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Assistência de Enfermagem no Centro Obstétrico

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Questões resolvidas

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Assistência de Enfermagem no 
Centro Obstétrico
2023
Prof.ª Lara Louise Kloch
GABARITO DAS 
AUTOATIVIDADES
2
Assistência de Enfermagem no Centro Obstétrico
UNIDADE 1
TÓPICO 1
1	 Os	 estudos	 da	 fisiologia	 do	 parto	 mostram	 que	 a	 bioquímica,	
para	o	 início	do	trabalho	de	parto,	 é	 dividida	 em	fases:	 a	 fase	0	
da	 quiescência,	 com	 a	 ação	 da	 progesterona	 evitando	 partos	
prematuros,	seguida	pela	fase	1	de	ativação	miometral,	pela	fase	
2	de	estimulação	e	contração	uterina,	e	pela	fase	3	de	involução	
uterina	 no	 pós-parto.	 A	 fase	 2,	 das	 contrações	 efetivas,	 é	
precedida	 por	 uma	 preparação	 do	 útero	 e	 do	 colo,	 indolor	 e	
irregular.	Com	base	em	como	é	conhecida	essa	 fase,	 assinale	a	
alternativa	CORRETA: 
a) ( ) Preparação de quiescência, conhecidas como preparação para o 
parto. 
b)	 (X)	 Contrações	 de	Braxton-Hicks,	 conhecidas	 como	 as	 contra-
ções	de	treinamento.
c) ( ) Contrações de Partos-Hicks, conhecidas como as contrações de 
treinamento.
d) ( ) Contrações de ativação miometral, conhecida como preparação 
para o parto.
2	 Considera-se	que	um	falso	trabalho	de	parto	não	tem	contrações	
regulares	 nem	 dilatação	 do	 colo	 do	 útero	 e	 muito	 menos	 a	
percepção	 da	 dor.	 Sobre	 a	 importância	 de	 se	 reconhecer	 a	
diferença	entre	um	falso	trabalho	de	parto	e	um	trabalho	de	parto	
verdadeiro,	analise	as	sentenças	a	seguir:
I- O trabalho de parto verdadeiro tem a presença de contrações uterinas 
regulares, com intervalos cada vez menores, chegando apenas até 
duas contrações em 10 minutos.
II- A percepção da dor de uma contração pode ocorrer tanto na lombar da 
parturiente como na região de baixo ventre.
3
Assistência de Enfermagem no Centro Obstétrico
III-	 É	possível	identificar	a	presença	de	uma	contração	quando	se	sente	o	
útero endurecido à palpação abdominal, além da valorização da queixa 
da parturiente sobre a dor da contração.
Assinale	a	alternativa	CORRETA:
a) ( ) As sentenças I e II estão corretas.
b) ( ) Somente a sentença II está correta.
c)	 (X)	 As	sentenças	II	e	III	estão	corretas.
d) ( ) Somente a sentença III está correta.
3	 A	indução	do	trabalho	de	parto	é	um	procedimento	que	deve	ser	
realizado	 com	 cautela	 e	 apenas	 quando	 realmente	 necessário,	
conforme	indicações	clínicas	baseadas	em	evidências	científicas.	
De	acordo	com	as	indicações	para	indução	de	trabalho	de	parto,	
classifique	V	para	as	sentenças	verdadeiras	e	F	para	as	falsas:
( ) Deve ser induzido o parto em caso de gravidez pós-termo, que corresponde 
ao período após as 39 semanas de gestação.
( ) Situações como pré-eclâmpsia, eclâmpsia, hipertensão induzida pela 
gravidez, síndrome de HELLP e diabetes são indicações para a indução 
do trabalho de parto.
( ) A indução do trabalho de parto é indicada apenas quando os benefícios 
para a mãe e o feto são maiores do que se a gestação for mantida.
Assinale	a	alternativa	que	apresenta	a	sequência	CORRETA:
a) ( ) V – F – F.
b)	 (X)	 F	–	V	–	V.
c) ( ) F – V – F.
d) ( ) V – F – V.
4	 O	 trabalho	 de	 parto	 é	 um	 evento	 fisiológico,	 um	 conjunto	 de	
fenômenos	espontâneos	que	conduz	a	dilatação	do	colo	uterino	
e	 a	 expulsão	do	 feto.	O	parto	 eutócico	 acontece	quando	 não	 há	
intervenções,	 seguindo-se	todos	os	períodos	de	forma	definida	
e	 sem	 intercorrências.	Diante	disso,	disserte	 sobre	as	 fases	do	
trabalho	de	parto	e	alguns	pontos	importantes	para	a	assistência	
do	enfermeiro	nos	períodos	elencados.
4
Assistência de Enfermagem no Centro Obstétrico
R.: O trabalho de parto se divide em quatro períodos: o primeiro é o de 
dilatação e apagamento do colo uterino, quando iniciam as contrações 
regulares e termina com a dilatação total do colo uterino, período em que 
é	importante	o	enfermeiro	saber	identificar	a	fase	latente	e	a	fase	ativa	do	
trabalho de parto, para orientar a parturiente durante a progressão de cada 
fase, oferecendo medidas de apoio e informação, como a possibilidade de 
movimentação e utilização da bola suíça. Além disso, o enfermeiro deve 
estar atento aos sinais vitais maternos e à ausculta cardíaca fetal. Já o 
segundo período é caracterizado pela expulsão fetal, cuja força involuntária 
da parturiente aparece e os “puxos” demonstram que o nascimento está 
perto, e oferecer uma posição vertical para a parturiente pode facilitar esse 
período, além de favorecer a troca de oxigênio materno-fetal. É necessário 
observar sinais de desaceleração cardíaca fetal tardias, que não se 
recuperam ou com recuperação lenta. No terceiro período, da dequitação da 
placenta, é quando há uma diminuição das contrações uterinas; a expulsão 
do feto faz com que o útero diminua e a área interna, onde está a placenta, 
sofre um espessamento, uma tensão e a rotura das vilosidades, formando 
o	hematoma	retroplacentar	e,	por	fim,	a	expulsão	da	placenta,	o	enfermeiro	
deve	ficar	atento	à	dequitação	total	dessa	placenta	e,	inclusive,	observar	a	
ausência ou não de algum cotilédone. O quarto período é o do pós-parto 
imediato, Greenberg, no qual, na primeira hora, é necessária a vigília da 
puérpera, evitando hemorragias pós-parto; trata-se de um período que é 
necessário para a hemostasia uterina, impedindo o sangramento excessivo 
e, por isso, o enfermeiro pode realizar a palpação uterina sob o abdome da 
puérpera, para validar a presença do globo de segurança de Pinard.
5	 Acerca	 do	 parto	 instrumentado,	 ou	 parto	 distócico,	 percebe-
se	 que,	 atualmente,	 são	 utilizadas	 práticas	 rotineiras	 de	 uso	 de	
instrumentos	 durante	 o	 período	 expulsivo,	 com	 a	 justificativa	 de	
apressar	o	parto	e	ajudar	a	parturiente.	Nesse	contexto,	disserte	
sobre	a	utilização	desses	 instrumentos	e	quando	realmente	eles	
se	fazem	necessários.
R.: O uso de instrumentos, para auxiliar em partos distócicos, deve ser 
privado quando o feto apresenta uma desaceleração tardia, no caso de 
suspeita de sofrimento fetal, que deve ser avaliada e indicada a abreviação 
do período expulsivo, ou quando há uma exaustão materna e a falta de 
5
Assistência de Enfermagem no Centro Obstétrico
força	dificulta	o	período	expulsivo.	O	fórceps	pode	ser	necessário	nesses	
casos, porém deve ser utilizado por um obstetra que tenha familiarização 
com o uso desse instrumento, assim como é necessário realizar a anestesia 
antes de passar o fórceps. Já o extrator a vácuo é menos utilizado, tem 
as mesmas indicações que o fórceps e deve ser utilizado com cuidado e 
atenção,	sempre	com	o	manômetro	presente	no	instrumento	para	verificar	
a	 pressão	 do	 vácuo	 no	 escalpe	 fetal.	 Por	 fim,	 a	 episiotomia	 deve	 ser	
avaliada individualmente e, de acordo com muitos autores, não deve ser 
realizada de forma rotineira, conforme a recomendação da OMS, visto que 
já é considerada uma laceração de 2º grau. Esses tipos de intervenções 
devem	ser	avaliados	caso	a	caso,	a	fim	de	evitar	a	cascata	de	intervenções	
e desfechos infelizes.
TÓPICO 2 
1	 O	Decreto	nº	94.406,	de	8	de	junho	de	1987,	regulamenta	a	Lei	nº	7.498,	
de	25	de	junho	de	1986,	que	dispõe	sobre	o	exercício	da	Enfermagem	
e	 dá	 outras	 providências.	 Acerca	 do	 exercício	 da	 atividade	 de	
Enfermagem	na	assistência	ao	parto	e	ao	nascimento,	assinale	a	
alternativa	INCORRETA:
FONTE: BRASIL. Decreto nº 94.406, de 8 de junho de 1987. Regulamenta a Lei nº 
7.498, de 25 de junho de 1986, que dispõe sobre o exercício da enfermagem, e dá outras 
providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1980-1989/
d94406.htm. Acesso em: 16 set. 2022.
a) ( ) Ao enfermeiro generalista incube, privativamente, a prestação de 
assistência de Enfermagem à gestante, à parturiente, à puérpera e 
ao recém-nascido, o acompanhamento da evolução e do trabalho de 
parto, bem como a sua execução.
b)	 (X)	 Ao	 enfermeiro	 generalista	 incube,	 privativamente,	 a	 assis-
tência	obstétrica	em	situação	de	emergência	e	a	execução	do	
parto	com	ou	sem	distócia.
6
Assistência de Enfermagem no Centro Obstétrico
c) ( ) Ao enfermeirodo	
centro	 obstétrico,	 a	 gestão	 deve	 trabalhar	 de	 modo	 facilitar	 a	
assistência	 de	 Enfermagem	 oferecida	 à	 parturiente,	 ao	 bebê	 e	
aos	 familiares.	 Nesse	 sentido,	 classifique	 V	 para	 as	 sentenças	
verdadeiras	e	F	para	as	falsas:
( ) Utilizam-se ferramentas gerenciais, capazes de auxiliar na organiza-
ção, no planejamento, na coordenação, na delegação ou na prestação 
dos cuidados e da supervisão.
( ) A previsão e a provisão de recursos e a capacitação da equipe também 
são ferramentas indispensáveis na gestão.
( ) O desenvolvimento de medidas educativas com a família e a 
interação	 com	 outros	 profissionais	 são	 ações	 necessárias	 para	 que	
o	 funcionamento	 do	 setor	 ocorra	 de	 maneira	 fluida,	 tanto	 para	 os	
profissionais	como	para	o	paciente.
39
Assistência de Enfermagem no Centro Obstétrico
Assinale	a	alternativa	que	apresenta	a	sequência	CORRETA:
a) ( ) V – F – F.
b) ( ) V – F – V.
c) ( ) F – V – F.
d)	(X)	 V	–	V	–	V.
4	 A	 primeira	 etapa	 da	 SAE,	 para	 a	 gestante	 ou	 a	 puérpera,	 é	
coletar	os	dados	e	realizar	uma	anamnese,	ou	seja,	um	histórico	
de	 Enfermagem.	 Nesse	 momento,	 é	 estimulada	 a	 criação	 de	
formulários	 de	 elaboração	 do	 histórico	 de	 Enfermagem	 com	
a	 gestante/parturiente,	 facilitando,	 assim,	 o	 atendimento,	 a	
organização	e	a	agilidade	dessa	etapa.	Sobre	a	primeira	etapa	da	
SAE,	em	gestantes	ou	puérpera,	quais	são	os	principais	dados	que	
devem	conter	nesse	instrumento?	
R.:	 Dados	 de	 identificação	 como:	 nome,	 idade,	 ocupação,	 escolaridade,	
estado civil. Dados obstétricos, como número de consultas de pré-natal, 
data da última menstruação, idade gestacional, número de gestações, 
partos, abortos, cesarianas e outras cirúrgicas ginecológicas. Exame físico 
da mulher que abrange os sinais vitais, exame das mamas, manobra de 
Leopold, altura uterina, batimento cardíaco fetal, dinâmica uterina, se 
estiver em trabalho de parto. Exames laboratoriais: grupo sanguíneo e fator 
Rh, testes de HIV, hepatites, VDRL, toxoplasmose e swab vaginal. Ainda, 
dados do parto, se puérpera: qual o tipo de parto, como foi o parto, se houve 
intervenções	e	observações	no	final.	Podem	ser	adicionadas,	na	coleta	de	
dados da gestante, as expectativas de parto, bem como a coleta do plano 
de parto dela.
5	 A	gestão	é	uma	das	principais	atribuições	do	enfermeiro,	sendo	
algumas	responsabilidades:	manter	o	setor	em	plena	organização	
e	fluidez,	 prever	materiais,	 delegar	 funções,	 integrar	 os	 profis-
sionais,	 enquanto	 equipe,	 assegurar	 a	 qualificação	 e	 o	 aperfei-
çoamento	do	indivíduo,	visando	a	oferecer	uma	assistência	com	
qualidade	e	segura	ao	paciente.	Nesse	contexto,	disserte	sobre	a	
importância	da	liderança	do	enfermeiro	no	centro	obstétrico. 
40
Assistência de Enfermagem no Centro Obstétrico
R.: A liderança acontece por meio das estratégias planejadas em reuniões 
de colegiado gestor, do processo de tomada de decisão compartilhada e da 
educação permanente. Entende-se que a gestão em Enfermagem abrange 
um conjunto de atividades gerenciais e assistenciais, caracterizado pelo 
exercício	da	liderança,	de	tal	modo	que	a	influência	atinja	todos	os	liderados.	
Isso ocorre desde a realização dos procedimentos técnicos, na elaboração 
de critérios de qualidade e nas principais decisões tomadas.
