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16- Responsabilidade Civil da Administração Pública resumo.pdf

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Evandro Guedes
Graduado em Administração de Empresas 
pelo Centro Universitário Barra Mansa (UBM). 
Graduado em Direito pelo Centro Universitário 
Geraldo di Biasi (UGB) e pela Faculdade Assis 
Gurgacz (FAG-PR). Professor de cursos prepa-
ratórios em Cascavel, Curitiba, Rio de Janeiro, 
Bahia e Minas Gerais. Possui vasta experiência 
nas bancas da Cespe/UnB, Esaf, FCC, FGV entre 
outras.
Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br
127
Responsabilidade civil 
da Administração Pública
Responsabilidade civil do Estado
A responsabilidade civil resulta da obrigação de indenização por um 
dano patrimonial gerado por um ato lesivo voluntário. Aqui, fala-se em obri-
gação patrimonial, civil ou extracontratual. Para que ocorra essa indenização 
devem estar presentes alguns requisitos:
A ação ou omissão do agente deve ter como decorrência culpa (negli- �
gência, imperícia ou imprudência) ou dolo (quis produzir o resultado).
Que tenha ocorrido um dano patrimonial ou moral a um terceiro. �
Que ocorre o nexo de causalidade (causa-efeito). Aqui deve existir uma �
correspondência entre o dano sofrido pelo terceiro e a ação ou omis-
são do agente.
Para fins de concursos públicos três teorias são válidas para a responsabi-
lidade civil do Estado, que passaremos a relacionar a seguir:
teoria do risco administrativo – regra utilizada pela Constituição Federal; �
teoria da culpa administrativa – exceção; �
teoria do risco integral – exceção mais específica. �
Teorias da responsabilidade civil do Estado
Teoria do risco administrativo
Essa é a regra adotada no artigo 37, §6.º da Constituição Federal, que pas-
samos a transcrever abaixo:
Art. 37. [...]
§6.º As pessoas jurídicas de Direito Público e as de Direito Privado prestadoras de serviços 
públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a 
terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou 
culpa.
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128
Responsabilidade civil da Administração Pública
Por essa teoria o particular tem o direito de receber da Administração Pú-
blica o prejuízo sofrido. Aqui devem estar presentes os três polos da relação 
jurídica, ou seja, o agente, o terceiro que sofre o dano e o Estado.
O agente deve estar em ação: lembrando que omite-se o agente quan- �
do ele deveria e podia agir (poder-dever de agir). Assim, na Adminis-
tração Pública a omissão do agente ocorre quando ele tem o dever de 
agir por lei e possibilidade prática de fazê-lo e não o faz, transforman-
do-se tal omissão em uma verdadeira ação em que o Estado responde-
rá pela omissão do agente. Isso é derivado do poder dever de agir do 
agente público, um dos deveres da Administração Pública.
Imagine um policial trabalhando, caso ele veja um assalto acontecendo e 
se omita, essa omissão valerá como uma verdadeira ação e o Estado deverá 
indenizar a vítima, pois o agente devia e podia agir nas circunstâncias. Isso 
é derivado do dever de que todo agente público deve agir quando tem a 
possibilidade prática e real para a execução do ato.
Deve ocorrer um prejuízo a terceiro, ou seja, surgir o terceiro prejudi- �
cado.
O Estado é representado aqui por toda Administração Direta e Indireta. �
Para explicar a teoria do risco administrativo, adotaremos uso de um es-
quema didático seguido.
 
Responsabilidade 
subjetiva dependendo: 
•		Dolo
•		Culpa
Ação 
regressiva
Responsabilidade 
objetiva
Agente em 
imputação à pessoa 
jurídica que está 
ligado
Ação do agente
1.º Estado paga o prejuízo
2.º Entra com ação regressiva
Estado
Terceiro que sofre o 
dano
O terceiro lesado cobra o 
Estado
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Responsabilidade civil da Administração Pública
129
Na teoria do risco administrativo obrigatoriamente deveremos ter os três 
polos, ou seja, o agente, o terceiro que sofre o dano e a figura do Estado. Ve-
jamos um exemplo a seguir.
Imagine que um agente público, no exercício de suas funções, pegue 
uma viatura oficial e saia em deslocamento. Imagine agora que ele fure um 
sinal vermelho de trânsito e bata na traseira de um particular. Aqui temos 
todos os elementos para configurar a responsabilidade civil do Estado, de 
um lado um agente, do outro um terceiro lesado e a presença do Estado. O 
particular lesado obrigatoriamente deverá acionar o Estado, não podendo 
entrar com ação diretamente contra o agente, tampouco entrar contra os 
dois ao mesmo tempo (não cabe o litisconsórcio passivo). Dessa forma, o 
agente aciona o Estado que paga independente de culpa ou dolo do agente, 
ou seja, o agente pode agir com culpa, com dolo ou mesmo sem culpa ou 
sem dolo que ainda assim o Estado é obrigado a indenizar o particular que 
sofreu prejuízo, por esse motivo a responsabilidade do Estado é objetiva. O 
Estado não pode na ação em que o particular move contra ele, chamar o 
agente para responder junto, ou seja, o Estado não pode denunciar o agente 
a lide. Após pagar o prejuízo, o Estado deve entrar com uma ação regressiva 
para tentar cobrar o prejuízo do agente. Isso se dá através de uma ação re-
gressiva. Nessa ação regressiva o Estado tentará provar o dolo ou a culpa do 
agente, ou seja, o agente somente será responsabilizado e obrigado a pagar 
o prejuízo caso tenha agido com dolo ou culpa, por isso dizemos que a res-
ponsabilidade do agente é subjetiva.
