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Processo do Trabalho - Aula 1

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OAB XVII - PILARES 
Direito Processual do Trabalho 
Aryanna Manfredini 
1 
AÇÃO RESCISÓRIA 
 PREVISÃO LEGAL 
Art. 836 É vedado aos órgãos da Justiça 
do Trabalho conhecer de questões já 
decididas, excetuados os casos 
expressamente previstos neste Título e a 
ação rescisória, que será admitida na 
forma do disposto no Capítulo IV do Título 
IX da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 
– Código de Processo Civil, sujeita ao 
depósito prévio de 20% (vinte por cento) 
do valor da causa, salvo prova de 
miserabilidade jurídica do autor. 
 
 PREVISÃO LEGAL 
Art. 485. A sentença de mérito, transitada 
em julgado, pode ser rescindida quando: 
I - se verificar que foi dada por 
prevaricação, concussão ou corrupção do 
juiz; 
II - proferida por juiz impedido ou 
absolutamente incompetente; 
III - resultar de dolo da parte vencedora em 
detrimento da parte vencida, ou de 
colusão entre as partes, a fim de fraudar a 
lei; 
IV - ofender a coisa julgada; 
V - violar literal disposição de lei; 
Vl - se fundar em prova, cuja falsidade 
tenha sido apurada em processo criminal 
ou seja provada na própria ação 
rescisória; 
Vll - depois da sentença, o autor obtiver 
documento novo, cuja existência ignorava, 
ou de que não pôde fazer uso, capaz, por 
si só, de Ihe assegurar pronunciamento 
favorável; 
VIII - houver fundamento para invalidar 
confissão, desistência ou transação, em 
que se baseou a sentença; 
IX - fundada em erro de fato, resultante de 
atos ou de documentos da causa; 
 
 DOCUMENTOS INDISPENSÁVEIS À 
PROPOSITURA DA AÇÃO RESCISÓRIA 
 SÚMULA 299, TST. AÇÃO 
RESCISÓRIA. DECISÃO RESCINDENDA. 
TRÂNSITO EM JULGADO. 
COMPROVAÇÃO. EFEITOS 
I - É indispensável ao processamento da 
ação rescisória a prova do trânsito em 
julgado da decisão rescindenda. 
II - Verificando o relator que a parte 
interessada não juntou à inicial o 
documento comprobatório, abrirá prazo de 
10 (dez) dias para que o faça, sob pena de 
indeferimento. 
 
 SÚMULA 100, IV, TST - O juízo 
rescindente não está adstrito à certidão de 
trânsito em julgado juntada com a ação 
rescisória, podendo formar sua convicção 
através de outros elementos dos autos 
quanto à antecipação ou postergação do 
"dies a quo" do prazo decadencial. 
 
 LEGITIMIDADE 
 Art. 487. Tem legitimidade para propor 
a ação: 
I - quem foi parte no processo ou o seu 
sucessor a título universal ou singular; 
II - o terceiro juridicamente interessado; 
III - o Ministério Público: 
 
a) se não foi ouvido no processo, em que 
Ihe era obrigatória a intervenção; 
b) quando a sentença é o efeito de colusão 
das partes, a fim de fraudar a lei. 
 
 Súmula 407, TST. AÇÃO RESCISÓRIA. 
MINISTÉRIO PÚBLICO. LEGITIMIDADE "AD 
CAUSAM" PREVISTA NO ART. 487, III, "A" 
E "B", DO CPC. AS HIPÓTESES SÃO 
MERAMENTE EXEMPLIFICATIVAS 
A legitimidade "ad causam" do Ministério 
Público para propor ação rescisória, ainda 
que não tenha sido parte no processo que 
deu origem à decisão rescindenda, não 
está limitada às alíneas "a" e "b" do inciso 
III do art. 487 do CPC, uma vez que 
traduzem hipóteses meramente 
exemplificativas. 
 
 SÚMULA 100, IV, TST 
Na hipótese de colusão das partes, o prazo 
decadencial da ação rescisória somente 
começa a fluir para o Ministério Público, 
que não interveio no processo principal, a 
partir do momento em que tem ciência da 
fraude. 
 
