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05 Nocoes de Direito Constitucional

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Instituto Maximize Educação
1149044 E-book gerado especialmente para AUGUSTO GLAYSON MOTA DOS REMEDIOS
Instituto Maximize Educação
Sumário
1. Direitos e Deveres Fundamentais: Direitos e deveres individuais e coletivos; 
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade; Direitos 
sociais; Nacionalidade; Cidadania; Garantias constitucionais individuais; Ga-
rantias dos direitos coletivos, sociais e políticos. ........................................1
2. Da Administração Pública (artigos de 37 a 41, Capítulo VII, Constituição 
Federal) ......................................................................................................24
Candidatos ao Concurso Público,
O Instituto Maximize Educação disponibiliza o e-mail professores@maxieduca.com.br para 
dúvidas relacionadas ao conteúdo desta apostila como forma de auxiliá-los nos estudos para 
um bom desempenho na prova.
As dúvidas serão encaminhadas para os professores responsáveis pela matéria, portanto, ao 
entrar em contato, informe:
- Apostila (concurso e cargo);
- Disciplina (matéria);
- Número da página onde se encontra a dúvida; e
- Qual a dúvida.
Caso existam dúvidas em disciplinas diferentes, por favor, encaminhá-las em e-mails separa-
dos. O professor terá até cinco dias úteis para respondê-la.
Bons estudos!
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www.maxieduca.com.br
1. Direitos e Deveres Fundamentais: Direitos e 
deveres individuais e coletivos; direito à vida, à 
liberdade, à igualdade, à segurança e à proprie-
dade; Direitos sociais; Nacionalidade; Cidadania; 
Garantias constitucionais individuais; Garantias 
dos direitos coletivos, sociais e políticos. 
Ricardo Pinha Alonso
Doutor em Direito Constitucional (PUC-SP); Mestre em Direito das Relações Sociais 
(Unimar); Professor da Graduação e Mestrado no Centro Universitário Eurípides de 
Marília (Univem); Professor da Graduação e Especialização nas Faculdades 
Integradas de Ourinhos (Fio) e Procurador do Estado de São Paulo.
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2Instituto Maximize EducaçãoInstituto Maximize Educação
TITULO II 
DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
CAPITULO I
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros 
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança 
e à propriedade, nos termos seguintes:
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;
O artigo 5º “caput” traz expressamente a demonstração de igualdade e paridade dos indivíduos que integram 
a sociedade, bem como aqueles que não tenham nacionalidade brasileira, mas se encontram no território nacional, 
sendo garantido a estes a inviolabilidade dos direitos que impregnam o animus jurídico constitucional e, por 
conseguinte, garantem uma existência social harmônica. A constituição destaca os direitos à Vida, à Liberdade, à 
Igualdade, à Segurança e à Propriedade.
No inciso I, temos a reafirmação do conceito de igualdade entre os indivíduos, em especial a igualdade de 
gênero, onde se demonstra a igualdade, em direitos e obrigações, entre homens e mulheres. O constituinte foi 
enfático para demonstrar a relevância jurídica do Direito à Igualdade, que não deve encontrar qualquer tipo de 
barreira social ou legal em virtude de qualquer circunstância.
Em seu inciso II, temos a expressão legislativa que consagra o Princípio da Legalidade. Por ele, nenhum membro 
da sociedade será submetido a qualquer tipo de situação ou terá que realizar qualquer ato, senão em virtude de 
disposição legislativa. Ou seja, todos estão subsumidos à Lei e não deverão suplantá-la, a Lei é a fronteira social da 
Constituição Federal, aplicando-se ao próprio Estado, já que a Constituição de 1988 criou um Estado “de direito”.
Todos os indivíduos são livres para agir em sociedade dentro dos limites normativos (princípio da autonomia 
das vontades). Por isso é possível afirmar que a regra constitucional garante à sociedade o direito à liberdade e à 
autonomia privada, sendo que dentro das balizas do Estado o comportamento positivo ou negativo do indivíduo da 
sociedade é plenamente permitido.
No inciso III, encontramos a defesa do direito à vida, também do direito à segurança e da dignidade da pessoa 
humana. Ninguém poderá ter a sua integridade moral ou física afetada por meio de tortura ou a qualquer tipo de 
tratamento desumano ou degradante. Garante-se aos indivíduos, que o ordenamento jurídico não se valerá de meios 
nocivos para fazer valer a vontade do ente Estatal, e não será permitido que os indivíduos se valham da mesma 
conduta. É, acima de tudo, determinação para respeito à dignidade da pessoa.
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
O inciso IV trata, ainda, do conceito constitucional de liberdade, confirmando a liberdade de consciência e a 
liberdade de manifestação de ideias e opiniões, vedando-se ao propagador o anonimato. Este conceito possui o condão 
de garantir ao indivíduo a liberdade de exteriorizar suas opiniões, mas ao mesmo tempo sujeita-lo às consequências 
das mesmas. Podemos enxergá-lo como uma faca de dois gumes e o inciso subsequente trata exatamente da 
complementação desta disposição. Assim, a liberdade, como sempre, está acompanhada da responsabilidade pelo 
exercício arbitrário do direito à manifestação.
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, 
moral ou à imagem;
O dispositivo complementa a condição de liberdade de consciência contida no inciso antecedente. Trata-se do 
direito de represália aos atos provenientes da liberdade de manifestação de pensamento, ou seja, a liberdade de um 
indivíduo existe na proporção em que não afeta a liberdade e os direitos dos demais membros da sociedade.
 Consagra-se, pois, o direito à resposta, munindo o afetado da possibilidade de receber indenização material ou 
moral a imagem por danos decorrentes pela exposição de pensamentos que inferem diretamente na sua esfera de 
direito.
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos 
religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares 
de internação coletiva;
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou 
política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação 
alternativa, fixada em lei;
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Os incisos VI, VII e VIII tratam do Direito à liberdade de consciência e de crença. Tal disposição constitucional 
garante à sociedade civil organizada o direito de exercer as liberdades atinentes a sua consciência em sentido 
amplo, ou seja, todas as características que envolvem a formação intelectual e moral do indivíduo, sendo esta de 
cunho ideológico, político ou religioso. A crença traz um aspecto restrito às condições afetas ao caráter religioso 
do individuo.
A Constituição assegura a todos a possibilidade de exercer sua doutrina religiosa e a defesa dos templos onde 
estes grupos se reúnem, sendo esta a liberdade ao culto,que é a forma de expressão da doutrina religiosa. Ademais 
é assegurada a prestação da assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva.
Por fim, garante-se que ninguém será privado de seus direitos por motivo de suas características religiosas ou 
por convicção filosófica ou política. Nestes termos, podemos compreender que os direitos se estendem de forma 
uniforme e igualitária entre os membros de uma sociedade, não podendo ser obstaculizados de forma arbitrária.
 O inciso VIII traz a disposição de que se as convicções acima elencadas forem utilizadas para se eximir 
de alguma prestação contida em Lei e, portanto, extensiva a todos da sociedade, deverá cumprir uma prestação 
alternativa contida na legislação. Caso a pessoa se negar até mesmo a cumprir a prestação alternativa, ela terá os 
seus direitos políticos suspensos, como determina o art. 15 da Constituição Federal. Essa possibilidade é conhecida 
“escusa de consciência”.