Síntese:
a responsabilidade do Estado é � objetiva;
a responsabilidade do agente é � subjetiva;
não é possível que o particular entre diretamente contra o agente; �
não é possível a denunciação da lide do agente; �
não é possível o litisconsórcio passivo. �
Pessoas jurídicas que são consideradas o Estado para a responsabilidade 
civil do Estado:
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130
Responsabilidade civil da Administração Pública
União; �
Estados; �
Distrito Federal; �
Municípios; �
Autarquias; �
Fundações Públicas; �
Empresas públicas e sociedades de economia mista, mas somente as �
prestadoras de serviços públicos. Aqui ficam excluídas as exploradoras 
de atividades econômicas.
Casos em que não ocorre responsabilidade da Administração (rompimen-
to do nexo causal):
Caso 1 – Culpa exclusiva de terceiros ou da vítima
Marco, agente federal, dirigindo regularmente viatura oficial em es- �
colta, atropela Sérgio, suicida. Nessa situação, a Administração Pública 
não está obrigada a indenizar, pois o prejuízo foi causado exclusiva-
mente pela vítima. Aqui, quem tem a obrigação de pagar o prejuízo é 
a própria vítima e, em caso de morte da vítima, seus sucessores serão 
acionados, mas somente até o valor do patrimônio transferido.
Caso 2 – Motivo de força maior, evento imprevisível e inevitável
Policial apreende veículo em depósito. Ocorre que uma manifestação �
popular intensa invade o depósito e depreda todo o veículo, inutilizan-
do-o. Nessa situação, a Administração não estará obrigada a indenizar 
o prejuízo sofrido, uma vez que não ocorreu culpa.
Policial apreende veículo em depósito. No local cai um raio e destrói �
por completo o veículo apreendido. Nessa situação, a Administração 
não estará obrigada a indenizar o prejuízo sofrido, uma vez que não 
ocorreu culpa.
Observações:
Somente a força maior (evento externo) deve ser causa da exclusão da 
responsabilidade do Estado, o motivo de caso fortuito (evento interno) não 
exclui a responsabilidade do Estado.
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Responsabilidade civil da Administração Pública
131A culpa concorrente também não exclui a responsabilidade do Estado, em 
que cada parte deve pagar sua cota parte de responsabilidade. Exemplo: 
carro da Administração e um carro de particular colidem pois os dois haviam 
furado o sinal vermelho. Dessa forma, ambos possuem culpa e esse prejuízo 
deverá ser dividido.
Responsabilidade objetiva das concessionárias perante 
terceiros não usuários
As concessionárias (as concessionárias – segundo a doutrina – podem ser 
chamadas de Administração Pública em sentido material) podem causar danos 
aos particulares, ensejando a responsabilidade civil do Estado. Aqui denomi-
namos responsabilidade extracontratual.
Cabe lembrar que o artigo 37, caput, da Constituição Federal, não se res-
tringiu às pessoas de direito público, mas abrangeu também aquelas que 
tenham personalidade jurídica de direito privado, quando prestadoras de ser-
viço público. Com isso, estão incluídas as empresas públicas e sociedades de 
economia mista (não incluídas as exploradoras de atividade econômica, vez 
que não se enquadram no conceito) e as concessionárias e permissionárias.
As concessionárias deverão obedecer a mesma regra de responsabiliza-
ção do Estado, pois, apesar de não integrarem a Administração Pública Direta 
ou Indireta, agem por delegação, por colaboração técnica administrativa de 
descentralização, por delegação em que a Administração transfere por licita-
ção somente a execução do serviço público.
O posicionamento do STF é de que, mesmo os não usuários de serviços 
públicos podem alegar a teoria do risco administrativo, figurando aqui a res-
ponsabilidade objetiva das concessionárias e permissionárias de serviços 
públicos.
Destacamos o comentário da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), 
em que o autor Celso Antônio Bandeira de Mello (2006, p. 713) afirma:
Ressalte-se que para a deflagração da responsabilidade pública tal como prevista no art. 37, 
§6.º, o Texto Constitucional não faz qualquer exigência no que concerne à qualificação do 
sujeito passivo do dano; isto é, não requer que os atingidos pelo dano o sejam a título de 
usuários. Portanto, para a produção dos efeitos supostos na regra é irrelevante se a vítima 
é usuário do serviço ou um terceiro em relação a ele. Basta que o dano seja produzido pelo 
sujeito na qualidade de prestador do serviço público. Também não se poderia pretender que, 
tratando-se de pessoa de Direito Privado, a operatividade do preceito só se daria quando 
o lesado houvesse sofrido o dano na condição de usuário do serviço, porque o texto dá 
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Responsabilidade civil da Administração Pública
tratamento idêntico às “pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras 
de serviços públicos”. Assim, qualquer restrição benéfica a estes últimos valeria também para 
os primeiros, e ninguém jamais sufragaria tal limitação à responsabilidade do Estado. Por 
surpreendente que seja o Supremo Tribunal Federal, em um caso de particular prestador de 
serviço público, já decidiu em sentido diverso ao que se vem sustentar (Grifos nossos).
