a administração, limitada a sessenta meses 
c) Aluguel de equipamentos e à utilização de programas
de informática, podendo a duração estender-se pelo prazo de até 48
(quarenta e oito) meses após o início da vigência do contrato. 
Admite-se, ainda, em caráter excepcional, devidamente
justificado e mediante autorização da autoridade superior, que o prazo
dos contratos de prestação de serviço sejam prorrogados por até doze
meses. 
Assim, não se admite contrato por prazo indeterminado,
conforme disposto no art. 57, §3º, ao estabelecer que “é vedado o 
contrato com prazo de vigência indeterminado”. 
Nesse sentido, a súmula 191 do Tribunal de Contas da
União: 
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SÚMULA Nº 191 
Torna-se, em princípio, indispensável a fixação dos limites de
vigência dos contratos administrativos, de forma que o tempo
não comprometa as condições originais da avença, não
havendo, entretanto, obstáculo jurídico à devolução de prazo,
quando a Administração mesma concorre, em virtude da própria
natureza do avençado, para interrupção da sua execução pelo
contratante. 
Observar, no entanto, que a Lei nº 12.349/2010, incluiu o
inc. V ao art. 57 da Lei, estabelecendo que às hipóteses previstas
nos incisos IX, XIX, XXVIII e XXXI do art. 24, cujos contratos
poderão ter vigência por até 120 (cento e vinte) meses, caso
haja interesse da administração. 
Garantia contratual 
A garantia contratual é instrumento no qual a
Administração busca assegurar a total execuçãodo contrato ou
minimizar eventuais perdas pela inexecução, assegurando o
ressarcimento direto de alguns prejuízos ou de multa aplicada. 
De acordo com o art. 56 da Lei nº 8.666/93, poderá a
Administração exigir a prestação de garantia contratual, a critério da
autoridade competente, em cada caso, e desde que prevista no
instrumento convocatório. 
No entanto, cabe ao contratado escolher,
discricionariamente, qual a garantia que melhor lhe atenda, devendo
optar uma das seguintes modalidades: 
a) Caução em dinheiro; 
b) Títulos da dívida pública, devendo estes ter sido
emitidos sob a forma escritural, mediante registro
em sistema centralizado de liquidação e de custódia
autorizado pelo Banco Central do Brasil e avaliados
pelos seus valores econômicos, conforme definido 
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pelo Ministério da Fazenda; 
c) Seguro-garantia; 
d) Fiança bancária. 
Desse modo, não é dado à Administração interferir nesta
escolha. Todavia, a Administração poderá não aceitar a garantia
prestada se houver alguma cláusula ou condição que a inviabilize ou
restrinja sua eficácia, tal como a estipulação de benefício de ordem,
muito comum na fiança bancária e seguro-garantia. 
O que é o benefício de ordem? É a estipulação de que
primeiro se deve acionar a contratada e só depois excutir a garantia.
Ora, tal estipulação viola o sentido da garantia, por isso, deve ser
retirada, sob pena de não ser admitida. 
A garantia não excederá a cinco por cento (5%) do valor
do contrato e terá seu valor atualizado nas mesmas condições desse,
devendo ser complementada no caso de aditamento que implique
acréscimo do objeto contratual ou alteração qualitativa que incida em
elevação do valor do contrato. 
Entretanto, nos contratos que importem na entrega de
bens pela Administração, ficando o contratado como depositário, ao
valor da garantia deverá ser acrescido o valor desses bens, ou seja, a
garantia observará o limite de 5% e será acrescida do valor dos bens
entregues pela Administração. 
Ademais, para obras, serviços e fornecimentos de grande
vulto envolvendo alta complexidade técnica e riscos financeiros
consideráveis, demonstrados através de parecer tecnicamente aprovado
pela autoridade competente, o limite de garantia poderá ser elevado
para até dez por cento do valor do contrato. 
Por fim, cabe salientar que a garantia será liberada ou
restituída após a execução do contrato. E, se tiver sido prestada em
dinheiro, haja vista que será depositada em conta remunerada, deverá 
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ser atualizada monetariamente. 
Alteração contratual 
Os contratos administrativos poderão ser alterados por
acordo entre as partes ou de forma unilateral pela Administração. 
Como efeito, a possibilidade de alteração unilateral se
insere dentre as cláusulas chamadas exorbitantes, pois dá poderes
apenas para uma das partes, no caso para a Administração Pública. 
Assim, poderá a Administração, devidamente justificado,
empreender alteração qualitativa (quando houver modificação do
projeto ou das especificações, para melhor adequação técnica aos seus
objetivos), ou alteração quantitativa (quando necessária a
modificação do valor contratual em decorrência de acréscimo ou
diminuição quantitativa de seu objeto, nos limites permitidos pela Lei nº 
8.666/93). 
Poderá, ademais, por acordo das partes, ser alterado o
contrato, nos seguintes casos: 
a) quando conveniente a substituição da garantia de
execução; 
b) quando necessária a modificação do regime de
execução da obra ou serviço, bem como do modo de fornecimento, em
face de verificação técnica da inaplicabilidade dos termos contratuais
originários; 
c) quando necessária a modificação da forma de
pagamento, por imposição de circunstâncias supervenientes, mantido o
valor inicial atualizado, vedada a antecipação do pagamento, com
relação ao cronograma financeiro fixado, sem a correspondente
contraprestação de fornecimento de bens ou execução de obra ou
serviço; 
d) para restabelecer a relação que as partes pactuaram 
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inicialmente entre os encargos do contratado e a retribuição da
administração para a justa remuneração da obra, serviço ou
fornecimento, objetivando a manutenção do equilíbrio econômico-
financeiro inicial do contrato, na hipótese de sobrevirem fatos
imprevisíveis, ou previsíveis porém de conseqüências incalculáveis,
retardadores ou impeditivos da execução do ajustado, ou, ainda, em
caso de força maior, caso fortuito ou fato do príncipe, configurando área
econômica extraordinária e extracontratual. 
É importante destacar que revisão e reajuste são
situações distintas. Reajuste é denominado de álea (risco) econômica
ordinária, ou seja, ocorre periodicamente e tem como objetivo repassar
à contratada os reflexos inflacionários, por índices previamente
estabelecidos. 
A revisão (recomposição), por outro lado, não tem
período certo, nem mesmo está prevista contratualmente, configura
álea econômica extraordinária e extracontratual, ou seja, são eventos
que ocorrem e causam reflexo no contrato, sendo imprevistos ou
previsíveis, porém de consequências incalculáveis. 
Assim, podemos ter a incidência de fatos imprevisíveis ou
previsíveis, porém de consequências incalculáveis que retardem ou
impeçam a execução do contrato, ensejando, por isso, sua alteração a
fim de que se possa executá-lo ou sua extinção em caso de não
remanescer interesse na execução. 
A teoria da imprevisão se desdobra em caso fortuito,
força maior, fato do príncipe, fato da administração e interferências
imprevistas. 
Com efeito, a teoria da imprevisão consiste no
reconhecimento de que eventos novos, imprevistos e imprevisíveis
pelas partes e a elas não imputadas, refletindo sobre a economia ou na
execução do contrato, autorizam a revisão do ajuste em consideração
dos fatores supervenientes, conforme aplicação da cláusula rebus sic
stantibus. 
