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04/09/2013 1 Universidade Federal de Santa Catarina Centro tecnológico Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental ENS 5106 - Saneamento Prof. Dr. Flávio Rubens Lapolli Mestranda Fernanda Caldeira de A. Poersch Tratamento de água de abastecimento Água para consumo humano: Importância da água Água potável Atende ao padrão de potabilidade e não oferece risco à saúde; Destinada à ingestão, preparação e produção de alimentos e à higiene pessoal Cap. II - Art. 5° - Portaria MS n° 2914/2011 Higiênicas – remoção de microorganismos, substâncias venenosas ou nocivas, redução de elevados compostos orgânicos; Estéticas – correção de cor, odor e sabor; Econômicas – redução da corrosividade, dureza, cor, turbidez, ferro e manganês. Finalidade do tratamento de água Vias de transmissão Principais doenças e agravos Água Ingestão Contato Vírus Bactérias Parasitas Protozoários Toxinas Subst. químicas Cólera, febres tifóide e paratifóide, amebíase, diarréia e gastroenterites, hepatites virais, helmintíases, outras doenças infecciosas e parasitárias, esquistossomose. Intoxicações diversas, neoplasias, etc. Doenças de transmissão hídrica Físicas: pouca importância do ponto de vista sanitário, mas podem ser determinantes na escolha da tecnologia de tratamento ou condicionamento dos processos e operações na ETA. Químicas: muito importantes para o tratamento a presença de alguns elementos ou compostos químicos na água bruta pode inviabilizar o uso de certas tecnologias e exigir tratamentos específicos. Biológicas: muito importantes do ponto de vista sanitário impacto na saúde da população. Características das águas Influência organoléptica água quente é desagradável ao paladar; Acelera ou retarda a atividade biológica proliferação de microrganismos e algas; Alteração na solubilidade do O2 e do CO2 na água e precipitações de alguns compostos; Influência em diferentes etapas do tratamento de água. Temperatura Características físicas das águas 04/09/2013 2 Presença de substâncias dissolvidas de natureza orgânica (ácidos húmicos e fúlvicos) problemas estéticos presença de ferro e manganês (principalmente águas subterrâneas) Presença de resíduos industriais corantes. Cor Cor aparente: devido a presença de substâncias dissolvidas e substâncias em suspensão; Cor verdadeira: somente substâncias dissolvidas (após filtração). Características físicas das águas Concentração de partículas suspensas na água (areia, argila, matéria orgânica, silte, partículas coloidais, plâncton, etc.) Águas superficiais: 1 a 1000 uT Água límpida (época de estiagem) Água turva (época das chuvas) Turbidez Características físicas das águas Sensações subjetivas matéria excretada por algumas espécies (microalgas e cianobactérias); substâncias dissolvidas (gases, fenóis, clorofenóis, etc.); e, em alguns casos, do lançamento de despejos nos cursos d’água. Capacidade que tem a água de conduzir corrente elétrica devido a presença de minerais estimativa rápida da quantidade de sólidos dissolvidos presentes na água (entre 50 e 500 µS.cm-1). Sabor e Odor Condutividade elétrica Características físicas das águas SDT: Sólidos Dissolvidos Totais Sais inorgânicos e pequenas quantidades de matéria orgânica. Principais constituintes: cálcio, magnésio, sódio, potássio, carbonato, cloreto, sulfato e nitrato escoamento superficial em áreas agrícolas e por descarga de águas residuárias. Concentração: de 10 mg/L a 6.000 mg/L. Corrosão e incrustação nas tubulações da rede de distribuição e alteração na cinética da coagulação. Sólidos Características físicas das águas SDT: Sólidos Suspensos Totais Partículas com mais de 1 µm; Influência em algumas tecnologias de tratamento de água; Não são considerados na Portaria nº 2914/2011 importante para quantificar o lodo produzido nos sistemas de tratamento. Sólidos Características físicas das águas pH Parâmetro importante nas etapas de coagulação, floculação, desinfecção e controle da corrosão: águas com pH baixo: tendem a ser corrosivas ou agressivas à certos metais e paredes de concreto; águas com pH elevado: tendem a formar incrustações; pH em águas naturais: 6,0 a 8,5. Características químicas das águas 04/09/2013 3 Alcalinidade Minimiza variações bruscas de pH - expressa em mg/L CaCO3; Presença de bicarbonatos, carbonatos ou hidróxidos. Não tem significado sanitário. Influência na coagulação química. Águas superficiais (Brasil): ~ 100 mg/L de CaCO3 Significância devido a capacidade de corrosão das redes de distribuição. Acidez Características químicas das águas Dureza Soma de cátions multivalentes presentes na água mg CaCO3.L-1. De acordo com a dureza a água pode ser: - Mole ou branda: < 50 mg CaCO3/L; - Dureza moderada: 50 a 150 mg CaCO3/L; - Dura: 150 a 300 mg CaCO3/L; - Muito dura: > 300 mg