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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 1 Olá, Bom dia. Hoje vamos estudar tema bastante interessante, sendo a 2ª parte da Lei nº 8.666/93, vamos ver o seguinte: AULA 05: 7 Contratos administrativos. 7.1 Conceito, peculiaridades e interpretação. 7.2 Formalização. 7.3 Execução, inexecução, revisão e rescisão. 7.4 Convênios e consórcios administrativos. Então, vamos que vamos! Contrato Administrativo Contrato administrativo, na abalizada lição de Hely Lopes Meirelles, “é o ajuste que a Administração Pública, agindo nessa qualidade, firma com particular ou outra entidade administrativa para a consecução de objetivos de interesse público, nas condições estabelecidas pela própria Administração”. Para Maria Sylvia Zanella Di Pietro contrato administrativo “é o ajuste que a Administração, nessa qualidade, celebra com pessoas físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, para a consecução de fins públicos, segundo regime de direito público”. Assim, podemos definir contrato administrativo como a avença em que a Administração Pública, agindo como tal, estabelece com o particular ou com outro ente público, para a consecução de interesse público. Percebam que utilizamos de definição mais restritiva na medida em que nem todo contrato firmado pela Administração é considerado contrato administrativo. A corrente majoritária tem o entendimento de que, de forma ampla, a Administração firma diversas espécies de contratos, denominados contratos da administração, sendo espécie destes os contratos regidos pelo direito privado (contratos administrativos PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 2 atípicos), e os regidos pelo direito público (contratos administrativos típicos). Os contratos administrativos são regidos predominantemente pelo Direito Público, estando a Administração em posição de supremacia. Todavia, é preciso salientar que, em que pese serem regidos pelo direito público, aos contratos administrativos se aplicam, de forma supletiva, os princípios da teoria geral dos contratos e as disposições de direito privado, conforme art. 54 da Lei nº 8.666/93. De outro lado, nos contratos submetidos ao Direito Privado, atua a Administração em posição de igualdade com o particular. Porém, ainda que se diga regido pelo direito privado, os contratos privados da administração, qualquer que seja ele, sempre terá a influência das normas de direito público, conforme expressa o art. 62, da Lei de Licitações e Contratos (Lei nº 8.666/93), que assim dispõe: Art. 62. [...] §3º - Aplica-se o disposto nos arts. 55 e 58 a 61 desta Lei e demais normas gerais, no que couber: I - aos contratos de seguro, de financiamento, de locação em que o Poder Público seja locatário, e aos demais cujo conteúdo seja regido, predominantemente, por norma de direito privado; II - aos contratos em que a Administração for parte como usuária de serviço público. Insta esclarecer, ademais, que compete à União estabelecer normas gerais sobre contratos administrativos, consoante dicção do art. 22, inc. XXVII, da CF/1988. Características Com efeito, os contratos administrativos têm as seguintes características: PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 3 a) é consensual, ou seja, dependem da manifestação de vontade das partes para se aperfeiçoar. b) em regra, é formal, devendo observar os requisitos legais conforme arts. 60 a 62 da Lei nº 8.666/93, ou seja, observa o procedimento legal. É importante destacar que os contratos devem ser escrito no vernáculo, ou seja, na nossa língua, de modo que os feitos no exterior deverão ser traduzidos, conforme entendimento do TCU, que assim preconiza: “É necessária a tradução para o vernáculo de contratos redigidos em língua estrangeira, celebrados ou não no Brasil, cujo cumprimento e execução devam se dar dentro do território brasileiro”. c) é oneroso, ou seja, não é gratuito, há contraprestação pecuniária. d) é comutativo, isto é, há equivalência de obrigações, previamente ajustadas e conhecidas. e) é personalíssimo (intuitu personae), ou seja, o contrato é sempre firmado em razão das condições pessoais do contratado. Por isso, como regra é vedada a subcontratação, salvo se expressamente prevista no edital e autorizada pela Administração. f) tem natureza de contrato de adesão, é que todas as cláusulas são firmadas unilateralmente pela Administração. Devemos observar, inclusive, que a minuta do contrato é parte integrante do edital de licitante, como anexo. Porém, mesmo nos casos de contratação direta, as cláusulas são elaboradas pela Administração. Significa dizer que o contratado não influi quase nada das cláusulas contratuais, inclusive, muitas deles já estabelecida como obrigatórias pela própria Lei, conforme art. 55, as quais valem a pena indicar, apenas para termos ciência, sendo: Art. 55. São cláusulas necessárias em todo contrato as que PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 4 estabeleçam: I - o objeto e seus elementos característicos; II - o regime de execução ou a forma de fornecimento; III - o preço e as condições de pagamento, os critérios, data- base e periodicidade do reajustamento de preços, os critérios de atualização monetária entre a data do adimplemento das obrigações e a do efetivo pagamento; IV - os prazos de início de etapas de execução, de conclusão, de entrega, de observação e de recebimento definitivo, conforme o caso; V - o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da classificação funcional programática e da categoria econômica; VI - as garantias oferecidas para assegurar sua plena execução, quando exigidas; VII - os direitos e as responsabilidades das partes, as penalidades cabíveis e os valores das multas; VIII - os casos de rescisão; IX - o reconhecimento dos direitos da Administração, em caso de rescisão administrativa prevista no art. 77 desta Lei; X - as condições de importação, a data e a taxa de câmbio para conversão, quando for o caso; XI - a vinculação ao edital de licitação ou ao termo que a dispensou ou a inexigiu, ao convite e à proposta do licitante vencedor; XII - a legislação aplicável à execução do contrato e especialmente aos casos omissos; XIII - a obrigação do contratado de manter, durante toda a execução do contrato, em compatibilidade com as obrigações por ele assumidas, todas as condições de habilitação e qualificação exigidas na licitação. Portanto, as cláusulas dos contratos administrativos são elaboradas, unilateralmente, pela Administração Pública, sendo apresentada aos interessados, em regra, com a abertura da licitação, quando da publicação do edital. g) é mutável, isso porque dentre as cláusulas exorbitantes há a possibilidade de alteração unilateral do contrato por PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 5 motivo de interesse público. Contrato x instrumento contratual É importante destacar que, em regra, a exigência preliminar para a formalização de um contrato com a Administração Pública é a realização de processo licitatório, ressalvando-se os casos em que se permite a contratação direta(dispensa ou inexigibilidade) Assim, os requisitos necessários à formalização do ajuste estão dispostos nos artigos 60 a 62 da Lei de Licitações e Contratos, devendo, por exemplo, os contratos e seus aditamentos serem lavrados nas repartições interessadas, manter arquivo cronológico dos seus autógrafos e registro sistemático do seu extrato etc. Por isso, devemos observar que contrato é ato jurídico bilateral que independe da assinatura de instrumento, ou seja, a simples assinatura, por exemplo, em nota de empenho já o caracteriza. A propósito, o instrumento é o documento escrito onde se estabelecem as regras, obrigações e direitos (termo de contrato). Com efeito, o instrumento é obrigatório para as contratações que decorreram de concorrência ou tomada de preço, e para os casos de dispensa ou inexigibilidade, cujos preços se inserem no âmbito dessas modalidades, nos demais casos, o instrumento é facultativo, podendo ser substituído por outros instrumentos. Assim, conforme o art. 62 da Lei nº 8.666/93, a Administração poderá substituir o termo contratual pela carta- contrato, nota de empenho de despesa, autorização de compra ou ordem de execução de serviço. É importante, ademais, atentarmos para o fato de que é dispensável o "termo de contrato" e facultada a substituição, a critério da Administração e independentemente de seu valor, nos casos de compra com entrega imediata e integral dos bens adquiridos, dos quais não resultem obrigações futuras, inclusive assistência técnica. