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TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO Aula 1: Apresentação da disciplina. Profa.: Paula Scovino Cel.: 99963.1969 Email: scovino2002@yahoo.com Objetivos da aula • Conhecer o docente da disciplina; • Conhecer o plano de ensino da disciplina; • Entender a importância da tecnologia da construção no contexto atual da construção civil • Conhecer o histórico da evolução da tecnologia e a participação da engenharia no processo. Contextualizando a Construção Civil • capacitação da mão de obra? • o desperdício? • falta de planejamento adequado? Engenharia Civil no Brasil iniciou suas atividades de forma não regulamentada no Período Colonial com a construção de fortificações e igrejas. • Durante esse período atuavam duas categorias de profissionais: os oficiais Engenheiros e os Mestres Pedreiros. • Oficiais engenheiros: eram oficiais do exército português – executavam as obras de Engenharia; • Mestres: projetavam e construíam as edificações em geral – sem nenhum conhecimento científico. • 1810 – fundada a primeira Escola de engenharia brasileira. Posteriormente passa a ser chamada de Escola Politécnica; • Em 1858 – foi criado o curso de Engenharia Civil na Escola Politécnica. • Em São Paulo foi criada em 1893. • Material usado: PEDRA, CAL, ALVENARIA EM TAIPA (com uso de argila e cascalho) • Mudanças no século XIX e início do século XX com a cultura do café e o desenvolvimento industrial. Lembrando que a Revolução Industrial data de 1889. • Final do século XIX e início do século XX nascem as edificações em estrutura metálica e tijolos. Início do século XX começa o uso do Concreto Armado com a Arquitetura Moderna. Iniciaram os projetos com laje de concreto armada; Repetição de pavimentos; Vãos livres; Edificações com muitos pavimentos era uma solução para o crescimento nos centros urbanos. O impacto da revolução industrial e a formação da Arquitetura Moderna TRANFORMAM o processo de edificações em duas fases: de concepção e de execução; Diferenciando a atuação dos profissionais envolvidos e acrescentando o industrial, isto é, o fabricante de materiais. Inicia-se o processo de INDUSTRIALIZAÇÃO da construção. a industrialização não se caracteriza pelo espaço onde é desenvolvida, mas sim pela tecnologia que é utilizada, baseada nos conceitos de normalização, padronização e série. “A RACIONALIZAÇÃO é o processo mental que governa a ação contra os desperdícios temporais e materiais dos processos produtivos, aplicando o raciocínio sistemático, lógico e resoluto, isento de fluxo emocional”. 1980 Pode também ser um conjunto de ações que visam substituir as práticas convencionais por tecnologias baseadas em sistemas que visam eliminar o empirismo das decisões. PADRONIZAÇÃO INDUSTRIALIZAÇÃO QUALIDADE RACIONALIZAÇÃO PRODUTIVIDADE DSEMPENHO Entende-se a racionalização como um processo dinâmico que se desenvolve e se aperfeiçoa sistematicamente e que tem por objetivo a otimização ao utilizar os recursos humanos, materiais e organizacionais que intervém na construção Nesse processo, pessoas ou organizações diferentes participam na concepção e na realização de um projeto ou de um produto. Na construção industrializada, como na maior parte das indústrias, a concepção deve ser compartilhada por muitos projetistas. A FASE DE PROJETO PASSOU A GANHAR UM PESO MAIOR • Fatores que levaram a busca pela racionalização dos processos: – o aumento das exigências dos clientes – a implantação do código de defesa do consumidor – as restrições do mercado – diminuição de renda dos consumidores. A indústria da construção civil busca otimizar o seu processo produtivo, visando o aumento da produtividade através da racionalização: – de recursos humanos, – de materiais – do tempo para realização de suas atividades, – da padronização de projetos, – do uso de novas tecnologias – de implantações de programas de Qualidade QUALIDADE As várias definições existentes para a qualidade foram descritas por Garvin em cinco abordagens: a) Abordagem transcendental: qualidade é sinônimo de excelência, é o melhor possível nas especificações do produto ou serviço; b) Abordagem baseada em manufatura: qualidade é sinônimo de conformidade, produtos que correspondam precisamente às especificações de projeto; c) Abordagem baseada no usuário: é incorporado na definição de qualidade, além da preocupação com as especificações de projeto, a preocupação com a adequação às especificações do consumidor; QUALIDADE d) Abordagem baseada no produto: qualidade é definida como conjunto preciso e mensurável de características requeridas para satisfazer os interesses do consumidor. e) Abordagem baseada no valor: qualidade é definida em termos de custo e preço, defendendo a idéia de que a qualidade é percebida em relação ao preço. Processo de produção civil pode ser dividido nas seguintes fases: a de planejamento; a de projeto; a de fabricação de materiais e componentes fora do canteiro de obras e a de execução propriamente dita. QUALIDADE NA CONSTRUÇÃO CIVIL Todas essas fases envolvendo conceitos de RACIONALIDADE E QUALIDADE Surge o conceito de DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL a partir da utilização de novos materiais que gerem o menor impacto possível ao meio ambiente e contribuam para o conforto térmico ou a redução do consumo de energia. governos, consumidores, investidores e associações – alertam, estimulam e pressionam o setor da construção a incorporar essas práticas em suas atividades. SUSTENTABILIDADE NA CONSTRUÇÃO CIVIL A Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura - AsBEA, o Conselho Brasileiro de Construção Sustentável - CBCS e outras instituições apresentam diversos princípios básicos da construção sustentável, dentre os quais destacam-se: • aproveitamento de condições naturais locais; • utilizar mínimo de terreno e integrar-se ao ambiente natural; • implantação e análise do entorno; • não provocar ou reduzir impactos no entorno – paisagem, temperaturas e concentração de calor, sensação de bem- estar; SUSTENTABILIDADE NA CONSTRUÇÃO CIVIL • qualidade ambiental interna e externa; • gestão sustentável da implantação da obra; • adaptar-se às necessidades atuais e futuras dos usuários; • uso de matérias-primas que contribuam com a eco- eficiência do processo; • redução do consumo energético; • redução do consumo de água; reduzir, reutilizar, reciclar e dispor corretamente os resíduos sólidos; • introduzir inovações tecnológicas sempre que possível e viável; • educação ambiental: conscientização dos envolvidos no processo. NORMA DE DESEMPENHO - NBR 15.575 Estabelecer novos padrões de eficiência para as edificações. O documento está dividido em 6 partes: Parte 1: Requisitos gerais; Parte 2: Requisitos para os sistemas estruturais; Parte 3: Requisitos para os sistemas de pisos; Parte 4: Requisitos para os sistemas de vedações verticais internas e externas; Parte 5: Requisitos para os sistemas de coberturas; Parte 6: Requisitos para os sistemas hidrossanitários Obs.: Os sistemas elétricos fazem parte da Norma ABNT NBR 5410. Tem como objetivo a preservação do desempenho da edificação ao longo da sua vida útil, contribuindo para o valor do patrimônio. NORMA DE DESEMPENHO - NBR 15.575 NORMA DE DESEMPENHO - NBR 15.575 NORMA DE DESEMPENHO - NBR 15.575Estabelecer novos padrões de eficiência para as edificações. O documento está dividido em 6 partes: Parte 1: Requisitos gerais; Parte 2: Requisitos para os sistemas estruturais; Parte 3: Requisitos para os sistemas de pisos; Parte 4: Requisitos para os sistemas de vedações verticais internas e externas; Parte 5: Requisitos para os sistemas de coberturas; Parte 6: Requisitos para os sistemas hidrossanitários NORMA DE DESEMPENHO - NBR 15.575 Parte 1 – Requisitos Gerais Principais tópicos: - Definições; - Vida útil – VU; - Vida útil de projeto – VUP; - Garantias; - Desempenho térmico – regiões bioclimáticas; - Desempenho acústico – Projeto com avaliação do ruído; - Funcionalidade e acessibilidade – Tabela de móveis e equipamentos-padrão (camas, sofás, mesas, estantes, criado- mudo, etc.); -Sombreamento NORMA DE DESEMPENHO - NBR 15.575 Vida Útil – VU Período de tempo em que um edifício e/ou seus sistemas se prestam às atividades para as quais foram projetados e construídos, com atendimento dos níveis de desempenho previstos nesta Norma, considerando a periodicidade e a correta execução dos processos de manutenção especificados no respectivo Manual de Uso, Operação e Manutenção (a vida útil não pode ser confundida com prazo de garantia legal ou contratual). Comentário Interferem na vida útil, além das definições maiores de concepção e projeto da construção, o atendimento às normas técnicas de materiais e processos, o correto uso e operação da edificação e de suas partes, a constância e efetividade das operações de limpeza e manutenção, alterações climáticas e níveis de poluição no local da obra, mudanças no entorno da obra ao longo do tempo (trânsito de veículos, obras de infraestrutura, expansão urbana, etc). Dessa forma, a vida útil real será uma