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Assim, força maior é evento externo, imprevisível e
inevitável, que cria para o contratante óbice intransponível ou que eleva
sobremaneira os encargos contratados, inviabilizando, nos termos
firmados, a execução do contrato. (terremoto, guerra, revolta, rebelião
etc). 
Caso fortuito é evento interno, inexplicável ou anômala
da Administração ou do contratado, também imprevisível e inevitável,
que gera encargos insuportáveis ou que eleva sobremaneira os
encargos contratados, inviabilizando, nos termos firmados, a execução
do contrato. (ex: incêndio, greve dos servidores ou dos funcionários
etc). 
Fato do príncipe é determinação estatal, geral e
superveniente, imprevisível ou imprevista, que onera ou desonera o
contrato, repercutindo indiretamente sobre ele. (Ex: criação ou extinção
de um tributo) 
Considera-se, ademais, fato da administração é toda
ação ou omissão do Poder Público que esteja diretamente relacionada
com o contrato, impedindo ou retardando sua execução nas condições
inicialmente estabelecidas. (Ex.: não liberação do local para realização
de obra) 
É de se observar que tanto o fato do príncipe como o fato
da administração provém de uma determinaçãoestatal. A diferença é
que o fato do príncipe incide sobre toda a sociedade (ex. imposto) e o
fato da administração incide sobre o contrato especificamente (ex. não
desapropriação de área destina a construção de viaduto) 
Ademais, cabe ainda falarmos sobre as denominadas
interferências imprevistas (sujeições imprevistas) que são fatos
materiais imprevistos, existentes ao tempo da celebração do contrato,
mas só verificados ao tempo da sua execução. (ex. diversidade do
terreno conhecida só na execução da obra) 
Todavia, conforme artigo 65, § 8º da Lei de Licitações e
Contratos, não se enquadra como alteração contratual: 
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 Variação ou atualização do valor contratual em razão
de reajuste de preços previsto no próprio contrato, 
 Compensações ou penalizações financeiras
decorrentes das condições de pagamento nele
previstas, 
 Empenho de dotações orçamentárias suplementares
até o limite do seu valor corrigido, 
Tais casos podem ser registrados por simples apostila,
dispensando a celebração de aditamento. 
Fiscalização 
Devemos lembrar, ademais, que o poder de fiscalizar o
contrato e controlar sua execução é inerente à própria Administração,
sendo, inclusive, poder implícito, ou seja, que independe de cláusula
expressa no contrato. 
De qualquer sorte, a Lei de Licitações e Contratos inseriu
referido poder dentre aqueles denominados exorbitantes, conforme
prevê o art. 58, que assim dispõe: 
Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos
instituído por esta Lei confere à Administração, em relação
a eles, a prerrogativa de: 
I - modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação
às finalidades de interesse público, respeitados os direitos
do contratado; 
II - rescindi-los, unilateralmente, nos casos especificados
no inciso I do art. 79 desta Lei; 
III - fiscalizar-lhes a execução; 
IV - aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou
parcial do ajuste; 
V - nos casos de serviços essenciais, ocupar
provisoriamente bens móveis, imóveis, pessoal e serviços 
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vinculados ao objeto do contrato, na hipótese da
necessidade de acautelar apuração administrativa de
faltas contratuais pelo contratado, bem como na hipótese
de rescisão do contrato administrativo. 
Dessa forma, o contrato deverá ser executado fielmente
pelas partes, de acordo com as cláusulas avençadas e as normas da Lei
de Contratos Administrativos, respondendo cada uma pelas
consequências de sua inexecução total ou parcial. 
Entretanto, a execução do contrato deverá ser
acompanhada e fiscalizada por um representante da Administração
especialmente designado, permitida a contratação de terceiros para
assisti-lo e subsidiá-lo de informações pertinentes a essa atribuição,
conforme estabelece o art. 67 da Lei nº 8.666/93. 
Assim, não poderá o representante da Administração ser
substituído por terceiros, ele poderá ter terceiro contratado para assisti-
lo ou subsidiá-lo. 
Diante disso, é importante percebemos que, nos termos
do art. 71 da Lei de Licitações e Contratos, o contratado é responsável
pelos encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais
resultantes da execução do contrato. Porém, cabe à Administração
fiscalizar o recolhimento de tais encargos. 
Assim, eventual inadimplência do contratado, com
referência a tais encargos trabalhistas, fiscais e comerciais não
transfere a responsabilidade à Administração Pública, tampouco poderá
onerar o objeto do contrato ou restringir a regularização e o uso das
obras e edificações, inclusive perante o Registro de Imóveis. 
A Administração Pública, é importante ressaltar, somente
responderá solidariamente com o contratado pelos encargos
previdenciários resultantes da execução do contrato, nos termos do art.
31 da Lei nº 8.212, assim expresso: 
Art. 31. A empresa contratante de serviços executados 
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mediante cessão de mão de obra, inclusive em regime de
trabalho temporário, deverá reter 11% (onze por cento)
do valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de
serviços e recolher, em nome da empresa cedente da mão
de obra, a importância retida até o dia 20 (vinte) do mês
subsequente ao da emissão da respectiva nota fiscal ou
fatura, ou até o dia útil imediatamente anterior se não
houver expediente bancário naquele dia, observado o
disposto no § 5o do art. 33 desta Lei. 
De outro lado, a Administração não responde, conforme a
Lei de Licitações e Contratos Administrativos, em razão de
inadimplência do contratado em relação a encargos trabalhistas. 
No entanto, o entendimento do Tribunal Superior do
Trabalho, nos termos do E-331, é no sentido de que a Administração
Pública responde subsidiariamente, quando ficar evidenciado a falta de
fiscalização em relação ao cumprimento das obrigações trabalhistas,
conforme jurisprudência a seguir: 
AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA.
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. SÚMULA Nº 331, IV, TST.