Vale aqui também transcrever o posicionamento do Professor Hely Lopes 
Meirelles (1997, p. 566):
[...] não é justo e jurídico que a só transferência da execução de uma obra ou de um serviço 
originariamente público a particular descaracterize sua intrínseca natureza estatal e 
libere o executor privado das responsabilidades que teria o Poder Público se o executasse 
diretamente, [...].
Convém transcrever trecho do voto vencedor do Ministro Carlos Velloso:
EMENTA: ACIDENTE DE TRÂNSITO. PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO PRESTADORA 
DE SERVIÇO PÚBLICO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA PELA FALHA NO SERVIÇO. DEVER DE 
INDENIZAR RECURSO CONHECIDO E NÃO PROVIDO.
[...]
Essa me parece, na verdade, a melhor interpretação do dispositivo constitucional, no 
concernente às pessoas privadas prestadoras de serviço público: o usuário do serviço 
público que sofreu um dano, causado pelo prestador do serviço, não precisa comprovar 
a culpa deste. Ao prestador do serviço é que compete, para o fim de mitigar ou elidir 
a sua responsabilidade, provar que o usuário procedeu com culpa, culpa em sentido 
largo. É que, conforme lição de Romeu Bacellar, “é o usuário detentor do direito subjetivo 
de receber um serviço público ideal”. A ratio do dispositivo constitucional que estamos 
interpretando parece-me mesmo esta: porque o “usuário é detentor do direito subjetivo 
de receber um serviço público ideal”, não se deve exigir que, tendo sofrido dano em razão 
do serviço, tivesse de provar a culpa do prestador desse serviço.
Fora daí, vale dizer, estender a não usuários do serviço público prestado pela concessionária 
ou permissionária a responsabilidade objetiva – CF, art. 37, §6.º – seria ir além da ratio legis.
[...]
(TJMG, Apelação Cível 1.0024.03.132346-2/001, 15.ª Câmara Cível, Rel. Des.(a) Bitencourt 
Marcondes, Data do Julgamento: 21/06/2007, Data da Publicação: 09/07/2007)
Interrupção do fornecimento de energia elétrica 
a serviços essenciais
Tema bastante cobrado em provas. A decisão do STJ vai ao sentido da 
ilegalidade do fornecimento de energia para serviços essenciais, pois a in-
terrupção do corte de energia elétrica visa a resguardar a continuidade do 
serviço, que restaria ameaçada justamente por onerar a sociedade, dessa 
forma a levaria a arcar com o prejuízo decorrente de todos débitos. Contudo, 
o corte no fornecimento de energia elétrica de um serviço essencial, mostra- 
-se inadmissível em face da essencialidade do serviço prestado. Nesse caso, 
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Responsabilidade civil da Administração Pública
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o corte da energia elétrica não traria apenas desconforto ao usuário inadim-
plente, mas verdadeiro risco à vida de dependentes dos serviços médicos e 
hospitalares daquele hospital público.
Vale aqui transcrever o julgado do Superior Tribunal de Justiça:
ADMINISTRATIVO. FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA. RECURSO ESPECIAL. ALÍNEA 
“A”. AUSÊNCIA DE OMISSÃO NO ACÓRDÃO RECORRIDO. INADIMPLEMENTO DO USUÁRIO. 
INTERRUPÇÃO DO FORNECIMENTO. HOSPITAL. SERVIÇO ESSENCIAL. IMPOSSIBILIDADE. 
PRECEDENTES. 1. Preliminarmente, o recurso merece conhecimento, porquanto a matéria 
federal restou devidamente prequestionada. 2. Não ficou evidenciada a alegada violação 
do art. 535 do CPC, pois a prestação jurisdicional foi dada na medida da pretensão 
deduzida, conforme se depreende da análise do acórdão recorrido. Assim, não merece 
provimento o recurso nesse aspecto. 3. A interrupção do corte de energia elétrica visa 
a resguardar a continuidade do serviço, que restaria ameaçada justamente por onerar 
a sociedade, pois a levaria a arcar com o prejuízo decorrente de todos débitos. 4. No 
entanto, no caso dos autos, pretende a recorrente o corte no fornecimento de energia 
elétrica do único hospital público da região, o que se mostra inadmissível em face da 
essencialidade do serviço prestado pela ora recorrida. Nesse caso, o corte da energia 
elétrica não traria apenas desconforto ao usuário inadimplente, mas verdadeiro risco à 
vida de dependentes dos serviços médicos e hospitalares daquele hospital público. 5. O 
art. 6.º, §3.º, inciso II, da Lei 8.987/95 estabelece que é possível o corte do fornecimento de 
energia desde que considerado o interesse da coletividade. Logo, não há que se proceder 
ao corte de utilidades básicas de um hospital, como requer o recorrente, quando existem 
outros meios jurídicos legais para buscar a tutela jurisdicional. Precedentes. Recurso 
Especial improvido. (STJ; Resp 876.723; Proc. 2006/0178488-7; PR; Segunda Turma; Rel. 
Min. Humberto Martins; Julg. 12/12/2006; DJU 05/02/2007; pág. 213).
Assim, para fins de concursos públicosnão há o que discutir, não é possí-
vel o corte de fornecimento de energia para serviços essenciais.
