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Apostila_IBGE_Geografia_LucianoTeixeira-2

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Geografia
Prof. Luciano Teixeira
Instituto Brasileiro de Geogra�a e Estatística
www.acasadoconcurseiro.com.br
Geografia
Professor: Luciano Teixeira
www.acasadoconcurseiro.com.br
Edital
Noções básicas de cartografia: Orientação: Pontos cardeais; Localização: Coordenadas 
geográficas (latitude e longitude); Representação: Leitura de escala, legendas e convenções. 
Natureza e meio ambiente no Brasil: Grandes domínios climáticos; Ecossistemas. As atividades 
econômicas e a organização do espaço: Espaço agrário: Modernização e conflitos; Espaço 
urbano: Atividades econômicas, emprego e pobreza; A rede urbana e as Regiões Metropolitanas. 
Formação Territorial e Divisão Político-Administrativa: Divisão Político-Administrativa; 
Organização federativa.
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Geografia
Orientação
Localizar-se, estabelecer caminhos e orientar-se para seguir a direção certa: isso sempre 
acompanhou a história do homem na Terra. O que mudou, ao longo do tempo, foram os recursos 
(equipamentos, instrumentos), as características do espaço geográfico e, por consequência, os 
referenciais para localização e para orientação.
Dependendo das características do espaço geográfico, dos aspectos culturais dos povos, 
da disponibilidade de equipamentos, recursos, como plantas e mapas, e dos referenciais, a 
maneira de orientar-se e localizar-se variam.
Rosa dos Ventos
A rosa-dos-ventos é uma figura nos quais estão presentes:
 • Os pontos cardeais: Norte (N), sul (S), Oeste (O, ou West, em inglês) e Leste ou Este (L ou E);
 • Os pontos colaterais: Noroeste (NO), nordeste (NE), sudoeste (SO) e sudeste (SE);
 • Os pontos subcolaterais, és-nordeste (ENE), nor-nordeste (NNE), su-sudeste (SSE), és-sudeste 
(ESE), oés-sudoeste (OSO), su-sudoeste (SSO), nor-noroeste (NNO), oés-noroeste (ONO);
 • Os intermediários.
Esses são os pontos que facilitam a orientação na superfície terrestre. A noção a respeito desses 
pontos de orientação é fundamental para estabelecer os deslocamentos aéreos e marítimos, 
por exemplo, ou em locais onde não há estradas, como regiões desérticas e áreas florestais.
É fundamental também para manusear e utilizar plantas e mapas, determinando-se, por 
exemplo, a localização de cidades, estados, regiões, países, continentes, oceanos, tomando-se 
por referência um determinado local ou elemento.
 
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Coordenadas
Coordenadas geográficas são linhas imaginárias pelas quais a Terra foi “cortada”, essas linhas 
são os paralelos e meridianos, através deles é possível estabelecer localizações precisas em 
qualquer ponto do planeta.
Veja abaixo alguns itens importantes nas coordenadas geográficas:
 • Equador;
 • Trópicos;
 • Círculos Polares;
 • Meridiano de Greenwich;
 • Zonas Geográficas;
 • Zonas Climáticas;
 • Fusos Geográficos;
 • Fuso Horário.
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Plano Equatorial: É um plano imaginário que divide a Terra em dois polos: norte e sul, de forma 
igual, mas de uma maneira metafórica, é o mesmo que cortar uma laranja em duas partes 
iguais com uma faca.
Paralelos: São linhas imaginárias paralelas ao plano equatorial.
Meridianos: São linhas imaginárias paralelas ao meridiano de Greenwich que ligam os polos 
norte e sul.
Latitude: É a distância medida em graus de um determinado ponto do planeta entre o arco do 
meridiano e a linha do equador.
Longitude: É a localização de um ponto da superfície medida em graus, nos paralelos e no 
meridiano de Greenwich.
 
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A
F
E
B
C
G H D
I
J
75º 60º 45º 30º 15º 0º 15º 30º 45º 60º 75º 90º 105º
45º
30º
15º
0º
15º
30º
45º
60º
75º
Meridiano de Greenwich
Greenwich tornou-se um meridiano referencial internacionalmente em 1884, devido a um 
acordo internacional que aconteceu em Washington para padronizar as horas em todo o 
mundo. Greenwich foi escolhido por “cortar” o observatório Astronômico Real, localizado em 
Greenwich, um distrito de Londres.
Fusos Horários
A necessidade dos fusos é devido ao movimento de rotação da Terra, durante o qual ela gira no 
seu próprio eixo. Esse movimento dá origem a dias e noites, perfazendo em 24 horas.
Ao realizar o movimento da Terra (rotação), um lado do planeta recebe luz solar (dia) e o outro 
lado fica sombreado (noite), o movimento e a luz do sol que incidem criam as variações como 
manhã, tarde, noite, madrugada; por isso sempre há 24 horas distintas.
A partir dessas informações, verifica-se que a Terra, que é esférica, possui 360o, e o movimento 
de rotação necessita de 24 horas para ser realizado. Se dividirmos 360o por 24 horas, obteremos 
15o, então, cada 15o, que é a distância entre dois meridianos, corresponde a 1 hora, isso é 
denominado fuso horário. O ponto Zero é o meridiano de Greenwich, ao leste, a cada 15o, 
aumenta 1 hora; e a oeste de Greenwich, a cada 15o, diminui 1 hora.
OESTE LESTE
0º 15º 30º 75º60º45º
+1h +2h +3h
15º
GMT +5h+4h-2h-3h
75º 60º 45º 30º
-4h -1h-5h
FUSOS HORÁRIOS
G
re
en
w
ic
h
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Regras de Fusos Horários
 • Saber a diferença entre as longitudes de dois locais determinados. Quando as localidades se 
encontram em hemisférios diferentes, suas longitudes devem ser somadas, caso contrário, 
devem ser subtraídas.
LESTE para OESTE/ OESTE para LESTE = Soma as longitudes (+)
LESTE e LESTE/ OESTE e OESTE = Subtrai as longitudes (-)
 • Depois de encontrada a diferença da longitude, divide-se o resultado por 15, que é o valor 
em graus que corresponde a um fuso horário. O resultado encontrado é a diferença de 
horários entre as duas localidades correspondentes.
 • Por fim, é necessário verificar a localização da cidade que se pretende saber o horário. Se 
estiver a oeste em relação a outra cidade, diminui-se a diferença de horários, do contrário, 
se estiver a leste, então a diferença de horários terá de ser somada ao horário da cidade.
Fuso Horário Brasileiro
 • 1º fuso (30oW) – Fernando de Noronha;
 • 2º fuso (45oW) – Estados banhados pelo mar, MG, GO, TO;
 • 3º fuso (60oW) – demais Estados RR, AM, AC, RO, MT, MS.
 
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Escalas
Escala é a relação matemática entre o comprimento ou a distância medida sobre um mapa e a 
sua medida real na superfície terrestre. Essa razão é adimensional, já que relaciona quantidades 
físicas idênticas de mesma unidade. A escala pode ser representada numericamente e 
graficamente.
A escala numérica, ou fracionária, é expressa por uma fração ordinária (denominador/
numerador) ou por uma razão matemática. O numerador corresponde a uma unidade no mapa, 
enquanto o denominador expressa a medida real da unidade no terreno.
A escala, por exemplo, 1:10.000 indica que uma unidade no mapa corresponde a 10 mil unidades 
no terreno, ou seja, considerando como unidade o centímetro, 1 cm no mapa equivale a 10.000 
cm no terreno. Quanto maior o denominador, menor a escala, menor o detalhamento e maior 
a extensão da área mapeada, considerando a mesma dimensão do plano de representação.
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Grandes Domínios Climáticos
Os domínios morfoclimáticos representam a combinação de um conjunto de elementos da 
natureza – relevo, clima, vegetação – que se inter-relacionam e interagem, formando uma 
unidade paisagística.
BIOMAS 
 • Área biótica é uma área geográfica ocupada por um bioma, ou seja, regiões com um mesmo 
tipo de clima e vegetação.
 • Entretanto, um bioma pode ter uma ou mais vegetações predominantes.
 • Apesar de poderem apresentar diferentes animais e plantas, sabe-se que há muitas 
semelhanças entre as paisagens dos mais diferentes continentes, isso ocorre devido à 
influência do macroclima (tipo de solo, condição do substrato e outros fatores físicos). 
 • A distribuição dos biomas terrestres e seus tipos de vegetação estão estreitamente ligados 
ao clima,uma vez que são as diferentes condições de temperatura, chuva e incidência de 
luz solar nas várias regiões do planeta que facilitam ou impedem a existência de qualquer 
tipo de vida. Desse modo, a cada tipo climático corresponde um bioma, marcado por uma 
determinada cobertura vegetal. 
BIOMAS BRASILEIROS
Caatinga
Com extensão territorial de 800 mil quilômetros quadrados, presente nos estados 
do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Bahia, 
Piauí e no norte de Minas Gerais, esse é o único bioma exclusivamente brasileiro. 
A caatinga tem uma vegetação típica de regiões semiáridas, formada por plantas xerófilas, 
adaptadas ao clima seco e à pouca quantidade de água. A fauna é representada por répteis, 
roedores, insetos, aracnídeos, arara-azul, sapo-cururu, asa-branca, cutia, gambá, preá, veado-
catingueiro, entre tantos outros.
Cerrado
Segundo maior bioma brasileiro, o cerrado está presente em diferentes Regiões brasileiras, 
entretanto é na Região Centro-Oeste que ele predomina. Apresenta clima quente e períodos 
alternados (6 meses) de chuva e seca. Sua vegetação é composta por árvores esparsas, arbustos 
e gramíneas. Uma das principais características do cerrado são as árvores com caules tortuosos 
e folhas coriáceas, além do solo com poucos nutrientes e com grande concentração de alumínio. 
A diversidade de espécies da fauna é grande: tamanduá-bandeira, tatu-bola, veado-campeiro, 
capivara, lobo-guará, onça-pintada, etc.
 
