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Resumo Prova 1

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RESUMO ECONOMIA POLÍTICA – Eduarda Garcia
INTRODUÇÃO
ECONOMIA Escassez significa que a sociedade tem recursos limitados e, portanto, não podem ser produzidos todos os bens e serviços que as pessoas podem almejar ter. A Economia é o estudo de como a sociedade administra seus recursos escassos e lida com tal adversidade. Sendo assim, os economistas estudam como as pessoas tomam decisões: o quanto trabalham, o que compram, quanto poupam, como investem, ou seja, as forças e as tendências que afetam a economia como um todo
Macroeconomia: estudo das teorias, relações econômicas públicas ou internacionais...
	X
Microeconomia: regras de mercado, lei da oferta e da procura, estabelecimento de preços e valores...
I – OS 10 PRINCÍPIOS DA ECONOMIA
Como o comportamento de uma economia é refletido pelo comportamento dos agentes econômicos que a compõe, deve-se analisar minuciosamente os fatores de interação entre eles.
COMO AS PESSOAS TOMAM DECISÕES
AS PESSOAS ENFRENTAM ESCOLHAS (TRADEOFFS)
Tradeoffs são situações de escolhas conflitantes. As pessoas, quando agrupadas em sociedade, deparam-se com diferentes tipos de tradeoffs. 
	EX1: “Armas e Alimentos”: Quando mais se gasta em defesa nacional (armas) para proteger o país, menos se pode gastar com bens de consumo (alimentos).
	EX2: “EFICIÊNCIA E EQUIDADE”: Eficiência é quando a sociedade está aproveitando o máximo que pode de seus recursos escassos. Equidade significa que os bens advindos de tais recursos estão sendo distribuídos com justiça entre os membros da sociedade. Ou seja, eficiência é a forma como se faz o bolo crescer, e equidade é a maneira como dividi-lo.
	Os formuladores de políticas públicas enfrentam tradeoffs em seus métodos de elaboração. Ao passo que políticas públicas que visam à equidade tornam a sociedade mais igualitária, também causam danos à eficiência produtiva. “Quando o governo tenta repartir o bolo, ele acaba diminuindo de tamanho”.
	Enfim, reconhecer que as pessoas enfrentam escolhas não nos diz, por si só, quais as decisões que elas tomarão ou desejariam tomar.
O CUSTO DE ALGUMA COISA É AQUILO QUE VOCÊ DESISTE PARA OBTÊ-LA
O custo de oportunidade de um item é aquilo de que você abre mão para obtê-lo. Ao tomar qualquer decisão, as pessoas precisam estar cientes do custo de oportunidade que o cerca. Ele nunca é absoluto, é preciso sempre de um parâmetro de comparação para que se possa efetivar uma escolha.
PESSOAS RACIONAIS PENSAM NA MARGEM
Os economistas usam o termo mudanças marginais para descrever pequenos ajustes incrementais a um plano de ação existente. O conceito de “margem” pressupõe a existência de extremos, portanto, mudanças marginais são ajustes ao redor dos “extremos” daquilo que você está fazendo.
Logo, pessoas tomam melhores e mais eficientes decisões quando pensam racionalmente na margem e seus respectivos benefícios – a serem maximizados - e custos – a serem minimizados -, de modo que os primeiros superem os últimos. 
AS PESSOAS REAGEM A INCENTIVOS
O efeito do preço sobre o comportamento dos compradores e vendedores num mercado é crucial para entender como a economia funciona.
EX1: Impostos sobre a gasolina são incentivos para que as pessoas usem carros menores e que consomem menos gasolina ou que andem de transporte público.
Quando formuladores de políticas públicas não levam em consideração o impacto dos incentivos, podem chegar a objetivos diferentes dos almejados. 
EX2: Lei aprovada a respeito do uso obrigatório de cinto de segurança. Ao usar o cinto, as pessoas pensam que podem ter menos prudência, uma vez que o dispositivo oferece benefícios de proteção em acidentes, diminuindo o risco de morte. Logo, os benefícios de se dirigir lenta e cuidadosamente são diminuídos.
Em um viés mais econômico se trata de política de descontos, promoções, liquidações, propagandas, MERITOCRACIA, prêmios, viagens...