composição da vida útil projetada / “vida útil construída” com a forma de uso e a efetividade dos processos de manutenção da edificação, com influência ainda considerável de fatores climáticos e de vizinhança. Qual a VUP mínima para a estrutura? A Vida Útil de Projeto mínima estabelecida na Tabela 4 da Parte 1: Isto significa que a responsabilidade do construtor só se exaure com 40 anos? Não. Na própria Tabela 4 consta a observação de que, “caso não surjam patologias significativas, ...depois de decorridos 50% dos prazos de vida útil de projeto (VUP)..., contados a partir do auto de conclusão da obra, considera-se atendido o requisito de vida útil de projeto (VUP), salvo prova objetiva em contrário.” Avaliação do Desempenho Os métodos de avaliação estabelecidos nesta Norma consideram a realização de ensaios laboratoriais, ensaios de tipo, ensaios em campo, inspeções em protótipos ou em campo, simulações e análise de projetos. A realização de ensaios laboratoriais deve ser baseada nas Normas explicitamente referenciadas, em cada caso, nesta Norma. NOTA: Recomenda-se que a avaliação do desempenho seja realizada por instituições de ensino ou pesquisa, laboratórios especializados, empresas de tecnologia, equipes multiprofissionais ou profissionais de reconhecida capacidade técnica. Documento com os resultados da avaliação do sistema • O relatório resultante da avaliação de desempenho deve reunir informações que caracterizem o edifício habitacional ou sistema analisado. • Quando houver a necessidade de realização de ensaios laboratoriais, o relatório de avaliação deve conter a solicitação para realização desses ensaios, com explicitação dos resultado s pretendidos e a metodologia a ser seguida, de acordo com as Normas referenciadas nesta Norma. • A amostra tomada para ensaio deve ser acompanhada de todas as informações que a caracterizem, considerando sua participação no sistema. • A partir dos resultados obtidos deve ser elaborado um documento de avaliação do desempenho, baseado nos requisitos e critérios avaliados de acordo com esta Norma. ORGANIZAÇÃO Parte 2 – Requisitos para os sistemas estruturais Principais tópicos: - Em casas e sobrados com altura total até 6 metros as dimensões mínimas dos componentes deixam de ser obrigatórias –– norma prescritiva diferente; - Análise dinâmica das estruturas. TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO Aula 1: Apresentação da disciplina. Profa.: Paula Scovino Cel.: 99963.1969 Email: scovino2002@yahoo.com Parte 3 - Requisitos para os sistemas de pisos Principais tópicos: - Coeficiente de atrito; - Resistência a impacto; - Estanqueidade (áreas molhadas e áreas molháveis); - Ensaios; - - Acústica - ruído de impacto. CONSIDERAÇÕES SOBRE COEFICIENTE DE ATRITO • A resistência ao escorregamento não é uma característica intrínseca da superfície do material • Depende de vários fatores: tipo de superfície do produto, tipo de solado que caminha sobre o mesmo; e do meio físico entre o solado e a superfície do produto. • Não existe material antiderrapante, mas sim condição antiderrapante • Produtos com coeficiente de atrito superior a 0,7 são ásperos e não são de fácil manutenção (limpabilidade). Resistência a impacto Critérios e níveis de desempenho para impacto de corpo duro em sistemas de pisos. Ataque químico Resistir à exposição aos agentes químicos normalmente utilizados ou presentes nos produtos de limpeza doméstica. Parte 4 – Sistema de vedações verticais externas Principais tópicos: - Ventilação; - Transmitância térmica; - Acústica. Desempenho estrutural das vedações Premissas de projeto O projeto deve mencionar a função estrutural ou não das vedações verticais internas ou externas, indicando também, no caso daquelas com função estrutural, as normas utilizadas. Requisito – Ações transmitidas por portas Quando as portas forem submetidas a dez operações de fechamento brusco, as paredes não podem apresentar falhas, tais como rupturas, fissuras, destacamentos no encontro com o marco, cisalhamento nas regiões de solidarização do marco, destacamentos em juntas entre componentes das paredes e outros; Requisito – Cargas de ocupação incidentes em guarda-corpos e parapeitos de janelas O projeto deve estabelecer os detalhes executivos e as cargas de uso previstas para casos especiais, bem como atender às dimensões estabelecidas na ABNT NBR 14718, no caso de guarda-corpos. Durabilidade e manutenibilidade Requisito – Manutenibilidade dos sistemas de vedações verticais internas e Externas Manter a capacidade funcional durante a vida útil de projeto, desde que submetidos às intervenções periódicas de manutenção especificadas pelos respectivos fornecedores. O fabricante do produto, o construtor, o incorporador público ou privado, isolada ou solidariamente, devem especificar em projeto todas as condições de uso, operação e manutenção dos sistemas de vedações verticais internas e externas, especialmente com relação a: - caixilhos, esquadrias e demais componentes; - recomendações gerais para prevenção de falhas e acidentes decorrentes de utilização inadequada (fixação de peças suspensas com peso incompatível com o sistema de paredes, abertura de vãos em paredes com função estrutural, limpeza de pinturas, travamento impróprio de janelas tipo guilhotina e outros); - periodicidade, forma de realização e forma de registro de inspeções; - periodicidade, forma de realização e forma de registro das manutenções; técnicas, processos, equipamentos, especificação e previsão quantitativa de todos os materiais necessários para as diferentes modalidades de manutenção,incluindo-se não restritivamente as pinturas, tratamento de fissuras e limpeza. O fabricante do produto, o construtor, o incorporador público ou privado, isolada ou solidariamente, devem especificar em projeto todas as condições de uso, operação e manutenção dos sistemas de vedações verticais internas e externas, especialmente com relação a: - caixilhos, esquadrias e demais componentes; - recomendações gerais para prevenção de falhas e acidentes decorrentes de utilização inadequada (fixação de peças suspensas com peso incompatível com o sistema de paredes, abertura de vãos em paredes com função estrutural, limpeza de pinturas, travamento impróprio de janelas tipo guilhotina e outros); - periodicidade, forma de realização e forma de registro de inspeções; - periodicidade, forma de realização e forma de registro das manutenções; técnicas, processos, equipamentos, especificação e previsão quantitativa de todos os materiais necessários para as diferentes modalidades de manutenção, incluindo-se não restritivamente as pinturas, tratamento de fissuras e limpeza. Acústica Acústica Acústica Data do ensaio: 09/09/11 Produto: Amostra A – Apto 12, Dormitório 1 com janela 3 folhas persiana vazada Descrição e identificação do edifício e arranjo do ensaio: Fachada de vedação vertical painéis pré moldados de concreto de 10cm, revestida de textura acrílica rolada com aproximadamente 2mm de espessura, internamente com janela de dormitório de 1,17 x1,37m – perfil de alumínio série 16, vidro 3mm, sem contra-marco, fixada com parafuso Ensaio de campo do isolamento de ruido aereo de elementos de fachada Classificação de acordo com ISO 717-1 D2m,nT,w = 16 dB Avaliação baseada nos resultados de medições de campo obtidas em bandas de terço de oitava pelo método de engenharia Parte 5 - Sistema de coberturas Inicio: 10/02/2011 Número de reuniões: 6 Fase atual: 100% revisado. Principais tópicos: - Ensaios de telhas; -Transmitância térmica; - Acústica. Verificação da resistência ao impacto em telhados Massa do corpo-duro, altura e energia do impacto Determinação de resistência da platibanda Parte 6 - Sistema hidrossanitários Inicio: 22/02/2011 Número de reuniões: 04 Principais tópicos: - Resistência a impacto de tubulações aparentes (ensaio em obra). Anexo A (Normativo) Lista de verificações para os projetos a)Fase A – Concepção do produto; b)Fase B – Definição do produto; c)Fase C – Identificação e solução de interfaces; d)Fase D – Projeto de detalhamento de especialidades; e)Fase E – Pós-entrega dos projetos; f)Fase F – Pós-entrega da obra. TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO Aula 3: Projetos e preparação para implantação. Profa.: Paula Scovino Cel.: 99963.1969 Email: scovino2002@yahoo.com Objetivos da aula • Conhecer os estudos preliminares necessários; • Conhecer os projetos necessários para a obra; • Compreender a importância das atividades: topografia, terraplanagem e reconhecimento do subsolo para o prosseguimento da obra. Características da construção Características da construção Característica da construção Característica da construção Intervenientes do processo de produção Etapas construtivas Etapas construtivas Etapas construtivas Etapas construtivas Etapas construtivas Etapas construtivas Etapas construtivas Etapas construtivas Etapas construtivas Etapas construtivas Elaboração do programa de necessidades; levantamento topográfico. Ante-projeto – aprovação do cliente Projeto Básico – projeto legal Projeto Executivo – Arquitetura; Cobertura (estrutura do telhado); Instalações (elétrica, hidráulica, sanitária, gás, telefonia); Estrutura (forma, armação); Projeto Como Construído (as built); Topografia Definição: a palavra "Topografia" deriva das palavras gregas "topos" (lugar) e "graphen" (descrever), o que significa, a descrição exata e minuciosa de um lugar. “A Topografia tem por objetivo o estudo dos instrumentos e métodos utilizados para obter a representação gráfica de uma porção do terreno sobre uma superfície plana” Topografia Finalidade: determinar o contorno, dimensão e posição relativa de uma porção limitada da superfície terrestre, do fundo dos mares ou do interior de minas, desconsiderando a curvatura resultante da esfericidade da Terra. Compete ainda à Topografia, a locação, no terreno, de projetos elaborados de Engenharia. - Levantamento topográfico PLANIMÉTRICO: determinação de pontos e feições do terreno que serão projetados sobre um plano horizontal de referência através de suas coordenadas X e Y (representação bidimensional); - Levantamento topográfico ALTIMÉTRICO: determinação de pontos e feições do terreno que, além de serem projetados sobre um plano horizontal de referência, terão sua representação em relação a um plano de referência vertical ou de nível através de suas coordenadas X, Y e Z (representação tridimensional). - A realização simultânea dos dois levantamentos dá origem ao chamado Levantamento Plano altimétrico. Informações fornecidas na fase de Topografia: poligonal, curvas de nível, dimensões perimetrais, ângulos, áreas, referência de nível, construções existentes, localização de árvores, galerias de águas pluviais e esgoto, postes de energia, ruas adjacentes, orientação NS Fluxo geral das etapas de desenvolvimento do projeto Proposta para a sequência do projeto privilegiando o paralelismo e a interatividade entre etapas de projeto, ou seja: o desenvolvimento simultâneo de projetos Fluxograma das atividades consideradas preliminares Organização da obra a)Demolição b) Sondagem c) Terraplenagem a)Demolição: serviço que pode surgir em caso de antigas construções existentes no terreno. Inclui a demolição de fundações, muros divisórios, redes de abastecimento, mais a remoção e transporte dos resíduos. Recomendações gerais: -Regularização da demolição na prefeitura; -Cuidados para evitar danos a terceiros – providenciar vistorias nas edificações vizinhas antes de iniciar a demolição; -Atenção para o reaproveitamento dos materiais que saem da demolição, por questões ecológicas e porque podem servir para outra construção; Exames do terreno a) Visitar o local da obra, detectando a eventual existência de alagados, afloramento de rochas etc.; b) Visitar obras em andamento nas proximidades, verificando as soluções adotadas; c) Fazer sondagem a trado (broca) com diâmetro de 2” ou 4”, recolhendo amostras das camadas do solo até atingir a camada resistente; d) Mandar fazer sondagem geotécnica. b) Sondagem Métodos de ensaio Sondagem SPT 5 a) Visitar o local da obra, detectando a eventual existência de alagados, afloramento de rochas etc.; b) Visitar obras em andamento nas proximidades, verificando as soluções adotadas; c) Fazer sondagem a trado (broca) com diâmetro de 2” ou 4”, recolhendo amostras das camadas do solo até atingir a camada resistente; d) Mandar fazer sondagem geotécnica. 3 – SONDAGEM - EQUIPAMENTOS DE SONDAGEM Dependendo do tipo solo, a sondagem deverá utilizar o melhor processo que forneça indicações precisas, sem deixar margem de dúvida para interpretação e que permitam resultados conclusivos, indicando claramente a solução a adotar. A sondagem mais executada em solos penetráveis é a sondagem geotécnica a percussão,de simples reconhecimento, executada com a cravação de um barrilete amostrador, peça tubular metálica robusta, oca, de ponta bizelada, que penetrando no solo, retira amostras seqüentes, que são analisadas visualmente e em laboratório para a classificação do solo e determina o SPT (Standard Penet rat ion Test ), que é o registro da somatória do número de golpes para vencer os dois últimos terços de cada metro, para a penetração de 15 cm. Nas próximas figuras são mostrados um esquema do equipamento de sondagem geotécnica de percussão, a planta de locação dos furos e um laudo de sondagem. 1-conjunto motor-bomba 2-reservatório de água 3-tripé tubos metá licos 4-roldana 5-tubo-guia 50 mm 6-engate 7-guincho 8-peso padrão 60 kg 9-cabeça de cravação 1 2 3 4 5 6 9 8 7 Equipamento de sondagem a percussão Método direto: SPT Amostradores - SPT Finalidades do ensaio SPT • a determinação dos tipos de solo em suas respectivas profundidades de ocorrência; • a posição do nível-d’água; • os índices de resistência a penetração (N) a cada metro. Critérios para avaliação do ensaio SPT • Observação do nível de lençol freático; • Identificação das amostras e elaboração do perfil geológico-geotécnico; • Apresentação do relatório de sondagem. c) Terraplenagem: regularização do terreno caso seja necessário. A opção pela manutenção das características topográficas naturais de um terreno deve ser prioritária, sempre que possível. Isso, por diversas razões como: - Menor agressão ao meio ambiente; - Preservação da flora; - Maior economia nos processos construtivos; - Prevenção de erosão; - Preservação da drenagem natural; OBSERVAÇÕES: Caso seja necessário, porém, o movimento de terra, deve- se procurar o equilíbrio . Em terrenos cujo perfil natural apresente rampa severa, a edificação pode ser escalonada, evitando a execução de custosos muros de arrimo, devido às pressões do solo. Nestes casos, uma solução interessante pode ser. Ainda, a execução da edificação sobre pilares, solução essa que preserva as características naturais do terreno. Ai, porém, atenção especial deve ser dedicada à questão da acessibilidade. Aspectos que devem ser verificados durante a terraplenagem • conferir visualmente a fidelidade da planta do levantamento planialtimétrico com o terreno; • verificar visualmente, durante a execução do movimento de terra, se as principais características do solo local confirmam as indicações contidas nas sondagens anteriormente realizadas; • proceder ao controle geométrico dos trabalhos, com o auxílio da equipe de topografia, conferindo as inclinações dos taludes, limites e níveis de terraplenos e outros, com vistas à obediência ao projeto e à determinação dos quantitativos de serviços realizados, para a liberação das medições; Aspectos que devem ser verificados durante a terraplenagem Aspectos que devem ser verificados durante a terraplenagem • controlar a execução dos aterros, verificando, por exemplo, a espessura das camadas, e programar a realização dos ensaios necessários ao controle da qualidade dos aterros (determinação do grau de compactação, ensaios de CBR, entre outros) pelo laboratório de controle tecnológico; • conferir a veracidade da planta de cadastramento das redes de águas pluviais, esgotos e linhas elétricas existentes na área. Movimento de terra Podemos executar, conforme o levantamento altimétrico, cortes, aterros, ou cortes + aterros: • Cortes: Porcentagem de empolamento Fonte: CATERPILLAR Chama se empolamento ao aumento de volume, que é variável segundo a natureza do terreno, motivado pela desagregação das terras removidas. Se os materiais são mais miúdos preenchendo melhor os vazios, aquele coeficiente baixa rapidamente Procura-se evitar esse inconveniente reduzindo os vazios, desfazendo os torrões e espalhando as terras por camadas pouco espessas - ASSENTAMENTO. Movimento de terra Podemos executar, conforme o levantamento altimétrico, cortes, aterros, ou cortes + aterros: • Aterros e reaterros: Noções de segurança para movimentação de terra: • 1 - Depositar os materiais de escavação a uma distância superior à metade da profundidade do corte; • 2 - Os taludes instáveis com mais de 1,30m de profundidade devem ser estabilizados com escoramentos; • 3 - Estudo da fundação das edificações vizinhas e escoramentos dos taludes; • 4 - Sinalizar os locais de trabalho com placas indicativas; • 5 - Somente deve ser permitido o acesso à obra de terraplenagem de pessoas autorizadas; • 6 - A pressão das construções vizinhas deve ser contida por meio de escoramento. Organização da obra Legislação e NRs - Código de Obra (Municipal) Legislação Urbana e de Vizinhança Afastamentos, Alinhamentos, Alturas, taxas de ocupação, - Resolução CONAMA 307/2002 Gestão de resíduos - NR18 Condições de Trabalho na C.Civil - NBR 15575 Desempenho na C.Civil Autorizações - Licenças Ambientais (Licença Prévia, Licença de Instalação e Licença de Operação) - Autorizações Municipais (Alvará de instalações Provisórias, Alvará de Construção, habite-se) - Autorizações governamentais ( IPHAN, ANTAQ, ANP, FURNAS, ANTT) Instalações provisórias A qualidade das instalações provisórias possui relação direta com o rendimento dos operários. A boa aparência do canteiro também transmite atributos positivos para a obra. Instalações provisórias As chamadas “áreas de vivência” das construções, padronizadas pela NR 18 e NBR 12284, requerem instalações