Em se tratando de típica terceirização, evidenciado o
descumprimento de obrigações trabalhistas por parte do
contratado, deve ser atribuída à contratante a responsabilidade
subsidiária. Nessa hipótese, não se pode deixar de lhe atribuir,
em decorrência de seu comportamento omisso ou irregular, ao
não fiscalizar o cumprimento das obrigações contratuais
assumidas pelo contratado (culpa in vigilando), a
responsabilidade subsidiária e, conseqüentemente, o dever de
responder, supletivamente, pelas conseqüências do
inadimplemento do contrato. Registre-se, por outro lado, que o
art. 37, § 6º, da Constituição Federal consagra a
responsabilidade objetiva da Administração, sob a modalidade
de risco administrativo, estabelecendo, portanto, sua obrigação
de indenizar, quando causar danos a terceiro. Inteligência da
Súmula nº 331, IV, do TST. Agravo de instrumento a que se
nega provimento. ( AIRR - 2732/2003-065-02-40.4 , Relator 
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Ministro: Horácio Raymundo de Senna Pires, Data de
Julgamento: 11/06/2008, 6ª Turma, Data de Publicação:
13/06/2008) 
Extinção (Rescisão contratual) 
Dispõe a Lei de Licitações e Contratos que a rescisão do
contrato poderá ocorrer de três formas: 
 Por ato unilateral e escrito da Administração; 
 Amigavelmente, por acordo entre as partes, reduzida
a termo no processo da licitação, desde que haja
conveniência para a Administração; 
 Judicialmente, nos termos da legislação; 
Os casos que possibilitam a rescisão unilateralmente pela
Administração estão expressos no art. 78, incs. I a XII e inc. XVII, Lei
nº 8.666/93, sendo: 
I - o não cumprimento de cláusulas contratuais,
especificações, projetos ou prazos; 
II - o cumprimento irregular de cláusulas contratuais,
especificações, projetos e prazos; 
III - a lentidão do seu cumprimento, levando a
Administração a comprovar a impossibilidade da
conclusão da obra, do serviço ou do fornecimento,
nos prazos estipulados; 
IV - o atraso injustificado no início da obra, serviço
ou fornecimento; 
V - a paralisação da obra, do serviço ou do
fornecimento, sem justa causa e prévia comunicação
à Administração; 
VI - a subcontratação totalou parcial do seu objeto,
a associação do contratado com outrem, a cessão ou
transferência, total ou parcial, bem como a fusão, 
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cisão ou incorporação, não admitidas no edital e no
contrato; 
VII - o desatendimento das determinações regulares
da autoridade designada para acompanhar e
fiscalizar a sua execução, assim como as de seus
superiores; 
VIII - o cometimento reiterado de faltas na sua
execução, anotadas na forma do § 1o do art. 67
desta Lei; 
IX - a decretação de falência ou a instauração de
insolvência civil; 
X - a dissolução da sociedade ou o falecimento do
contratado; 
XI - a alteração social ou a modificação da finalidade
ou da estrutura da empresa, que prejudique a
execução do contrato; 
XII - razões de interesse público, de alta relevância e
amplo conhecimento, justificadas e determinadas
pela máxima autoridade da esfera administrativa a
que está subordinado o contratante e exaradas no
processo administrativo a que se refere o contrato;
XVII - a ocorrência de caso fortuito ou de força
maior, regularmente comprovada, impeditiva da
execução do contrato. 
A rescisão amigável, ou por acordo entre as partes,
ocorre quando há consenso entre as partes, ou seja, por acordo mútuo
mediante a formalização de distrato, conforme prevê o art. 78, incisos
XIII a XVI, da Lei 8.666/93, havendo conveniência para a
Administração. 
Penalidades 
A Administração poderá aplicar as seguintes sanções aos
contratados: 
Art. 86. O atraso injustificado na execução do contrato
sujeitará o contratado à multa de mora, na forma 
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prevista no instrumento convocatório ou no contrato. 
§ 1o A multa a que alude este artigo não impede que a
Administração rescinda unilateralmente o contrato e
aplique as outras sanções previstas nesta Lei. 
§ 2o A multa, aplicada após regular processo
administrativo, será descontada da garantia do respectivo
contratado. 
§ 3o Se a multa for de valor superior ao valor da garantia
prestada, além da perda desta, responderá o contratado
pela sua diferença, a qual será descontada dos
pagamentos eventualmente devidos pela Administração
ou ainda, quando for o caso, cobrada judicialmente. 
Art. 87. Pela inexecução total ou parcial do contrato a
Administração poderá, garantida a prévia defesa, aplicar
ao contratado as seguintes sanções: 
I - advertência; 
II - multa, na forma prevista no instrumento convocatório
ou no contrato; (multa compensatória) 
III - suspensão temporária de participação em licitação
e impedimento de contratar com a Administração, por
prazo não superior a 2 (dois) anos; 
IV - declaração de inidoneidade para licitar ou
contratar com a Administração Pública enquanto
perdurarem os motivos determinantes da punição ou até
que seja promovida a reabilitação perante a própria
autoridade que aplicou a penalidade, que será concedida
sempre que o contratado ressarcir a Administração pelos
prejuízos resultantes e após decorrido o prazo da sanção
aplicada com base no inciso anterior. 
É de se ressaltar que em razão da inexecução total ou
parcial do contrato a Administração poderá, garantida a prévia defesa,
aplicar ao contratado as sanções acima descritas. 
Na hipótese das sanções de advertência, suspensão e
declaração de inidoneidade para licitar ou contratar poderão ser
aplicadas juntamente com a do inciso II (multa), facultada a defesa 
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prévia do interessado, no respectivo processo, no prazo de 5
(cinco) dias úteis. 
Agora, seguem as questões sobre contratos. 
QUESTÕES COMENTADAS 
1. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRAÇÃO – TJ/ES –
CESPE/2011) Define-se contrato administrativo como um acordo
entre duas partes em que ambas assumem obrigações e direitos. 
Comentário: 
De acordo com a lição de Hely Lopes, contrato
administrativo “é o ajuste que a Administração Pública, agindo 
nessa qualidade, firma com particular ou outra entidade
administrativa para a consecução de objetivos de interesse
público, nas condições estabelecidas pela própria
Administração”. 
Assim, de fato, nos contratos administrativos temos um
acordo entre duas partes em que ambas assumem obrigações e
direitos. 
Gabarito: Certo. 
2. (ANALISTA JUDICIÁRIO – EXECUÇÃO DE MANDADOS – STM –
CESPE/2011) Os contratos administrativos têm, como uma de
suas características essenciais, o fato de a administração dispor
de uma posição de supremacia em relação ao contratado. Isso
ocorre mesmo quando a contratação é efetivada por pessoas
administrativas de direito privado, como empresas públicas e
sociedades de economia mista. 
Comentário: 
Uma das características mais marcantes dos contratos 
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administrativos é que, de um lado, há a Administração atuando com
supremacia em relação ao contratado, ou seja, atua com prerrogativas
que lhe conferem superioridade em relação ao contratado. Essa
característica também é observada mesmo quando os contratos
administrativos são firmados pelas empresas estatais. 
Gabarito: Certo. 
3. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRAÇÃO – TJ/ES –
CESPE/2011) O contrato administrativo é uma modalidade de
contrato em que a administração pública estabelece um acordo
com outra entidade administrativa, sendo vedada a contratação
com particulares. 
Comentário: 
De fato, o contrato administrativo é uma modalidade de
contrato da Administração. Todavia, pode tanto ser firmado com outra
entidade da Administração, como com particulares, vide os contratos de
concessão e permissão. 
Gabarito: Errado. 
4. (TÉCNICO ADMINISTRATIVO – IBAMA – CESPE/2012) Todo
contrato celebrado pela administração pública será considerado
um contrato administrativo. 
Comentário: 
Nem todo contrato firmado pela Administração é
considerado contrato administrativo. Nos contratos administrativos
temos a Administração atuando com supremacia. De outro lado, temos
os contratos privados da Administração, tal como os contratos de
compra e venda, de locação, de seguro, dentre outros. 
Gabarito: Errado. 
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5. (ANALISTA PROCESSUAL – TJ/RO – CESPE/2012) Os
contratos administrativos regem-se exclusivamente pelas suas
cláusulas e pelos preceitos de direito público. 