A margem de custo-benefício pode levar ao efeito substitivo, isto é, a troca de produtos conforme a sua disposição de preços. Ex: produtos genéricos.
COMO AS PESSOAS INTERAGEM
O COMÉRCIO PODE SER BOM PARA TODOS
O comércio entre dois países, por exemplo, pode ser bom para ambas as partes, uma vez que ele permite que os agentes econômicos se especializem nas atividades em que são melhores. 
Há uma divisão social do trabalho, onde grupos humanos, para atingir e alcançar determinados fins, costumam especificar e hierarquizar as funções dos indivíduos de uma maneira logística. É possível e provável, portanto, que haja uma maior variedade de bens e serviços com melhores qualidades - devido à especialização – e a um custo menor – devido à otimização de produção devido à complexidade que os agentes (empresa, pessoas, país) vai adquirindo.
OS MERCADOS SÃO, GERALMENTE, UMA BOA MANEIRA DE ORGANIZAR A ATIVIDADE ECONÔMICA
Uma economia de mercado, que, sem intervenções, deixa que a lei da oferta e da procura regulem os preços e que o interesse próprio dos grupos humanos envolvidos guiem suas decisões, é, na visão de Mankiw, benéfico à economia mesmo que ninguém cuide do bem-estar econômico da população como um todo.
Os mercados livres possuem compradores e vendedores que estão interessados em seu bem estar, logo, as decisões são tomadas a partir de interesses particulares, nunca coletivos. A “mão invisível” de Adam Smith move os segmentos econômicos e regula naturalmente o mercado. 
Os liberais se baseiam nos preços dos produtos partindo da premissa de que valor de um bem para a sociedade é o custo social para fazê-lo. A ambição, na visão do autor, traz benefícios para a sociedade.
ÀS VEZES OS GOVERNOS PODEM MELHORAR OS RESULTADOS DOS MERCADOS
Se a mão invisível do mercado é tão benéfica, por que precisaríamos de um governo? A mão invisível precisa de um governo que a proteja, ou seja, os mercados só funcionam bem quando os direitos à propriedade são garantidos. 
Embora os mercados sejam boas maneiras de organizar as atividades econômicas, essa regra possui algumas exceções:
FALHA DE MERCADO: quando o mercado não consegue produzir alocação eficiente de recursos por si só. 
EXTERNALIDADE: impacto das ações de uma pessoa ou um grupo de pessoas sobre o bem-estar de outras próximas. Ex: poluição
PODER DE MERCADO: a capacidade de um único agente econômico tem que influenciar indevidamente os preços do mercado. Ex: cartéis, trustes, oligopólios, monopólios, dumping...
O governo pode, então, intervir para achar um meio termo entre total intervenção e a ausência dela. Quando há EXTERNALIDADES e PODER DE MERCADO, as políticas públicas podem aumentar a eficiência e, principalmente, a equitatividade econômica.
O governo pode, mas nem sempre consegue melhorar os vícios do mercado. Depende das intenções dos líderes. Por este motivo que um dos objetivos da economia é estudar o mercado para julgar quando uma política governamental é justificável/eficaz ou não para promover a eficiência e a equidade.
Intervenção estatal pode ser DIRETA (leis, regulamentos, alíquotas, ou seja, regras pré-estabelecidas) ou INDIRETA ( atua como um agente econômico extra, entra no mercado alterando as leis da oferta e da procura, como a prática de compra de grãos).
COMO FUNCIONA A ECONOMIA COMO UM TODO
O PADRÃO DE VIDA DE UM PAÍS DEPENDE DE SUA CAPACIDADE DE PRODUZIR BENS E SERVIÇÕS
Há uma grande variação no nível de rendimento, qualidade e padrão de vida entre cidadãos de países diferentes. O que as explica?
A palavra de ordem é PRODUTIVIDADE, ou seja, a quantidade de bens e servições que podem ser produzidos em uma hora de trabalho. Quando maior a produtividade, maior o padrão de vida.
	As políticas públicas devem levar seriamente em consideração o fator produtividade é preciso elevá-la, fornecendo educação e acesso à melhor tecnologia possível.