Teoria da culpa administrativa (exceção)
Costuma ser um erro comum em concursos públicos dizer que somente a 
teoria do risco administrativo foi adotada pela Constituição Federal. A teoria 
da culpa administrativa é utilizada em exceção para resolver os problemas da 
omissão da Administração Pública, ou seja, um não fazer da Administração. A 
doutrina pátria costuma classificar essa responsabilidade de culpa anônima, 
e que para se configurar necessita dos seguintes requisitos:
o prejuízo deve ser causado por uma omissão do Estado; �
que o ônus da prova caiba ao particular, ou seja, quem tem que provar �
o não fazer (culpa) da Administração é o próprio particular;
a responsabilidade do Estado aqui é subjetiva; �
que ocorra o não fazer do Estado que pode se dar por: inexistência do �
serviço; mau funcionamento do serviço; retardamento do serviço.
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134
Responsabilidade civil da Administração Pública
Exemplo:
Imagine que um particular compre um veículo 0 km e que ao sair da agên-
cia seu veículo caia em um buraco e fique danificado. O buraco estava ali por 
“um não fazer” da Administração Pública, assim o particular deverá ingressar 
com uma ação contra a Administração, mas não poderá alegar a responsa-
bilidade objetiva do Estado, deverá ele alegar a responsabilidade subjetiva 
e tentar nas regras do Código Civil provar a culpa da Administração. Dessa 
forma, quem tenta provar a culpa é o particular, por isso ocorre inversão do 
ônus da prova.
Teoria do risco integral (exceção mais específica)
Essa teoria representa uma exacerbação da teoria do risco administrativo, 
porque aqui basta a existência do evento danoso e do nexo causal que já 
surge a obrigação da Administração Pública de reparar o dano.
A maioria dos autores pátrios não aceita essa teoria, mas provas como 
a Cespe/UnB costumam cobrar que essa teoria é utilizada para danos cau-
sados por acidentes nucleares, dessa forma, mesmo que não adotada pela 
doutrina, é importante constar que as bancas examinadoras costumam 
cobrar esse tipo de questão.
A título de exemplo, vejamos uma questão da Cespe/UnB – advogado da 
Caixa Econômica Federal, em que foi cobrado sobre a teoria do risco integral:
“Com relação às teorias acerca da responsabilidade civil do Estado, assi-
nale a opção correta.
a) No caso de danos causados por rebelião em presídio, que resulte na 
morte de detento, o STJ possui entendimento pacificado de que a respon-
sabilidade do Estado somente ocorrerá na hipótese de restar demonstrada a 
culpa (ou dolo) do agente público responsável pela guarda.
b) A teoria do risco integral somente é prevista pelo ordenamento consti-
tucional brasileiro na hipótese de dano nuclear, caso em que o Poder Público 
será obrigado a ressarcir os danos causados, ainda que o culpado seja o pró-
prio particular.
Comentário: essa questão mostra bem o posicionamento da banca exa-
minadora, mesmo que minoritário na doutrina é esse que deve ser usado 
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Responsabilidade civil da Administração Pública
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para fins de concursos públicos. Isso se levando em conta que você não quer 
ser doutrinador, pois o objetivo principal é passar em um bom concurso e 
para isso, não podemos “brigar” com a banca examinadora. Dessa forma, é 
esse o posicionamento!
c) Segundo a jurisprudência atual do STF, o art. 37, §6.º, da Constituição 
Federal de 1988 (CF) deve ser interpretado no sentido de definir que a res-
ponsabilidade civil das pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de 
serviço público é objetiva somente em relação aos usuários do serviço, não 
se estendendo tal entendimento para os não usuários.
d) Segundo a jurisprudência majoritária do STJ, nas ações de indenização 
fundadas na responsabilidade civil objetiva do Estado, é obrigatória a de-
nunciação à lide do agente supostamente responsável pelo ato lesivo, até 
mesmo para que o Poder Público possa exercer o direito de regresso.
e) Na hipótese de falha do serviço público prestado pelo Estado, é desne-
cessária a comprovação do nexo de causalidade entre a ação omissiva atri-
buída ao Poder Público e o dano causado a terceiro”.
Solução: B
Resolução de questões
1. (Cespe) Acerca do controle administrativo e da responsabilidade civil 
do Estado, julgue o item a seguir.
 Suponha-se que Maria estivesse conduzindo o seu veículo quando 
sofreu um acidente de trânsito causado por um ônibus da concessio-
nária do serviço público municipal de transporte público, o qual lhe 
causou danos materiais. Nessa situação hipotética, eventual direito à 
indenização pelos danos suportados por Maria somente ocorrerá se 
ficar provado que o condutor do referido coletivo atuou com culpa ou 
dolo, já que não haverá responsabilidade objetiva na espécie, pois, na 
oportunidade, Maria não era usuária do serviço público de transporte 
público coletivo.
 Solução: Errado. Essa questão diz respeito ao novo posicionamento 
do STF que estendeu aos não usuários de serviços públicos a respon-
sabilidade objetiva do Estado baseado na teoria do risco administrati-
vo, plasmada pelo artigo 37, §6.º, da Constituição Federal.
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Responsabilidade civil da Administração Pública
2. (Cespe) Com relação à situação hipotética descrita abaixo e acerca da res-
ponsabilidade civil do Estado e do serviço público, julgue o item a seguir.