TÓPICO 2 
1	 Embora	a	tecnologia	tenha	sido	um	grande	marco	para	a	medicina,	
na	 área	 da	 obstetrícia,	 ainda	 há	 um	 uso	 exagerado,	 quando	
sem	 necessidade,	 de	 forma	 a	 criar	 um	 modelo	 tecnocrático	
de	 atendimento	 ao	 parto,	 em	 que	 há,	 consequentemente,	 a	
institucionalização	 e	 a	 medicalização	 do	 parto,	 tornando-o,	
muitas	vezes,	 uma	experiência	negativa	para	as	mulheres	e	cheia	
de	intervenções,	quando	poderia	ser,	em	sua	maioria,	uma	vivência	
positiva	e	natural.	Sobre	o	movimento	pela	humanização	do	parto	e	
do	nascimento,	assinale	a	alternativa	INCORRETA:
a) ( ) A omissão de boas práticas de parto e nascimento, e a negação do 
protagonismo das mulheres e sua autonomia durante o parto, 
muitas vezes, são o motivo de as mulheres procurarem por partos 
humanizados.
b) ( ) Humanização no parto é o reconhecimento dos direitos fundamentais 
de mães e crianças e do direito à tecnologia apropriada na assistência, o 
que inclui: o direito à escolha de local, pessoas e formas de assistência 
no parto; a preservação da integridade corporal de mães e crianças; o 
respeito ao parto como experiência altamente pessoal, sexual e familiar; 
a assistência à saúde e o apoio emocional, social e material no ciclo 
gravídico-puerperal; e a proteção contra abuso e negligência.
41
Assistência de Enfermagem no Centro Obstétrico
c)	 (X)	 O	enfermeiro	se	torna	um	agente	importante	para	a	promoção	
da	 humanização	 do	 parto	 e	 do	 nascimento,	 visto	 que	 tal	
profissional	 presta	 o	 cuidado	 à	 mulher	 em	 todo	 o	 período	
do	 ciclo	 gravídico-puerperal.	 Entretanto,	 não	 é	 de	 sua	
competência	realizar	um	pré-natal	 informando	as	mulheres	
sobre	 seus	 direitos	 ou	mesmo	 realizar	 a	 preparação	para	 o	
parto	e	o	nascimento.
d) ( ) O enfermeiro se torna um agente importante para a promoção 
da	humanização	do	parto	e	nascimento,	visto	que	tal	profissional	
presta o cuidado à mulher em todo o período do ciclo gravídico-
puerperal. Dessa forma, é de sua competência realizar um pré-
natal informando as mulheres sobre seus direitos, além de realizar a 
preparação para o parto e o nascimento.
2	 Segundo	 as	 Diretrizes	 Nacionais	 de	 Assistência	 ao	 Parto	 Normal	
(BRASIL,	 2017),	 a	 mulher,	 em	 todo	 o	 período	 do	 ciclo	 gravídico-
puerperal,	deve	ser	 informada	de	todo	o	processo	em	andamento,	
com	base	em	evidências	científicas,	e	não	em	achismos,	além	de	ser	
incluída	na	tomada	de	decisões,	perguntando	sobre	os	desejos	e	as	
expectativas	dela	para	esse	momento	especial,	que	é	o	nascimento	
de	seu	bebê.	Com	base	em	alguns	cuidados	gerais	durante	o	trabalho	
de	parto,	conforme	as	Diretrizes	Nacionais	de	Assistência	ao	Parto	
Normal	(BRASIL,	2017),	analise	as	sentenças	a	seguir:
Fonte: BRASIL. Ministério da Saúde. Diretrizes Nacionais de Assistência ao Parto Nor-
mal. Brasília: Secretaria de Ciências, Tecnologia e Insumos Estratégicos, 2017. Disponível 
em: http://twixar.me/RgQm. Acesso em: 1 out. 2022.
I- Boas práticas de comunicação devem ser incentivadas e realizadas, 
como cumprimentar a mulher com um sorriso e uma boa acolhida, 
apresentar-se e explicar qual o seu papel nos cuidados, e indagar so-
bre	as	suas	necessidades.	Manter	uma	abordagem	calma	e	confiante	e	
perguntar à mulher como ela está se sentindo e se alguma coisa em 
particular a preocupa.
II- Uma mulher em trabalho de parto não deve ser deixada sozinha, 
exceto por curtos períodos ou por sua solicitação. Dessa forma, todas 
as parturientes devem ter apoio contínuo e individualizado durante o 
42
Assistência de Enfermagem no Centro Obstétrico
trabalho de parto e o parto, de preferência por pessoal que não seja 
membro da equipe hospitalar e, por isso, o apoio por pessoal de fora da 
equipe dispensa o oferecido pelo pessoal do hospital.
III- Mulheres em trabalho de parto podem ingerir líquidos, de preferência, 
soluções isotônicas, em vez de apenas água. Além disso, as que não 
estiverem sob efeito de opioides ou não apresentarem fatores de risco 
iminentes para anestesia geral podem ingerir uma dieta leve.
Assinale	a	alternativa	CORRETA:
a)	 (X)	 As	sentenças	I	e	III	estão	corretas.
b) ( ) Somente a sentença I está correta.
c) ( ) As sentenças II e III estão corretas.
d) ( ) Somente a sentença III está correta.
3	 A	Portaria	nº	569/2000	institui	o	Programa	de	Humanização	no	Pré-
-natal	e	Nascimento,	no	âmbito	do	Sistema	Único	de	Saúde	(SUS)	
(BRASIL,	2000),	com	o	objetivo	de	desenvolvimento	de	ações	de	
promoção,	prevenção	e	assistência	à	saúde	de	gestantes	e	recém-
-nascidos,	promovendo	a	ampliação	do	acesso	a	essas	ações,	o	
incremento	da	qualidade	e	da	capacidade	instalada	da	assistên-
cia	obstétricae	neonatal,	bem	como	sua	organização	e	sua	regu-
lação	no	âmbito	do	SUS.	Sobre	os	seus	princípios,	classifique	V	para	as	
sentenças	verdadeiras	e	F	para	as	falsas:
Fonte: BRASIL. Portaria nº 569, de 1 de junho de 2000. Gabinete do Ministro, Ministro 
do Estado da Saúde. Ministério da Saúde, 2000. Disponível em: http://twixar.me/bJQm. 
Acesso em: 10 jan. 2022.
( ) Toda gestante tem direito ao acesso a um atendimento digno e de 
qualidade no decorrer da gestação, no parto e no puerpério.
( ) Toda gestante tem direito à assistência ao parto e ao puerpério, realizada 
de	forma	humanizada	e	segura,	se	houver	profissionais	que	saibam	lidar	
com partos humanizados.
( ) Toda gestante tem direito de saber e ter assegurado o acesso à 
maternidade em que será atendida no momento do parto.
43
Assistência de Enfermagem no Centro Obstétrico
Assinale	a	alternativa	que	apresenta	a	sequência	CORRETA:
a) ( ) V – V – V.
b)	 (X)	 V	–	F	–	V.
c) ( ) V – V – F.
d) ( ) F – F – V.
4	 No	 documento	 da	 OMS	 (2018)	 sobre	 as	 recomendações	 para	
cuidados	durante	o	parto,	para	uma	experiência	de	parto	positiva,	há	
estudos	que	demonstram	a	proporção	de	gestantes	saudáveis	que	
são	submetidas	a	pelo	menos	uma	 intervenção	durante	o	parto	
desnecessariamente	 e	 que	 são	 potencialmente	 prejudiciais.	 Por	
isso,	a	favor	do	parto	normal	fisiológico	e	menos	intervencionista,	
a	OMS	emitiu	as	novas	diretrizes	para	todo	o	mundo,	que	incluiu	
56	 recomendações	 sobre	 o	 que	 é	 ou	 não	 necessário	 durante	 o	
trabalho	de	parto,	 o	parto,	 o	pós-parto	e,	 também,	os	cuidados	
com	o	recém-nascido.	Com	base	nessas	recomendações,	disserte	
sobre	como	o	enfermeiro	pode	pôr	em	prática	a	humanização	do	
parto.	Dê	exemplos	de	boas	práticas	de	parto	e	nascimento.
Fonte: OMS – ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. WHO recommendations Intrapartum 
care for a positive childbirth experience. Geneva, 2018. Disponível em: http://twixar.
me/5JQm. Acesso em: 16 nov. 2022.
R.: 
• Garantir a autonomia da mulher durante o trabalho de parto e o parto, 
informar sobre suas opções e encorajá-la a escolher conforme seus 
desejos.	O	profissional	que	está	responsável	por	conduzir	o	parto	dará	
a assistência necessária, conforme as práticas baseadas em evidências 
científicas,	garantindo	que	ele	seja	o	sujeito	passivo	desse	evento,	e	não	
o ativo.
• Liberdade de opção pela posição que a mulher quiser parir – o enfermeiro 
pode e deve orientar e encorajar a mulher a escolher uma posição 
confortável para o momento do expulsivo.
• Ofertar técnicas de relaxamento para a mulher, como o uso do banho 
morno, massagens, liberdade de movimentação e apoio contínuo de um 
acompanhante a escolha da mulher.
44
Assistência de Enfermagem no Centro Obstétrico
• Se possível, garantir sala privativa para a parturiente durante o trabalho 
de parto e o parto, respeitando o seu íntimo e a sua privacidade.
• O partograma também deve ser realizado pelo enfermeiro responsável 
pelo parto e, geralmente, essa competência é do enfermeiro obstetra do 
setor.
• O clampeamento tardio do cordão umbilical, visto os benefícios que 
essa prática traz para o recém-nascido, de forma imediata e ao longo 
prazo.
5	 Percebe-se	que	as	mulheres	ainda	sofrem	por	conta	de	práticas	
utilizadas	de	modo	 inadequado	no	parto	normal	e,	muitas	vezes,	
desnecessárias.	 Isso	 acarreta	 experiências	 negativas	 de	 partos,	
também	pondo	em	risco	a	vida	da	mulher	e	do	bebê.	Com	base	no	
documento	Parto,	aborto	e	puerpério:	assistência	humanizada	à	
mulher,	do	Ministério	da	Saúde	 (BRASIL,	2001),	dê	exemplos	de	
práticas	que	são	usadas	de	forma	inadequada	no	parto	normal.
Fonte: BRASIL. Ministério da Saúde. Parto, aborto e puerpério: assistência humanizada 
à mulher. Ministério da Saúde, Secretaria de Políticas de Saúde, Área Técnica da Mulher. 
Brasília: Ministério da Saúde, 2001. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/
publicacoes/cd04_13.pdf. Acesso em: 1 out. 2022.
R.: São exemplos de práticas que são usadas de forma inadequada no 
parto normal: restrição hídrica e alimentar durante o trabalho de parto; 
monitoramento eletrônico fetal de forma contínua em TP de baixo risco; 
exames vaginais repetidos ou frequentes, especialmente por mais de 
um prestador de serviço; correção do dinâmica uterina com a utilização 
de ocitocina; amniotomia precoce de rotina no primeiro estágio do parto; 
transferência rotineira do parturiente para outra sala no início do segundo 
estágio do trabalho de parto; caracterização do bexiga; estímulo para 
o puxo quando se diagnostica dilatação cervical completa, antes que a 
própria mulher sinta o puxo; adesão rígida a uma duração estipulada do 
segundo estágio do trabalho de parto, se as condições da mãe e do feto 
forem boas e se houver progressão do trabalho de parto; parto operatório 
em mais de 15% das parturientes; exploração manual do útero após o parto.
45
Assistência de Enfermagem no Centro Obstétrico
TÓPICO	3	
1	 Os	 métodos	 não	 farmacológicos	 para	 alívio	 da	 dor	 do	 trabalho	
de	 parto	 podem	 e	 devem	 ser	 estimulados	 e	 ofertados	 para	 as	
parturientes	 em	 trabalho	 de	 parto,	 em	 qualquer	 fase,	 a	 fim	 de	
diminuir	 o	 nível	 de	 estresse	 materno	 e,	 consequentemente,	
também	os	riscos	fetais.	Proporcionar	uma	experiência	de	parto	
mais	 prazerosa,	 na	 qual	 a	 mulher	 seja	 a	 protagonista	 desse	
evento,	é	um	dos	grandes	objetivos	do	cuidado	na	obstetrícia.	Com	
base	nos	métodos	naturais	para	alívio	da	dor	do	parto,	assinale	a	
alternativa	CORRETA:
a)	 (X)	 O	 uso	 da	 hidroterapia	 ou	 água	 morna,	 durante	 o	 trabalho	
de	 parto,	 produz	 um	 efeito	 positivo,	 visto	 que	 proporciona	
conforto	 para	 a	 parturiente,	 pois	 promove	 relaxamento	
muscular,	facilitando	a	dilatação,	diminuindo	a	sensação	de	
dor	e	aumentando	a	“entrega”	da	parturiente	no	momento	do	
parto.
b) ( ) O uso da bola suíça, ou bola de pilates, deve ser estimulado no trabalho 
de parto, pois auxilia na descida e no giro do feto na pelve materna, 
porém, não deve ser usada em mulheres com comorbidades como 
diabetes melito gestacional e hipertensão.
c) ( ) A aromaterapia é um método alternativo para alívio da dor do parto, 
pois trabalha com diferentes tipos de estímulos de cores e luzes – 
cada luz corresponde a um sentimento e uma sensação, que podem 
ser estimulados durante o parto.
d) ( ) A cromoterapia é um método alternativo para alívio da dor do parto, 
que trabalha com diferentes tipos de estímulos de aromas, pelo 
olfato, sendo que cada aroma corresponde a uma sensação que 
pode ser estimulada durante o parto.
2	 A	 dor	 é	 subjetiva	 e	 cada	mulher	 apresentará	 uma	 percepção	 de	
dor	diferente	durante	o	trabalho	de	parto	e	o	parto.	Por	vezes,	a	
percepção	da	dor	poderá	ser	física,	mas,	em	outras,	psicológica,	
relacionada,	também,	a	fatores	externos	ou	internos.	Fisiologica-
46
Assistência de Enfermagem no Centro Obstétrico
mente,	a	dor	do	parto	tem	origem	em	diferentes	vias,	dependendo	
da	fase	do	trabalho	de	parto	em	que	a	mulher	se	encontra.	Com	
base	na	etiologia	fisiológica	da	dor	do	parto,	analise	as	sentenças	a	
seguir:
I- No primeiro estágio do trabalho de parto, considerado o período da 
dilatação, a dor é originada pela contração uterina, pelo apagamento 
e pela dilatação do colo uterino. Essa dor alcança o sistema nervoso 
central no nível da lombar, na região infraumbilical e também na região 
sacral.
II- No segundo estágio do trabalho de parto, o período expulsivo, a 
contratilidade e a distensão continuam com uma dor localizada no 
períneo, devido à compressão da placenta, caracterizando uma dor 
aguda localizada.
III- No terceiro e no quarto estágios do trabalho de parto, ocorrem a 
dequitação da placenta e a involução uterina. Há a diminuição da 
intensidade da dor, os tecidos se recuperam e a dor está relacionada à 
contratilidade intestinal, devido à limpeza do intestino.