	OBS AULA: Quanto mais desenvolvido um país é, mais difícil se torna de desenvolvê-lo ainda mais a melhor situação para um país não é só dinamizar as exportações, mas sim exportações E importações, em conjunto, pois gera GIRO DE CAPITAL. “As riquezasdas nações”
OS PREÇOS SOBEM QUANDO O GOVERNO EMITE MOEDA DEMAIS
INFLAÇÃO: o aumento do nível geral de preços da economia. A economia real deve manter sempre uma paridade com a economia abstrata. A quantidade de bens/riqueza tem que equivaler, mais ou menos, com a quantidade de moeda circulante no país e esta tarefa é controlada pelo Banco Central. Quando há discrepâncias entre as duas, há reflexos no índice de inflação.
Quando há uma situação de hiperinflação o consumidor perde o poder de compra, afetando diretamente os mercados.
A SOCIEDADE ENFRENTE UM TRADEOFF DE CURTO PRAZO ENTRE INFLAÇÃO E DESEMPREGO
Diminui a produção aumenta ociosidade do trabalhador aumenta desemprego = combate à inflação gera desemprego.
	
III – DIREITO: ESTÁTICA E DINÂMICA JURÍDICA
A ESTÁTICA JURÍDICA
É o estudo do direito enquanto sistemas de normas dado. Estuda os conceitos e normas jurídicas em seu significado específico, analisando institutos e estrutura dos mesmos. Fornece, através da visão kelseniana, um panorama sistemático do positivismo jurídico e busca um paralelo com a sociedade entendida como ordem normativa.
A VISÃO DE HANS KELSEN
O direito, na visão de Kelsen, é uma ordem coativa da conduta humana. Como o Estado detém o monopólio do uso da força, uma vez sem o direito, a sociedade ficaria à mercê do arbítrio estatal. Logo, o Direito limita o Estado e controla e regula o uso da força coativa.
O Direito deve ser elevado a altura de uma ciência genuína, ou seja, analisada e aplicada com exatidão e OBJETIVIDADE, visando sempre a uma visão neutra do fenômeno jurídico. Para isto, é necessário o desvencilhamento de elementos estranhos advindos de outras ciências como sociologia, psicologia, teoria política ou até mesmo da ética. Ou seja, tem que haver a desconsideração de tudo que não é de natureza jurídica. Não há espaçamento para sincretimos metodológicos.
Sua visão juspositivista pressupõe somente as normas jurídicas como objeto de estudo, logo condutas humanas só se tornam objeto quando constituem alguma norma. Nesse sentido, não tem qualquer conteúdo empírico, isto é, diretamente extraído da experiência jurídica concreta ou, em outras palavras, como teoria, não tem por objeto a análise da dogmática jurídica ou da jurisprudência de algum pais em particular
NORMA JURÍDICA
É a previsão genérica e abstrata de uma situação de fato, a qual se atribui uma consequência jurídica por meio de uma regra de imputação. São elas REGULADORAS DA CONDUTA HUMANA. Seu conteúdo é considerado válido por força de uma norma pressuposta, ou norma fundamental (GRUNDNORM).
Uma ordem normativa cria, segundo o processo de imputação (não o de causalidade), uma conexão entre elementos e seus objetos de acordo com a fórmula: se A é, então B deve ser. Logo, a consequência por essa ordem estipulada pode ser entendida seja como uma RECOMPENSA, seja como PUNIÇÃO.
O Direito é uma ordem coercitiva, prevalecendo então a ideia de PENA RETRIBUTIVA como consequência da transgressão do ato definido por ele. Ou seja, a ordem jurídica prescreve uma conduta e estipula uma SANÇÃO para a conduta oposta.
Uma ordem normativa e o Direito em especial, podem ser descritos apenas com PROPOSIÇÕES JURÍDICAS PRIMÁRIAS que enunciem que, no caso de determinado comportamento previsto na ordem, determinado órgão aplicará a sanção. A norma estabelece um “DEVER SER”, isto é, uma intenção de conduta.
A conduta humana (SER) apenas tem significação jurídica se coincidir com uma previsão normativa válida (DEVER SER). Kelsen compactua com a LEI DE HUME: ambos acreditam que nenhum dever ser deve derivar-se de um ser. Ou seja, normas não podem ser criadas a partir de como os fatos são, mas sim de uma idealização de como devem ser.