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 6 Diante disso, em regra, é nulo contrato verbal, pois deverá ser formalizado por escrito em instrumento contratual ou, nos casos em que for permitido, ser substituído por outro instrumento hábil. Todavia, como exceção, poderá haver contrato verbal, nos casos de pequenas compras de pronta entrega ou pronto pagamento, que não ultrapassar 5% do valor do convite, ou seja, R$ 4.000,00 (quatro mil reais), feitas em regime de adiantamento, conforme art. 60, par. único, Lei nº 8.666/93, assim disposto: Art. 60. Parágrafo único. É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a Administração, salvo o de pequenas compras de pronto pagamento, assim entendidas aquelas de valor não superior a 5% (cinco por cento) do limite estabelecido no art. 23, inciso II, alínea "a" desta Lei, feitas em regime de adiantamento. Por fim, a doutrina ainda cita que poderá haver contrato verbal em situações excepcionais e emergenciais, sendo, posteriormente, formalizado. Nessa linha de entendimento, o TCU manifestou-se no sentido de que a ausência de contrato, situação irregular, não inviabiliza a continuidade de execução de atividade. Ilustrativamente: 1. O Tribunal de Contas da União tem perfilhado entendimento no sentido de que, no caso das obras rodoviárias emergenciais do PETSE: 1.1 a ausência de instrumento de contrato, desde que reste comprovada a não-ocorrência de atos lesivos ao erário, é irregularidade que permite a continuidade da obra mediante o saneamento do vício original; [VOTO] 25. Quanto à irregularidade atinente ao início das obras sem cobertura contratual, permito-me dissentir PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 7 do posicionamento da unidade técnica, em essencial porque as poucas decisões deste Tribunal que envolveram apenação dos gestores por conta dessa falha, no âmbito do programa emergencial em destaque, [...], levaram em consideração, também, outras irregularidades devidamente comprovadas, ou referiram-se a casos em que as obras foram executadas sem instrumento contratual durante praticamente todo o período de 180 dias estipulado no art. 24, inciso IV, do referido dispositivo legal, diferentemente da hipótese em tela. 26. A jurisprudência dominante do Tribunal aponta para o saneamento da ocorrência com a formalização posterior da avença [...], quando não se tenha verificado, nos processos relativos ao referido programa, as circunstâncias fáticas expostas acima e, mais importante, não se tenha configurado prejuízo ao erário decorrente do atraso na assinatura do ajuste. 27. Desse modo, ciente de que não foram assinaladas ocorrências de natureza grave que pudessem ocasionar prejuízos ao erário, e adotando a mesma linha de entendimento firmada em processos similares já apreciados por esta Casa, julgo que o encaminhamento da matéria prescinde de apenação dos responsáveis em decorrência da irregularidade concernente ao atraso na lavratura do contrato. E, assim, a resenha do TCU: É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a Administração, salvo o de pequenas compras de pronto pagamento, assim entendidas aquelas de valor não superior a 5% (cinco por cento) do limite estabelecido no art. 23, inciso II, alínea "a", da Lei 8.666/1993, feitas em regime de adiantamento PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 8 Vigência (Duração do contrato) Os contratos administrativos, como regra, têm vigência adstrita aos recursos orçamentários, ou seja, devem vigorar dentro da vigência do orçamento, conforme estabelece o artigo 57, Lei nº 8.666/93. Desse modo, pode-se dizer que a regra é a vigência dos contratos por doze meses. No entanto, a própria Lei estabelece algumas exceções, tal como: a) projetos cujos produtos estejam contemplados nas metas estabelecidas no Plano Plurianual, os quais poderão ser prorrogados se houver interesse da Administração e desde que isso tenha sido previsto no ato convocatório; b) Prestação de serviços a serem executados de forma contínua, que poderão ter a sua duração prorrogada por iguais e sucessivos períodos com vistas à obtenção de preços e condições mais vantajosas para a administração, limitada a sessenta meses c) Aluguel de equipamentos e à utilização de programas de informática, podendo a duração estender-se pelo prazo de até 48 (quarenta e oito) meses após o início da vigência do contrato. Admite-se, ainda, em caráter excepcional, devidamente justificado e mediante autorização da autoridade superior, que o prazo dos contratos de prestação de serviço sejam prorrogados por até doze meses. Assim, não se admite contrato por prazo indeterminado, conforme disposto no art. 57, §3º, ao estabelecer que “é vedado o contrato com prazo de vigência indeterminado”. Nesse sentido, a súmula 191 do Tribunal de Contas da União: PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 9 SÚMULA Nº 191 Torna-se, em princípio, indispensável a fixação dos limites de vigência dos contratos administrativos, de forma que o tempo não comprometa as condições originais da avença, não havendo, entretanto, obstáculo jurídico à devolução de prazo, quando a Administração mesma concorre, em virtude da própria natureza do avençado, para interrupção da sua execução pelo contratante. Observar, no entanto, que a Lei nº 12.349/2010, incluiu o inc. V ao art. 57 da Lei, estabelecendo que às hipóteses previstas nos incisos IX, XIX, XXVIII e XXXI do art. 24, cujos contratos poderão ter vigência por até 120 (cento e vinte) meses, caso haja interesse da administração. Garantia contratual A garantia contratual é instrumento no qual a Administração busca assegurar a total execuçãodo contrato ou minimizar eventuais perdas pela inexecução, assegurando o ressarcimento direto de alguns prejuízos ou de multa aplicada. De acordo com o art. 56 da Lei nº 8.666/93, poderá a Administração exigir a prestação de garantia contratual, a critério da autoridade competente, em cada caso, e desde que prevista no instrumento convocatório. No entanto, cabe ao contratado escolher, discricionariamente, qual a garantia que melhor lhe atenda, devendo optar uma das seguintes modalidades: a) Caução em dinheiro; b) Títulos da dívida pública, devendo estes ter sido emitidos sob a forma escritural, mediante registro em sistema centralizado de liquidação e de custódia autorizado pelo Banco Central do Brasil e avaliados pelos seus valores econômicos, conforme definido PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 10 pelo Ministério da Fazenda; c) Seguro-garantia; d) Fiança bancária. Desse modo, não é dado à Administração interferir nesta escolha. Todavia, a Administração poderá não aceitar a garantia prestada se houver alguma cláusula ou condição que a inviabilize ou restrinja sua eficácia, tal como a estipulação de benefício de ordem, muito comum na fiança bancária e seguro-garantia. O que é o benefício de ordem? É a estipulação de que primeiro se deve acionar a contratada e só depois excutir a garantia. Ora, tal estipulação viola o sentido da garantia, por isso, deve ser retirada, sob pena de não ser admitida. A garantia não excederá a cinco por cento (5%) do valor do contrato e terá seu valor atualizado nas mesmas condições desse, devendo ser complementada no caso de aditamento que implique acréscimo do objeto contratual ou alteração qualitativa que incida em elevação do valor do contrato. Entretanto, nos contratos que importem na entrega de bens pela Administração, ficando o contratado como depositário, ao valor da garantia deverá ser acrescido o valor desses bens, ou seja, a garantia observará o limite de 5% e será acrescida do valor dos bens entregues pela Administração. Ademais, para obras, serviços e fornecimentos de grande vulto envolvendo alta complexidade técnica e riscos financeiros consideráveis, demonstrados através de parecer tecnicamente aprovado pela autoridade competente, o limite de garantia poderá ser elevado para até dez por cento do valor do contrato. Por fim, cabe salientar que a garantia será liberada ou restituída após a execução do contrato. E, se tiver sido prestada em dinheiro, haja vista que será depositada em conta remunerada, deverá PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 11 ser atualizada monetariamente. Alteração contratual Os contratos administrativos poderão ser alterados por acordo entre as partes ou de forma unilateral pela Administração. Como efeito, a possibilidade de alteração unilateral se insere dentre as cláusulas chamadas exorbitantes, pois dá poderes apenas para uma das partes, no caso para a Administração Pública. Assim, poderá a Administração, devidamente justificado, empreender alteração qualitativa (quando houver modificação do projeto ou das especificações, para melhor adequação técnica aos seus objetivos), ou alteração quantitativa (quando necessária a modificação do valor contratual em decorrência de acréscimo ou diminuição quantitativa de seu objeto, nos limites permitidos pela Lei nº 8.666/93). Poderá, ademais, por acordo das partes, ser alterado o contrato, nos seguintes casos: a) quando conveniente a substituição da garantia de execução; b) quando necessária a