CaCO3/L. Indústrias: incrustação nos sistemas de resfriamento e calefação; maior consumo de detergentes dificuldade da água dura em formar espuma; Pouco significado do ponto de vista sanitário. Características químicas das águas Ferro e Manganês Tem pouco significado sanitário, no entanto confere à água sabor metálico e coloração amarelada, provoca incrustações em tubulações e proliferação de ferrobactérias (aumentam a demanda de desinfetante). Características químicas das águas Cloretos e Sulfatos Cloretos: Confere sabor salino à água. Indicativo de poluição por esgotos domésticos. Aumento da condutividade elétrica da água e capacidade de corrosão dos metais na tubulação aumento da concentração de metais na água. Sulfatos: Teores elevados indicam descarga de despejos (indústria química) ou contribuição atmosférica (queima de combustíveis fósseis). Concentrações elevadas na água (600 mg/L): desidratação, irritação gastrintestinal e efeitos laxativos. Pode gerar odor na água e corrosão dos sistemas de distribuição. Características químicas das águas Oxigênio Dissolvido Dependente das características físicas, químicas e biológicas da água. Avaliar a poluição dos corpos d’água; Determinar a eficiência de processos de tratamento por aeração; Estabelecer o grau de corrosão nos sistemas de distribuição; Quantificar o desempenho da atividade biológica de filtros lentos. Características químicas das águas Nitrato, nitrito e nitrogênio amoniacal Indicadores de poluição ou contaminação por matéria orgânica (águas residuárias, fertilizantes, etc.) Elevada concentração de nitrato na água de abastecimento metahemoglobinemia Nit. Amoniacal: < 0,2 mg/L (água subterrânea) até 12 mg/L (água superficial) Nitrato: < 2,0 mg/L (água subterrânea) até 20 mg/L (água superficial) Características químicas das águas 04/09/2013 4 Relacionada com a presença de microrganismos na água que podem gerar impacto agudo à saúde da população. Bactérias: coliformes totais, Escherichia coli, coliformes termotolerantes e bactérias heterotróficas. Colônia de coliformes Escherichia coli Coliformes fecais Características biológicas das águas Protozoários: Giardia e Cryptosporidium Vírus: enterovírus, rotavírus, adenovírus enterovírus rotavírus Características biológicas das águas 1 m 10-3 m Partículascoloidais Partículas em suspensão Partículas dissolvidas Turbidez Cor aparente SST Cor verdadeira SDT Compostos dissolvidos 0,45 m Distribuição de tamanhos de partículas em águas naturais 1 m 10-3 m Partículas coloidais Partículas em suspensão Partículas dissolvidas Tratamento convencional e suas variantes: Filtração direta; Filtração lenta. Processos de membrana Osmose reversa Nanofiltração Distribuição de tamanhos de partículas em águas naturais ÁGUA PARA O CONSUMO HUMANO Características biológicas Características físicas Características químicas Características radiológicas Características biológicas Características físicas Características químicas Características radiológicas TRATAMENTO EXPERIMENTOS EM ESCALA DE BANCADA E PILOTO ATENDER AO PADRÃO DE POTABILIDADE DA PORTARIA DO MS N° 2.914 DE 2011 Padrões de aceitação para consumo humano Portaria MS nº 2914/2011 Parâmetro Valor máximo permitido (VMP) Alumínio (mg/L) 0,2 Amônia (NH3) (mg/L) 1,5 Cloreto e Sulfato (mg/L) 250,0 Cor Aparente (uH - unidade Hazen) 15,0 Dureza (mg/L) 500,0 Ferro (mg/L) 0,3 Manganês (mg/L) 0,1 Odor e Gosto Não objetável Sólidos dissolvidos totais (mg/L) 1.000 Surfactantes (mg/L) 0,5 Turbidez (uT - unidade de turbidez) 5,0 Microcistina (µg/L) 1,0 Coliformes Ausência 04/09/2013 5 Sistema de abastecimento de águas Qualidade bacteriológica e físico-química do manancial; Custo de tratamento; Presença de mata ciliar ou nativa nas margens do manancial; Vazão do manancial, especialmente no período de seca; Capacidade (em dias ou horas) do manancial recuperar a sua turbidez e cor originais, no período chuvoso; Profundidade do manancial e facilidade de captação. Escolha do manancial de abastecimento Classificação das Águas – CONAMA n° 357/2005 Águas doces Águas salobras Águas salinas Classe especial: destinadas ao consumo humano após desinfecção. Classe I: destinadas ao consumo humano após tratamento simplificado. Classe II: destinadas ao consumo humano após tratamento convencional. Classe III: destinadas ao consumo humano após tratamento convencional ou avançado. Classe IV: destinadas à navegação e harmonia paisagística. Desinfecção Dióxido de cloro Cloramida Ozônio Cloro Desinfecção Coagulação Floculação Filtração Desinfecção Filtração Direta Coagulação Floculação Decantação ou Flotação Filtração Desinfecção Trat. Convencional Filtração lenta Filtração em margem Tratamentos Complementares Adsorção CAP Adsorção CAG Adsorção CAG 2 1 3 4 Tecnologias de tratamento de água Pode ser o único tratamento antes da desinfecção; Diminuir