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente 
de censura ou licença;
Neste inciso consagra-se o direito de liberdade de expressão, tangendo sua potencialidade máxima, onde são 
abrangidas todas as esferas de exercício da capacidade de cognição humana, quais sejam, a atividade intelectual, 
artística, científica e de comunicações.
Tal disposição veda a censura e a limitação da expressão de ideias, livros, peças teatrais, músicas, revistas, 
internet, trabalhos científicos, jornais e demais periódicos, ilidindo a possibilidade de que o que era realizado pelo 
regime ditatorial da história recente do Brasil fosse retomado, havendo o controle das expressões de ideais dos 
membros da sociedade.
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a 
indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
O inciso X traz a disposição relativa aos direitos da privacidade. Ninguém poderá ter a sua intimidade, a sua vida 
privada, a sua honra e a imagem que tem perante a sociedade, maculadas por outrem, ou seja, trata-se da tutela da 
honra em sentido amplo, compreendendo todas as características morais que envolvem a personalidade de alguém.
Para um entendimento esmiuçado do tema podemos subdividir os tópicos destacados no título normativo. 
Temos a intimidade que está vinculada a concepção restrita da honra, onde se encontram as características pessoais 
do cerne do indivíduo, sendo portanto onde a esfera de proteção deste direito é mais contundente. Trata-se da paz 
interior, da condição mínima de existência conscienciosa harmônica de alguém.
Já o termo vida privada diz respeito ao comportamento do individuo dentro de seu círculo pessoal de convivência, 
uma esfera de proteção mais periférica de suas características, onde desenvolve sua vida em função daqueles que 
estão próximos e que compartilham de sua convivência.
O termo imagem das pessoas vincula-se aos atos que os indivíduos realizam publicamente, sendo uma esfera 
de proteção menos severa, onde o comportamento de alguém segue as regras de conduta moral e ética de um 
determinado grupo social.
A violação destes direitos importa na possibilidade de ressarcimento de danos causados a qualquer uma das 
esferas de proteção da vida do indivíduo, podendo-se exigir dano material ou afeto à moral que foram lesados por 
terceiros.
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, 
salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação 
judicial;
O inciso XI trata do direito a propriedade, mais especificamente a propriedade privada, garantindo a 
inviolabilidade de domicílio, sendo a morada de um indivíduo o local onde este deve ter paz para viver de maneira 
harmônica, sendo que qualquer tipo de perturbação que suplante a vontade do indivíduo deve ser repelida. Tem-se 
como conceito do termo “casa” uma gama abrangente de locais a serem considerados, tais como, quartos de hotel, 
escritórios, áreas de comércio e industriais que não são liberadas ao público e até mesmo a boleia do caminhão 
(local onde o caminhoneiro dorme durante suas viagens).
No entanto existem ponderações a este direito, visto que não existe uma hierarquia ou prevalência dos princípios 
e direitos constitucionais aqui estudados. Trata-se da possibilidade de mitigação do direito de propriedade em face 
de circunstâncias especiais, quais sejam, no caso de flagrante delito ou desastre que tenha acometido a casa, também 
para prestar socorro a quem esteja necessitando, mesmo que se encontre em seu domicílio e por fim por intermédio 
de decisão judicial, desde que seja realizada durante o dia.
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A Direito brasileiro considera a expressão “durante o dia” pelo critério cronológico, sendo o dia o espaço de 
tempo compreendido entre 06:00 horas e 18:00 horas, também considera o conceito físico-astronômico, que leva 
em conta o nascer e o pôr do sol como parâmetros para quantificar o tempo contido no dia, culminando com o 
critério misto, onde se verifica a questão cronológica, bem como as condições de nascer e por do sol, visando um 
critério que possibilite total proteção ao domicílio.
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações 
telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins 
de investigação criminal ou instrução processual penal; 
Esse inciso garante ao indivíduo o direito ao sigilo das informações postais, limitando o direito à informação 
e concretizando o direito à privacidade, estendido aos atos postais, atos que envolvem o serviço de comunicações, 
bem como os que utilizem outros meios de canal de transmissão de informação, como a internet e comunicações 
telegráficas.
O direito só poderá ser suplantado por intermédio de ordem judicial, ou nos casos em que a Lei determinar, com 
a finalidade de realizar investigação criminal ou desenvolver a instrução do processo penal. Firma-se, portanto, uma 
relação de inviolabilidade relativa, desde que não haja interesse público envolvido, o sigilo de comunicações em 
aspecto geral do indivíduo é preservado pela norma constitucional.
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais 
que a lei estabelecer;
O inciso XIII garante o direito de livre exercício de profissão, não podendo ser vedado ou limitado o exercício 
de uma profissão sem justa causa. Existem casos em que é necessário o cumprimento de certos requisitos que 
atendam a qualificação para o exercício de determinado mister, como é o caso da advocacia, onde a Lei federal 
restringe o exercício dessa profissão àqueles que compõem o quadro de advogados da Ordem dos Advogado do 
Brasil (sendo necessária a aprovação no Exame da OAB).
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao 
exercício profissional;
Este inciso garante a todos os indivíduos o direito à informação, seja este o direito de informar, isto é, transmitir 
e expor a informação àqueles que dela necessitam ou buscam, bem como o direito de receber a informação e ser 
informado daquilo que lhe convém.
XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos 
da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;
O dispositivo constitucional trata da liberdade de locomoção dos membros da sociedade, garantindo a eles a 
entrada, a saída e a permanência destes em território nacional, com seus bens, desde que o país se encontre em 
tempo de paz. Este inciso é autoexplicativo,não necessitando um aprofundamento maior em seu texto.
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente 
de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo 
apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;
XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo 
vedada a interferência estatal em seu funcionamento;
XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por 
decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;
XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para representar 
seus filiados judicial ou extrajudicialmente;
Os incisos XVI, XVII, XVIII, XIX, XX e XXI, tratam do direito de reunião e de associação. Garantem à 
sociedade civil organizada a possibilidade da formação de grupos que compactuem dos mesmos ideais, sendo estes 
de qualquer natureza, desde que este tipo de reunião e associação para manifestação de seus interesses seja realizada 
de maneira pacífica, sem fins paramilitares.
Para que a reunião tome forma, deve ser informada aos órgãos e autoridades competentes. Deve ser realizada 
em locais públicos, desde que não frustrem outra reunião já programada. Podemos destacar a diferenciação entre 
os conceitos de reunião e de associação, sendo que o aspecto temporal é o fator principal desta diferenciação, visto 
que ambos são manifestações de opiniões. No entanto, as reuniões são direcionadas para um momento e situação 
específica (por exemplo: temos as marchas de descriminalização das drogas, a marcha da família, dentre outras), já 
as associações tem um caráter constante de erigir uma linha cronológica fixa de existência enquanto for de interesse 
de seus associados.
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As associações e cooperativas podem ser formadas, dentro da égide normativa, sem que seja necessária a 
anuência ou interferência estatal em seu funcionamento. As associações poderão ter suas atividades suspensas em 
função de decisão judicial e até mesmo serem dissolvidas se assim for determinado por ação judicial após o transito 
em julgado.