 A morte da mãe de Pedro foi ocasionada pela interrupção do forneci-
mento de energia elétrica durante cirurgia realizada em hospital públi-
co, por falta de pagamento. Por esse motivo, Pedro pretende ingressar 
com ação judicial de reparação de danos materiais e morais contra a 
concessionária de serviço público responsável pelo fornecimento de 
energia elétrica.
 Na hipótese em apreço, conforme precedentes do STF, por não ter ha-
vido ato ilícito por parte da concessionária, não há possibilidade de se 
reconhecer a sua responsabilidade civil objetiva.
 Solução: Errado. Não pode haver interrupção do fornecimento do ser-
viço público se o serviço for considerado essencial.
Atividades
1. (FCC) No início do ano, é comum a ocorrência de fortes tempestades, 
que, conforme têm mostrado os noticiários estão causando conse-
quências avassaladoras em diversas regiões do país. Quando chuvas 
dessa natureza provocarem enchentes na cidade, inundando casas e 
destruindo objetos, o Estado
a) responderá, por se tratar de exemplo em que se aplica a responsa-
bilidade objetiva do Estado.
b) responderá se, aliado ao fato narrado, ocorreu omissão do Poder 
Público na realização de determinado serviço.
c) jamais responderá, por se tratar de hipótese de força maior, causa 
excludente da responsabilidade estatal.
d) jamais responderá, por se tratar de hipótese de caso fortuito.
e) responderá, com fundamento na teoria do risco integral.
2. (FCC) Na responsabilidade civil do Estado,
a) embora se aplique a teoria objetiva, excluem-se de seu âmbito as 
relações de consumo e, portanto, a aplicação do Código de Defesa 
do Consumidor.
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Responsabilidade civil da Administração Pública
137
b) não há excludentes possíveis, por se aplicar como regra a teoria do 
risco integral.
c) aplicada a teoria do risco administrativo, exige para a responsabili-
zação do Estado a ocorrência de ação ou omissão voluntária, nexo 
causal, culpa e dano.
d) são excludentes possíveis a culpa exclusiva da vítima e o caso fortui-
to ou forçamaior, por aplicação da teoria do risco administrativo.
e) aplica-se a teoria subjetiva, invertendo-se apenas o ônus probató-
rio, que passa a ser do Estado nas ações indenizatórias contra ele 
propostas.
3. (FCC) Assinale a alternativa incorreta em relação à responsabilidade 
extracontratual do Estado.
a) Para caracterizar a responsabilidade objetiva do Estado, faz-se ne-
cessário que o agente, ao causar o dano, aja nessa qualidade, ou 
seja, não basta ter a qualidade de agente público, pois, ainda que 
não o seja, não acarretará a responsabilidade estatal se, ao causar 
o dano, não estiver agindo no exercício de suas funções.
b) Quando ocorrer culpa concorrente da vítima, estar-se-á diante de 
hipótese atenuante da responsabilidade do Estado, vez que esta 
se repartirá com a da vítima.
c) Quando chuvas provocarem enchentes na cidade, causando da-
nos, o Estado não responderá, ainda que fique demonstrado que a 
realização de determinados serviços de limpeza teria impedido a 
enchente.
d) Sociedade de economia mista, prestadora de serviço público, mes-
mo sendo pessoa jurídica de direito privado, se sujeita à regra da 
responsabilidade objetiva do Estado.
e) Para caracterizar a responsabilidade objetiva do Estado, um dos 
requisitos é que o dano seja causado por agente do Estado, o que 
abrange todas as categorias de agentes públicos, como agentes po-
líticos, servidores públicos ou mesmo particulares em colaboração.
4. (FCC) O princípio da responsabilidade jurídica objetiva do Poder Públi-
co previsto na Constituição Federal tem como característica
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Responsabilidade civil da Administração Pública
a) basear-se no risco administrativo, assim a pessoa jurídica de direi-
to público responde pelo dano causado a terceiro quando for ca-
racterizada a ação ou omissão administrativa, não se admitindo a 
invocação das causas excludentes de responsabilidade.
b) ser inaplicável na hipótese de dano causado por pessoa jurídica de 
direito privado prestadora de serviços públicos, hipótese abarcada 
pela responsabilidade civil comum.
c) afastar a responsabilidade civil do Estado em qualquer hipótese de 
absolvição do servidor no juízo criminal.
d) guiar-se pelo princípio da impessoalidade.
e) obrigar o Poder Público a indenizar danos exclusivamente de na-
tureza patrimonial, hipótese que comporta ação regressiva contra 
o agente público, se configurado dolo ou culpa.
5. (FCC) É certo que a responsabilidade civil ou administrativa do servi-
dor público do Estado da Bahia será afastada no caso de absolvição 
criminal
a) na qual tenha sido reconhecida a prescrição.
b) fundamentada em insuficiência de provas.
c) na qual se reconheça ter o servidor praticado crime não intencional.
d) que negue a existência do fato ou a sua autoria.
e) na qual reconheça ter sido o crime praticado por omissão.
6. (FCC) Um motorista dirigindo em uma estrada estadual cai com o veí-
culo em um buraco próximo a uma obra de recapeamento do asfalto, 
do que resultam danos de grande monta no veículo e lesões graves no 
motorista. O acidente ocorreu por deficiência de sinalização, que era 
de responsabilidade de funcionário do Estado, responsável pela obra. 