o consumo de produtos químicos na desinfecção e na coagulação das águas; Diminuir os custos de operação das ETAs; Diminui os processos de tratamento; Diminui a formação de subprodutos; Menor variação da temperatura da água. Filtração em margem Opcional Indicados para potabilização de águas com excelente qualidade; Águas com turbidez e cor < 40 ntu; Operação simples, indicada para pequenas comunidades (<10.000 habitantes); Sem adição de produtos químicos; Exigem áreas grandes e processo de limpeza trabalhoso; Processo de filtração predominantemente biológico, com boa capacidade na remoção de microorganismos patogênicos e turbidez. Filtração lenta 04/09/2013 6 Custo de implantação e operação menor do que tratamento convencional; Exige controle rigoroso de dosagem de produtos químicos; Pode ser utilizada, segundo Culp, quando a turbidez e cor forem ambas < 25 unidades; Filtração direta Indicado para potabilização de águas com menor qualidade. Capacidade de absorver as variações na qualidade da água bruta; Processo que exige mão de obra especializada; Maior custo de implantação, operação e manutenção. Tratamento convencional Manancial Coagulação Floculação Sedimentação/ Flotação Filtração Desinfecção Fluoretação Etapas: Coagulação da água bruta com sais de ferro ou alumínio formação de precipitados do coagulante aprisionamento das impurezas Água final Tratamento convencional Manancial Coagulação Floculação Sedimentação/ Flotação Filtração Desinfecção Fluoretação Etapas: Agregação dos flocos até tamanho e massa específica suficientes para serem removidos pela sedimentação/flotação. Água final Tratamento convencional Manancial Coagulação Floculação Sedimentação/ Flotação Filtração Desinfecção Fluoretação Etapas: Decantação ou flotação do material floculado decantadores/flotadores Água final Tratamento convencional Manancial Coagulação Floculação Sedimentação/ Flotação Filtração Desinfecção Fluoretação Etapas: Remoção de material remanescente na água clarificada Água final Tratamento convencional 04/09/2013 7 Coagulação e floculação Finalidade da coagulação e floculação: Transformar as impurezas que se encontram em suspensão fina, em estado coloidal ou em solução; Bactérias, protozoários e/ou plancton, em partículas maiores (flocos) para que possam ser removidas por sedimentação ou flotação, e/ou filtração. • Coagulação processo químico : Processo através do qual os coagulantes são adicionados à água, reduzindo as forças que tendem a manter separadas as partículas coloidais (desestabilização ou neutralização). • Floculação processo físico : Aglomeração das partículas por efeito de transporte de líquido, de modo a formar partículas maiores e mais densas, que possam sedimentar por gravidade. Coagulação e floculação + + + Água bruta Coagulação Floculação Al(OH)3(p) Al x (OH)y n+ Produtos químicos Sólidos incipientes ou espécies hidrolisadas solúveis Mistura lenta Mistura rápida Coagulação e floculação Mecanismos de coagulação: adsorção e neutralização de cargas Coagulação Mecanismos de coagulação: varredura Coagulação O processo de coagulação é muito rápido, variando desde décimos de segundos à cerca de 100 segundos e altamente dependente das características da água bruta. Fatores que influenciam na coagulação • Alcalinidade e pH da água; • Natureza e distribuição das partículas causadoras de cor e turbidez; • Tipo e concentração do coagulante; • Necessidade de auxiliares de coagulação. Coagulação 04/09/2013 8 Coagulantes Características Faixa de pH Sulfato de alumínio Sólido ou líquido. Fácil de transportar e de manejar. Baixo Custo. 5,0 a 8,0 Sulfato ferroso Sólido ou líquido. Utilizado para tratar águas que apresentem pH elevado. 8,5 a 11,0 Sulfato férrico Líquido. Utilizado para o tratamento de águas altamente coloridas ou ácidas 5,0 a 11,0 Cloreto férrico Líquido. Produz bons flocos em amplo intervalo de pH. 5,0 a 11,0 COAGULANTES MAIS UTILIZADOS NO BRASIL Coagulação Fatores que influenciam na coagulação Necessidade de auxiliares de coagulação; Auxiliares de coagulação são materiais adicionados para aperfeiçoar o processo de coagulação corrigir o pH, elevar a velocidade de sedimentação e a resistência dos flocos formados. • Cal Hidratada; • Cal Virgem; • Barrilha; • Soda Cáustica. Argilas (bentonita, caulinita); Silicato de sódio; Precipitado puro de carbonato de cálcio; Diatomita; Areia fina; Carvão ativado em pó. Coagulação Coagulação Jar Test Objetivo: obter o ponto ótimo de trabalho – dosagem de coagulante, pH de coagulação e tempo e gradiente de mistura. Coagulação Dosagens de coagulantes geralmente empregados no tratamento de águas de abastecimento Sulfato de alumínio 5 mg/L a 100 mg/L; Cloreto férrico 5 mg/L a 70 mg/L; Sulfato férrico 8 mg/L a 80 mg/L; Coagulantes orgânicos catiônicos 1 mg/L a 4 mg/L. DISPOSITIVOS MECÂNICOS Calhas