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Sistema Circulatório 
 ❖ Introdução: 
 - Literatura recomendada: Dee Unglaub Silverthorn: Fisiologia Humana – Uma 
 Abordagem Integrada, Capítulos 14 e 15 
 - O sistema circulatório existe de forma muito simples desde os anelídeos, mas 
 foi se aprimorando em relação ao tamanho e ao metabolismo dos organismos 
 - Aparelho circulatório aberto: os vasos são abertos na extremidade e o que 
 está dentro deles se mistura ao interstício, por isso é menos eficiente 
 - Aparelho circulatório fechado: não possui sangue fora dos vasos sanguíneos 
 - Circulação incompleta: sangue venoso e arterial se misturam 
 - Circulação completa: sangue venoso e arterial não se misturam 
 - Circulação simples: o sangue só faz uma circulação 
 - Circulação dupla: dividido em pequena e grande circulação 
 - Composição do aparelho cardiovascular: 
 - Vasos sanguíneos: tubos 
 - Coração: bomba 
 - Função primária: 
 - Transportar matérias pelo corpo 
 - do meio externo para as células 
 - entre as células 
 - das células para o meio externo 
 ❖ Pressão, volume de fluxo e resistência: 
 - O sangue flui pelo corpo porque existe um gradiente de pressão e o sangue 
 segue de onde tem mais pressão para onde tem menos 
 - A pressão diminui no sentido artéria aorta → veia cava 
 - Pressão ≠ gradiente de pressão: se não tiver gradiente de pressão não tem 
 fluxo, mesmo que tenha pressão 
 - Pressão hidrostática: é a pressão exercida por um líquido nas paredes do 
 recipiente que o contém 
 - É proporcional à altura da coluna de água (sangue) 
 - Pressão x volume: 
 - São conceito independentes 
 - O aumento da pressão não muda o volume 
 - ex: quando o coração contrai ele aumenta a pressão sanguínea, mas isso não 
 muda o volume de sangue 
 - Resistência: 
 - É o conjunto de fatores do próprio sistema circulatório que se opõem ao fluxo 
 - É um controle necessário sobre o fluxo 
 - Quanto maior a resistência, menor o fluxo 
 - se a resistência for igual ou maior que o fluxo então ele para 
 - Fatores que determinam a resistência: 
 - raio do tubo (r): quanto maior , menor a resistência; é o que tem o maior 
 impacto 
 - comprimento do tubo (L): quanto menor , menor a resistência 
 - viscosidade do líquido (n): quanto menor , menor a resistência 
 - Fórmula da resistência: R ∝ Ln/r 4 
 - A vasoconstrição e vasodilatação alteram o raio , ou seja, afetam o fluxo e a 
 resistência 
 - Fluxo: 
 - Taxa de fluxo (fluxo - Q): 
 - L/min ou mL/min 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 
 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 
 - volume de sangue que passa por um determinado ponto por unidade 
 de tempo 
 - é determinado pelo gradiente de pressão 
 - Velocidade de fluxo (v): 
 - cm/min → maior área = menor velocidade 𝑓𝑙𝑢𝑥𝑜 
 á 𝑟𝑒𝑎 
 - quão rápido o sangue flui ao passar por um ponto 
 - quando um vaso se divide em ramificação a área usada nessa fórmula é com 
 a somatória das novas áreas 
 - Só o coração gera pressão quando contrai ( pressão propulsora ) 
 - As artérias mantém o gradiente de pressão e a pressão arterial média (PAM) , 
 atuando como um reservatório de pressão durante a fase de relaxamento do 
 coração 
 - a pressão arterial média é influenciada por dois fatores: 
 - débito cardíaco que é o volume de sangue que o coração bombeia 
 - resistência periférica que é a resistência dos vasos ao fluxo sanguíneo 
 ❖ Miocárdio: 
 - 99% de células cardíacas são contráteis, o outro 1% gera potencial de ação 
 espontaneamente, mas contraem de forma insignificante 
 - Esse 1% são chamadas de células autoexcitáveis ou células marcapasso 
 - são menores, não têm sarcômero organizado e não contribuem para a força 
 de contração 
 - Diferenças das células do miocárdio para as dos músculos esqueléticos: 
 - As fibras cardíacas são menores 