Assinale	a	alternativa	CORRETA:
a) ( ) As sentenças I e II estão corretas.
b)	 (X)	 Somente	a	sentença	I	estácorreta.
c) ( ) As sentenças I e III estão corretas.
d) ( ) Somente a sentença II está correta.
3	 Atualmente,	 no	 Brasil,	 para	 o	 parto	 normal,	 quando	 solicitado,	
utiliza-se	 mais	 a	 analgesia	 peridural	 e	 a	 combinação	 entre	
peridural	mais	raquidiana,	podendo	eliminar	por	completo	(ou	não)	
a	sensação	da	dor	do	parto.	É	importante	salientar	que	a	mulher	
deve	 ser	 informada	 também	 dos	 possíveis	 efeitos	 colaterais	
desses	métodos	e	o	que	pode	influenciar	ou	não	na	progressão	do	
seu	trabalho	de	parto,	além	de	mantê-la	ciente	de	que	esse	tipo	
de	intervenção	aumenta	também	a	probabilidade	de	realização	de	
um	parto	instrumentado,	entre	outras	intervenções.	Classifique	
V	para	as	sentenças	verdadeiras	e	F	para	as	falsas:
47
Assistência de Enfermagem no Centro Obstétrico
( ) São complicações imediatas da analgesia regional: hipotensão materna 
(quando	sistólica	menor	que	120 mmHg),	retenção	urinária,	convulsões	
e parada cardíaca.
( ) São algumas vantagens da analgesia combinada: início rápido, risco 
tóxico reduzido, pode ser administrada em fase latente ou fase ativa do 
trabalho de parto.
( ) São algumas desvantagens da analgesia peridural: risco de lombalgia no 
puerpério e risco de punção acidental da dura-máter.
Assinale	a	alternativa	que	apresenta	a	sequência	CORRETA:
a) ( ) V – F – F.
b) ( ) V – F – V.
c) ( ) F – V – F.
d)	(X)	 F	–	V	–	V.
4	 O	enfermeiro,	durante	o	processo	de	parto,	entra	como	um	agente	
cuidador	importante	para	a	parturiente,	podendo,	além	de	cuidar	
da	 parte	 assistencial/técnica,	 ofertar	métodos	 de	 alívio	 da	 dor	
do	parto,	de	preferência,	métodos	naturais.	A	percepção	da	dor	
da	 parturiente,	muitas	vezes,	 estará	 ligada	 a	 agentes	 externos	 e	
que	 interferem	e	estimulam	a	mulher,	como	o	ambiente	em	que	
ela	 se	 encontra,	 o	 jeito	 que	 a	 tratam,	 o	 tipo	 de	 comunicação	
que	usam	com	ela	e,	também,	o	apoio	ou	não	que	lhe	é	ofertado	
nesse	 momento.	 Disserte	 sobre	 quais	 medidas	 e	 condutas	 os	
enfermeiros	podem	realizar	para	auxiliar	na	diminuição	da	dor	da	
parturiente.
R.: Promoção de um ambiente acolhedor durante o trabalho de parto, 
provendo as necessidades básicas da mulher e do casal; incentivar a 
presença de um acompanhante de escolha da mulher, para promover o 
suporte de apoio contínuo; ofertar dieta e líquidos para a mulher durante 
o período de internação no centro obstétrico; ofertar métodos naturais 
de alívio da dor, quando disponíveis e quando possível, como aromas, 
massagem, rebozo, penumbra, movimentação, exercícios, uso do chuveiro, 
uso da bola suíça, deambulação e estímulo à respiração consciente. Se 
esses	métodos	ainda	não	forem	suficientes	para	auxiliar	no	alívio	da	dor	
da mulher, o enfermeiro poderá orientar e discutir com o casal o uso de 
métodos farmacológicos, se assim desejarem e não houver nenhuma 
contraindicação.
48
Assistência de Enfermagem no Centro Obstétrico
5	 A	analgesia	regional	durante	o	trabalho	de	parto	pode	proporcionar	
alguns	benefícios	em	relação	à	percepção	da	dor	na	parturiente,	
diminuindo,	 significativamente,	 a	 intensidade	 da	 contração	 e	
pressão	do	parto.	Claro	que	esse	método	de	alívio	deve	ser	ofertado	
apenas	em	casos	em	que	a	mulher	não	consegue	suportar	a	dor	
do	parto	mesmo	com	métodos	alterativos.	Assim,	a	monitoração	
pós-analgesia	é	muito	importante	após	a	instalação	do	bloqueio,	
seja	 ele	 qual	 for,	 sendo	 preciso	 ter	 atenção	 especial.	 Nesse	
contexto,	 com	 base	 no	 documento	 do Protocolo de analgesia 
de parto vaginal (DISTRITO	FEDERAL,	2021),	 responda	quais	são	
as	condutas/cuidados	que	o	profissional	de	Enfermagem	pode	e	
deve	realizar	na	pós-analgesia.
Fonte: DISTRITO FEDERAL. Protocolo de Analgesia de parto vaginal – Protocolo de 
Atenção à Saúde. Portaria SES-DF nº 1123 de 05.11.2021, publicada no DODF nº 215 de 
18.11.2021. Governo do Distrito Federal, Secretaria de Estado de Saúde, Subsecretaria de 
Atenção Integral à Saúde, Comissão Permanente de Protocolos de Atenção à Saúde, 2021. 
Disponível em: http://twixar.me/NJQm. Acesso em: 24 out. 2022.
R.: Toda gestante submetida à analgesia de parto deverá estar com 
monitoração básica previamente instalada (pressão arterial não invasiva – 
PANI – a cada 5 minutos e oximetria de pulso), pelo menos na primeira meia 
hora. Toda parturiente submetida a início de analgesia regional ou doses 
adicionais de resgate, seja qual for a técnica, deve ser submetida à ausculta 
intermitente da frequência cardíaca fetal (FCF) a cada 5 minutos, por, no 
mínimo,	30	minutos.	Uma	vez	alterada,	deve-se	 instalar	cardiotocografia	
(CTG). Toda gestante, após analgesia regional, deve ser avaliada quanto à 
ocorrência de hipotensão arterial, sendo a necessidade de hidratação ou o 
suporte com substâncias vasoativas avaliada individualmente. A posição 
supina deve ser evitada, pois pode comprometer o estado hemodinâmico, 
e, quando a parturiente decidir deambular, deve estar acompanhada e 
ser	verificada	a	pressão	arterial	 antes	de	ela	 se	 levantar,	bem	como	seu	
equilíbrio e seu bloqueio motor.
49
Assistência de Enfermagem no Centro Obstétrico
TÓPICO 4
1 O Guia dos direitos da gestante e do bebê,	criado	pelo	Fundo	das	
Nações	Unidas	 para	 a	 Infância	 (UNICEF,	 2011)	 e	 pelo	Ministério	
da	Saúde,	 expõe	 sobre	 os	 direitos	 das	 gestantes,	 parturientes,	
puérperas	 e	 recém-nascidos	 no	 Brasil.	 Atualmente,	 políticas	
nacionais	foram	criadas	para	assegurar	e	garantir	que	os	direitos	
das	mulheres,	nesse	período	da	vida,	sejam	respeitados.	Assinale	a	
alternativa	CORRETA:
Fonte: UNICEF. Guia dos direitos da gestante e do bebê. São Paulo: Globo, 2011. 
Disponível em: http://twixar.me/dyQm. Acesso em: 26 out. 2022.
a) ( ) A Política Nacional de Atenção Obstétrica e Neonatal desenvolve 
ações de prevenção e assistência à gestante, assistência ao 
acompanhante e a toda a família, e também à criança acima de 1 
ano de idade, garantindo o acesso e a qualidade no atendimento.
b) ( ) A Política de Atenção Integral à Saúde da Criança desenvolve ações 
para promover, proteger e apoiar o aleitamento materno, sem 
priorizar a diminuição da mortalidade infantil.
c)	 (X)	 Por	 meio	 das	 políticas	 públicas,	 os	 seguintes	 direitos	 são	
assegurados	à	gestante:	 o	 direito	 à	 saúde	 na	 gravidez,	 com	
a	 realização	 de	 um	 pré-natal,	 um	 parto	 e	 um	 pós-parto	 de	
qualidade;	os	direitos	trabalhistas;	e	os	direitos	sociais.	Além	
disso,	as	grávidas	têm	direito	ao	Cartão	da	Gestante.
d) ( ) A Política Nacional de Atenção Integral à Mulher desenvolve ações 
que promovem o atendimento ginecológico, de planejamento 
reprodutivo, excluindo o de pré-natal, além de abranger as mulheres 
e as adolescentes em situação de violência doméstica e sexual.
2	 A	 utilização	 do	 consentimento	 informado,	 para	 a	 realização	
dos	testes	 rápidos	para	HIV,	deve	ser	construída	e	 incentivada,	
tendo	como	base	uma	troca	de	 informação	entre	profissional	e	
paciente,	“respeitando,	dessa	forma,	o	princípio	da	beneficência,	
50
Assistência de Enfermagem no Centro Obstétrico
da	 autonomia	 e	 da	 justiça,	 alancado	 no	 imperativo	 ético	 de	
respeito	pela	verdade”	(NENÉ;	MARQUES;	BATISTA,	2016,	p.	514).	
Nesse	contexto,	analise	as	sentenças	a	seguir:
Fonte: NENÉ, M.; MARQUES, R.; BATISTA, M. Enfermagem de saúde materna e obsté-
trica. Lisboa: Lidel, 2016.
I- O consentimento esclarecido/informado deve ser estimulado e 
realizado com a parturiente. Este documento diz se a paciente aceita/
respeita ou não determinado procedimento/diagnóstico, devendo 
ser	assinado	por	ambas	as	partes;	antes	da	assinatura,	o	profissional	
deve informar a paciente sobre todos os aspectos relevantes, como 
benefícios, riscos e alternativas, para que possa ser consentido ou não, 
de forma livre e esclarecida.
II- As grávidas devem ser informadas quanto à realização do teste rápido de 
sorologia, para detecção de anticorpos anti-HIV no sangue. O próprio 
profissional	deve	coagir	a	mulher	a	aceitar	a	realizaçãodo	teste,	visto	a	
importância para a saúde do bebê.
III- É direito da grávida recusar e não fazer o teste de anticorpos anti-HIV, 
mesmo no pré-natal e até na internação no centro obstétrico, à luz do 
princípio da autonomia.
Assinale	a	alternativa	CORRETA:
a) ( ) As sentenças I e II estão corretas.
b) ( ) Somente a sentença II está correta.
c)	 (X)	 As	sentenças	I	e	III	estão	corretas.
d) ( ) Somente a sentença III está correta.
3	 É	 indispensável	 que	 o	 enfermeiro,	 que	 trabalha	 dentro	 do	
centro	 obstétrico,	 com	 a	 assistência	 à	 saúde	 da	 gestante	 e	 da	
parturiente,	conheça	e	assegure	os	direitos	da	mulher	no	parto.	
Estes	 direitos	 são	 conquistas,	 a	 partir	 das	 políticas	 criadas	 ao	
longo	 dos	 anos,	 e	 devem	 continuar	 direcionando	 as	 práticas	 de	
cuidado,	 para	melhorar	 cada	 vez	 mais	 os	 indicadores	 de	 saúde	
das	mulheres	e	de	recém-nascidos.	De	acordo	com	os	direitos	da	
mulher	no	parto,	classifique	V	para	as	sentenças	verdadeiras	e	F	
para	as	falsas:
(			)	 A	 Lei	 nº	 11.108,	 de	 7	 de	 abril	 de	 2005,	 é	 conhecida	 como	 lei	 do	
51
Assistência de Enfermagem no Centro Obstétrico
acompanhante, tendo sido criada para garantir às parturientes o direito 
à presença de acompanhante durante o trabalho de parto, o parto e o 
pós-parto imediato, no âmbito do SUS.
( ) É direito da mulher optar pelo local onde ela vai parir e receber assistência 
adequada para tal.
( ) Embora seja direito da mulher escolher a posição que ela quer parir, 
o	 profissional	 que	 assiste	 ao	 parto	 deve	 direcioná-la	 sempre	 para	 a	
posição litotômica.
Assinale	a	alternativa	que	apresenta	a	sequência	CORRETA:
a) ( ) V – F – F.
b)	 (X)	 V	–	V	–	F.
c) ( ) F – V – F.
d) ( ) F – F – V.
4	 O	modelo	intervencionista,	que	se	estabeleceu	na	obstetrícia,	atinge	
muitas	mulheres,	em	todo	o	mundo,	tendo	como	características	
a	 falta	 de	 paciência,	 a	 medicalização	 do	 parto	 e	 a	 falta	 de	
protagonismo	 da	 mulher,	 que	 trazem,	 como	 consequência,	 a	
prática	 de	 abuso	 e	 maus-tratos	 nas	 mulheres	 durante	 o	 ciclo	
gravídico-puerperal.	A	chamada	violência	obstétrica,	reconhecida	
pela	OMS,	é	uma	realidade	que	não	deve	ser	naturalizada	e	muito	
menos	aceita	pelas	mulheres	nem	pelos	profissionais	que	prestam	
assistência	 ao	 período	 da	 gestação,	 do	 parto	 e	 do	 pós-parto.	
Discorra	sobre	quais	 são	os	tipos	de	violência	obstétrica	e	cite	
exemplos	de	condutas	violentas	que	não	devem	ser	promovidas	
na	obstetrícia.
R.: Tipos de violência obstétrica: violência física, violência verbal, violência 
psicológica, violência sexual, violência moral e negligência. São exemplos 
de violência obstétrica: não uso do consentimento informado; uso de 
vocabulário agressivo e abusivo; culpalização da mulher; uso inadequado 
de ocitócitos, para apressar o trabalho de parto; indicações errôneas 
para realização de cesariana; imobilização durante o trabalho de parto e 
parto; jejum intermitente durante o trabalho de parto; realização rotineira 
52
Assistência de Enfermagem no Centro Obstétrico
de episiotomia (corte no períneo); realização da manobra de Kristeller 
(compressão do fundo uterino); uso de força física, abuso psicológico, 
sexual e moral contra a mulher; discriminação e negligência.
5	 Como	grande	influenciador	da	humanização	do	parto,	as	doulas,	
atualmente,	 têm	 ganhado	mais	 visibilidade	 no	 Brasil,	 vistos	 os	
estudos	que	surgem	e	mostram	os	benefícios	de	se	ter	uma	doula	
durante	 os	 períodos	 de	 gestação,	 parto	 e	 pós-parto.	 Trata-se	
de	 uma	 profissional	 que	 se	 dedica	 a	 auxiliar	 mulheres/casais	
que	estão	grávidos,	fornecendo	suporte	emocional,	psicológico,	
fisiológico	 e	 educacional,	 não	 apenas	 durante	 o	 parto,	mas	 em	
todo	 o	 período	 de	 gestação	 e	 no	 pós-parto.	 Nesse	 contexto,	
responda:	 qual	 é	 a	 diferença	 entre	 o	 trabalho	 da	 doula	 e	 do	
enfermeiro	durante	a	assistência	do	trabalho	de	parto	e	do	parto?