Comentário: 
De acordo com o art. 54 da Lei nº 8.666/93, os contratos
administrativos regulam-se pelas suas cláusulas e pelos preceitos de
direito público. Contudo, aplicam-se, supletivamente, os princípios da
teoria geral dos contratos e as disposições de direito privado. 
Gabarito: Errado. 
6. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – STM –
CESPE/2011) Todos os contratos celebrados pela administração
pública são regidos por normas de direito público. 
Comentário: 
Nem todo contrato firmado pela Administração é contrato
administrativo. De acordo com o art. 54 da Lei nº 8.666/93, os
contratos administrativos regulam-se pelas suas cláusulas e pelos
preceitos de direito público. Contudo, aplicam-se, supletivamente, os
princípios da teoria geraldos contratos e as disposições de direito
privado. 
Todavia, a Administração também pode firmar contratos
regidos pelo direito privado, que serão regidos pelas regras de direito
privado, aplicando-se, no que couber, as regras de direito público. 
Gabarito: Errado. 
7. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – STM –
CESPE/2011) O regime jurídico dos contratos administrativos 
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confere à administração pública a prerrogativa de modificá-los,
unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de
interesse público; ou mesmo rescindi-los unilateralmente. 
Comentário: 
Os contratos administrativos possuem as seguintes
características: São consensuais, onerosos, formais, comutativos, de
adesão e personalíssimos. 
Consensual porque dependem da manifestação de
vontade das partes para se aperfeiçoar. 
Formal por terem que observar os requisitos legais para
sua formalização (arts. 60 a 62 da Lei nº 8.666/93). 
Oneroso por haver contraprestação pecuniária. 
Comutativo por haver equivalência de obrigações e
direitos, ou seja, há obrigações e direitos recíprocos. 
Personalíssimo (intuitu personae) na medida em que
o contrato é sempre firmado em razão das condições pessoais do
contratado. 
Tem natureza de contrato de adesão, é que todas as
cláusulas são firmadas unilateralmente pela Administração. 
Cláusulas exorbitantes, ou seja, significa que há
prerrogativas especiais para a Administração, tal como poder de alterar
o contrato unilateralmente, rescindi-lo unilateralmente, aplicar
punições, fiscalizar e exigir garantia. 
Há ainda a característica da mutabilidade, isso porque
dentre as cláusulas exorbitantes há a possibilidade de alteração
unilateral do contrato por motivo de interesse público, conforme prevê o
art. 65 da Lei nº 8.666/93, ao estabelecer que: 
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Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser
alterados, com as devidas justificativas, nos seguintes
casos: 
I – unilateralmente pela Administração: 
a) quando houver modificação do projeto ou das
especificações, para melhor adequação técnica aos seus
objetivos; 
b) quando necessária a modificação do valor contratual
em decorrência de acréscimo ou diminuição quantitativa
de seu objeto, nos limites permitidos por esta Lei; 
Gabarito: Certo. 
8. (ANALISTA DE CORREIOS – ADVOGADO – CORREIOS –
CESPE/2011) A possibilidade de alteração unilateral do contrato
administrativo pela administração pública, independentemente
de motivação, constitui uma de suas cláusulas exorbitantes. 
Comentário: 
Nos contratos administrativos temos a presença das
denominadas cláusulas exorbitantes, ou seja, disposições que conferem
posição privilegiada (poderes especiais) para a Administração. 
Dentre tais cláusulas temos o poder de a Administração
aplicar sanções, fiscalizar a execução do contrato, rescindir
unilateralmente, bem como de alterá-lo unilateralmente. 
Contudo, qualquer desses poderes, inclusive a alteração
unilateral deve ser devidamente justificativa, ou seja, é sempre
exercido de forma motivada, conforme determina o art. 65 da Lei nº 
8.666/93, assim expresso: 
Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser
alterados, com as devidas justificativas, nos seguintes
casos: 
I – unilateralmente pela Administração: 
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Gabarito: Errado. 
9. (ANALISTA JUDICIÁRIO - ADMINISTRATIVA – TJ/ES –
CESPE/2011) A regra segundo a qual os contratos
administrativos são realizados intuitu personae é absoluta. 
Comentário: 
Os contratos são firmados em razão das condições e
qualidades pessoais da contratada, verificadas no momento da
habilitação. Contudo, verifica-se que não se trata de uma regra absoluta
na medida em que quando houver previsão no edital e for autorizado
pela Administração poderá haver subcontratação de parte do objeto
contratado. 
Gabarito: Errado. 
10. (PROMOTOR DE JUSTIÇA – MPE/RR – CESPE/2012)
Segundo a doutrina, a natureza intuito personae não se insere,
em regra, entre as peculiaridades do contrato administrativo. 
Comentário: 
É peculiaridade ou característica dos contratos
administrativos ser personalíssimo, ou seja, intuito personae, pois as
qualidades pessoais da contratada, verificadas na habilitação é que
ensejaram a contratação. 
Gabarito: Errado. 
11. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TJ/AL –
CESPE/2012) Os contratos administrativos para os quais é
exigida licitação têm natureza intuitu personae, o que impede
subcontratação total ou parcial de seu objeto e obriga a 
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anulação de eventual previsão editalícia ou contratual nesse
sentido. 
Comentário: 
De fato, os contratos administrativos são personalíssimos
(intuitu personae). No entanto, essa característica não é absoluta, de
modo que é possível a subcontratação de seu objeto quando houver
previsão no edital e for autorizada pela Administração. 
Art. 72. O contratado, na execução do contrato, sem
prejuízo das responsabilidades contratuais e legais, poderá
subcontratar partes da obra, serviço ou fornecimento, até
o limite admitido, em cada caso, pela Administração. 
... 
Art. 78. Constituem motivo para rescisão do contrato: 
VI - a subcontratação total ou parcial do seu objeto,
a associação do contratado com outrem, a cessão ou
transferência, total ou parcial, bem como a fusão, cisão ou
incorporação, não admitidas no edital e no contrato; 
Gabarito: Errado. 
12. (ANALISTA PROCESSUAL – TJ/RO – CESPE/2012) É vedado
ao contratado, na execução do contrato, subcontratar partes da
obra ou serviço. 
Comentário: 
Embora os contratos administrativos sejam
personalíssimos, pode haver a subcontratação de partes da obra ou
serviço, quando prevista no edital e for autorizada pela Administração,
conforme o seguinte: 
Art. 72. O contratado, na execução do contrato, sem
prejuízo das responsabilidades contratuais e legais, poderá
subcontratar partes da obra, serviço ou fornecimento, até 
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o limite admitido, em cada caso, pela Administração. 
... 
Art. 78. Constituem motivo para rescisão do contrato: 
VI - a subcontratação total ou parcial do seu objeto,
a associação do contratado com outrem, a cessão ou
transferência, total ou parcial, bem como a fusão, cisão ou
incorporação, não admitidas no edital e no contrato; 
Gabarito: Errado. 
13. (TODOS OS CARGOS – MS – CESPE/2010) É admitida a
celebração de contratos administrativos com pessoas físicas
domiciliadas no estrangeiro. 
