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1. Abertura e movimentação de contas: documentos básicos; ............................................................. 1 
2. Pessoa física e pessoa jurídica: capacidade e incapacidade civil, representação e domicílio; ......... 3 
3. Documentos comerciais e títulos de crédito: nota promissória, duplicata, fatura. Nota fiscal: principais 
características; ......................................................................................................................................... 8 
4. Documento de Crédito (DOC): noções básicas; ............................................................................. 20 
5. Cheque - requisitos essenciais, circulação, endosso, cruzamento, compensação; ........................ 20 
6. Sistema de Pagamento Brasileiro; ................................................................................................. 24 
7. Tipos de sociedade: em nome coletivo, por quotas de responsabilidade limitada, anônimas, firma 
individual ou empresária; ........................................................................................................................ 30 
8. Estrutura do Sistema Financeiro Nacional (SFN): Conselho Monetário Nacional; Banco Central do 
Brasil; Comissão de Valores Mobiliários; Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional; bancos 
comerciais; caixas econômicas; cooperativas de crédito; bancos comerciais cooperativos; bancos de 
investimento; bancos de desenvolvimento; sociedades de crédito, financiamento e investimento; 
sociedades de arrendamento mercantil; sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários; sociedades 
distribuidoras de títulos e valores mobiliários; bolsas de valores; bolsas de mercadorias e de futuros; 
Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC); Central de Liquidação Financeira e de Custódia de 
Títulos (CETIP); sociedades de crédito imobiliário; associações de poupança e empréstimo; Sistema de 
Seguros Privados: sociedades de capitalização; Previdência Complementar: entidades abertas e 
entidades fechadas de previdência privada; ........................................................................................... 38 
9. Tipos de garantias - Garantias pessoais: aval; fiança. Garantias reais: alienação fiduciária; penhor; 
hipoteca; fianças bancárias; Fundo Garantidor de Crédito (FGC); .......................................................... 99 
10. Noções de política econômica, noções de política monetária, instrumentos de política monetária, 
formação da taxa de juros; ................................................................................................................... 124 
11. Produtos e serviços financeiros: depósitos à vista; depósitos a prazo (CDB e RDB); cobrança e 
pagamento de títulos, boletos e carnês; transferências automáticas de fundos; arrecadação de tributos e 
tarifas públicas; home banking, mobile banking, banco virtual; cartão de crédito (dinheiro de plástico); 
fundos mútuos de investimento; hot money; contas garantidas; crédito rotativo; descontos de títulos; 
financiamento de capital de giro; leasing (tipos, funcionamento, bens); financiamento de capital fixo; 
crédito direto ao consumidor; empréstimo em consignação; cadernetas de poupança; cartões de crédito; 
títulos de capitalização; planos de aposentadoria e pensão privados; planos e apólices de seguros; .. 129 
12. Mercado Financeiro - mercado monetário; mercado de crédito; mercado de capitais: ações - 
características e direitos, debêntures, diferenças entre companhias abertas e companhias fechadas, 
funcionamento do mercado à vista de ações, mercado de balcão; mercado de câmbio: instituições 
autorizadas a operar; operações básicas; contratos de câmbio - características; taxas de câmbio; 
remessas; SISCOMEX;13. Mercado Primário e Mercado Secundário .................................................. 153 
Questões ......................................................................................................................................... 184 
Respostas ........................................................................................................................................ 190 
 
 
 
 
 
1138026 E-book gerado especialmente para AUGUSTO GLAYSON MOTA DOS REMEDIOS
 
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Candidatos ao Concurso Público, 
 
O Instituto Maximize Educação disponibiliza o e-mail professores@maxieduca.com.br para dúvidas 
relacionadas ao conteúdo desta apostila como forma de auxiliá-los nos estudos para um bom desempenho 
na prova. 
As dúvidas serão encaminhadas para os professores responsáveis pela matéria, portanto, ao entrar em 
contato, informe: 
- Apostila (concurso e cargo); 
- Disciplina (matéria); 
- Número da página onde se encontra a dúvida; e 
- Qual a dúvida. 
Caso existam dúvidas em disciplinas diferentes, por favor, encaminhá-las em e-mails separados. O 
professor terá até cinco dias úteis para respondê-la. 
 
Bons estudos! 
 
1138026 E-book gerado especialmente para AUGUSTO GLAYSON MOTA DOS REMEDIOS
 
. 1 
 
 
Abertura 
 
Para abertura de conta os bancos pedem que o cliente apresente, no mínimo, originais e cópias dos 
seguintes documentos: 
- Documento de identificação: cédula de identidade (RG) ou documentos que a susbstituam 
legalmente, a exemplo das carteiras fornecidas pela OAB, CREA, Corecon, CRM, Federação Nacional 
dos Jornalistas etc; 
- Cartão de Identificação do Contribuinte (CIC/CPF); 
- Comprovante de residência (conta de luz, telefone ou contrato de locação). 
- Comprovante de renda (Ex.: holerite, contracheque etc.). 
 
Os originais serão devolvidos logo após a conferência com as cópias, que ficarão com o banco. 
 
 
 
Obs.: Cabe ressaltar que os documentos supramencionados são os 
comumente exigidos para abertura de contas. Todavia, as agências 
bancárias, dependendo do tipo de conta que será aberta podem abrir mão 
do comprovante de renda, como é o caso da conta CAIXA Fácil, ou ainda, 
substituir o comprovante de renda por uma declaração de renda. Assim, 
orientamos que fique a regra, sabendo que são cabíveis exceções. 
 
 
Tratando-se de menor ou de pessoa incapaz, além de sua qualificação, também deverá ser identificado 
o responsável que o assiste ou representa. E, caso se trate de pessoa economicamente dependente, 
deverá ser identificado o respectivo responsável. 
 
Todas as condições básicas para movimentação e encerramento devem constar da ficha proposta de 
abertura de conta (contrato), inclusive as relacionadas às tarifas de serviços. 
 
Movimentação 
 
Os principais tipos de conta são a conta corrente, conta de depósito à vista, a conta de depósito de 
poupança e a "conta-salário". 
A conta corrente (CC, sigla da conta corrente) é um demonstrativo de transações financeiras e que 
serve para controle de operações monetárias ou transações comerciais de um determinado período. 
Uma conta corrente na prática, é um estilo de conta onde o cliente bancário poderá realizar 
empréstimos, utilizar limite (caso seja conta especial), pedir cartões de crédito e ter algumas operações 
que somente o tipo de conta corrente lhe permite fazer. 
A conta corrente pode ser de dois tipos: Conta Corrente Simples (sem juros) ou Conta Corrente 
Especial (com juros). 
- A conta corrente Simples é aquela que o cliente bancário não possui limites, portanto são cobrados 
dela apenas a manutenção da conta bancária, cartões de crédito (se for o caso) e outros serviços vigentes 
de acordo com cada banco. 
- A conta corrente Especial é aquela que o cliente bancário possui limites, portanto são cobrados 
dela, taxas de manutençãoda conta, cartões de crédito (se for o caso), cestas de serviços (se for o caso) 
e outros serviços vigentes de acordo com cada banco. Além disso, a conta especial é aquela que se 
contam os juros sobre as diversas parcelas de débito e crédito, ou seja, quando você pega o limite de sua 
conta, o banco cobrará o valor emprestado mais os juros, calculando-os desde seu vencimento até a data 
de depósito ou pagamento. 
 
A conta de depósito à vista é o tipo mais usual de conta bancária. Nela, o dinheiro do depositante 
fica à sua disposição para ser sacado a qualquer momento. 
 
A poupança foi criada para estimular a economia popular e permite a aplicação de pequenos valores 
que passam a gerar rendimentos mensalmente. 
1. Abertura e movimentação de contas: documentos básicos; 
1138026 E-book gerado especialmente para AUGUSTO GLAYSON MOTA DOS REMEDIOS
 
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A "conta-salário" é um tipo especial de conta de registro e controle de fluxo de recursos, destinada a 
receber salários, proventos, soldos, vencimentos, aposentadorias, pensões e similares. A "conta-salário" 
não admite outro tipo de depósito além dos créditos da entidade pagadora e não é movimentável por 
cheques. 
 
Informações sobre direitos e deveres do correntista e do banco, constantes de contrato, como: 
- condições para fornecimento de talonário de cheques; 
- necessidade de comunicação pelo depositante, por escrito, de qualquer mudança de endereço ou 
número de telefone; 
- condições para inclusão do nome do depositante no Cadastro de Emitentes de Cheque sem Fundos 
(CCF); 
- informação de que os cheques liquidados, uma vez microfilmados, poderão ser destruídos; 
- tarifas de serviços, incluindo a informação sobre serviços que não podem ser cobrados; 
- saldo médio mínimo exigido para manutenção da conta, se houver essa exigência. 
 
Todos esses assuntos devem estar previstos em cláusulas explicativas na ficha-proposta. 
 
Antes de abrir a conta você deve tomar alguns cuidados, tais como: 
- ler atentamente o contrato de abertura de conta (ficha-proposta); 
- não assinar nenhum documento antes de esclarecer todas as dúvidas, inclusive as referentes a 
tarifas, juros e outros encargos; 
- solicitar cópia dos documentos que assinou. 
 
Outros tipos de contas existentes: 
 
Conta Individual: conta para um único titular, que permite movimentação a crédito e a débito. 
 
Conta Conjunta. 
a) Conta Conjunta Simples (E): conta para mais de um titular cuja movimentação a débito somente 
poderá ser feita com as assinaturas, sempre em conjunto, dos titulares. 
b) Conta Conjunta Solidária (E/OU): conta para mais de um titular cuja movimentação a crédito ou a 
débito poderá ser feita por qualquer um dos titulares isoladamente. 
 