 - No músculo esquelético elas contraem separadamente, já no miocárdio elas 
 formam uma rede por causa dos discos intercalares 
 - todo o átrio está conectado e todo o ventrículo está conectado 
 - As junções comunicantes dos discos intercalares realizam conexão elétrica 
 entre as células, propagando o potencial de ação 
 - Os túbulos T do miocárdio são maiores e se ramificam no interior das células 
 - quando uma célula despolariza, na superfície e nos túbulos T, os discos 
 intercalares fazem as outras despolarizarem também 
 - os túbulos T apresentam canais voltaicos de cálcio que quando são atingidos 
 pela despolitização se abrem 
 - tem mais cálcio no ambiente extracelular do que no intracelular, por isso ele 
 entra nas células 
 - os canais do cálcio do retículo sarcoplasmático também se abrem 
 - mais cálcio é mais ativação das proteínas que permitem a contração da 
 miosina e actina 
 - existe um cotransporte de sódio e cálcio que vai ajudar a tirar o cálcio do 
 citoplasma (também tem a bomba de cálcio que devolve ele para o retículo) 
 para permitir a contração 
 - O retículo sarcoplasmático (reserva de cálcio) está em menor quantidade 
 dentro da fibra cardíacas, por isso elas precisam de cálcio extracelular para 
 contração (os túbulos T permitem que esse cálcio entre) 
 - As fibras cardíacas apresentam 2 a 3 vezes mais mitocondriais para garantir o 
 ATP necessário 
 - As fibras cardíacas contráteis podem variar a força de contração 
 - quanto mais cálcio no citoplasma, maior a força de contração (variação na 
 quantidade de troponina ativada) 
 - quanto maior o relaxamento da célula (distensão da fibra e do sarcômero) 
 no momento do início da contração, maior a força de contração 
 - sempre parte de um relaxamento total antes de contrair, e pode contrair 
 amplitudes variáveis 
 - Células cardíacas fazem potencial de ação em platô (usando o cálcio) 
 - entre despolarização e repolarização (período refratário) o tempo é maior e é 
 praticamente o tempo que ocorre contração e relaxamento 
 - Células cardíacas fazem hiperpolarização 
 - Células cardíacas possuem um potencial de ação lento e não fazem tetania 
 fisiológica (manter a fase de contração contínua por causa do aumento da 
 frequência dos estímulos) 
 - O miocárdio, principalmente o ventricular, tem um arranjo celular em espiral 
 para melhorar o fluxo do ápice para a base e para o sangue sair pelas artérias 
 - O coração tem células que geram o próprio estímulo (células marcapasso), 
 então não precisam do SN para contrair, mas o SN pode influenciar agindo 
 sobre os canais de cálcio 
 - SN simpático deixa os canais de cálcio mais permeáveis, já o 
 parassimpático não tem ação direta 
 - Células marcapassos: 
 - Essas células estão espalhadas em pequenas proporções por todo miocárdio, 
 mas estão concentradas em dois pontos formando os nós sinoatrial e 
 atrioventricular 
 - as células desses nós possuem discos intercalares com as células de 
 contração, ativando a despolarização delas 
 - Possuem potencial de membrana instável porque não estabilizam em repouso, 
 quando chegam nesse potencial instável (-60mV) automaticamente abrem os 
 canais IF (ionic funny) permitindo a entrada de sódio e saída de potássio 
 - o potencial instável sobe lentamente ao limiar de excitabilidade (potencial 
 marcapasso) 
 - não possuem período refratário 
 - O influxo de Na + supera o efluxo de K + , então a célula recebe mais carga 
 positiva do que perde, aumentando a voltagem das células 
 - Quando os canais IF fecham, os de cálcio abrem até chegar ao pico de 
 despolarização, então os canais IF abrem novamente perdendo mais potássio 
 do que ganham de sódio (repolarização) até chegar em -60mV e recomeça o 
 ciclo 
 ➔ Ciclo cardíaco: 
 - O início da despolarização começa no nó sinoatrial , que fica na base (teto) do 
 átrio direito 