mínimas aos operários, como sanitários, vestiários e local para refeições. TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO Aula 4: Lay out e componentes básicos de um canteiro de obras. Profa.: Paula Scovino Cel.: 99963.1969 Email: scovino2002@yahoo.com Objetivos da aula • Conhecer os elementos que compõem o canteiro de obras; • Conhecer a função e a importância de cada componente; • Conhecer os requisitos da NR 18; • Conhecer os fatores que influenciam a localização de cada componente do canteiro de obras. Estrutura do conteúdo Componentes básicos de um canteiro de obras (função, necessidades e importância) a. Acessos (operários, fornecedores, caminhões) b. Setor administrativo (escritórios) c. Setor social (vestiários, sanitários, refeitórios, alojamentos) d. Setor técnico (depósito e guarda de equipamentos, almoxarifado) e. Setor de materiais (depósitos fechados e abertos (agregados, cimento, cal, tijolos, madeira, ferro, material hidráulico, material elétrico, argamassa pronta, revestimentos) f. Locais para preparo e transformações (concreto, argamassa, formas, armaduras, pré-moldados) g. Meios e vias de transporte horizontal e vertical (caminhões, carregadeiras, guincho, guincho de torre, gruas, correias transportadoras, calhas) Conceitos Conceitos Canteiro de trabalho segundo Norma Regulamentadora 18 NR18 do Ministério do Trabalho e Emprego Área de trabalho fixa e temporária, onde se desenvolvem operações de apoio e execução de uma obra Conceitos Canteiro de obras segundo NBR12.284 Área de vivência em canteiros Conjunto de áreas destinadas à execução e apoio dos trabalhos da indústria da construção, dividindo-se em áreas operacionais e áreas de vivência Objetivos da organização do canteiro Planejar o uso do terreno não ocupado peloedifício e parte dele para locação de: a) máquinas e equipamentos; b) Instalações físicas; c) Redes de água, esgoto e energia; d) Acessos e vias de circulação; •Os canteiros de obra, são setores da produção, formados por uma célula em constante transformação, modificando-se à medida que avançam as fases da obra. Importância da organização do canteiro É a “FÁBRICA” que produz o edifício Pensar na logística: • impede a ociosidade de equipamentos e de mão-de-obra; • diminui os tempos de deslocamento; • diminui os tempos de deslocamento; • racionaliza as atividades; • impede operações semelhantes em locais espaçados; • minimiza as interferências: materiais x mão-de- obra. Importância da organização do canteiro Pensar na segurança: - Minimizar as interferências (layout). - Implementar de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança. materiais x mão-de-obra x equipamentos • Instalação fabril dinâmica. • Diferentes atividades ao longo do tempo. • O produto permanece e a fábrica sai. CANTEIRO DE OBRA X INSTALAÇÃO FABRIL Importância da organização do canteiro Processos e Métodos construtivos empregados: Ex.: PRÉ-FABRICAÇÃO Possibilidade de pré-fabricação de componentes no local da obra – necessidades de áreas de estoque. Características dos materiais: a granel, ensacados, perecíveis. Prazo de Execução - Frequência e volume de fornecimentos de materiais. - Necessidade de recursos humanos. - Necessidade de materiais. Elementos Elementos de infra-estrutura do canteiro • instalações provisórias: – energia elétrica – água/esgoto • armazenamento de materiais (perecíveis e não perecíveis) • almoxarifado • refeitório • sanitários/vestiários • alojamento • ambulatório • armazenagem e manipulação de resíduos: • escritório • garagem • oficina de manutenção • área de descanço/lazer Elementos Elementos relacionados à produção • Central de concreto • Central de argamassa • Central de preparo de armaduras • Central de produção de fôrmas • Central de produção de pré-moldados • Oficina de montagem de instalações e caixilhos Elementos • Para sua implantação deve-se considerar o plano definitivo da obra envolvendo suas fases de desenvolvimento. • Organização do canteiro – considera-se a instalação principal e posteriormente os equipamentos, de maneira que o fluxo de operações não apresente cruzamentos, conflitos. FASE INICIAL Fases do canteiro - INICIAL: O canteiro de obras vai sendo modificado ao longo da execução da obra em função: • dos materiais presentes; • dos serviços a serem executados; • dos equipamentos disponíveis; • da mão-de-obra alocada nos serviços. SERVIÇOS INICIAIS. Serviços que interferem com as áreas onde será implantado o canteiro. Movimentos de terra, instalações e fundações. FASE INICIAL Rede de Água, Esgoto e Elétrica: INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS: Água • Higiene e Limpeza • “Matéria Prima” • Verificar a existência de rede pública: - quantidade e qualidade. • Inexistência da rede: - perfurar poços - comprar (caminhões) • Providenciar armazenamento. Esgoto •Quando existe construção no local, as instalações são facilitadas • Durante a obra: - fossas sépticas e sumidouros 1 FASE INICIAL INSTALAÇÕES ELÉTRICAS: ELEVADOR DE OBRA 7,5 - 15 HP TRIFÁSICO BETONEIRA 3,0 HP TRIFÁSICO BOMBA D'ÁGUA 3,0 HP TRIFÁSICO SERRA ELÉTRICA 2,0 HP TRIFÁSICO MÁQUINA DE CORTE 2,0 HP TRIFÁSICO VIBRADOR 3,0 HP TRIFÁSICO Elementos do canteiro Barracão Tapume Almoxarifado Escritório Sanitários Refeitório Acesso ao Canteiro Local de Lazer Depósito de areia Depósito de cimento Depósito de brita Depósito de Cal Depósito de cimento Depósito de tijolos Depósito de madeira Carpintaria Depósito de ferragem Armações Máquinas Elevadores Andaimes Elementos do canteiro Barracão: local onde se desenvolve várias atividades numa obra. Elementos do canteiro Barracão: local onde se desenvolve várias atividades numa obra. Elementos do canteiro Elementos do canteiro Tapume: fechamento do canteiro de obras, de modo a impedir ou dificultar a entrada de pessoas estranhas ou saída indevida de materiais. Elementos do canteiro Almoxarifado: local destinado à guarda de material para seu controle e distribuição para a obra. Almoxarifado O almoxarifado guarda as ferramentas de propriedade da construtora, EPIs, e estoques pequenos de alto valor unitário( como cabos e conexões elétricas). O almoxarifado abriga as funções de armazenamento e controle de materiais e ferrramentas, devendo situar-se idealmente próximo a três outros locais do canteiro, de acordo com a seguinte ordem de prioridade: ponto de descarga de caminhões, elevador de carga e escritório Elementos do canteiro Escritório: destinado aos trabalhos administrativos e controle técnico. (plantas, diário de obra, telefone, controle de ponto). Elementos do canteiro Sanitários: destinado ao banho e necessidades fisiológicas dos operários do canteiro. Lavatório, mictório, chuveiro, vaso sanitário na proporção de 1 para 20 trabalhadores Instalações sanitárias Elementos do canteiro Refeitório: destinado ao lanche e refeições dos operários do canteiro. Refeitório Refeitório Entrada do canteiro: Local de acesso ao canteiro de obras. Elementos do canteiro Local de lazer: Local de lazer para os operários nas suas folgas. Elementos do canteiro Depósito de Areia: destinado à armazenagem de areia para a construção, é apenas um local ao tempo destinado à concentração dos agregados miúdos, destinados ao concreto ou às argamassas para alvenarias ou revestimentos. Sua localização deve ser próximo das centrais de preparo de concerto ou argamassas. Elementos do canteiro Depósito de Brita: O depósito de agregado graúdo deve ficar próximo das centrais de preparo de concreto. É também apenas um local ao tempo onde é reunida a pedra britada. Elementos do canteiro Depósito de Cal: O depósito de cal deve ser coberto e ficar próximo das centrais de preparo das argamassas. Empilhamento de 15 sacos Elementos do canteiro Depósito de Cimento: Local destinado ao estoque dos sacos de cimento, geralmente perto do local de processamento do concreto. Sacos empilhados até 15 unidades em menos de 15 dias. Pilhas de 10 unidades quando for mais de 15 dias Elementos do canteiro Depósito de Tijolos: Local destinado ao armazenamento dos tijolos da obra. Elementos do canteiro Depósito de Madeira: Pode constituir-se de um barracão ou telheiro especialmente destinado ao abrigo e guarda do madeiramento ou apenas um local no próprio almoxarifado. Elementos do canteiro Carpintaria Elementos do canteiro Elementos do canteiro Depósito de Ferro: Consiste geralmente de um local onde são armazenados, ao tempo, os ferros destinados ao concreto, assim como para a banca de montagem. Elementos do canteiro Armações de aço Elementos do canteiro Máquinas: Guincho/Elevador: nas construções de grande número de pavimentos ou andares, utiliza-se um equipamento para transporte vertical de cargas e mesmo de pessoal. Elementos do canteiro Elementos do canteiro Elementos do canteiro Elementos do canteiroElementos do canteiro Elementos do canteiro Betoneira: Destina-se à dosagem e boa mistura dos ingredientes de um traço de concreto ou de argamassa. É um depósito, uma caçamba, movida a moto elétrico, que girando faz a mistura íntima dos ingredientes, podendo bascular e virar para derramamento e