Contas para menores: 
- Menores de 18 e maiores de 16 anos: conta em nome do menor, cuja movimentação será livre, desde 
que autorizada pelo responsável legal. A abertura e movimentação de conta de menor poderá ser 
efetuada sem a necessidade de autorização por seu representante legal, desde que o menor seja 
legalmente emancipado e faça prova de sua emancipação. 
- Menores de 16 anos: conta em nome do menor, cuja movimentação somente poderá ser feita pelo 
responsável indicado na abertura da conta. 
 
Situações especiais para os menores de 18 anos trazidas pelo Código Civil: 
1) Para abertura de conta de depósito (conta-poupança e conta-corrente) cujo titular seja menor com 
16 anos de idade completos, não emancipados, é obrigatória comprovação da existência de relação de 
emprego, do qual tenha economia própria, mediante exibição da Carteira de Trabalho e portar cópia e 
original dos documentos RG e CPF e do comprovante de endereço. 
2) Para abertura de conta de depósito (conta-poupança e conta-corrente) para titulares menores 
emancipados, deve-se apresentar, além de cópia e original dos documentos RG e CPF e do comprovante 
de endereço, registro de nascimento com a Averbação da Emancipação conferida pelos pais. 
 
No caso de pessoa jurídica: 
- documento de constituição da empresa (contrato social e registro na junta comercial); 
- documentos que qualifiquem e autorizem os representantes, mandatários ou prepostos a movimentar 
a conta; 
- inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ). 
 
Além disso, a instituição financeira pode estabelecer critérios próprios para abertura de conta de 
depósito, desde que seguidos os procedimentos previstos na regulamentação vigente (art. 1º da 
Resolução CMN 2.025, de 1993, com a redação dada pela Resolução CMN 2.747, de 2000). 
1138026 E-book gerado especialmente para AUGUSTO GLAYSON MOTA DOS REMEDIOS
 
. 3 
Encerramento 
 
Os contratos ou fichas-proposta de abertura de conta deverão estabelecer, no mínimo, as seguintes 
condições para seu encerramento: 
- Comunicação prévia por escrito; 
- Prazo para adoção de providências relacionadas à rescisão; 
- Devolução ao banco das folhas de cheques em seu poder ou declaração por escrito de sua 
inutilização; 
- Manutenção de fundos suficientes para a liquidação de compromissos assumidos com o banco ou 
decorrentes de disposições legais (ex. CPMF). 
 
Como agir 
Ao solicitar o encerramento, o cliente deve tomar as seguintes providências: 
- Pedir o extrato da conta; 
- Verificar se todos os débitos (autorizados) e cheques emitidos estão lançados na conta; 
- Cancelar as autorizações de débitos automáticos; 
- Devolver os talonários de cheques e cartões que estejam em seu poder, conferindo e confirmando 
com o banco o seu registro; 
- Exigir o protocolo das devoluções e do encerramento da conta; 
- Manter saldo suficiente para liquidação de compromissos assumidos anteriormente (débito 
automático, prestação de financiamento, CPMF). 
 
O encerramento da conta não eximirá seu titular das obrigações legais decorrentes da sustação, 
revogação ou cancelamento de cheques. O banco deverá informar os motivos de devolução dos cheques 
apresentados dentro do prazo de prescrição, mesmo quando ocorrer após o encerramento da conta. 
 
 
 
PESSOA FÍSICA 
 
É o ser humano nascido da mulher. Sua existência começa do nascimento com vida (a respiração é 
a melhor prova do nascimento com vida) e termina com a morte. 
Para a lei brasileira, hoje basta o nascimento com vida, para o reconhecimento da pessoa física, 
todavia, a redação do artigo 2º do Código Civil, põe a salvo desde a concepção os direitos do nascituro. 
Nascituro é o ser já concebido, mas que ainda está no ventre materno. A lei não lhe concede 
personalidade, a qual só lhe será conferida se nascer com vida. Mas, como provavelmente nascerá com 
vida, o ordenamento jurídico desde logo preserva seus interesses futuros, tomando medidas para 
salvaguardar os direitos que, com muita probabilidade, em breve serão seus. 
O homem, pessoa natural, é sujeito e titular da relação jurídica. 
A personalidade, que o indivíduo adquire ao nascer com vida termina com a morte, segundo o previsto 
no artigo 6º do Código Civil. No instante que expira, cessa aptidão para ser titular de direitos, e seus bens 
se transmitem, incontinenti, a seus herdeiros. 
 
PESSOA JURÍDICA 
 
Pessoas jurídicas são entidades a que a lei empresta personalidade, isto e, são seres que atuam na 
vida jurídica, com personalidade diversa da dos indivíduos que os compõem, capazes de serem sujeitos 
de direitos e obrigações na ordem civil. 
1) De acordo com a sua estrutura: a) as que têm como elemento adjacente o homem, isto é, as que 
se compõem pela reunião de pessoas, tais como as associações e as sociedades; b) as que se 
constituem em torno de um patrimônio destinado a um fim, isto é, as fundações. 
2) De acordo com sua órbita de atuação: as pessoas podem ser de direito externo (as várias Nações, 
a Santa Sé, a Organização das Nações Unidas) ou interno (a União, os Estados,o Distrito Federal e cada 
um dos Municípios legalmente constituídos); e de direito privado (as sociedades civis, religiosas, pias, 
morais, científicas ou literárias, as associações de utilidade pública, as fundações e, ainda, as sociedades 
mercantis). 
2. Pessoa física e pessoa jurídica: capacidade e incapacidade civil, 
representação e domicílio; 
1138026 E-book gerado especialmente para AUGUSTO GLAYSON MOTA DOS REMEDIOS
 
. 4 
Dentre as pessoas jurídicas de Direito privado, podemos distinguir as associações, isto e, 
agrupamentos de indivíduos sem fim lucrativo, como os clubes desportivos, os centros culturais, as 
entidades pias, etc.; e, de outro, as sociedades, isto é, os agrupamentos individuais com escopo de lucro. 
 
Requisitos para a existência legal das pessoas jurídicas. 
 
A existência, perante a lei, das pessoas jurídicas de direito privado começa com a inscrição dos seus 
contratos, atos constitutivos, estudos ou compromissos em seu registro público peculiar. 
Antes da inscrição, a pessoa jurídica pode existir no plano dos acontecimentos, mas o direito despreza 
sua existência, nega-lhe personalidade civil, ou seja, nega-lhe a capacidade para ser titular de direitos 
(pois, para que a pessoa moral ingresse na orbita jurídica, é necessário o elemento formal, ou seja, a 
inscrição no registro próprio). 
Cumpre ressaltar, porém, que o ordenamento jurídico não pode ignorar a existência de fato da pessoa 
moral, antes de seu registro. Assim, embora não prestigie a existência, atribui alguma consequência a 
tal organismo. 
Para se proceder ao registro de uma pessoa jurídica de direito privado de natureza civil, apresentam-
se dois exemplares do jornal oficial em que houverem sido publicados os estatutos, contratos ou outros 
documentos constitutivos ao cartório competente. No documento deve figurar, para que seja declarado 
pelo Oficial, no livro competente: 
I - a denominação fundo social (quando houver), os fins e a sede da associação, ou fundação, bem 
como o tempo de sua duração; 
II - o modo por que se administra e representa a sociedade, ativa e passivamente, judicial e 
extrajudicialmente; 
III - se os estatutos, contrato ou o compromisso são reformáveis no tocante a administração, e de que 
modo; 
IV - se os membros respondem ou não, subsidiariamente, uns pelos outros, pelas obrigações sociais; 
V - as condições de extinção das pessoas jurídicas, e o destino de seu patrimônio, nesse caso; 
VI - os nomes dos fundadores, ou instituidores, e dos membros da diretoria provisória ou definitiva, 
com indicação da nacionalidade, estado civil ou profissão de cada um, bem como o nome e residência do 
apresentante dos exemplares. 
 
Capacidade e Representação das Pessoas Jurídicas. 
 
No momento em que a pessoa jurídica registra seu contrato constitutivo, adquire personalidade, isto 
e, capacidade para ser titular de direito. Naturalmente ela só pode ser titular daqueles direitos compatíveis 
com a sua condição de pessoa fictícia, ou seja, os patrimônios. Não se lhe admitem os direitos 
personalísticos. 
Para exercer tais direitos, a pessoa jurídica recorre a pessoas físicas que a representam, ou seja, por 
quem os respectivos estatutos designarem ou, não os designando, pelos seus diretores. 
 
Responsabilidade das Pessoas Jurídicas 
 
As pessoas jurídicas são responsáveis na órbita civil, contratual e extracontratual. 
As pessoas jurídicas com fim lucrativo só serão responsáveis pelos atos ilícitos, praticados por seus 
representantes, provando-se que concorreram com culpa para o evento danoso. 
Tal culpa poderá se configurar quer na eleição de seus administradores, quer na vigilância de sua 
atividade. Mas, atualmente, houve uma evolução nesta interpretação através de uma farta jurisprudência 
de nossos Tribunais. 
Assim, quando a pessoa jurídica de finalidade lucrativa causar dano a outrem através de ato de seu 
representante, surge a presunção que precisa ser destruída pela própria pessoa jurídica, sob pena de ser 
condenada solidariamente a reparação do prejuízo. 
Quanto a responsabilidade das associações que não tem lucro, nada se encontra na lei. A 
responsabilidade pela reparação do prejuízo será do agente causador. Apenas, neste caso, deve a vítima 
demonstrar a culpa da associação. 
 