Parshall; Vertedores retangulares; Malhas difusoras; Injetores. Turbinas; Pás; Hélice propulsora. DISPOSITIVOS HIDRAULICOS Coagulação DISPOSITIVOS DE COAGULAÇÃO MISTURADORES RÁPIDOS Calha Parshall: mede a vazão e promove a mistura rápida; Processos hidráulicos de coagulação 04/09/2013 9 Processos hidráulicos de coagulação Dimensões padronizadas de Calha Parshall Dimensões do vertedor Parshall (cm) Vazão (L/s) W A B C D E F G K N 2,5 36,3 35,6 9,3 16,8 22,9 7,6 20,3 1,9 2,9 0,3 a 0,5 7,6 46,6 45,7 17,8 25,9 45,7 15,2 30,5 2,5 5,7 0,8 a 53,8 15,2 61,0 61,0 39,4 40,3 61,0 30,5 61,0 7,6 11,4 1,4 a 110,4 22,9 88,0 86,4 38,0 57,5 76,3 30,5 45,7 7,6 11,4 2,5 a 252,0 30,5 137,2 34,4 61,0 84,5 91,5 61,0 91,5 7,6 22,9 3,1 a 455,9 45,7 144,9 42,0 76,2 102,6 91,5 61,0 91,5 7,6 22,9 4,2 a 696,6 61,0 152,5 49,6 91,5 120,7 91,5 61,0 91,5 7,6 22,9 11,9 a 937,3 91,5 167,7 64,5 122,0 157,2 91,5 61,0 91,5 7,6 22,9 17,3 a 1427,2 122,0 183,0 79,5 152,5 193,8 91,5 61,0 91,5 7,6 22,9 36,8 a 1922,7 152,5 198,3 94,1 183,0 230,3 91,5 61,0 91,5 7,6 22,9 45,3 a 2423,9 183,0 213,5 209,0 213,5 266,7 91,5 61,0 91,5 7,6 22,9 73,6 a 2939,8 213,5 228,8 224,0 244,0 303,0 91,5 61,0 91,5 7,6 22,9 85,0 a 3437,7 244,0 244,0 239,2 239,2 349,0 91,5 61,0 91,5 7,6 22,9 99,1 a 3950,2 305,0 274,5 427,0 427,0 475,9 122,0 91,5 183,0 15,3 34,3 200,0 a 5660,0 Dispositivo hidráulico: Vertedores retangulares Processos hidráulicos de coagulação Dispositivo hidráulico: Vertedores retangulares Processos hidráulicos de coagulação Dispositivo hidráulico: Malha Difusora • Malha de tubos perfurados que aumenta o número de pontos de aplicação do coagulante, melhorando a sua dispersão. • Muito eficiente, mas relativamente caras e de difícil manutenção. Não desempenham papel de medidor de vazão. Processos hidráulicos de coagulação • A mistura rápida mecanizada é melhor realizada por meio de agitadores tipo turbina, que produzem movimentos em um líquido através do movimento rotativo dos impulsores. • A potência útil introduzida na água depende do volume e forma da câmara de mistura e da velocidade de rotação. Processos mecânicos de coagulação Floculação 04/09/2013 10 Floculação Na floculação, as partículas desestabilizadas na coagulação são aglutinadas umas com as outras e com o floculante formando os flocos,que serão posteriormente removidos de forma física. Agitação lenta 20 a 40 minutos. Floculação • Para propiciar condições favoráveis ao choque entre elas, a agitação é inicialmente maior. Gradiente de velocidade • Os flocos se formarão em poucos minutos, se tornando menos numerosos e mais volumosos. • A intensidade da agitação deverá ser reduzida com o tempo, para não romper os flocos grandes. • Os flocos continuarão crescendo ao longo do processo de agitação. Floculação HIDRÁULICOS Chicanas : Escoamento Horizontal; Escoamento Vertical. Alabama (pouco usado) MECÂNICOS Rotativos: Eixo Vertical; Eixo Horizontal. Floculação Floculadores Hidraúlicos Chicanas: Podem ser horizontais ou verticais. Embora assegurem maior homogeneidade à mistura da água em tratamento, apresentam como desvantagem o grande número de compartimentos. A energia para promover a floculação em canais com chicanas decorre da perda de carga nas voltas. Chicanas Verticais: A água percorre o floculador em movimentos sucessivamente ascendentes e descendentes. Chicanas Horizontais: A água percorre o floculador em movimentos horizontais de “zigue-zague” Chicanas horizontais: Pequena profundidade maior área em planta; Recomendada somente para o tratamento de vazões mais elevadas (> 40 L/s); Velocidade média de escoamento da água em seu interior superior a 0,10 m/s. Floculação Floculadores Hidraúlicos Chicanas horizontais: Floculador de chicanas horizontais com gradiente variável (3 câmaras – planta). Floculação Floculadores Hidraúlicos Vem da mistura rápida Câmara 3 Câmara 2 Câmara 1 Para o decantador 04/09/2013 11 Câmara com chicanas de fluxo horizontal Chicanas Verticais: Floculação Floculadores Hidraúlicos Corte vertical Velocidade média de escoamento da água em seu interior superior a 0,10 m/s. Chicanas Verticais: Floculação Floculadores Hidraúlicos ETA Ribeirão da Estiva Tipo Alabama Floculação Floculadores Hidraúlicos Mais utilizados em casos de baixas vazões. ETA Aldeia da Serra Floculação Floculadores Mecanizados Tipo Paleta Eixo Vertical Gradiente de velocidade depende da rotação do eixo e das características da paleta: altura, espessura e espaçamento, entre outras. Os eixos são movimentados por conjuntos motor redutor, instalados sobre as passarelas do floculador. 