 - A disseminação pelas fibras atriais (contráteis) acontece de forma lenta, 
 fazendo os átrios contraírem gradativamente 
 - Já a disseminação pela via internodal acontece de forma rápida, para começar 
 a ativação do nó atrioventricular , que fica no assoalho do átrio direito 
 - A ativação total do nóatrioventricular acontece de forma lenta para que a 
 passagem da despolarização para os ventrículos só ocorra quando a parede do 
 átrio parar de contrair 
 - Depois que o nó atrioventricular é ativado, a passagem da despolarização é 
 muito rápida para os ventrículos via fascículo atrioventricular (feixes de his) e 
 seus ramos subendocárdicos (fibras de purkinje) 
 - Quando a ventrículo começa a contrair (sístole) o átrio já está relaxando 
 (diástole) 
 - A trabécula do septo marginal são prolongamentos dos feixes de his que 
 complementam do lado direito, porque ele recebe menos feixes 
 - Sístole e diástole: 
 - Sístole: contração 
 - Diástole: relaxamento 
 - as duas câmaras estão em diástole quando ainda não começou a contração 
 (final da diástole ventricular) e a pressão está muito baixa 
 - Fases: 
 1 - repouso/fase de final de diástole: 
 - todas as câmaras estão relaxadas 
 - a pressão interna fica baixa e o sangue flui das veias para os átrios e dos 
 átrios para os ventrículo (valvas atrioventriculares relaxadas), enchendo o 
 coração de sangue 
 - enquanto a pressão das artérias é maior que dos ventrículos e as valvas 
 semilunares ficam fechadas 
 2 - Sístole atrial: 
 - o nó sinoatrial se ativa e faz os átrios contraírem, criando um gradiente 
 atrioventricular e fazendo o sangue fluir para terminar de preencher o 
 ventrículo 
 - 20% do ventrículo é preenchido pela contração do átrio 
 - se tiver algum problema nessa etapa, só será percebido em exercícios 
 intensos 
 - o nó atrioventricular ainda não ativou, mas já recebeu o sinal para ativar 
 3 - contração ventricular isovolumétrica/sístole ventricular: 
 - os átrios começam a relaxar (diminui a pressão) e os ventrículos começam 
 a contrair (aumenta a pressão) 
 - as valvas atrioventriculares fecham para que o sangue não volte para o 
 átrio por causa do gradiente de pressão do momento 
 - é tão simultâneo o fechamento das valvas que isso gera o som da primeira 
 batida 
 - o volume de sangue do ventrículo não muda porque as valvas semilunares 
 ainda estão fechadas , já que a pressão nas artérias ainda é maior 
 4 - ejeção ventricular: 
 - a pressão dos ventrículos supera a das artérias, abrindo as válvulas 
 semilunares e ejetando o sangue para as artérias 
 5 - relaxamento ventricular: 
 - o ventrículo relaxa (repolarização), diminuindo o gradiente de pressão com 
 as artérias e fazendo as valvas semilunares fecharem simultaneamente 
 - segundo som do coração 
 - a pressão dos ventrículos ainda é maior que dos átrio então as valvas 
 atrioventriculares ainda estão fechadas (até ter o relaxamento total dos 
 ventrículos) 
 - quando a pressão ventricular fica menor que a atrial ocorre abertura das 
 valvas atrioventriculares (volta para a fase de relaxamento) 
 - Quem determina a abertura e fechamento das válvulas é o gradiente de 
 pressão 
 - Não existe fase onde todas as valvas estão aberta (fechadas sim) 
 - Após a sístole ventricular, o ventrículo não esvazia totalmente, restando o 
 chamado volume sistólico final (VSF) 
 - quanto mais força de contração o coração faz, menor o VSF porque o 
 ventrículo vai ter feito mais pressão e expulsado mais sangue 
 - em repouso o VSF é maior do que quando o animal está se exercitando 
 - o ventrículo nunca esvazia totalmente para ter uma margem de segurança 
 caso seja necessário uma contração mais forte para enviar maior volume 
 sanguíneo ao corpo 
 - VDF: volume diastólico final 
 - VSF: volume sistólico final 
 - VDF - VSF = volume sistólico (volume que saiu da artéria) 