Não é permitido que alguém se associe ou continue associado compulsoriamente, visto que violaria suas 
liberdades. Ademais, cumpre ressaltar que em casos especiais, em havendo expressa autorização dos associados, a 
associação poderá representá-los judicial e extrajudicialmente, desde que os assuntos estejam conexos a finalidade 
para qual a associação foi criada.
XXII - é garantido o direito de propriedade;
XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou 
por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta 
Constituição;
XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade 
particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano;
XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será 
objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre 
os meios de financiar o seu desenvolvimento;
Os incisos XXII, XXIII, XIV, XXV e XXVI, fazem menção ao direito à propriedade e suas nuances. O direito 
à propriedade é um dos principais motivadores da criação das normas, visto que a partir do momento do choque 
dos ditos “direitos privados” que foi necessária a criação de um “poder público” para regulamentar e formalizar os 
parâmetros nos quais a sociedade deveria se organizar em função dos direitos de cada indivíduo.
Partindo do pressuposto acima asseverado e, levando-se em consideração a evolução do Direito até o momento 
em que nos encontramos, podemos afirmar que é imprescindível que o Direito a Propriedade, mesmo que seja 
iminentemente privado, atenda a sua função social. Vale dizer, a destinação do bem deve estar alinhada às diretrizes 
dos planos diretores de certa área e até mesmo para fins de atender a necessidade social de reforma agrária e 
habitação.
Ainda dentro do tratamento acerca da propriedade, podemos destacar as possibilidades de interferência do estado 
na esfera do Direito de Propriedade, quais sejam, a requisição da propriedade e a desapropriação da propriedade.
A requisição da propriedade importa na licença de uso do terreno particular pelo poder público, desde que seja 
comprovada a existência de iminente perigo público. A propriedade não é afetada em sua integralidade, sendo que 
apenas persiste uma relação temporária de ocupação e, no caso de ocorrência de danos ao patrimônio particular, 
será possível a busca de indenização ulterior (posterior) pelos danos causados durante a ocupação.
A desapropriação é mais abrangente do que a requisição, atingindo o direito em sua plenitude, representando uma 
transferência compulsória do Direito do particular para o poder público, desde que seja comprovada a necessidade 
ou utilidade pública, ou o interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro.
Nos casos de necessidade ou utilidade pública, bem como no caso de interesse social, desde que não persista 
qualquer conduta omissiva ou comissiva do agente que pode ter dado causa ao instituto da desapropriação, caberá 
o pagamento prévio em dinheiro da indenização do valor relativo ao direito atingido. Referida situação trata-se de 
uma hipótese de subordinação do direito privado ao público, com a consequente perda dos direitos de propriedade 
do particular.
Ainda cabe ressaltar que no caso da desapropriação, quando decretada em função do interesse social, é possível 
a ocorrência da “desapropriação-sanção”, que consiste na desapropriação em função de algum ato comissivo ou 
omissivo do agente particular que confrontam e desrespeitam a função social da propriedade. Nesse caso, em se 
averiguando a existência da “culpa” do desapropriado a indenização será prévia, mas não será em dinheiro, sendo 
concedidos títulos públicos em seu lugar.
XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, 
transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;
XXVIII - são assegurados, nos termos da lei:
a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, 
inclusive nas atividades desportivas;
b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que participarem 
aos criadores, aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e associativas;
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utilização, 
bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros 
signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País;
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Os incisos XXVII, XXVIII e XXIX, tratam dos direitos relativos à propriedade intelectual do indivíduo, ou 
seja, o direito sobre as produções provenientes do intelecto humano, dentro de suas esferas de criação, sendo 
que o direito de utilização, publicação e reprodução de suas obras é exclusivo daqueles que os detiverem, sendo 
transmissível a seus herdeiros pelo tempo fixado por lei.
A Constituiçãogarante a proteção aos direitos nas participações individuais em obras coletivas e à reprodução 
da imagem e voz humanas, inclusiva nas atividades desportivas. Garante, igualmente, o direito de fiscalização do 
aproveitamento econômico das obras que criarem ou que participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas 
representações sindicais e associativas.
Por fim, a Constituição garante aos criadores os direitos reflexos de suas criações, assegurando aos inventores 
da área industrial o privilégio temporário para utilização da invenção, bem como proteção às criações industriais, à 
propriedade das marcas, aos nomes de empresas e aos símbolos e signos que a representam, sempre tendo em vista 
o interesse social e o desenvolvimento tecnológico do País. 
XXX - é garantido o direito de herança;
XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira em benefício 
do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do “de cujus”;
Os incisos XXX e XXXI tratam do direito a herança, onde a norma constitucional garante os direitos de 
propriedade dos bens deixados pelos familiares falecidos por meio da sucessão, dentro dos parâmetros estabelecidos 
pela legislação infraconstitucional, regulamentando inclusive a transmissão de bens estrangeiros situados no 
território nacional, desde que beneficie o cônjuge e os filhos brasileiros, quando a lei estrangeira não lhe for mais 
favorável.
XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor;
Este inciso guarda relação íntima com o princípio de acesso à justiça, visto que a Constituição garante que 
o ente estatal deverá tutelar, na forma das disposições normativas a defesa dos consumidores, sendo este direito 
garantido pela edição da Lei n. 8.078/90, denominada Código de Defesa do Consumidor.
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de 
interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas 
aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado; 
O inciso XXXIII faz menção ao direito de informação garantido ao individuo, para obter do poder público 
qualquer tipo de informações, sendo estas de caráter pessoal ou de interesse coletivo. Trata-se da transparência 
que o poder público deve manter em relação aos membros da sociedade, devendo as informações serem prestados 
no prazo estipulado por lei, sendo incutida a quem descumpri-la pena de responsabilidade, ressalvando-se as 
informações sigilosas indispensáveis a segurança da sociedade e do Estado.
XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder;
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações 
de interesse pessoal;
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;
XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;
As regras constantes dos incisos XXXIV, XXXV, XXXVI XXXVII dão sustentáculo a todo ordenamento 
jurídico pátrio. Garantem a todos os indivíduos da sociedade a possibilidade de acesso ao Poder Judiciário para 
resolução efetiva de todos os casos concretos levados ao conhecimento da jurisdição. Estes incisos tratam do mais 
básico dos conceitos que sustentam a sistemática do Judiciário, a possibilidade de levar ao conhecimento do juiz os 
problemas enfrentados em função da vicissitude do dever.
É garantido o direito de petição e de certidão a todos, onde é possível, independente do pagamento de taxas, o 
peticionamento para defesa de direitos ou contra ilegalidades ou abuso de poder. Além disso, é possível a obtenção 
de informações e esclarecimentos, por meio de certidões, sobre todas as temáticas relativas ao interesse do individuo.
A Constituição garante a Inafastabilidade do Poder Judiciário, ou seja, este não pode se afastar de sua 
responsabilidade de resolver as demandas que são levadas ao seu conhecimento, mesmo que não exista uma 
disposição normativa específica em que se enquadre a situação a ser julgada. Neste caso, o juiz deverá valer-se 
dos princípios gerais de direito, da analogia e dos direcionamentos consuetudinários (costumes) para prolatar a 
sentença.