Nesse caso,
a) o Estado responde pelos danos causados ao veículo, mas não pe-
las lesões corporais suportadas pela vítima.
b) a vítima pode acionar judicialmente o Estado para reparação dos 
danos porque ele responde, objetivamente, pelos atos dos seus 
agentes.
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Responsabilidade civil da Administração Pública
139
c) a vítima não pode acionar o Estado porque está evidente a culpa 
do agente, que é quem deve ser acionado.
d) se o Estado for acionado e pagar os danos, ele não pode processar 
o agente que deu causa ao acidente porque este estava no cum-
primento do seu dever.
e) não cabe ação para reparação dos danos porque a estrada esta-
va sendo recapeada e o motorista deveria tomar cuidado, mesmo 
sem existência de sinalização adequada.
7. (FCC) Nos termos do que dispõe o artigo 37, parágrafo 6.º da Constitui-
ção Federal, no que concerne à responsabilidade civil do Estado, este 
responde sob a modalidade
a) objetiva, quando se tratar de atos comissivos lícitos ou ilícitos.
b) objetiva pelos atos comissivos ilícitos e sob a modalidade subjeti-
va pelos atos comissivos lícitos.
c) subjetiva, quando envolver a imputação de danos morais.
d) subjetiva, quando envolver imputação de responsabilidade subsi-
diária.
e) subjetiva, quando envolver a prática de atos omissivos lícitos pra-
ticados por delegação.
8. (FCC) O Estado responde objetivamente pelos danos causados a ter-
ceiros por seus agentes. Isso significa
a) afirmar que responde sempre que verificada a ocorrência de da-
nos, prescindindo da demonstração de nexo causal ou de culpa do 
servidor.
b) dizer que se considera presumida a culpa do agente público envol-
vido, passível de demonstração, no entanto, da ocorrência de pelo 
menos uma das excludentes de responsabilidade, como culpa ex-
clusiva da vítima.
c) dizer que mesmo nos casos de excludentes de responsabilidade o 
Estado responde integralmente pelos danos materiais potenciais.
d) afirmar que a responsabilização do Estado não depende da de-
monstração da conduta culposa ou de nexo causal, mesmo em 
casos de ato lícito.
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Responsabilidade civil da Administração Pública
e) dizer que o Estado responde sempre e por qualquer ato de seus 
agentes, sejam atos comissivos lícitos ou ilícitos.
9. (FCC) Um servidor público, condutor de uma viatura oficial, deu causa 
a acidente de trânsito com veículo de particular. Foram apurados da-
nos materiais de grande vulto, equivalentes aos reparos promovidos 
no veículo particular e às despesas médicas geradas pelo atendimento 
ao motorista particular. O condutor da viatura particular tem preten-
são indenizatória para ressarcimento dos danos materiais.
 Nesse caso, o Estado
a) e o servidor público respondem sob a modalidade de responsabi-
lidade objetiva, caso o autor pretenda ajuizar a ação respeitando o 
litisconsórcio.
b) responde sob a modalidade de responsabilidade objetiva e só o 
servidor público sob a modalidade de responsabilidade subjetiva, 
caso o autor pretenda incluir o servidor público na lide, sendo ne-
cessária dilação probatória para prova da culpa do mesmo.
c) responde exclusivamente, sob a modalidade objetiva ou subjetiva, 
não sendo possível mover ação em face do servidor público, que 
estava a serviço do Poder Público.
d) responde sob a modalidade objetiva, presumindo-se a culpa do 
servidor, que poderá ser penalizado também disciplinarmente na 
esfera administrativa.
e) responde sob a modalidade subjetiva, uma vez necessário de-
monstrar a culpa do servidor, não incidindo a regra constitucional 
da responsabilidade objetiva.
10. (FCC) Em tema de responsabilidade dos servidores públicos, considere: 
 I. Praticando conduta que configure infração administrativa, que acar-
rete dano à Administração e seja tipificada como crime, o servidor 
público estará sujeito às consequências civis, administrativas e pe-
nais, pois têm elas fundamento e natureza diversos.
 II. Não incide responsabilidade civil, salvo a penal e administrativa, 
para aquele que exerce, mesmo transitoriamente ou sem remune-
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ração, mandato, cargo ou função em órgão estatal, pela prática de 
improbidade administrativa.
 III. A pena de suspensãosignifica o não exercício das atribuições fun-
cionais por certo tempo, com percepção dos vencimentos corres-
pondentes ao cargo.
 IV. O curso do prazo prescricional para a atuação disciplinar da Admi-
nistração interrompe-se na data do conhecimento da autoria da 
infração e suspende-se com a instauração do processo disciplinar.
 V. Toda sanção disciplinar há de estar associada a uma infração, a uma 
conduta que traduz descumprimento de dever ou inobservância 
de proibição, de natureza funcional.
 É correto o que consta apenas em
a) III e V.
b) II e IV.
c) I e V.
d) I, II e III.
e) III, IV e V.
11. (FGV) Assinale a afirmativa incorreta.
a) O lesado tem direito a ser indenizado pelo Estado por atos de seus 
agentes independentemente de ação culposa.
b) O Estado pode exercer o direito de regresso contra seu servidor 
ainda que este não tenha agido com dolo ou culpa.
c) Se o dano foi causado exclusivamente por fenômenos da natureza, 
não haverá obrigação do Estado de indenizar o lesado.
d) Se o dano é causado por ação dolosa, a indenização devida pelo 
Estado não é necessariamente mais elevada do que nos casos de 
ação culposa.
e) O dever do Estado de indenizar o lesado ocorre até mesmo se o 
agente causador do dano não recebe remuneração pela função 
pública que exerce.