Comentário: 
Pode-se inferir do art. 55, §2º, da Lei nº 8.666/93 que os
contratos administrativos podem ser formalizados com pessoas físicas
ou jurídicas, localizadas no estrangeiro, devendo, neste caso, constar do
contrato, necessariamente, cláusula que declare competente o foro da
sede da Administração para dirimir quaisquer questões contratuais,
salvo a licitação internacional nas condições do art. 32, §6º da Lei de
Licitações. 
Gabarito: Certo. 
14. (AFCE – TCU – CESPE/2010) Se o convocadonão assinar o
termo de contrato, a administração pública poderá convocar os
licitantes remanescentes, na ordem de classificação, para esse
fim, no prazo e nas condições por eles apresentadas nas
respectivas propostas. 
Comentário: 
A Administração convocará regularmente o interessado
para assinar o termo de contrato, aceitar ou retirar o instrumento 
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equivalente, dentro dos prazos e condições estabelecidos, sob pena de
decair o direito à contratação, sem prejuízo das sanções legais (art. 64,
Lei nº 8.666/93). 
No entanto, quando o convocado não assinar o termo de
contrato, é facultado à Administração convocar os licitantes
remanescentes, na ordem de classificação, para fazê-lo em igual
prazo e nas mesmas condições propostas pelo primeiro
classificado, inclusive quanto aos preços atualizados de conformidade
com o ato convocatório, ou revogar a licitação. 
Gabarito: Errado. 
15. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRAÇÃO – TJ/RO –
CESPE/2012) Os contratos decorrentes de dispensa ou de
inexigibilidade de licitação devem estar de acordo com os
termos do ato que os autorizou, bem como de acordo com a
respectiva proposta. 
Comentário: 
Nos termos do art. 54, §1º, da Lei nº 8.666/93, os
contratos devem estabelecer com clareza e precisão as condições para
sua execução, expressas em cláusulas que definam os direitos,
obrigações e responsabilidades das partes, em conformidade com os
termos da licitação e da proposta a que se vinculam. 
Gabarito: Certo. 
16. (DEFENSOR PÚBLICO – DPE/AC – CESPE/2012) O
instrumento de contrato é obrigatório em todas as modalidades
de licitação. 
Comentário: 
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É importante destacar que, em regra, a exigência
preliminar para a formalização de um contrato com a Administração
Pública é a realização de processo licitatório, ressalvando-se os casos
em que se permite a contratação direta (dispensa ou inexigibilidade). 
Assim, os requisitos necessários à formalização do ajuste
estão dispostos nos artigos 60 a 62 da Lei de Licitações e Contratos,
devendo, por exemplo, os contratos e seus aditamentos serem lavrados
nas repartições interessadas, manter arquivo cronológico dos seus
autógrafos e registro sistemático do seu extrato etc. 
Por isso, devemos observar que contrato é ato jurídico
bilateral que independe da assinatura de instrumento, ou seja, a
simples assinatura, por exemplo, em nota de empenho já o caracteriza. 
A propósito, o instrumento é o documento escrito onde se
estabelecem as regras, obrigações e direitos (termo de contrato). 
Com efeito, o instrumento é obrigatório para as
contratações que decorreram de concorrência ou tomada de
preço, e para os casos de dispensa ou inexigibilidade, cujos
preços se inserem no âmbito dessas modalidades, nos demais
casos, o instrumento é facultativo, podendo ser substituído por outros
instrumentos. 
Assim, conforme o art. 62 da Lei nº 8.666/93, a
Administração poderá substituir o termo contratual pela carta-
contrato, nota de empenho de despesa, autorização de compra
ou ordem de execução de serviço. 
É importante, ademais, atentarmos para o fato de que é
dispensável o "termo de contrato" e facultada sua substituição,
a critério da Administração e independentemente de seu valor, nos
casos de compra com entrega imediata e integral dos bens
adquiridos, dos quais não resultem obrigações futuras, inclusive
assistência técnica. 
Diante disso, em regra, é nulo contrato verbal, pois 
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deverá ser formalizado por escrito em instrumento contratual ou, nos
casos em que for permitido, ser substituído por outro instrumento hábil. 
Todavia, como exceção, poderá haver contrato verbal,
nos casos de pequenas compras de pronta entrega ou pronto
pagamento, que não ultrapassar 5% do valor do convite, ou seja,
R$ 4.000,00 (quatro mil reais), feitas em regime de adiantamento,
conforme art. 60, par. único, Lei nº 8.666/93, assim disposto: 
Art. 60. 
Parágrafo único. É nulo e de nenhum efeito o contrato
verbal com a Administração, salvo o de pequenas compras
de pronto pagamento, assim entendidas aquelas de valor
não superior a 5% (cinco por cento) do limite estabelecido
no art. 23, inciso II, alínea "a" desta Lei, feitas em regime
de adiantamento. 
Por fim, a doutrina ainda cita que poderá haver contrato
verbal em situações excepcionais e emergenciais, sendo,
posteriormente, formalizado. 
Nessa linha de entendimento, o TCU manifestou-se no
sentido de que a ausência de contrato, situação irregular, não inviabiliza
a continuidade de execução da atividade. Precedente: 
1. O Tribunal de Contas da União tem perfilhado
entendimento no sentido de que, no caso das obras
rodoviárias emergenciais do PETSE: 1.1 a ausência de
instrumento de contrato, desde que reste 
comprovada a não-ocorrência de atos lesivos ao 
erário, é irregularidade que permite a continuidade 
da obra mediante o saneamento do vício original;
[VOTO] 
25. Quanto à irregularidade atinente ao início das obras
sem cobertura contratual, permito-me dissentir do
posicionamento da unidade técnica, em essencial porque
as poucas decisões deste Tribunal que envolveram
apenação dos gestores por conta dessa falha, no âmbito 
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do programa emergencial em destaque, [...], levaram em
consideração, também, outras irregularidades
devidamente comprovadas, ou referiram-se a casos em
que as obras foram executadas sem instrumento
contratual durante praticamente todo o período de 180
dias estipulado no art. 24, inciso IV, do referido dispositivo
legal, diferentemente da hipótese em tela. 
26. A jurisprudência dominante do Tribunal aponta para o
saneamento da ocorrência com a formalização posterior
da avença [...], quando não se tenha verificado, nos
processos relativos ao referido programa, as
circunstâncias fáticas expostas acima e, mais importante,
não se tenha configurado prejuízo ao erário decorrente do
atraso na assinatura do ajuste. 
27. Desse modo, ciente de que não foram assinaladas
ocorrências de natureza grave que pudessem ocasionar
prejuízos ao erário, e adotando a mesma linha de
entendimento firmada em processos similares já
apreciados por esta Casa, julgo que o encaminhamento da
matéria prescinde de apenação dos responsáveis em
decorrência da irregularidade concernente ao atraso na
lavratura do contrato. 
De todo modo, é pacífico no âmbito do Tribunal de Contas
da União que “É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a
Administração, salvo o de pequenas compras de pronto
pagamento, assim entendidas aquelas de valor não superior a
5% (cinco por cento) do limite estabelecido no art. 23, inciso II,
alínea "a", da Lei 8.666/1993, feitas em regime de
adiantamento”. 
Portanto, nem sempre o instrumento contratual será
obrigatório. 