Extinção das Pessoas Jurídicas. 
A extinção da pessoa jurídica é o fim da sua existência ou perecimento da sua organização. Pela 
extinção da pessoa jurídica desvinculam-se os elementos humanos e materiais que embasavam a sua 
1138026 E-book gerado especialmente para AUGUSTO GLAYSON MOTA DOS REMEDIOS
 
. 5 
existência. Somente se considera extinta a pessoa jurídica após a finalização do processo de liquidação. 
São hipóteses de extinção: 
I - pela sua dissolução, deliberada entre os seus membros, salvo o direito da minoria e de terceiros; 
II - pela sua dissolução, quando a lei determine; 
III - pela sua dissolução em virtude de ato do Governo que lhe casse a autorização para funcionar, 
quando a pessoa jurídica incorra em atos opostos aos seus fins ou nocivos ao bem público. 
Quando se trata de pessoa jurídica com finalidade lucrativa, nenhum problema surge quanto ao destino 
dos bens. Eles serão repartidos entre os sócios, pois o lucro constitui o próprio objeto que os reuniu. 
Nas associações sem fim lucrativo que se dissolvem, o patrimônio seguira a destinação dada pelos 
Estatutos; em não havendo tal, a deliberação eficaz dada pelos sócios sobre a matéria. Se os mesmos 
nada resolveram, ou se a deliberação for ineficaz, devolver-se-á o patrimônio a um estabelecimento 
público congênere ou de fins semelhantes. Se, no Município, Estado ou no Distrito-Federal, inexistirem 
estabelecimentos nas condições indicadas, o patrimônio passara a Fazenda Pública. 
 
CAPACIDADE E INCAPACIDADE 
 
Se toda relação jurídica tem por titular um homem, verdade e, também, que todo homem pode ser 
titular de uma relação jurídica. Isto é, todo ser humano tem capacidade para ser titular de direitos. 
Antigamente, nos regimes onde florescia a escravidão, o escravo em vez de sujeito era objeto de 
direito. No mundo moderno, a mera circunstancia de existir confere ao homem a possibilidade de ser 
titular de direitos. A isso se chama personalidade. 
Afirmar que o homem tem personalidade e o mesmo que dizer que ele tem capacidade para ser titular 
de direitos. Tal personalidade se adquire com o nascimento com vida. 
Parece que melhor se conceituaria personalidade dizendo ser a aptidão para adquirir direitos e assumir 
obrigações na ordem civil. Como se verá, a aptidão para adquirir direitos não se identifica com a aptidão 
para exercer direitos, da qual se excluem as pessoas mencionadas (incapazes), que pessoalmente não 
os podem exercer. 
Voltando a análise, se deve ressaltar a relevância, na prática, de tal dispositivo, conforme se demonstre 
que o indivíduo nasceu morto, ou morreu logo após o nascimento. Por exemplo: suponha que um 
indivíduo morreu, deixando esposa grávida; se a criança nascer morta, o patrimônio do "de cujus" passara 
aos herdeiros deste, que podem ser seus pais, se ele os tiver; se a criança nascer viva, morrendo no 
segundo subsequente, o patrimônio de seu pai pré-morto (que foi a seu filho no momento em que ele 
nasceu com vida) passara aos do infante, no caso, a mãe. 
A lei brasileira protege os direitos do nascituro desde a sua concepção (nascituro é o ser já concebido, 
mas que se encontra no ventre materno), embora só lhe conceda a personalidade, se nascer com vida. 
A personalidade que o indivíduo adquire, ao nascer com vida, termina com a morte. No instante em 
que expira, cessa sua aptidão para ser titular de direitos, e seus bens se transmitem, de imediato, a seus 
herdeiros. 
Já foi dito que todo ser humano, desde seu nascimento até sua morte, tem capacidade paraser titular 
de direitos e obrigações, na ordem civil. Mas isso não significa que todas as pessoas possam exercer, 
pessoalmente, tais direitos. A lei, tendo em vista a idade, a saúde ou o desenvolvimento intelectual de 
determinadas pessoas, com o intuito de protegê-las, não lhes permite o exercício pessoal de direitos, e 
denomina tais pessoas de incapazes. 
Portanto, incapacidade é o reconhecimento da inexistência, numa pessoa, daqueles requisitos que a 
lei acha indispensáveis para que ela exerça os seus direitos. 
Existe, assim, uma distinção entre incapacidade absoluta e relativa. 
São absolutamente incapazes aqueles que não podem, por si mesmos, praticar quaisquer atos 
jurídicos e, se o fizerem, tais atos são nulos. Por exemplo: se um menor impúbere vende uma 
propriedade, ou faz um contrato de seguro, tal ato e absolutamente ineficaz, porque a manifestação de 
vontade provinda dele, desprezada que é pelo ordenamento jurídico, não produz efeitos na orbita do 
direito, e nulo o ato e não gera efeitos. 
Diferente e a incapacidade relativa, porque a inaptidão físico-psíquica e menos intensa. Trata-se de 
pessoas que, sem terem um julgamento, adequado das coisas, apresentam um grau de perfeição 
intelectual não desprezível. A lei, então, lhes permite a pratica de atos jurídicos, condicionando a validade 
destes ao fato de eles se aconselharem com pessoa plenamente capaz (seu pai, tutor ou curador) que 
os devem assistir-nos atos jurídicos. 
Enquanto o absolutamente incapaz e representado, o relativamente incapaz e apenas assistido. 
O ato praticado pelo relativamente incapaz não é nulo, mas anulável. 
 
1138026 E-book gerado especialmente para AUGUSTO GLAYSON MOTA DOS REMEDIOS
 
. 6 
 
Em linhas gerais: 
Capacidade civil: Aptidão da pessoa para praticar atos da vida civil, poder 
livremente contratar adquirindo direitos e aceitando obrigações. Enquanto não 
adquirida a capacidade plena, há a necessidade de que, para prática dos atos, 
sejam representados ou assistidos por quem tenha legitimidade para fazê-lo. 
Incapacidade: A incapacidade é a inaptidão para praticar pessoalmente 
os atos civis. 
 
São absolutamente incapazes: 
- Menores de 16 anos (menores impúberes); 
- Enfermos ou deficientes mentais que não tiverem o necessário discernimento para prática desses 
atos (loucos de todo gênero, surdos e/ou mudos que não puderem exprimir a sua vontade); 
- Aqueles que momentaneamente não puderem exprimir sua vontade. 
- Os ausentes, declarados tais por ato do juiz 
 
São relativamente incapazes: 
- Os maiores de 16 e menores de 18 anos (menores púberes); 
- Os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os deficientes mentais, com discernimento reduzido; 
- Os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo; 
- Os pródigos (entende-se por pródigo àquele que, desordenadamente, gasta e destrói o seu 
patrimônio. Como a sua deficiência só se mostra no trato de seus próprios bens, sua incapacidade e 
limitada aos atos que o podem conduzir a um empobrecimento). 
 
Fim da Incapacidade para os menores: 
a) Ao atingir a maioridade, ou seja, completar 18 anos de idade; 
b) Por emancipação, que pode ocorrer nas seguintes circunstâncias: 
- Concessão dos pais ou de um deles na falta do outro, por intermédio de escritura pública, ao menor 
com idade superior a 16 anos ou por decisão judicial quando o menor estiver sob tutela. 
- Pelo casamento civil, observando que a idade mínima é de 16 anos tanto para homens como para 
mulheres, salvo exceções legais; 
- Pelo exercício de emprego público efetivo; 
- Pela colação de grau em curso de ensino superior; 
- Pela participação em sociedade civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde 
que, em função deles, o menor de 16 anos completos tenha economia própria. Em ambos os casos é 
necessária a declaração em sentença judicial da emancipação do menor. 
 
Os silvícolas ou índios, por viverem afastados da civilização, não contam, habitualmente, com um grau 
de experiência suficiente para defender sua pessoa e seus bens, em contato com as demais pessoas, 
assim são considerados relativamente incapazes. No entanto, deixam de ser considerados incapazes se 
adaptarem e se integrarem a civilização dos país. Serão capazes quando reconhecida, em sentença 
judicial a plenitude de sua capacidade civil. 
 
REPRESENTAÇÃO E DOMICILIO 
 
Representação: é exercida pelos sócios da pessoa jurídica a quem o contrato social de constituição 
da sociedade conferir poderes para representar a sociedade; agirão em nome da pessoa jurídica, 
assumindo obrigações (ou exercendo direitos) em nome dela, e não em nome pessoal. 
 
Domicílio: É o lugar de vinculação de uma pessoa (PF ou PJ). Nesse local serão cobradas suas 
responsabilidades, suas dívidas, etc. 
 
Domicílio-civil da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece sua residência com animo definitivo. 
A ideia de animo definitivo vai decorrer das circunstâncias externas reveladoras da intenção do 
indivíduo, isto é, do seu propósito de fazer daquele local o centro de suas atividades. 
O conceito de domicílio se distingue do de residência. Este representa uma relação de fato entre uma 
pessoa e um lugar, envolvendo a ideia de habitação, enquanto o de domicílio compreende o de residência, 
acrescido do ânimo de ai fazer o centro de sua atividade jurídica. 
 
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Espécies de domicílio. 
1. Domicílio voluntário: é o estabelecido voluntariamente pelo indivíduo, sem sofrer outra influência 
que não a de sua vontade ou conveniência. 
2. Domicílio legal ou necessário: é aquele que a lei impõe a determinadas pessoas, que se encontra 
em dadas circunstâncias. Assim, os incapazes têm necessariamente por domicílio o dos seus 
representantes. 
O domicilio da mulher casada e o do marido (exceção): 
a) quando estiver separada; 
b) - quando lhe couber à administração dos bens do casal. Os funcionários públicos reputam-se 
domiciliados onde exercerem, em caráter permanente, suas funções. 
O domicílio do militar em serviço ativo e o lugar onde servir. O domicílio dos oficiais e tripulantes da 
marinha mercante e o lugar onde estiver matriculado o navio. O preso ou desterrado tem o domicílio no 
lugar onde cumpre a sentença ou o desterro. 
O ministro ou o agente diplomático do Brasil que, citado no estrangeiro, alegar extraterritorialidade, 
sem designar onde tem, no país, o seu domicílio, poderá ser demandado no Distrito Federal ou no último 
ponto do território brasileiro onde o teve. 
3. Domicílio de eleição ou convencional: é o escolhido pelos contratantes, nos contratos escritos, 
para fim de exercício dos direitos e cumprimento das obrigações que dos mesmos decorram. 
Se, porém, a pessoa natural tiver diversas residências onde alternadamente viva, ou vários centros de 
ocupações habituais, considerar-se-á domicílio seu qualquer destes ou daquelas. Caso de pluralidade 
de domicílios. 
4. Domicílio ocasional ou aparente: Ter-se-á por domicílio da pessoa natural, que não tenha 
residência habitual, ou empregue a vida em viagens, sem ponto central de negócios, o lugar onde for 
encontrada. 
A mudança de domicílio ocorre quando a pessoa natural altera a sua residência, com a intenção de 
transferir o seu centro habitual de atividade. A prova da intenção resultara do que declarar a pessoa 
mudada às municipalidades dos lugares, que deixa, e para onde vai, ou, se tais declarações não fizerem 
da própria mudança, com as circunstanciais que a acompanharem. 
 