04/09/2013 12 Floculação Floculadores Mecânicos Tipo Paleta Eixo Vertical e paletas Entrada por baixo D=350mm 3,24 3,24 0,15 Saída por baixo 0,8m x 1,3m Passagem por cima: 0,8m x 1,0m (parte submersa) Passagem por baixo: 0,8m x 1,0m 1ª Câmara 2ª Câmara 3ª Câmara 4ª Câmara A A Conjunto motor x redutor 1,0m Passagem por cima Passagem para esvaziamento completo da unidade PVC D= 100mm FLOCULADOR VISTA EM PLANTA S/E FLOCULADOR CORTE AA S/E NA máx. 0,74 0,8 1,05 1,11 1, 36 1,42 1,42m 3 ,3 0 m Paletas com 6 cm de largura Floculação Floculadores Mecanizados Tipo Paleta Eixo Horizontal Gradiente de velocidade depende da velocidade rotação do eixo e das características da paleta: altura, espessura e espaçamento, entre outras. Os eixos são movimentados por conjuntos motor redutor, normalmente instalados no interior de poços secos, construídos ao lado dos floculadores. Paletas giratórias com eixo horizontal Floculação Floculadores Mecanizados Orifícios para passagem da água para o decantador Floculação Floculadores Mecanizados Tipo Turbina A água coagulada é introduzida numa série de câmaras. Na primeira delas a agitação é mais intensa que na segunda e assim por diante. O gradiente de velocidade depende da rotação do eixo e das características da hélice ou turbina: tipo e diâmetro. Os eixos são movimentados por conjuntos motor-redutor ou mais modernamente, por motores cujas alimentações de corrente elétrica dispõem de variadores de freqüência, que permitem que se varie continuamente a rotação dos eixos das hélices e turbinas. 71 Floculação Floculadores Mecanizados Tipo Turbina Floco: 50 a 800 µm Microorganismos patogênicos = 2 a 4 µm Vírus = 0,025 a 0,1 µm Protozoários = 4 a 14 µm Como consequência espera-se que estes microorganismos sejam envolvidos naformação de flocos de maior tamanho. Importância Sanitária Coagulação/Floculação 04/09/2013 13 Decantação Decantação A decantação pode ser substituída pela flotação. A decantação é um processo físico que tem por objetivo a separação das partículas sólidas ou flocos da água, pela ação direta da gravidade. Decantadores em ETAs: remoção das partículas floculentas formadas durante a floculação. Decantação Classificação Fluxo horizontal - Clássico ◦ Decantador convencional Fluxo vertical ◦ Decantador cilíndrico cônico Fluxo inclinado ◦ decantador laminar ou de alta taxa Decantação Fluxo horizontal – Clássico Decantador convencional de escoamento horizontal: Grandes tanques retangulares onde o floco se deposita durante o percurso sobre um fundo inclinado para facilitar a remoção do lodo. Decantação Em construção Em operação Decantação Fluxo horizontal - Clássico COMPORTAS DE ACESSO 04/09/2013 14 Decantação Fluxo horizontal - Clássico CORTINA DISTRIBUIDORRA Alvenaria Concreto Madeira Decantação Fluxo horizontal - Clássico CALHA COLETORA DE ÁGUA DECANTADA Decantação Fluxo horizontal - Clássico DESCARGA DE FUNDO Decantação Fluxo horizontal - Clássico Limpeza Decantadores convencional de escoamento vertical com remoção mecanizada de lodo. Decantação trabalham com taxa de escoamento superficial maiores que as unidades de escoamento horizontal. Decantação Fluxo inclinado - Decantador laminar Para melhorar a sua eficiência foi aumentada a superfície de decantação acrescentado-se superfícies inclinadas dentro do decantador. A ação de um tanque de decantação depende se sua área e não se sua profundidade. 04/09/2013 15 Decantação Fluxo inclinado - Decantador laminar Água bruta Floculação Decantação Filtro Coagulantes 60º Descarga Para que ocorra a autolimpeza foi determinada uma inclinação ideal de 60°, dessa forma o lodo é escoado continuamente. Decantação Fluxo inclinado Decantador laminar ou de Alta Taxa com Fluxo ascendente Decantação ETA Rio Grande - Sabesp ETA Capivari - SANASA Decantação Fluxo inclinado – Fluxo horizontal Decantação Fluxo inclinado – Fluxo descendente Decantador de alta taxa de fluxo descendente (Separador Lamelar) Decantação TIPOS DE ELEMENTOS TUBULARES 04/09/2013 16 Floculação Taxa de escoamento superficial Depende: Do tipo de decantador: - para decantador convencional, regime turbulento: 20 - 60 m3/m2.dia Da qualidade da água: - águas turvas, com impurezas pesadas: 25 - 35 m3/m2.dia - águas coloridas com impurezas leves, requer menores taxas: 15 - 30 m3/m2.dia ◦ Qualidade de operação (utilização de auxiliares de coagulação) - para decantador de fluxo laminar: 160 - 240 m3/m2.dia Flotação Flotação Definição: processo físico de separação de fases (sólido-líquido e líquido- líquido) por meio da introdução de microbolhas de gás, normalmente o ar, no meio líquido. Década de 50: passou a ser utilizada para o tratamento de águas residuárias e descontaminação de efluentes mineiros; Década de 60: pesquisas relativas à aplicação da flotação para o tratamento de águas de abastecimento Brasil: meados da década de 80. Flotação Fenômenos envolvidos: colisão, adesão, nucleação e captura. (a) colisão e adesão; (b) formação das bolhas na superfície da partícula; (c) aprisionamento das microbolhas em flocos; (d) arraste das partículas pelas bolhas Flotação