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Responsabilidade civil da Administração Pública
12. (FGV) A responsabilidade civil da Administração Pública acarreta a
a) corresponsabilidade imediata do agente público, sempre vincu-
lada à existência de culpa pelos danos que causar a terceiros no 
exercício de suas funções.
b) responsabilidade integral e da pessoa jurídica de direito público, 
salvo se a vítima não conseguir provar a culpa do agente público.
c) responsabilidade subsidiária do ente estatal, bem como das pes-
soas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públicos.
d) responsabilidade subjetiva dos prestadores de serviços públicos, 
desde que estes sejam remunerados.
e) responsabilidade objetiva das pessoas jurídicas de direito público 
e as de direito privado prestadoras de serviços públicos pelos da-
nos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros.
13. (FGV) No que diz respeito à responsabilidade civil da Administração 
Pública, é correto afirmar que
a) a indenização em virtude de atos lesivos dos agentes públicos 
compreende somente os danos materiais.
b) os atos lesivos praticados por agente público no exercício de sua 
função geram responsabilidade da Administração Pública sem, 
contudo, autorizar o direito de regresso desta contra o responsável 
pelo dano nos casos de dolo ou culpa.
c) caso um servidor do TRE-PA, no exercício de sua função, agrida ver-
balmente um advogado, configurando dano moral, está implicada 
a responsabilidade subsidiária do Tribunal.
d) o Estado e as pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de 
serviços públicos respondem pelos danos causados a terceiros por 
seus agentes, no exercício de suas funções.
e) a responsabilidade objetiva do Estado dispensa a existência de 
dano causado a terceiro por seus agentes, no exercício de sua fun-
ção, por força da adoção da teoria do risco integral pela Constitui-
ção de 1988.
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14. (FGV) Um indivíduo ajuizou com ação de responsabilidade civil contra 
uma empresa pública que se dedica à prestação de serviço público 
visando ao ressarcimento de danos que lhe foram causados em virtu-
de da má prestação do serviço. O autor alega que essa empresa, ape-
sar de se constituir em pessoa jurídica de direito privado, é entidade 
integrante da Administração Pública e prestadora de serviço público, 
razão pela qual sua responsabilidade é objetiva, devendo a reparação 
ocorrer independentemente da prova da culpa ou dolo.
 Na situação apresentada pelo enunciado, analise as afirmativas a seguir:
 I. A responsabilidade será sempre objetiva, não importando se o res-
ponsável pela lesão for uma empresa pública prestadora de serviço 
público ou exploradora de atividade econômica.
 II. A responsabilidade civil objetiva somente se aplica às pessoas jurí-
dicas de direito público que compõem a Administração Pública Di-
reta e não às empresas públicas constituídas pelo regime de direito 
privado, ainda que sejam prestadoras de serviços públicos.
 III. A responsabilidade civil objetiva depende da aferição de culpa do 
agente público que deu ensejo ao prejuízo causado pela pessoa ju-
rídica de direito privado prestadora de serviço público.
 IV. A responsabilidade civil objetiva do Estado se aplica tanto às pesso-
as jurídicas de direito público quanto às pessoas jurídicas de direito 
privado prestadoras de serviços públicos.
 V. As pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviço pú-
blico responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, 
causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o res-
ponsável nos casos de dolo ou culpa.
 Somente está correto o que se afirma em
a) II, III, IV e V.
b) II.
c) I e III.
d) IV e V.
e) I, II, III e V.
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Responsabilidade civil da Administração Pública
15. (FGV) Quando o Poder Público não providencia as desapropriações 
necessárias para a execução de serviço público contratado com o par-
ticular, dando ensejo a este do desprovimento do contrato, resta con-
figurado:
a) fato da administração.
b) fato do príncipe.
c) caso fortuito.
d) força maior.
e) lesão grave.
16. (FGV) Analise as afirmativas a seguir:
 I. Apesar de a Constituição Federal ditar que “o Estado indenizará o 
condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso além 
do tempo fixado na sentença”, a regra é a irresponsabilização do 
Estado por atos de jurisdição.
 II. A Constituição Federal de 1988 adotou a Teoria da Responsabilida-
de Objetiva do Estado, teoria que se fundamenta no risco adminis-
trativo e que isenta o lesado de provar a culpa do agente estatal, 
bastando que este aponte o nexo causal entre o fato administrativo 
e o dano.
 III. A Teoria da Responsabilidade Objetiva do Estado não prevê exclu-
dentes, por isso só se aplica às condutas ilícitas do Estado.
 Assinale:
a) se nenhuma afirmativa estiver correta.
b) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
c) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.
17. (FGV) Analise as assertivas a seguir.
 I. O Poder Público Municipal foi condenado em ação de responsabili-
dade civil pelos danos causados por seu servidor a terceiros. Caberá 
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ação regressiva em face do servidor, ação esta cujo prazo prescricio-
nal é de três anos e em que se verificará se a conduta do servidor foi 
culposa lato sensu.
