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Aula 7 MaláriaNovo

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MALÁRIA
Aula 7 
Histórico
O que é Malária?
• É uma doença infecciosa causada por parasitas
protozoários do gênero Plasmodium.
• Há aproximadamente 150 espécies de plasmódios:
 22 parasitam macacos 
 50 parasitam aves e répteis
 04 parasitam os homens.
Taxonomia
• Reino: Protista
• Filo: Apicomplexa
• Ordem: Haemosporidia
• Família: Plasmodiidae
• Gênero: Plasmodium
• Espécies: P. ovale
P. falciparum
P. vivax
P. malariae
Epidemiologia
Epidemiologia
300 – 500 milhões casos/ano
1.5 – 3 milhões morte/ano
57.000 casos e 170 mortes/hora
Brasil: Amazônia Legal (99,5%) Acre, 
Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, 
Roraima, Tocantins, Mato Grosso e 
Maranhão – 600 mil casos/ano.
Epidemiologia
Vetor
Vetor
Vetor
O inseto transmissor da Malária é um
culídeo do Gênero Anopheles, gênero
feminino. .
É conhecido como pernilongo,
carapanã ou mosquito prego.
Há cerca de 400 espécies de
mosquitos do gênero Anopheles no
mundo, mas aproximadamente 60
delas são vetoras sob condições
naturais, sendo de importância
epidemiológica.
No Brasil, a espécie mais importante na
transmissão da doença é o
Anopheles (Nyssorhynchus) darlingi.
O Anopheles (Kerteszia) gambiae é
considerado a espécie mais eficaz de
transmissão, sendo comum na África.
Repasto sanguíneo
Somente as fêmeas
CRIADOUROS NATURAIS DE ANOFELINOS
Locais sombreados
Transmissão (I)
Transmissão natural: o plasmódio infecta o
homem humano pela picada de uma fêmea de
anofelinos infectada, portadora de formas
infectantes (esporozoítas) na glândula salivar.
Transmissão induzida : é transmissão que ocorre
por meio de transfusão de sangue, uso
compartilhado de agulhas e/ou seringas
contaminadas.
Transmissão Congênita
Transmissão através de acidentes de trabalho
em pessoal de laboratório ou hospital.
Transmissão (II)
Período de transmissibilidade: após 8 à 16 dias do
repasto sanguíneo com o sangue de uma pessoa com
malária portando gametócitos do plasmódio.
A transmissão da doença pode continuar por toda a vida
média do inseto, que é de cerca de 30 dias.
Período de incubação: é o período entre a picada do
mosquito infectado, até o aparecimento dos primeiros
sintomas que é, em média, de 15 dias, na maioria dos
casos.
Morfologia
Os plasmódios variam individualmente em tamanho,
forma e aparência, de acordo com seu estágio de
desenvolvimento e suas características especificas,
podendo ser:
Forma extracelular
o Esporozoito
o Merozoito
o Oocineto
Forma intracelular
o Trofozoíto
o Esquizonte
o Gametócito
Morfologia e Habitat Esporozoíto
Forma infectante encontrada 
na glândula salivar do 
mosquito.
Alongado medindo 11µm x 
1µm.
Núcleo único central.
Membrana dupla.
Complexo apical envolvido no 
processo de interiorização 
celular.
Morfologia
Merozoitos
Invadem apenas as
hemácias.
Menores que os
esporozoitos e
arrendondados.
Membrana externa
com tripla camada.
Morfologia
Oocineto
Forma alongada de 
aspecto vermiforme
Móvel.
Tamanho de 10 à 
20µm.
Núcleo volumoso e 
excêntrico.
Morfologia e Habitat
Trofozoítos
Forma arredondada
encontrada nos
hepatócitos.
Após sucessivas divisões
celulares dará origem
esquizonte tissular.
Tamanho de 30 à 70 µm.
Morfologia
Esquizonte
Citoplasma vacuolizado.
Núcleo dividido.
Raro no sangue periférico.
Morfologia
Gametócito
Alongados e curvos.
Núcleo grande e denso.
Citoplasma cora-se 
intensamente.
Pigmento malárico.
Morfologia – Fase eritrocítica
Plasmodium falciparum
• Parasita hemácias jovens e maduras
• Cada ciclo esquizogônico pode ser originados até 36 
merozoítas
• Formas aderidas nos vasos sanguíneos:
• Esquizontes
• Merozoítas
• Gametócitos
• Formas encontradas no sangue:
• Trofozoítas
• Esquizontes (formas graves) 
Na malária causada pelo
P. falciparum é que
ocorrem os casos mais
graves, muitos deles 
requerendo internação e 
com evolução, às vezes
fatal.
Plasmodium malariae
• Os merozoítas parasitam hemácias maduras
• Os esquizontes originam-se de seis a 12 merozoítas
cada ciclo
• Formas encontradas no sangue:
• Merozoítas
• Trofozoítas
• Pré esquizontes
• Esquizontes
• Gametócitos
Plasmodium ovale
• Os merozoítas parasita hemácias jovens
• Os esquizontes originam de seis a 12 merozoítas 
cada ciclo
• Formas encontradas no sangue:
• Merozoítas
• Trofozoítas
• Pré esquizontes
• Esquizontes 
• Gametócitos
CICLO BIOLÓGICO DA MALÁRIA 
Dois processos distintos:
 Reprodução assexuada: também denominada
de esquizogônica que se desenvolve no
hospedeiro vertebrado.