R.:	A	doula	é	uma	profissional	que	tem	formação	apenas	para	dar	o	suporte	
físico e emocional para a mulher nesse período, ofertando métodos naturais 
de alívio da dor, posturas e exercícios que facilitem o parto, suporte de 
informações para a mulher decidir, de forma consciente, acerca dos 
procedimentos, além de apoio psicológico, que faz grande diferença. Já 
o	 enfermeiro,	 além	 de	 ser	 um	 profissional	 graduado	 em	 Enfermagem,	
tem respaldo técnico, sendo que suas competências vão além do olhar 
humanizado de suporte e apoio à mulher, ou seja, a parte técnica está 
presente,	como:	verificação	do	bem-estar	materno	e	fetal,	a	partir	da	ausculta	
do batimento cardíaco fetal e dos sinais vitais da mãe. O enfermeiro também 
garantirá	que	trabalho	de	parto	siga	de	forma	saudável	e	ficará	atento	para	
possíveis sinais e sintomas maternos e fetais que podem sinalizar algum tipo 
de emergência obstétrica.
Os	 dois	 profissionais	 podem	 e	 devem	 saber	 trabalhar	 juntos	 em	 prol	 da	
mulher grávida, pois, com a soma desses atendimentos, há maiores chances 
de a mulher ter uma experiência positiva de parto e nascimento.obstetra incube a prestação de assistência à parturiente 
e	ao	parto	normal	e	a	realização	de	episiotomia	e	episiorrafia,	com	
aplicação de anestesia local, quando necessário.
d)	 (			)	 Ao	 enfermeiro	 obstetra	 incube	 a	 identificação	 das	 distócias	
obstétricas e a tomada de providência até a chegada do médico.
2	 O	enfermeiro	 tem	grandes	contribuições	para	o	período	clínico	
do	 parto,	 podendo	 ser	 ressaltadas	 a	 valorização	 do	 desejo	 da	
mulher,	 a	 comunicação	 entre	 equipe	 e	 paciente,	 e	 a	 promoção	
da	escuta	ativa	durante	o	período	do	parto,	valorizando	crenças,	
histórias	e	necessidades	físicas	e	emocionais	dela.	Com	base	nas	
atribuições	específicas	do	enfermeiro	obstetra,	que	se	mostra	de	
grande	importância	no	meio	do	processo	de	parturição,	analise	as	
sentenças	a	seguir:
I- É de responsabilidade do enfermeiro a avaliação do bem-estar materno 
e fetal, sendo um dos cuidados para garantir a saúde da mãe-feto a 
realização da ausculta cardíaca fetal e dos sinais vitais maternos.
II- A avaliação da progressão do trabalho de parto pode ser feita a partir do 
exame	do	toque	vaginal,	no	qual	se	verifica	a	consistência	do	cérvix,	a	
posição do bebê e a dilatação cervical.
III- Uma das atribuições que traz grande autonomia para o enfermeiro 
obstetra é o acompanhamento e a execução do parto normal eutócico.
Assinale	a	alternativa	CORRETA:
a) ( ) As sentenças I e II estão corretas.
b) ( ) Somente a sentença II está correta.
c) ( ) As sentenças I e III estão corretas.
d)	(X)	 Todas	as	sentenças	estão	corretas.
 
3	 Segundo	a	Política	Nacional	da	Humanização	(PNH),	do	Ministério	
da	 Saúde,	 e	 as	 recomendações	da	Organização	Mundial	 da	Saúde	
(OMS)	 para	 uma	 vivência	 positiva	 de	 parto,	 a	 humanização	 na	
assistência	 ao	 parto	 tem,	 como	 proposta	 principal,	 o	 respeito	
à	tríade	e	aos	desejos	da	parturiente	para	o	momento	do	parto	e	
do	nascimento,	além	da	promoção	do	trabalho	em	equipe,	a	fim	de	
tornar	o	cuidado	multidisciplinar.	Diante	disso,	classifique	V	para	as	
sentenças	verdadeiras	e	F	para	as	falsas:
7
Assistência de Enfermagem no Centro Obstétrico
( ) O resgate a autonomia da mulher é um fator determinante da 
humanização	do	parto,	o	qual	deve	ser	praticado	por	todos	os	profissionais	
que trabalham direta ou indiretamente com o processo de parturição.
( ) O enfermeiro não necessita estar atento às queixas da parturiente sempre, 
visto que esse não é um fator importante para a avaliação de possíveis 
riscos e intervenções.
(			)	A	 escuta	 ativa	 deve	 ser	 promovida	 por	 todos	 os	 profissionais,	 tanto	
médicos	 quanto	 enfermeiros,	 a	 fim	 de	 promover	maior	 segurança	 e	
conforto ao casal.
Assinale	a	alternativa	que	apresenta	a	sequência	CORRETA:
a) ( ) V – F – F.
b)	 (x)	 V	–	F	–	V.
c) ( ) F – V – F.
d) ( ) F – F – V.
4	 A	 inserção	 do	 enfermeiro	 obstetra,	 dentro	 da	 equipe	multidis-
ciplinar,	 simplifica	 a	 forma	de	 atendimento	mais	 humanizado	 e	
também	diminui	os	níveis	de	 intervenções	 irrelevantes	no	parto,	
fazendo	com	que	a	mulher	tenha	mais	autonomia	e	protagonismo	
no	momento	do	nascimento	do	seu	filho.	Diante	disso,	discorra	
sobre	as	principais	atribuições	do	enfermeiro	obstetra	dentro	do	
centro	obstétrico.
R.: Algumas atividades durante o trabalho de parto da enfermeira obstétrica 
são: avaliação do bem-estar materno-fetal, realizando a partir da ausculta 
cardíaca fetal e sinais vitais maternos, avaliação da progressão do trabalho 
de parto, a partir do exame de toque vaginal e observação do segmento 
da	fisiologia	do	parto.	Já	no	parto,	 a	execução	do	mesmo	quando	parto	
eutócico e a realização de sutura se necessário. No que abrange o 
nascimento, como atribuição, está o recebimento desse recém-nascido e 
a apresentação dele para a mãe, realizando a promoção do contato pele a 
pele. A informação a gestante sobre a sua evolução do trabalho de parto 
e as condutas tomadas devem também fazer parte do cuidado integral 
do enfermeiro obstetra. Observar e monitorar cada período do trabalho de 
parto, diagnosticar e auxiliar durante as fases do trabalho de parto fazem 
parte da assistência.
8
Assistência de Enfermagem no Centro Obstétrico
5	 Com	o	passar	dos	anos,	a	mulher	perdeu	o	seu	papel	de	agente	
ativo	 no	 nascimento	 do	 filho	 e,	 por	 isso,	 atualmente,	 existe	 a	
necessidade	do	resgate	do	parto	normal	humanizado,	no	qual	a	
parturiente	tem	seus	direitos	e	escolhas	respeitados,	diante	de	um	
acompanhamento	 com	 profissionais	 qualificados,	 minimizando	
as	intercorrências	durante	do	parto	e	trazendo	maior	segurança	
e	qualidade	ao	atendimento.	Diante	disso,	por	que	a	assistência	
multiprofissional	deve	ser	observada	como	um	trabalho	de	saúde	
coletivo	no	processo	de	parturição?
R.: A necessidade de articulação dos níveis de atenção, de gestão a saúde, 
de	atribuições	profissionais	e	organização	das	competências	é	urgente	neste	
cenário, visto que ainda predomina uma tendência de satisfazer aspirações 
profissionais	 individuais,	 criando	 hegemonias,	 não	 olhando	 o	 coletivo	 e	 ou	
objetivo comum das práticas de interdisciplinaridade no processo de parturição 
dentro do centro obstétrico. É necessário nomear e respeitar os saberes e 
competências	 de	 cada	 profissional,	 tornando	 a	 assistência	 multidisciplinar	
entre	 médicos,	 enfermeiros,	 nutricionistas,	 psicológicos,	 fisioterapeutas	 e	
doulas, clara e que busque atender as necessidades da tríade mãe-bebê-
parceiro(a)
TÓPICO	3	
1	 Acerca	do	acolhimento	e	da	classificação	de	risco	obstétrico,	que	
tem	como	objetivo	priorizar	os	atendimentos	com	mais	urgência,	
conforme	 sinais,	 sintomas	 e	 queixas	 da	 mulher,	 e	 das	 rotinas	
do	 enfermeiro	 na	 triagem	 obstétrica,	 quando	 realizado	 o	 A&CR	
obstétrico,	assinale	a	alternativa	INCORRETA: 
a) ( ) Chamar a mulher pelo nome, solicitando também a presença de um 
acompanhante, caso seja desejo da paciente.
b)	 (			)	 Registrar	 dados	 da	 classificação	 na	 ficha	 de	 atendimento,	
sinalizando,	por	meio	de	cores,	a	classificação	da	mulher.
9
Assistência de Enfermagem no Centro Obstétrico
b)	 (X)	 Não	 devem	 ser	 reclassificadas	 as	 pacientes	 quando	 forem	
identificadas	alterações	pela	equipe.
d) ( ) Supervisionar o trabalho do técnico/auxiliar de Enfermagem e do 
estagiário, orientando corretamente quando necessário.
2	 Considera-se	que,	segundo	as	Diretrizes nacionais de assistência 
ao parto normal	 (BRASIL,	 2017a),	 se	 a	 parturiente	 estiver	 com	
trabalho	 de	 parto	 estabelecido,	 ou	 seja,	 com	 mais	 de	 4	 cm	 de	
dilatação	 e	 contrações	 efetivas,	 já	 pode	 ser	 admitida	 para	
internação.	 Com	 base	 nas	 rotinas	 assistenciais	 de	 admissão	 da	
gestante,	analise	as	sentenças	a	seguir:
Fonte: BRASIL. Ministério da Saúde. Diretrizes Nacionais de Assistência ao Parto 
Normal. Brasília: Secretaria de Ciências, Tecnologia e Insumos Estratégicos, 2017a. Dispo-
nível em: http://twixar.me/RgQm. Acesso em: 10 jul. 2022.
I- Deve-se perguntar sobre o plano de parto, se houver, sendo importante 
realizar a leitura para saber expectativas e desejos do casal sobre o 
parto, registrar no prontuário e informar à equipe. 
II- A realização dos testes rápidos de HIV e VDRL é rotina na admissão 
no centro obstétrico, bem como saber o tipo sanguíneo e o fator Rh 
materno,	para	casos	de	profilaxia	anti-D	no	pós-parto.
III- O procedimento de enema (limpeza intestinal) deve ser realizado em 
todas as gestantes na admissão, junto à tricotomia (corte dos pelos 
pubianos), para evitar possíveis infecções.
Assinale	a	alternativa	CORRETA:
a)	 (X)	 As	sentenças	I	e	II	estão	corretas.
b) ( ) Somente a sentença II está correta.
c) ( ) As sentenças I e III estão corretas.
d) ( ) Somente a sentença III está correta.
 
3	 Segundo	as	Diretrizes nacionais de assistência ao parto normal, 
do	Ministério	da	Saúde	(BRASIL,	2017a),	a	vigilância	do	bem-estar	
materno	fetal	também	se	dá	pela	avaliação	da	ausculta	cardíaca	
fetal	 com	 o	 Sonar	 Doppler	 ou	 com	 oaparelho	 de	 Pinard,	 sendo	
10
Assistência de Enfermagem no Centro Obstétrico
a	 monitoração	 da	 vitalidade	 fetal	 um	 dos	 cuidados	 principais	
nas	salas	de	partos,	para	garantir	a	 saúde	do	feto.	Diante	disso,	
classifique	V	para	as	sentenças	verdadeiras	e	F	para	as	falsas:
Fonte: BRASIL. Ministério da Saúde. Diretrizes Nacionais de Assistência ao Parto 
Normal. Brasília: Secretaria de Ciências, Tecnologia e Insumos Estratégicos, 2017a. Dispo-
nível em: http://twixar.me/RgQm. Acesso em: 10 jul. 2022.
(			)	 É	recomendada	a	cardiotocografia	contínua	durante	todo	o	período	do	
trabalho de parto em gestantes de alto e baixo risco.
( ) O parâmetro normal, para a frequência cardíaca fetal, é de 110 a 160 
bpm, sendo alguns sinais de aceleração positivos, porém sinais de 
desacelerações devem ser observados com alerta.
( ) A ausculta cardíaca fetal pode ser vista de 30 em 30 minutos no período 
expulsivo, conforme as recomendações.
Assinale	a	alternativa	que	apresenta	a	sequência	CORRETA:
a) ( ) V – F – F.
b) ( ) V – F – V.
c)	 (X)	 F	–	V	–	F.
d) ( ) F – F – V.
4	 A	organização	da	sala	cirúrgica	é	de	responsabilidade	do	enfermeiro	
do	 setor,	 sendo	 importante	 lembrar	 que	 as	 competências	 da	
Enfermagem	 vão	 além	 da	 assistência;	 a	 gerência	 também	 faz	
parte	do	cuidado	de	rotina,	assim	como,	por	exemplo,	a	provisão,	
a	previsão	e	o	controle	de	materiais	na	sala	cirúrgica	são	cuidados	
de	 rotina	 gerenciais	 que	 o	 enfermeiro	 deve	 ter.	 Diante	 disso,	
disserte	sobre	outras	rotinas	que	o	enfermeiro	deve	realizar	na	
sala	cirúrgica	obstétrica. 
R.:	O	enfermeiro	deve	realizar	a	leitura	do	pedido	de	cirurgia,	certificando-se	do	
tipo	de	cirurgia,	idade	da	paciente,	aparelhos	e	solicitações	especiais,	verificar	
as condições de limpeza da sala antes de montá-las e testá-las os aparelhos 
para garantir que estejam em bom funcionamento, revisar o carro de anestesia 
e repor os materiais descartáveis necessários nas bancadas, além de repor 
os pacotes e campos esterilizados, como as caixas de instrumentos e outros 
11
Assistência de Enfermagem no Centro Obstétrico
materiais para a cirurgia ou procedimento a ser realizado na sala cirúrgica. O 
acompanhamento da paciente até na sala e durante o procedimento também 
é necessário, monitorar a paciente e mantê-la calma.