modificação do regime de execução da obra ou serviço, bem como do modo de fornecimento, em face de verificação técnica da inaplicabilidade dos termos contratuais originários; c) quando necessária a modificação da forma de pagamento, por imposição de circunstâncias supervenientes, mantido o valor inicial atualizado, vedada a antecipação do pagamento, com relação ao cronograma financeiro fixado, sem a correspondente contraprestação de fornecimento de bens ou execução de obra ou serviço; d) para restabelecer a relação que as partes pactuaram PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 12 inicialmente entre os encargos do contratado e a retribuição da administração para a justa remuneração da obra, serviço ou fornecimento, objetivando a manutenção do equilíbrio econômico- financeiro inicial do contrato, na hipótese de sobrevirem fatos imprevisíveis, ou previsíveis porém de conseqüências incalculáveis, retardadores ou impeditivos da execução do ajustado, ou, ainda, em caso de força maior, caso fortuito ou fato do príncipe, configurando área econômica extraordinária e extracontratual. É importante destacar que revisão e reajuste são situações distintas. Reajuste é denominado de álea (risco) econômica ordinária, ou seja, ocorre periodicamente e tem como objetivo repassar à contratada os reflexos inflacionários, por índices previamente estabelecidos. A revisão (recomposição), por outro lado, não tem período certo, nem mesmo está prevista contratualmente, configura álea econômica extraordinária e extracontratual, ou seja, são eventos que ocorrem e causam reflexo no contrato, sendo imprevistos ou previsíveis, porém de consequências incalculáveis. Assim, podemos ter a incidência de fatos imprevisíveis ou previsíveis, porém de consequências incalculáveis que retardem ou impeçam a execução do contrato, ensejando, por isso, sua alteração a fim de que se possa executá-lo ou sua extinção em caso de não remanescer interesse na execução. A teoria da imprevisão se desdobra em caso fortuito, força maior, fato do príncipe, fato da administração e interferências imprevistas. Com efeito, a teoria da imprevisão consiste no reconhecimento de que eventos novos, imprevistos e imprevisíveis pelas partes e a elas não imputadas, refletindo sobre a economia ou na execução do contrato, autorizam a revisão do ajuste em consideração dos fatores supervenientes, conforme aplicação da cláusula rebus sic stantibus. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 13 Assim, força maior é evento externo, imprevisível e inevitável, que cria para o contratante óbice intransponível ou que eleva sobremaneira os encargos contratados, inviabilizando, nos termos firmados, a execução do contrato. (terremoto, guerra, revolta, rebelião etc). Caso fortuito é evento interno, inexplicável ou anômala da Administração ou do contratado, também imprevisível e inevitável, que gera encargos insuportáveis ou que eleva sobremaneira os encargos contratados, inviabilizando, nos termos firmados, a execução do contrato. (ex: incêndio, greve dos servidores ou dos funcionários etc). Fato do príncipe é determinação estatal, geral e superveniente, imprevisível ou imprevista, que onera ou desonera o contrato, repercutindo indiretamente sobre ele. (Ex: criação ou extinção de um tributo) Considera-se, ademais, fato da administração é toda ação ou omissão do Poder Público que esteja diretamente relacionada com o contrato, impedindo ou retardando sua execução nas condições inicialmente estabelecidas. (Ex.: não liberação do local para realização de obra) É de se observar que tanto o fato do príncipe como o fato da administração provém de uma determinaçãoestatal. A diferença é que o fato do príncipe incide sobre toda a sociedade (ex. imposto) e o fato da administração incide sobre o contrato especificamente (ex. não desapropriação de área destina a construção de viaduto) Ademais, cabe ainda falarmos sobre as denominadas interferências imprevistas (sujeições imprevistas) que são fatos materiais imprevistos, existentes ao tempo da celebração do contrato, mas só verificados ao tempo da sua execução. (ex. diversidade do terreno conhecida só na execução da obra) Todavia, conforme artigo 65, § 8º da Lei de Licitações e Contratos, não se enquadra como alteração contratual: PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 14 Variação ou atualização do valor contratual em razão de reajuste de preços previsto no próprio contrato, Compensações ou penalizações financeiras decorrentes das condições de pagamento nele previstas, Empenho de dotações orçamentárias suplementares até o limite do seu valor corrigido, Tais casos podem ser registrados por simples apostila, dispensando a celebração de aditamento. Fiscalização Devemos lembrar, ademais, que o poder de fiscalizar o contrato e controlar sua execução é inerente à própria Administração, sendo, inclusive, poder implícito, ou seja, que independe de cláusula expressa no contrato. De qualquer sorte, a Lei de Licitações e Contratos inseriu referido poder dentre aqueles denominados exorbitantes, conforme prevê o art. 58, que assim dispõe: Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos instituído por esta Lei confere à Administração, em relação a eles, a prerrogativa de: I - modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de interesse público, respeitados os direitos do contratado; II - rescindi-los, unilateralmente, nos casos especificados no inciso I do art. 79 desta Lei; III - fiscalizar-lhes a execução; IV - aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do ajuste; V - nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoriamente bens móveis, imóveis, pessoal e serviços PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 15 vinculados ao objeto do contrato, na hipótese da necessidade de acautelar apuração administrativa de faltas contratuais pelo contratado, bem como na hipótese de rescisão do contrato administrativo. Dessa forma, o contrato deverá ser executado fielmente pelas partes, de acordo com as cláusulas avençadas e as normas da Lei de Contratos Administrativos, respondendo cada uma pelas consequências de sua inexecução total ou parcial. Entretanto, a execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um representante da Administração especialmente designado, permitida a contratação de terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo de informações pertinentes a essa atribuição, conforme estabelece o art. 67 da Lei nº 8.666/93. Assim, não poderá o representante da Administração ser substituído por terceiros, ele poderá ter terceiro contratado para assisti- lo ou subsidiá-lo. Diante disso, é importante percebemos que, nos termos do art. 71 da Lei de Licitações e Contratos, o contratado é responsável pelos encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais resultantes da execução do contrato. Porém, cabe à Administração fiscalizar o recolhimento de tais encargos. Assim, eventual inadimplência do contratado, com referência a tais encargos trabalhistas, fiscais e comerciais não transfere a responsabilidade à Administração Pública, tampouco poderá onerar o objeto do contrato ou restringir a regularização e o uso das obras e edificações, inclusive perante o Registro de Imóveis. A Administração Pública, é importante ressaltar, somente responderá solidariamente com o contratado pelos encargos previdenciários resultantes da execução do contrato, nos termos do art. 31 da Lei nº 8.212, assim expresso: Art. 31. A empresa contratante de serviços executados PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 16 mediante cessão de mão de obra, inclusive em regime de trabalho temporário, deverá reter 11% (onze por cento) do valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços e recolher, em nome da empresa cedente da mão de obra, a importância retida até o dia 20 (vinte) do mês subsequente ao da emissão da respectiva nota fiscal ou fatura, ou até o dia útil imediatamente anterior se não houver expediente bancário naquele dia, observado o disposto no § 5o do art. 33 desta Lei. De outro lado, a Administração não responde, conforme a Lei de Licitações e Contratos Administrativos, em razão de inadimplência do contratado em relação a encargos trabalhistas. No entanto, o entendimento do Tribunal Superior do Trabalho, nos termos do E-331, é no sentido de que a Administração Pública responde subsidiariamente, quando ficar evidenciado a falta de fiscalização em relação ao cumprimento das obrigações trabalhistas, conforme jurisprudência a seguir: AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. SÚMULA Nº 331, IV, TST. Em se tratando de típica terceirização, evidenciado o descumprimento de obrigações trabalhistas por parte do contratado, deve ser atribuída à contratante a responsabilidade subsidiária. Nessa hipótese, não se pode deixar de lhe atribuir, em decorrência de seu