 - Débito cardíaco = FC × VS ml/min 
 - Frequência cardíaca (bpm) × volume sistólico (ml) 
 - O débito cardíaco do ventrículo direito deve ser o mesmo que o do esquerdo 
 - SN simpático aumenta a FC e o VS e consequentemente o débito cardíaco 
 - SN parassimpático diminui a FC e consequentemente o débito cardíaco 
 ➔ Eletrocardiograma: 
 - É formado por ondas, segmentos e intervalos 
 - Ondas: 
 - positivas: acima da linha de base (q,r,t) 
 - negativas: abaixo da linha de base (q,s) 
 - Segmentos: 
 - espaços entre uma onda e a próxima sem contar com elas 
 - Intervalos: 
 - a porção do ECG que inclui um segmento e uma ou mais ondas 
 - Quando o coração bate, ele gera um campo elétrico no nosso corpo 
 - No exame, normalmente usa os membros torácico e o membro pélvico 
 esquerdo por causa da direção que o campo elétrico se expande 
 - membro pélvicos direito pode ter um quarto eletrodo para ser o fio terra 
 - isso porque o principal sentido da percussão elétrica é do ápice para a base e 
 da direita para a esquerda (cria onda positiva) 
 - Quando a eletricidade ta no sentido contrário ao principal, forma uma onda 
 negativa 
 - O a onda ser positiva ou negativa difere em espécies diferentes e até em raças 
 diferentes porque o que define se elas são positivas ou negativas é o sentido da 
 propagação elétrica e o formato do coração 
 - PQRST é um ciclo cardíaco 
 - Onda P: despolarização atrial e ativação do nó sinoatrial 
 - Complexo QRS: despolarização ventricular e repolarização atrial 
 - Onda T: repolarização ventricular 
 - O tamanho da onda está relacionado com a quantidade de células e como tem 
 mais no ventrículo, a onda de despolarização dele é maior 
 - Quando tem sopro o músculo hipertrofia pra compensar e isso faz a onda 
 aumentar 
 - O eixo X é o tempo e o eixo Y é a voltagem 
 - Bloqueio de terceiro grau: não ativação do nó atrioventricular; átrio contrai 
 (despolariza) e ventrículo não 
 - Fibrilação atrial: ventricular contrai normal, mas átrio tem várias mini 
 contrações em alta frequência 
 - Fibrilação ventricular: ventrículo fica fibrilando 
 - é pior porque o sangue não sai do coração 
 - precisa usar desfibrilador 
 - Arritmia é tudo que compromete a sequência de ciclos 
 - Arritmia sinusal: quando o intervalo entre um ciclo e outro é maior que o 
 anterior 
 geralmente acontece na inspiração por compressão do nervo vago que é parte 
 do sistema nervoso parassimpático 
 ➔ Ação do SNA sobre as células marcapasso: 
 - O bulbo controla se o SN simpático ou parassimpático vai ser ativado 
 - O sistema nervoso parassimpático desacelera as células marcapasso fazendo 
 diminuir a frequência cardíaca , e consequentemente o débito cardíaco 
 - A acetilcolina ativa os receptores muscarínicos que diminuem a 
 permeabilidade para Ca , diminuindo a velocidade de despolarização 
 - Também aumenta a permeabilidade para K , criando uma hiperpolarização 
 que dificulta o atingimento do limiar de excitabilidade 
 - O sistema simpático ativa os receptores Beta 1 aumentando a permeabilidade 
 dos canais de cálcio e dos canais IF e 
 - Aumenta a frequência cardíaca , o volume sistólico, e consequentemente o 
 débito cardíaco 
 - Influencia com noradrenalina e adrenalina (catecolaminas) 
 - Também aumenta a contratilidade do ventrículo e faz constrição venosa, 
 fazendo mais sangue chegar ao ventrículo 
 ❖ Fluxo sanguíneo: 
 - Artérias influenciam no fluxo porque conseguem mudar de diâmetro 
 - Capilares e vênulas não conseguem mudar de diâmetro 
 - Veias conseguem mudar de diâmetro, mas são mais finas 
 - Camadas: 
 - Músculos liso vascular: 
 - Presente em todos os vasos, exceto vênulas e capilares 
 - Arranjado em camadas espirais ou circulares 
 - Quando contrai aumenta a resistência e diminui o fluxo 
 - Vasodilatação aumenta o fluxo 
 - Na maior parte do tempo está parcialmente contraído 