Itens importantes antes e após o procedimento é contar as compressas que 
foram	utilizadas,	bem	como	o	número	de	materiais	em	campo.	Por	fim,	registrar	
tudo em sistema ou prontuário.
5	 No	 puerpério	 imediato,	 deve-se	 ter	 uma	 grande	 atenção	 a	 todos	
e	quaisquer	sinais	da	mulher	que	não	estejam	estáveis,	em	todos	
os	 sistemas	 corporais,	 evitando	 possíveis	 riscos	 maternos	
desencadeados	 por	 hemorragias,	 infecções	 e	 entre	 outras	
condições	que	levam	ao	risco	da	puérpera.	A	vigilância	adequada	
em	sala	de	 recuperação	pode	evitar	morbidades	maternas.	Nesse	
contexto,	 disserte	 sobre	 os	 principais	 cuidados	 do	 enfermeiro	
na	 sala	 de	 recuperação	 com	 uma	 puérpera	 de	 parto	 normal	 e	 de	
cesariana.
R.: No caso de parto normal, primeiramente, a avaliação dos lóquios, perceber 
a presença ou não dos coágulos devido aos lóquios hemáticos, perceber o 
cheiro, se há ausência de odor fétido descartando possíveis infecções, e a 
intensidade deste sangramento. A administração de uterotônicos no pós-
parto imediato, como a ocitocina 10 UI, por via intramuscular ou endovenosa. 
A avaliação da formação do globo segurança e da hemorragia genital cada 15 
minutos nas primeiras, avaliação do pulso radial e pressão arterial a cada 15 
minutos com medidor automático, nas primeiras 2 h, colocação do recém-
nascido junto à mãe e início da amamentação logo que possível (exceto se 
contraindicada) e remoção do cateter epidural 2 h após o parto.
No caso de cesariana, a avaliação do sangramento também deve ser 
observada, evitando riscos de hemorragia. A administração de uterotônicos 
também se faz necessária, muitas vezes ainda em sala cirúrgica. A avaliação 
dos sinais vitais durante 4 primeiras horas após-cesariana, registrados a 
cada 30 minutos. Hidratação e reposição de eletrólitos por via endovenosa, 
conforme prescrição médica. Auxílio no levante da paciente após a anestesia, 
não a deixando sozinha neste momento devido a hipotensão postural e risco 
de queda. Observar também a presença ou não de diurese, e retirar o curativo 
após 24 horas de cesariana, não sendo necessário realizar um novo curativo.
12
Assistência de Enfermagem no Centro Obstétrico
TÓPICO 4
1	 Na	atuação	direta	do	enfermeiro	com	recém-nascido	na	sala	de	
parto,	para	realizar	as	condutas	de	forma	adequada	e	segura,	é	
necessário	o	conhecimento	antecipado	de	algumas	informações.	
Diante	disso,	assinale	a	alternativa	INCORRETA:
a) ( ) É necessário ter conhecimento sobre a vigilância pré-natal, as 
consultas e os exames da gestante antes do atendimento ao 
recém-nascido.
b) ( ) Saber da história da gravidez, a evolução, as doenças, as 
medicações de uso e as drogas usadas na gestação são outros 
fatores importantes para um cuidado adequado ao recém-nascido.
c)	 (X)	 Os	antecedentes	maternos	e	paternos	do	recém-nascido	não	
são	informações	relevantes.
d) ( ) Aspectos psicossociais do parto também são importantes, como 
saber se houve a preparação para o parto, se a gestante teve 
suporte emocional durante o trabalho de parto e o envolvimento 
familiar nesse evento.
2	 A	 Escala	 de	 Apgar	 é	 considerada	 uma	 forma	 importante	 de	
sistematizar	e	avaliar	o	período	em	que	o	bebê	se	adapta	à	vida	
extrauterina,	 pois	 os	 primeiros	 minutos	 são	 essenciais	 e,	 por	
isso,	deve-se	avaliar	as	necessidades	do	recém-nascido,	a	partir	
de	uma	boa	observação	dos	sinais	que	ele	apresenta.	Com	base	na	
Escala	de	Apgar,	analise	as	sentenças	a	seguir:
I- O valor mínimo da Escala de Apgar é 0 e o máximo, 10 e, a partir da 
avaliação,	se	dá	o	escore	final.
II- Se, por acaso, o escore for de 0 a 3, o recém-nascido está em boas 
condições de saúde e pode permanecer no colo da mãe.
III- Deve ser determinado o escore no primeiro e no quinto minuto de 
vida, não sendo utilizado para indicar procedimentos na reanimação 
neonatal, pois permite avaliar a resposta neonatal às manobras 
realizadas.
13
Assistência de Enfermagem no Centro Obstétrico
Assinale	a	alternativa	CORRETA:
a) ( ) As sentenças I e II estão corretas.
b) ( ) Somente a sentença II está correta.
c)	 (X)	 As	sentenças	I	e	III	estão	corretas.
d) ( ) Somente a sentença III está correta.
3	 Quando	os	cuidados	básicos	ao	recém-nascido	não	o	estabilizaram,	
provavelmente,	 será	 necessário	 outro	 método	 de	 estabilização	
e/ou	reanimação.	Se	o	bebê	tiver	nascido	acima	de	34	semanas,	
não	demonstrar	o	choro	ou	movimentos	respiratórios	 regulares,	
não	 tiver	 tônus	muscular	 e,	 em	 geral,	 não	 apresentar	 uma	 boa	
vitalidade,	 deve	 ser	 conduzido	 para	 a	 sala	 de	 reanimação,	 para	
iniciar	 a	 estabilização	 desse	 recém-nascido.	 De	 acordo	 com	 o	
fluxograma	de	reanimação	neonatal	do	recém-nascido	maior	que	
34	semanas,	classifique	V	para	as	sentenças	verdadeiras	e	F	para	
as	falsas:
( ) O minuto de ouro é caracterizado pelos primeiros 60 segundos de 
vida do recém-nascido. Nesse primeiro minuto, a equipe deve realizar o 
briefing,	verificar	material,	realizar	anamnese	materna,	se	perguntar	se	a	
gestação é a termo, se o recém-nascido está chorando ou respirando, 
se tem tônus – se essas respostas forem negativas, deve ser realizado 
o clampeamento imediato do cordão umbilical e o recém-nascido deve 
ser levado para estabilização.
( ) Se frequência cardíaca for menor que 100 bpm e respiração irregular ou 
apneia, deve-se iniciar ventilação com pressão positiva, com oxigênio a 
100%, e monitoração.
( ) Se a frequência cardíaca for menor que 60 bpm, deve-se iniciar a 
ventilação com cânula traqueal, oxigênio a 100%, massagem cardíaca 
coordenada com ventilação, 3:1.
Assinale	a	alternativa	que	apresenta	a	sequência	CORRETA:
a) () V – F – F.
b)	 (X)	 V	–	F	–	V.
c) ( ) F – V – F.
d) ( ) F – F – V.
14
Assistência de Enfermagem no Centro Obstétrico
4	 Os	 cuidados	 com	 o	 recém-nascido	 abrangem	 muito	 mais	 que	
as	 técnicas	 assistenciais	 e	 gerenciais,	 como	 a	 promoção	 da	
vinculação	 da	 tríade	mãe-bebê-pai.	 O	 enfermeiro	 pode	 realizar	
algumas	condutas	para	promover	e	melhorar	a	vinculação,	além	
de	auxiliar	na	adaptação	da	vida	extrauterina.	Disserte	sobre	as	
condutas	e	as	medidas	que	o	 enfermeiro	pode	promover	para	 a	
família.
R.: Conhecida como a hora de ouro do recém-nascido, é nesta primeira hora 
de vida que algumas medidas como o contato pele a pele ao nascer, são de 
extrema importância para auxiliar na vinculação entre mãe e bebê, e também 
para a adaptação a vida extrauterina, a termorregulação é um dos principais 
itens, nesse sentido, prevenindo a hipotermia do recém-nascido, além de 
promover também a amamentação. O contato, pele a pele, propicia também 
os estímulos de toque, odor e promovem a liberação de ocitocina materna, 
auxiliando também para a ejeção do colostro. A amamentação é outra 
medida que pode ser promovida na primeira hora, muitas vezes, precisando 
de auxílio do enfermeiro para realizar a informação de posição e pega para 
amamentação. Esse momento auxilia na regulação na glicemia, do sistema 
térmico e do sistema cardiorrespiratório. Para essas duas condutas, faz-se 
importante respeitar no mínimo 1 hora de contato e vinculação após o parto 
entre a tríade.
Outra	conduta	que	beneficia	a	vinculação	e	a	adaptação	a	vida	extrauterina	
é clampeamento do cordão umbilical tardia, esperando no mínimo 1 minutos 
após o nascimento e podendo se prolongar este tempo até parar de pulsar, o 
enfermeiro neste momento pode promover a participação paterna no corte do 
cordão umbilical.
É importante salientar que essas medidas só devem ser realizadas se o recém-
nascido estiver estável e em bom estado geral.
5	 O	enfermeiro	é	o	profissional	responsável	pelos	cuidados	imediatos	
após	a	expulsão	do	 recém-nascido,	 que	devem	ser	 realizados	de	
forma	correta	visando	ao	bem-estar	do	bebê,	sempre	importante	
também	 o	 registro,	 posteriormente,	 de	 tudo	 na	 caderneta	 da	
criança.	 Quais	 são	 esses	 cuidados	 imediatos	 realizados	 pelo	
enfermeiro	ainda	na	sala	de	parto?
15
Assistência de Enfermagem no Centro Obstétrico
R.:	Preparar	e	verificar	o	material	necessário	para	a	apresentação	de	cuidados	
imediatos ao recém-nascido; coletar informação; utilizar luvas de proteção 
para	cuidar	do	recém-nascido;	verificar	a	hora	exata	do	nascimento;	perceber	
o recém-nascido em um campo, previamente aquecido, de preferência, 
que	 seja	macio;	 proceder	 ao	 clampeamento	 definitivo	 do	 cordão	 umbilical,	
conforme recomendações, se a condição geral do recém-nascido não o 
permitir, o clampeamento deve ser imediato, cortar o cordão com tesoura 
esterilizada, posicionar o recém-nascido no colo da mãe, secar o recém-
nascido com movimentos suaves, com estimulação tátil, tendo o cuidado de 
manter a cabeça coberta; substituir o campo por panos novos e aquecidos; 
avaliar	o	índice	de	Apgar;	identificar	o	recém-nascido,	conforme	protocolo	da	
instituição; fomentar o processo de vinculação através do contato pele a pele, 
quando recém-nascido estável; após recomendações do período de contato 
pele a pele, transportar o recém-nascido para o posto de cuidados o bebê, 
colocá-lo sob fonte de calor, posicionar o recém-nascido em decúbito dorsal, 
aspiração, somente se necessário, conforme recomendações e avaliações 
clínicas; realizar a observação inicial, para detectar malformações externas ou 
outros	 indicadores	passíveis	de	 influenciar	a	evolução	neonatal;	administrar	
1 mg de vitamina K, por via intramuscular, no terço médio do músculo vasto 
lateral da coxa esquerda; administrar método Credé em região ocular; pesar 
e realizar as medidas antropométricas; dar banho com água corrente apenas 
em	 situações	 de	 suspeita	 ou	 confirmação	 de	 infecção	materna,	 conforme	
protocolo hospitalar, colocar fralda. 
Manter o coto umbilical exterior a fralda, vestir o recém-nascido com roupa 
previamente aquecida, envolver o recém-nascido em uma manta quente, e 
estimular a amamentação. 
Registrar todos os procedimentos.
16
Assistência de Enfermagem no Centro Obstétrico
UNIDADE 2
TÓPICO 1
1	 O	 aborto	 é	 um	 produto	 da	 concepção	 eliminado	 no	 processo	 de	
abortamento.	Sobre	a	definição	de	abortamento,	especificamente	
sobre	a	 idade	gestacional	da	perda	e	as	classificações	quanto	a	
sua	cronologia,	com	base	no	Ministério	da	Saúde	(BRASIL,	2022a),	
assinale	a	alternativa	CORRETA:
Fonte: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Departamento 
de Ações Programáticas e Estratégicas. Atenção técnica para prevenção, avaliação 
e conduta nos casos de abortamento. Brasília, 2022a. Disponível em: https://bvsms.
saude.gov.br/bvs/publicacoes/atencao_avaliacao_conduta_abortamento_2ed.pdf. Acesso 
em: 28 ago. 2022.
a)	 (X)	 Interrupção	 da	 gravidez	 até	 a	 20ª	 ou	 a	 22ª	 semana	 e	 com	 o	
produto	da	concepção	pesando	menos	de	500 g,	podendo	ser	
abortamento	precoce,	se	ocorrer	até	12	semanas,	e	tardio,	se	
ocorrer	entre	12	e	20	semanas	de	gestação.
b) ( ) Interrupção da gravidez até a 12ª ou a 20ª semana e com o produto 
da	concepção	pesando	menos	de	500 g,	podendo	ser	abortamento	
precoce, se ocorrer até 12 semanas, e tardio, se ocorrer entre 20 e 
22 semanas de gestação.
c) ( ) Interrupção da gravidez até a 20ª ou a 22ª semana e com o produto 
da	concepção	pesando	menos	de	600 g,	podendo	ser	abortamento	
precoce, se ocorrer até 10 semanas, e tardio, se ocorrer entre 12 e 22 
semanas de gestação.
d) ( ) Interrupção da gravidez até a 12ª ou a 20ª semana e com o produto 
da	concepção	pesando	menos	de	600 g,	podendo	ser	abortamento	
precoce, se ocorrer até 12 semanas, e tardio, se ocorrer entre 12 e 20 
semanas de gestação.
17
Assistência de Enfermagem no Centro Obstétrico
2	 Considera-se,	 de	 acordo	 com	 Almeida	 e	 Reis	 (2021),	 que	 o	
abortamento	tem	fatores	de	risco	relacionados	diretamente	com:	
idade	 materna	 avançada,	 múltiplos	 abortamentos	 provocados,	
abortamento	 espontâneo	 prévio,	 nova	 gestação	 3	 a	 6	 meses	
após	 o	 parto,	 uso	 de	 drogas	 lícitas	 e	 ilícitas,	 excesso	 de	 cafeína,	
procedimentos	que	envolvam	a	administração	de	gás	anestésico	
e,	também,	o	uso	de	medicações	como	o	misoprostol.	Mesmo	sem	
esses	fatores	de	risco,	muitas	mulheres	em	idade	fértil	poderão	
ter	algum	caso	de	abortamento	em	sua	vida	reprodutiva.	Com	base	
na	etiologia	do	abortamento,	analise	as	sentenças	a	seguir:
I- As anormalidades cromossômicas são as causas mais comuns de 
abortamento, em geral, a trissomia autossômica é a alteração mais 
frequente, seguida pela monossomia do cromossomo X, a triploidia, 
tetraploidia e, também a aneuploidia. 