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Floresta Amazônica
Essa é a maior floresta tropical do mundo, compreendendo cerca de 42% do território nacional. 
A floresta Amazônica está presente nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato 
Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins, além de outros países sul-americanos. Esse é o 
bioma que possui a maior biodiversidade do planeta. Entre as espécies animais estão: jabuti, 
paca, anta, jacaré, sucuri, macacos, entre outros.
Mata Atlântica
A Mata Atlântica estende-se do Piauí ao Rio Grande do Sul. Esse bioma é um dos mais ricos do 
mundo em espécies da flora e da fauna. Sua vegetação é bem diversificada e é representada 
pela peroba, ipê, quaresmeira, cedro, jequitibá-rosa, jacarandá, pau-brasil, entre outras. A 
fauna possui várias espécies distintas: tatu-canastra, onça-pintada, lontra, mico-leão, macaco-
muriqui, anta, veado, quati, cutia, bicho-preguiça, jacu, macuco, etc.
Pantanal
O Pantanal está localizado no sudoeste de Mato Grosso e oeste de Mato Grosso do Sul, 
estando presente também no Paraguai e na Bolívia. Esse bioma é considerado uma das maiores 
planícies inundáveis do planeta. Apresenta grande biodiversidade: mais de 3.500 espécies de 
plantas, cerca 650 espécies de aves, 262 espécies de peixe, 1.100 espécies de borboletas. Entre 
os representantes da fauna estão: jacaré, veado, serpentes, capivara, papagaio, tucano, tuiuiú, 
onça, macaco, entre outros.
Pampa
O Pampa, que também é chamado de Campos do Sul ou Campos Sulinos, ocupa uma área de 
176.496 Km² correspondente a 2,07% do território nacional e que é constituído principalmente 
por vegetação campestre. No Brasil o Pampa só esta presente do estado do Rio Grande do 
Sul, ocupando 63% do território gaúcho. O Bioma caracteriza-se pela grande riqueza de 
espécies herbáceas e várias tipologias campestres, compondo em algumas regiões, ambientes 
integrados com a floresta de araucária. Os terrenos planos das planícies e planaltos gaúchos 
e as coxilhas, de relevo suave-ondulado, são colonizados por espécies pioneiras campestres 
que formam uma vegetação tipo savana aberta. Há ainda áreas de florestas estacionais e de 
campos de cobertura gramíneo-lenhosa.
Mata de Araucária (Mata Atlântica)
A Mata de Araucária é um bioma típico de regiões com clima subtropical. No Brasil, ela está 
presente nos estado de São Paulo e, principalmente, nos estados da Região Sul (Paraná, Santa 
Catarina e Rio Grande do Sul). Sua vegetação é composta por árvores aciculifoliadas, com folhas 
em formato de agulha, e a espécie predominante é o pinheiro-do-paraná.
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Mata dos Cocais (Vegetaçao de Transição)
Ocupa uma zona de transição entre a Amazônia e as terras semiáridas do Nordeste brasileiro, 
abrangendo porções dos estados do Maranhão, Piauí e Tocantins. Possui solos secos e florestas 
dominadas por palmeiras. Sua vegetação é formada por palmeiras, como o buriti, oiticica, 
babaçu e carnaúba.
 
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Vegetação do Brasil
Observações:
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Climas do Brasil
Clima Equatorial Úmido 
(convergência de alísios)
Abrange a Amazônia, e se caracteriza por um clima equatorial continental, 
quase todo o ano. A mEc é úmida por sua localização estar sobre uma 
área com rios caudalosos e com cobertura da Floresta Amazônica, que 
possui grande umidade pela transpiração dos vegetais, propiciando 
intensa umidade atmosférica. Portanto, é um clima úmido e quente. As 
médias anuais térmicas mensais vão de 24oC a 27oC, ocorrendo baixa 
amplitude térmica anual, com pequeno resfriamento no inverno. As 
médias pluviométricas são altas e a estação seca é curta. Por ser uma 
região de calmaria, devido ao encontro dos alísios do Hemisfério Norte 
com os do Sul, a maior parte das precipitações que aí ocorrem são chuvas 
de convecção, superando índices de 2 500 mm.
Clima litorâneo úmido
Abrange parte do território brasileiro próximo ao litoral, do nordeste 
ao sudeste. A massa de ar que exerce maior influência nesse clima 
é a tropical atlântica (mTa). Pode ser observado em duas principais 
estações: verão (chuvoso) e inverno (menos chuvoso), com médias 
térmicas e índices pluviométricos elevados; é um clima quente e 
úmido. No inverno a (mTa) encontra-se com a (mPa) provocando as 
chuvas frontais. No verão a (mTa) traz umidade do oceano e provoca 
chuvas de relevo ao encontrar o planalto da Borborema e as Serras do 
Mar e da Mantiqueira.
Clima tropical Típico – 
alternadamente úmido 
e seco
Abrange os estados de Minas Gerais e Goiás, parte de São Paulo, Mato 
Grosso do Sul, parte da Bahia, do Maranhão, do Piauí e do Ceará. É um 
clima tropical típico, quente e semiúmido, com uma estação chuvosa 
(verão) e outra seca (inverno). Massas atuantes (mTc, mPa, mEc). Possui 
amplitude térmica elevada devido à influência da continetalidade.
Clima tropical semiárido
Abrange o Sertão do Nordeste, sendo um clima tropical próximo ao 
árido com médias anuais de pluviosidade inferior às vezes a 500 mm. As 
chuvas concentram-se num período de 3 meses. No Sertão Nordestino, 
é uma espécie de encontro de quatro sistemas atmosféricos oriundos 
das massas de ar mEc, mTa, mEa, mPa. As médias térmicas anuais são 
elevadas.
Clima subtropical úmido
Abrange o Brasil Meridional, porção localizada ao sul do Trópico 
de Capricórnio, com predominância da massa tropical atlântica, 
que provoca chuvas fortes. No inverno, com frequência ocorre a 
penetração de frente polar mPa, dando origem às chuvas frontais com 
precipitações devidas ao encontro da massa quente com a fria, onde 
ocorre a condensação do vapor de água atmosférico, e também geadas 
e baixas temperaturas. O índice médio anual de pluviosidade é elevado 
e as chuvas são bem distribuídas durante todo o ano. Apresenta o 
segundo maior índice de precipitação.
Tropical de Altitude
Localiza-se nas áreas de maior altitude na região Sudeste, sofre grande 
influência das mTa, que é úmida. No inverno, a mPa, é responsável 
pelas baixas temperaturas que costumam ocorrer no inverno nessa 
época. Diferencia-se do clima tropical típico, por apresentar maior 
índice pluviométrico anual.
 
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Observações:
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Setor Primário – Espaço Agrário
Agricultura é o conjunto de técnicas utilizadas para cultivar plantas com o objetivo de 
obter alimentos, fibras,energia, matéria-prima para roupas, construções, medicamentos, 
ferramentas, ou apenas para contemplação estética.
Sistemas Agrícolas
Agricultura Intensiva
A agricultura comercial visa à produção de renda financeira através da produção de plantas e 
animais que são demandados no mercado. Utiliza o sistema intensivo, com a utilização de máquinas 
e fertilizantes, tem uma tecnologia de ponta, acarretando em altos índices de produtividade. 
Agricultura Extensiva 
Caracterizada geralmente pelo uso de técnicas rudimentares ou tradicionais na produção. 
Normalmente é utilizada para mercado interno ou para subsistência. Esse tipo de agricultura 
pode ser encontrado tanto nas pequenas quanto nas grandes propriedades com o predomínio 
da mão de obra humana e baixa mecanização. A falta de capital também é um marco neste tipo 
de agricultura. É característica de minifúndios, que são formas de agricultura familiar.
Tipos de Agricultura
Agricultura de Subsistência (Imagem abaixo)
Agricultura de subsistência é aquela em que, basicamente, a plantação é feita geralmente em 
pequenas propriedades (minifúndios), e a finalidade principal é a sobrevivência do agricultor 
e de sua família, não para a venda dos produtos excedentes, em contraposição à agricultura 
comercial. Os instrumentos agrícolas mais usados são: enxada, foice e arado. Raramente são 
utilizados tratores ou outro tipo de máquina.
 