Domicílio da pessoa jurídica de Direito Público. 
 
O domicílio da União e o Distrito Federal; dos Estados, as respectivas Capitais; e dos Municípios, o 
lugar onde funciona a Administração Municipal. Das demais pessoas jurídicas, o lugar onde funcionaremas respectivas diretorias e administrações, ou onde elegeram domicílio especial, nos seus estatutos ou 
atos constitutivos. 
Quando o direito pleiteado se originar de um fato ocorrido onde um ato praticado, ou que deva produzir 
os seus efeitos, fora do Distrito Federal, a União será demandada na seção judicial em que o fato ocorreu, 
ou onde tiver sua sede a autoridade de que o ato emanou, ou onde este tenha de ser executado. 
 
Domicílio da pessoa jurídica de Direito Privado. 
 
É o lugar onde funcionarem as respectivas diretorias e administrações, isto quando nos seus estatutos 
não constar eleição de domicílio especial. 
Tendo a pessoa jurídica de direito privado diversos estabelecimentos, em lugares diferentes, cada um 
será considerado domicílio, para os atos nele praticados. 
 
Domicílio da pessoa jurídica estrangeira. 
 
Se a administração e diretoria tiverem sede no estrangeiro, haver-se-á por domicílio da pessoa-jurídica, 
no tocante as obrigações contraídas por cada uma das suas agencias, o lugar do estabelecimento, sito 
no Brasil, a que ela responder. 
 
 
 
 
 
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TÍTULOS DE CRÉDITO 
 
Os títulos de crédito são documentos representativos de obrigações pecuniárias, não se confundindo 
com a obrigação, mas sim, a representando. Digamos que o título de crédito é, antes de tudo, um 
documento, no qual se materializa e se incorpora a promessa da prestação futura a ser realizada pelo 
devedor, em pagamento da prestação atual realizada pelo credor. Nem todo documento será título de 
crédito; mas, todo título de crédito é, antes de tudo, um documento, no qual se consigna a prestação 
futura prometida pelo devedor. 
Não adentrando em maiores discussões doutrinárias basicamente são divididos os principais títulos de 
crédito em: letra de câmbio; nota promissória; cheque; duplicata comercial; duplicada de serviços; 
conhecimento de depósito; warrant; letra hipotecária; cédula rural pignoratícia; ações de sociedade por 
ações; debênture; dentre outros. 
 
1. Características do título de crédito 
- Negociabilidade: facilidade com que o crédito pode circular. Quando alguém emite um título de 
crédito, não está fazendo uma promessa de pagamento dirigida exclusivamente ao beneficiário original, 
mas para pessoa indeterminada que, na data do vencimento, esteja com a posse do título. 
- Executividade: os títulos gozam de maior eficiência em sua cobrança. São títulos executivos 
extrajudiciais de acordo com o art. 585, I, do CPC: a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a 
debênture e o cheque. Basta, pois, sua apresentação em Juízo para que se dê início ao processo de 
execução (cobrança), ficando dispensada a prévia ação de conhecimento. 
- Cartularidade: de acordo com o princípio da cartularidade, a execução somente poderá ser ajuizada 
se acompanhada do título de crédito original. As únicas defesas possíveis do executado (devedor) serão 
aquelas fundadas em defeito de forma do título ou falta de requisito necessário ao exercício da ação. 
 
2. Classificação dos Títulos de Crédito 
a) Quanto ao modelo: podem ser vinculados ou livres. 
- Vinculados: devem atender a um padrão específico, definido por lei, para a criação do título. 
Exemplo: cheque. 
- Livres: são os títulos que não exigem um padrão obrigatório de emissão, basta que conste os 
requisitos mínimos exigidos por lei. Exemplo: letra de câmbio e nota promissória. 
 
b) Quanto à estrutura: podem ser ordem de pagamento ou promessa de pagamento. 
- Ordem de pagamento: por esta estrutura o saque cambial dá origem a três situações distintas: 
sacador ou emitente, que dá a ordem para que outra pessoa pague; sacado, que recebe a ordem e deve 
cumpri-la; e o beneficiário, que recebe o valor descrito no título. Exemplo: letra de câmbio, cheque. 
- Promessa de pagamento: envolve apenas duas situações jurídicas: promitente, que deve, e 
beneficiário, o credor que receberá a dívida do promitente. Exemplo: nota promissória. 
 
c) Quanto à natureza: podem ser títulos causais ou abstratos. 
- Títulos causais: são aqueles que guardam vínculo com a causa que lhes deu origem, constando 
expressamente no título a obrigação pelo qual o título foi assumido, sendo assim, só poderão ser emitidos 
se ocorrer o fato que a lei elegeu como uma possível causa para o mesmo. Podem circular por endosso. 
Exemplo: duplicatas. 
- Títulos abstratos: são aqueles que não mencionam a relação que lhes deu origem, podendo ser 
criados por qualquer motivo. Exemplo: letra de câmbio, cheque. 
 
3. Constituição do Título de Crédito 
a) Saque: Este instituto somente será encontrado pela emissão de letras de câmbio, já que estas são 
ordens de pagamento que, por meio do saque, criam três situações jurídicas distintas, sendo estas: 
- a figura do sacador, o qual dá a ordem de pagamento e que determina a quantia que deve ser paga; 
- a figura do sacado, àquele para quem a ordem é dirigida, o qual deve realizar o pagamento dentro 
das condições estabelecidas; e, por último, 
- o tomador, credor da quantia mencionada no título. 
3. Documentos comerciais e títulos de crédito: nota promissória, duplicata, 
fatura. Nota fiscal: principais características; 
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Saque, portanto, é o ato de criação, ou seja, da emissão da letra de câmbio. Após esse ato, o tomador 
pode procurar o sacado para receber do mesmo a quantia devida. Sendo que não tem por única função 
emitir o título, mas também visa vincular o sacador ao pagamento da letra de câmbio, assim sendo, caso 
o sacado não pague a dívida ao tomador, este último poderá cobrá-la do próprio sacador, que é o próprio 
devedor do título. 
 
b) Aceite: É por meio deste que o sacado se compromete ao pagamento do título ao beneficiário, na 
data do vencimento. Para que seja válido este aceite deverá conter o nome e assinatura do aceitante. 
Importante frisar que, se este aceite se der no verso do título, deverá acompanhar a palavra "aceito" ou 
"aceitamos", para que não se confunda com endosso; mas se no anverso do título, bastará a assinatura 
do aceitante. 
O sacado/aceitante deverá ser civilmente capaz e não poderá ser falido. Se este vier a falecer poderá 
o inventariante proceder o aceite em nome dos sucessores daquele. 
Havendo endossantes neste título, deverão estes responder como devedores cambiários solidários e, 
assim sendo, deverão pagar o que estabelece o título ao beneficiário, caso o sacado não o aceite. O 
aceite é irretratável, ou seja, desde que produzido o sacado não poderá se eximir do pagamento da letra. 
 
Prazo de respiro: é o prazo de um dia dado em virtude da primeira apresentação do título para aceite 
do sacado. De acordo com o art. 24 da Lei Uniforme da Letra de Câmbio: "o sacado pode pedir que a 
letra lhe seja apresentada uma segunda vez no dia seguinte ao da primeira apresentação". 
As letras com data certa para vencimento ou à vista dispensam a apresentação para aceite, porque 
vencem no momento em que são apresentadas, devendo ser feita em 1 ano. 
Será considerada a falta de aceite quando o sacado não for encontrado, estiver muito enfermo, não 
podendo, ao menos, expressar-se, ou quando nega o aceite ao título expressamente. Diante da recusa 
do aceite, o beneficiário deverá, a fim de receber o valor representado pelo título, protestá-lo no primeiro 
dia útil seguinte, já que esta recusa acarreta o vencimento antecipado do título. Podendo o tomador perder 
o direito, se não protestar neste prazo, de acionar os demais coobrigados cambiários. Sendo assim, 
verifica-se que o protesto pressupõe a ausência do aceite. 
O aceite deverá ser puro e simples, não podendo ser condicionado, e poderá ser limitado de acordocom que o aceitante se obrigar nos termos do mesmo. A lei permite que o sacador estabeleça uma 
cláusula de proibição de aceitação do aceite, tornando a letra inaceitável. Com isso, deverá o beneficiário 
esperar até a data do vencimento do título para apresentá-lo ao sacado, que só então, se recusá-lo, 
poderá voltar-se ao sacador. Se, entretanto, antes da data do vencimento o sacado aceitar o título, ele 
será válido. 
Essa cláusula não será permitida quando a letra for sacada a certo termo da vista, pois quando isso 
ocorre o prazo do vencimento só corre a partir da data do aceite. 
 
c) Endosso: É a forma pela qual se transfere o direito de receber o valor que consta no título através 
da tradição da própria cártula. 
De acordo com o art. 893 do Código Civil: "a transferência do título de crédito implica a de todos os 
direitos que lhe são inerentes" e, por assim dizer, entende-se que não só a propriedade da letra que se 
transfere, como também a garantia de seu adimplemento. 
Figuram dois sujeitos no endosso: 
- endossante ou endossador: quem garante o pagamento do título transferido por endosso; 
- endossatário ou adquirente: quem recebe por meio dessa transferência a letra de câmbio. 
 