Gabarito: Errado. 
17. (ANALISTA AMBIENTAL I – MMA – CESPE/2011) O contrato 
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será obrigatório caso a administração pública realize
procedimento licitatório nasmodalidades concorrência e tomada
de preço, bem como nos casos de dispensas e inexigibilidades
cujos preços estiverem compreendidos nos limites das referidas
modalidades de licitação. 
Comentário: 
O instrumento é obrigatório para as contratações que
decorreram de concorrência ou tomada de preço, e para os casos de
dispensa ou inexigibilidade, cujos preços se inserem no âmbito dessas
modalidades. 
Nos demais casos, o instrumento é facultativo, podendo
ser substituído por outros instrumentos, conforme prevê o art. 62 da
Lei, assim expresso: 
Art. 62. O instrumento de contrato é obrigatório nos
casos de concorrência e de tomada de preços, bem como
nas dispensas e inexigibilidades cujos preços estejam
compreendidos nos limites destas duas modalidades de
licitação, e facultativo nos demais em que a Administração
puder substituí-lo por outros instrumentos hábeis, tais
como carta-contrato, nota de empenho de despesa,
autorização de compra ou ordem de execução de serviço. 
Gabarito: Certo. 
18. (ANALISTA MINISTERIAL – MPE/PI – CESPE/2012) No que
se refere à formalização do contrato administrativo, o
denominado termo de contrato é dispensável nos casos de
concorrência e de tomada de preços. 
Comentário: 
Justamente o contrário. De acordo com o art. 62 da Lei de
Licitações, o instrumento de contrato é obrigatório nos casos de 
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concorrência e de tomada de preços, bem como nas dispensas e
inexigibilidades cujos preços estejam compreendidos nos limites destas
duas modalidades de licitação, e facultativo nos demais em que a
Administração puder substituí-lo por outros instrumentos hábeis, tais
como carta-contrato, nota de empenho de despesa, autorização de
compra ou ordem de execução de serviço. 
Gabarito: Errado. 
19. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRAÇÃO – TJ/RO –
CESPE/2012) O instrumento de contrato é facultativo em
licitações realizadas pelas modalidades concorrência e tomada
de preços. 
Comentário: 
O instrumento contratual é obrigatório nos casos de
concorrência e tomada de preços, de acordo com o art. 62 da Lei nº 
8.666/93, que assim dispõe: 
Art. 62. O instrumento de contrato é obrigatório nos
casos de concorrência e de tomada de preços, bem como
nas dispensas e inexigibilidades cujos preços estejam
compreendidos nos limites destas duas modalidades de
licitação, e facultativo nos demais em que a Administração
puder substituí-lo por outros instrumentos hábeis, tais
como carta-contrato, nota de empenho de despesa,
autorização de compra ou ordem de execução de serviço. 
Gabarito: Errado. 
20. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – STM –
CESPE/2011) As cartas-contrato, notas de empenho de despesa,
autorizações de compra e ordens de execução de serviço podem
substituir os termos do contrato desde que não se refiram a:
licitações realizadas nas modalidades concorrência, tomada de 
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preços e pregão; dispensa ou inexigibilidade de licitação, cujo
valor esteja compreendido nos limites das modalidades
concorrência e tomada de preços; contratações de qualquer
valor das quais resultem obrigações futuras. 
Comentário: 
De fato, as cartas-contrato, notas de empenho de
despesa, autorizações de compra e ordens de execução de serviço
podem substituir os termos do contrato desde que não se refiram a: 
 Licitações realizadas nas modalidades concorrência e
tomada de preços; 
 Dispensa ou inexigibilidade de licitação, cujo valor esteja
compreendido nos limites das modalidades concorrência
e tomada de preços; 
 Contratações de qualquer valor das quais resultem
obrigações futuras. 
Contudo, essa exceção à obrigatoriedade do termo
contratual não se aplica ao pregão. 
Gabarito: Errado. 
21. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – STM –
CESPE/2011) É dispensável a realização de termo de contrato e
facultada sua substituição por outros instrumentos hábeis, tais
como carta contrato, nota de empenho de despesa, autorização
de compra ou ordem de execução de serviço, a critério da
administração pública, desde que a compra enseje entrega
imediata e integral dos bens adquiridos e não ultrapasse o limite
de R$ 80.000,00. 
Comentário: 
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De acordo com o art. 60, §4º, da Lei nº 8.666/93 é
dispensável o "termo de contrato" e facultada a substituição prevista
neste artigo, a critério da Administração e independentemente de
seu valor, nos casos de compra com entrega imediata e integral dos
bens adquiridos, dos quais não resultem obrigações futuras, inclusive
assistência técnica. 
Gabarito: Errado. 
22. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – STM –
CESPE/2011) Na Lei n.º 8.666/1993 constam dispositivos legais
que permitem a realização de contrato verbal com a
administração pública em alguns casos. 
Comentário: 
É verdade. De acordo com o art. 60, parágrafo único, da
Lei nº 8.666/93, é nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a
Administração, salvo o de pequenas compras de pronto
pagamento, assim entendidas aquelas de valor não superior a 5%
(cinco por cento) do limite estabelecido no art. 23, inciso II, alínea "a"
desta Lei (R$ 4.000), feitas em regime de adiantamento. 
Gabarito: Certo. 
23. (TÉCNICO EM COMUNICAÇÃO SOCIAL – MPS –
CESPE/2010) Os contratos administrativos de pequenas
compras de pronto pagamento, feitas em regime de
adiantamento, podem ser pactuados de forma verbal. 
Comentário: 
Novamente. Então, conforme determina o art. 60,
parágrafo único, da Lei nº 8.666/93, é nulo e de nenhum efeito o
contrato verbal com a Administração, salvo o de pequenas compras
de pronto pagamento, assim entendidas aquelas de valor não 
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superior a 5% (cinco por cento) do limite estabelecido no art. 23, inciso
II, alínea "a" desta Lei (R$ 4.000), feitas em regime de
adiantamento. 
Gabarito: Certo. 
24. (ANALISTA – CÂMARA – CESPE/2012) É considerado nulo,
sem qualquer efeito, o contrato verbal feito pela administração,
com exceção dos relativos a contratações de pequenas compras
de pronto pagamento, como as de valor não superior a 5% do
valor estimado para a modalidade convite, feitas em regime de
adiantamento. 
Comentário: 
De fato, como se observa do art. 60, parágrafo único, da
Lei nº 8.666/93, é nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a
Administração, salvo o de pequenas compras de pronto
pagamento, assim entendidas aquelas de valor não superior a 5%
(cinco por cento) do limite estabelecido no art. 23, inciso II, alínea "a"
desta Lei (R$ 4.000), feitas em regime de adiantamento. 
Gabarito: Certo. 
25. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/RJ –
CESPE/2012) Contratos de compra de pequeno valor e com
pagamento imediato podem ser celebrados verbalmente pela
administração pública. 
Comentário: 
De acordo com o parágrafo único do art. 60 da Lei nº 
8.666/93, é nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a
Administração, salvo o de pequenas compras de pronto
pagamento, assim entendidas aquelas de valor não superior a 5%
(cinco por cento) do limite estabelecido para o convite, feitas em regime 
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de adiantamento. 