comportamento omisso ou irregular, ao não fiscalizar o cumprimento das obrigações contratuais assumidas pelo contratado (culpa in vigilando), a responsabilidade subsidiária e, conseqüentemente, o dever de responder, supletivamente, pelas conseqüências do inadimplemento do contrato. Registre-se, por outro lado, que o art. 37, § 6º, da Constituição Federal consagra a responsabilidade objetiva da Administração, sob a modalidade de risco administrativo, estabelecendo, portanto, sua obrigação de indenizar, quando causar danos a terceiro. Inteligência da Súmula nº 331, IV, do TST. Agravo de instrumento a que se nega provimento. ( AIRR - 2732/2003-065-02-40.4 , Relator PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 17 Ministro: Horácio Raymundo de Senna Pires, Data de Julgamento: 11/06/2008, 6ª Turma, Data de Publicação: 13/06/2008) Extinção (Rescisão contratual) Dispõe a Lei de Licitações e Contratos que a rescisão do contrato poderá ocorrer de três formas: Por ato unilateral e escrito da Administração; Amigavelmente, por acordo entre as partes, reduzida a termo no processo da licitação, desde que haja conveniência para a Administração; Judicialmente, nos termos da legislação; Os casos que possibilitam a rescisão unilateralmente pela Administração estão expressos no art. 78, incs. I a XII e inc. XVII, Lei nº 8.666/93, sendo: I - o não cumprimento de cláusulas contratuais, especificações, projetos ou prazos; II - o cumprimento irregular de cláusulas contratuais, especificações, projetos e prazos; III - a lentidão do seu cumprimento, levando a Administração a comprovar a impossibilidade da conclusão da obra, do serviço ou do fornecimento, nos prazos estipulados; IV - o atraso injustificado no início da obra, serviço ou fornecimento; V - a paralisação da obra, do serviço ou do fornecimento, sem justa causa e prévia comunicação à Administração; VI - a subcontratação totalou parcial do seu objeto, a associação do contratado com outrem, a cessão ou transferência, total ou parcial, bem como a fusão, PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 18 cisão ou incorporação, não admitidas no edital e no contrato; VII - o desatendimento das determinações regulares da autoridade designada para acompanhar e fiscalizar a sua execução, assim como as de seus superiores; VIII - o cometimento reiterado de faltas na sua execução, anotadas na forma do § 1o do art. 67 desta Lei; IX - a decretação de falência ou a instauração de insolvência civil; X - a dissolução da sociedade ou o falecimento do contratado; XI - a alteração social ou a modificação da finalidade ou da estrutura da empresa, que prejudique a execução do contrato; XII - razões de interesse público, de alta relevância e amplo conhecimento, justificadas e determinadas pela máxima autoridade da esfera administrativa a que está subordinado o contratante e exaradas no processo administrativo a que se refere o contrato; XVII - a ocorrência de caso fortuito ou de força maior, regularmente comprovada, impeditiva da execução do contrato. A rescisão amigável, ou por acordo entre as partes, ocorre quando há consenso entre as partes, ou seja, por acordo mútuo mediante a formalização de distrato, conforme prevê o art. 78, incisos XIII a XVI, da Lei 8.666/93, havendo conveniência para a Administração. Penalidades A Administração poderá aplicar as seguintes sanções aos contratados: Art. 86. O atraso injustificado na execução do contrato sujeitará o contratado à multa de mora, na forma PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 19 prevista no instrumento convocatório ou no contrato. § 1o A multa a que alude este artigo não impede que a Administração rescinda unilateralmente o contrato e aplique as outras sanções previstas nesta Lei. § 2o A multa, aplicada após regular processo administrativo, será descontada da garantia do respectivo contratado. § 3o Se a multa for de valor superior ao valor da garantia prestada, além da perda desta, responderá o contratado pela sua diferença, a qual será descontada dos pagamentos eventualmente devidos pela Administração ou ainda, quando for o caso, cobrada judicialmente. Art. 87. Pela inexecução total ou parcial do contrato a Administração poderá, garantida a prévia defesa, aplicar ao contratado as seguintes sanções: I - advertência; II - multa, na forma prevista no instrumento convocatório ou no contrato; (multa compensatória) III - suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar com a Administração, por prazo não superior a 2 (dois) anos; IV - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração Pública enquanto perdurarem os motivos determinantes da punição ou até que seja promovida a reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade, que será concedida sempre que o contratado ressarcir a Administração pelos prejuízos resultantes e após decorrido o prazo da sanção aplicada com base no inciso anterior. É de se ressaltar que em razão da inexecução total ou parcial do contrato a Administração poderá, garantida a prévia defesa, aplicar ao contratado as sanções acima descritas. Na hipótese das sanções de advertência, suspensão e declaração de inidoneidade para licitar ou contratar poderão ser aplicadas juntamente com a do inciso II (multa), facultada a defesa PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 20 prévia do interessado, no respectivo processo, no prazo de 5 (cinco) dias úteis. Agora, seguem as questões sobre contratos. QUESTÕES COMENTADAS 1. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRAÇÃO – TJ/ES – CESPE/2011) Define-se contrato administrativo como um acordo entre duas partes em que ambas assumem obrigações e direitos. Comentário: De acordo com a lição de Hely Lopes, contrato administrativo “é o ajuste que a Administração Pública, agindo nessa qualidade, firma com particular ou outra entidade administrativa para a consecução de objetivos de interesse público, nas condições estabelecidas pela própria Administração”. Assim, de fato, nos contratos administrativos temos um acordo entre duas partes em que ambas assumem obrigações e direitos. Gabarito: Certo. 2. (ANALISTA JUDICIÁRIO – EXECUÇÃO DE MANDADOS – STM – CESPE/2011) Os contratos administrativos têm, como uma de suas características essenciais, o fato de a administração dispor de uma posição de supremacia em relação ao contratado. Isso ocorre mesmo quando a contratação é efetivada por pessoas administrativas de direito privado, como empresas públicas e sociedades de economia mista. Comentário: Uma das características mais marcantes dos contratos PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 21 administrativos é que, de um lado, há a Administração atuando com supremacia em relação ao contratado, ou seja, atua com prerrogativas que lhe conferem superioridade em relação ao contratado. Essa característica também é observada mesmo quando os contratos administrativos são firmados pelas empresas estatais. Gabarito: Certo. 3. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRAÇÃO – TJ/ES – CESPE/2011) O contrato administrativo é uma modalidade de contrato em que a administração pública estabelece um acordo com outra entidade administrativa, sendo vedada a contratação com particulares. Comentário: De fato, o contrato administrativo é uma modalidade de contrato da Administração. Todavia, pode tanto ser firmado com outra entidade da Administração, como com particulares, vide os contratos de concessão e permissão. Gabarito: Errado. 4. (TÉCNICO ADMINISTRATIVO – IBAMA – CESPE/2012) Todo contrato celebrado pela administração pública será considerado um contrato administrativo. Comentário: Nem todo contrato firmado pela Administração é considerado contrato administrativo. Nos contratos administrativos temos a Administração atuando com supremacia. De outro lado, temos os contratos privados da Administração, tal como os contratos de compra e venda, de locação, de seguro, dentre outros. Gabarito: Errado. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 22 5. (ANALISTA PROCESSUAL – TJ/RO – CESPE/2012) Os contratos administrativos regem-se exclusivamente pelas suas cláusulas e pelos preceitos de direito público. Comentário: De acordo com o art. 54 da Lei nº 8.666/93, os contratos administrativos regulam-se pelas suas cláusulas e pelos preceitos de direito público. Contudo, aplicam-se, supletivamente, os princípios da teoria geral dos contratos e as disposições de direito privado. Gabarito: Errado. 6. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – STM – CESPE/2011) Todos os contratos celebrados pela administração pública são regidos por normas de direito público. Comentário: Nem todo contrato firmado pela Administração é contrato administrativo. De acordo com o art. 54 da Lei nº 8.666/93, os contratos administrativos regulam-se pelas suas cláusulas e pelos preceitos de direito público. Contudo, aplicam-se, supletivamente, os princípios da teoria geraldos contratos e as disposições de direito privado. Todavia, a Administração também pode firmar contratos regidos pelo direito privado, que serão regidos pelas regras de direito privado, aplicando-se, no que couber, as regras de direito público. Gabarito: Errado. 7. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – STM – CESPE/2011) O regime jurídico dos contratos administrativos PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 23 confere à administração pública a prerrogativa de modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de interesse público; ou mesmo rescindi-los unilateralmente. Comentário: Os contratos administrativos possuem as seguintes características: São consensuais, onerosos, formais, comutativos, de adesão e personalíssimos. Consensual porque dependem da manifestação de vontade das partes para se aperfeiçoar. Formal por terem que observar os requisitos legais para sua formalização (arts. 60 a 62 da Lei nº 8.666/93). Oneroso por haver contraprestação pecuniária. Comutativo por haver equivalência de obrigações e direitos, ou seja, há obrigações e direitos recíprocos. Personalíssimo (intuitu personae) na medida em que o contrato é sempre firmado em razão das condições pessoais do contratado. Tem natureza de contrato de adesão, é que todas as cláusulas são firmadas unilateralmente pela Administração. Cláusulas exorbitantes, ou seja, significa que há prerrogativas especiais para a Administração, tal como poder de alterar o contrato unilateralmente, rescindi-lo unilateralmente, aplicar punições, fiscalizar e exigir garantia. Há ainda a característica da mutabilidade, isso porque dentre as cláusulas exorbitantes há a possibilidade de alteração unilateral do contrato por motivo de interesse público, conforme prevê o art. 65 da Lei nº 8.666/93, ao estabelecer que: PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 24 Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com as devidas justificativas, nos seguintes casos: I – unilateralmente pela Administração: a) quando houver modificação do projeto ou das especificações, para melhor adequação técnica aos seus objetivos; b) quando necessária a modificação do valor contratual em decorrência de acréscimo ou diminuição quantitativa de seu objeto, nos limites permitidos por esta Lei; Gabarito: Certo. 8. (ANALISTA DE CORREIOS – ADVOGADO – CORREIOS – CESPE/2011) A possibilidade de alteração unilateral do contrato administrativo pela administração pública, independentemente de motivação, constitui uma de suas cláusulas exorbitantes. Comentário: Nos contratos administrativos temos a presença das denominadas cláusulas exorbitantes, ou seja, disposições que conferem posição privilegiada (poderes especiais) para a Administração. Dentre tais cláusulas temos o poder de a Administração aplicar sanções, fiscalizar a execução do contrato, rescindir unilateralmente, bem como de alterá-lo unilateralmente. Contudo, qualquer desses poderes, inclusive a alteração unilateral deve ser devidamente justificativa, ou seja, é sempre exercido de forma motivada, conforme determina o art. 65 da Lei nº 8.666/93, assim expresso: Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com as devidas justificativas, nos seguintes casos: I – unilateralmente pela Administração: PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 25 Gabarito: Errado. 9. (ANALISTA JUDICIÁRIO - ADMINISTRATIVA – TJ/ES – CESPE/2011) A regra segundo a qual os contratos administrativos são realizados intuitu personae é absoluta. Comentário: Os contratos são firmados em razão das condições e qualidades pessoais da contratada, verificadas no momento da habilitação. Contudo, verifica-se que não se trata de uma regra absoluta na medida em que quando houver previsão no edital e for autorizado pela Administração poderá haver subcontratação de parte do objeto contratado. Gabarito: Errado. 10. (PROMOTOR DE JUSTIÇA – MPE/RR – CESPE/2012) Segundo a doutrina, a natureza intuito personae não se insere, em regra, entre as peculiaridades do contrato administrativo. Comentário: É peculiaridade ou característica dos contratos administrativos ser personalíssimo, ou seja, intuito personae, pois as qualidades pessoais da contratada, verificadas na habilitação é que ensejaram a contratação. Gabarito: Errado. 11. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TJ/AL – CESPE/2012) Os contratos administrativos para os quais é exigida licitação têm natureza intuitu personae, o que impede subcontratação total ou parcial de seu objeto e obriga a PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 26 anulação de eventual previsão editalícia ou contratual nesse sentido. Comentário: De fato, os contratos administrativos são personalíssimos (intuitu personae). No entanto, essa característica não é absoluta, de modo que é possível a subcontratação de seu objeto quando houver previsão no edital e for autorizada pela Administração. Art. 72. O contratado, na execução do contrato, sem prejuízo das responsabilidades contratuais e legais, poderá subcontratar partes da obra, serviço ou fornecimento, até o limite admitido, em cada caso, pela Administração. ... Art. 78. Constituem motivo para rescisão do contrato: VI - a subcontratação total ou parcial do seu objeto, a associação do contratado com outrem, a cessão ou transferência, total ou parcial, bem como a fusão, cisão ou incorporação, não admitidas no edital e no contrato; Gabarito: Errado. 12. (ANALISTA PROCESSUAL – TJ/RO – CESPE/2012) É vedado ao contratado, na execução do contrato, subcontratar partes da obra ou serviço. Comentário: Embora os contratos administrativos sejam personalíssimos, pode haver a subcontratação de partes da obra ou serviço, quando prevista no edital e for autorizada pela Administração, conforme o seguinte: Art. 72. O contratado, na execução do contrato, sem prejuízo das responsabilidades contratuais e legais, poderá subcontratar partes da obra, serviço ou fornecimento, até PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 27 o limite admitido, em cada caso, pela Administração. ... Art. 78. Constituem motivo para rescisão do contrato: VI - a subcontratação total ou parcial do seu objeto, a associação do contratado com outrem, a cessão ou transferência, total ou parcial, bem como a fusão, cisão ou incorporação, não admitidas no edital e no contrato; Gabarito: Errado. 13. (TODOS OS CARGOS – MS – CESPE/2010) É admitida a celebração de contratos administrativos com pessoas físicas domiciliadas no estrangeiro. Comentário: Pode-se inferir do art. 55, §2º, da Lei nº 8.666/93 que os contratos administrativos podem ser formalizados com pessoas físicas ou jurídicas, localizadas no estrangeiro, devendo, neste caso, constar do contrato, necessariamente, cláusula que declare competente o foro da sede da Administração para dirimir quaisquer questões contratuais, salvo a licitação internacional nas condições do art. 32, §6º da Lei de Licitações. Gabarito: Certo. 14. (AFCE – TCU – CESPE/2010) Se o convocadonão assinar o termo de contrato, a administração pública poderá convocar os licitantes remanescentes, na ordem de classificação, para esse fim, no prazo e nas condições por eles apresentadas nas respectivas propostas. Comentário: A Administração convocará regularmente o interessado para assinar o termo de contrato, aceitar ou retirar o instrumento PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 28 equivalente, dentro dos prazos e condições estabelecidos, sob pena de decair o direito à contratação, sem prejuízo das sanções legais (art. 64, Lei nº 8.666/93). No entanto, quando o convocado não assinar o termo de contrato, é facultado à Administração convocar os licitantes remanescentes, na ordem de classificação, para fazê-lo em igual prazo e nas mesmas condições propostas pelo primeiro classificado, inclusive quanto aos preços atualizados de conformidade com o ato convocatório, ou revogar a licitação. Gabarito: Errado. 15. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRAÇÃO – TJ/RO – CESPE/2012) Os contratos decorrentes de dispensa ou de inexigibilidade de licitação devem estar de acordo com os termos do ato que os autorizou, bem como de acordo com a respectiva proposta. Comentário: Nos termos do art. 54, §1º, da Lei nº 8.666/93, os contratos devem estabelecer com clareza e precisão as condições para sua execução, expressas em cláusulas que definam os direitos, obrigações e responsabilidades das partes, em conformidade com os termos da licitação e da proposta a que se vinculam. Gabarito: Certo. 