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Agricultura de Jardinagem (Imagem abaixo)
Esse sistema é praticado em pequenas e médias propriedades cultivadas pelo dono da terra e sua 
família ou em parcelas de grandes propriedades. Nelas é obtida alta produtividade, através da seleção 
de sementes, da utilização de fertilizantes, da aplicação de avanços biotecnológicos e de técnicas de 
preservação do solo que permitem a fixação da família na propriedade por tempo indeterminado. A 
agricultura de jardinagem consiste basicamente na rizicultura, mas, também consiste na produção de 
cereais, como; arroz, trigo, entre outros, e hortaliças. Em países como as Filipinas, Tailândia, Indonésia, 
etc., devido a elevada densidade demográfica, as famílias contam com áreas muitas vezes inferiores a 
1 hectare e as condições de vida são bastante precárias. Em países que realizaram reforma agrária – 
Japão e Taiwan – e ao redor dos grandes centros urbanos de áreas tropicais, após a comercialização da 
produção e a realização de investimentos para a nova safra, há um excedente de capital que permite 
melhorar, a cada ano, as condições de trabalho e a qualidade de vida da família.
Empresa Agrícola (Imagem abaixo)
Suas características são a alta capitalização, insumos modernos, produtividade elevada, mecanização 
intensa, mão de obra qualificada, produção em larga escala, cultivos de rico (valorizados no 
exterior), além de ser praticada em grandes propriedades monocultoras. A produtividade elevada 
é comum nas grandes empresas chamadas de complexos agroindustriais. Tais complexos associam 
o capital agrícola à indústria e ao capital financeiro. Devido à sua grandiosidade, possibilita-
se uma competição em escala global com outras empresas produtoras. Além disso, o complexo 
agroindustrial é responsável por grande parte da produção mundial de grãos.
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Agricultura de Plantation (Imagem abaixo)
É um tipo de sistema agrícola (uma plantação) baseado em uma monocultura de exportação 
mediante a utilização de latifúndios e mão de obra escrava. Foi bastante utilizado na colonização 
da América ‒ sendo mais tarde levada para a África e Ásia ‒, principalmente no cultivo de 
gêneros tropicais, e é atualmente comum a países subdesenvolvidos, mantendo as mesmas 
características, exceto, obviamente, por não mais empregar mão de obra escrava. A primeira 
característica da economia de plantação é a monocultura. Nesse sistema, são produzidas 
grandes quantidades de um só produto que se adapta muito bem ao solo e ao clima da região.
Agricultura de Oasis (Imagem abaixo)
A agricultura de oásis ‒ praticada no norte da África, nas regiões de oásis, caracteriza-se pela 
intensidade de ocupação do solo no sistema Policultura, na extrema divisão da propriedade e 
no desenvolvimento de canais para irrigação.
 
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Agricultura na Europa
A origem da política agrícola comum (PAC) remonta aos inícios da integração europeia, quando 
os Estados-Membros se propuseram reestruturar e aumentar a sua produção alimentar, 
danificada pela Segunda Guerra Mundial. Atualmente, a PAC continua a desempenhar um 
papel central na União Europeia, não só porque mais de 90% dos territórios da União estão 
ocupados por terras agrícolas ou florestas, mas, sobretudo, porque a PAC se tornou um 
instrumento fundamental para fazer face aos novos desafios em termos de qualidade da 
alimentação, respeito do ambiente e trocas comerciais. A reforma de 2003 constituiu um 
momento fundamental da evolução da PAC, adaptando-a às novas exigências dos agricultores, 
dos consumidores e do planeta. Essa abordagem continua a servir de base para a futura 
evolução da PAC, numa União alargada e integrada num contexto global.
A Europa apresenta uma importante e diversificada produção agrícola, com grande 
aproveitamento dos seus solos, geralmente férteis. O uso do solo está sujeito à técnicas 
adequadas e modernas, com elevada produtividade.
A cultura de cereais é predominante, destacando-se o “trigo”, produto mais importante. 
Sua principal área produtora é a região de solos negros da Ucrânia (tchernoziom). Os outros 
países que se destacam na produção de trigo são Itália, França, Alemanha e Rússia. Outros 
cereais cultivados são o centeio, a aveia e a cevada, importantes produtos agrícolas das áreas 
temperadas.
O centeio substitui o trigo em áreas de clima mais frio e é importante na fabricação do pão. 
A aveia é produzida principalmente para a alimentação do gado, recebendo, por isso, o 
nome de forrageira. A cevada é uma matéria-prima básica à fabricação da cerveja, produto 
de destaque em vários países europeus. Os maiores produtores desses cereais são Alemanha, 
França, Espanha, Polônia e Reino Unido. A batata é outro produto importante da agricultura da 
Europa. Os principais produtores de batata são Alemanha, França, Países Baixos, Reino Unido e 
Rússia. Nas regiões europeias de clima mediterrâneo, sobressai o cultivo da oliveira, destinada 
à produção de azeitonas e de azeite. Portugal, Espanha, França e Itália destacam-se como 
maiores produtores mundiais e seus produtos são reconhecidos como os de melhor qualidade 
internacional. Outro destaque especial é o cultivo da videira, destinada à produção de vinhos.
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Mapa da agricultura e pecurária europeia
 
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Técnicas empregadas na agricultura europeia 
Terraceamento (imagem abaixo)
Sebes/tapumes (imagem abaixo)
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Irrigação (imagem abaixo)
Agricultura no Brasil
A agricultura no Brasil é, historicamente, umas das principais bases da economia do país, 
desde os primórdios da colonização até o século XXI, evoluindo das extensas monoculturas 
para a diversificação da produção. Inicialmente produtora de cana-de-açúcar, passando pelo 
café, a agricultura brasileira apresenta-se como uma das maiores exportadoras do mundo em 
diversas espécies de cereais, frutas, grãos, entre outros. Desde o Estado Novo, com Getúlio 
Vargas, cunhou-se a expressão: “Brasil, celeiro do mundo” – acentuando a vocação agrícola do 
país. Apesar disso, a agricultura brasileira apresenta problemas e desafios, que vão da reforma 
agrária às queimadas, do êxodo rural ao financiamento da produção, da rede escoadora 
à viabilização econômica da agricultura familiar, envolvendo questões políticas, sociais, 
ambientais, tecnológicas e econômicas.
O país deve se tornar o maior destaquena agricultura. Enquanto os Estados Unidos já exploram 
toda a sua área agricultável, o Brasil ainda dispõe de cerca de cento e seis milhões de hectares 
de área fértil a expandir um território maior do que a área de França e Espanha somadas.
Com um clima diversificado, chuvas regulares, energia solar abundante e quase 13% de toda a 
água doce disponível no planeta, o Brasil tem 388 milhões de hectares de terras agricultáveis 
férteis e de alta produtividade, dos quais 90 milhões ainda não foram explorados. 
Esses fatores fazem do país um lugar de vocação natural para a agropecuária e todos os 
negócios relacionados à suas cadeias produtivas. O agronegócio é hoje a principal locomotiva 
da economia brasileira e responde por um em cada três reais gerados no país.
 
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O Brasil é um dos líderes mundiais na produção e exportação de vários produtos agropecuários.
É o primeiro produtor e exportador de café, açúcar, álcool e sucos de frutas. Além disso, lidera 
o ranking das vendas externas de soja, carne bovina, carne de frango, tabaco, couro e calçados 
de couro. As projeções indicam que o país também será, em pouco tempo, o principal polo 
mundial de produção de algodão e biocombustíveis, feitos a partir de cana-de-açúcar e óleos 
vegetais.
Milho, arroz, frutas frescas, cacau, castanhas, nozes, além de suínos e pescados, são destaques 
no agronegócio brasileiro, que emprega atualmente 17,7 milhões de trabalhadores somente no 
campo. 
 • Soja: É o produto mais evidente do agronegócio brasileiro. Sua produção, de caráter 
monocultor, ocupa 22 milhões de hectares, que corresponde a 35,4% da área total de 
lavouras do país. O Brasil é o segundo maior exportador de soja do mundo (dados de 2004) 
e cerca de 65% da produção está concentrada em estabelecimentos médios e grandes, com 
mais de 200 ha. A maior parte da produção, perto de 75%, é exportada para alimentar os 
rebanhos, principalmente de países ricos, e a cadeia produtiva é dominada por um pequeno 
grupo de empresas transnacionais que dominam o sistema na produção, processamento e 
venda no mundo.
 • Carne: Embora o consumo interno seja significativo, o Brasil é o segundo maior exportador 
de carne do mundo. A carne bovina e de frango são as principais, com quase o mesmo 
valor exportado. Cerca de 60% do rebanho bovino está nas médias e grandes propriedades, 
sendo que a criação de gado bovino no Brasil está ligada ao latifúndio. A pecuária bovina 
é extremamente extensiva e correntemente utilizada como forma de manter o latifúndio 
pela justificativa de produtividade. O rebanho de aves (frango, franga, galinhas e galos) 
encontra-se principalmente nos pequenos estabelecimentos, onde a criação é feita com 
uso de mão de obra familiar. Contudo, o sistema predominante de produção no Brasil é 
o de “integração” de estabelecimentos familiares a poucas grandes empresas do setor, o 
que caracteriza uma produção camponesa subordinada ao agronegócio, pois os produtores 
familiares não têm o controle do sistema.
 • Cana-de-açúcar: O intenso debate sobre os agrocombustíveis coloca o etanol brasileiro 
em evidência nas negociações mundiais. A grande questão é que não se trata apenas de 
um combustível, mas de agricultura. O dilema dos agrocombustíveis envolve duas grandes 
questões sobre as quais a humanidade tem debatido: a suficiência alimentar e a suficiência 
energética. Os agrocombustíveis constituem mais uma forma de comoditização do campo 
que incita uma concepção de campo como lugar de produção econômica, sufocando sua 
diversidade. A cana-de-açúcar ocupa cerca de 10% da superfície cultivada no Brasil. O país 
é o primeiro exportador de açúcar, com o dobro das exportações do segundo colocado – a 
França. O açúcar e o álcool correspondem a 5,7% das exportações brasileiras. A cana-de-
açúcar é a cultura com maior concentração nos estabelecimentos médios e grandes, sendo 
os pequenos estabelecimentos responsáveis por apenas 19,8% de sua produção total.
 • Madeira, celulose e papel: No extrativismo vegetal, a produção de madeira para a 
exportação se beneficia do processo incontrolado de ocupação da Amazônia com o avanço 
da fronteira agropecuária. Além disso, a extração ilegal e exportação são sabidamente 
correntes no setor madeireiro. Na silvicultura, quando as árvores são plantadas, o 
setor é dominado por grandes empresas transnacionais que formam desertos verdes, 
principalmente para a produção de celulose e papel. Também o setor é marcado por 
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projetos como o Jarí, que em plena Amazônia substituiu imensas áreas de florestas naturais 
por monoculturas de árvores exóticas. A produção ocorre de forma totalmente autônoma 
pelas empresas, desde o plantio até a transformação, sem qualquer resquício de produção 
camponesa. As exportações desses produtos correspondem a 5,2% do valor total das 
exportações brasileiras.
 • Café: O Brasil é o maior produtor e exportados de café do mundo. Cerca de 60% da 
produção brasileira é exportada, e o produto corresponde a 2,4% do valor total das 
exportações brasileiras. Apesar de 70% da produção ser de responsabilidade de pequenos 
estabelecimentos, por ser uma commodity, o camponês participa de forma subordinada 
no sistema do agronegócio do café, visto que as exportações são controladas por grandes 
empresas do setor.
 • Fumo: O Brasil é o quinto maior exportador de fumo do mundo. Para a produção, 
semelhante com o que ocorre com a produção de frangos e galinhas, as empresas 
transnacionais cooptam o campesinato, que produz nos pequenos estabelecimentos 99,5% 
do fumo em folha.
 • Laranja: É outro produto cujo complexo de produção e industrialização é dominado por 
um pequeno conjunto de empresas e a produção é destinada majoritariamente para a 
exportação. No Brasil, são apenas quatro processadoras de suco (WELCH e FERNANDES, 
2008), e o país é o primeiro exportador de suco de laranja do mundo. O produto corresponde 
a 1,1% das exportações totais do país. Cerca de metade da laranja produzida no Brasil está 
nos estabelecimentos pequenos, que produzem de forma subordinada.
 • Milho: Apenas nove por cento da produção de milho brasileira foi exportada em 2006 e 
ainda foram importados no mesmo ano 956.000 toneladas do cereal. O milho faz parte 
da base alimentar brasileira e por isso é produzido em grande parte dos estabelecimentos 
agropecuários, sendo os pequenos os responsáveis por quase metade da produção. 
Consideramos o milho como parte do agronegócio por que grande parte da produção é 
feita nos médios e grandes estabelecimentos, sob as regras do agronegócio e também por 
que é a base da alimentação para a criação de frangos, galinhas e porcos, responsáveis por 
3% do valor total das exportações brasileiras. Dessa forma, sua exportação é indireta. Sua 
produção em grande escala é controlada pelas companhias transnacionais do agronegócio 
e pelas empresas produtoras de carne de aves e de suínos.
 • Algodão: É a cultura economicamente menos significativa no agronegócio brasileiro e 
corresponde a apenas 0,2% das exportações totais e 0,7% das exportações agropecuárias. 
Um terço da produção brasileira é exportado, sendo que 50% da produção está nos 
estabelecimentos pequenos. A produção está concentrada no Centro-Oeste brasileiro, 
lócus privilegiado do agronegócio. O país exporta o produto, e as indústrias nacionais têm 
que importá-lo. A necessidade de importação de algodão incentiva a substituição da fibra 
natural por fibras sintéticas, inadequadas ao clima do país.
 