O endosso responsabiliza solidariamente o endossante ao pagamento do crédito descrito na cártula 
caso o sacado e sacador não efetuem o pagamento. Portanto, se o devedor entregar a seu credor um 
título, por mera tradição e sem endosso, não estará vinculado ao pagamento deste crédito caso as outras 
partes se tornem inadimplentes. 
Poderá o endosso se apresentar: 
- em preto: quando na própria letra traz a indicação do endossatário do crédito. Também conhecido 
por endosso nominal. 
- em branco: quando apenas constar a assinatura do endossante, sem qualquer indicação de quem 
seja o endossatário. Deverá este ser feito sempre no verso do título e se tornará um título ao portador. 
 
Classificações doutrinárias de endosso: 
- Endosso próprio: transfere ao endossatário não só a titularidade do crédito como também o exercício 
de seus direitos. 
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- Endosso impróprio: difere do anterior uma vez que não transfere a titularidade do crédito, mas tão 
somente o exercício de seus direitos. Este se subdivide em: 
- Endosso-mandato ou endosso-procuração: permite que o endossatário aja como representante do 
endossante, podendo exercer os direitos inerentes ao título. 
 
- Endosso-caução ou pignoratício: figura como mera garantia ao endossatário de uma dívida do 
endossante para com ele. Deve sempre conter a cláusula: “valor em garantia” ou “valor em penhor”. 
Tendo, portanto, o endossante cumprido a obrigação para a qual se destinou a garantia, poderá rever o 
título de crédito. 
 
d) Cessão Civil: é a transferência de um título de crédito por meio diverso ao do endosso. 
 
Diferenças de Endosso e Cessão Civil: 
Endosso – ato unilateral que só será admitido mediante assinatura e declaração contidas no título. 
Confere direitos autônomos ao endossatário (direitos novos) e não poderá ser parcial. 
Cessão Civil – ato bilateral, por meio de um negócio jurídico; pode ser feita da mesma forma que 
qualquer outro contrato; confere os direitos derivados de quem o cedeu e poderá ser parcial. 
 
e) Aval: Versa o art. 30 da Lei Uniforme da Letra de Câmbio, "o pagamento de título de crédito, que 
contenha obrigação de pagar soma determinada, pode ser garantido por aval". Com isso estabelece-se 
que aval é a garantia cambial, pela qual terceiro (avalista) firma para com o avalizado, se 
responsabilizando pelo cumprimento do pagamento do título se este último não o fizer. 
 
Poderá o aval se apresentar: 
- em preto: indica o avalizado nominalmente; 
- em branco: não indica expressamente o avalizado, considerando, por conseguinte, o sacador como 
o mesmo. 
É permitido o aval parcial ou limitado, segundo o art. 30 da Lei Uniforme. 
 
O aval difere da fiança pelo fato desta última se caracterizar em contratos cíveis e não sob títulos de 
crédito, como a primeira. 
Fiança é um contrato acessório pelo qual a pessoa garante ao credor satisfazer a obrigação assumida 
pelo devedor caso este não a cumpra, ao passo que a obrigação do avalista é autônoma, independente 
da do avalizado. A fiança produz mais efeitos que o aval, uma vez que a posição do fiador adquire 
características de principal. 
Por fim, cumpre ressaltar que a lei concede ao fiador o benefício de ordem, benefício este inexistente 
para o avalista. 
 
4. Exigibilidade do Título de Crédito 
a) Vencimento 
O vencimento do título ocorrerá, ordinariamente, com o término normal do prazo, sob as seguintes 
formas elencadas pelo art. 6° do Decreto. 2.044/1908: 
a) à vista; 
b) a dia certo; 
c) a tempo certo da data; 
d) a tempo certo da vista. 
 
Ou, também, extraordinariamente, quando se dá pela interrupção do prazo por fato imprevisto e 
anormal, elencados no art. 19 da mesma norma em questão. 
a) falta ou recusa de aceite; 
b) falência do aceitante. 
 
b) Pagamento 
É através do pagamento que se tem por extinta uma, algumas ou todas as obrigações declaradas no 
título de crédito. Pode-se dizer, com isso, que o pagamento pode extinguir: 
- algumas obrigações: se o pagamento é efetuado pelo coobrigado ou pelo avalista do aceitante, 
extingue-se a própria obrigação de quem pagou e também a dos posteriores coobrigados; 
- todas obrigações: se o pagamento é realizado pelo aceitante do título. 
 
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c) Protesto 
É a prova literal de que o título foi apresentado a aceite ou a pagamento e que nenhuma dessas 
providências foram atendidas, pelo sacado ou aceitante. 
O protesto será levado a efeito por: 
- falta ou recusa do aceite; 
- falta ou recusa do pagamento; 
- falta da devolução do título. 
 
5. Dos Títulos de Crédito 
 
A) NOTA PROMISSÓRIA: A Nota Promissória é um título de crédito no qual uma pessoa- sacador, 
emitente ou subscritor (obrigado principal) firma, por escrito, uma promessa de pagamento para outra – 
beneficiário ou sacado- constante do documento, ou a sua ordem, uma quantia em dinheiro. Está sujeita 
às mesmas normas aplicadas à letra de câmbio, com exceções previstas na Lei Uniforme. Enquanto a 
letra de câmbio é uma ordem de pagamento, porque através dela o signatário (sacador) do título requisita 
a uma pessoa (sacado) o pagamento de uma soma, a nota promissória é uma promessa de pagamento 
feita pelo próprio devedor que se obriga, dentro de certo prazo, ao pagamento de uma soma pré-fixada. 
Passa a ser um título de crédito desde a sua emissão feita pelo devedor, e o seu possuidor ou portador 
poderá, logo após o vencimento, não sendo paga, propor ação executiva para recebê-la. 
Por se tratar de um título autônomo que independe da indagação da causa que motivou a obrigação. 
"Nota promissória regularmente emitida e avalizada, mesmo originária de um contrato particular, - decidiu 
o Tribunal - pode circular. Uma vez endossada, representa dívida autônoma, com causa legítima" (in RT 
659/150). Em conclusão: nota promissória é uma promessa direta que o devedor faz ao credor, pois ela 
é emitida pelo devedor. Já a letra de câmbio é emitida por uma pessoa que dá uma ordem ao seu devedor 
(sacado) para pagar certa quantia a um terceiro. Quando a nota promissória é emitida, intervêm, 
necessariamente, duas pessoas: o emitente que é o devedor, e o beneficiário, que é o credor. Além delas, 
podem aparecer outras pessoas, como o "avalista", que se obriga com o emitente, solidariamente, ao 
pagamento do título e o "endossatário", ou terceiro, em cujas mãos passa o título quando o credor o 
aliena. 
A seguir são apresentados os seus requisitos essenciais: 
1. a denominaçãonota promissória; 
2. a importância por extenso a ser paga; 
3. o nome da pessoa a quem deve ser paga; 
4. a assinatura de próprio punho do emitente (devedor) ou do mandatário especial. "Se a cambial foi 
emitida por procuração, observados os poderes outorgados, é considerada válida (Súmula 6 deste 
Tribunal)" (in RT 652/151). Esses requisitos devem ser lançados por extenso no seu contexto, como 
acontece com a letra de câmbio; a assinatura do devedor deve ficar do lado direito e no final; o nome do 
credor deve aparecer logo após a expressão "nota promissória" situada no centro do título. A nota 
promissória não pode ser emitida ao portador. Um de seus requisitos essenciais é que ela contenha o 
nome do credor. "A nota promissória ao portador não constitui, per se, título de dívida líquida e certa - 
decidiu certa vez o Tribunal - podendo, quando muito, auxiliar a prova da obrigação assumida pelo 
signatário para com o autor, cobrável pela via ordinária, e não pela executiva" (in RT 598/213). 
Atualmente, a ação própria para a cobrança via ordinária é a "ação monitória". Entretanto, nada impede 
que se emita a nota promissória em branco, que poderá circular livremente. Somente no momento de ser 
apresentada em juízo, ou no Cartório de Protesto deve ser colocado o nome do credor. O Tribunal já 
decidiu que não enseja execução o título incompleto, "por lhe faltar um requisito de forma" (in RT 591/220). 
"Se o credor não exercitar os poderes que lhe são conferidos no mandato tácito contido na emissão da 
nota promissória em branco, deixando de complementá-la até o momento de sua cobrança, não se 
reconhece ao título a natureza cambial, tornando nula a execução nele embasada" (in RT 588/210). O 
pagamento da promissória será feito no tempo indicado no próprio título. Se não se determina o prazo 
para pagamento, entende-se que se trata de promissória à vista. 
 
A nota promissória pode ser passada: 
1. à vista; 
2. em dia certo; 
3. a tempo certo da data da emissão; neste caso, a data da emissão tem relevância. 
Pelo art. 77 da Lei Uniforme, são aplicáveis à nota promissória todas as disposições da letra de câmbio, 
evidentemente no que não lhe contrariem a natureza. Vale, assim, tudo o que for válido à letra de cambia 
aplica-se, mutatis mutantis, à nota promissória, no que diz respeito a endosso, aval, vencimento, 
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pagamento, protesto, execução, etc. Exceto no que se refere ao aceite, pois na promissória não se utiliza 
deste instituto, pela simples razão de que o próprio emitente da promissória equipara-se ao aceitante da 
letra de câmbio. É por isso que a nota promissória é um título de crédito desde o seu nascedouro. A 
prescrição é de três anos do credor contra o emitente e o respectivo avalista e, de um ano, a ação do 
portador contra o endossante. 
 