16. (DEFENSOR PÚBLICO – DPE/AC – CESPE/2012) O instrumento de contrato é obrigatório em todas as modalidades de licitação. Comentário: PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 29 É importante destacar que, em regra, a exigência preliminar para a formalização de um contrato com a Administração Pública é a realização de processo licitatório, ressalvando-se os casos em que se permite a contratação direta (dispensa ou inexigibilidade). Assim, os requisitos necessários à formalização do ajuste estão dispostos nos artigos 60 a 62 da Lei de Licitações e Contratos, devendo, por exemplo, os contratos e seus aditamentos serem lavrados nas repartições interessadas, manter arquivo cronológico dos seus autógrafos e registro sistemático do seu extrato etc. Por isso, devemos observar que contrato é ato jurídico bilateral que independe da assinatura de instrumento, ou seja, a simples assinatura, por exemplo, em nota de empenho já o caracteriza. A propósito, o instrumento é o documento escrito onde se estabelecem as regras, obrigações e direitos (termo de contrato). Com efeito, o instrumento é obrigatório para as contratações que decorreram de concorrência ou tomada de preço, e para os casos de dispensa ou inexigibilidade, cujos preços se inserem no âmbito dessas modalidades, nos demais casos, o instrumento é facultativo, podendo ser substituído por outros instrumentos. Assim, conforme o art. 62 da Lei nº 8.666/93, a Administração poderá substituir o termo contratual pela carta- contrato, nota de empenho de despesa, autorização de compra ou ordem de execução de serviço. É importante, ademais, atentarmos para o fato de que é dispensável o "termo de contrato" e facultada sua substituição, a critério da Administração e independentemente de seu valor, nos casos de compra com entrega imediata e integral dos bens adquiridos, dos quais não resultem obrigações futuras, inclusive assistência técnica. Diante disso, em regra, é nulo contrato verbal, pois PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 30 deverá ser formalizado por escrito em instrumento contratual ou, nos casos em que for permitido, ser substituído por outro instrumento hábil. Todavia, como exceção, poderá haver contrato verbal, nos casos de pequenas compras de pronta entrega ou pronto pagamento, que não ultrapassar 5% do valor do convite, ou seja, R$ 4.000,00 (quatro mil reais), feitas em regime de adiantamento, conforme art. 60, par. único, Lei nº 8.666/93, assim disposto: Art. 60. Parágrafo único. É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a Administração, salvo o de pequenas compras de pronto pagamento, assim entendidas aquelas de valor não superior a 5% (cinco por cento) do limite estabelecido no art. 23, inciso II, alínea "a" desta Lei, feitas em regime de adiantamento. Por fim, a doutrina ainda cita que poderá haver contrato verbal em situações excepcionais e emergenciais, sendo, posteriormente, formalizado. Nessa linha de entendimento, o TCU manifestou-se no sentido de que a ausência de contrato, situação irregular, não inviabiliza a continuidade de execução da atividade. Precedente: 1. O Tribunal de Contas da União tem perfilhado entendimento no sentido de que, no caso das obras rodoviárias emergenciais do PETSE: 1.1 a ausência de instrumento de contrato, desde que reste comprovada a não-ocorrência de atos lesivos ao erário, é irregularidade que permite a continuidade da obra mediante o saneamento do vício original; [VOTO] 25. Quanto à irregularidade atinente ao início das obras sem cobertura contratual, permito-me dissentir do posicionamento da unidade técnica, em essencial porque as poucas decisões deste Tribunal que envolveram apenação dos gestores por conta dessa falha, no âmbito PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 31 do programa emergencial em destaque, [...], levaram em consideração, também, outras irregularidades devidamente comprovadas, ou referiram-se a casos em que as obras foram executadas sem instrumento contratual durante praticamente todo o período de 180 dias estipulado no art. 24, inciso IV, do referido dispositivo legal, diferentemente da hipótese em tela. 26. A jurisprudência dominante do Tribunal aponta para o saneamento da ocorrência com a formalização posterior da avença [...], quando não se tenha verificado, nos processos relativos ao referido programa, as circunstâncias fáticas expostas acima e, mais importante, não se tenha configurado prejuízo ao erário decorrente do atraso na assinatura do ajuste. 27. Desse modo, ciente de que não foram assinaladas ocorrências de natureza grave que pudessem ocasionar prejuízos ao erário, e adotando a mesma linha de entendimento firmada em processos similares já apreciados por esta Casa, julgo que o encaminhamento da matéria prescinde de apenação dos responsáveis em decorrência da irregularidade concernente ao atraso na lavratura do contrato. De todo modo, é pacífico no âmbito do Tribunal de Contas da União que “É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a Administração, salvo o de pequenas compras de pronto pagamento, assim entendidas aquelas de valor não superior a 5% (cinco por cento) do limite estabelecido no art. 23, inciso II, alínea "a", da Lei 8.666/1993, feitas em regime de adiantamento”. Portanto, nem sempre o instrumento contratual será obrigatório. Gabarito: Errado. 17. (ANALISTA AMBIENTAL I – MMA – CESPE/2011) O contrato PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 32 será obrigatório caso a administração pública realize procedimento licitatório nasmodalidades concorrência e tomada de preço, bem como nos casos de dispensas e inexigibilidades cujos preços estiverem compreendidos nos limites das referidas modalidades de licitação. Comentário: O instrumento é obrigatório para as contratações que decorreram de concorrência ou tomada de preço, e para os casos de dispensa ou inexigibilidade, cujos preços se inserem no âmbito dessas modalidades. Nos demais casos, o instrumento é facultativo, podendo ser substituído por outros instrumentos, conforme prevê o art. 62 da Lei, assim expresso: Art. 62. O instrumento de contrato é obrigatório nos casos de concorrência e de tomada de preços, bem como nas dispensas e inexigibilidades cujos preços estejam compreendidos nos limites destas duas modalidades de licitação, e facultativo nos demais em que a Administração puder substituí-lo por outros instrumentos hábeis, tais como carta-contrato, nota de empenho de despesa, autorização de compra ou ordem de execução de serviço. Gabarito: Certo. 18. (ANALISTA MINISTERIAL – MPE/PI – CESPE/2012) No que se refere à formalização do contrato administrativo, o denominado termo de contrato é dispensável nos casos de concorrência e de tomada de preços. Comentário: Justamente o contrário. De acordo com o art. 62 da Lei de Licitações, o instrumento de contrato é obrigatório nos casos de PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 33 concorrência e de tomada de preços, bem como nas dispensas e inexigibilidades cujos preços estejam compreendidos nos limites destas duas modalidades de licitação, e facultativo nos demais em que a Administração puder substituí-lo por outros instrumentos hábeis, tais como carta-contrato, nota de empenho de despesa, autorização de compra ou ordem de execução de serviço. Gabarito: Errado. 19. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRAÇÃO – TJ/RO – CESPE/2012) O instrumento de contrato é facultativo em licitações realizadas pelas modalidades concorrência e tomada de preços. Comentário: O instrumento contratual é obrigatório nos casos de concorrência e tomada de preços, de acordo com o art. 62 da Lei nº 8.666/93, que assim dispõe: Art. 62. O instrumento de contrato é obrigatório nos casos de concorrência e de tomada de preços, bem como nas dispensas e inexigibilidades cujos preços estejam compreendidos nos limites destas duas modalidades de licitação, e facultativo nos demais em que a Administração puder substituí-lo por outros instrumentos hábeis, tais como carta-contrato, nota de empenho de despesa, autorização de compra ou ordem de execução de serviço. Gabarito: Errado. 20. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – STM – CESPE/2011) As cartas-contrato, notas de empenho de despesa, autorizações de compra e ordens de execução de serviço podem substituir os termos do contrato desde que não se refiram a: licitações realizadas nas modalidades concorrência, tomada de PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 34 preços e pregão; dispensa ou inexigibilidade de licitação, cujo valor esteja compreendido nos limites das modalidades concorrência e tomada de preços; contratações de qualquer valor das quais resultem obrigações futuras. Comentário: De fato, as cartas-contrato, notas de empenho de despesa, autorizações de compra e ordens de execução de serviço podem substituir os termos do contrato desde que não se refiram a: Licitações realizadas nas modalidades concorrência e tomada de preços; Dispensa ou inexigibilidade de licitação, cujo valor esteja compreendido nos limites das modalidades concorrência e tomada de preços; Contratações de qualquer valor das quais resultem obrigações futuras. Contudo, essa exceção à obrigatoriedade do termo contratual não se aplica ao pregão. Gabarito: Errado. 21. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – STM – CESPE/2011) É dispensável a realização de termo de contrato e facultada sua substituição por outros instrumentos hábeis, tais como carta contrato, nota de empenho de despesa, autorização de compra ou ordem de execução de serviço, a critério da administração pública, desde que a compra enseje entrega imediata e integral dos bens adquiridos e não ultrapasse o limite de R$ 80.000,00. Comentário: PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 35 De acordo com o art. 60, §4º, da Lei nº 8.666/93 é dispensável o "termo de contrato" e facultada a substituição prevista neste artigo, a critério da Administração e independentemente de seu valor, nos casos de compra com entrega imediata e integral dos bens adquiridos, dos quais não resultem obrigações futuras, inclusive assistência técnica. Gabarito: Errado. 22. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – STM – CESPE/2011) Na Lei n.º 8.666/1993 constam dispositivos legais que permitem a realização de contrato verbal com a administração pública em alguns casos. Comentário: É verdade. De acordo com o art. 60, parágrafo único, da Lei nº 8.666/93, é nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a Administração, salvo o de pequenas compras de pronto pagamento, assim entendidas aquelas de valor não superior a 5% (cinco por cento) do limite estabelecido no art. 23, inciso II, alínea "a" desta Lei (R$ 4.000), feitas em regime de adiantamento. Gabarito: Certo. 23. (TÉCNICO EM COMUNICAÇÃO SOCIAL – MPS – CESPE/2010) Os contratos administrativos de pequenas compras de pronto pagamento, feitas em regime de adiantamento, podem ser pactuados de forma verbal. Comentário: Novamente. Então, conforme determina o art. 60, parágrafo único, da Lei nº 8.666/93, é nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a Administração, salvo o de pequenas compras de pronto pagamento, assim entendidas aquelas de valor não PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 36 superior a 5% (cinco por cento) do limite estabelecido no art. 23, inciso II, alínea "a" desta Lei (R$ 4.000), feitas em regime de adiantamento. Gabarito: Certo. 24. (ANALISTA – CÂMARA – CESPE/2012) É considerado nulo, sem qualquer efeito, o contrato verbal feito pela administração, com exceção dos relativos a contratações de pequenas compras de pronto pagamento, como as de valor não superior a 5% do valor estimado para a modalidade convite, feitas em regime de adiantamento. Comentário: De fato, como se observa do art. 60, parágrafo único, da Lei nº 8.666/93, é nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a Administração, salvo o de pequenas compras de pronto pagamento, assim entendidas aquelas de valor não superior a 5% (cinco por cento) do limite estabelecido no art. 23, inciso II, alínea "a" desta Lei (R$ 4.000), feitas em regime de adiantamento. Gabarito: Certo. 25. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/RJ – CESPE/2012) Contratos de compra de pequeno valor e com pagamento imediato podem ser celebrados verbalmente pela administração pública. Comentário: De acordo com o parágrafo único do art. 60 da Lei nº 8.666/93, é nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a Administração, salvo o de pequenas compras de pronto pagamento, assim entendidas aquelas de valor não superior a 5% (cinco por cento) do limite estabelecido para o convite, feitas em regime PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTAJUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 37 de adiantamento. Art. 60. Os contratos e seus aditamentos serão lavrados nas repartições interessadas, as quais manterão arquivo cronológico dos seus autógrafos e registro sistemático do seu extrato, salvo os relativos a direitos reais sobre imóveis, que se formalizam por instrumento lavrado em cartório de notas, de tudo juntando-se cópia no processo que lhe deu origem. Parágrafo único. É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a Administração, salvo o de pequenas compras de pronto pagamento, assim entendidas aquelas de valor não superior a 5% (cinco por cento) do limite estabelecido no art. 23, inciso II, alínea "a" desta Lei, feitas em regime de adiantamento. Gabarito: Certo. 26. (JUIZ – TJ/BA – CESPE/2012) É nulo e sem nenhum efeito, em qualquer caso, qualquer contrato verbal com a administração pública. Comentário: Admite-se o contrato verbal, exceção à regra, nos casos de pequenas compras de pronto pagamento, assim entendidas aquelas de valor não superior a 5% (cinco por cento) do limite estabelecido para o convite, feita em regime de adiantamento. Gabarito: Errado. 27. (DEFENSOR PÚBLICO – DPE/AC – CESPE/2012) Não se admite a celebração de contrato verbal com a administração pública, e, em face do princípio constitucional da publicidade, a lei não comporta excepcionalidade a essa vedação. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 38 Comentário: Novamente. Admite-se o contrato verbal, exceção à regra da obrigatoriedade de instrumento contratual, nos casos de pequenas compras de pronto pagamento, assim entendidas aquelas de valor não superior a 5% (cinco por cento) do limite estabelecido para o convite, feita em regime de adiantamento. Gabarito: Errado. 28. (AFCE – TCU – CESPE/2010) O regime de execução ou a forma de fornecimento constitui cláusula necessária em todo contrato firmado pela administração pública. Comentário: De acordo com o art. 55, inc. II, da Lei nº 8.666/93, é cláusula necessária em todo o contrato, o regime de execução ou a forma de fornecimento. Gabarito: Certo. 29. (JUIZ – TJ/CE – CESPE/2012) Do instrumento de contrato deve, obrigatoriamente, constar a exigência da prestação de garantia nas contratações de obras, serviços e compras, cabendo à administração indicar, já no edital, a modalidade de garantia a ser apresentada. Comentário: Somente será obrigatória a cláusula de exigência de garantia, quando for exigida. Ademais, em tais casos, não é a Administração quem escolherá a modalidade, mas a contratada. Gabarito: Errado. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 39 30. (TÉCNICO EM COMUNICAÇÃO SOCIAL – MPS – CESPE/2010) A publicação é uma condição indispensável para a eficácia do contrato administrativo. Comentário: A publicação resumida do instrumento contratual ou de seus aditamentos na imprensa oficial é condição indispensável de eficácia, devendo ser providenciada pela Administração até o quinto dia útil do mês seguinte ao de sua assinatura, nos termos do art. 61, parágrafo único, Lei nº 8.666/93. Gabarito: Certo. 31. (JUIZ – TJ/CE – CESPE/2012) Os contratos administrativos devem ser publicados, em sua íntegra, na imprensa oficial, no prazo máximo de trinta dias contados da data da assinatura, sob pena de nulidade. Comentário: Não se exige a publicação integral dos instrumentos de contrato, mas a publicação resumida (art. 61, parágrafo único, Lei nº 8.666/93). Gabarito: Errado. 32. (ANALISTA – CÂMARA – CESPE/2012) Considere que um licitante vencido em certame regular licitatório pretenda impugnar a publicação do resumo do instrumento do contrato, feita no diário oficial em prazo legalmente estabelecido. Nessa situação, procede a pretensão do licitante, dada a exigência legal de publicação integral do instrumento do contrato e dos seus aditamentos na imprensa oficial, condição indispensável para sua validade, em observância ao princípio da publicidade. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 40 Comentário: Não procederá, pois não se exige a publicação integral dos instrumentos de contrato, mas a publicação resumida (art. 61, parágrafo único, Lei nº 8.666/93). Gabarito: Errado. 33. (DEFENSOR PÚBLICO – DPE/AC – CESPE/2012) A publicação resumida do instrumento de contrato é condição indispensável para sua eficácia. Comentário: De fato, a publicação resumida do instrumento contratual ou de seus aditamentos na imprensa oficial é condição indispensável de eficácia, nos termos do art. 61, parágrafo único, Lei nº 8.666/93. Gabarito: Certo. 34. (PROMOTOR DE JUSTIÇA – MPE/RR – CESPE/2012) Os contratos administrativos em sentido próprio e restrito são lavrados nas repartições interessadas, com exceção dos contratos relativos a direitos reais sobre imóveis, os quais devem ser formalizados por instrumento lavrado em cartório de notas. Comentário: De acordo com o art. 60 da Lei nº 8.666/93, os contratos e seus aditamentos serão lavrados nas repartições interessadas, as quais manterão arquivo cronológico dos seus autógrafos e registro sistemático do seu extrato, salvo os relativos a direitos reais sobre imóveis, que se formalizam por instrumento lavrado em cartório de notas, de tudo juntando-se cópia no processo que lhe deu origem. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 41 Gabarito: Certo. 35. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/RJ – CESPE/2012) Os contratos relativos à constituição, modificação e extinção de direitos reais sobre imóveis, como os demais contratos administrativos, devem ser lavrados e arquivados em ordem cronológica na repartição interessada. Comentário: Os contratos relativos a direitos reais sobre imóveis (2ª parte do art. 60, Lei nº 8.666/93) devem ser formalizados por instrumento lavrado em cartório de notas, os demais contratos serão lavrados e arquivados em ordem cronológica na repartição interessada. Gabarito: Errado. 36. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRAÇÃO – TJ/ES – CESPE/2011) O contrato administrativo sempre terá tempo determinado e sua vigência deverá sujeitar-se aos créditos orçamentários, tanto no que tange ao tempo quanto aos seus valores. Comentário: Regra: “é vedado o contrato com prazo de vigência indeterminado” (art. 57, §3º). Observe, assim, que os contratos administrativos, a priori, terão vigência adstrita aos recursos orçamentários, ou seja, devem vigorar dentro da vigência do orçamento, conforme estabelece o artigo 57, Lei nº 8.666/93. Art. 57. A duração dos contratos regidos por esta Lei ficará PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 42 adstrita à vigência dos respectivos créditos orçamentários, exceto quanto aos relativos: Gabarito: Certo. 37. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/RJ – CESPE/2012) Os contratos administrativos, ressalvadas as espécies de contratos previstas em lei, devem, necessariamente, conter cláusula que identifique o crédito orçamentário que responderá pela despesa. Portanto, considerando-se as normasvigentes no país, a duração e a execução dos contratos administrativos não podem, via de regra, ultrapassar o prazo de um ano. Comentário: De fato, conforme prevê o art. 55, inc. V, da Lei nº 8.666/93, os contratos administrativos deverão conter cláusula que identifique o crédito orçamentário que responderá pela despesa. Desse modo, a duração e a execução dos contratos administrativos não podem, via de regra, ultrapassar o prazo de um ano, ante a necessidade de a vigência observar o crédito orçamentário, conforme estabelece o artigo 57, Lei nº 8.666/93. Art. 57. A duração dos contratos regidos por esta Lei ficará adstrita à vigência dos respectivos créditos orçamentários, exceto quanto aos relativos: Gabarito: Certo. 38. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – STM – CESPE/2011) Nos casos de emergência ou de calamidade pública, é permitido o contrato com prazo de vigência indeterminado. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 43 Comentário: Como se observa do art. 57, §3º, da Lei nº 8.666/93 é vedado o contrato com prazo de vigência indeterminado. Gabarito: Errado. 39. (TÉCNICO ADMINISTRATIVO – MPU – CESPE/2010) A duração de contratos regidos pela Lei de Licitações está limitada à vigência dos créditos orçamentários referentes a tais contratos. A única exceção feita por essa lei são os projetos cujos produtos estejam contemplados nas metas estabelecidas no plano plurianual, os quais podem ser prorrogados se houver interesse da administração. Comentário: Com efeito, a duração dos contratos administrativos fica, em regra, limitada à vigência dos respectivos créditos orçamentários, de acordo com o artigo 57, Lei nº 8.666/93. Contudo, excepciona referida regra o seguinte: a) projetos cujos produtos estejam contemplados nas metas estabelecidas no Plano Plurianual, os quais poderão ser prorrogados se houver interesse da Administração e desde que isso tenha sido previsto no ato convocatório; b) Prestação de serviços a serem executados de forma contínua, que poderão ter a sua duração prorrogada por iguais e sucessivos períodos com vistas à obtenção de preços e condições mais vantajosas para a administração, limitada a sessenta meses c) Aluguel de equipamentos e à utilização de programas de informática, podendo a duração estender–se pelo prazo de até 48 (quarenta e oito) meses após o início da vigência do contrato. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 44 d) Nos casos previstos nos incisos IX, XIX, XXVIII e XXXI do art. 24, cujos contratos poderão ter vigência por até 120 (cento e vinte) meses, caso haja interesse da administração; Gabarito: Errado. 40. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/ES – CESPE/2011) A duração dos contratos regidos pela Lei n.º 8.666/1993 fica adstrita à vigência dos respectivos créditos orçamentários, excetuando-se os contratos relativos a projetos de longo prazo que estejam autorizados no plano plurianual. Nesse caso, os contratos podem ser prorrogados motivadamente, desde que tal prorrogação tenha sido prevista no ato convocatório. Comentário: Em regra, a duração dos contratos regidos pela Lei n.º 8.666/1993 fica adstrita à vigência dos respectivos créditos orçamentários. Excetuando-se, dentre outras hipóteses, os contratos relativos a projetos de longo prazo que estejam autorizados no plano plurianual que poderão ser prorrogados motivadamente, desde que tal prorrogação tenha sido prevista no ato convocatório. Gabarito: Certo. 41. (AFCE – TCU – CESPE/2010) Quando regidos pela Lei n.º 8.666/1993, os contratos relativos ao aluguel de equipamentos e à utilização de programas de informática devem ter duração adstrita à vigência dos respectivos créditos orçamentários. Comentário: Dentre as contratações que não estão sujeitas à regra PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 45 geral da vigência dos contratos (artigo 57, Lei nº 8.666/93), temos os contratos de aluguel de equipamentos e à utilização de programas de informática, podendo a duração estender–se pelo prazo de até 48 (quarenta e oito) meses após o início da vigência do contrato, conforme o seguinte: Art. 57 III - Aluguel de equipamentos e à utilização de programas de informática, podendo a duração estender–se pelo prazo de até 48 (quarenta e oito) meses após o início da vigência do contrato. Gabarito: Errado. 42. (ANALISTA PROCESSUAL – TJ/RO – CESPE/2012) A duração dos contratos administrativos cujo objeto seja a prestação de serviços de forma contínua pode ser prorrogada por iguais e sucessivos períodos com vistas à obtenção de projetos e condições mais vantajosas para a administração pública, desde que não ultrapasse o limite máximo de contratação, que é de sessenta e seis meses. Comentário: Em regra, a duração dos contratos administrativos fica adstrita à vigência do crédito orçamentário. Contudo, de acordo com o art. 57, inc. II, da Lei nº 8.666/93, quando se tratar da prestação de serviços a serem executados de forma contínua, os contratos poderão ter a sua duração prorrogada por iguais e sucessivos períodos com vistas à obtenção de preços e condições mais vantajosas para a administração, limitada a sessenta meses. Gabarito: Errado. 43. (TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO – TCU – CESPE/2012) A regra segundo a qual o prazo de vigência do contrato PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 46 administrativo não pode ultrapassar os limites de vigência dos créditos orçamentários correspondentes comporta exceções, como a que envolve os projetos de longo prazo previstos no plano plurianual, caso seja do interesse da administração pública e desde que a prorrogação tenha sido prevista no ato convocatório. Comentário: De fato, a regra da vigência dos contratos adstrita ao crédito orçamentário, comporta exceções, sendo: a) projetos cujos produtos estejam contemplados nas metas estabelecidas no Plano Plurianual, os quais poderão ser prorrogados se houver interesse da Administração e desde que isso tenha sido previsto no ato convocatório; b) Prestação de serviços a serem executados de forma contínua, que poderão ter a sua duração prorrogada por iguais e sucessivos períodos com vistas à obtenção de preços e condições mais vantajosas para a administração, limitada a sessenta meses c) Aluguel de equipamentos e à utilização de programas de informática, podendo a duração estender–se pelo prazo de até 48 (quarenta e oito) meses após o início da vigência do contrato. d) Nos casos previstos nos incisos IX, XIX, XXVIII e XXXI do art. 24, cujos contratos poderão ter vigência por até 120 (cento e vinte) meses, caso haja interesse da administração; Gabarito: Certo. 44. (ANALISTA – ARQUIVOLOGIA – MPU – CESPE/2010) Toda prorrogação de contrato deve ser previamente justificada pela autoridade detentora da atribuição legal específica; portanto, é nula toda cláusula contratual que disser ser a avença automaticamente prorrogável. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS - TJDFT ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 47 Comentário: De acordo com o art. 57, §2º, Lei nº 8.666/93, toda prorrogação de prazo deverá ser justificada por
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