 - Os ajustes são influenciados por neurotransmissores, hormônios, substâncias 
 parácrinas liberadas pelo endotélio vascular e atividade física (diminui o 
 oxigênio no tecido e aumenta o gás carbônico) 
 - Tecido elástico: 
 - É muito importante para as artérias porque faz elas serem um reservatório de 
 pressão 
 - principalmente para as que ficam próximo ao coração (possuem mais tecido 
 elástico do que muscular) 
 - Quando o ventrículo ejeta o sangue, a artéria dilata e depoisvolta ao volume 
 original, impulsionando o sangue adiante 
 - Arteríolas e metarteríolas: 
 - Possuem fluxo divergente (forma ramos) 
 - A transição da arteríola para o capilar é a metarteríola (esfíncter pré-capilar) 
 - as metarteríolas têm a camada muscular apenas em uma parte da parede e 
 funciona como um esfíncter pré-capilar 
 - Diminuição progressiva da camada elástica das artérias e aumento da camada 
 muscular à medida que vão se tornando arteríolas 
 - A contração da arteríola aumenta a resistência, diminui o fluxo nela e 
 consequentemente as trocas diminuem 
 - a resistência é variável para permitir o controle do fluxo e da distribuição do 
 sangue de acordo com a necessidade do órgão 
 - Vênulas e veias: 
 - Fluxo convergente (possui vasos tributários) 
 - Existem mais veias que artérias, por isso elas atuam como reservatório de 
 volume sanguíneo 
 - Se tiver uma hemorragia as veias periféricas contraem para permitir um 
 maior volume sanguíneo para os órgãos 
 ➔ Angiogênese: 
 - É um equilíbrio entre as citocinas angiogênicas ( aumentam os vasos em 
 comprimento, diâmetro ou ramificações ) e antiangiogênicas ( inibem as 
 angiogênicas ) 
 - ex. angiogênicas: fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) e fator de 
 crescimento de fibroblastos (FGF) (ambos produzidos por células musculares 
 lisas e pericitos) 
 - ex. antiangiogênicas: angiostatina (formada a partir do plasminogênio 
 sanguíneo) e endostatina 
 - Durante o crescimento tem mais fatores angiogênicos e depois ambos se 
 equilibram 
 - Exercícios físicos e prolactina aumentam os fatores angiogênicos 
 - Muitos tumores (principalmente os malignos) produzem substâncias 
 similares aos fatores antigênicos para aumentar o fluxo sanguíneo que o irriga 
 ➔ Pressão sanguínea: 
 - É maior nas artérias do que nas veias 
 - Pressão sistólica: pressão máxima, momento da sístole ventricular 
 - Pressão diastólica: pressão mínima, momento da diástole ventricular (dura o 
 dobro do tempo) 
 - Pressão sistólica x pressão diastólica refletem nas artérias 
 - Pressão de pulso = sistólica - diastólica 
 - Reflete a amplitude da onda de pressão 
 - Quando a pressão de pulso ta perto de zero é porque a circulação está quase 
 parando 
 - Em capilares e veias não é aparente a pressão de pulso (ondas de pressão) 
 - Aumento da atividade física aumenta a pressão sistólica e consequentemente 
 a pressão de pulso 
 - Hipotensão e hipertensão: 
 - A hipotensão é um problema imediato porque diminui a força de propulsão 
 do sangue, dificultando a chegada do sangue aos tecidos 
 - A hipertensão é um problema mais comum e que age a longo prazo 
 - a principal consequência é a ruptura de vasos 
 - se tiver vasos de maior calibre fragilizados (ex: aneurismas - parede fica 
 mais fina) eles podem romper (AVC, hemorragias abdominais) e as áreas 
 depois desse rompimento irão morrer por falta de sangue, gerando sequelas 
 - Pressão arterial média (PAM): 
 - PAM = P diastólica + 1/3 (P sistólica - P diastólica) 
 - ou (P sistólica + 2 x P diastólica)/3 
 - A diastólica dura o dobro do tempo da sistólica 
 - Parâmetros que determinam a PAM: 
 - volume sanguíneo: 
 - age de forma lenta 
 - depende da ingestão e perda de líquidos 
 - eficiência do coração como bomba: 
 - é o débito cardíaco 
 - depende da frequência cardíaca e do volume sistólico 