 Reprodução sexuada: também chamada de
esporogônica, cuja evolução se faz no
hospedeiro invertebrado.
No homem:
Reprodução assexuada
Esquizogonia:
tecidual e Eritrocítica
No mosquito:
Reprodução sexuada e 
assexuada
Ciclo Biológico do Plasmódio
Nas espécies de plasmódios que afetam o 
ser humano, o ciclo de vida é essencialmente o 
mesmo.
 Apresenta uma fase sexuada exógena, com 
a multiplicação dos parasitos em certos 
mosquitos de gênero Anopheles.
Fase assexuada endógena com a 
multiplicação no hospedeiro humano.
Ciclo de Vida - Biológico
Ciclo de Vida - Biológico
Ciclo de Vida - Biológico
Patogenia (I)
Os possíveis mecanismos determinantes das diferentes
formas clínicas da doença baseiam-se, fundamentalmente,
na interação dos seguintes fenômenos patogênicos:
Destruição dos eritrócitos parasitados;
Toxicidade resultante da liberação de citocinas;
Sequestro dos eritrócitos parasitados na rede capilar;
Lesão capilar por deposição de imunocomplexos;
Patogenia (I)
Recaídas – alguns anos depois
Ocorre nas infecções por P. vivax e P. ovale  formas hipnozoítas no
fígado (permanecem em estado de latência por períodos que variam de
1 mês a 1- 2 anos)
Recrudescências- (cura clínica aparente) - 1 a 2 meses
Parasitemia reaparece (acompanhada de sintomatologia), após um
período de “cura aparente”  resposta inadequada ao tratamento
(sobrevivência de formas eritrocíticas em nível muito baixo), P.
falciparum
Quadro Clínico (I)
Período de incubação:
 P. falciparum –> 9-14 dias;
 P. vivax –> 12-17 dias;
 P. malariae –> 18-40 dias;
 P. ovale –> 16-18 dias;
Quadro clínico (II)
Quadro Clínico (III)
Fase inicial sintomática: 
 Mal-estar, cefaléia, cansaço, mialgia e febre 
malárica;
Acesso malárico (Paroxismo):
 calafrios e tremores, temperatura em elevação;
 febre alta, sensação de calor e cefaléia intensa;
 queda da temperatura, sudorese.
Quadro Clínico (IV)
Os acessos maláricos (sinais clínicos) se repetem 
com intervalos diferentes, de acordo com a 
espécie do plasmódio:
 P. falciparum, P.vivax e P.ovale - com intervalos 
de 48 horas (malária terçã);
 P. malariae - os acessos se repetem a cada 72 
horas (malária quartã)
Malária não complicada:
 Os acessos maláricos são acompanhados de
intensa debilidade física, náuseas e vômitos.
 Ao exame físico o paciente apresenta-se pálido
e com baço palpável.
 A anemia, apesar de frequente, apresenta-se em
graus variáveis;
 Durante a fase aguda da doença é comum a
ocorrência de herpes simples labial.
Malária Grave e Complicada:
 Ocorre em adultos não imunes, crianças e gestantes;
Podem preceder as seguintes formas clínicas:
• Malária cerebral;
• Insuficiência renal aguda;
• Edema pulmonaragudo;
• Hipoglicemia;
• Icterícia;
• Hemoglobinúria.
Diagnóstico Laboratorial
Laboratorial
Parasitologia
Gosta Espessa
Coloração Laranja 
de Acridina
Imunologia
IFI
Teste rápido
Elisa
Molecular
PCR
Real Time PCR
Diagnóstico
Coleta do Material
Diagnóstico Laboratorial
O padrão-ouro no diagnóstico da infecção continua sendo
as colorações de sangue periférico- "gota espessa",
coradas com Giemsa, Wright ou Field .
Os esfregaços permitem tanto a identificação quanto a
quantificação da carga parasitária. Malária só pode ser
excluída quando há pelo menos 3 esfregaços negativos
dentro de 48 horas de observação da febre.
Boa sensibilidade e especificidade. A técnica permite
visualizar a espécie e o estágio de desenvolvimento.
Diagnóstico Laboratorial
Diagnóstico microscópico:
Preparo do esfregaço
Diagnóstico Laboratorial 
GOTA ESPESSA
ESFREGAÇO
SANGUÍNEO
GOTA ESPESSA
DIAGNÓSTICO MICROSCÓPICO
Exame de 100 campos microscópicos
método semi-quantitativo ® “cruzes”
 + = 1 parasita/campo
 ++ = 2-20 parasitas/campo
 +++ = 21-200 parasitas/campo
 ++++ = mais de 200 parasitas/campo
Plasmodium sp.