distribuição do concreto ou argamassa. Varia de tamanho e capacidade. Elementos do canteiro Elementos do canteiro Bate estacas Trator de obras Elementos do canteiro Andaimes (tubular): São estruturas provisórias necessárias à execução da obra. Devem satisfazer aos seguintes requisitos: - Segurança e firmeza; - Rapidez na montagem de desmontagem; - Leveza dos elementos, facilitando o transporte e manuseio; - Possibilidade de reutilização. Elementos do canteiro Andaimes: (balancim – bandeja salva-vidas: a cada três pavimentos. Elementos do canteiro Depósito de entulho Em relação ao depósito de entulho, deve existir um local específico para tal fim, seja uma caçamba basculante (como mostra a figura abaixo) ou uma baia semelhante as baias de armazenamento de agregados. O entulho deve ser retirado a cada 2 ou 3 dias. Elementos do canteiro Depósito de entulho O depósito de entulho deve situar-se próximo ao local de descarga do entulho, ou seja, junto à saída do tubo coletor ou próximo ao elevador de carga, em local que permita o acesso do caminhão de coleta. Elementos do canteiro Andaimes: Lay out de canteiro Canteiro com tecnologia artesanal É necessário um programa de necessidades para o projeto do canteiro de obras PCMAT – Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho – ligado à NR-18, é específico, obrigatório para qualquer obra com mais de 20 operários do total, independente de serem ou não da mesma empresa. • Os riscos de acidentes dos trabalhadores acompanham esse processo, exigindo acompanhamento pontual e periódico, seguindo as Normas Reguladoras (NR’s), estabelecidas pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Segurança e Saúde Segurança e Saúde Para atingir a eficácia da prevenção de acidentes, além das NR’s, há necessidade que as construtoras implementem programas específicos como: • PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais •PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – que compreende as seguintes etapas: 1. Responsabilidade 2. Treinamento 3. Avaliação dos Riscos; 4. Comunicações 5. Monitoramento e Medições 6. Requisitos Legais 7. Atendimento às emergências Segurança e Saúde Segurança e Saúde • Para tanto, para melhorar as condições e o Meio Ambiente do Trabalho, há necessidade que a obra tenha o devido planejamento e treinamento, conforme segue: • O Planejamento – abrange o cumprimento das Normas Ambientais, a preservação de danos nas edificações vizinhas, e todos os procedimentos que assegurem a segurança e a saúde dos operários (trabalhadores). • O Treinamento – a NR-18 determina que todos os operários recebam treinamento dentro do seu horário de trabalho. Antes de iniciar suas tarefas, deve ser informado sobre as condições e riscos de sua função e as medidas coletivas e individuais adotadas. • Para atingir esses objetivos as empresas construtora devem fornecer: - vestimenta e EPI (Equipamento de Proteção Individual); - cinto de segurança tipo pára-quedista TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO Aula 5: Escavações, Escoramentos e Contenções Profa.: Paula Scovino Cel.: 99963.1969 Email: scovino2002@yahoo.com Objetivos da aula • Conhecer os problemas que as escavações podem trazer para as edificações vizinhas • Conhecer as principais técnicas de escavações e os equipamentos utilizados • Conhecer os principais tipos de contenção Estrutura do conteúdo 1. Riscos que envolvem as escavações e monitoramento do entorno 2. Escavações: 2.1 Sinalização 2.2 Taludes 2.3 Aberturas de valas 3. Tipos de Contenções 3.1 Escavação invertida 3.2 cortinas de estacas prancha 3.3 paredes diafragma 3.4 cortina atirantada 3.5 cortina de estacas 3.6 jetgrouting 3.7 muros de arrimo 4. REBAIXAMENTO TEMPORÁRIO DE LENÇOL FREÁTICO 1. Riscos que envolvem as escavações e monitoramento do entorno trabalhos realizados em valas ocorrem, com frequência, acidentes graves e fatais devido, principalmente, a deslizamentos de terra com consequentes soterramentos. Por isto, é necessário adotar medidas que garantam a segurança dos trabalhadores, levando em conta, principalmente, o conjunto de esforços sobre as contenções. 1. Riscos que envolvem as escavações e monitoramento do entorno SOTERRAMENTO - O principal motivo para a ocorrência de tais acidentes é a ausência dos sistemas de contenção do solo. Riscos Comuns Ruptura ou desprendimento de solo e rochas devido a: -Operação de máquinas; -Sobrecargas nas bordas dos taludes; -Execução de talude inadequado; -Aumento da umidade do solo; -Falta de estabelecimento de fluxo; -Vibrações na obra e adjacências; -Realização de escavações abaixo do lençol freático; 1. Riscos que envolvem as escavações e monitoramento do entorno Riscos Comuns -Realização de trabalhos de escavações sob condições meteorológicas adversas; -Interferência de cabos elétricos, cabos de telefone e de redes de água potável e de sistema de esgoto; -Obstrução de vias públicas; -Recalque e bombeamento de lençóis freáticos; -Falta de espaço suficiente para a operação e movimentaçãode máquinas. 18.6.1 A área de trabalho deverá ser previamente limpa, devendo ser retirados ou escorados solidamente árvores, rochas, equipamentos, materiais ou objetos de qualquer natureza, quando houver risco de comprometimento de sua estabilidade, durante a execução dos serviços 18.6.2 Muros, edificações vizinhas e todas as estruturas que possam ser afetadas pela escavação devem ser escorados NR 18 - estruturas adjacentes que possam ser afetadas devem ser escoradas; Antes da escavação: As escavações com mais de 1,25 m (um metro e vinte e cinco centímetros) de profundidade devem dispor de escadas de acesso em locais estratégicos, que permitam a saída rápida e segura dos trabalhadores em caso de emergência. 2 Escavação 2.1 Sinalização Nas escavações em vias públicas ou em canteiros, é obrigatória a utilização de sinalizações de advertência e barreiras de isolamento. Alguns tipos de sinalização usados: • Cones • Fitas • Cavaletes • Pedestal com iluminação • Placas de advertência • Bandeirolas • Grades de proteção • Tapumes • Sinalizadores luminosos 2.1 Sinalização Sinalização deverá sofrer alterações em virtude da chegada de máquinas e equipamentos, devendo ser demarcada toda a área de atuação da obra. 2.2 Taludes Inclinação ou declive nas paredes de uma escavação 2.2 Taludes Ruptura de um talude natural 2.2 Taludes 2.2 Taludes De uma forma esquemática, podemos dizer que a pressão sobre as partículas é nula (igual a zero) na superfície do terreno e vai aumentando gradativamente com a profundidade. Quanto mais fundo maior serão as forças sobre a partícula. Quando cortamos o terreno..... Uma parte das forças é eliminada (setas azuis). As partículas ficam sob pressão em apenas um dos lados (setas vermelhas). Essas forças precisam ser equilibradas com uma nova configuração de forças. 2.2 Taludes De uma forma esquemática, podemos dizer que a pressão sobre as partículas é nula (igual a zero) nasuperfície do terreno e vai aumentando gradativamente com a profundidade. Quanto mais fundo maior serão as forças sobre a partícula. Quando cortamos o terreno..... Uma parte das forças é eliminada (setas azuis). As partículas ficam sob pressão em apenas um dos lados (setas vermelhas). Essas forças precisam ser equilibradas com uma nova configuração de forças. 2.2 Taludes Dependendo de um parâmetro denominado COESÃO, próprio de cada tipo de solo, o desbarrancamento pode ser "instantâneo" e ocorrer alguns dias depois que o corte foi feito ou pode ser do tipo "lento" vindo a ocorrer após muitos anos depois. Há casos de taludes que desbarrancaram 10 anos depois que o corte foi feito. Essa história de que "se não caiu até hoje não cai mais" é lenda e não se deve acreditar. Exemplo - Novo equilíbrio do talude em solos com baixa coesão. O desbarrancamento é "imediato". 2.2 Taludes Instalação de escadas em escavação de vala com mais de 1,25 m de altura NR 18.6.7 As escavações com mais de 1,25 m de profundidade devem dispor de escadas ou rampas, colocadas próximas aos postos de trabalho, a fim de permitir, em caso de emergência, a saída rápida dos trabalhadores. 2.2 Taludes Fatores que influenciam a movimentação do solo: -Dimensões da escavação -Propriedades dos solos envolvidos -Pressão devido à água no terreno -Velocidade de escavação da cava -Tempo decorrido entre a escavação de cada porção e a execução do escoramento -Sistema de escoramento adotado e características mecânicas do mesmo -Seqüência nos processos de escavação e escoramento -Estruturas e instalações vizinhas (dutos enterrados próximos, fundações rasas) -Cargas temporárias (solo removido da cava, máquinas passando próximas à cava) 2.2 Taludes Somente a utilização da lona plástica para proteção de talude não é suficiente. É preciso dimensionar o escoramento para garantir a segurança do trabalhador e edificações vizinhas. 