II- As causas uterinas mais frequentes são: miomas uterinos, sinéquias 
uterinas (síndrome de Asherman), incompetência cervical e 
malformações	uterinas,	especificamente	defeitos	da	fusão	dos	ductos	
de Leopold.
III- O uso de agentes nocivos, como tabagismo, álcool, cafeína e drogas, 
também fazem parte da etiologia dos abortamentos.
Assinale	a	alternativa	CORRETA:
a) ( ) As sentenças I e II estão corretas.
b) ( ) Somente a sentença II está correta.
c)	 (X)	 As	sentenças	I	e	III	estão	corretas.
d) ( ) Somente a sentença III está correta.
3	 O	abortamento	pode	ser	classificado	como	de	forma	espontânea	
ou	 induzida,	 sendo	 o	 produto	 da	 concepção	 com	 menos	 de	 22	
semanas	 de	 gestação.	 O	 abortamento	 espontâneo	 ocorre	 sem	
ação	deliberada	de	qualquer	pessoa,	enquanto	os	abortamentos	
provocados	ou	induzidos	são	aqueles	que	interrompem	a	gravidez	
antes	de	atingir	a	viabilidade	fetal.	De	acordo	com	as	formas	clínicas	
de	abortamento,	classifique	V	para	as	sentenças	verdadeiras	e	F	
para	as	falsas:
18
Assistência de Enfermagem no Centro Obstétrico
( ) Na ameaça de abortamento, o sangramentovaginal é intenso, o orifício 
do colo uterino está aberto e há a ausência de cólicas abdominais.
( ) Em casos de abortamento em curso, há dois tipos: completo e 
incompleto. O completo já houve a eliminação do produto da 
concepção, enquanto o incompleto o produto da concepção ainda 
está em processo de eliminação, apresentando sangramento vaginal 
intermitente e importante.
( ) No aborto infectado ou séptico, a mulher, na maioria das vezes, 
apresenta febre, taquicardia, anemia, abdome doloroso, secreção 
purulenta e fétida proveniente do colo uterino. Não há a retenção de 
produtos da concepção.
Assinale	a	alternativa	que	apresenta	a	sequência	CORRETA:
a) ( ) V – F – F.
b) ( ) V – F – V.
c)	 (X)	 F	–	V	–	F.
d) ( ) F – F – V.
4	 Para	 cada	 tipo	 clínico	 de	 abortamento,	 há	 uma	 conduta	 de	
tratamento	 que	 deve	 ser	 adequada,	 de	 acordo	 com	 o	 desejo	 da	
mulher,	junto	à	orientação	e	ao	aconselhamento	médico	e	da	equipe	
profissional	envolvida	no	abortamento.	Acerca	dos	tratamentos	
para	 abortamentos,	 disserte	 sobre	 os	 tipos	 que	 existem	 e	 a	
eficácia	deles	para	determinado	tipo	clínico	de	abortamento.
R.: 
• Conduta expectante: principalmente em abortamentos precoces. 
Dependendo do tipo de abortamento, a conduta expectante pode ser 
considerada a mais segura, em termos de recuperação. Quando, por 
exemplo, há um abortamento incompleto, hoje, tem mostrado que a conduta 
expectante se tornou uma opção mais saudável para a mulher, visto que há 
a eliminação completa do produto após o 3º dia (média) em 79% dos casos, 
enquanto,	em	outro	estudo,	 foi	verificada	uma	taxa	de	sucesso	de	83%	
após 7 dias de conduta expectante, tendo 3% das mulheres complicações 
relacionadas a infecções e 5% apresentando necessidade de cirurgia de 
emergência. Já no aborto retido, a conduta expectante não é a melhor 
19
Assistência de Enfermagem no Centro Obstétrico
opção, segundo os estudos atuais, pois a taxa de sucesso é pequena e os 
níveis de complicações maiores. Esse tipo de tratamento deve ser sempre 
discutido	entre	a	mulher	e	o	profissional.
• Tratamento medicamentoso: alternativa para mulheres que não desejam 
passar por procedimentos cirúrgicos para o tratamento de abortamento. 
Tendo o misoprostol efeito na contratilidade uterina e no amolecimento do 
colo uterino, utilizado, muitas vezes, pré-curetagem ou, em casos de óbito-
fetal, na indução de parto e também na hemorragia pós-parto. Utilizado em 
abortamento precoces com alto grau de satisfação, efetivo e seguro, sendo 
preconizada	a	administração	de	800 µg	via	vaginal	a	cada	24	horas,	por	até	
2 dias.
• Tratamento cirúrgico: a curetagem uterina é o tratamento mais conhecido 
para abortamentos, tanto para o primeiro quanto para o segundo trimestre 
da gestação. Indicado em casos de sangramento moderado a intenso, 
presença de infecção e, também, no caso das mulheres que não querem 
esperar, de forma espontânea/medicamentosa, a eliminação do produto. 
Há riscos, sendo eles: infeção, esvaziamento uterino incompleto, laceração 
cervical, perfuração uterina, lesão de órgãos pélvicos e hemorragias. 
Além da curetagem, há a aspiração elétrica a vácuo e manual em casos 
de abortamento no primeiro trimestre. Sendo um método de baixo 
custo, mostra diminuição de tempo de procedimento e da necessidade 
de internação hospitalar, quando comparado à curetagem, além de a 
diminuição de hemoglobina, após o procedimento, ser maior no caso de 
curetagem uterina.
• Para evitar mais casos de abortamentos habituais/recorrentes, geralmente 
causados por incompetência cervical, a realização da cerclagem do colo 
uterino é recomendada em uma nova gestação, prevenindo a abertura 
prematura do colo uterino, por meio de uma sutura circular no orifício 
cervical. Deve ser realizada entre 12 e 14 semanas de gestação.
5	 Sabe-se	 que	 o	 profissional	 de	 Enfermagem,	 no	 período	 em	 que	
a	mulher	estiver	hospitalizada	em	casos	de	abortamento,	sendo	
espontâneo	 ou	 induzido,	 é	 essencial	 para	 manter	 o	 cuidado	
integral	à	saúde	da	mulher.	Acerca	disso,	o	que	o	enfermeiro	deve	
prezar	no	cuidado	à	mulher	em	processo	de	abortamento,	além	das	
intervenções	de	Enfermagem?	
20
Assistência de Enfermagem no Centro Obstétrico
R.: Tratar, de forma digna e respeitosa, e realizar uma escuta ativa ações 
que	 ajudam	 a	mulher	 se	 sentir	mais	 segura	 e	 confiar	 no	 profissional,	 para	
passar por esse momento tendo um sentimento de acolhimento e aceitação 
por parte daquele que lhe está proporcionando cuidados nesse período. 
Também é necessário seguir as recomendações da humanização no processo 
de abortamento do Ministério da Saúde: acolhimento e orientação para 
responder às necessidades de saúde mental, social e física das mulheres, 
além de outras preocupações que possam surgir; atenção clínica adequada 
ao abortamento e suas complicações, segundo referenciais éticos, legais e 
bioéticos; oferecimento de serviços de planejamento familiar às mulheres 
pós-abortamento, inclusive orientações para aquelas que desejem nova 
gestação; e integração com outros serviços de promoção à saúde da mulher e 
de inclusão social às mulheres.
TÓPICO 2
1	 Com	base	no	Manual de gestação de alto risco,	do	Ministério	da	
Saúde	 (BRASIL,	 2022b),	 a	 gravidez	 ectópica	 ocorre	 quando	 a	
implantação	e	o	desenvolvimento	do	blastocisto	ocorrem	fora	do	
útero.	Sobre	essa	área	do	conhecimento	da	emergência	obstétrica,	
assinale	a	alternativa	CORRETA:
Fonte: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Departamento 
de Ações Programáticas. Manual de gestação de alto risco. Versão preliminar. Brasília, 
2022b. Disponível em: http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/manual_
gestacao_alto_risco.pdf. Acesso em: 28 ago. 2022.
a) ( ) A localização mais frequente da gravidez ectópica é a gravidez 
ovariana. No entanto, a gestação ectópica pode ocorrer também 
na porção intersticial da tuba, na cérvix, na cicatriz da cesárea e na 
cavidade abdominal, quando denominamos de gravidez não tubária.
b)	 (X)	 A	 gravidez	 ectópica	 é	 considerada	 a	 principal	 causa	 de	
mortalidade	materna	no	primeiro	trimestre	da	gravidez.
c)	 (			)	 Com	 as	 dosagens	 da	 fração	 beta	 do	 hormônio	 gonadotrófico	
coriônico	(beta-hCG)	e	a	ultrassonografia	abdominal,	o	diagnóstico	
é realizado com maior precisão e em uma fase mais inicial.
21
Assistência de Enfermagem no Centro Obstétrico
d) ( ) Para evitar que a paciente evolua para quadro grave de abdome 
agudo hemorrágico devido à ruptura tubária, é preciso atentar-se 
para a realização do diagnóstico tardio, ou seja, de gestação tubária 
íntegra.
2	 Considera-se	 que	 a	 gravidez	 ectópica,	 geralmente,	 se	 encontra	
associada	a	fatores	de	risco	que	causam	lesão	tubária	ou	alteração	
no	transporte	ovular.	Com	base	nos	fatores	de	risco	para	gravidez	
ectópica,	analise	as	sentenças	a	seguir:
I-	 A	 doença	 inflamatória	 pélvica	 ocorre	 por	 infecções	 genitais	 causadas,	
principalmente, por Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae, 
que alteram as tubas, podendo obstruí-las, diminuir o movimento ciliar 
e o estreitamento, aumentando, assim, a possibilidade de gravidez 
ectópica. 
II- Apenas o uso do DIU de cobre pode aumentar a chance de gravidez 
ectópica.
III- Uma gravidez recorrente de uma reprodução assistida apresenta risco 
de evoluir para uma gravidez ectópica, devido ao aumento do volume 
sanguíneo de ocitocina.
Assinale	a	alternativa	CORRETA:
a) ( ) As sentenças I e III estão corretas.
b)	 (X)	 Somente	a	sentença	I	está	correta.
c) ( ) As sentenças I e II estão corretas.
d) ( ) Todas as sentenças estão incorretas.
3	 O	 enfermeiro	 tem	 suas	 responsabilidades	 diante	 da	mulher	 com	
gravidez	 ectópica,	 desde	 a	 triagem	 no	 centro	 obstétrico	 até	 o	
cuidado	durante	o	procedimento	e	na	recuperação	hospitalar.	De	
acordo	 as	 intervenções	 do	 enfermeiro	 com	 a	mulher	 internada	
devido	 à	 gravidez	 ectópica,	 classifique	 V	 para	 as	 sentenças	
verdadeirase	F	para	as	falsas:
( ) O enfermeiro deve monitorar os sinais vitais, mas não há necessidade de 
realizar o balanço hídrico da paciente com gravidez ectópica grave.
22
Assistência de Enfermagem no Centro Obstétrico
( ) É preciso avaliar e observar a perda sanguínea por via vaginal da mulher, 
pois	é	necessário	ficar	atento	aos	sinais	de	choque	hipovolêmico.
( ) Durante o tratamento de gravidez ectópica, quando medicamentoso 
com metotrexato, o enfermeiro deve sempre informar os efeitos colaterais 
à mulher, assim como, quando for cirúrgico, deve informar sobre o 
procedimento e também sobre os cuidados pós-procedimento.
Assinale	a	alternativa	que	apresenta	a	sequência	CORRETA:
a)	 (X)	 F	–	V	–	V.
b) ( ) V – F – V.
c) ( ) V – V – F.
d) ( ) F – F – V.
4	 Um	adequado	exame	físico	pode	fazer	a	diferença	na	conduta	a	
ser	tomada	com	a	paciente.	Os	achados	podem	variar	de	acordo	
com	o	estado	hemodinâmico	da	paciente.	É	importante	identificar	
sinais	 e	 sintomas	 de	 gravidez	 ectópica	 e	 situações	 de	 choque	
hipovolêmico	 já	no	exame	físico,	 realizado	na	triagem	do	centro	
obstétrico.	 Diante	 disso,	 quais	 os	 principais	 achados,	 sinais	
e	 sintomas	 durante	 o	 exame	 físico	 com	 suspeita	 de	 gravidez	
ectópica?	
R.: Dor abdominal, sangramento vaginal e atraso ou irregularidade menstrual, 
praticamente um deles estará presente nos casos de gravidez ectópica. No 
caso de gravidez tubária íntegra, a mulher referirá cólica contínua em baixo 
ventre e sangramento vaginal em pequena quantidade; já na gravidez tubária 
rota, a paciente tem dor intensa, comparada a pontadas em baixo ventre, 
que podem estar associadas a casos de choque, com presença de sudorese 
e angústia. Sinais como o de Blumberg (descompressão brusca dolorosa) e 
o de Cullen (equimose periumbilical) caracterizam hemorragia abdominal 
grave,	devido	à	gravidez	ectópica	 rota.	Geralmente,	não	há	modificação	da	
temperatura corporal, apenas subfebril, porém, quando é evidente o choque 
hemorrágico, percebe-se hipotermia.
23
Assistência de Enfermagem no Centro Obstétrico
5	 Quando	 se	 opta	 pela	 evolução	natural	 da	 gravidez	 ectópica,	 ou	
seja,	pela	conduta	expectante,	é	necessário	que	essa	gravidez	se	
encaixe	em	algumas	condições	para	poder	seguir	com	maior	tran-
quilidade	a	conduta	escolhida.	Quais	são	essas	circunstâncias?	
R.: 
• Com estabilidade hemodinâmica.
•	 Declínio	dos	títulos	de	beta-hCG	no	intervalo	de	24	a	48	horas.
•	 Beta-hCG	bem como no estabelecimento 
dos cuidados e da vigilância necessária na internação de gestantes com DPP 
crônico, monitorando, de forma contínua, os sinais vitais da mãe e a ausculta 
cardíaca fetal.
5	 Considerada	 uma	 emergência	 obstétrica	 frequente,	 a	 placenta	
prévia	 pode	 ocasionar	 prematuridade,	 baixo	 peso	 ao	 nascer,	
distúrbios	 respiratórios	 do	 recém-nascido	 e	 óbitos	 perinatais.	