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Outrossim, é resguardado o princípio do juiz natural, onde não será possível a criação de Tribunais de Exceção, 
devendo o fato ser processado por tribunais com competência jurisdicional previamente estabelecida e por um 
juiz que esteja devidamente revestido dos pressupostos que garantem uma justa decisão para a demanda. Assim, 
é proibida a criação de tribunais e direcionamento de magistrados para conhecer e julgar um caso específico (a 
exemplo disto temos o Tribunal de Nuremberg, criado para julgar os crimes de guerras cometidos pelo regime 
alemão durante a Segunda Guerra Mundial).
Por fim, cabe salientar a garantia à segurança jurídica dos atos atinentes a manifestação do Poder Judiciário. O 
direito adquirido é aquele que se incorporou de maneira plena à esfera de direitos de indivíduo. O ato jurídico perfeito 
é aquele ato de manifestação de vontade de conteúdo jurídico que tomou forma sem descumprir os parâmetros 
normativos, a moral e os bons costumes. Por fim, a coisa julgada é a imutabilidade de uma decisão proferida pelo 
Judiciário, não devendo esta ser atingida por nenhum outro procedimento ou processo judicial.
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados:
a) a plenitude de defesa;
b) o sigilo das votações;
c) a soberania dos veredictos;
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;
Este inciso é a expressão normativa da existência do Tribunal do Júri, que será incumbido de realizar o 
julgamento dos crimes dolosos atentatórios contra a vida, sendo garantida a plenitude da defesa do acusado, o sigilo 
de votação dos jurados e a soberania dos veredictos colhidos de suas decisões, a competência do Tribunal do Júri só 
será ilidida no caso de disposição legal expressa, quando o acusado tiver um foro privilegiado.
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal;
O inciso XXXIX traz de forma implícita a reafirmação do princípio da legalidade, relacionando-o com a esfera 
do direito penal, visto que não existirá a tipificação de um crime sem a existência de uma Lei que defina determinado 
ato ou conduta como um fato criminoso.
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;
Este inciso ressalta a legalidade que impregna a esfera do direito penal, tendo em vista a irretroatividade da lei 
para causar prejuízo para um indivíduo, ou seja, alguém que foi condenado ou acusado de um crime só responderá 
pelas circunstâncias normativas estipuladas na época em que o fato ocorreu, não podendo lei posterior ao fato 
prejudicar sua condição.
XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais;
XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos 
termos da lei;
Os incisos XLI e XLII trazem as cominações de crimes como atos atentatórios aos direitos e liberdades 
fundamentais dos indivíduos, bem como a prática do crime de racismo. 
Podem ser considerados atos atentatórios às liberdades fundamentais quaisquer atos que atinjam os direitos 
fundamentais de qualquer indivíduo dentro da sociedade, independente do caráter do dano causado.
O racismo trata-se de crime inafiançável eimprescritível, sendo passível de pena de reclusão, nos termos da lei.
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o 
tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles 
respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;
XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra 
a ordem constitucional e o Estado Democrático;
Os dispositivos constitucionais em análise tratam dos crimes a serem considerados inafiançáveis e insuscetíveis 
de graça ou anistia, sendo estes o crime de tortura, o tráfico de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os crimes 
definidos como hediondos pela lei, respondendo por eles os mandantes, os executores e aqueles que, podendo evita-
los, se omitiram.
Além disso, diz a CF que são inafiançáveis e imprescritíveis os crimes cometidos pela ação de grupos armados, 
civis ou militares, contra ordem constitucional e o Estado Democrático.
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a 
decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, 
até o limite do valor do patrimônio transferido;
O artigo XLV trata da pessoalidade das penas, ou seja, ninguém poderá ser atingido ou responder criminalmente 
pela pena atribuída a outrem e nenhum juiz poderá estender uma cominação punitiva de um criminoso a outro, salvo 
nos casos em que a pena verse sobre obrigação de reparação do bem ou decretação do perdimento de bens, quando 
será possível a transmissão aos sucessores, até o limite do patrimônio transferido a estes.
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XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes:
a) privação ou restrição da liberdade;
b) perda de bens;
c) multa;
d) prestação social alternativa;
e) suspensão ou interdição de direitos;
O inciso XLVI traz em seu texto as penas que serão admitidas no nosso ordenamento jurídico, sendo elas: a 
privação ou restrição de liberdade, a perda de bens, penas pecuniárias, a prestação social alternativa e a suspensão 
ou interdição de direitos. Portanto, qualquer tipo de imposição penal que seja divergente das elencadas neste inciso 
serão contrárias a norma constitucional.
XLVII - não haverá penas:
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;
b) de caráter perpétuo;
c) de trabalhos forçados;
d) de banimento;
e) cruéis;
Nesse inciso, a Constituição trata de delimitar a tangibilidade da sanção penal, ou seja, trata dos limites das 
penalidades a serem aplicadas pelo direito penal, não podendo existir em nosso ordenamento jurídico pena que 
atente contra a vida do individuo, salvo no caso de guerra declarada.
Ademais, prevê que nenhuma pena poderá ter caráter perpétuo, nem obrigar o indivíduo a realizar trabalhos 
forçados, nem que o coloque em condições de crueldade que atentam contra a sua dignidade e, por fim, as penas 
não podem ser de banimento para qualquer lugar em território nacional ou internacional.
XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a 
idade e o sexo do apenado;
XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral;
L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos durante o 
período de amamentação;
Os incisos XLVIII, XLIX e L, tratam do cumprimento da pena por aqueles condenados, sendo que estes deverão 
cumprir penas de acordo com a natureza do delito que cometeram, pela sua idade e pelo seu gênero, já que não 
existem prisões mistas no Brasil. É garantido aos presos o respeito a sua integridade física e moral, sendo reprovável 
qualquer ato que atente contra sua integridade, independente da conduta que tenha cometido.
Ainda cabe asseverar que será assegurado às presidiárias com filhos menores a permanência conjunta destes 
durante o período de amamentação.
LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes 
da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na 
forma da lei;
LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião;
Os incisos LI e LII tratam da extradição de brasileiros e de estrangeiros, não havendo a possibilidade de 
extradição de qualquer brasileiro do território nacional, salvo no caso do naturalizado que cometeu crime comum 
em momento anterior a sua naturalização, ou sendo comprovado o envolvimento do indivíduo com tráfico de 
entorpecentes e drogas afins, na forma da lei.
Ao estrangeiro será garantido o asilo político e não será concedida a extradição no caso deste ter cometido crime 
político ou de opinião.
LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente;
Este inciso, assim como o inciso XXXVII, tem relação com o princípio do juiz natural, visto que garante que 
não haverá processo, julgamento e decisão sem que haja uma autoridade competente para realizá-los, ou seja, sem 
que exista um juiz competente para o caso concreto, não haverá a possibilidade da existência do processo judicial 
válido.
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;
Este artigo traz uma das mais importantes disposições constitucionais, tendo em vista que é o dispositivo 
normativo que dá sustentáculo a toda sistemática do Poder Judiciário. Trata-se do devido processo legal, que é 
um conceito de conteúdo extremamente abrangente, pois engloba todas as esferas processuais, tanto no regime 
jurisdicional quando dentro da esfera administrativa.