2.2 Taludes Medidas de afastamento mínimo comumente adotadas 2.2 Taludes Distanciamento para tráfego de veículos próximos as escavações 2.2 Taludes 2.2 Taludes 2.2 Taludes Observar: - tráfego próximo da escavação deve ser desviado ou ter a velocidade reduzida; - acessos de pessoal, veículos e equipamentos devem ter sinalização permanente; - proibido o acesso de pessoal não autorizado; Devem ser construídas passarelas de largura mínima de 0,80 m (oitenta centímetros), protegidas por guarda-corpos com altura mínima de 1,20 m (um metro e vinte centímetros), quando houver necessidade de circulação de pessoas sobre as escavações. Passarela em escavação para circulação de pessoas - durante escavações manuais o pessoal deve manter distância segura entre si; Não andar sobre tubo/linhas de transmissão/fogo na Vala/muro sem escoramento. 2. 2 Taludes EPIs: Capacete com jugular, calçado de segurança, óculos de proteção e protetor auricular Na preparação da atividade: Antes de iniciar a tarefa, certifique-se que esteja utilizando todos os EPI`s. O operador deverá ser treinado e habilitado para executar as atividades. Verificar as condições do local, se existe algum risco adicional a atividade a ser executada. Se faz necessário manter o local de trabalho limpo e organizado de forma a evitar acidentes. Verificar a resistência do piso onde o equipamento realiza a atividade. Verificar se existe cabos elétricos ou tubulações que estejam enterrados. 2.3 Aberturas de valas Para serviços de saneamento Escoramento de valas O escoramento de valas tem por objetivo garantir a segurança dos trabalhadores evitando desabamentos das paredes da vala, eliminando os riscos existentes. Corrimão Cinta Estronca Prumo/ estaca ou prancha Guarda Entivação de acordo com o Decreto nº 41821 Escoramento de valas É necessário portanto o conhecimento dos tipos de escoramentos possíveis e sua execução para que possa escolher o mais adequado em função do tipo de solo/profundidade da vala/tempo em que a vala permanecerá aberta / passagem de veículos na área/presença de água/proximidade de construções. Madeira - Quando a profundidade < 5 m Metal - Quando a profundidade > 5 m 3.1 Escavação Invertida 3.2 Cortina de estacas prancha Perfis, metálicos ou de concreto, com engastes laterais, que admitem a acoplagem de vários destes, permitindo a formação de uma cortina que quando cravada no terreno serve como contenção vertical. • Manter verticalidade no posicionamento da cortina • Cuidar para que não ocorra o desligamento entre as estacas na hora da cravação da cortina 3.3 Paredes diafragma Uma das alternativas é construir uma estrutura para arrimar (apoiar, segurar, escorar, encostar). Esta estrutura chama- se Muro de Arrimo (não confundir com Muro de Contenção que é para outra finalidade). Observe que a simples construção do Muro de Arrimo, não cria as forças para equilibrar as tensões que atuam no seio do solo. Para que o muro comece a reagir e consiga criar uma força oposta, será necessário que o terreno sofra um recalque (afunde um pouco) até encostar, com força, no muro recém construído: Mas, havendo casa na parte de cima, ela írá sofrer um recalque e este recalque, pequeno que seja, produzirá trincas em diversos locais da casa, nas paredes e também no teto e no piso. O sintoma mais alarmante são as trincas que surgem nos pisos que estão em contato direto com o solo. Etapa 2 - Terminada toda a escavação com a , a lama bentonítica deve ser substituída por uma nova pois o processo de escavação e remoção da terra deixa a lama bem "suja" e imprópria para a fase concretagem. Etapa 1 - Ao mesmo tempo em que é feita a escavação, coloca-se na vala uma lama feita de bentonita que é um mineral com propriedades tixotrópicas que é dosada para ter a mesma densidade do material que é retirado da vala. Etapa 3 - A armação é toda montada fora, parecendo uma gaiola, e colocada no lugar pelo guindaste.O concreto não pode misturar com a lama de bentonita. Então é utilizada uma técnica de concretagem denominada como "concretagem submersa". Para não se misturar com a lama, o concreto é introduzido por um funil e um tubo leva o concreto até o fundo da valeta. Etapa 3 - A armação é toda montada fora, parecendo uma gaiola, e colocada no lugar pelo guindaste.O concreto não pode misturar com a lama de bentonita. Então é utilizada uma técnica de concretagem denominada como "concretagem submersa". Para não se misturar com a lama, o concreto é introduzido por um funil e um tubo leva o concreto até o fundo da valeta. 2.2 Taludes Agora que o talude já está sustentado (arrimado) pela parede-diafragma, o corte do terreno pode ser feito. 3.4 Cortinas atirantadas Vale-se de tirantes protendidos e chumbadores para dar sustentação ao terreno. Pode ser de caráter provisório ou definitivo. Recomendada para cortes em terrenos com grande carga a ser contida ou solo que apresenta resistência a sua estabilidade. 1. Execução da cortina e cravamento dos perfis metálicos, para que fiquem no prumo; 2. Inserção dos tirantes até que fiquem fora da zona de movimentação; 3. Drenagem da água. 3.4 Cortinas atirantadas 3.5 Cortina de estacas As estacas são executadas no interior do solo, mesmo antes de se executar a escavação. Essa solução consiste na construção de uma frente descontínua de estacas moldadas no terreno, sendo este posteriormente escavado num dos lados 3.5 Cortina de estacas 3.6 Jet groutingreforço do solo por meio de colunas de solo- -cimento executadas com perfuração, jateamento e desagregação do solo com calda de cimento a altas velocidades (da ordem de 800 km/h) e grandes impactos. Aplicáveis a qualquer tipo de solo, sem restrições granulométricas, as colunas de jet grouting podem ser feitas em quaisquer direções. 3.6 Jet grouting 3.7 Muros de arrimo Muros são estruturas corridas de contenção de parede vertical ou quase vertical, apoiadas em uma fundação rasa ou profunda. Podem ser construídos em alvenaria (tijolos ou pedras) ou em concreto (simples ou armado), ou ainda, de elementos especiais. Os muros de arrimo podem ser de vários tipos: gravidade (construídos de alvenaria, concreto, gabiões ou pneus), de flexão (com ou sem contraforte) e com ou sem tirantes. 3.7 Muros de arrimo Muros de alvenaria de pedra Muros de concreto ciclópico 3.7 Muros de arrimo Muros de concreto ciclópico são em geral economicamente viáveis apenas quando a altura não é superior a cerca de 4 metros A sessão transversal é usualmente trapezoidal, com largura da base da ordem de 50% da altura do muro Os furos de drenagem devem ser posicionados de modo a minimizar o impacto visual devido às manchas que o fluxo de água causa na face frontal do muro. 3.7 Muros de arrimo Muros de gabião Os muros de gabiões são constituídos por gaiolas metálicas preenchidas com pedras arrumadas manualmente e construídas com fios de aço galvanizado em malha hexagonal com dupla torção. As principais características dos muros de gabiões são a flexibilidade, que permite que a estrutura se acomode a recalques diferenciais e a permeabilidade. 4 REBAIXAMENTO TEMPORÁRIO DE LENÇOL FREÁTICO Métodos tradicionais Rebaixamento : altera a posição do nível d’água do terreno ao redor da construção. Esse método causa impactos permanentes no meio ambiente. Exclusão : elimina a água da escavação somente na área da construção, portanto mantém as condições hidrogeológicas locais. Esse método causa poucos e temporários impactos no meio ambiente. 4 REBAIXAMENTO TEMPORÁRIO DE LENÇOL FREÁTICO Bombeamento direto Consiste em coletar água em valas executadas no fundo da escavação, ligadas a um ou mais poços onde a agua é acumulada e posteriormente retirada através de bombas. 4 REBAIXAMENTO TEMPORÁRIO DE LENÇOL FREÁTICO Bombeamento direto Inspeções prévias nas estruturas vizinhas e relatórios fotográficos desde o início das obras serão necessários para identificar seu estado. Essa ação tem como principais objetivos as precauções necessárias, avaliação adicional dos métodos construtivos, registro do estado das edificações vizinhas. 4 REBAIXAMENTO TEMPORÁRIO DE LENÇOL FREÁTICO Bombeamento direto TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO Aula 6: Tipos de Fundações Profa.: Paula Scovino Cel.: 99963.1969 Email: scovino2002@yahoo.com Objetivos da aula • Conhecer os principais tipos de fundações superficiais e profundas • Conhecer os métodos construtivos das fundações mencionadas 1. Fundações diretas superficiais: 1.1 blocos de fundação 1.2 baldrame 1.3 sapatas 1.4 viga de equilíbrio 1.5 radier 2. Fundações diretas profundas: 2.1 Tubulão a céu aberto 3. Fundações indiretas profundas 3.1 Estacas (ponta, atrito, mista, flutuante, tração e flexão) 3.1.1 Madeira, aço 3.1.2 Pré-moldadas de concreto (armado e protendido) 3.1.2 Moldadas no local (Franki, Strauss, Hélice, Escavada, raiz) 3.1.3 Blocos de coroamento Fundações: São elementos estruturais cuja função é a transferência de cargas da estrutura para a camada resistente de solo Fundações Diretas Aquelas em que a transmissão da carga para o solo é feita preponderantemente pela base: Fundações Indiretas Aquelas em que a transmissão da carga para o solo é feita preponderantemente pela superfície lateral Fundações Rasas Aquelas em que a cota de apoio está em torno de 2m de profundidade Fundações Profundas Aquelas em que a cota de apoio está acima de 2m de profundidade 1.1 Blocos de fundação - direta e superficial Conforme NBR 6122 - elemento dimensionado de modo que as tensões de tração nele produzidas possam ser resistidas pelo concreto. Elemento de fundação superficial de concreto, pode ter as faces verticais, inclinadas ou escalonadas e apresentar planta de seção quadrada ou retangular. 