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Agricultura Familiar
 • Segundo o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA, 2005), esse tipo de agricultura 
produz hoje 40% da riqueza gerada no campo no Brasil, correspondente a aproximadamente 
R$ 57 bilhões. São cerca de quatro milhões de agricultores (84% dos estabelecimentos 
rurais brasileiros) que vivem em pequenas propriedades e produzem a maior parte da 
comida que chegaà mesa dos brasileiros.
 • 87% da mandioca.
 • 70% do feijão.
 • 58% da produção de suínos, 54% do leite bovino, 49% do milho e 40% das aves e ovos. 
Histórico da Soja no Brasil 
 • Muitos fatores contribuíram para que a soja se estabelecesse como uma importante 
cultura, primeiro no sul do Brasil (anos 60 e 70) e, posteriormente, nos Cerrados do Brasil 
Central (anos 80 e 90). 
 • Região Sul, onde prevaleceu a dobradinha, trigo no inverno e soja no verão.
 • Região Sul: Semelhança do ecossistema do sul do Brasil com aquele predominante no sul dos 
EUA, favorecendo o êxito na transferência e adoção de variedades e outras tecnologias de 
produção. 
 • Construção de Brasília na região, determinando uma série de melhorias na infraestrutura 
regional, principalmente nas vias de acesso, comunicações e urbanização.
 • Incentivos fiscais disponibilizados para a abertura de novas áreas de produção agrícola, 
assim como para a aquisição de máquinas e construção de silos e armazéns.
 • Estabelecimento de agroindústrias na região, estimuladas pelos mesmos incentivos fiscais 
disponibilizados para a ampliação da fronteira agrícola.
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 • Baixo valor da terra na região, comparado ao da Região Sul nas décadas de 1960/70/80. 
Mapa da produçao e escoamento da Soja no Brasil
 
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Lavouras permanentes
Entre 1996 e 2006, a área de lavouras permanentes aumentou 11,3 milhões de hectares, um 
acréscimo de 149%, e totalizava em 2006 18,8 milhões de hectares. As principais culturas 
em área plantada são café, banana e laranja. As culturas permanentes são territorialmente 
concentradas, a não ser pela banana, cultivada por todo o país. Quase todas as culturas 
selecionadas são produzidas majoritariamente por pequenos estabelecimentos, exceto a 
borracha e a maçã, distribuídas quase igualmente entre os três tipos de estabelecimentos, e o 
dendê, produzido principalmente em grandes estabelecimentos.
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Mapa das principais lavouras
 
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Extrativismo vegetal
 • A investida sobre a floresta amazônica faz com que o extrativismo vegetal seja importante 
na agropecuária brasileira. O extrativismo predatório de madeira é conflitante com o 
extrativismo dos povos da floresta, que vivem da exploração dos produtos da floresta, 
para o que precisam dela viva. A exploração de madeira nativa da Amazônia está associada 
à abertura de novas áreas para a especulação fundiária e futura territorialização do 
agronegócio; é a primeira etapa do latifúndio. É necessário discernir entre o extrativismo 
na floresta e o extrativismo da floresta. Como demonstramos, não há necessidade de se 
derrubar nem mais uma árvore para o desenvolvimento da agropecuária no país. Desta 
forma, toda derrubada de árvore, seja legal ou não, é socialmente injustificável. As 
autorizações de desmatamento que o governo continua distribuindo mostra a sua conivência 
com o modelo agrário do país. A atividade extrativa madeireira é desnecessária e tem como 
único fim enriquecer os donos de madeireiras. O discurso de que a população depende dos 
empregos gerados pela atividade extrativa madeireira não pode ser aceito. Cabe ao Estado 
exercer seu papel e fazer com que a riqueza gerada no país ampare essas populações em 
favor do bem comum. Com exceção da madeira, todos os produtos do extrativismo vegetal 
selecionados são extraídos principalmente nos pequenos estabelecimentos. O que indica 
que essa população pratica o extrativismo na floresta. Produtos como o babaçu, açaí, 
castanha-do-pará, umbu e pinhão, que demandam bastante mão de obra para a extração e 
pré-beneficiamento, são extremamente predominantes nos pequenos estabelecimentos. A 
extração de madeira predomina no arco do desflorestamento e a lenha, fonte energética, é 
significativa em todo o país, com exceção de São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo e é 
particularmente expressiva no Norte e Nordeste. Látex e castanha-do-pará são específicos 
do Acre, Amazonas e Pará. O carvão predomina nas áreas de destruição do cerrado no 
oeste da Bahia, norte de Minas Gerais e leste do Mato Grosso do Sul e também na região 
de intenso desflorestamento da Amazônia no Pará e no Maranhão.
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Mapa do arco do desflorestamento
Observações:
 
 
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Mapa da mecanização no campo
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Mapa do extrativismo vegetal
 
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Pecuária
Mapa da pecuária
A luta no campo
A luta pela terra e sua conquista
De acordo com as discussões realizadas na seção sobre “questão agrária e campesinato”, 
a luta pela terra e a conseqüente criação de assentamentos é uma forma de recriação do 
campesinato. As ocupações constituem um momento da luta pela terra. Como resposta às 
ações dos movimentos socioterritoriais, os governos criam assentamentos rurais que, em 
princípio, constituem a conquista da terra. Os assentamentos significam uma nova etapa da 
luta: o processo pela conquista da terra. Ainda é necessário conquistar condições de vida e 
produção na terra; resistir na terra e lutar por um outro tipo de desenvolvimento que permita o 
estabelecimento estável da agricultura camponesa.
No Brasil, a ocupação é a principal estratégia de luta pela terra realizada pelos movimentos 
socioterritoriais camponeses. Os dados do DATALUTA 2006 mostram que no país, entre 
2000 e 2006, foram registradas ocupações de terra realizadas por 86 diferentes movimentos 
socioterritoriais. As áreas ocupadas são principalmente latifúndios, terras devolutas e imóveis 
rurais onde leis ambientais e trabalhistas tenham sido desrespeitadas. De modo geral, as 
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propriedades ocupadas são aquelas que apresentam indicativos de descumprimento da função 
social da terra, definida no artigo 186(27) da Constituição Federal. Como o Estado não apresenta 
iniciativa para cumprir a determinação constitucional, os movimentos socioterritoriais agem 
para que isso aconteça. Ultimamente, além de lutar contra o latifúndio, os movimentos 
socioterritoriais camponeses iniciaram a luta contra a territorialização do agronegócio em 
suas formas mais intensas e por isso as ocupações têm ocorrido em áreas de produção de soja 
transgênica, cana-de-açúcar e plantações de eucalipto, por exemplo.
Observações:
 
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Observações:
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As atividades econômicas e a organização do espaço
A atividade econômica gera riqueza mediante a extração, transformação e distribuição 
de recursos naturais, bens e serviços, tendo como finalidade a satisfação de necessidades 
humanas.
A composição de uma dada economia é inseparável da evolução tecnológica, da história da 
civilização e da organização social, assim como da geografia e da ecologia do planeta Terra, 
eco-regiões que representam diferentes oportunidades de extração de recursos e de agricultura, 
entre outros fatores. A economia se refere também à medida de como um país ou região está 
progredindo em termos de produção.
Mapa da ocupação econômica
 
Nas economias modernas há três setores principais de atividade 
econômica
Introdução 
A economia de um país pode ser dividida em setores (primário, secundário e terciário) de 
acordo com os produtos produzidos, modos de produção e recursos utilizados. Estes setores 
econômicos podem mostrar o grau de desenvolvimento econômico de um país ou região.
 