Art. 60. Os contratos e seus aditamentos serão lavrados
nas repartições interessadas, as quais manterão arquivo
cronológico dos seus autógrafos e registro sistemático do
seu extrato, salvo os relativos a direitos reais sobre
imóveis, que se formalizam por instrumento lavrado em
cartório de notas, de tudo juntando-se cópia no processo
que lhe deu origem. 
Parágrafo único. É nulo e de nenhum efeito o contrato
verbal com a Administração, salvo o de pequenas compras
de pronto pagamento, assim entendidas aquelas de valor
não superior a 5% (cinco por cento) do limite estabelecido
no art. 23, inciso II, alínea "a" desta Lei, feitas em regime
de adiantamento. 
Gabarito: Certo. 
26. (JUIZ – TJ/BA – CESPE/2012) É nulo e sem nenhum efeito,
em qualquer caso, qualquer contrato verbal com a administração
pública. 
Comentário: 
Admite-se o contrato verbal, exceção à regra, nos casos
de pequenas compras de pronto pagamento, assim entendidas
aquelas de valor não superior a 5% (cinco por cento) do limite
estabelecido para o convite, feita em regime de adiantamento. 
Gabarito: Errado. 
27. (DEFENSOR PÚBLICO – DPE/AC – CESPE/2012) Não se
admite a celebração de contrato verbal com a administração
pública, e, em face do princípio constitucional da publicidade, a
lei não comporta excepcionalidade a essa vedação. 
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38 
Comentário: 
Novamente. Admite-se o contrato verbal, exceção à regra
da obrigatoriedade de instrumento contratual, nos casos de pequenas
compras de pronto pagamento, assim entendidas aquelas de valor
não superior a 5% (cinco por cento) do limite estabelecido para o
convite, feita em regime de adiantamento. 
Gabarito: Errado. 
28. (AFCE – TCU – CESPE/2010) O regime de execução ou a
forma de fornecimento constitui cláusula necessária em todo
contrato firmado pela administração pública. 
Comentário: 
De acordo com o art. 55, inc. II, da Lei nº 8.666/93, é
cláusula necessária em todo o contrato, o regime de execução ou a
forma de fornecimento. 
Gabarito: Certo. 
29. (JUIZ – TJ/CE – CESPE/2012) Do instrumento de contrato
deve, obrigatoriamente, constar a exigência da prestação de
garantia nas contratações de obras, serviços e compras,
cabendo à administração indicar, já no edital, a modalidade de
garantia a ser apresentada. 
Comentário: 
Somente será obrigatória a cláusula de exigência de
garantia, quando for exigida. Ademais, em tais casos, não é a
Administração quem escolherá a modalidade, mas a contratada. 
Gabarito: Errado. 
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30. (TÉCNICO EM COMUNICAÇÃO SOCIAL – MPS –
CESPE/2010) A publicação é uma condição indispensável para a
eficácia do contrato administrativo. 
Comentário: 
A publicação resumida do instrumento contratual ou de
seus aditamentos na imprensa oficial é condição indispensável de
eficácia, devendo ser providenciada pela Administração até o quinto dia
útil do mês seguinte ao de sua assinatura, nos termos do art. 61,
parágrafo único, Lei nº 8.666/93. 
Gabarito: Certo. 
31. (JUIZ – TJ/CE – CESPE/2012) Os contratos administrativos
devem ser publicados, em sua íntegra, na imprensa oficial, no
prazo máximo de trinta dias contados da data da assinatura, sob
pena de nulidade. 
Comentário: 
Não se exige a publicação integral dos instrumentos de
contrato, mas a publicação resumida (art. 61, parágrafo único, Lei nº 
8.666/93). 
Gabarito: Errado. 
32. (ANALISTA – CÂMARA – CESPE/2012) Considere que um
licitante vencido em certame regular licitatório pretenda
impugnar a publicação do resumo do instrumento do contrato,
feita no diário oficial em prazo legalmente estabelecido. Nessa
situação, procede a pretensão do licitante, dada a exigência
legal de publicação integral do instrumento do contrato e dos
seus aditamentos na imprensa oficial, condição indispensável
para sua validade, em observância ao princípio da publicidade. 
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40 
Comentário: 
Não procederá, pois não se exige a publicação integral
dos instrumentos de contrato, mas a publicação resumida (art. 61,
parágrafo único, Lei nº 8.666/93). 
Gabarito: Errado. 
33. (DEFENSOR PÚBLICO – DPE/AC – CESPE/2012) A
publicação resumida do instrumento de contrato é condição
indispensável para sua eficácia. 
Comentário: 
De fato, a publicação resumida do instrumento contratual
ou de seus aditamentos na imprensa oficial é condição indispensável de
eficácia, nos termos do art. 61, parágrafo único, Lei nº 8.666/93. 
Gabarito: Certo. 
34. (PROMOTOR DE JUSTIÇA – MPE/RR – CESPE/2012) Os
contratos administrativos em sentido próprio e restrito são
lavrados nas repartições interessadas, com exceção dos
contratos relativos a direitos reais sobre imóveis, os quais
devem ser formalizados por instrumento lavrado em cartório de
notas. 
Comentário: 
De acordo com o art. 60 da Lei nº 8.666/93, os contratos
e seus aditamentos serão lavrados nas repartições interessadas, as
quais manterão arquivo cronológico dos seus autógrafos e registro
sistemático do seu extrato, salvo os relativos a direitos reais sobre
imóveis, que se formalizam por instrumento lavrado em cartório
de notas, de tudo juntando-se cópia no processo que lhe deu origem. 
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Gabarito: Certo. 
35. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/RJ –
CESPE/2012) Os contratos relativos à constituição, modificação
e extinção de direitos reais sobre imóveis, como os demais
contratos administrativos, devem ser lavrados e arquivados em
ordem cronológica na repartição interessada. 
Comentário: 
Os contratos relativos a direitos reais sobre imóveis (2ª
parte do art. 60, Lei nº 8.666/93) devem ser formalizados por
instrumento lavrado em cartório de notas, os demais contratos
serão lavrados e arquivados em ordem cronológica na repartição
interessada. 
Gabarito: Errado. 
36. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRAÇÃO – TJ/ES –
CESPE/2011) O contrato administrativo sempre terá tempo
determinado e sua vigência deverá sujeitar-se aos créditos
orçamentários, tanto no que tange ao tempo quanto aos seus
valores. 
Comentário: 
Regra: “é vedado o contrato com prazo de vigência
indeterminado” (art. 57, §3º). 
Observe, assim, que os contratos administrativos, a priori,
terão vigência adstrita aos recursos orçamentários, ou seja, devem
vigorar dentro da vigência do orçamento, conforme estabelece o artigo
57, Lei nº 8.666/93. 
Art. 57. A duração dos contratos regidos por esta Lei ficará 
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adstrita à vigência dos respectivos créditos orçamentários,
exceto quanto aos relativos: 
Gabarito: Certo. 
37. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/RJ –
CESPE/2012) Os contratos administrativos, ressalvadas as
espécies de contratos previstas em lei, devem, necessariamente,
conter cláusula que identifique o crédito orçamentário que
responderá pela despesa. Portanto, considerando-se as normasvigentes no país, a duração e a execução dos contratos
administrativos não podem, via de regra, ultrapassar o prazo de
um ano. 
Comentário: 
De fato, conforme prevê o art. 55, inc. V, da Lei nº 
8.666/93, os contratos administrativos deverão conter cláusula que
identifique o crédito orçamentário que responderá pela despesa. 
Desse modo, a duração e a execução dos contratos
administrativos não podem, via de regra, ultrapassar o prazo de um
ano, ante a necessidade de a vigência observar o crédito orçamentário,
conforme estabelece o artigo 57, Lei nº 8.666/93. 
Art. 57. A duração dos contratos regidos por esta Lei
ficará adstrita à vigência dos respectivos créditos
orçamentários, exceto quanto aos relativos: 
Gabarito: Certo. 
38. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – STM –
CESPE/2011) Nos casos de emergência ou de calamidade
pública, é permitido o contrato com prazo de vigência
indeterminado. 
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43 
Comentário: 
Como se observa do art. 57, §3º, da Lei nº 8.666/93 é
vedado o contrato com prazo de vigência indeterminado. 
Gabarito: Errado. 
39. (TÉCNICO ADMINISTRATIVO – MPU – CESPE/2010) A
duração de contratos regidos pela Lei de Licitações está limitada
à vigência dos créditos orçamentários referentes a tais
contratos. A única exceção feita por essa lei são os projetos
cujos produtos estejam contemplados nas metas estabelecidas
no plano plurianual, os quais podem ser prorrogados se houver
interesse da administração. 
Comentário: 
Com efeito, a duração dos contratos administrativos fica,
em regra, limitada à vigência dos respectivos créditos orçamentários,
de acordo com o artigo 57, Lei nº 8.666/93. 
Contudo, excepciona referida regra o seguinte: 
a) projetos cujos produtos estejam contemplados nas
metas estabelecidas no Plano Plurianual, os quais poderão ser
prorrogados se houver interesse da Administração e desde que isso
tenha sido previsto no ato convocatório; 
b) Prestação de serviços a serem executados de forma
contínua, que poderão ter a sua duração prorrogada por iguais e
sucessivos períodos com vistas à obtenção de preços e condições mais
vantajosas para a administração, limitada a sessenta meses 
c) Aluguel de equipamentos e à utilização de programas
de informática, podendo a duração estender–se pelo prazo de até 48
(quarenta e oito) meses após o início da vigência do contrato. 
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44 
d) Nos casos previstos nos incisos IX, XIX, XXVIII e XXXI
do art. 24, cujos contratos poderão ter vigência por até 120 (cento e
vinte) meses, caso haja interesse da administração; 
Gabarito: Errado. 
40. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/ES –
CESPE/2011) A duração dos contratos regidos pela Lei n.º 
8.666/1993 fica adstrita à vigência dos respectivos créditos
orçamentários, excetuando-se os contratos relativos a projetos
de longo prazo que estejam autorizados no plano plurianual.
Nesse caso, os contratos podem ser prorrogados
motivadamente, desde que tal prorrogação tenha sido prevista
no ato convocatório. 
Comentário: 
Em regra, a duração dos contratos regidos pela Lei n.º 
8.666/1993 fica adstrita à vigência dos respectivos créditos
orçamentários. 
Excetuando-se, dentre outras hipóteses, os contratos
relativos a projetos de longo prazo que estejam autorizados no plano
plurianual que poderão ser prorrogados motivadamente, desde que tal
prorrogação tenha sido prevista no ato convocatório. 
Gabarito: Certo. 
41. (AFCE – TCU – CESPE/2010) Quando regidos pela Lei n.º 
8.666/1993, os contratos relativos ao aluguel de equipamentos
e à utilização de programas de informática devem ter duração
adstrita à vigência dos respectivos créditos orçamentários. 
Comentário: 
Dentre as contratações que não estão sujeitas à regra 
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geral da vigência dos contratos (artigo 57, Lei nº 8.666/93), temos os
contratos de aluguel de equipamentos e à utilização de
programas de informática, podendo a duração estender–se pelo
prazo de até 48 (quarenta e oito) meses após o início da
vigência do contrato, conforme o seguinte: 
Art. 57 
III - Aluguel de equipamentos e à utilização de programas
de informática, podendo a duração estender–se pelo prazo
de até 48 (quarenta e oito) meses após o início da
vigência do contrato. 
Gabarito: Errado. 
42. (ANALISTA PROCESSUAL – TJ/RO – CESPE/2012) A
duração dos contratos administrativos cujo objeto seja a
prestação de serviços de forma contínua pode ser prorrogada
por iguais e sucessivos períodos com vistas à obtenção de
projetos e condições mais vantajosas para a administração
pública, desde que não ultrapasse o limite máximo de
contratação, que é de sessenta e seis meses. 
Comentário: 
Em regra, a duração dos contratos administrativos fica
adstrita à vigência do crédito orçamentário. Contudo, de acordo com o
art. 57, inc. II, da Lei nº 8.666/93, quando se tratar da prestação de
serviços a serem executados de forma contínua, os contratos poderão
ter a sua duração prorrogada por iguais e sucessivos períodos com
vistas à obtenção de preços e condições mais vantajosas para a
administração, limitada a sessenta meses. 
Gabarito: Errado. 
43. (TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO – TCU – CESPE/2012) A
regra segundo a qual o prazo de vigência do contrato 
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administrativo não pode ultrapassar os limites de vigência dos
créditos orçamentários correspondentes comporta exceções,
como a que envolve os projetos de longo prazo previstos no
plano plurianual, caso seja do interesse da administração
pública e desde que a prorrogação tenha sido prevista no ato
convocatório. 
Comentário: 
De fato, a regra da vigência dos contratos adstrita ao
crédito orçamentário, comporta exceções, sendo: 
a) projetos cujos produtos estejam contemplados nas
metas estabelecidas no Plano Plurianual, os quais poderão ser
prorrogados se houver interesse da Administração e desde que isso
tenha sido previsto no ato convocatório; 
b) Prestação de serviços a serem executados de forma
contínua, que poderão ter a sua duração prorrogada por iguais e
sucessivos períodos com vistas à obtenção de preços e condições mais
vantajosas para a administração, limitada a sessenta meses 
c) Aluguel de equipamentos e à utilização de programas
de informática, podendo a duração estender–se pelo prazo de até 48
(quarenta e oito) meses após o início da vigência do contrato. 
d) Nos casos previstos nos incisos IX, XIX, XXVIII e XXXI
do art. 24, cujos contratos poderão ter vigência por até 120 (cento e
vinte) meses, caso haja interesse da administração; 
Gabarito: Certo. 
44. (ANALISTA – ARQUIVOLOGIA – MPU – CESPE/2010) Toda
prorrogação de contrato deve ser previamente justificada pela
autoridade detentora da atribuição legal específica; portanto, é
nula toda cláusula contratual que disser ser a avença
automaticamente prorrogável. 
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Comentário: 
De acordo com o art. 57, §2º, Lei nº 8.666/93, toda
prorrogação de prazo deverá ser justificada por

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