Eletrilítica (FE) – oxigênio e hidrogênio eletrólise; Flotação por ar induzido (FAI) – ar é injetado direto no tanque de flotação disperso no meio através porosas ou pela agitação intensa do tanque; Flotação por ar dissolvido (FAD) – se baseia na variação de solubilidade do ar na água em diferentes condições de pressão. Flotação Classificação Flotação sob pressão ou pressurizada. Câmara de Saturação Parâmetros de projeto: Pressão na câmara de saturação e tamanho da microbolha: Pressão: entre 250 e 500 kPa; Tamanho das microbolhas: entre 10 e 100 µm desejável < 50 µm. Flotação Flotação por ar dissolvido (FAD). Taxa de recirculação e taxa de escoamento superficial: Taxa de recirculação recomendada: 5 a 15% da vazão de água a ser clarificada; Taxa de escoamento superficial: entre 1.000 e 2.000 m3.m-2.dia-1; Tempo médio de detenção: < 5 minutos. 04/09/2013 17 Flotação Flotação por ar dissolvido (FAD). Câmara de saturação Câmara de flotação Flotação Flotação por ar dissolvido (FAD). Filtração Filtração Filtração: processo que tem como função primordial a remoção das partículas responsáveis pela cor e turbidez a presença dessas partículas reduziria a eficácia da desinfecção na inativação dos microrganismos patogênicos. Filtração sedimentação Meio Filtrante Coagem Água em filtração Flocos Bactéria 0,001 mm 0,5 mm Floculação Principais Mecanismos de remoção de sólidos no filtro Filtração Com relação ao tipo de filtração; Com relação ao sentido de escoamento; Com relação ao controle hidráulico; Com relação ao meio filtrante. CLASSIFICAÇÃO 04/09/2013 18 Filtração Com relação ao tipo de filtração CLASSIFICAÇÃO Filtração Lenta Filtração Rápida Convencional Água Bruta Água Coagulada Água Decantada Direta Filtração CLASSIFICAÇÃO Filtração Lenta Manancial Coagulação Floculação Sedimentação Filtração Água final Filtração CLASSIFICAÇÃO Filtração Rápida Direta Manancial Coagulação Floculação Sedimentação Filtração Água final Filtração CLASSIFICAÇÃO Filtração Rápida Convencional Manancial Coagulação Floculação Sedimentação Filtração Água final Filtração Com relação ao sentido de escoamento CLASSIFICAÇÃO Filtração descendente Filtração ascendente Filtração Com relação ao controle hidráulico CLASSIFICAÇÃO Areia Antracito filtraçãoA Q q Taxa de filtração h •Taxa de filtração constante •Taxa declinante h = Altura do nível d’água acima do meio filtrante 04/09/2013 19 Filtração Filtração com taxa constante: Entrada de água por meio de vertedores com descarga livre os filtros recebem a mesma vazão de entrada e praticamente a mesma vazão de saída. O aumento da perda de carga resultante da retenção de impurezas será acompanhado do aumento do nível de água no filtro carga hidráulica disponível. Filtração Filtração com taxa declinante: A alimentação dos filtros é realizada por meio de tubulação ou canal os filtros são submetidos a mesma carga hidráulica disponível. Cada filtro irá operar com taxa de filtração determinada pelo estado de colmatação do seu meio filtrante filtro que foi lavado há mais tempo trabalhará com a menor taxa, enquanto que o recém lavado, trabalhará com a maior. Filtração Com relação ao meio filtrante CLASSIFICAÇÃO Camada simples Dupla camada Tripla camada Areia ou Antracito Areia Antracito Areia Antracito Granada Ação mecânica de coar: retenção das partículas maiores nos interstícios existentes entre os grãos de areia; Sedimentação: deposição de partículas sobre a superfície dos grãos de areia. Filtração Filtração Lenta Ação biológica: Schumtzdecke. Filtração Filtração Lenta Processosimples e de grande eficiência; Taxas de filtração muito baixas (pequenas comunidades < 10.000 habitantes); Grandes áreas e volume elevado de obras civis 20/50 x Filtração Rápida; Dispensa o uso de produtos químicos. Turbidez: < 10 uT Cor verdadeira: < 5 uH Sólidos suspensos totais: < 10 mg/L Qualidade da água bruta Filtração Filtração Lenta Areia; Camada suporte; Sistema de drenagem; Dispositivos de controle de vazão. Fornecer carga hidráulica; Criar tempo de detenção para o tratamento da água bruta; Componentes de projeto: Taxa de filtração: Funasa: 3 a 5 m3.m-2.dia-1 Arboleda: 6 a 9 m3.m-2.dia-1 ABNT: < 6 m3.m-2.dia-1 04/09/2013 20 Filtração Filtração Lenta – Aspectos Construtivos Camada suporte (seixo rolado): Altura: 0,30 m; Tamanho: 2” a ¾” – 17,5 cm; ¾” a 3/8” – 7,5 cm; Pedrisco: 5,0 cm. Leito de areia: Espessura: entre 0,90 e 1,20 m; Granulometria: tamanho efetivo entre 0,25 e 0,35 mm e coeficiente de uniformidade menor que 3. Altura livre sobre a água: entre 0,25 e 0,30 m; Altura da lâmina d’água sobre o leito filtrante: entre 0,90 e 1,20 m. Corte do filtro lento detalhado Sistema de drenagem Drenos: Principal: 0,20 a 0,60 m; Laterais: 0,05 a 0,15 m dependendo do tamanho do filtro. Esses drenos devem ser projetados com velocidades baixas, da ordem de 0,30 m/s no