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Setor Primário 
O setor primário está relacionado a produção através da exploração de recursos da natureza. 
Podemos citar como exemplos de atividades econômicas do setor primário: agricultura,mineração, pesca, pecuária, extrativismo vegetal e caça. É o setor primário que fornece a 
matéria-prima para a indústria de transformação.
Este setor da economia é muito vulnerável, pois depende muito dos fenômenos da natureza 
como, por exemplo, do clima. 
A produção e exportação de matérias-primas não geram muita riqueza para os países com 
economias baseadas neste setor econômico, pois estes produtos não possuem valor agregado 
como ocorre, por exemplo, com os produtos industrializados. 
Setor Secundário
É o setor da economia que transforma as matérias-primas (produzidas pelo setor primário) 
em produtos industrializados (roupas, máquinas, automóveis, alimentos industrializados, 
eletrônicos, casas, etc). Como há conhecimentos tecnológicos agregados aos produtos do 
setor secundário, o lucro obtido na comercialização é significativo. Países com bom grau de 
desenvolvimento possuem uma significativa base econômica concentrada no setor secundário. 
A exportação destes produtos também gera riquezas para as indústrias destes países.
Revolução Industrial
 • 1ª Revolução Industrial (1750) – Origem: Inglaterra (carvão, Ferro e indústria têxtil).
 • 2ª Revolução Industrial (1840) – Origem: Europa (aço, petróleo, eletricidade).
 • 3ª Revolução industrial ou Técnico-científica (1970): informática, robótica, 
telecomunicações e biotecnologia.
 • Globalização: Conceito de Aldeia Global, Expansão do capitalismo – padronização do 
consumo.
Modelos de desenvolvimento industrial
 • Taylorismo (Taylor): Organização científica, seleção e treinamento.
 • Fordismo (Henry Ford): Especialização do trabalhador, linha de montagem, produção 
em série.
 • Toyotismo (Taiich Ohno): Japão reposição das peças, qualidade dos serviços, Just in 
time.
Setor Terciário
É o setor econômico relacionado aos serviços. Os serviços são produtos não meterias em que 
pessoas ou empresas prestam a terceiros para satisfazer determinadas necessidades. Como 
atividades econômicas deste setor econômico, podemos citar: comércio, educação, saúde, 
telecomunicações, serviços de informática, seguros, transporte, serviços de limpeza, serviços 
de alimentação, turismo, serviços bancários e administrativos, transportes, etc. 
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Sistema de Transporte
O sistema de transportes faz parte do setor terciário da economia, deslocamento de pessoas e 
mercadorias. Podemos dividí-lo em:
1. Navegação oceânica/fluvial/lacustre;
2. Transporte aéreo;
3. Sistema ferroviário;
4. Transporte rodoviário;
5. Sistema dutoviário.
Os sistemas de transportes modernos são intermodais. Cada país deve levar em conta suas 
condições naturais, políticas e econômicas na hora de optar pelo seu sistema de transportes.
Navegação
 • Menores custos.
 • Cabotagem: entre dois portos marítimos ou entre um porto marítimo e um porto fluvial.
 • Cabotagem internacional: entre porto marítimos de diferentes países.
 • Navegação interior: entre dois portos fluviais.
 
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Porto de Cingapura (abaixo)
Portos Brasileiros
Segundo a legislação brasileira, portos são sempre de administração pública. Aos portos 
privados se atribui a designação terminal portuário ou, simplesmente, terminal. 
Escoamento da produção
 • Rio Grande: Soja , Arroz , Calçados, Carnes, óleos vegetais.
 • Paranaguá: Café, soja, milho, algodão, madeira.
 • Santos: Café, minérios, carnes, manufaturas.
 • Rio de Janeiro: Manufaturados, Café.
 • Vitória-Tubarão: Minério, Café, Madeira.
 • Recife: Açúcar.
 • Itaqui: Minérios.
 • Belém: Castanha, madeira, borracha, minérios, etc.
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Ferroviário
 • Grande capacidade de carga.
 • Maiores opções quanto às fontes de energia.
 • Os mais modernos atingem maiores velocidades.
 • Leva vantagem sobre as rodovias em distâncias superiores a 500 km.
Urbanização
Pouco mais de 50% da população do planeta é considerada urbana hoje, segundo a ONU. No 
Brasil, segundo o Censo 2000 do IBGE, a taxa é de 81,2%.
A ideia do urbano como universal vai além dessa questão quantitativa. Mesmo aqueles que 
vivem nas áreas rurais são alcançados pelo fenômeno urbano em seu cotidiano. A tradicional 
separação entre campo e cidade, vistos como dois mundos distintos, há muito deixou de fazer 
sentido, inclusive no Brasil. Ainda que continue existindo uma divisão territorial do trabalho 
entre campo e cidade, esta assumiu claramente o comando desse processo. 
Urbanização é um processo de afastamento das características rurais de uma localidade 
ou região, para características urbanas. Usualmente, esse fenômeno está associado ao 
desenvolvimento da civilização e da tecnologia. Demograficamente, o termo denota a 
redistribuição das populações das zonas rurais para assentamentos urbanos. “Conjunto dos 
trabalhos necessários para dotar uma área de infraestrutura.”
 
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Urbanização nos países Desenvolvidos
 • Provocadas nas cidades pela indústria;
 • Consequência da Revolução Industrial;
 • Revolução agrícola;
 • Gradativa e organizada;
 • Estrutura e absorção dos imigrantes;
 • Geração de empregos.
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Urbanização nos países Pobres
 • Péssimas condições nas áreas rurais;
 • Baixos salariados e distribuição de renda;
 • Falta de apoio a pequenos agricultores;
 • Transferências das pessoas do campo para as cidades;
 • Macrocefalia urbana;
 • Submoradias; 
 • Trabalho informal.
 
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Processos e formas
 • Segregação urbana (induzida e espontânea);
 • Interações (sócio) espaciais;
 • Periferização;
 • Suburbanização;
 • Centralização/Descentralização;
 • Hierarquização das cidades;
 • Metropolização.
Formas
 • Bairro;
 • Favela;
 • Área Central;
 • Sub-Centros Comerciais Shopping Centers;
 • Subúrbios;
 • Sistema de Transporte;
 • Espaço peri-urbano;
 • Cidade;
 • Aglomerado urbano;
 • Aglomeração urbana (com e sem conurbação);
 • Rede Urbana;
 • Metrópole;
 • Região Metropolitana;
 • Megalópole;
 • Megacidades;
 • Cidades Globais;
 • Sistema de Transporte;
 • Sistemas de Comunicação.
Conceitos de cidades
 • Megalópole é uma extensa região de pluri-polarizada por metrópoles conurbadas, ou em 
processo de conurbação. Correspondem às mais importantes e maiores aglomerações 
urbanas da atualidade.
 • Rede urbana é a malha metropolitana de um país, que se constitui basicamente de cidade 
global, metrópole nacional, metrópole estadual, metrópole regional, médias e pequenas 
cidades. A grande conurbação da metrópole fez com que as cidades formassem uma grande 
rede urbana entre si. A urbanização de uma sociedade origina uma rede urbana, isto é, um 
sistema integrado de cidades que vai das pequenas ou locais às metrópoles ou cidades 
gigantescas. A regra geral é que para milhares de pequenas cidades existam centenas de 
cidades médias e poucas metrópoles.
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 • Cidade global é termo que designa, em geografia urbana, a grande cidade, de funções 
complexas, que exerce influência sobre a área contígua, dentro da qual comanda toda uma 
rede de cidades menores.
 • Megacidade é o termo normalmente empregado para se definir uma cidade que sedia uma 
aglomeração urbana com mais de dez milhões de habitantes e que esteja dotada de um 
rápido processo de urbanização. As megacidades atuais englobam mais de um décimo da 
população urbana mundial e, tal como todas as grandes metrópoles que antes surgiram, 
polarizam sobremaneira o comércio, a cultura, o conhecimento e a indústria.
 • Conurbação é a unificação da malha urbana de duas ou mais cidades, em consequência 
de seu crescimento geográfico. Geralmente esse processo dá origem à formação de 
regiões metropolitanas. Contudo, o surgimento de uma região metropolitana não é 
necessariamente vinculado ao processo de conurbação. O processo de conurbaçãoé 
caracterizado por um crescimento que expande a cidade, prolongando-a para fora de seu 
perímetro absorvendo aglomerados rurais e outras cidades. Estas, até então com vida 
política e administrativa autônoma, acabam comportando-se como parte integrante da 
metrópole. 
Função da cidade
 • Considera-se como “função da cidade” à atividade principal que leva a considerar esta ou 
aquela cidade “especializada” nessa mesma atividade. É claro que em todas as cidades 
existem inúmeras atividades (todas as cidades têm um pouco de todas as funções), 
contudo, há sempre uma delas que mais se destaca, e pela qual a cidade é conhecida e 
ganha fama. 
 • Esse é um outro critério de classificação das cidades que leva em conta fatores de ordem 
política, econômica, histórica ou cultural. É essencial atentar para o adjetivo “principal”, 
pois as cidades não apresentam uma função única, porém uma que predomina sobre as 
demais. Por sua função principal, podem-se distinguir as cidades a partir das seguintes 
categorias:
Político-administrativas: Washington (EUA), Berlim (Alemanha), Brasília (Brasil);
Industriais: Detroit (EUA), Manchester (Reino Unido), Volta Redonda (Brasil);
Portuárias: Roterdã (Holanda), Hamburgo (Alemanha), Santos (Brasil);
Religiosas: Jerusalém (Israel); Varanasi (Índia), Aparecida (Brasil);
Históricas: Atenas (Grécia), Florença (Itália), Ouro Preto (Brasil)
Tecnológicas: Boston (EUA), Bangalore (Índia), Campinas (Brasil)
Turísticas: Miami (EUA), Katmandu (Nepal), Salvador (Brasil). 
 