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O devido processo legal preconiza a seriedade sistemática da máquina administrativa e do judiciário para 
atender as demandas que chegam a seu conhecimento, para que sejam revestidas de todos os princípios e normas 
processuais contidas nas disposições constitucionais e infraconstitucionais, bem como os princípios de direito 
atinentes ao devido processo, desde seu conhecimento até a decisão final.
Por derradeiro, não será possível imputar qualquer sanção, ou atribuir qualquer efeito judicial ou extrajudicial 
a alguém sem que este tenha passado pelo devido procedimento, para apuração dos fatos, consignação das medidas 
legais a serem tomadas, a colheita dos elementos necessários para comprovação dos fatos e por fim uma decisão 
fundamentada.
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o 
contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
O contraditório e a ampla defesa são elementos jurisdicionais que garantem as partes o exercício efetivo de seus 
direitos dentro do processo, judicial ou administrativo, sendo que o contraditório garante a todos o conhecimento 
dos atos processuais e das medidas processuais relativas ao processo e a ampla defesa constitui o direito do acusado 
a se defender por todos os meios aceitos pelo ordenamento jurídico, das imputações e apontamentos feitos a sua 
pessoa.
É importante salientar que estes direitos são garantidos tanto na esfera judicial como na esfera administrativa, 
valendo-se de todos os meios e recursos inerentes ao contraditório e a ampla defesa, sendo assim este inciso se 
configura como o escudo processual trazido expressamente na Constituição Federal.
LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;
Este inciso traz a disposição queproíbe a tomada de provas obtidas ilicitamente como elementos para imposição 
de uma pena a qualquer indivíduo, as provas ilícitas não são admissíveis no processo. Cabe ainda salientar que, 
além das provas ilícitas, existem as provas ilegítimas, que foram colhidas fora dos parâmetros estabelecidos pela 
legislação processual, sendo que estas também não são aceitas no nosso ordenamento jurídico.
Ambas as provas, tantos as obtidas de forma ilegítima ou obtidas de maneira ilegal são provas ilegais e, portanto, 
não devem ser admitidas no processo. Portanto, esse inciso deve ser interpretado de maneira extensiva, para que seu 
conceito seja mais abrangente do que o disposto no texto normativo.
LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;
Esse inciso garante a presunção de inocência ou presunção de não culpabilidade a todos aqueles acusados por 
algum crime, ou seja, antes da existência de um devido processo que culmine com uma sentença penal condenatória 
não há de se falar em culpa do suposto criminoso. Mesmo que seja considerado inocente para os fins legais, ainda 
será possível no curso do processo e atendendo aos requisitos legais a realização de prisões processuais e medidas 
cautelares.
LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas 
em lei;
O inciso LVIII determina que a autoridade competente só poderá requisitar a identificação criminal de qualquer 
indivíduo nos casos em que a lei permitir, ou seja, no caso de ser requisitada a identificação civil e tendo esta sido 
apresentada, não haverá motivo razoável para identificação criminal, salvo nos casos previstos em lei (art. 3º lei nº 
12.037, de 1º de outubro de 2009).
LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal;
O inciso LIX garante que no caso de inércia do Ministério Público em relação a um fato criminoso levado a seu 
conhecimento, caberá a vitima propor ação privada subsidiária da ação penal pública, tendo em vista o interesse 
direto do envolvido para resolução do fato criminoso.
LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o 
interesse social o exigirem;
O inciso LX expressa que o poder público deverá agir de acordo com o princípio da publicidade, sendo 
imprescindível que os atos processuais sejam públicos, salvo em casos específicos para garantir a intimidade dos 
envolvidos ou em virtude do interesse social.
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade 
judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em 
lei;
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz 
competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada;
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LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe 
assegurada a assistência da família e de advogado;
LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório 
policial;
LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária;
LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com 
ou sem fiança;
LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e 
inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel;
O rol encontrado entre os incisos LXI e LXVI e LXVII trata da prisão e de suas nuances constitucionais. A 
prisão só poderá ocorrer em flagrante ou em virtude de determinação judicial escrita e fundamentada por autoridade 
judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, desde que estejam 
definidos em lei. 
No caso de se concretizar a prisão, o detido deverá ser informado de seus direitos, será garantido a ele o acesso a 
assistência jurídica, por intermédio de um advogado e de seus familiares, devendo o juízo competente ser informado 
dos fatos relativos a prisão e o local onde o acusado está detido. O acusado tem o direito a obter as informações dos 
responsáveis pela sua prisão e pela realização de seu interrogatório.
Se a prisão for ilegal, caberá ao juiz competente proceder com o relaxamento da prisão, sendo que assim que for 
informado da situação deverá emitir a autoridade policial a ordem para soltura do detido ilegalmente. Em havendo 
disposição de lei que garanta a liberdade provisória do acusado, esta deverá ser concedida mediante requisição ao 
juízo competente.
Só existe no ordenamento jurídico pátrio a prisão civil pelo descumprimento de prestação alimentícia. Portanto, 
no tocante a prisão do depositário infiel, o STF se manifestou de forma a não admiti-la em nosso ordenamento 
jurídico.
LXVIII - conceder-se-á “habeas-corpus” sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer 
violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;
O habeas corpus é a ação constitucional que visa proteger a liberdade de locomoção dos membros da sociedade 
quando estas forem violadas por ato ilegal ou por abuso de poder, podendo qualquer um se valer deste instituto 
constitucional de cunho penal para defender o seu direito de ir e vir.
Não há necessidade de capacidade postulatória, própria dos advogados, para manejar e impetrar o habeas 
corpus, visto que a legitimidade para impetrar este remédio constitucional não cria óbice a qualquer pessoa e, 
inclusive, este pode ser concedido de ofício pelos juízes que encontrem em algum caso concreto uma situação de 
prisão abusiva ou ilegal.
O habeas corpus será impetrado em face da autoridade que realizou o ato abusivo e ilegal, devendo ser remetido 
à autoridade competente para que seja concedido o alvará de soltura no caso de uma prisão já concretizada e o salvo 
conduto no caso de uma ameaça do direito de liberdade do indivíduo.
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por 
“habeas-corpus” ou “habeas-data”, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade 
pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público;
LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:
a) partido político com representação no Congresso Nacional;
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há 
pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados;
Os incisos LXIX e LXX tratam do mandado de segurança que é o remédio constitucional de rito sumário e 
especial, cuja finalidade é tutelar o direito líquido e certo não amparado por “habeas corpus” ou “habeas data”, 
trata-se de um mandado subsidiário, que deve ser utilizado quando não for possível a proteção do direito por meio 
dos dois outros institutos constitucionais.
A legitimidade para propor o mandado de segurança é muito abrangente alcançando tanto as pessoas físicas 
como pessoas jurídicas, desde que uma pessoa ou uma entidade e até mesmo um ente despersonalizado sofrem uma 
lesão a direito liquido e certo poderão se valer do mandado de segurança para buscar o asilo jurisdicional para sua 
pretensão.
O mandado de segurança terá no polo passivo a entidade ou o agente público que realizou o ato ilegal e abusivo, 
sendo esta da administração pública direta ou indireta e qualquer pessoa jurídica investida do poder público.