ESTÁGIO DE ANEL
(Trofozoítas Jovens)
TROFOZOÍTAS
MADUROS
(Raros No Sangue 
Periférico)
P. FALCIPARUM
ESQUIZONTES
(Raros No Sangue 
Periférico)
GAMETÓCITOS
P. FALCIPARUM
P. VIVAX
ESTÁGIO DE ANEL
(TROFOZOÍTAS jovens)
TROFOZOÍTAS
MADUROS
P. VIVAX
ESQUIZONTES
GAMETÓCITOS
P. MALARIAE
ESTÁGIO DE ANEL
(Trofozoítas Jovens)
TROFOZOÍTAS
MADUROS
ESQUIZONTES
GAMETÓCITOS
P. MALARIAE
P. OVALE
ESTÁGIO DE ANEL
(trofozoítas jovens)
TROFOZOÍTAS
MADUROS
ESQUIZONTES
GAMETÓCITOS
P. OVALE
Diagnóstico Laboratorial
 Testes rápidos reconhecem
proteínas do plasmódio em
amostras de gotículas de
sangue do paciente,
disponíveis apenas para o P.
falciparum e P. vivax.
 A sensibilidade para detectar
a malária por P. falciparum é
maior que 90%, mas cai
bastante em casos de baixa
parasitemia e estes testes
não podem ser usados
isoladamente para excluir
Malária.
Diagnóstico Laboratorial
Polymerase chain reaction (PCR) é sensível (mais de 90%) e altamente
específica (quase 100%), e pode detectar níveis muito baixos de parasitas,
útil quando o esfregaço é negativo, e é espécie-específica. Porém,
pela inacessibilidade técnica, permanece como instrumento de pesquisa.
Diagnóstico Laboratorial
Métodos sorológicos como o ELISA e a
imunofluorescência indireta (IFI) não têm papel
no diagnóstico da Malária aguda.
Recentes avanços nos testes para diagnóstico
são a PCR real-time, extração de DNA, a
coloração com Laranja de Acridina e a
citometria de fluxo.
Tratamento (I)
Visa atingir o parasito em pontos chaves do seu ciclo 
evolutivo, os quais são:
 Interrupção da esquizogonia sanguínea responsável pela
patogenia e manifestações clínicas da infecção.
Destruição de formas latentes do parasito no ciclo tecidual
das espécies P. vivax e P. ovale, evitando assim recaídas
tardias.
 Interrupção da transmissão do parasito, pelo uso de drogas
que impedem o desenvolvimento de formas sexuadas dos
parasitos.
Tratamento (II)
Esquizonticidas sanguíneos
 Quinina, mefloquina, halofantrina, cloroquina, amodiaquina -
digestão de produtos da hemoglobina
 Derivados de artemisina metabolismo das proteínas
 Tetraciclina, doxiciclina e clindamicina síntese de Proteínas
Esquizonticidas teciduais ou hipnozoiticidas
 Primaquina inibe a respiração mitocondrial do parasita
* também é gametocitocida
Principais drogas antimaláricas
Tratamento (III)
ESQUEMA RECOMENDADO NO BRASIL:
P. vivax – cloroquina (para as formas sanguíneas) e 
primaquina (para as formas hepáticas)
P. falciparum:
 Malária não grave – associação quinina/doxiciclina ou 
quinina/tetraciclina
 Em casos graves - artesunato/mefloquina ou 
quinina/clindamicina
Resistência à Cloroquina na maioria dos isolados 
de P. falciparum
Tratamento
Profilaxia e Controle
 Detecção e tratamento precoce dos infectados
 Medidas de proteção individual e coletiva
 Telagem de janelas e portas
 Inseticidas de ação residual
 Impregnação de mosquiteiros com inseticida
 Desenvolvimento de novos fármacos
 Treinamento de Recursos Humanos
 Estruturação do sistema de saúde
 Desenvolvimento de Vacina
DTT
O DDT era supostamente a fórmula mágica contra as
doenças transmitidas por insetos como a malária.
Foi descoberto em 1873 e passou a ser muito usado em
1939, quando o químico suiço Paul Hermann Muller notou
sua eficácia como pesticida durante a Segunda Guerra
Mundial,
Depois da guerra, o seu uso explodiu: de 1942 a 1972 em
torno de 1.35 bilhões de libras de DDT foram usados nos
EUA.
O que não foi levado em consideração foram as
consequências ambientais que todo esse pesticida
causaria, de problemas de fertilidade e neurológicos em
humanos e envenenamento de pássaros. O uso do
pesticida caiu, e em 1972 o DDT foi banido nos EUA
Estratégias
de
vacinação
Bloqueio da
transmissão
Bloqueio da
infecção
Redução da
morbidade/
mortalidade
Vacinas
Vacinas
Vacinas
“A diminuição nos casos de malária na
Inglaterra foi devida não a fatores naturais ou
aplicação de qualquer método preventivo
mas, sim, devido à melhora progressiva das
condições sociais, econômicas, educacionais,
médicas e de saúde pública”
Erradicação da Malária
S.P. JAMES, 1929

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