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Urbanização no Brasil
 • Integração dos territórios;
 • Consolidação do mercado Nacional;
 • “Política desenvolvimentista” do governo Juscelino Kubitschek;
 • 1950, 36,16% da população vive nas áreas Urbanas;
 • Em 1970, 56,80%;
 • Em 1990, chega a 77,13%;
 • 2000, 81% da população vive nas áreas urbanas;
 • 2010, 84,5% da população brasileira, vive nas áreas urbanas;
 • Êxodo Rural.
Taxa de Urbanização Brasileira
Taxa de Urbanização Brasileira ( 85 %) 
1º – Sudeste – 92,2%;
2º – Centro –Oeste -87,9%;
3º – Sul – 83,2%;
4º – Norte – 77,9%;
5º – Nordeste – 72,8%.
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Maiores Regiões metropolitanas brasileiras
1. São Paulo – 19,6;
2. Rio de janeiro – 11,7;
3. Belo Horizonte – 4,8;
4. Porto Alegre – 3,9;
5. Pernambuco – 3,7.
Localização da população
O IBGE utiliza oito classes de localização da área do domicílio nos censos. Para contabilizar a 
população rural e urbana o instituto agrupa essas classes. Segundo o IBGE a população urbana 
é formada pelos habitantes das seguintes localizações de área:
Áreas urbanizadas de cidades ou vilas: “São aquelas legalmente definidas como urbanas, 
caracterizadas por construções, arruamentos e intensa ocupação humana; as áreas afetadas 
por transformações decorrentes do desenvolvimento urbano, e aquelas reservadas à expansão 
urbana.” (IBGE, 2000. v. 7).
Áreas não-urbanizadas de cidades ou vilas: “São aquelas legalmente definidas como urbanas, 
caracterizadas por ocupação predominantemente de caráter rural.” (IBGE, 2000. v. 7).
Áreas urbanas isoladas: “Áreas definidas por lei municipal, e separadas da sede municipal ou 
distrital por área rural ou por um outro limite legal.” (IBGE, 2000. v. 7).
A população rural é classificada segundo cinco localizações da área:
1. Aglomerado de extensão urbana: São os assentamentos situados em áreas fora do 
perímetro urbano legal, mas desenvolvidos a partir da expansão de uma cidade 
ou vila, ou por elas englobados em sua expansão. Por constituírem uma simples 
extensão da área efetivamente urbanizada, atribui-se, por definição, caráter urbano 
aos aglomerados rurais deste tipo. Tais assentamentos podem ser constituídos por 
loteamentos já habitados, conjuntos habitacionais, aglomerados de moradias ditas 
subnormais ou núcleos desenvolvidos em torno de estabelecimentos industriais, 
comerciais ou de serviços. (IBGE, 2000, v. 7).
2. Povoado: É o aglomerado rural isolado que corresponde a aglomerados sem caráter 
privado ou empresarial, ou seja, não vinculados a um único proprietário do solo 
(empresa agrícola, indústrias, usinas, etc.), cujos moradores exercem atividades 
econômicas, quer primárias (extrativismo vegetal, animal e mineral; e atividades 
agropecuárias), terciárias (equipamentos e serviços) ou, mesmo, secundárias 
(industriais em geral), no próprio aglomerado ou fora dele. O aglomerado rural 
isolado do tipo povoado é caracterizado pela existência de serviços para atender aos 
moradores do próprio aglomerado ou de áreas rurais próximas. É, assim, considerado 
como critério definidor deste tipo de aglomerado, a existência de um número mínimo 
de serviços ou equipamentos. (IBGE, 2000, v. 7).
3. Núcleo: É o aglomerado rural isolado vinculado a um único proprietário do solo 
(empresa agrícola, indústria, usina, etc.) dispondo ou não dos serviços ou equipamentos 
 
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definidores dos povoados. É considerado, pois, como característica definidora deste 
tipo de aglomerado rural isolado, seu caráter privado ou empresarial. (IBGE, 2000, v. 7).
4. Outros aglomerados: São os aglomerados que não dispõem, no todo ou em parte, dos 
serviços ou equipamentos definidores dos povoados e que não estão vinculados a um 
único proprietário (empresa agrícola, indústria, usina, etc.). (IBGE, 2000, v. 7).
5. Área rural exceto aglomerado: São as áreas não classificadas como urbanas ou 
aglomerados rurais.
Divisão Político-Administrativa
Organização do Estado Brasileiro
A organização da República Federativa do Brasil está presente na Constituição Federal de 
1988. Todo Estado precisa de uma correta organização para que sejam cumpridos os seus 
objetivos dentro da administração pública. A divisão político-administrativa foi uma das formas 
encontradas para facilitar a organização do Estado Brasileiro.
Divisão Político-administrativa Brasileira
A divisão político-administrativa brasileira é apresentada na Constituição Federal, no art. 
18. Ela surgiu no período colonial, quando o Brasil dividia-se em capitanias hereditárias e 
posteriormente foram surgindo outras configurações que proporcionaram maior controle 
administrativo do país.
O Brasil é formado por 26 Estados, a União, o Distrito Federal (cuja capital é Brasília) e os 
Municípios, sendo ele uma República Federativa. Cada ente federativo possui sua autonomia 
financeira, política e administrativa, em que cada Estado deve respeitar a Constituição Federal 
e seus princípios constitucionais, além de ter sua Constituição própria; e também, cada 
município (através de sua lei orgânica), poderá ter sua própria legislação.
Essa organização é formada pelos três poderes: Poder Executivo, Poder Judiciário, Poder 
Legislativo, adotando a teoria da tripartição dos poderes. A administração pública federal é 
feita em três níveis, cada qual com sua função geral e específica:
Nível Federal: A União realiza a administração pública, ela é um representante do governo 
federal, composta por um conjunto de pessoas jurídicas de direito público.
Nível Estadual: Os Estados e o Distrito Federal realizam a administração pública.
Nível Municipal: Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário realizam a administração pública 
nos municípios.
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Saiba Mais
República: Forma de governo em que o chefe de estado é eleito como representante, passando 
por eleições periódicas.
Federação: É quando há apenas a soberania de um Estado Federal, apesar da união dos 
diferentes Estados federados.
Veja o quadro sobre a estrutura dos poderes no Brasil:
Fonte: Noções de Administração Pública – Ciro Bächtold 
Além dessas divisões dentro dos órgãos existem outras subdivisões (como conselho, 
coordenação, diretoria, etc.) chamado de Organização ou Estrutura do Poder.
Divisão dos Poderes no Brasil
A separação dos poderes no Brasil passou a existir com a Constituição outorgada de 1824 queprevaleceu até o fim da Monarquia, mas além dos três poderes, na época, havia também o 
quarto poder, chamado de Moderador, que era exercido pelo Imperador, mas foi excluído da 
Constituição da República, em 1891.
No art. 2º da Constituição Federal de 1988 vemos os Poderes da União que são: Legislativo, 
Judiciário e Executivo.
Além disso, existe o Ministério Público (MP), um órgão do Executivo. Apesar dessa relação, ele 
tem total independência dos outros poderes em algumas situações. Seu objetivo principal é 
garantir que a lei seja cumprida e agir na defesa da ordem jurídica.
 • A estrutura territorial brasileira é dividida da seguinte forma: Unidades da Federação (UF), 
Mesorregiões, Microrregiões e Municípios.
 