TST Súmula Nº 406 AÇÃO RESCISÓRIA. 
LITISCONSÓRCIO. NECESSÁRIO NO 
PÓLO PASSIVO E FACULTATIVO NO 
 
 
 
 
 
 
 
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OAB XVII - PILARES 
Direito Processual do Trabalho 
Aryanna Manfredini 
2 
ATIVO. INEXISTENTE QUANTO AOS 
SUBSTITUÍDOS PELO SINDICATO 
I - O litisconsórcio, na ação rescisória, é 
necessário em relação ao pólo passivo da 
demanda, porque supõe uma comunidade 
de direitos ou de obrigações que não 
admite solução díspar para os 
litisconsortes, em face da indivisibilidade 
do objeto. Já em relação ao pólo ativo, o 
litisconsórcio é facultativo, uma vez que a 
aglutinação de autores se faz por 
conveniência e não pela necessidade 
decorrente da natureza do litígio, pois não 
se pode condicionar o exercício do direito 
individual de um dos litigantes no 
processo originário à anuência dos demais 
para retomar a lide. 
 
 PRAZO 
 Art. 495, CPC. O direito de propor ação 
rescisória se extingue em 2 (dois) anos, 
contados do trânsito em julgado da 
decisão. 
 
 SÚMULA 100, I, TST: 
 AÇÃO RESCISÓRIA. DECADÊNCIA 
I - O prazo de decadência, na ação 
rescisória, conta-se do dia imediatamente 
subseqüente ao trânsito em julgado da 
última decisão proferida na causa, seja de 
mérito ou não. 
 
 II - Havendo recurso parcial no 
processo principal, o trânsito em julgado 
dá-se em momentos e em tribunais 
diferentes, contando-se o prazo 
decadencial para a ação rescisória do 
trânsito em julgado de cada decisão, salvo 
se o recurso tratar de preliminar ou 
prejudicial que possa tornar insubsistente 
a decisão recorrida, hipótese em que flui a 
decadência a partir do trânsito em julgado 
da decisão que julgar o recurso parcial. 
 
 IX - Prorroga-se até o primeiro dia útil, 
imediatamente subseqüente, o prazo 
decadencial para ajuizamento de ação 
rescisória quando expira em férias 
forenses, feriados, finais de semana ou em 
dia em que não houver expediente forense. 
Aplicação do art. 775 da CLT. 
 
X - Conta-se o prazo decadencial da ação 
rescisória, após o decurso do prazo legal 
previsto para a interposição do recurso 
extraordinário, apenas quando esgotadas 
todas as vias recursais ordinárias. 
 
 DECISÃO HOMOLOGATÓRIA 
 ACORDO 
 SÚMULA 259, TST. TERMO DE 
CONCILIAÇÃO. AÇÃO RESCISÓRIA 
Só por ação rescisória é impugnável o 
termo de conciliação previsto no parágrafo 
único do art. 831 da CLT. 
 
MANDADO DE SEGURANÇA 
 PREVISÃO LEGAL 
 Art. 5º, LXIX, CF. Conceder-se-á 
mandado de segurança para proteger 
direito líquido e certo, não amparado por 
"habeas-corpus" ou "habeas-data", 
quando o responsável pela ilegalidade ou 
abuso de poder for autoridade pública ou 
agente de pessoa jurídica no exercício de 
atribuições do Poder Público; 
 
Art. 1º, Lei 12016/2009. Conceder-se-á 
mandado de segurança para proteger 
direito líquido e certo, não amparado por 
habeas corpus ou habeas data, sempre 
que, ilegalmente ou com abuso de poder, 
qualquer pessoa física ou jurídica sofrer 
violação ou houver justo receio de sofrê-la 
por parte de autoridade, seja de que 
categoria for e sejam quais forem as 
funções que exerça. 
 
 PRAZO PARA IMPETRAR O MANDADO 
DE SEGURANÇA 
 Art. 23, Lei 12016/2009. O direito de 
requerer mandado de segurança extinguir-
se-á decorridos 120 (cento e vinte) dias, 
contados da ciência, pelo interessado, do 
ato impugnado. 
 SÚMULA 632, SFT. É constitucional lei 
que fixa o prazo de decadência para a 
impetração de mandado de segurança. 
 
 HIPÓTESES QUE NÃO COMPORTAM 
MANDADO DE SEGURANÇA 
 Art. 5º, Lei 12016/2009. Não se 
concederá mandado de segurança quando 
se tratar: 
 
 
 
 
 
 
 
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OAB XVII - PILARES 
Direito Processual do Trabalho 
Aryanna Manfredini 
3 
I - de ato do qual caiba recurso 
administrativo com efeito suspensivo, 
independentemente de caução; 
II - de decisão judicial da qual caiba 
recurso com efeito suspensivo; 
III - de decisão judicial transitada em 
julgado. 
 