 
 
b) DUPLICATA: A duplicata, título príncipe do direito brasileiro, como assim se refere Tullio Ascarelli, 
é um título de crédito emitido pelo fornecedor de mercadoria ou serviço, correspondente a uma fatura de 
venda mercantil a prazo (da qual é cópia), e que, aceito pelo comprador, é em geral descontado num 
banco, que efetua sua cobrança. No sentido etimológico, duplicata significa cópia, traslado, reprodução. 
O termo "duplicata" não pode ser interpretado ao pé da letra, como cópia ou documento duplicado de 
outro, mas sim como título emitido com base em crédito decorrente da venda de mercadoria ou prestação 
de serviços. Existe uma corrente que defende que se pode dizer que a duplicata já existia desde o Código 
Comercial de 1850. Era imposto aos comerciantes a emissão de fatura. Era a fatura-duplicata, a relação 
por escrito das mercadorias entregue. 
Em 1908, a parte que disciplinava essa matéria foi revogada pelo Decreto nº 2.044 e, mais adiante, 
veio a ser tratada novamente por vários decretos e leis. Atualmente, a emissão de duplicatas é 
disciplinada pela lei 5.474/68. Trata-se de título de crédito causal, que se transmite por endosso, garante-
se por aval e cobra-se por ação cambial. Assim, por estar também submetida aos institutos do endosso, 
aceite e aval, aplicam-se subsidiariamente, à duplicata as regras da letra de câmbio. O empresário que 
quer emitir duplicatas é obrigado a ter e escriturar o Livro de registro de Duplicatas, que deve ser 
conservado no seu próprio estabelecimento. 
A duplicata caracteriza-se como um instrumento de saque do vendedor de mercadorias pela 
importância faturada ao comprador. Trata-se assim, de ordem de pagamento, assemelhando-se à letra 
de câmbio. Distingue-se desta porque, enquanto a letra é título abstrato (pode ser sacada em qualquer 
situação, de acordo com a vontade do emitente), a duplicata é título causal que, para ser regular, deve 
ter sido emitida sob o lastro de uma venda de mercadorias ou prestação de serviços, ou seja, embasada 
em fatura, que é a relação de mercadorias vendidas, discriminadas por sua natureza, quantidade e preço, 
ou relação de serviços, também discriminados de acordo com a respectiva qualidade, natureza e preço. 
É um título padronizado pelo Conselho Monetário nacional, através da resolução n. 102, e por isso 
deve conter: 
I A denominação "duplicata"; 
II A data de emissão; 
III O número de ordem; 
IV O número da fatura da qual foi extraída; 
V A data certa do vencimento ou a declaração de ser a duplicata à vista; 
VI O nome e o domicilio do vendedor e do comprador; 
VII A importância a pagar, em algarismos e por extenso; 
VIII A cláusula à ordem (a cláusula "não à ordem" somente pode ser inserida no título por endossante, 
e, como o vendedor saca a seu favor, ele, necessariamente, é o primeiro endossante do título); 
IX A declaração do reconhecimento de sua exatidão e da obrigação de pagá-la a ser assinada pelo 
comprador, como aceite cambial (o comprador deve ser identificado com nome, domicílio e documento: 
RG, CPF etc.); 
X A assinatura do emitente (seguindo a indicação de seu nome e domicílio). 
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A duplicata não pode compreender a mais de uma fatura e não pode ser emitida a certo termo de vista, 
nem a certo termo de data, uma vez que deve conter a data certa de vencimento. 
 
Aceite e Pagamento 
Para que ocorra o aceite, a duplicata deverá ser enviada ao sacado na praça ou no lugar de seu 
estabelecimento, diretamente pelo vendedor ou por intermédio de instituições financeiras, procuradores 
ou correspondentes, dentro do prazo de trinta dias contados da data da sua emissão (art 6º da Lei 
5.474/68). No caso de remessa por intermédio de representantes, instituições financeiras, procuradores 
ou correspondentes, estes deverão apresentar o título ao comprador dentro de 10 dias, contados da data 
de seu recebimento na praça de pagamento. Se não for à vista, o comprador terá, no máximo, 10 dias 
para devolver o título ao apresentante, contados da data de apresentação, devendo a duplicata estar 
devidamente assinada ou acompanhada de declarações, por escrito, das razões da falta de aceite (art 7º 
da Lei 5.474/68). 
A duplicata é um título de aceite obrigatório, ou seja, o sacado, em regra, está obrigado a aceitar a 
ordem do título. Ele somente poderá negar o aceite da duplicata por motivo de: 
I. Avaria ou não-recebimento das mercadorias, quando não expedidas ou não entregues por sua conta 
e risco; 
II. Vícios, defeitos e diferença na qualidade ou na quantidade das mercadorias devidamente 
comprovados; 
III. Divergência nos prazos ou nos preços ajustados. 
Em função do seu caráter obrigatório, o aceite da duplicata mercantil pode ser discriminado em três 
categorias: 
I. Aceite ordinário – Resulta da assinatura do comprador aposta no local apropriado do título de crédito. 
II. Aceite por comunicação– resulta da detenção da duplicata mercantil pelo comprador autorizado por 
eventual instituição financeira cobradora, com a comunicação, por escrito, ao vendedor, de seu aceite. 
III. Aceite por presunção – Resulta do recebimento das mercadoria pelo comprador, desde que não 
tenha havido causa legal motivadora de recusa, com ou sem devolução do título ao vendedor. 
A prova do pagamento da duplicata é o recibo passado pelo legítimo portador, ou por seu representante 
com poderes especiais, no verso do próprio título ou em documento separado com referência expressa à 
duplicata. Também se presume resgatada a duplicata com a liquidação de cheque, a favor do 
estabelecimento endossatário, no qual conste, no verso, que seu valor se destina à amortização ou 
liquidação da duplicata nele mencionada. 
Aval 
De acordo com o art. 12 da Lei 5.474/68, o pagamento da duplicata poderá ser assegurado por aval, 
sendo o avalista equiparado àquele cujo nome indicar, caso não haja indicação, este será equiparado 
àquele cuja firma estiver aposta acima da sua, fora desses casos, ao comprador. 
 
Protesto 
Poder-se-á efetuar o protesto de uma duplicata na praça de pagamento constante do título pelas 
seguintes razões: 
I - Falta de aceite; 
II - Falta de devolução do título pelo comprador; 
III -Falta de pagamento. 
O fato de não ter sido protestado o título por falta de aceite ou de devolução não elide a possibilidade 
de protesto por falta de pagamento (art. 13, § 2º, da Lei n. 5.474/68). Como nas cambiais, a consequência 
da falta de protesto dentro do prazo legal (30 dias contados da data do seu vencimento) é a mesma, qual 
seja, a perda do direito de regresso contra os endossantes e respectivos avalistas do título (art. 13, § 4º). 
 
Triplicata 
A triplicata nada mais é do que uma cópia da duplicata que foi perdida ou extraviada, possuindo os 
mesmos efeitos, requisitos e formalidades da duplicata que substitui (art. 23). Geralmente é emitida uma 
triplicata quando o comprador retém a duplicata original. 
 
Prescrição 
Nos termos do art. 18 da Lei n. 5.474/68, a pretensão à execução da duplicata prescreve: I- Em 3 anos, 
contados da data do vencimento do título, contra o sacado e respectivos avalistas; II- Em 1 ano, contando 
da data do protesto, contra os endossantes e respectivos avalistas; III- Em 1 ano, contando da data em 
que haja sido efetuado o pagamento do título, de qualquer dos coobrigados, uns contra os outros. 
 
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Duplicata De Serviços 
As empresas individuais ou coletivas, fundações ou sociedades civis, bem como os profissionais 
liberais e aqueles que prestam serviços de natureza eventual, poderão, também, emitir fatura e duplicata 
(art. 20). Na fatura será discriminada a natureza dos serviços prestados, bem como a soma 
correspondente ao preço desses serviços (art. 20, § 1º). Nesse caso, o sacado poderá negar aceite ao 
título se: I- Os serviços prestados não corresponderem efetivamente aos contratados; II- Forem 
comprovados vícios ou defeitos na qualidade dos serviços prestados; III- Houver divergência quanto aos 
prazos e preços ajustados. 
 
Duplicata Simulada 
Nos termos do art. 172 do Código Penal, caracteriza crime de duplicata simulada a conduta de "emitir 
fatura, duplicata ou nota de venda que não corresponda à mercadoria vendida, em quantidade ou 
qualidade, ou serviço prestado". A pena é de detenção, de dois a quatro anos e multa. Nas vendas a 
prazo, com a emissão da nota e da fatura, é possível que o vendedor emita uma duplicata que, por se 
tratar de título de crédito, pode ser colocada em circulação. Assim, vendedor pode descontar 
antecipadamente o valor nela contido com terceira pessoa (instituições financeiras na maioria das vezes), 
e esta, por ocasião do vencimento, receber do comprador a quantia respectiva. Se a duplicata, fatura ou 
nota de venda for emitida sem que corresponda a uma efetiva venda ou serviço prestado, poderá gerar 
prejuízo para quem a descontar. Isso porque, na data do vencimento da duplicata, é evidente que a 
pessoa que constar no título como adquirente da mercadoria se negará a pagar o seu valor, já que, na 
realidade, nada adquiriu. Por isso, o legislador incrimina a simples conduta de "emitir", ainda que disso 
não advenha efetivo prejuízo para terceiros. Trata-se de crime formal, que se consuma com a simples 
emissão da duplicata, fatura ou nota fiscal. 
 
 
 
DOCUMENTOS COMERCIAIS 
 
Os documentos comerciais deverão ser fornecidos sempre que ocorrer o fornecimento de um bem ou 
prestação de serviços, ainda que a saída ou a prestação do serviço esteja isenta ou imune do pagamento 
de impostos. 
Para fins de lançamento do imposto, os contribuintes do ICMS são obrigados a utilizar os documentos 
fiscais instituídos pela legislação tributária vigente, quando da ocorrência dos fatos geradores do imposto. 
Apesar da obrigatoriedade da emissão do documento fiscal ser do vendedor da mercadoria, os 
clientes, ou seja, aqueles a quem as mercadorias estão destinadas, também são corresponsáveis pela 
sua emissão, pois de acordo com o Art. 148 do Regulamento do ICMS, sempre que for obrigatória a 
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emissão de documentos fiscais, aqueles a quem se destinarem essas mercadorias são obrigados a exigir 
tais documentos dos que devam emiti-los, contendo todos os requisitos legais. 
 