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 • As Unidades da Federação do Brasil são entidades autônomas, com governo e constituição 
próprias, que em seu conjunto constituem a República Federativa do Brasil. Atualmente, o 
Brasil se divide em 27 UFs, sendo 26 estados e um distrito federal. 
 • Entende-se por Mesorregião, uma área individualizada em uma Unidade da Federação, 
que apresenta formas de organização do espaço geográfico definidas pelas seguintes 
dimensões: o processo social, como determinante, o quadro natural, como condicionante 
e, a rede de comunicação e de lugares, como elemento da articulação espacial. Estas três 
dimensões possibilitam que o espaço delimitado como mesorregião tenha uma identidade 
regional. Esta identidade é uma realidade construída ao longo do tempo pela sociedade 
que ali se formou.
 • Criadas pelo IBGE, são utilizadas apenas para fins estatísticos. Não se constituem em 
entidades político-administrativas autônomas.
 • As Microrregiões foram definidas como parte das mesorregiões que apresentam 
especificidades quanto à organização do espaço. Essas especificidades não significam 
uniformidade de atributos, nem conferem às microrregiões auto-suficiência e tampouco o 
caráter de serem únicas, devido à sua articulação a espaços maiores, quer à mesorregião, 
à Unidade da Federação, quer à totalidade nacional. Essas especificidades se referem à 
estrutura de produção: agro-pecuária, industrial, extrativismo mineral ou pesca. Essas 
estruturas de produção diferenciadas podem resultar da presença de elementos do quadro 
natural ou de relações sociais e econômicas particulares.
 • A organização do espaço microrregional foi identificada, também, pela vida de relações 
ao nível local, isto é, pela interação entre as áreas de produção e locais de beneficiamento 
e pela possibilidade de atender às populações, através do comércio de varejo ou atacado 
ou dos setores sociais básicos. Assim, a estrutura da produção para a identificação das 
microrregiões é considerada em sentido totalizante, constituindo-se pela produção 
propriamente dita, distribuição, troca e consumo, incluindo atividades urbanas e rurais. 
Dessa forma, ela expressa a organização do espaço a nível micro ou local.
Fonte: IBGE – DGEO/DITER. 1990 
 • O município é a divisão administrativa autônoma da UF. São as unidades de menor 
hierarquia dentro da organização político administrativa do Brasil, criadas através de leis 
ordinárias das Assembléias Legislativas de cada Unidade da Federação e sancionadas pelo 
Governador. Constituí-se do distrito-sede, que compreende a zona urbana, e dos distritos 
ou zona rural ao seu entorno, caso existam.
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REFERÊNCIAS:
IBGE. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/>.
UNESP. Disponível em: <http://www2.fct.unesp.br/nera/atlas/index.htm>.
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Questões
1. (Prova: CESGRANRIO – 2006 – IBGE – Recenseador)
Historicamente, o Censo de 1970, realizado pelo IBGE, apresentou uma especial importância 
para o conhecimento sobre o Brasil, por ter revelado que:
a) a população total ultrapassara os 100 milhões de habitantes.
b) a população urbana ultrapassara a população rural.
c) o número de jovens era menor do que o de adultos e idosos.
d) o êxodo rural havia sido reduzido em todo o País.
e) as migrações internas tinham como principal destino o Nordeste.
2. (Prova: CESGRANRIO – 2006 – IBGE – Recenseador)
Segundo dados do IBGE (http://www.ibge.gov.br), os dois picos mais altos do Brasil estão na 
Serra Imeri, no Amazonas. O Pico da Neblina tem 3.014,1 m de altura, e o 31 de março, 2.992,4 
m. A diferença, em metros, entre as alturas dos dois picos é:
a) 21,7.
b) 42,7.
c) 82,3.
d) 122,3.
e) 182,3.
3. (Prova: CESGRANRIO – 2010 – Prefeitura de Salvador – BA – Professor – Geografia / Geografia):
Com base nos dados acima, sobre a dificuldade para o uso racional da água pelas sociedades 
contemporâneas, afirma-se que, quanto
a) mais desenvolvido um país, maior o racionamento de água.
b) maior o gasto de água, menor o IDH.
c) maior o consumo de água, menor o Produto Interno Bruto.
d) maior o nível médio de renda, maior o gasto de água. 
e) menor o nível educacional, maior o consumo de água.
 
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4. A questão da água doce vem sendo debatida em todo o mundo com grande vigor. Diferentes 
ações são propostas com o objetivo de melhorar a utilização desse recurso. Entre os setores 
econômicos a seguir, o que mais consome água doce no Brasil e em grande parte do mundo é:
a) agricultura.
b) siderurgia.
c) metal-mecânico.
d) residencial.
e) turismo.
5. Na Alemanha do século XIX, influenciado pela “Naturphilosophie” (Filosofia da Natureza), 
Alexander von Humboldt interpreta a Geografia como:
a) uma leitura racionalista e metódica da superfície terrestre, com destaque para a noção de 
lugar.
b) uma abordagem simultaneamente científica e estética dos fenômenos como um todo, 
sublinhando a importância do conceito de paisagem.
c) uma busca das leis gerais que moldam o Cosmos e a Terra, deixando de lado a imaginação 
e a sensibilidade.
d) uma perspectiva filosófica sobre o globo, enfatizando a poética e a narrativa em 
detrimento da explicação científica.
e) uma análise das relações entre o homem e o meio, tendo como referência o 
determinismo.
6. (Prova: CESGRANRIO – 2010 – BNDES – Técnico Administrativo / Geografia)
Com 20 milhões de habitantes, Moçambique, na costa oriental da África subsaariana, é 
um dos mais preocupantes focos do vírus HIV em todo o mundo. Um em cada sete adultos 
moçambicanos está contaminado – o equivalente a 15% dessa população. A precariedade do 
acesso aos cuidados básicos de saúde e a falta de informações sobre prevenção e tratamento 
compõem o cenário ideal para a disseminação do HIV. Metade dos quase 100.000 mortos pela 
doença, todos os anos, tem entre 30 e 44 anos – na plenitude produtiva. 
Em termos demográficos, a doença em foco afeta negativamente Moçambique, de forma mais 
direta, no seguinte aspecto:
a) expectativa de vida.
b) índice de fecundidade.
c) imigração estrangeira.
d) migrações internas.
e) saldo migratório.
7. (Prova: CESGRANRIO – 2010 – IBGE – Recenseador / Geografia )
Com relação à expectativa de vida dos brasileiros, os recenseamentos do IBGE comprovam que, 
nos últimos anos, verificou-se
a) retrocesso significativo.
b) estagnação relativa.
c) desaceleração abrupta.
d) aumento progressivo.
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8. ( Prova: CESGRANRIO – 2010 – IBGE – Recenseador / Geografia )
De acordo com o mapa acima, entre os indivíduos mais pobres dos estados do Pará e do Paraná 
predominam, respectivamente,
a) brancos e pardos.
b) indígenas e brancos.
c) amarelos e pardos.
d) pardos ebrancos.
9. A região Nordeste do Brasil apresenta algumas áreas que podem ser consideradas como 
verdadeiras “ilhas de modernidade” agrícola, empregando técnicas modernas e sofisticados 
equipamentos e produzindo gêneros agrícolas para exportação. Um desses núcleos é:
a) Do Golfão Maranhense, com uma grande produção de grãos, principalmente de soja, 
voltadas para o mercado externo.
b) Da depressão cearense, com uma moderna fruticultura irrigada que utiliza as águas do rio 
Jaguaribe.
c) Do sul da Bahia, onde a produção de cana-de-açúcar em moldes modernos praticamente 
não utiliza mão de obra braçal.
d) Do médio Vale do rio São Francisco, que produz frutas com um sistema de irrigação 
utilizando águas da barragem de Sobradinho, destinadas em sua maior parte à exportação.
 
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10. Entre os diversos obstáculos ao crescimento econômico do país, estão os elevados custos dos 
transportes e de energia, que reduz a competitividade e compromete os investimentos internos 
e externos. Analise as proposições e assinale apenas a CORRETA.
a) As hidrelétricas respondem com 77,3% da oferta de energia elétrica do país. As bacias 
hidrográficas mais exploradas, quanto à produção energética, são as bacias do Paraná e 
bacia Amazônica.
b) A maior parte do petróleo brasileiro é extraído da plataforma continental, sendo o Rio de 
Janeiro responsável por 90% dessa produção. O pré-sal tem beneficiado apenas os estados 
do Sudeste, garantindo, para essa área, exclusividade dos royalties pagos pelo governo 
federal.
c) Em 2001, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, ocorreu o racionamento de 
energia, já previsto, diante dos parcos investimentos do setor. Esse fato não interferiu na 
economia que crescia vertiginosamente.
d) As usinas termonucleares de Angra I e II, situadas no Rio de Janeiro, responde apenas 
por cerca de 2,6% da produção de energia elétrica do Brasil. Em 2007, tendo como 
justificativas as necessidades de aumento da produção de energia elétrica, o governo 
federal, através do PAC, prevê a retomada de Angra III e de mais seis usinas nucleares, no 
sentido de compensar o déficit energético.
e) A criação da Petrobras aconteceu durante o governo de JK, com a implantação do Plano 
de Metas. Nesse período, o país vivia a euforia do “O Petróleo é Nosso”, o que levou o 
governo à priorização da opção rodoviarista, apesar de não ser o mais adequado devido à 
dimensão continental do país. 
11. “Nos países ricos concentra-se a poluição da riqueza: usinas nucleares, chuva ácida, montanhas 
de lixo aterrado, gerados pelo grande poder de consumo da população, doenças provocadas 
pelo excesso de bebidas, álcool ou drogas. Nos países subdesenvolvidos, no que diz respeito às 
grandes maiorias, concentra-se a poluição da miséria: subnutrição, ausência de água potável 
ou esgoto, lixões a céu aberto, ausência de atenção médica e medicamentos.”
Da leitura do texto é possível afirmar que a poluição
a) atinge de igual forma a todas as áreas do Globo, sejam elas desenvolvidas ou 
subdesenvolvidas.
b) tem menor área de abrangência nos países desenvolvidos e provoca todos os riscos à 
humanidade.
c) resulta sempre de relações conflituosas entre o homem e o meio ambiente, em várias 
partes do mundo.
d) representa, na atualidade, um mal necessário ao progresso dos países, mas que pode ser 
resolvido através do consumo diário da população das grandes potências.
e) tem origens e características diferentes, sendo, em muitos casos, resultante de relações 
desiguais entre os homens.
12. Sobre a estrutura etária da população, é correto afirmar que: 
(01) Nos países industrializados europeus, tanto a taxa de natalidade quanto a de mortalidade 
são muito baixas, e a diferença entre elas é muito pequena, até mesmo nula.
(02) Os países desenvolvidos mais recentemente, como Austrália e Japão, apresentam altas 
taxas de natalidade e alto crescimento vegetativo.
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(04) Suécia, Reino Unido e França são países onde se registra elevada expectativa de vida.
(08) A maioria dos países subdesenvolvidos não-industrializados apresenta elevadas taxas de 
natalidade e de mortalidade, com elevado crescimento vegetativo.
(16) Nos países subdesenvolvidos que iniciaram um processo de industrialização após a 
Segunda Guerra Mundial, verificaram-se, entre 1950 e 1970, baixas taxas de natalidade e de 
mortalidade.
13. Analise as seguintes afirmações sobre a urbanização brasileira:
I ‒ O espaço urbano é fragmentado, pois a segregação social revela-se através dos condomínios 
residenciais, por um lado, e dos cortiços, favelas e loteamentos clandestinos, por outro.
II ‒ Apesar da integração econômica das regiões do país, as principais cidades brasileiras estão 
localizadas no centro-sul e na faixa litorânea, onde são mais intensas as conexões e as trocas 
entre elas. 
III ‒ A dominação do espaço urbano pelo poder público impõe investimentos direcionados aos 
serviços sociais e de infra-estrutura, como saneamento básico, saúde, educação, transporte 
coletivo, oportunizando à população urbana o acesso à modernização.
IV ‒ Em virtude das transformações produtivas e das novas tecnologias urbanas, a urbanização 
brasileira vem promovendo um aumento na qualificação, remuneração e estabilidade do 
emprego e, conseqüentemente, há melhoria nas condições de vida urbana.
Estão corretas
a) apenas I e II.
b) apenas I e III.
c) apenas II e III.
d) apenas III e IV.
e) apenas I, II e IV.
14. Leia o parágrafo a seguir. 
“O modelo de urbanização brasileiro produziu nas últimas décadas cidades caracterizadas pela 
fragmentação do espaço e pela exclusão social e territorial. O desordenamento do crescimento 
periférico associado à profunda desigualdade entre áreas pobres, desprovidas de toda a 
urbanidade, e áreas ricas, nas quais os equipamentos urbanos e infra-estruturas se concentram, 
aprofunda essas características, reforçando a injustiça social de nossas cidades e inviabilizando 
a cidade para todos.” (Fonte: Secretaria Nacional de Programas Urbanos – Ministério das 
Cidades. Disponível em: <http://www.cidades.gov.br/>.)
Com base no texto, assinale a alternativa incorreta.
a) A maior parte dos investimentos públicos se destina às áreas centrais e das periferias.
b) A população mais rica usufrui melhor dos equipamentos e da infraestrutura urbana.
c) As cidades brasileiras abrigam algum tipo de assentamento precário da sua população.
d) As diferenças de acesso aos recursos urbanos reforçam as desigualdades sociais.
 