 - resistência do sistema ao fluxo sanguíneo: 
 - depende do diâmetro das arteríolas 
 - contraem para diminuir o fluxo periférico e aumentar o sangue disponível 
 pros órgãos 
 - distribuição relativa do sangue entre os vasos sanguíneos arteriais e 
 venosos: 
 - depende do diâmetro das veias 
 - quanto maior mais sangue nas veias e menos nas artérias o que diminui a 
 pressão 
 - Vasoconstrição: 
 - Serotonina e endotelina são produzidas quando ocorrem lesões vasculares e 
 trabalham contraindo os vasos 
 - Vasopressina ajuda a fazer vasoconstrição venosa alterando o volume 
 sanguíneo nas artérias, o que aumenta a pressão nelas 
 - Noradrenalina liberada pelo SNA simpático é um reflexo baroceptor 
 - Angiotensina II faz parte do sistema a renina-angiotensina-aldosterona para 
 controle de pressão arterial, aumentando ela 
 - Vasodilatação: 
 - A adrenalina liberada pelo SNA simpático age em vasos que atendem 
 órgãos mais internos 
 - A acetilcolina, também liberada pelo SNA simpático faz ereção peniana 
 - Óxido nítrico, bradicinina, adenosina, diminuição do O 2 , aumento do CO 2 , 
 do H + e do K + têm efeito local relacionado com consequências da atividade 
 tecidual e principalmente da hipóxia 
 - Histamina aumenta o fluxo sanguíneo em reações alérgicas para a chegada 
 das células de defesa 
 - O aumento do volume sanguíneo aumenta a pressão sanguínea , 
 desencadeando: 
 - a curto prazo: compensação pelo sistema circulatório 
 - diminuição do débito cardíaco 
 - vasodilatação das veias (diminui o volume de sangue nas artérias) 
 - a longo prazo: compensação pelos rins 
 - aumento da excreção de líquido na urina para diminuir o volume 
 sanguíneo 
 - Hiperemia ativa: 
 - o aumento do metabolismo no tecido faz ele precisar de mais sangue e por 
 isso liberar fatores dilatadores de arteríolas para diminuir a resistência e 
 aumentar o fluxo 
 - aumento do fluxo faz os fatores se reequilibrarem 
 - Hiperemia reativa: 
 - o fluxo reduzido por causa de uma oclusão faz vasodilatação compensatória 
 para a oclusão ser levada pelo fluxo 
 - a remoção da oclusão diminui a resistência e aumenta o fluxo, 
 reequilibrando os fatores dilatadores 
 - as arteríolas sofrem constrição e o fluxo volta ao normal 
 ❖ Distribuição de sangue para os tecidos: 
 - A distribuição é regulada principalmente pelo sistema nervoso e sua 
 capacidade de alterar diâmetro vascular 
 - Depende da atividade do tecido 
 - ex: 
 - fluxo sanguíneo muscular em repouso: 20% do débito cardíaco (DC) 
 - fluxo sanguíneo muscular em atividade: até 85% do DC 
 - Todas as arteríolas recebem sangue da aorta ao mesmo tempo ( arranjo em 
 paralelo ) 
 - Se uma arteríola contrai, passa menos sangue por ela e as demais vão dilatar 
 para compensar essa diminuição de fluxo 
 - tecidos em menor atividade fazem vasoconstrição e tecidos em maior 
 atividade fazem vasodilatação 
 - Um tecido estar em atividade e precisar de mais sangue não significa que os 
 outros receberão menos sangue 
 - o aumento do débito cardíaco faz mais sangue circular no organismo inteiro 
 e a vasoconstrição faz com que esses tecidos que não estão em atividade não 
 recebam mais sangue que o necessário 
 - Em capilares, o fluxo é controlado pelos esfíncteres pré-capilares 
 - tecidos em baixa atividade tem fluxo capilar reduzido, mas continuam sendo 
 irrigados por anastomoses 
 - a vasoconstrição desses esfíncteres aumentam a pressão nas artérias porque 
 aumentam a quantidade de sangue nelas 
 - quando passa para as veias, a velocidade aumenta novamente 
 ➔ Capilares: 
 - É onde ocorrem as trocas, por isso a velocidade precisa ser menor 
 - A velocidade é menor porque os capilares são a maior área de distribuição 
 sanguínea (área de secção de todos juntos) 
 - A densidade de capilares em um tecido é diretamente proporcional a sua 
 atividade 