1.1 blocos de fundação 1.1 blocos de fundação 1.2 baldrame 1.2 baldrame 1.2 Baldrame 1.2 baldrame 1.2 Baldrame - direta e superficial A viga baldrame pode ser considerada a própria fundação. No caso de terrenos firmes e cargas pequenas, pode-se utilizar este tipo de fundação rasa e bem econômica 1.2 Baldrame - direta e superficial são vigas de formato retangular, moldadas no local (in loco), dependendo do caso pode ser pré- moldadas, com a função de receber cargas das paredes e transferi-las aos blocos de fundação ou as brocas ou ao solo. O uso das vigas baldrame também proporciona travamento entre os blocos de fundação, distribuindo os esforços laterais e restringindo parcialmente o giro em sua direção. 1.3 Sapatas 1.3 Sapatas 1.3 Sapatas 1.3 Sapatas 1.4 Vigas de equilíbrio SAPATA COM VIGA DE EQUILÍBRIO a viga de equilíbrio tem a função de transmitir a carga vertical do pilar para o centro de gravidade da sapata de divisa e, ao mesmo tempo, resistir aos momentos fletores produzidos pela excentricidade da carga do pilar em relação ao centro dessa sapata 1.5 Radier 1.5 Radier 1.5 Radier 1.5 Radier 2. Fundações diretas profundas: 2.1 Tubulão a céu aberto 2.1 Tubulão a céu aberto A NBR 6122/2010 recomenda que a base do Tubulão deve ser dimensionada de modo a evitar alturas H superiores a 2m. 2.1 Tubulão a céu aberto é uma fundação profunda, concreta-se um poço aberto no terreno, geralmente dotado de base alargada, neste caso há descida de pessoal para alargamento da base ou limpeza quando não há base. Este tipo de tubulação é executado acima do nível da água ou rebaixado, ou, em casos especiais, em que o solo se mantenha estável, sem risco de desmoronamento e seja possível controlar a água do interior o tubulão. 2.1 Tubulão a céu aberto Para execução do tubulão a céu aberto é necessário escavar manual ou mecanicamente o fuste, alargar a base, limpá-la, e por último colocar a armadura e concretar. 2.1 Tubulão a céu aberto Escavação 2.1 Tubulão a céu aberto Escavação 2.1 Tubulão a céu aberto Escavação 2.1 Tubulão a céu aberto Colocação d armação 2.1 Tubulão a céu aberto Colocação de armação e concretagem FUNDAÇÕES INDIRETAS PROFUNDAS 3. Fundações indiretas profundas 3.1 Estacas (ponta, atrito, mista, flutuante, tração e flexão) 3.1.1 Madeira, aço 3.1.2 Pré-moldadas de concreto (armado e protendido) 3.1.2 Moldadas no local (Broca, Franki, Strauss, Hélice, Escavada, raiz) 3.1.3 Blocos de coroamento ESTACAS OMEGA ESTACAS OMEGA 3.1.2 Moldadas no local (Broca, Franki, Strauss, Hélice, Escavada, raiz) FRANKI Edgard Frankignoul desenvolveu a ideia de cravar um tubo no terreno pelo impacto de golpes do pilão de queda livre numa bucha (tampão) de concreto seco ou seixo rolado compactado, colocado dentro da extremidade inferior do tubo. Franki Na execução de uma estaca Franki pode-se destacar as seguintes fases: -cravação do tubo Franki -execução da base alargada -colocação da armadura -execução da concretagem do fuste com a extração do tubo Franki 3.1.2 Moldadas no local - Strauss São estacas moldadas “in loco”,executadas com revestimento metálico recuperável, de ponta aberta, para permitir a escavação do solo. Podem ser em concreto simples ou armado. Desvantagens: • Não pode ser executada abaixo do N.A. • Concreto de baixa qualidade (feito à mão). • Muita lama proveniente escavação. • Execução lenta. Vantagens: • Simples Execução. • Baixo Custo. • Capacidade de carga e diâmetros diversos. 3.1.2 Moldadas no local (Broca, Franki, Strauss, Hélice, Escavada, raiz) raiz TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO Aula 7: Fôrmas e armações Profa.: Paula Scovino Cel.: 99963.1969 Email: scovino2002@yahoo.com Objetivos da aula • Conhecer os tipos de fôrmas para concreto armado • Conhecer os processos de construção, montagem, desforma e reutilização • Conhecer os processos ligados às armações Estrutura do conteúdo 1. Conceito 2. Tipos de Fôrmas 2.1 Fôrmas trepantes 2.2 Fôrmas Deslizantes 2.3 Fôrmas metálicas 2.4 Sistema convencional – madeira 2.5 Fôrmas mistas 2.6 Fôrmas – outros tipos 2.7 Armação 3 Descobrimento, desmontagem 1. Projetos São as estruturas provisórias, geralmente de madeira, destinadas a dar forma e suporte aos elementos de concreto até a sua solidificação. Conter o concreto fresco e sustentá-lo até que atinja resistência mecânica necessária 1. Projetos 1. Projetos 1. Projetos Pouca atenção foi dispensada para os custos decorrentes da falta de um rigor maior no trato das fôrmas. Atualmente, com o alto custo da madeira, a necessidade de maior qualidade (controle tecnológico dos materiais), a redução das perdas (materiais e produtividade da mão-de-obra), redução de prazos de entrega (competitividade) etc, é imperioso que o engenheiro dê a devida importância ao dimensionamento das fôrmas e escoramentos provisórios considerando os planos de montagem e desmontagem e o reaproveitamento na mesma obra. Por se tratar de item tão significativo, racionalizar o sistema de fôrmas significa otimizar a execução do empreendimento, fato que tem feito surgir vários sistemas de fôrmas que se adequam mais a um tipo específico de estrutura. A escolha do processo de produção e do sistema de fôrmas passou a ser estratégico e a adequabilidade passou a ser o quesito mais importante. 1. Projetos Normalmente, os objetivos da sistematização da fôrma são: • Obter o sistema adequado às necessidades e às condições disponíveis. • Ter o controle da precisão geométrica dos elementos da estrutura. • Obter melhor produtividade nas atividades da fôrma, na confecção, montagem, desforma, transporte, conservação e manutenção. • Preservar o desempenho da estrutura com correto manuseio da fôrma • Obter o resultado mais econômico. 1. Projetos O projeto completo de produção de fôrma deve contemplar, no mínimo: • Desenhos de montagem da fôrma, sendo as principais: Planta de locação dos eixos e gastalhos / locação dos pilares Planta de cimbramento, travamentos, guias e barrotes e escoras remanescentes. Planta de processo de paginação da laje • Desenhos de confecção da fôrma • Especificação técnica dos materiais e Normas básicas operacionais. 1. Projetos 1. Projetos 1. Projetos Características do sistema de fôrmas: -Rigidez; -Estanqueidade; -Durabilidade; -Resistência mecânica à ruptura; -Reatividade química; -Baixa aderência ao concreto; -Estabilidade dimensional; -Baixa absorção de água; -Rugosidade superficial adequada -Permitir o correto posicionamento da armadura 2. Tipos de Fôrmas são classificadas de acordo com o material e pela maneira com são utilizadas, levando em conta o tipo de obra. 2.1 Fôrmas Trepantes O avanço vertical acontece gradualmente, por meio de formas apoiadas em plataformas, as quais são fixadas por parafusos ou barras embutidas aos trechos anteriormente concretados. é indicado para a construção de estruturas de concreto de alturas elevadas, em que a instalação de andaimes para a execução da obra é inviável ou onerosa demais. A concretagem in loco é feita em etapas 2.1 Fôrmas Trepantes 2.2 Fôrmas deslizantes Torres, pilares altos de grande seção O sistema é uma alternativa às fôrmas trepantes, com a diferença de que é composto basicamente por fôrmas mais baixas de até 1,20 m de altura - contra painéis de mais de 2 m de altura dos sistemas trepantes - e um sistema de içamento que inclui um macaco hidráulico e um barrão de aço, que se apoia na estrutura. 2.2 Fôrmas deslizantes Um sistema de fôrmas deslizantes é composto, basicamente, por quatro elementos: 1) painéis, que podem ser produzidos em madeira e revestidos de chapa galvanizada ou serem totalmente metálicos; 2) cavaletes metálicos, que fixam as fôrmas internas e externas, garantindo assim a geometria da peça; 3) equipamento hidráulico para içamento e 4) andaimes de armador e pedreiro fixados aos cavaletes metálicos e elevados junto com a fôrma. A rigidez do conjunto se dá por vigas horizontais fixadas aos painéis. Já a união entre os vários painéis ocorre por meio de cambotas (emendas das vigas horizontais). 2.2 Fôrmas deslizantes Após a desforma, recomenda-se realizar imediatamente a cura. Quando a superfície do concreto se tornar mais resistente, pode-se fazer a cura úmida com jatos de água 2.3 Fôrmas metálicas São chapas metálicas de diversas espessuras dependendo das dimensões dos elementos a concretar e dos esforços que deverão resistir. Os painéis metálicos são indicados para a fabricação de elementos de concreto pré-moldados, com as fôrmas permanecendo fixas durante as fases de armação, lançamento, adensamento e cura. Embora exijam maiores investimentos, as vantagens do uso de fôrmas metálicas dizem respeito a sua durabilidade. 