 II. A Prefeitura do Rio de Janeiro tem o dever de realizar, rotineira-
mente, as podas das árvores existentes nas ruas da cidade. Após um 
temporal de verão, inúmeros galhos caíram sobre veículos estacio-
nados na rua X, localizada no Município. No caso, o Poder Público 
Municipal é responsável pelos danos causados.
 III. Professores servidores públicos municipais, reivindicando maiores 
salários, entraram em greve pelo tempo de 15 dias. Tal conduta ge-
rou uma série de danos aos estudantes da rede municipal de ensino 
e seus familiares. É direito líquido e certo dos munícipesreceberem 
indenização pelos danos gerados pela paralisação dos servidores 
municipais.
 Assinale:
a) se todas as assertivas estiverem corretas.
b) se somente as assertivas I e II estiverem corretas.
c) se somente as assertivas I e III estiverem corretas.
d) se somente as assertivas II e III estiverem corretas.
e) se nenhuma assertiva estiver correta.
18. (FGV) Sociedade de economia mista, prestadora de serviço público, 
pode ser acionada para responder pela prática de ato ilícito absoluto, 
perante o Poder Judiciário, no prazo de:
a) 1 ano.
b) 2 anos.
c) 5 anos.
d) 4 anos.
e) 3 anos.
19. (FGV) O Poder Público é condenado em ação de responsabilidade 
civil pelos danos causados por seu servidor a terceiro. É correto afir-
mar que:
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Responsabilidade civil da Administração Pública
a) cabe ação regressiva do Estado em face do servidor, cujo prazo 
prescricional é de 3 anos, e nesta se verificará se a conduta do ser-
vidor foi culposa (lato sensu).
b) cabe ação de regresso do Estado em face do servidor, e seu prazo 
prescricional é de 20 anos.
c) cabe ação regressiva do Estado em face do servidor, e nela não se 
perquirirá sobre culpa do servidor, uma vez que se aplica a teoria da 
responsabilidade objetiva quando a ação envolve o Poder Público.
d) basta o procedimento administrativo disciplinar com a aplicação 
da ampla defesa e do contraditório, não cabendo o ajuizamento 
de ação regressiva.
e) o Estado teria que ter denunciado à lide o servidor, não podendo 
posteriormente acioná-lo.
20. (Cespe) Acerca da responsabilidade civil do Estado, assinale a opção 
correta.
a) São excludentes da responsabilidade civil do Estado a culpa exclu-
siva da vítima ou de terceiro, caso fortuito ou força maior.
b) A ação de responsabilidade civil objetiva por ato cometido por ser-
vidor público pode ser legitimamente proposta contra o Estado ou 
contra este e o respectivo servidor, em litisconsórcio passivo.
c) Segundo entendimento do STF, ao desempenho inconstitucional da 
função de legislador é aplicável a responsabilidade civil do Estado.
d) Conforme entendimento do STJ, a denunciação à lide do servidor 
causador do dano é obrigatória nas ações fundadas na responsa-
bilidade objetiva do Estado.
21. (Cespe) Quanto à responsabilidade civil do Estado e do particular, jul-
gue o item que se segue.
 Como a responsabilidade civil do Estado por ato danoso de seus prepos-
tos é objetiva, surge o dever de indenizar se restarem provados o dano 
ao patrimônio de outrem e o nexo de causalidade entre este e o compor-
tamento do preposto. No entanto, o Estado poderá afastar a responsa-
bilidade objetiva quando provar que o evento danoso resultou de caso 
fortuito ou de força maior, ou ocorreu por culpa exclusiva da vítima.
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Responsabilidade civil da Administração Pública
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22. (Cespe) Julgue o item a seguir.
 A responsabilidade da Administração Pública, de acordo com a teoria 
do risco administrativo, evidencia-se na obrigação que tem o Estado 
de indenizar o dano injustamente sofrido pelo particular – indepen-
dentemente da existência de falta do serviço e da culpa do agente pú-
blico –, havendo a possibilidade de comprovação da culpa da vítima a 
fim de atenuar ou excluir a indenização.
23. (Cespe) Paulo, servidor público de um TRE, conduzia um veículo oficial 
quando atropelou Maria, causando-lhe vários ferimentos e morte.
 Com base nessa situação hipotética, julgue o item seguinte, acerca da 
organização da Administração Pública.
 Eventual ação de reparação de danos a ser proposta em decorrência 
do fato narrado deve ser feita em face do próprio TRE.
24. (Cespe) No caso apresentado na Questão 23, a responsabilidade civil 
de Paulo é objetiva.
Dica de estudo
A resolução de exercícios é fundamental para uma boa preparação. Dessa 
forma, questões anteriores de concursos públicos são ótimas ferramentas 
para majorar a preparação do candidato.
Assim, assista às videoaulas, faça seus resumos e resolva muitos 
exercícios.
Referências
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 37. ed. Malheiros, 
2011.
MELLO, Celso Antonio Bandeira. Curso de Direito Administrativo. 28. ed. Malhei-
ros. 2011.
PIETRO, Maria Sylvia Zanella Di. Direito Administrativo. 24. ed. Atlas, 2011.
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Gabarito
1. B
2. D
3. C
4. D
5. D
6. B
7. A
8. B
9. D
10. C
11. B
12. E
13. D
14. D
15. A
16. B
17. B
18. E
19. A
20. C
21. Certo
22. Certo
23. Errado
24. Errado
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