Partindo do pressuposto de que Kelsen é um juspositivista, é correto afirmar que sua teoria seja isenta de considerações morais, porém ele admite que existam conceitos de bem e de mal nos quais a sociedade acredita, entretanto ressalta que eles não são capazes de prescrever qualquer norma. A visão kelseniana de BEM é a conformidade com as normas; se algo é MAL é porque está em desconformidade com elas.
PORTANTO Norma Jurídica = um comando (DEVER SER) 									+ SANÇÃO
DEVER SER ≠ DEVER JURÍDICO O dever ser é apenas o ato de coerção que funcione como sanção. Já o dever jurídico nada mais é que uma individualização, a particularização de uma norma jurídica a um sujeito. Não há qualquer espécie de implicação moral, se refere só à ordem jurídica positiva. O DJ é reflexo do DS.
LÍCITO ≠ ILÍCITO Antes de existir uma norma que diga que determinado ato é considerado delito e, portanto, ilícito, não há como considera-lo como tal. Isto é, a existência de uma norma que impute uma sanção é que define se tal ato é lícito ou não; sem esta qualificação, atos são apenas atos, não importando qual sua natureza. “Não há crime sem lei que o defina” Cesare Beccaria.
DIREITO REFLEXO OU DIREITO SUBJETIVO É chamado de direito subjetivo aquele que faz referência a um sujeito. Não é, senão, um reflexo de um dever jurídico. É a pretensão ou interesse de um indivíduo juridicamente protegido. 
Nenhuma REGRA DE IMPUTAÇÃO (o comando propriamente dito, que atribui nexo entre fato e consequência) é autoaplicável; exigem a montagem de um APARATO ESTATAL para que sejam executadas e tornadas eficazes. Para tanto, deve haver POTESTADES – competência, atribuição de poderes, existência de normas que competem a cada cargo público seu respectivo poder – para que haja CONCREÇÃO, ou seja, a verificação da norma jurídica em caso concreto. O juiz, ao dar sua sentença, faz sua concreção ocorre a passagem da PROPOSIÇÃO JURÍDICA em decisão, uma vez que houve SUPORTE FÁTICO. É a positivização da norma.
– A VISÃO DE MIGUEL REALE E SUA ESTRUTURA TRIDIMENSIONAL DE NORMA JURÍDICA
A norma é tomada como resultado da tensão entre valor e fato. Miguel Reale faz, de certa forma, um contraponto à teoria de Kelsen, uma vez que, para o devido entendimento do conceito de norma jurídica, se estuda uma relação de unidade e integração entre fatos e VALORES.
Há uma clara reação ao formalismo jurídico e ao pensamento essencialmente analítico e reducionista predominantemente na época, em meados de 1940 – quando a teoria de Reale foi formulada – e remanescente em predominância até hoje.
“Direito não é só NORMA, como quer Kelsen, direito não é só FATO, como rezam os Marxistas ou os economistas de Direito, porque direito não é economia. Direito não é produção econômica, mas envolve a produção econômica e nela interfere; o Direito não é principalmente VALOR, como pensam os adeptos ao Direito Natural Tomista, por exemplo, porque o Direito é, AO MESMO TEMPO, NORMA, FATO E VALOR.” (REALE, 2005, p. 119)
VALOR
 FATO NORMA
	O autor desenvolve uma DIALÉTICA entre esses três pontos. A inversão na ordem de interação e determinação entre eles pode dar origem não só à CIÊNCIA DO DIREITO, mas como à sociologia do direito e a filosofia do direito.
Origem das normas: COSTUMES (hábitos) moral.
- Sanção moral: AUTÔNOMAS E IMANENTES.
- Sanção jurídica: HETERÔNOMA (Estado) E IMANENTE.
- Sanção religiosa: HETERÔNOMA (Deus) TRANSCEDENTES (em outra dimensão).
IMPORTÂNCIA DE TAL VISÃO:
 Morin afirma que, cada vez mais, as disciplinas se fecham e acabam não se comunicando uma com as outras. Trazer à tona a ideia de INTERDISCIPLINARIEDADE é inovar.