 - Músculos e glândulas têm mais capilares que tecido subcutâneo e 
 cartilaginoso 
 - Tipos: 
 - Capilares contínuos: 
 - músculo, tecido conectivo e neural 
 - presença de junções permeáveis 
 - as células do endotélio estão todas juntas, limitando a passagem de 
 substâncias 
 - precisam conseguir passar entre as células ou dentro das células 
 - gases, pequenas moléculas e ácidos graxos conseguem passar 
 - Capilares fenestrados: 
 - rim e intestino 
 - possui poros/fenestras, permitindo a passagem de moléculas médias 
 - ex: dipeptídeos 
 - grandes passagens de líquido do plasma para o interstício 
 - Capilares sinusóides: 
 - fígado, baço e medula óssea, exclusivamente 
 - possui descontinuidades que permitema passagem de células ou 
 macromoléculas (proteínas, plaquetas) para dentro da circulação 
 - Trocas em capilares: 
 - Difusão: 
 - a substância passa entre as células 
 - Transcitose: 
 - a substância passa por dentro das células 
 - Como a chegada do sangue vem com pressão (hidrostática) das artérias, as 
 substâncias como a água que estão dentro conseguem passar para o interstício 
 - a pressão oncótica dos capilares é menor que a do interstício, o que também 
 facilita essa saída de água 
 - A medida que o líquido vai passando dos capilares para o interstício, a 
 pressão hidrostática dos capilares diminui e a oncótica aumenta 
 - no interstício ocorre o oposto 
 - isso faz com que o gradiente de pressão inverta e as substâncias (líquido, 
 proteínas, gases) comecem a entrar nos capilares, seguindo para as vênulas 
 (troca), e nos vasos linfáticos 
 ❖ Regulação da pressão arterial: 
 - É controlada principalmente pelo centro de controle cardiovascular bulbar 
 - Além dos barorreceptores, existem: 
 - Quimiorreceptores: percebem principalmente a alteração de concentração de 
 O 2 no sangue e enviam essa informação ao bulbo 
 - Modulação hipotalâmica: faz ajuste de temperatura e respostas de luta e fuga 
 - ex: em altas temperaturas faz vasodilatação e isso diminui o sangue e a 
 pressão nas artérias 
 - ainda é resposta do simpático, mas coordenada pelo hipotálamo 
 - Atividade do córtex: frente a atividades emotivas 
 - Regulação coração x rins via hormônios: é o que resolve a longo prazo 
 - Os estímulos aferentes chegam ao centro de controle a partir de 
 barorreceptores ( carotídeos (cérebro) e aórticos (corpo)) e o encaminhamento 
 das respostas é rápido 
 - quando a pressão está abaixo (hipotensão) do normal, o bulbo ativa o SNA 
 simpático 
 - aumenta a atividade das células contráteis do coração e ativa o nó sinoatrial 
 (aumentando o débito cardíaco) e faz vasoconstrição periférica 
 - quando a pressão está acima (hipertensão) do normal, o bulbo diminui a 
 atividade do SNA simpático e ativa o SNA parassimpático 
 - a atividade parassimpática diminui o débito cardíaco e a resistência 
 periférica 
 ❖ Sistema linfático: 
 - Recolhe parte do líquido que está no interstício 
 - Restitui os componentes líquidos, celulares e proteínas que saíram pelos 
 capilares 
 - Capturar a gordura (quilomícrons) absorvida no intestino e a transfere para o 
 circulatório 
 - Tem função imunitária, passando a linfa pelos órgão linfóides para que eles 
 possam reagir produzindo mais células de defesa 
 - Problemas relacionados ao sistema linfático: 
 - Desnutrição/Hipoproteinemia: 
 - baixa quantidade de proteínas plasmáticas por falta de proteínas na dieta 
 - isso diminui a pressão oncótica dos vasos, fazendo sair mais água para o 
 interstício como forma de compensação 
 - os vasos linfáticos podem não dar conta de drenar o líquido intersticial e 
 esse líquido começa a extravasar para as cavidades do corpo, causando ascite 
 - Problemas hepáticos: 
 - também causam ascite porque é o fígado que metaboliza os nutriente e 
 forma as proteínas plasmáticas

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