Por fim, cabe mencionar a possibilidade de impetração do mandado de segurança coletivo a ser proposto por 
partido político com representação no Congresso Nacionalou por organização sindical, por entidade de classe ou 
associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus 
membros ou associados, desde que demonstre que o seu direito líquido e certo foi alvo de uma conduta abusiva ou 
ilegal.
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LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável 
o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania 
e à cidadania;
O mandado de injunção é uma ação constitucional que objetiva a regularização da aplicação de norma ou 
preceito constitucional omisso, ou de eficácia limitada, quando a norma constitucional não foi suficiente para 
atender as demandas provenientes dos anseios sociais, em face da lacuna ou da omissão constitucional que se 
insurge esta medida.
A legitimidade para impetrar o mandado de injunção está ligada à garantia constitucional dos direitos mais 
básicos do nosso ordenamento jurídico, em havendo um direito fundamental que é obstaculizado por uma omissão 
constitucional, haverá a possibilidade de impetração do mandado de injunção, para garantir o exercício efetivo deste 
direito.
O mandado deverá ser interposto em face da entidade responsável pela regulamentação do direito, que não 
tomou qualquer atitude em relação à omissão ao exercício pleno deste direito. Assim, o polo passivo depende do 
caso concreto em que houve a omissão normativa.
LXXII - conceder-se-á “habeas-data”:
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros 
ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público;
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou 
administrativo;
O inciso LXXII trata da ação constitucional que visa o acesso às informações relativas ao impetrante, sendo elas 
mantidas por qualquer órgão, público ou particular, desde que esteja em exercício de função pública. Portanto, a 
ação possibilita o acesso de informações pessoais contidas nos bancos de dados de todos os órgãos que contiverem 
ou impedirem o acesso a tais informações.
A legitimidade para propor o habeas-data é de qualquer pessoa física ou jurídica que necessite de informações 
dos órgãos públicos ou privados no exercício de função pública, figurando no polo passivo entidades governamentais 
da Administração Pública Direta e Indireta nas três esferas, bem como instituições, órgãos, entidades e pessoas 
jurídicas privadas prestadores de serviços de interesse público que possuam dados relativos à pessoa do impetrante.
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao 
patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente 
e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do 
ônus da sucumbência;
Este inciso trata da Ação Popular, que é uma ação constitucional que visa à tutela do patrimônio público em 
sentido amplo, englobando a moralidade administrativa, o meio ambiente e o patrimônio histórico e cultural, sendo 
uma ação isenta do pagamento de custas e ônus de sucumbência, salvo se demonstrada má-fé em sua proposição.
A legitimidade para propositura paira em uma única característica objetiva, qual seja, o legitimado deve ter 
cidadania, ou seja, deve ser cidadão e estar em pleno gozo de seus direitos políticos. No aspecto subjetivo, a 
pretensão deve atender a defesa dos preceitos já elencados acima.
A ação deve ser interposta em face de qualquer ente da Administração Pública Direta ou Indireta que causa 
lesão ao patrimônio público.
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de 
recursos;
LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso além do 
tempo fixado na sentença;
LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei:
a) o registro civil de nascimento;
b) a certidão de óbito;
LXXVII - são gratuitas as ações de “habeas-corpus” e “habeas-data”, e, na forma da lei, os atos necessários 
ao exercício da cidadania. 
Os incisos LXXIV, LXXV, LXXVI e LXXVII tratam da gratuidade da assistência jurídica, do registro civil 
e da certidão de óbito àqueles que comprovarem não ter recursos suficientes para obtê-los, bem como denotam a 
gratuidade das ações constitucionais de habeas-corpus e habeas-data, bem como os atos necessários ao exercício 
da cidadania.
Ainda cabe salientar que caberá indenização do Estado aquele que for condenado por erro judiciário, bem como 
aquele que ficar preso além do tempo estipulado em Lei.
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LXXVIII a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e 
os meios que garantam a celeridade de sua tramitação. 
Este inciso é parte integrante do conceito do devido processo legal, onde a necessidade de uma demanda que 
chegue ao resultado justo em tempo hábil é indispensável ao exercício da justiça, pois a decisão justa somente será 
eficaz se for tempestiva. Logo, a demora do processo importa no desrespeito ao princípio do devido processo legal.
§ 1º - As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata.
A regra garante efetividade às normas que definem direitos e garantias fundamentais. O comando, em princípio, 
destina-se ao Legislativo e Executivo, que devem implementar os direitos fundamentais e, num segundo plano, 
também ao Judiciário que está autorizado a aplicar referidos direitos, ainda que se omitam os outros dois Poderes 
Estatais.
§ 2º - Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e 
dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja 
parte.
O rol de direitos o artigo 5º, embora extenso, não é exaustivo. Outros direitos são encontrados no bojo da 
Constituição, ainda que implicitamente. Ademais, os tratados internacionais de direitos humanos, uma vez 
internalizados, podem trazer para o sistema jurídico outros direitos não previstos pelo artigo 5º. 
§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada 
Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão 
equivalentes às emendas constitucionais. 
O dispositivo equipara os tratados internacionais, quando aprovados pelo mesmo procedimento previsto 
para aprovação de propostas de emendas à Constituição, a verdadeiras normas constitucionais. A partir dessa 
possibilidade, também serão consideradas normas constitucionais as provenientes de tratados internacionais. É 
possível, pois, encontrarmos normas constitucionais que não estão na Constituição, mas num tratado internacional.
§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado 
adesão.
Dispositivo que atende às exigências internacionais no que se refere à proteção aos direitos humanos pelo qual, 
o Estado brasileiro prevê, na sua própria Constituição, estar submetido à jurisdição do Tribunal Penal Internacional, 
numa demonstração de que pretende respeitar os direitos humanos, também no plano internacional.
TITULO II 
CAPITULO II 
DOS DIREITOS SOCIAIS
A Constituição Federal, ao trazer os conceitos e cominações normativas dos Direitos Sociais, o fez com intuito 
de torná-los extensivos à toda população, de forma que a diretrizpolitica visa garantir que todos indivíduos estejam 
aptos a exercê-los na forma da lei. O grande valor social que se busca com os direitos sociais é o da igualdade, 
discriminando uma gama de direitos extensiva a todos os componentes da sociedade, independente de qualquer 
condição específica.
Mais do que a igualdade como conceito abstrato, os direitos sociais visam a igualdade em concreto, ou seja, bus-
cam diminuir a distância entre os desiguais dentro da sociedade, se valendo do princípio da isonomia, tem como um 
dos objetivos a tutela daqueles indivíduos que se encontram nas localidades periféricas do âmbito social, devendo 
agir na medida do possível para dirimir as discrepâncias e desigualdades sociais.
Contudo, o Estado não tem condições econômicas, de estrutura e de infraestrutura para conceder a toda popu-
lação brasileira os direitos inerentes aos direitos sociais. Trata-se de uma determinação genérica do texto consti-
tucional que, ao ser veiculada, exige ações da Administração Pública, seja por meio de politicas públicas, seja por 
incentivos a entidades privadas ou pela criação de órgãos de assistência social, dentre outras medidas. Reconheça-se 
que a total eliminação de diferenças sociais, gritantes em nossa sociedade, não se dará num passe de mágica jurídi-
ca, mas é objetivo a ser perseguido.