Estudos	mostram	que	mulheres	multíparas,	com	idade	avançada,	
com	cesárea	prévia	e	também	curetagem	uterina	prévia	têm	maior	
risco	de	placenta	prévia.	Diante	disso,	responda	quais	as	medidas	
essenciais	 da	 Enfermagem	para	 uma	 gestante	 com	 suspeita	 de	
placenta	prévia? 
R.: Observar atentamente o quadro clínico da gestante, que, no caso de 
placenta prévia, é: sangramento vermelho vivo de início súbito, sem presença 
de dor, ocorrendo, em sua grande maioria, no segundo trimestre. O exame de 
toque vaginal não deve ser realizado em caso de suspeita de placenta prévia, 
pois há o risco de causar hemorragia abundante. O diagnóstico é realizado 
a partir da associação dos sinais e dos sintomas da gestante, podendo ser 
feita	a	ultrassonografia	para	complementar	um	diagnóstico	preciso.	Também	
é necessário associar os fatores de risco da gestante para a placenta prévia. 
Além disso, é importante o enfermeiro acalmar, orienta, e informar a gestante 
da situação atual.
TÓPICO 4
1	 A	 parturiente	 M.	 S.,	 G2P1,	 com	 idade	 gestacional	 de	 38	 semanas,	
obesa	e	diagnosticada	com	diabetes	melito	gestacional,	no	exame	
da	curva	glicêmica	realizado	com	26	semanas	de	gestação,	segue	
o	controle	de	glicemia	com	uso	de	insulina,	conforme	prescrição	
27
Assistência de Enfermagem no Centro Obstétrico
médica.	Internada	no	centro	obstétrico	em	trabalho	de	parto	ativo,	
logo	apresenta	puxos;	ao	exame	de	toque,	é	constatada	dilatação	
completa.	 Durante	 o	 período	 expulsivo,	 a	 paciente	 encontra-
se	na	banqueta	de	parto,	observa-se	a	saída	do	polo	cefálico	do	
bebê,	 porém	 os	 ombros	 não	 se	 soltam,	 sendo	 observado	 pelo	
profissional	que	assiste	ao	parto	o	“sinal	de	tartaruga”.	Sobre	a	
situação	descrita,	assinale	a	alternativa	CORRETA:
a) ( ) Trata-se de uma emergência obstétrica, nomeada de rotura 
uterina. Nesse caso, iniciam-se as manobras seguindo o acrônimo 
“ALEERTA”.
b)	 (X)	 Associados	os	fatores	de	risco	materno	e	os	sinais	observados	
durante	 o	 período	 expulsivo,	 trata-se	 de	 uma	 distócia	 de	
ombros.	Nesse	caso,	diante	da	posição	em	que	a	parturiente	
se	encontra,	 iniciam-se	as	manobras	seguindo	o	mneumônico	
“A	SAIDA”.
c) ( ) Associados os fatores de risco materno e os sinais observados 
durante o período expulsivo, trata-se de uma distócia de ombros. 
Nesse caso, diante da posição em que a parturiente se encontra, 
iniciam-se as manobras seguindo o acrônimo “ALEERTA”.
d) ( ) Trata-se de uma emergência obstétrica, nomeada de rotura uterina. 
A conduta é a cesariana imediata entre 5 e 10 minutos até o 
nascimento do bebê, garantindo a sobrevida fetal.
2	 Considera-se	que	a	rotura	uterina	é	um	evento	extremamente	raro	
de	hemorragia	vaginal,	que	ocorre	durante	o	trabalho	de	parto	e	
o	parto,	geralmente	em	mulheres	com	antecedentes	de	cirurgia	
uterina,	 caracterizada	 como	 um	 rompimento	 total	 ou	 parcial	
do	miométrio	 (camada	do	útero),	 juntando	a	cavidade	uterina	à	
cavidade	 abdominal.	 Com	 base	 nessa	 emergência	 obstétrica	 de	
parto,	analise	as	sentenças	a	seguir:
I- Trata-se da rotura completa ou incompleta da parede uterina, que ocorre, 
sobretudo, além da 12ª semana gestacional e durante o trabalho de 
parto, precedida, em sua maioria, por quadro clínico de iminência de 
rotura uterina, o que facilita a sua prevenção. 
28
Assistência de Enfermagem no Centro Obstétrico
II- Os fatores de risco incluem: multiparidade, uso de uterotônicos em ex-
cesso, traumatismo, placenta percreta, versão interna e grande extra-
ção.
III- Quando há rotura uterina, são sinais e sintomas: dor súbita em região 
hipogástrica, ausência de contração uterina, presença de hemorragia 
discreta ou profusa, estado de choque, dependendo da hemorragia; 
observa-se o útero em formato de ampulheta, na palpação abdominal, 
e, em caso de ruptura completa, pode-se perceber o feto na cavidade 
abdominal.
Assinale	a	alternativa	CORRETA:
a) ( ) As sentenças I e II estão corretas.
b) ( ) Somente a sentença II está correta.
c)	 (X)	 As	sentenças	II	e	III	estão	corretas.
d) ( ) Somente a sentença III está correta.
3	 Uma	inversão	uterina	é	uma	emergência	de	parto	rara,	na	qual	o	
corpo	uterino	vira	pelo	avesso,	ou	seja,	inverte-se,	protraindo-se	
através	do	colo	do	útero	até	o	interior	da	vagina	ou	além	da	abertura	
vaginal.	 Geralmente,	 está	 associada	 à	 hemorragia	 intensa;	 por	
isso,	 as	 condutas	 devem	 ser	 realizadas,	 após	 o	 diagnóstico,	 de	
maneira	 adequada	 e	 imediata.	De	 acordo	 com	essa	 emergência	
de	parto,	classifique	V	para	as	sentenças	verdadeiras	e	F	para	as	
falsas:
( ) A inversão uterina pode ocorrer quando há muita pressão sobre o fundo 
uterino no parto ou quando é puxado o cordão umbilical, muitas vezes, 
com muita pressão, durante a dequitação da placenta que ainda não se 
descolou.
( ) Os fatores de risco são: bebê PIG, cordão longo, uso prolongado de 
ocitocina sintética ou sulfato de magnésio, primiparidade, anomalias 
uterinas, remoção manual da placenta e acretismo placentário.
( ) Para a resolução da inversão uterina, devem ser realizadas: a manobra 
de Taxe, que é a reposição correta do útero, de forma manual, com 
a	mão	 do	 profissional;	 a	 administração	 de	 uterolíticos;	 ou	 a	medida	
terapêutica cirúrgica.
29
Assistência de Enfermagem no Centro Obstétrico
Assinale	a	alternativa	que	apresenta	a	sequência	CORRETA:
a) ( ) V – F – F.
b)	 (X)	 V	–	F	–	V.
c) ( ) F – V – F.
d) ( ) F – F – V.
4	 Uma	 emergência	 de	 parto	 que	 deve	 ter	 uma	 conduta	 rápida	 é	 o	
prolapso	de	cordão,	caracterizado	pela	saída	do	cordão	à	frente	
da	apresentação,	sendo	que	é	possível	visualizar	o	cordão	dentro	
do	 colo	 uterino	 ou	 na	 vagina,	 uma	 vez	 que	 traz	 grande	 risco	 de	
complicações	à	saúde	do	feto	e	contribui	para	aumento	da	taxa	
de	mortalidade	materna.	Disserte	sobre	a	conduta	que	deve	ser	
tomada,	no	centro	obstétrico,	caso	o	profissional	de	Enfermagem,	
durante	uma	avaliação	de	toque	vaginal,	perceba	a	presença	de	
prolapso	de	cordão.
R.: É indicada, imediatamente, a cesariana, enquanto o dedo que fez a avaliação 
deve permanecer na vagina da mulher até o último minuto, quando estiver tudo 
preparado e a paciente, anestesiada e operada. Se possível, até organização 
da sala cirúrgica, a paciente deve ser mantida em posição genupeitoral ou 
decúbito	dorsal,	acentuado	cefalodeclive,	e	o	profissional	que	estiver	com	os	
dedos na vagina deve fazer uma pressão do polo de apresentação, evitando a 
piora da condição fetal. Tudo isso não deve demorar mais que 5 a 10 minutos 
até o nascimento por cesariana. Além disso, é necessário acalmar a paciente 
nesse momento, para que ela colabore com as condutas necessárias e não 
fique	agitada.
5	 Atualmente,	há	alguns	algoritmos,	propostos	por	diversos	autores,	
para	a	resolução	de	distócia	de	ombros	com	manobras	específicas,	
para	melhor	facilidade	e	organização	da	equipe	nessa	emergência.	
Considerando	 os	 benefícios	 associados	 aos	 partos	 em	 posição	
vertical	 e	 a	 necessidade	 de	 iniciar	 a	 conduta	 das	 manobras	
menos	 para	 as	 mais	 invasivas.	 O	 mnemônico	 “A  SAIDA”	 tem	
mostrado	 sucesso	 na	 maioria	 dos	 casos	 de	 distócia	 de	 ombros.	
Nesse	contexto,	disserte	sobre	o	passo	a	passo	da	“A	SAIDA”	no	
momento	do	diagnóstico	de	uma	distócia	de	ombros.
30
Assistência de Enfermagem no Centro Obstétrico
R.: “A: chamar ajuda, avisar parturiente, aumentar agachamento; S: pressão 
suprapúbica; A: alterar posição para quatro apoios (manobra de Gaskin); I: 
manobras internas (Rubin II, Wood, parafuso invertido); D: desprender ombro 
posterior; A: avaliarmanobras de resgate” (AMORIM et al., 2013, p. 115).
1	 Com	 base	 nas	 Recomendações assistenciais para prevenção, 
diagnóstico e tratamento da hemorragia obstétrica,	 da	 OPAS	
(2018),	 a	 estratégia	 0MMxH	 foi	 criada	 para	 prevenção	 da	
mortalidade	 materna	 por	 hemorragia	 pós-evento	 obstétrico	
e	 para	 fortalecer	 as	 capacidades	 dos	 profissionais	 da	 área	 da	
saúde	em	habilidades	para	controle	das	emergências	obstétricas	
hemorrágicas,	 visto	 que	 profissionais	 capacitados,	 treinados	 e	
atualizados	atingem	os	objetivos,	eliminando	as	barreiras	de	acesso	
a	qualidade	da	assistência	durante	a	HPP.	Sobre	os	conhecimentos	
e	técnicas	de	HPP,	assinale	a	alternativa	CORRETA:
Fonte: OPAS – ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE. Recomendações assis-
tenciais para prevenção, diagnóstico e tratamento da hemorragia obstétrica. 
Brasília: OPAS, 2018. Disponível em: http://twixar.me/y9Qm. Acesso em: 8 set. 2022.
a)	 (			)	 Define-se	hemorragia	pós-parto	quando	há	a	perda	sanguínea	acima	
de	500	mL	após	cesariana	ou	acima	de	1.000 mL	após	parto	normal	
nas	primeiras	24 horas.
b)	 (			)	 Uma	 das	 definições	 da	 hemorragia	 pós-parto	 maciça	 é	 o	
sangramento,	após	24	horas	do	parto	vaginal,	superior	a	2.000 mL.
c)	 (X)	 A	classificação	de	hemorragia	pós-parto	primária	é,	basica-
mente,	aquela	que	ocorre	nas	primeiras	24	horas	após	o	parto.
d)	 (			)	 Entre	 as	 causas	 específicas	 da	 hemorragia	 pós-parto	 primária,	
estão: atonia uterina, trauma no canal do parto, infecção puerperal 
e doença trofoblástica gestacional.
2	 As	condutas	ativa	e	de	prevenção	de	HPP,	após	o	parto,	no	período	de	
dequitação	da	placenta,	são	intervenções	dirigidas	para	facilitar	
a	saída	da	placenta	pelo	aumento	da	contratilidade	uterina	e	para	
31
Assistência de Enfermagem no Centro Obstétrico
evitar	 a	hemorragia	pós-parto	por	uma	atonia	uterina.	Com	 base	
nas	medidas	de	prevenção	da	HPP	que	devem	ser	incorporadas	na	
rotina	de	todos	os	profissionais	do	parto,	analise	as	sentenças	a	
seguir:
I- O uso universal da ocitocina após o parto é recomendado, sendo 
administrada	10 UI,	via	intramuscular,	em	todos	os	partos,	logo	após	o	
nascimento.
II- O clampeamento oportuno do cordão umbilical também é uma medida de 
prevenção da HPP, sendo recomendado o clampeamento nos primeiros 
30 segundos após o nascimento do bebê.
III- A tração controlada do cordão umbilical, realizando, em conjunto com 
manobras	 específicas	 para	 estabilização	 uterina,	 é	 uma	medida	 que	
pode	 ajudar	 para	 evitar	 HPP,	 sendo	 que	 qualquer	 profissional	 pode	
realizar essa medida, não sendo necessário o conhecimento prévio.
Assinale	a	alternativa	CORRETA:
a) ( ) As sentenças II e III estão corretas.
b) ( ) Somente a sentença II está correta.
c) ( ) As sentenças I e II estão corretas.
d)	(X)	 Somente	a	sentença	I	está	correta.
3	 Alguns	 autores	 consideram	 placenta	 retida	 quando	 o	 terceiro	
período	não	se	completou	decorridos	30	minutos	do	parto	fetal.	Já	
a	retenção	de	cotilédones	pode	ocorrer	no	momento	da	extração	
manual	 da	 placenta,	 quando	 há	 zonas	 de	 acretização,	 e,	 nesse	
caso,	 os	 fragmentos	 placentários	 impedem	 a	 oclusão	 dos	 vasos	
uterinos	e	sua	involução,	ocasionando,	assim,	uma	HPP	por	tecido.	
De	acordo	com	a	HPP	por	retenção	placentária,	classifique	V	para	as	
sentenças	verdadeiras	e	F	para	as	falsas:
( ) Os casos de cesarianas e de acretismo placentário são fatores que 
aumentam o risco de uma HPP por retenção placentária.
( ) Quando a placenta não se desprende do útero no tempo adequado, 
pode ser necessária a extração manual da placenta.
32
Assistência de Enfermagem no Centro Obstétrico
( ) Quando há restos de tecidos placentários, pedaços de cotilédones, que 
ficaram	retidos	no	útero,	a	abordagem	adequada	seria	a	realização	de	
curetagem.
Assinale	a	alternativa	que	apresenta	a	sequência	CORRETA:
a) ( ) V – V – F.
b)	 (X)	 V	–	V	–	V.
c) ( ) F – V – V.
d) ( ) V – F – V.