Trazendo para o ramo do estudo da economia, a transdiciplinariedade vem sendo mais desenvolvida nos campos da estatística e economia (inclusive econometria) e das finanças. Tal método e teoria de Reale traz à tona uma perspectiva de análise que pode ajudar a esclarecer velhos problemas e situar novas formas de enfrenta-los envolvendo a legitimidade, a qualidade, os efeitos e a pertinência das normas contábeis em relação à realidade vivida pela sociedade em dada conjuntura histórica. O mérito desta teoria consiste em perceber que estes três elementos– fato, valor e norma – possuem natureza funcional e dialética, estando sempre presentes em qualquer expressão da vida cultural.
Entendendo a cultura e a valoratividade das sociedades, pode-se, relacionando com os 10 princípios da economia, bem como as 4 questões-chave, tomar econômicas mais eficientes.
A DINÂMICA JURÍDICA
É o estudo de como as normas se relacionam. Existem relações hierárquicas entre as normas (pirâmide kelseniana) e a consequente criação de novas normas – compatíveis com uma precedente -, bem como sua validade.
Estuda, enfim, as formas de transformação e interação de determinadas ordens jurídicas.
2.1 – A VALIDADE DA NORMA PARA KELSEN
	Colocado em questão o porquê de que uma norma é valida, chega-se a uma dinâmica jurídica.
	A validade de uma norma, segundo a teoria kelseniana, é a vinculação da conduta humana à norma, ou melhor, o caráter do “dever ser” e a objetividade que a constitui. Isto é, dizer que uma norma é válida é afirmar que se deve obedecê-la.
	Uma norma só pode ter validade uma vez que tenha relação com outra: se a norma ( ou o “dever ser”) é válida, significa que, irrefutavelmente, tal validade decorreu de uma outra NORMA PRESSUPOSTA.
	A norma fundamental de Kelsen (Grungnorm) é a mais alta norma da hierarquia do ordenamento jurídico, sendo seu fundamento último de validade. Dada a distinção entre o ser x o dever ser, um fato nunca pode, em si mesmo, ser fundamento de uma norma; ele pode ser motivo de sua obrigatoriedade se, E SOMENTE SE, houver uma norma pressuposta que atribua a ele um sentido normativo particular. Logo conclui-se que é sempre uma norma, e nunca um fato que dá validade a outra norma. Conclui-se, portanto, que a norma fundamental de Kelsen foi criada para que se resolva o “PROBLEMA DO REGRESSO INFINITO”. Somente ela não é pressuposta, sua validade é fundamentada na simples aceitação de sua validade.
	
	
PRINCÍPIO DA VINCULAÇÃO POSITIVA: As normas estão vinculadas à norma fundamental de uma maneira sistemática, de forma que também entre si guardem uma relação. Há relações de superioridade, inferioridade ou de igualdade hierárquica.
NORMA GERAL X NORMA INDIVIDUAL: O juiz, para Kelsen, cria uma nova norma, uma NORMA INDIVIDUAL, quando parte de uma interpretação de uma NORMA GERAL. A interpretação, para o autor, é dada a partir de consequências lógicas da definição da lei fundamental e ordenamento normativo, não sendo, portanto, mera abstração ou arbitrariedade. O ato judicial é um ato de criação de normas e é feito a partir de uma concreção precedida de proposição lógica.
RESUMINDO: Uma norma geral só vira normal individual quando um determinado indivíduo sofre uma sanção assim que houver a concreção judicial, ou seja, a decisão judicial do juiz. Ele com isso, criou uma norma jurídica individual. A norma individual criada tem que corresponder a uma norma geral criada por outro órgão legislativo a qual ela é subordinada Estabelece-se a premissa da dinâmica jurídica pois há sempre fundamento na constituição Não há, portanto, lacunas no ordenamento jurídico.
2.2 – A VALIDADE DA NORMA JURÍDICA PARA MIGUEL REALE
A norma, para ser válida deve ter validade técnico-jurídica, social e ética. As leis que não correspondem com os valores da sociedade têm pouca eficácia espontânea, sendo aplicadas apenas de maneira compulsória. O fundamento ético também é levado em consideração; é o valor ou o fim objetivado pela regra do Direito.
II – AS 4 QUESTÕES-CHAVE DA ECONOMIA
A produção é a atividade econômica fundamental, a partir da qual decorrem os fluxos básicos da economia. Nenhum agente econômico é capaz de produzir sozinho a totalidade de bens e serviços de que necessita. Cada qual participa a sua maneira das múltiplas etapas do processo produtivo.