 DECISÃO IMPUGNÁVEL MEDIANTE 
RECURSO PRÓPRIO 
 SÚMULA 267, STF: Não cabe mandado de 
segurança contra ato judicial passível de 
recurso ou correição. 
 OJ 92, SDI-2, TST: MANDADO DE 
SEGURANÇA. EXISTÊNCIA DE RECURSO 
PRÓPRIO. Inserida em 27.05.02 
 
Não cabe mandado de segurança contra 
decisão judicial passível de reforma 
mediante recurso próprio, ainda que com 
efeito diferido. 
 
OJ 99, SDI-2, TST.Esgotadas as vias 
recursais existentes, não cabe mandado 
de segurança. 
 
 LEI EM TESE 
 SÚMULA 266, STF. Não cabe mandado de 
segurança contra lei em tese. 
 
 DECISÃO TRANSITADA EM JULGADO 
 SÚMULA 268, STF: Não cabe mandado de 
segurança contra decisão judicial com 
trânsito em julgado. 
 SÚMULA 33, TST. Não cabe mandado de 
segurança de decisão judicial transitada 
em julgado. 
 
 DECISÃO TRANSITADA EM JULGADO 
 SÚMULA 268, STF: Não cabe mandado de 
segurança contra decisão judicial com 
trânsito em julgado. 
 SÚMULA 33, TST. Não cabe mandado de 
segurança de decisão judicial transitada 
em julgado. 
 OJ 99, SDI-2, TST. Esgotadas as vias 
recursais existentes, não cabe mandado 
de segurança. 
 
 SÚMULAS E OJ’S 
 PENHORA EM DINHEIRO: 
 SÚMULA 417, TST. MANDADO DE 
SEGURANÇA. PENHORA EM DINHEIRO 
I - Não fere direito líquido e certo do 
impetrante o ato judicial que determina 
penhora em dinheiro do executado, em 
execução definitiva, para garantir crédito 
exeqüendo, uma vez que obedece à 
gradação prevista no art. 655 do CPC. 
 
II - Havendo discordância do credor, em 
execução definitiva, não tem o executado 
direito líquido e certo a que os valores 
penhorados em dinheiro fiquem 
depositados no próprio banco, ainda que 
atenda aos requisitos do art. 666, I, do 
CPC. 
III - Em se tratando de execução 
provisória, fere direito líquido e certo do 
impetrante a determinação de penhora em 
dinheiro, quando nomeados outros bens à 
penhora, pois o executado tem direito a 
que a execução se processe da forma que 
lhe seja menos gravosa, nos termos do art. 
620 do CPC. 
 
 EXIGÊNCIA DE DEPÓSITO PRÉVIO DE 
HONORÁRIOS PERICIAIS 
 OJ 98, SDI-2, TST. MANDADO DE 
SEGURANÇA. CABÍVEL PARA ATACAR 
EXIGÊNCIA DE DEPÓSITO PRÉVIO DE 
HONORÁRIOS PERICIAIS. Inserida em 
27.09.02 
É ilegal a exigência de depósito prévio 
para custeio dos honorários periciais, 
dada a: 
 
 incompatibilidade com o processo do 
trabalho, sendo cabível o mandado de 
segurança visando à realização da perícia, 
independentemente do depósito. 
 
 BLOQUEIO DE CONTA SALÁRIO 
 OJ 153, SDI-2, TST. OJ-SDI2-153 
MANDADO DE SEGURANÇA. EXECUÇÃO. 
ORDEM DE PENHORA SOBRE VALORES 
EXISTENTES EM CONTA SALÁRIO. ART. 
649, IV, DO CPC. ILEGALIDADE. 
Ofende direito líquido e certo decisão que 
determina o bloqueio de numerário 
existente em conta salário, para satisfação 
de crédito trabalhista, ainda que seja 
limitado a determinado percentual dos 
valores recebidos ou a valor revertido para 
 
 
 
 
 
 
 
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Direito Processual do Trabalho 
Aryanna Manfredini 
4 
fundo de aplicação ou poupança, visto que 
o art. 649, IV, do CPC contém norma 
imperativa que não admite interpretação 
ampliativa,

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