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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE História da Paraíba Sousa-PB

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
CENTRO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES
UNIDADE ACADÊMICA DE CIÊNCIAS SOCIAIS
DISCIPLINA: HISTÓRIA DA PARAÍBA
SOUSA - PARAÍBA
Suas origens e formação da cidade
Francisco de Sousa Silva Júnior
Cajazeiras
2015
RESUMO: Hoje a sexta cidade mais populosa do Estado e dona de um dos mais importantes sítios arqueológicos do país (Vale dos Dinossauros), Sousa era um povoado conhecido por "Jardim do Rio do Peixe". A terra da região era bastante fértil, o que acelerou rapidamente o processo de povoamento e progresso do local. Em 1730, já viviam aproximadamente no vale 1468 pessoas. Sousa foi elevada à vila com o nome atual em homenagem ao seu benfeitor, Bento Freire de Sousa, em 22 de julho de 1766. Sua emancipação política se deu em 10 de julho de 1854.
RIO DO PEIXE, COMEÇO DA NOSSA HISTÓRIA.
O Rio do Peixe nasce no alto das serras atual município de Bernadino Batista com cerca de 700 metros de altitude, onde existem pequenas nascentes, divisores e pequenos reservatórios d’água que formam o nosso Rio do Peixe. A primeira grande obra que barram as águas desse rio é o Açude de Pilões localizado no município de São João do Rio do Peixe e com capacidade para 13 milhões de m³. 
O rio do Peixe faz parte da sub-bacia do Rio Piranhas, que corta os estados da Paraíba e do Rio Grande do Norte.
Primeiros passos, Jardim do Rio do Peixe
O início da colonização do oeste da Paraíba, da região das margens do Rio do Peixe, por colonos vindos da Bahia, Pernambuco e São Paulo, ocorreu no fim do século XVII, após conquistarem a amizade dos índios Icós.
O desbravamento dos sertões nos séculos XVI e XVII foi gradativo, exigindo dos exploradores sertanistas empreenderem um grande esforço para dominar terras menos conhecidas e mais distantes do litoral. Um deles, o sertanista Sargento Mor Antônio José da Cunha em 1691, descobriu um riacho denominado "Peixe" habitado pela nação indígena Icó Pequeno. Em 1708, José da Cunha pleiteou uma sesmaria sendo atendido pelo então governador João da Maia da Gama para, posteriormente, outros sertanistas ali se instalarem com suas fazendas. Coube ao franciscano Frei João de Matos Serra, nos idos do ano de 1700, aldear os índios sobreviventes dando os primeiros passos para a organização da futura Vila.
Em 1723, chegaram os sacerdotes Francisco e Teodósio de Oliveira Ledo, passaram o território para a Casa da Torre da Bahia, e se tornaram senhores dos vales constituídos pelos rios do Peixe e Piranhas. O processo de habitação aconteceu vagarosamente com os moradores das ribeiras dos rios e dos paulistas que iam chegando para situarem suas fazendas com rebanhos e agricultura. Já nessa época, o lugarejo contava com uma população de 780 habitantes. Foram os irmãos Lêdo os primeiros estancieiros do Município, após o devassamento da área.
A atual Sede situa-se em terras do antigo Jardim do Rio do Peixe, pertencente a Francisco Dias D'Ávila e, posteriormente, a sua mãe, Inácia de Araújo Pereira, doadora da sesmaria que, ainda hoje, constitui o patrimônio de Nossa Senhora dos Remédios. A fertilidade do terreno atraiu moradores interessados no cultivo das terras. Assim, desenvolveu-se o Povoado que, em 1730, já contava 1.468 habitantes, segundo informações do Cabido de Olinda. Esse fato levou Bento Freire de Sousa, residente na Fazenda Jardim, a tomar a iniciativa de organizar um núcleo de povoação, erguendo, entre 1730 e 1732, Bento Freire pleiteou uma concessão, deslocando-se à Bahia a fim de obter da Casa da Torre a doação da sesmaria cujas terras seriam patrimônio de Nossa Senhora dos Remédios. Conquistado o pleito, coube a Bento Freire erguer a primeira capela em louvor a Nossa Senhora dos Remédios - atual Igreja do Rosário dos Pretos. Bento Freire tornara-se o primeiro administrador do patrimônio da “Freguesia de Nossa Senhora dos Remédios do Jardim do Rio do Peixe elevando-o a povoado”.
Não a como falar de Sousa sem citar Bento Freire.
Um pouco mais de Bento Freire de Sousa.
Na metade da segunda década do século XVIII 1725 entre os sesmérios que pisaram as terras devolutas do alto sertão do Rio do Peixe, também chegava das “terras do Rei”, o migrante Bento Freire de Sousa, português, natural de são Miguel de Botelho de Pena fiel de Sousa, bispado do Porto, católico, irmão franciscano, místico, alma de apostolo e devotissimo de Nossa Senhora dos Remédios, cuja devoção era grandemente popular em sua terra natal, Portugal.
Bento Freire de Sousa, como todo migrante português procurou alargar esta devoção imediatamente, buscou edificar uma capela dedicada ao culto a Nossa Senhora dos Remédios não media esforços para conseguir este objetivo.