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15. Um professor utilizou, em sala de aula, a foto e o texto abaixo.
Um dia, alguns pesquisadores em plena atividade de campo pediram pouso em uma fazendola 
comunitária, perdida em um remoto lugar do interior baiano. E a resposta veio rápida e sincera, 
por parte da dona da casa: “Eu vou-lhes dar abrigo, porque também tenho filho no mundo.”
(AB’SÁBER, Aziz Nacib. Os domínios da natureza no Brasil. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003.)
Nessa aula, o professor desejava trabalhar a relação natureza-sociedade no domínio
a) amazônico, em que os grupos humanos se desterritorializam.
b) de mares de morro, em que ocorrem êxodos desnecessários.
c) de cerrado, em que a condição dos agricultores é muito desfavorável.
d) de pradaria, em que a modernização no campo serve de atração para chegada de 
migrantes.
e) de caatinga, em que muitos indivíduos migram devido à “aridez” do solo e da situação 
econômica. 
16. Seria uma visão reducionista considerar que a rede urbana é um simples conjunto de cidades 
ligadas entre si por fluxos de pessoas, bens e informações, como se isso em nada tivesse relação 
com outros mecanismos existentes em nossas sociedades. Na perspectiva de que a rede urbana 
não é “inocente” e, por meio dela, a gestão do território se exerce, há uma relação mais estreita 
com os seguintes mecanismos de nossa sociedade:
a) hierarquia e fluxo de mercadorias.
b) instituiçõesfortes e fluxo de pessoas.
c) modernização e infraestrutura completa.
d) exploração econômica e exercício de poder.
e) mobilidade de transporte e progresso tecnológico.
17. A metropolização corresponde ao processo de formação de metrópoles, que é acompanhado 
do crescimento acelerado de certas cidades, como reflexo da modernização e da concentração 
econômica em alguns pontos do território. Há, contudo, uma tendência atual de reversão no 
crescimento das grandes metrópoles porque indústrias e empresas do setor de serviços passam 
a escolher localizações geográficas alternativas às saturadas metrópoles, provocando redução 
nos índices de crescimento das grandes cidades e aumento dos índices de crescimento das 
cidades médias.
Qual o nome desse fenômeno?
a) Megalópole.
b) Desmetropolização.
c) Metrópole expandida.
d) Macrocefalia urbana.
e) Região metropolitana.
18. O trem entrou causando um estranhamento que nada seria capaz de despertar no homem de 
hoje. Ele era feito de metal numa civilização construída de pedra e madeira; se movia por conta 
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própria; era mais rápido do que quase tudo que se conhecia; avançava em linha reta, num 
ritmo regular [...] e era capaz de transportar mais gente por terra que um navio por mar.
Jornal Folha de S.Paulo, 2 fev. 1998.
Enquanto na Europa e nos EUA, o trem foi o maior símbolo da Revolução Industrial, no Brasil, as 
ferrovias testemunharam o(a)
a) período pré-industrial, o que significou um paradoxo histórico.
b) impulso ao setor de indústria pesada, o que significou a mesma simbologia da Europa.
c) impulso da economia agrícola, o que significou sua permanência como opção principal de 
transporte até os dias atuais.
d) modelo de substituição de importações, o que significou uma contradição com as 
possibilidades de modernização.
e) integração nacional, o que significou o atendimento imediato da demanda de 
interconexão dos espaços. 
19. “A figura abaixo nos mostra a radiação direta e a refletida nas zonas rural e urbana. Além disso, a 
concentração de poluentes, motivada pela atividade industrial e circulação de veículos, concorre 
para adensar a massa de micropartículas em suspensão, as quais, por sua vez, funcionam como 
núcleos higroscópicos, isto é, incentivadores do processo de condensação. Por outro lado, o 
chamado campo barométrico local assume características específicas nas áreas urbanas. Em 
virtude do maior aquecimento, os valores da pressão atmosférica do setor central tornam-se 
mais baixos do que na periferia, criando condições de maior instabilidade [...].”
CONTI, J. Bueno. O clima e o meio ambiente. São Paulo: Atual, 1999. (Adaptado)
Nesse contexto, sobre os mecanismos do clima, conclui-se que
a) o aumento dos índices de pressão atmosférica, nas áreas de concentração urbana, 
provoca chuvas frontais.
b) o fenômeno da ilha de calor, nas áreas urbanas, é causado pelo aumento da evaporação.
c) os fatores sociais não podem ser negligenciados na compreensão da dinâmica climática.
d) os mecanismos do clima urbano criam condições de redução dos índices pluviométricos.
e) a estabilidade atmosférica verificada nas grandes cidades do mundo é causada pela baixa 
alteração das médias anuais de precipitação nas últimas décadas.
 
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20. Referindo-se às manifestações geográficas decorrentes dos novos progressos, Milton Santos 
revela “A diferença, ante as formas anteriores do meio geográfico, vem da lógica global 
que acaba por se impor a todos os territórios e a cada território como um todo. (...) O meio 
geográfico tende a ser universal. Mesmo onde se manifesta pontualmente, [o meio geográfico] 
ele assegura o funcionamento dos processos encadeados a que se está chamando de 
globalização.” (SANTOS, Milton. A natureza do espaço. São Paulo: Hucitec, 1996.)
Na perspectiva teórica acima, o autor considera que estamos diante de um meio geográfico 
que representa a produção de algo novo, ao privilegiar a interação entre
a) natureza e trabalho. 
b) técnica e natureza.
c) sociedade e história. 
d) ciência, natureza e redes sociais.
e) técnica, ciência e informação. 
21. Pela Internet
[...]
Eu quero entrar na rede
Promover um debate
Juntar via Internet
Um grupo de tietes de Connecticut
[...]
Eu quero entrar na rede pra contactar
Os lares do Nepal, os bares do Gabão
Que o chefe da polícia carioca avisa pelo celular
Que lá na praça Onze tem um videopôquer para se jogar
(Gilberto Gil)
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A situação apresentada acima (imagem e trecho da canção) representam uma resposta à 
crise do modelo produtivo fordista. No lugar do fordismo, com a Revolução técnico-científica, 
disseminou-se o modelo de produção flexível, também chamado de pós-fordista, que trouxe 
consequências profundas na produção e na vida das sociedades.
 Dentre os pares de elementos apresentados abaixo, aquele que está corretamente associado 
ao modelo pós-fordista é
a) neoliberalismo e keynesianismo.
b) divisão rígida do trabalho e produção em pequenos lotes.
c) produção padronizada e baixa qualificação da força de trabalho.
d) concentração industrial e procedimentos de produção na escala global.
e) investimentos em pesquisa científica e estratégias flexíveis de produção.
Gabarito: 1. B 2. A 3. D 4. D 5. C 6. A 7. D 8. D 9. D 10. D 11. A 12. Resultado: 1+4+8=13 13. A 14. A  
15. E   16. D   17. B   18. A   19. A  20. B   21. A

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