Diante da impossibilidade material da concretização destes direitos, impõe-se a análise dos critérios de conces-
são dos direitos sociais, tendo em vista a necessidade mais pungente, sendo que em razão da dimensão das mazelas 
sociais e da ausência de substrato do Estado para fornecer todos os direitos sociais de forma uniforme a toda so-
ciedade é possibilitado ao ente estatal que faça aquilo que esta ao seu alcance, na medida do que é razoavelmente 
exigível, para buscar uma solução plausível para efetivar os direitos sociais.
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Para que os direitos sociais sejam consolidados, dentro das possibilidades e condições de que dispõe o estado, 
devem ser observados três patamares de análise. Primeiro, a possibilidade fática, ou seja, uma condição econômica 
favorável para fornecer a prestação social para toda sociedade; segunda, a possibilidade jurídica, que consiste na 
verificação de disposição de norma orçamentária que destine verbas para investimento em determinado setor dos 
direitos sociais e, por fim, a razoabilidade e a proporcionalidade na prestação, sendo preciso aferir se a medida a ser 
tomada será efetiva e necessária à população, de acordo com a condição material a ser enfrentada. 
Ainda dentro das asseverações primárias acerca desses direitos, é importante salientar o conceito do mínimo 
existencial, assim entendido como prestações que garantam as condições mínimas de vida digna, das quais o Es-
tado não pode se furtar de fornecer aos membros da sociedade. Tal conceito vincula-se à condição mais básica de 
existência do ser humano social, baseado na dignidade da pessoa humana, na liberdade material que esta goza e no 
princípio do estado social, dentro da condição de propagador e implementador dos direitos sociais. 
Por fim, devemos salientar ainda o princípio da vedação ao retrocesso social, que preconiza que aos direitos 
fundamentais e sociais alcançados por meio de disposição legislativa ganham status de norma constitucional, sendo 
assim toda evolução que foi tangida em sede dos direitos afetos aos conceitos que englobam os direitos sociais não 
estão sujeitos à mitigação ou extinção.
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a seguran-
ça, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma 
desta Constituição. 
O artigo 6º traz o rol dos direitos sociais a serem garantidos e tutelados pelo Estado brasileiro. Esses direitos 
são considerados como alicerce de uma sociedade organizada, são requisitos primordiais para que seja viável uma 
existência harmônica e sustentável de toda uma sociedade, são os direitos sociais:
Direito a Educação: 
O Estado brasileiro se compromete em fornecer a educação básica e obrigatória dos 4 aos 17 anos de maneira 
indistinta, como assevera o art. 208, inciso I, da Constituição Federal, bem como a educação infantil em creches e 
escolas para crianças de até 5 anos de idade, no que consta no art. 208, inciso IV, disponibilizando por meio da rede 
pública o acesso a educação a todos que dela necessitarem sem qualquer encargo.
No que diz respeito ao ensino superior, o Estado brasileiro deve garantir acesso, ficando a cargo de cada um, 
por mérito próprio, superar o sistema probatório para adentrar o sistema superior de ensino, como discorre o art. 
208, inciso V.
Ainda cabe ressaltar que se o poder público não fornecer o estudo obrigatório, ou fornecê-lo de forma irregu-
lar, a autoridade estará sujeita a responder em sua esfera de responsabilidade pelo não cumprimento das diretrizes 
constitucionais, como denota o § 2º do art. 208.
Direito a Saúde: 
O direito a saúde talvez seja o direito que mais se aproxime do direito fundamental à vida. Contido no caput do 
art. 5º da Constituição Federal, é condição mínima que garante aos membros da sociedade uma vida digna. Trata-
-se do dever do Estado em fornecer a assistência médica e hospitalar a todos, bem como a prevenção para redução 
do risco de doença, bem como a promoção do acesso universal e igualitário aos serviços de saúde, como expressa 
o art. 196 da Constituição Federal.
O Estado fornece a saúde por intermédio de políticas públicas, com programas de assistência, conhecido como 
Sistema Único de Saúde (SUS), que possui atribuição de exercer as atribuições constitucionais para promover as 
diretrizes constitucionais da melhor forma possível, realizando o que determina o art. 200, incisos I a VIII da Cons-
tituição Federal.
Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei:
I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde e participar da pro-
dução de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos;
II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador;
III - ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde;
IV - participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico;
V - incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento científico e tecnológico;
VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e 
águas para consumo humano;
VII - participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e pro-
dutos psicoativos, tóxicos e radioativos;
VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.
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Direito à Alimentação: 
Não existe uma regulamentação detalhada a respeito desse direito, embora a Constituição tenha-o consagrado. 
Trata-se de uma proposição de caráter amplo e de conceituação abstrata. O direito à alimentação remete a existência 
digna do ser humano, onde o direito de se alimentar não se restringe somente ao suficiente para sobrevivência, mas 
sim ao necessário para que não faltem as condições que garantam a regularidade biológica do individuo. A previsão 
constitucional, ademais, volta-se à garantir alimentação saudável, nutritiva e livre de quaisquer contaminações que 
possam provocar problema à saúde das pessoas.
Direito ao Trabalho:
O Direito ao trabalho é uma das garantias mais enfatizadas pelo texto constitucional e está acompanhadode 
uma série de outros direitos e prerrogativas normativas que o acompanham e ampliam o âmbito de seu alcance. A 
Constituição Federal traz expresso nos artigos 7º ao 11 os direitos dos trabalhadores e empregados. Um rol am-
plo visando sempre uma situação favorável para o desenvolvimento do trabalho e para diminuição dos níveis de 
desemprego. Importante registrar que a leitura dos dispositivos entre os artigos 7º e 11 da Constituição Federal é 
imprescindível.
Direito à Moradia:
O direito a moradia se baliza na necessidade de conceder aos membros da sociedade um lugar para que se fixe 
e possa erigir sua vida de maneira plena, possibilitando uma vida digna, oferecendo toda uma estrutura de sanea-
mento básico e urbanidade para que o indivíduo possa viver.
Direito ao Lazer:
Não existe uma definição específica do direito ao lazer, no entanto compreende-se lazer todo aquele meio em 
que o membro da sociedade se insere que lhe confere conforto social, seja por meio da cultura, do esporte, ou de 
outras vertentes a serem consideradas como lazer, de acordo com os valores pessoais e sociais.
Direito à Segurança:
O direito a segurança é um dever de prestação do Estado, sendo um direito de responsabilidade de toda socie-
dade em conjunto para manutenção da mesma, conforme pode se extrair do art. 144 da Constituição Federal, esse 
direito compreende a proteção da ordem pública, vedando a autotutela dos membros da sociedade e a possibilidade 
de judicialização para a resolução dos enfrentamentos particulares.
A efetividade deste direito afasta a possibilidade da justiça social suplantar a égide da ordem jurídica, ou seja, 
cria uma sistematização de segurança pública para evitar que os particulares busquem resolver seus problemas sem 
a tutela do Estado. Por exemplo: os casos de violência que vem ocorrendo, onde os populares amarram e compro-
metem a integridade física de supostos criminosos, para a realização da justiça com as próprias mãos. O direito a 
segurança veda a ignorância como resposta de uma injusta provocação.