4	 A	 existência	 do	 mnemônico	 “4Ts”	 mostra	 as	 quatro	 principais	
causas	de	hemorragia	pós-parto,	uma	vez	que	há	a	possibilidade	
de	existir	mais	do	que	um	fator	causador	da	HPP.	A	“hora	de	ouro”	
foi	adotada	para	evitar	atrasos	no	diagnóstico	da	HPP,	bem	como	as	
condutas	que	devem	ser	tomadas	imediatamente	para	controle	de	
sangramento,	diante	da	origem	dele.	Descreva	quais	são	os	“4Ts”	
e	as	causas	específicas	de	HPP.
R.: 
• Tônus: causa atonia uterina.
• Trauma: causa lacerações, hematomas, inversão e rotura uterina.
• Tecido: causa retenção de tecido placentário, coágulos e acretismo placen-
tário.
• Trombina: causa coagulopatias congênitas ou adquiridas, uso de medica-
mentos anticoagulantes.
5	 Segundo	a	OPAS	(2018,	p.	9),	“O	diagnóstico	precoce	e	a	execução	
das	 ações	 de	 controle	 do	 sangramento,	 de	 forma	 sequenciada,	
consciente,	correta	e	sem	perda	de	tempo,	devem	ser	objetivos	da	
abordagem	de	um	quadro	de	HPP”.	Nesse	contexto,	o	enfermeiro	
pode	identificar	os	fatores	de	risco	para	HPP?	Quais	são	as	ações	
que	devem	ser	realizadas	para	conter	a	HPP?
Fonte: OPAS – ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE. Recomendações assis-
tenciais para prevenção, diagnóstico e tratamento da hemorragia obstétrica. 
Brasília: OPAS, 2018. Disponível em:http://twixar.me/y9Qm. Acesso em: 8 set. 2022.
33
Assistência de Enfermagem no Centro Obstétrico
R.: A realização de um exame físico detalhado e a anamnese da paciente 
durante as consultas pré-natais e, principalmente, no parto e no período 
pós-parto	fazem	a	diferença	da	 identificação	de	fatores	de	 risco	para	HPP.	
As puérperas do centro obstétrico da instituição hospitalar que apresentarem 
sangramento vaginal importante e/ou sinais de instabilidade hemodinâmica 
devem ser imediatamente encaminhadas para o atendimento de emergência, 
com risco de choque hipovolêmico; nesse caso, a monitoração da paciente 
deve ser realizada e as abordagens para controle da HPP devem ser feitas de 
forma ágil. Após o parto, devem ser tomadas as medidas preventivas de HPP, 
como o uso universal de ocitocina após o parto.
Os procedimentos para controle de HPP incluem: massagem uterina bimanual, 
realização de acesso venoso calibroso, administração de drogas uterotônicas, 
reposição de volemia e hemoderivado, se necessário. Se útero estiver contraído 
e a hemorragia continuar, deve ser realizada a revisão do canal do parto para 
possível HPP por trauma e, se houver retenção de tecidos placentários, resolver 
com curetagem. A histerectomia seria a última opção para HPP grave.
TÓPICO	6	
	1	 Atualmente,	 as	 indicações	 de	 cesárea,	 na	 grande	 maioria	 dos	
casos,	 são	 indicações	 obsoletas	 e	 sem	 base	 científica.	 Alguns	
fatores	podem	explicar	o	aumento	na	taxa	de	cesarianas,	como	
a	 medicina	 defensiva.	 Hoje,	 as	 indicações	 são	 divididas	 por	
indicações	de	causa	materna	ou	de	causa	fetal.	Sobre	as	indicações	
para	a	cesárea,	assinale	a	alternativa	CORRETA:
a) ( ) São indicações reais: prolapso de cordão, herpes genital sem lesão 
ativa no dia do parto e pelve materna pequena.
b)	 (X)	 São	indicações	reais,	que	podem	ocorrer	durante	o	trabalho	
de	parto,	mas	que	devem	ser	diagnosticadas	de	forma	correta	
e	 com	 atenção:	 DCP,	 sofrimento	 fetal	 agudo	 e	 parada	 da	
progressão	do	parto.
34
Assistência de Enfermagem no Centro Obstétrico
c) ( ) O HIV e a apresentação fetal pélvica são indicações absolutas de 
cesariana, sem a possibilidade de realizar alguma estratégia antes 
para viabilizar o parto normal.
d) ( ) Mulher que tem a pelve pequena, que seja muito magra ou se o 
bebê for muito grande e a mulher obesa são fatores que já indicam 
a realização de cesariana.
2	 Sobre	 as	 taxas	 de	 cesarianas,	 é	 salientado	 que	 “a	 cesárea	 pode	
causar	 complicações	 significativas	 e	 às	 vezes	 permanentes,	
assim	 como	 sequelas	 ou	 morte,	 especialmente	 em	 locais	 sem	
infraestrutura	 e/ou	 capacidade	 de	 realizar	 cirurgias	 de	 forma	
segura	e	de	tratar	complicações	pós-operatórias”	(OMS,	2015,	p.	
1).	Com	basenas	complicações	da	cesariana,	analise	as	sentenças	
a	seguir:
Fonte: OMS. Declaração da OMS sobre Taxas de Cesáreas. Genève: OMS, 2015. 
Disponível em: http://twixar.me/x9Qm. Acesso em: 8 set. 2022.
I- A complicação mais incidente, durante a cesariana, e que aumenta 
os riscos quando a gestante tem cesarianas anteriores é o acretismo 
placentário.
II- As lesões pulmonares podem acontecer com frequência nas cirurgias 
ginecológicas,	especificamente	com	maior	risco	na	cesariana.
III- A temida rotura uterina é uma complicação que pode ocorrer durante 
a cesariana e que aumenta o risco quando a gestante tem cesarianas 
prévias.
Assinale	a	alternativa	CORRETA:
a)	 (X)	 As	sentenças	I	e	III	estão	corretas.
b) ( ) Somente a sentença I está correta.
c) ( ) As sentenças II e III estão corretas.
d) ( ) Somente a sentença III está correta.
3	 Sendo	 uma	 cirurgia	 bastante	 comum	 na	 área	 da	 obstetrícia,	 a	
técnica	para	a	operação	da	cesariana	deve	se	basear	em	alguns	
fatores:	a	segurança	da	mulher,	o	custo	do	procedimento,	o	tempo	
que	irá	levar,	a	perda	de	sangue	e,	também,	o	risco	de	infecção	na	
ferida	cirúrgica.	A	equipe	deve	estar	capacitada	e	familiarizada	
35
Assistência de Enfermagem no Centro Obstétrico
com	 a	 técnica	 escolhida,	 para	 oferecer	 uma	 assistência	 de	
qualidade	para	a	mulher.	De	acordo	com	as	técnicas	de	 incisão	
para	 a	 realização	 de	 uma	 cesariana,	 classifique	 V	 para	 as	
sentenças	verdadeiras	e	F	para	as	falsas:
( ) Atualmente, a técnica mais utilizada é a incisão longitudinal, vertical 
infraumbilical.
( ) A incisão de Pfannenstiel, conhecida como a incisão transversa, 
é a técnica de preferência entre os obstetras, sendo considerada, 
atualmente, a mais segura e confortável para a mulher.
( ) Após a extração do feto e da placenta, é realizada a sutura e a 
histerectomia, com pontos separados ou contínuos, sendo a pele, 
preferencialmente, fechada com sutura contínua intradérmica.
Assinale	a	alternativa	que	apresenta	a	sequência	CORRETA:
a) ( ) V – F – F.
b) ( ) V – F – V.
c)	 (X)	 F	–	V	–	F.
d) ( ) F – F – V.
4	 O	 uso	 da	 classificação	 de	 Robson	 é	 recomendado	 pela	 OMS,	
pois	 permite	 a	 comparação/análise	 das	 taxas	 de	 cesáreas	
entre	 esses	 grupos,	 podendo,	 assim,	 monitorar	 as	 taxas	 de	
cesarianas	nas	instituições	hospitalares.	Diante	disso,	quais	são	
as	 características	 dos	 grupos	 observados	 na	 classificação	 de	
Robson	e	como	esta	classificação	deve	ser	realizada?
R.: Os grupos são criados a partir de cinco características obstétricas 
coletadas de rotina em todas as maternidades: paridade (nulípara ou 
multípara com e sem cesárea anterior); início do parto (espontâneo, 
induzido ou cesárea antes do início do trabalho de parto); idade gestacional 
(pré-termo ou termo); apresentação/situação fetal (cefálica, pélvica ou 
transversa); e número de fetos (único ou múltiplo).
A	 classificação	 é	 simples,	 robusta,	 reproduzível,	 clinicamente	 relevante	
e	prospectiva,	 o	 que	 significa	que	 todas	 as	gestantes	 internadas	para	 o	
parto	 podem	 ser	 imediatamente	 classificadas	 em	 um	 dos	 dez	 grupos,	
usando	apenas	algumas	características	básicas.	A	classificação	permite	a	
comparação e a análise das taxas de cesáreas dentro e entre esses grupos.
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Assistência de Enfermagem no Centro Obstétrico
5	 Alguns	aspectos	são	imprescindíveis	na	assistência	prestada	pelo	
enfermeiro	na	cesariana,	como	o	consentimento	livre	e	informado	
da	mulher,	a	garantia	de	indicação	clínica	da	cesariana	e	também	
a	 oferta	 de	 apoio	 emocional	 para	 a	 mulher.	 Disserte	 sobre	 os	
cuidados	técnicos	específicos	da	assistência	do	enfermeiro	nos	
períodos	pré	e	pós-operatório	da	cirurgia	de	cesariana.
R.:	 São	 cuidados	 técnicos	 específicos	 da	 assistência	 do	 enfermeiro	 nos	
períodos pré e pós-operatório da cirurgia de cesariana:
• Educação à paciente: informar sobre o procedimento, as indicações, os 
riscos e a recuperação.
• Administração dos medicamentos anestésicos: conforme prescrição 
médica.
• Preparo intestinal: não está mais recomendado antes da realização da 
cesariana, devido ao alto desconforto materno.
• Jejum: estudos atuais mostram que não há aumento de complicações 
devido ao jejum curto e, por isso, encoraja-se que as gestantes ingiram 
líquidos claros, com um tempo mínimo de 2 horas antes da cesariana, e 
realizem refeições leves até 6 horas antes.
•	 Antibioticoterapia	 profilática:	 administrada	 30	 a	 60	minutos	 antes	 de	
cesariana, conforme prescrição médica.
• Preparo da pele: utilizar solução de clorexidina alcoólica na região da 
cirurgia.
• Monitorização dos sinais vitais: em monitor de sinais vitais, bem como 
controle da temperatura.
•	 Manejo	de	fluidos:	manter	a	reposição	de	volemia	conforme	prescrição	
médica.
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Assistência de Enfermagem no Centro Obstétrico
UNIDADE 3
1	 Com	base	na	Sistematização	da	Assistência	de	Enfermagem	(SAE)	
no	 centro	 obstétrico	 para	 gestantes	 e	 puérperas,	 é	 importante	
ressaltar	a	vasta	opção	de	planos	de	cuidados,	de	acordo	com	as	reais	
necessidades	da	mulher.	Por	isso,	a	importância	da	realização	de	
uma	boa	anamnese,	um	exame	físico	e	a	formação	do	diagnóstico	
de	Enfermagem,	para,	então,	planejar	as	ações,	 implementá-las	
e	avaliá-las.	Sobre	a	SAE	para	a	gestante	e	puérpera,	assinale	a	
alternativa	INCORRETA:
a)	 (			)	 Podem	ser	identificados	alguns	diagnósticos	de	Enfermagem	no	centro	
obstétrico, como contração uterina normal, dor de trabalho de 
parto, medo do trabalho de parto, fadiga, expulsão uterina fetal sem 
distócias ou intercorrências, laceração do períneo ou vagina e corte 
na região médio-lateral do períneo.
b)	 (X)	 As	 alterações	 orgânicas	 desencadeadas	 na	 mulher,	 enquanto	
gestante,	parturiente	e	puérpera,	promovem	necessidades	que	
são	prioritárias	na	assistência	de	Enfermagem.	Nesse	sentido,	
as	 necessidades	 psicossociais	 e	 psicoespirituais	 podem	 ser	
negligenciadas.
c) ( ) Dentro do centro obstétrico, quando avaliado, na parturiente, o 
fator “dor” é um dos diagnósticos mais frequentes nas mulheres em 
trabalho de parto.
d) ( ) O primeiro passo no pré-parto é a realização do exame físico e da 
anamnese da gestante; para facilitar essa etapa, pode ser utilizado 
um instrumento de coleta de dados.
2	 O	planejamento	de	ações,	a	partir	do	diagnóstico	de	Enfermagem,	
para	a	gestante	e	a	parturiente,	faz	parte	da	SAE.	O	enfermeiro	
deve	estar	atento	às	taxonomias,	aos	resultados	esperados	e	às	
intervenções	 que	 irá	 prescrever	 para	 a	 equipe	 de	 Enfermagem	
pôr	em	prática.	Diante	disso,	analise	as	sentenças	a	seguir:
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Assistência de Enfermagem no Centro Obstétrico
I- Para o diagnóstico de Enfermagem de contração uterina normal, algumas 
intervenções de Enfermagem são: avaliar a dinâmica uterina da ges-
tante, descartando alterações como taquissistolia ou hipertonia uterina, 
monitorar o batimento cardíaco fetal durante e fora das contrações.
II- Para o diagnóstico de Enfermagem de medo do trabalho de parto, algu-
mas intervenções de Enfermagem são: conversar com a gestante usando 
uma abordagem calma e segura, explicar os mecanismos do parto, per-
mitir a presença do acompanhante durante o processo de parturição e 
oferecer terapias alternativas, para auxiliar no relaxamento e na auto-
confiança	materna.
III- Para o diagnóstico de Enfermagem de laceração do períneo, algumas 
intervenções de Enfermagem são: avaliar o canal de parto antes da 
expulsão da placenta, realizar a sutura da laceração, sem a necessidade 
de anestésico local, e orientar sobre a higiene da vulva.
Assinale	a	alternativa	CORRETA:
a)	 (X)	 As	sentenças	I	e	II	estão	corretas.
b) ( ) Somente a sentença III está correta.
c) ( ) As sentenças II e III estão corretas.
d) ( ) Somente a sentença I está correta.
3	 Sendo	a	Enfermagem	uma	das	profissões	que	tem	um	maior	número	
de	 profissionais	 e	 equipes	 dentro	 de	 uma	 instituição	 hospitalar,	
é	 importante	a	 realização	de	um	bom	gerenciamento.	Dentro

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