principal e 0,20 m/s nas laterais. Representação esquemática – sistema de filtração lenta Água bruta Reservatório Aerador Filtros lentos Tanque de contato (cloração) Distribuição Casa de química cloro Filtração Opcional Filtro lento (bairro Ana Benta – Capão Bonito SP) Filtro Lento - Limpeza Filtração Realizada quando a vazão cai consideravelmente; Remoção de 2 a 5 cm da areia; Quando a camada de areia no filtro atinge 0,70 m recolocação da areia retirada, após lavagem; Descarte inicial da água filtrada – 6 horas a 4 semanas para estabilização da camada biológica; Carreira de filtração: 1 a 6 meses. Filtro Lento - Limpeza Filtração 04/09/2013 21 Vantagens Desvantagens Simplicidade de construção e operação; Custos operacionais baixos; Não utilização da coagulação química; Boa eficiência na remoção de microrganismos patogênicos; Boa eficiência na remoção de turbidez. Necessidade de grandes áreas; Necessidade periódica de remoção e lavagem da areia; Qualidade da água bruta; Processo de limpeza trabalhoso. Filtração Lenta Filtração Eficiência Filtração Lenta Filtração Remoção de turbidez: 100%; Remoção de cor: 30%; Remoção de Ferro: até 60%; Boa remoção de odor e sabor; Grande remoção de bactérias: >95%. Filtração Surgimento a partir da dificuldade do tratamento de águas com turbidez e cor verdadeira relativamente baixas em ETAs do tipo ciclo completo. Filtração Direta Filtração direta ascendente Filtração direta descendente Filtração Direta Ascendente Filtração Parâmetros de qualidade da água: Turbidez: ≤ 25 uT; Cor: ≤ 25 uH; Sólidos suspensos: ≤ 25 mg/L; Contagem de algas: 500 UPA/mL. Taxa de filtração: 120 a 240 m3/m2.dia. Carreira de filtração: 72 à 96 horas. Filtração Direta Ascendente Filtração 100% dos sólidos são retidos no filtro para carreiras de filtração ≥ 24 hs a camada de meio filtrante deverá ser espessa (1,6 a 2,0 metros) Filtro ascendente com calha única para coleta das águas filtrada e de lavagem Filtração Direta Ascendente Filtração Sistema de lavagem: Lavagem eficiente: expansão do leito em 40% dependendo da granulometria: 1,0 e 1,2 m.min-1 (Taxas de 1.440 a 1.730 m3.m-2.dia-1) e tempos entre 7 e 10 min; Aspecto relevante: possibilidade de contaminação do reservatório de água filtrada com água de lavagem duas calhas. 04/09/2013 22 Filtração Direta Ascendente Filtração Lavagem via reservatório por bombeamento. Lavagem via reservatório por gravidade. Filtração Direta Ascendente Filtração Vantagens Desvantagens Sentido do escoamento na direção da menor granulometria; Dispensa unidade de floculação. Admite menores taxas de filtração; Saída da água de lavagem pela mesma tubulação ou canal da água filtrada; Necessidade de cobertura do filtro ; Necessidade de dispositivos hidráulicos para introdução de água na interface pedregulho/areia. Filtração Direta Descendente Filtração Etapas possíveis: Filtros rápidos Mistura rápida Floculação Água bruta Água tratada Tratamentos finais (desinfecção, ajuste de pH, fluoretação, etc.) Alcalinizante ou acidificante Coagulante Polímero (catiônico) - opcional FDDSF – Filtração Direta Descendente Sem Floculação FDDCF - Filtração Direta Descendente Com Floculação Tamanho da partícula: Maiores que 5 µm: floculação; Menores que 5 µm: coagulação seguida de filtração. Filtração Direta Descendente Filtração Filtro de camada simples: 180 m3/(m2.dia) Filtro de camada dupla: 360 m3/(m2.dia) Duração da carreira: preferencialmente > 24 hs e não inferiores a 12 hs. Filtração Direta Descendente Filtração Camada filtrante simples (areia): Espessura mínima: 45 cm; Tamanho efetivo: 0,45 a 0,55 mm; Coeficiente de uniformidade: 1,4 a 1,6. Características do meio filtrante: Camada filtrante dupla: Areia: Espessura mínima: 25 cm; Tamanho efetivo: 0,40 a 0,45 mm; Coeficiente de uniformidade: 1,4 a 1,6. Antracito: Espessura mínima: 45 cm; Tamanho efetivo: 0,80 a 1,0 mm; Coeficiente de uniformidade: < 1,4. 04/09/2013 23 Filtração Direta Descendente Filtração Sistema de lavagem: Lavagem por escoamento ascendente velocidade capaz de assegurar expansão adequada do meio filtrante; Lavagem somente com água ou ar e água; Lavagem eficiente: a expansão do leito atinge 40%. Critérios para encerramento da carreira de filtração: Turbidez da água filtrada superior ao valor pré-determinado (mas ainda dentro de valores permitidos por norma); Carreiras de filtração com duração acima de 40 horas. Filtração Rápida Direta Descendente Filtração Sistema de coleta de água de lavagem Filtração Direta Descendente Filtração Vantagens Desvantagens Investimento inicial menor (redução de 30 a 70%); Consumo de energia elétrica e produtos químicos (coagulante e/ou alcalinizante) inferior; Baixo volume de resíduos gerados; Tecnologia adequada para o tratamento de água com baixa turbidez. Baixa eficiência para águas com turbidez e/ou cor verdadeira