O Estado deve promover a segurança pelos meios e pelas instituições incumbidas desse serviço, fornecendo 
estrutura e infraestrutura para que o serviço seja prestado com a maior eficiência possível, com a finalidade de dimi-
nuir a marginalidade e a ocorrência de condutas que não estejam de acordo com o ordenamento jurídico, de forma 
preventiva ou de forma repressiva, levando todos os casos ao conhecimento do poder judiciário.
Direito à Previdência Social:
Este Direito está disciplinado nos artigos 201 e 202 da Constituição Federal, onde se encontram todos os institu-
tos e conceitos que abarcam este direito. Trata-se do regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, 
observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial.
Este direito garante ao trabalhador que cumpriu os requisitos legais, que goze da concessão de aposentadoria, 
em função das contribuições vertidas para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ou, em casos específicos, 
usufrua da concessão de benefícios relativos à situação em que se encontre.
Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filia-
ção obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da 
lei, a:
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I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada;
II - proteção à maternidade, especialmente à gestante;
III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário;
IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda;
V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes, observado 
o disposto no § 2º.
Proteção à Maternidade e à Infância:
Esse direito encontra-se disseminado por todo o texto constitucional, em diversos dispositivos dispersos, sendo 
que tem objetivo principal de garantir aos infantes e suas genitoras todo o suporte para que o desenvolvimento da 
criança seja pleno, possibilitando que sejam obtidos todos os direitos inerentes à vida digna, tanto da criança como 
de sua mãe.
Assistência aos Desamparados:
Percebe-se, pela terminologia genérica desse direito, que o legislador o manejou para supressão de eventuais la-
cunas ou omissões que pudessem sobrevir em relação a gama de grande amplitude dos direitos sociais. Portanto, se 
municiou desse direito para garantir uma tutela a toda sociedade, independente das mazelas e discrepâncias sociais 
das quais tenham sido acometidas.
Neste contexto, o artigo 203 da Constituição Federal traz a conceituação de que a assistência social será presta-
da a quem dela necessitar e elenca os escopos constitucionais que este direito visa tutelar, que pode ser considerada 
uma reiteração dos conceitos do direito trazidos pelo art. 6º aqui estudado.
Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à se-
guridade social, e tem por objetivos:
I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice;
II - o amparo às crianças e adolescentes carentes;
III - a promoção da integração ao mercado de trabalho;
IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida 
comunitária;
V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que 
comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dis-
puser a lei.
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua 
condição social:
A constituição visou garantir dentro do rol dos direitos sociais as condições e incentivos para que os trabalhado-
res obtivessem uma condição favorável para o exercício de suas funções, fornecendo os parâmetros mínimos para 
que o trabalho não seja pernicioso e impróprio para o trabalhador, constituindo um patamar de sustentabilidade para 
todo o trabalhador.
Os incisos subsequentes são os direitos que fundamentam e permitem a melhoria da condição social dos tra-
balhadores, os incisos são autoexplicativos e de conteúdo completo, onde é possível averiguar todas as garantias 
sociais ao trabalhador para que goze da plenitude de direitos o exercício de seu mister. Assim, necessária a leitura.
I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei com-
plementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;
II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;
III - fundo de garantia do tempo de serviço;
IV - salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais 
básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte 
e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vin-
culação para qualquer fim;
V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;
VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;
VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável;
VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;
IX - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
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X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa;
XI - participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração,e, excepcionalmente, partici-
pação na gestão da empresa, conforme definido em lei;
XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei; 
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facul-
tada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho; 
XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo 
negociação coletiva;
XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por cento à do normal; 
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal;
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias;
XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei;
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei;
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança;
XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei;
XXIV - aposentadoria;
XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em 
creches e pré-escolas; 
XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;
XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei;
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que 
este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco 
anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de traba-
lho; 
XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de 
sexo, idade, cor ou estado civil;
XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador 
portador de deficiência;
XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais 
respectivos;
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer tra-
balho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; 
XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalha-
dor avulso
Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos nos inci-
sos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII 
e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do cumprimento das obrigações 
tributárias, principais e acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos 
incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à previdência social.
Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:
Este artigo traz os patamares e limites dos órgãos de associação profissional ou sindical, demonstrando que o 
trabalhador é livre para se associar ao ente que representa sua categoria profissional, os seus incisos discriminam 
os direitos atinentes aos sindicatos e seus membros, desde sua composição até sua participação afetiva na vida do 
trabalhador, na tutela de todos os seus direitos.
Mais uma vez, registre-se a necessidade da leitura do texto constitucional, vez que as questões são extraídas 
literalmente do texto.
I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o registro no 
órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização sindical;
II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa de catego-
ria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos trabalhadores ou emprega-
dores interessados, não podendo ser inferior à área de um Município;
III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em 
questões judiciais ou administrativas;
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IV - a assembleia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional, será desconta-
da em folha, para custeio do sistema confederativo da representação sindical respectiva, independentemente 
da contribuição prevista em lei;
V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato;
VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho;
VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações sindicais;
VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo de 
direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o final do mandato, salvo 
se cometer falta grave nos termos da lei.
Parágrafo único. As disposições deste artigo aplicam-se à organização de sindicatos rurais e de colônias 
de pescadores, atendidas as condições que a lei estabelecer.
Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de 
exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender.
§ 1º - A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das necessidades 
inadiáveis da comunidade.
§ 2º - Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei.
Este artigo garante aos trabalhadores o direito a greve, para que possam defender seus interesses trabalhistas, 
garantindo ao trabalhador a permanência em seu emprego, desde que a lei determine os serviços e atividades essen-
ciais que não podem ser interrompidos e os limites em que a greve poderá ocorrer.
Devendo ser ressaltado que a greve não garante ao trabalhador o direito de cometer qualquer tipo de abuso ou 
impropriedade durante o período, sendo que àqueles que os cometerem estarão sujeitos as penas legais.
Sempre importante registrar que os direitos e liberdades são limitados e estão acompanhados da ideia de res-
ponsabilidade. Portanto, ter determinado direito consagrado pela Constituição não significa que esse direito será 
exercido de forma ilimitada e sem quaisquer condicionamentos.
Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores e empregadores nos colegiados dos órgãos públi-
cos em que seus interesses profissionais ou previdenciários sejam objeto de discussão e deliberação.
Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição de um representante des-
tes com a finalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento direto com os empregadores.
Os artigos 10 e 11 dispõem sobre a participação dos trabalhadores nas deliberações de órgãos públicos que tra-
tem de seus interesses profissionais e previdenciários. Ademais determina que nas empresas cujo contencioso seja 
superior a duzentos empregados é possível a eleição de um representante dos trabalhadores para promover o diálogo 
e entendimento com os empregadores. 
CAPÍTULO III 
DA NACIONALIDADE
O direito à nacionalidade compreende o direito de o indivíduo ser considerado componente de uma nação, como 
integrante de uma determinado cultura, língua, modelo jurídico, modelo político, caráter religioso (não é o caso do 
Estado brasileiro), bem como todas outras características provenientes da estrutura da nação.
Existem duas modalidades que dão resultado

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