Todas as terras do sertão d rio do Peixe da capitania da Paraíba pertencia ao domínio da Casa da torre da capitania da Bahia como já citado acima, então Bento Freire empreendeu a primeira viagem à pé para obter junto aos senhorios e fidalgos, Coronel Dias D’Avilla e Dona Inácia de Arcanjo Pereira, a licença para construir uma capela em honra de Nossa Senhora dos Remédios, assim ele consegui o pleito.
Auxiliado pelo capitão-mor José Gomes de Sá, pelos primitivos habitantes e pelos índios Icós Pequenos, já catequizados pelo franciscano Frei João Matos, construiu a Capela em 1730.
Em 1740, fez Bento Freire a segunda viagem à pé à casa da Torre na Capitania da Bahia, para conseguir a doação do sitio Jardim do Rio do Peixe, como patrimônio da Capela de Nossa Senhora dos Remédios, foi obtido e escriturou na Comarca da Vila de Nossa Senhora do Bom Sucesso de Pombal, 19 de Abril de 1740.
Assim, constituído o patrimônio, foi pelo visitador Monsenhor Manoel Machado freire, no ano 1741, passado a previsão, que ele concedia a licença para benzer a Capela e nela serem administrados os sacramentes.
A fazenda Jardim do Rio do Peixe elevou-se a povoado, já contando com 1468 habitantes.
Bento Freire de Sousa, em 1756, vendo que particulares usufruíam das terras doadas pelo patrimônio da Capela, requereu ao Governador da Capitania da Paraíba, Luis Antonio de Brito e Lemos a data de uma sesmaria do sítio Jardim do Rio do Peixe, medindo uma légua de largura de nascente ao poente e três léguas de comprimento de sul ao norte co o sítios da Conceição e de São Gonçalo, ao norte com o sítio Santa Rosa e ao poente com o sítio Bom Sucesso.
 A primeira igreja, ainda hoje existente sob a invocação de nossa Senhora do Rosário, em terreno doado por Dona Inácia de Araújo Pereira. Em 1741, foi concedida a licença para a sagração e provisão da Igreja. 
 Finalmente em 1760, obteve a sentença que legalizou, em definitivo, a constituição do patrimônio de Nossa Senhora dos Remédios. Bento Freire administrou o Patrimônio até 1765, coroando com sucesso um esforço de quase meio século de lutara para erguer o que viria a ser o município de Sousa.
DE POVOADO A VILA, CHEGANDO A CATEGORIA DE CIDADE
O povoado do Jardim do Rio do Peixe, nome primeiro do habitat, foi elevado à categoria de Vila por decisão do Reino, expressa por força de autoridade da Carta-Régia de 22 de Julho de 1766. Mesmo ostentando a condição de distrito, permaneceu o povoado com o seu nome primitivo. Em 1784, a Matriz de Nossa Senhora dos Remédios foi desmembrada da Nossa Senhora do Bom Sucesso de Pombal.
No dia 4 de junho de 1800, o Ouvidor Geral José da Silva Coutinho, instala oficialmente, a Vila Nova de Sousa através da Resolução do então Governador de Pernambuco, data de 26 de março de 1800 após pleito da comunidade através de requerimento encabeçado por Patrício José de Almeida, Matias de Figueiredo Rocha e Pe. Manoel Vieira da Silva. Um dia antes, o Capitão Alexandre Pereira de Sousa fez uma doação de terras para o patrimônio do crescente povoado. Foi através da Lei Provincial de nº 28, de 10 de Julho de 1854 que a Vila de Sousa foi elevada à categoria de cidade passando, na oportunidade, a denominar-se SOUSA, conhecida hoje por "Cidade Sorriso".
Assim suas origens se devem tanto ao rio como também ao empenho de Bento Freire e os demais colonizadoresportugueses que por essa terra passaram.
Escolha do Nome
O povoado das margens do Rio do Peixe veio a ser conhecido pelo nome de Jardim do Rio do Peixe. Hoje é conhecido pelo nome de Sousa, dado em homenagem a cidade de mesmo nome em Portugal. Muitos acreditam que o nome da cidade seja uma homenagem ao padre Bento Freire de Sousa que junto com o Capitão-mor José Gomes de Sá, é um de seus fundadores. Mas isto é improvável, já que em Carta Régia de 22 de junho de 1766 os administradores de vilas foram orientados a denominá-las com nomes de localidades e cidades de Portugal. Os dois fundadores de Sousa eram ambos oriundos da cidade de mesmo nome em Portugal.
Referencias bibliográficas
Ferra, Augusto. Além do Rio: uma fotografia da paisagem urbana – edição comemorativa ao sesquicentenário – Sousa – Paraíba/ Augusto Ferraz/ Sousa: AGT Produções, 2004.
Roberto, Jose de Alencar Moreira. História da família Seixas de Alencar Genealogia. (2000)
Pe. Francisco Milton Alexandre. Pequena história da Paróquia Nossa Senhora dos Remédios e Novena. Ano: 2007
Elaboração: Raudilene Silveira e Tibério Araújo. Sousa Paraíba: História e Geografia.

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