elevada; Monitoramento contínuo; Tempo médio de permanência da água na ETA é relativamente pequeno para oxidação de substâncias orgânicas na água bruta; Pode apresentar paralisações temporárias por erros de dosagem; Período inicial de melhora da qualidade da água mais longo. Filtração Convencional Filtração A ETA dispõe da etapa de decantação, e neste caso o filtro é menor quanto a espessura da camada filtrante, pois a grande maioria dos sólidos são removidos na etapa anterior (a decantação). PARÂMETRO SISTEMA DE TRATAMENTO Filtração lenta Filtração direta descendente Filtração direta ascendente Tratamento convencional Operação Simples Especializada Especializada EspecializadaConsumo de produtos químicos Nulo Baixo (usualmente < 10 mg/l) Baixo (usualmente < 10 mg/l) Moderado (usualmente > 15mg/l) Resistência à variação da qualidade da água Baixa Baixa Moderada Alta Lavagem dos filtros Raspagem da camada superficial Fluxo ascendente Fluxo ascendente com descarga de fundo Fluxo ascendente Porte da estação Pequenas instalações Sem limitações Sem limitações Sem limitações Custo de implantação (US$/hab) 10 – 100 (depende da taxa de filtração) 2 - 30 5 - 45 10 - 60 Necessidade de área Grande Pequena Pequena Pequena Comparação entre os sistemas de tratamento Filtração Material poroso de origem natural poderoso adsorvente ; Grande área superficial interna: 500 a 1200 m2/g; Retenção por adsorção química e física; Retenção de gosto e odor, causados principalmente pelo cloro residual e compostos orgânicos (aldeídos, terpenos, compostos húmicos, etc.); Formato: granular (CAG) e em pó (CAP) processo, líquido a filtrar, possibilidade de regeneração, temperatura e custo. Filtração Filtração em Carvão Ativado 04/09/2013 24 Filtração CAP - Carvão Ativado Pó POSSÍVEIS FORMAS DE UTILIZAR O CARVÃO ATIVADO EM ESTAÇÕES DE TRATAMENTO CONVENCIONAIS CAG - Carvão Ativado Grão Desinfecção Desinfecção Cloro e seus componentes ; Ozônio; Peróxido de hidrogênio; Permanganato de potássio; Raios ultravioleta; Outros. Pela sua eficiência e custo, o cloro e seus componentes são os mais usados. Princípio: eliminação dos organismos patogênicos na água. Gás: Cloro gasoso/ Líquido: Hipoclorito de sódio/ Sólido: Hipoclorito de cálcio Agentes químicos Agentes físicos Produtos utilizados para a desinfecção: Desinfecção Volume de Água Hipoclorito de Sódio a 2,5% de Cl ativo Tempo de Contato Dosagem Medida 1000 litros 100 ml 2 copinhos de café 30 minutos 200 litros 15 ml 1 colher de sopa 20 litros 2 ml 1 colher de chá 1 litro 0,08 ml 2 gotas Cloro Principais Compostos e Produtos de Cloro usados para a Desinfecção de Água Nome do Composto Fórmula química % de Cloro disponível Características Embalagem Prazo de Validade Nome Comercial Hipoclorito de Sódio NaOCl 10-15% Solução aquosa, cor amarelada Recipientes opacos, volumes variados 1 mês Hipoclorito de Sódio Hipoclorito de Cálcio Ca(OCl) Superior a 65% Coloração branca, em pó ou granulado Recipientes plásticos ou tambores metálicos 6 meses Hipoclorito de Cálcio Cloro Cl2 100% Gás liquefeito cor verde amarelado e de odor irritante Cilindros verticais de aço de 68kg e 940kg Cloro gasoso Cal Clorada CaOCl 35-37% Pó branco Embalagens de 1 a 50 kg Pouco estável. Perda de 10% no teor de cloro ativo a cada mes Cloreto de cal Água Sanitária Solução aquosa à base de hipoclorito de sódio ou de cálcio 2%-2,5% durante o prazo de validade Solução de coloração amarelada Embalagem de 1 litro, plástico opaco Verificar rótulo Água Sanitária Art. 34, PORTARIA Nº 2.914 MS. Após a desinfecção, a água deve conter um teor mínimo de cloro residual livre de 0,5 mg/L, sendo obrigatória a manutenção de, no mínimo, 0,2 mg/L em qualquer ponto da rede de distribuição. Ausência ou concentrações muito baixas de cloro residual (abaixo de 0,2 mg/l), torna a água suspeita do ponto de vista bacteriológico. Desinfecção Cloro 04/09/2013 25 Desinfecção Ozônio Efeitos da Ozonização: – Oxidação da matéria orgânica; – Alvejamento e melhoria da cor; – Redução dos teores de ferro e manganês; – Ação sobre os ácidos húmicos, formando produtos biodegradáveis; – Desintegração de fenóis; – Remoção de certas substâncias orgânicas não biodegradáveis. Desinfecção Ozônio Desinfecção Radiação UV O UV inativa os microorganismos através da emissão de doses concentradas de luz ultravioleta (comprimento de onda de 253,7 nm) que agem sobre o mecanismo reprodutivo (DNA) dos microorganismos causando mutações e impedindo que os mesmos se reproduzam. O microorganismo é considerado inativo (morto) e dessa forma o risco de doenças é eliminado. Desinfecção Radiação UV Fluoretação Adição de pequena quantidade de flúor na água tratada elemento essencial na prevenção da cárie dentária. Portaria 2914/2011: VMP de fluoreto na água: 1,5 mg/L
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