2.4 Sistema convencional - madeira fôrma de pilar 2.4 Sistema convencional - madeira fôrma de pilar 2.4 Sistema convencional - madeira fôrma de laje 2.4 Sistema convencional - madeira fôrma de viga 2.5 Fôrmas mistas Geralmente são compostas de painéis de madeira com travamentos e escoramentos metálicos. A s partes metálicas têm durabilidade quase que infinita (se bem cuidadas) e as peças de madeira tem sua durabilidade restrita a uma obra em particular ou com algum aproveitamento para outras obras. 2.6 Fôrmas – outros tipos 2.6 Fôrmas – outros tipos 2.7 Armação Os aços utilizados em estruturas de concreto armado no Brasil são estabelecidos pela norma NBR 7480/96. 2.7 Armação Os vergalhões são fornecidos nas categorias CA-50, com superfície nervurada, e GG-50 e CA-25 com superfície lisa. O GG-50 se diferencia dos vergalhões comuns porque traz benefícios incorporados, como a capacidade de solda a topo (para diâmetros de 10 a 40 mm), fornecimento em barras de comprimentos definidos e rigoroso controle dos diâmetros. Estes vergalhões são vendidos em barras retas ou dobradas de 12m. Tem seção circular e podem ter superfície lisa ou nervurada. 2.7 Armação 2.7 Armação Um produto muito útil nas obras e que leva à economia de tempo e mão-de- obra são as telas soldadas, assim chamadas por terem as barras soldadas entre si nos encontros (nós). Existem várias telas soldadas padronizadas, com variações nas distâncias e nos diâmetros dos fios, geralmente o fio CA-60. Podem ser aplicadas em lajes, pisos, calçamentos, piscinas, elementos pré- fabricados, argamassas de impermeabilização, etc. 3 Descobrimento, desmontagem Recomenda-se, mínimo de 60 horas para início da desmoldagem, não se esquecendo da necessidade da continuidade do processo de cura do concreto, mantendo-o úmido pelo prazo estabelecido pela especificação pertinente e, tambémda proteção com madeira nos trechos vulneráveis ao choque mecânico. Quando a desmoldagem e o manuseio da peça são feitos com resistências baixas podem ocorrer os seguintes problemas: deformações excessivas, perda de resistência proveniente de fissuração prematura e quebras de cantos e bordas; Cuidado com o desmoldante, pois pode gerar manchas; 3 Descobrimento, desmontagem 3 Descobrimento, desmontagem TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO Aula 8: Sistemas estruturais Profa.: Paula Scovino Cel.: 99963.1969 Email: scovino2002@yahoo.com Objetivos da aula • Conhecer os processos construtivos e principais características dos sistemas estruturais Estrutura do conteúdo 1. Processos construtivos 1.1 Concreto 1.2 Estrutura metálica 1.3 Steel frame Em uma edificação, os sistemas estruturais são responsáveis pela estabilidade e garantia de segurança da obra. Concepções diversas são utilizadas no projeto estrutural, com emprego de diferentes materiais. Sistemas Estruturais Desenvolvimento dos materiais de construção 1.1 Concreto O concreto simples e um material de construção constituído pela mistura convenientemente proporcionada de materiais inertes (agregados graúdo e miudo) com um aglomerante hidráulico (cimento, cal) e água. O concreto armado e o material de construção resultante da ação conjunta de dois materiais: o concreto e o aço. O concreto surgiu com o desejo de se criar uma pedra artificial, resistente, economica e durável como a pedra natural e que apresentasse como vantagem a possibilidade de ser moldada nas dimensões e nas formas desejadas. Desde o seu aparecimento, no inicio do seculo XIX, até hoje, o concreto vem se desenvolvendo, seja com o surgimento de tecnologias, como o surgimento de novas tecnicas de concretagem, ou seja com o surgimento de novos materiais, como aditivos e uso de fibras O grande consumo de concreto deve-se a vários fatores, entre os quais pode-se destacar: -a facilidade e a disponibilidade de encontrar os materiais que o compõem (água, cimento e agregados) e a um custo relativamente baixo; -a sua facilidade de execução; - a sua adaptação a praticamente todo tipo de forma e tamanho; -a sua excelente resistência a água e a diversas ações; - e ainda, o fato de que o concreto se apresenta como um material “ecologicamente correto”, não só por requerer, na sua produção, um consumo relativamente baixo de energia, como tambem por ser um material que pode reciclar grande quantidade de residuos industriais. Terminologia O concreto deve ser protegido durante o processo de endurecimento (ganho de resistência) contra secagem rápida, mudanças bruscas de temperatura, excesso de água, incidência de raios solares, agentes químicos, vibração e choques. Para isso, existem métodos utilizados durante o processo de cura do concreto, incluem- se: I. manter uma lâmina de água sobre a superfície de concreto moldada. II. molhar continuamente a superfície concretada, no mínimo 3 dias após a moldagem da peça. III. utilizar produtos apropriados para produzir uma película impermeável na superfície concretada. Elementos estruturais Elementos estruturais Elementos estruturais - pilares Elementos estruturais - pilares No concreto armado, a corrosão da armadura é influenciada pela erupção do concreto devido ao ataque de sulfatos. Elementos estruturais - vigas Elementos estruturais - vigas Elementos estruturais - vigas Elementos estruturais - vigas Elementos estruturais - vigas Elementos estruturais - vigas Elementos estruturais - vigas Elementos estruturais - Lajes Elementos estruturais - Lajes Elementos estruturais - Lajes Elementos estruturais - Lajes Elementos estruturais - Lajes Elementos estruturais - Lajes Elementos estruturais - Lajes A solução estrutural de laje contínua com viga intermediária exige armadura negativa. Elementos estruturais - Lajes Elementos estruturais - Lajes Elementos estruturais - Lajes Elementos estruturais - Lajes Elementos estruturais - Lajes Elementos estruturais - Lajes Elementos estruturais - Lajes Elementos estruturais - Lajes Elementos estruturais - Lajes Elementos estruturais - Lajes Elementos estruturais - Lajes Elementos estruturais - Lajes Elementos estruturais - Lajes Elementos estruturais - Lajes Elementos estruturais - Lajes Elementos estruturais - Lajes Elementos estruturais - Lajes Elementos estruturais - Lajes Elementos estruturais - Lajes Elementos estruturais - Lajes Elementos estruturais - Lajes Elementos estruturais - Lajes Elementos estruturais - Lajes Elementos estruturais - Lajes Elementos estruturais - Lajes Elementos estruturais - Lajes Elementos estruturais - Lajes Elementos estruturais - Lajes Elementos estruturais - Lajes Elementos estruturais - Lajes Elementos estruturais - Lajes Elementos estruturais - Lajes Elementos estruturais - Lajes Elementos estruturais - Lajes Elementos estruturais - Lajes Elementos estruturais - Lajes Elementos estruturais - Lajes 1 Laje treliçada; 2 verga 3 contra verga 4cinta de armação 1.2 Estrutura metálica 1.2 Tipos de perfis Perfis Laminados (NBR 8800) 1.2 Tipos de perfis Perfil soldado 1.2 Tipos de perfis Perfil formado a frio NBR 14762/2001 1.2 Tipos de perfis Perfil tubular Elementos estruturais 1.3 Steel frame 1.3 Steel frame Steel Deck 1.4 Fechamento As paredes que constituem a estrutura são denominadas de painéis estruturais ou autoportantes e são compostas por determinada quantidade de elementos verticais 1.4 Fechamento TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO ALVENARIAS CONCEITO Alvenaria pode ser conceituada como sendo o sistema construtivo de paredes e muros, ou obras similares, executadas com pedras, com tijolos cerâmicos, blocos de concreto, cerâmicas e silicocalcário, assentados com ou sem argamassa de ligação, comumente deve oferecer condições de resistência durabilidade e impermeabilidade. Denominações das alvenarias: a) alvenaria ciclópica - executada com grandes blocos de pedras, trabalhadas ou não; DENOMINAÇÃO DAS ALVENARIAS b) alvenaria insossa - executadas com pedras ou blocos cerâmicos,simplesmente arrumadas, calçadas com lascas de pedras e sem qualquer espécie de argamassa, denominadas também de “alvenaria seca“; c) alvenaria com argamassa - executadas com argamassa de ligação entre os elementos, sendo também denominadas: �alvenaria hidráulica - executadas com argamassas mistas 1:4/8 (argamassa básica de cal e areia 1:4, de cimento adicionando-se cimento na proporção de básica); uma parte para 8 partes de argamassa �alvenaria ordinária - executadas argamassa de cal e areia). com argamassas de cal (1:4 - d) alvenaria de vedação - painéis executados com estruturas, com objetivo de fechamento das edificações. blocos, entre e) alvenaria de divisão - painéis executados com blocos ou elementos especiais (drywall – gesso acartonado), para divisão de ambientes, internamente, nas edificações. DENOMINAÇÃO DAS ALVENARIAS TIPOS DE ALVENARIA Quanto aos materiais, as alvenarias podem ser executadas com: �Pedras naturais a)Pedras irregulares - usando-se pedras em estado natural, simplesmente encaixadas entre si ou assentadas com argamassa; b)Pedras regulares - usando-se pedras naturais trabalhadas, com formas regulares ou não, assentadas com juntas secas ou juntas argamassadas, alinhadas ou desencontradas (travadas).
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