 
Observação: É importante enfatizar que a correta emissão da nota fiscal 
ou cupom fiscal assegura: 
1 – Que o ICMS, imposto embutido no preço da mercadoria e pago pelo 
adquirente, seja recolhido aos cofres públicos; 
2 – A certeza, para o adquirente do bem (cidadão, empresa, ou poder 
público), de que a sua compra está corretamente formalizada em um 
documento que lhe assegura todos os direitos. 
 
Nota fiscal 
A nota fiscal é um documento fiscal que tem por fim o registro de uma transferência de propriedade 
sobre um bem ou uma atividade comercial prestada por uma empresa a uma pessoa física ou outra 
empresa. Nas situações em que a nota fiscal registra transferência de valor monetário entre as partes, a 
nota fiscal também destina-se ao recolhimento de impostos e a não utilização caracteriza sonegação 
fiscal. Entretanto, as notas fiscais podem também ser utilizadas em contextos mais amplos como na 
regularização de doações, transporte de bens, empréstimos de bens, ou prestação de serviços sem 
benefício financeiro à empresa emissora. Uma nota fiscal também pode cancelar a validade de outra nota 
fiscal, como por exemplo na devolução de produtos industrializados, outros cancelamentos ou 
cancelamento de contratos de serviços e produtos. 
 
O Convênio S/Nº, de 15 de dezembro de 1970, que cria o Sistema Nacional Integrado de Informações 
Econômico-Fiscais, traz em seus artigos as principais características que devem conter a nota fiscal, 
vejamos: 
 
(...) 
Seção II 
Da Nota Fiscal 
 
Art. 18. Os estabelecimentos, excetuados os de produtores agropecuários, emitirão Nota Fiscal: 
I - sempre que promoverem a saída de mercadorias; 
II - na transmissão da propriedade das mercadorias, quando estas não devam transitar pelo 
estabelecimento transmitente. 
III - sempre que, no estabelecimento, entrarem bens ou mercadorias, real ou simbolicamente, nas 
hipóteses do artigo 54. 
 
Art. 19. A nota fiscal conterá, nos quadros e campos próprios, observada a disposição gráfica dos 
modelos 1 e 1-A, as seguintes indicações: 
I - no quadro “EMITENTE”: 
a) o nome ou razão social; 
b) o endereço; 
c) o bairro ou distrito; 
d) o Município; 
e) a unidade da Federação; 
f) o telefone e/ou fax; 
g) o Código de Endereçamento Postal; 
h) o número de inscrição no Cadastro Geral de Contribuintes do Ministérioda Fazenda; 
i) a natureza da operação de que decorrer a saída ou a entrada, tais como: venda, compra, 
transferência, devolução, importação, consignação, remessa (para fins de demonstração, de 
industrialização ou outra); 
j) o Código Fiscal de Operações e Prestações - CFOP; 
l) o número de inscrição estadual do substituto tributário na unidade da Federação em favor da qual é 
retido o imposto, quando for o caso; 
m) o número de inscrição estadual; 
n) a denominação “NOTA FISCAL”; 
o) a indicação da operação, se de entrada ou de saída; 
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p) o número de ordem da nota fiscal e, imediatamente abaixo, a expressão SÉRIE, acompanhada do 
número correspondente, se adotada nos termos do inciso I do art. 11; 
q) o número e destinação da via da nota fiscal; 
r) a data-limite para emissão da nota fiscal ou a indicação “00.00.00”, quando o Estado não fizer uso 
da prerrogativa prevista no § 2º do artigo 16, deste Convênio; 
s) a data de emissão da nota fiscal; 
t) a data da efetiva saída ou entrada da mercadoria no estabelecimento; 
u) a hora da efetiva saída da mercadoria do estabelecimento; 
II - no quadro “DESTINATÁRIO/REMETENTE”: 
a) o nome ou razão social; 
b) o número de inscrição no Cadastro Geral de Contribuintes ou no Cadastro de Pessoas Físicas do 
Ministério da Fazenda; 
c) o endereço; 
d) o bairro ou distrito; 
e) o Código de Endereçamento Postal; 
f) o Município; 
g) o telefone e/ou fax; 
h) a unidade da Federação; 
i) o número de inscrição estadual; 
III - no quadro “FATURA”, se adotado pelo emitente, as indicações previstas na legislação pertinente; 
IV - no quadro “DADOS DO PRODUTO”: 
a) o código adotado pelo estabelecimento para identificação do produto; 
b) a descrição dos produtos, compreendendo: nome, marca, tipo, modelo, série, espécie, qualidade e 
demais elementos que permitam sua perfeita identificação; 
c) o código estabelecido na Nomenclatura Comum do Mercosul/Sistema Harmonizado - NCM/SH, nas 
operações realizadas por estabelecimento industrial ou a ele equiparado, nos termos da legislação 
federal, e nas operações de comércio exterior; 
d) o Código de Situação Tributária - CST; 
e) a unidade de medida utilizada para a quantificação dos produtos; 
f) a quantidade dos produtos; 
g) o valor unitário dos produtos; 
h) o valor total dos produtos; 
i) a alíquota do ICMS; 
j) a alíquota do IPI, quando for o caso; 
l) o valor do IPI, quando for o caso; 
V - no quadro “CÁLCULO DO IMPOSTO”: 
a) a base de cálculo total do ICMS; 
b) o valor do ICMS incidente na operação; 
c) a base de cálculo aplicada para a determinação do valor do ICMS retido por substituição tributária, 
quando for o caso; 
d) o valor do ICMS retido por substituição tributária, quando for o caso; 
e) o valor total dos produtos; 
f) o valor do frete; 
g) o valor do seguro; 
h) o valor de outras despesas acessórias; 
i) o valor total do IPI, quando for o caso; 
j) o valor total da nota; 
VI - no quadro “TRANSPORTADOR/VOLUMES TRANSPORTADOS”: 
a) o nome ou razão social do transportador e a expressão “AUTÔNOMO”, se for o caso; 
b) a condição de pagamento do frete: se por conta do emitente ou do destinatário; 
c) a placa do veículo, no caso de transporte rodoviário, ou outro elemento identificativo, nos demais 
casos; 
d) a unidade da Federação de registro do veículo; 
e) o número de inscrição do transportador no Cadastro Geral de Contribuintes ou no Cadastro de 
Pessoas Físicas do Ministério da Fazenda; 
f) o endereço do transportador; 
g) o Município do transportador; 
h) a unidade da Federação do domicílio do transportador; 
i) o número de inscrição estadual do transportador, quando for o caso; 
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j) a quantidade de volumes transportados; 
l) a espécie dos volumes transportados; 
m) a marca dos volumes transportados; 
n) a numeração dos volumes transportados; 
o) o peso bruto dos volumes transportados; 
p) o peso líquido dos volumes transportados; 
VII - no quadro “DADOS ADICIONAIS”: 
a) no campo “INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES” - outros dados de interesse do emitente, tais 
como: número do pedido, vendedor, emissor da nota fiscal, local de entrega, quando diverso do endereço 
do destinatário nas hipóteses previstas na legislação, propaganda, etc.; 
b) no campo “RESERVADO AO FISCO” - indicações estabelecidas pelo Fisco do Estado do emitente; 
c) o número de controle do formulário, no caso de nota fiscal emitida por processamento eletrônico de 
dados; 
VIII - no rodapé ou na lateral direita da nota fiscal: o nome, o endereço e os números de inscrição, 
estadual e no Cadastro Geral de Contribuintes do Ministério da Fazenda, do impressor da nota; a data e 
a quantidade da impressão; o número de ordem da primeira e da última nota impressa e respectiva série, 
quando for o caso; e o número da autorização para impressão de documentos fiscais; 
IX - no comprovante de entrega dos produtos, que deverá integrar apenas a 1ª via da nota fiscal, na 
forma de canhoto destacável: 
a) a declaração de recebimento dos produtos; 
b) a data do recebimento dos produtos; 
c) a identificação e assinatura do recebedor dos produtos; 
d) a expressão “NOTA FISCAL”; 
e) o número de ordem da nota fiscal. 
§ 1º A nota fiscal será de tamanho não inferior a 21,0 x 28,0 cm e 28,0 x 21,0 cm para os modelos 1 e 
1-A, respectivamente, e suas vias não poderão ser impressas em papel jornal, observado o seguinte: 
1. os quadros terão largura mínima de 20,3 cm, exceto os quadros: 
a) “DESTINATÁRIO/REMETENTE”, que terá largura mínima de 17,2 cm; 
b) “DADOS ADICIONAIS”, no modelo 1-A; 
2. o campo “RESERVADO AO FISCO” terá tamanho mínimo de 8,0 cm x 3,0 cm em qualquer sentido; 
3. os campos “CGC”, “INSCRIÇÃO ESTADUAL DO SUBSTITUTO TRIBUTÁRIO”, “INSCRIÇÃO 
ESTADUAL”, do quadro “EMITENTE”, e os campos “CGC/CPF” e “INSCRIÇÃO ESTADUAL”, do quadro 
“DESTINATÁRIO/REMETENTE”, terão largura mínima de 4,4 cm. 
§ 2º Serão impressas tipograficamente as indicações: 
1. das alíneas “a” a “h”, “m”, “n”, “p”, “q” e “r” do inciso I, devendo as indicações das alíneas “a”, “h” e 
“m” ser impressas, no mínimo, em corpo “8”, não condensado; 
2. do inciso VIII, devendo ser impressas, no mínimo, em corpo “5”, não condensado; 
3. das alíneas “d” e “e” do inciso IX. 
§ 3º As indicações a que se refere as alíneas “a” a “h” e “m” do inciso I, poderão ser dispensadas de 
impressão tipográfica, a juízo do fisco estadual da localização do remetente, desde que a nota fiscal seja 
fornecida e visada pela repartição fiscal, hipótese em que os dados a esta referentes serão inseridos no 
quadro “Emitente”, e a sua denominação será “Nota Fiscal Avulsa”, observado, ainda: 
1. o quadro “Destinatário/Remetente” será desdobrado em quadros “Remetente” e “Destinatário”, com 
a inclusão de campos destinados a identificar os códigos dos respectivos municípios; 
2. no quadro informações complementares, poderão ser incluídos o código do Município do 
transportador e o valor do ICMS incidente sobre o frete. 
§ 4º Observados os requisitos da legislação pertinente, a nota fiscal poderá ser emitida por 
processamento eletrônico de dados, com: 
1. as indicações das alíneas “b” a “h”, “m” e “p” do inciso I e da alínea “e” do inciso IX impressas por 
esse sistema; 
2. espaço em branco de até 5,0 cm na margem superior, na hipótese de uso de impressora matricial. 
§ 5º As indicações a que se referem a alínea “l” do inciso I e as alíneas “c” e “d” do inciso V, só serão 
prestadas quando o emitente da nota fiscal for o substituto tributário. 
§ 6º Nas operações de exportação o campo destinado ao Município, do quadro 
“DESTINATÁRIO/REMETENTE”, será preenchido com a cidade e o país de destino. 
§ 7º A nota fiscal poderá servir como fatura, feita ainclusão dos elementos necessários no quadro 
“FATURA”, caso em que a denominação prevista nas alíneas “n” do inciso I e “d” do inciso IX, passa a 
ser Nota Fiscal-Fatura; 
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§ 8º Nas vendas a prazo, quando não houver emissão de nota fiscal-fatura ou de fatura ou, ainda, 
quando esta for emitida em separado, a nota fiscal, além dos requisitos exigidos neste artigo, deverá 
conter, impressas ou mediante carimbo, no campo “INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES” do quadro 
“DADOS ADICIONAIS”, indicações sobre a operação, tais como: preço a vista, preço final, quantidade, 
valor e datas de vencimento das prestações. 
§ 9º Serão dispensadas as indicações do inciso IV se estas constarem de romaneio, que passará a 
constituir parte inseparável da nota fiscal, desde que obedecidos os requisitos abaixo: 
1. o romaneio deverá conter, no mínimo, as indicações das alíneas “a” a “e”, “h”, “m”, “p”, “q”, “s” e “t” 
do inciso I; “a” a “d”, “f”, “h” e “i” do inciso II; “j” do inciso V; “a”, “c” a “h” do inciso VI e do inciso VIII; 
2. a nota fiscal deverá conter as indicações do número e da data do romaneio e, este, do número e da 
data daquela. 
§ 10. A indicação da alínea “a”, do inciso IV: 
1. deverá ser efetuada com os dígitos correspondentes ao código de barras, se o contribuinte utilizar 
o referido código para o seu controle interno; 
2. poderá ser dispensada, a critério da unidade da Federação do emitente, hipótese em que a coluna 
“CÓDIGO PRODUTO”, no quadro “DADOS DO PRODUTO” poderá ser suprimida. 
§ 11. REVOGADO 
§ 12. REVOGADO 
§ 13. Os dados relativos ao Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza serão inseridos, quando for 
o caso, entre os quadros “DADOS DO PRODUTO” e “CÁLCULO DO IMPOSTO”, conforme legislação 
municipal, observado o disposto no item 4 do § 4º do artigo 7º do Convênio s/nº, de 15 de dezembro de 
1970. 
§ 14. Caso o transportador seja o próprio remetente ou o destinatário, esta circunstância será indicada 
no campo “NOME/RAZÃO SOCIAL”, do quadro “TRANSPORTADOR/VOLUMES TRANSPORTADOS”, 
com a expressão “Remetente” ou “Destinatário”, dispensadas as indicações das alíneas “b” e “e” a “i” 
do inciso VI. 
§ 15. Na nota fiscal emitida relativamente à saída de mercadorias em retorno ou em devolução deverão 
ser indicados, ainda, no campo “INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES”, o número, a data da emissão e 
o valor da operação do documento original. 
§ 16. No campo “PLACA DO VEÍCULO” do quadro “TRANSPORTADOR/VOLUMES 
TRANSPORTADOS”, deverá ser indicada a placa do veículo tracionado, quando se tratar de reboque ou 
semirreboque deste tipo de veículo, devendo a placa dos demais veículos tracionados, quando houver, 
ser indicada no campo “INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES”. 
§ 17. A aposição de carimbos nas notas fiscais, quando do trânsito da mercadoria, deve ser feita no 
verso das mesmas, salvo quando forem carbonadas. 
§ 18. Caso o campo “INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES” não seja suficiente para conter as 
indicações exigidas, poderá ser utilizado, excepcionalmente, o quadro “DADOS DO PRODUTO”, desde 
que não prejudique a sua clareza. 
§ 19. É permitida a inclusão de operações enquadradas em diferentes códigos fiscais numa mesma 
nota fiscal, hipótese em que estes serão indicados no campo “CFOP” no quadro “EMITENTE”, e no quadro 
“DADOS DO PRODUTO”, na linha correspondente a cada item, após a descrição do produto. 
§ 20. É permitida a indicação de informações complementares de interesse do emitente, impressas 
tipograficamente no verso da nota fiscal, hipótese em que sempre será reservado espaço, com a 
dimensão mínima de 10 x15 cm, em qualquer sentido, para atendimento ao disposto no § 17. 
§ 21. O fisco poderá dispensar a inserção na Nota Fiscal, do canhoto destacável, comprovante da 
entrega da mercadoria, mediante indicação na AIDF. 
§ 22. A Nota Fiscal poderá ser impressa em tamanho inferior ao estatuído no § 1º, exclusivamente nos 
casos de emissão por processamento eletrônico de dados, desde que as indicações a serem impressas 
quando da sua emissão sejam grafadas em, no máximo, 17 caracteres por polegada, sem prejuízo do 
disposto no § 2º. 
§ 23. Quando a mesma nota fiscal documentar operações interestaduais tributadas e não tributadas, 
cujas mercadorias estejam sujeitas ao regime de substituição tributária, o contribuinte deverá indicar o 
imposto retido relativo a tais operações, separadamente, no campo INFORMAÇÕES 
COMPLEMENTARES. 
§ 24. A critério da unidade da Federação, poderá ser exigida dos estabelecimentos gráficos, em 
complemento às indicações constantes do inciso VIII, a impressão do código da repartição fiscal a que 
estiver vinculado o contribuinte. 
§ 25. Em se tratando dos produtos classificados nos códigos 3003 e 3004 da Nomenclatura Brasileira 
de Mercadoria/Sistema Harmonizado - NBM/SH, na descrição prevista na alínea “b” do inciso IV deste 
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. 19 
artigo, deverá ser indicado o número do lote de fabricação a que a unidade pertencer, devendo a 
discriminação ser feita em função dos diferentes lotes de fabricação e respectivas quantidades e valores. 
§ 26. A Nota Fiscal emitida por fabricante, importador ou distribuidor, relativamente à saída para 
estabelecimento atacadista ou varejista, dos produtos classificados nos códigos 3002, 3003, 3004 e 
3006.60 da Nomenclatura Brasileira de Mercadoria/Sistema Harmonizado - NBM/SH, exceto se relativa 
às operações com produtos veterinários, homeopáticos ou amostras grátis, deverá conter, na descrição 
prevista na alínea “b” do inciso IV deste artigo, a indicação do valor correspondente ao preço constante 
da tabela, sugerido pelo órgão competente para venda a consumidor e, na falta deste preço, o valor 
correspondente ao preço máximo de venda a consumidor sugerido ao público pelo estabelecimento 
industrial. 
§ 27. Nas operações não alcançadas pelo disposto na alínea “c” do inciso IV do caput deste artigo, 
será obrigatória somente a indicação do correspondente capítulo da Nomenclatura Comum do 
Mercosul/Sistema Harmonizado - NCM/SH. (Acrescido o § 28 ao art. 19 pelo Ajuste SINIEF 01/14, efeitos 
a partir de 01.05.14). 
§ 28. Tratando-se de destinatário não contribuinte do imposto, a entrega da mercadoria em local 
situado na mesma unidade federada de destino poderá ser efetuada em qualquer de seus domicílios ou 
em domicílio de outra pessoa, desde que esta também não seja contribuinte do imposto e o local da 
efetiva entrega esteja expressamente indicado no documento fiscal relativo à operação (Acrescido o § 29 
ao art. 19 pelo Ajuste SINIEF 01/14, efeitos a partir de 01.05.14). 
§ 29. O disposto no parágrafo anterior não se aplica à mercadoria cuja entrega efetiva seja destinada 
a não contribuinte do imposto, situado ou domiciliado no Estado de Mato Grosso. 
 
Art. 20. A Nota Fiscal será emitida: 
I - antes de iniciada a saída das mercadorias; 
II - no momento do fornecimento de alimentação, bebidas e outras mercadorias, em restaurantes, 
bares, cafés e estabelecimentos similares; 
III - antes da tradição real ou simbólica das mercadorias: 
a) nos casos de transmissão de propriedade de mercadorias ou de títulos que as represente, quando 
estas não transitarem pelo estabelecimento do transmitente; 
b) nos casos de ulterior transmissão de propriedade e de mercadorias, que tendo transitado pelo 
estabelecimento transmitente, deste tenham saído sem o pagamento do Imposto sobre Produtos 
Industrializados e/ou Imposto de Circulação de Mercadorias, em decorrência de locação ou de remessas 
para armazéns gerais ou depósitos fechados. 
IV - relativamente à entrada de bens ou mercadorias, nos momentos definidos no artigo 56. 
§ 1º Na Nota Fiscal emitida no caso de ulterior transmissão de propriedade de mercadorias, previstas

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