A forma como os agentes se relacionam está ligada às quatro questões chave da economia.
A EFICIÊNCIA PRODUTIVA
É a forma como se mobilizam os fatores de produção. Para que haja apreciação econômica é preciso que ocorra a concorrência dos mesmos, que são:
TERRA: Base do processo de produção, uma vez que engloba, em concepção abrangente, todos os recursos e condições existentes na natureza. Depende da capacitação tecnológica o seu total aproveitamento e de consciência social para que haja sua plena preservação e/ou reposição.
TRABALHO: são os recursos humanos
CAPITAL
TECNOLOGIA E CAPACIDADE EMPREENDEDORA
Precisa-se de equilíbrio entre ESCASSEZ dos recursos e a ILIMITAÇÃO dos desejos humanos. Essa é a natureza do problema econômico.
LEI DOS RENDIMENTOS DECRESCENTES OU LEI DA MARGINAL DECRESCENTE: Dada como inalterada a capacidade tecnológica da economia, as modificações positivas no suprimento de um ou mais recursos físicos de produção poderão provocar expansão da sua capacidade final de produção. Todavia, aumentando-se a quantidade de um fator de produção, uma vez permanecidos em taxas constantes os demais, a produção, inicialmente, crescerá a taxas crescentes. A seguir, começará a crescer em taxas decrescentes, até que entrar em declínio a produção. 
EX1: aumento de trabalhadores em uma determinada extensão de terra. Há momentâneo aumento de produção e depois uma queda devido ao excesso de empregados e aos custos que eles dão
EX2: Uma empresa de lajotas que resolve vender as lajotas quebradas que antes eram jogadas fora está aumentando seus rendimentos. Depois disso, mesmo que desperdice menos, o rendimento diminuirá seu ritmo, uma vez que otimizar etapas que já foram otimizadas se torna uma tarefa cada vez mais árdua. Enfim, quanto mais se otimiza e dinamiza os processos produtivos, menores serão seus impactos e rendimentos. (Vide desenvolvimento de países desenvolvidos x subdesenvolvidos)
É necessário, portanto, que se canalize recursos, pois há sempre um limite de produção envolvido a um custo de oportunidade. (VIDE GRÁFICO PRODUTO X/PRODUTO Y)
0 pleno desemprego (situação hipotética)
Q capacidade ociosa
P pleno emprego dos recursos disponíveis
R nível impossível, a não ser que os recursos se expandam
A EFICÁCIA ALOCATIVA
A relação básica da economia de que há escassez de recursos e multiplicidade crescente de necessidades a atender mostra que não basta que os recursos estejam empregados segundo uma máxima eficiência produtiva: este é um requisito necessário, embora não suficiente.
A busca pela eficácia alocativa está na tomada de decisões anteriores ao processo produtivo. Como priorizar os investimentos e a produção? Quais são os critérios para investir o capital? A escala hierárquica das escolhas devem atender às necessidades ESSENCIAS da sociedade. É conceitualmente impossível produzir todos os bens e serviços requeridos para satisfazer as necessidades sociais existentes. Escassez implica escolha. A eficácia alocativa nada mais é que um tradeoff de custo de oportunidade.
Segurança ou bem estar? Poupança ou consumo? Gastos públicos ou liberdade de mercado? Qual é o perfil de desenvolvimento do país/empresa? Em qual produto e respectiva estrutura de produção investir?
Os resultados da ação produtiva preenche condições da eficácia alocativa quando o processo de alocação dos recursos tendem a uma escala de prioridade que satisfaça as exigências mínimas requeridas pelos diferentes segmentos da sociedade. Afinal, por serem escassos, não há possibilidade de atender à totalidade dos desejos manifestados por todos os grupos sociais.
A forma como as pessoas decidem alocar recursos pode desencadear círculo tanto virtuosos (+), quanto viciosos (-), quando um método é ineficaz. 
A JUSTIÇA DISTRIBUTIVA
A Justiça Distributiva tem a ver com a estrutura de repartição de renda agregada. “Tratar desigualmente os desiguais na medida de suas desigualdades” é a intenção. Mas como distribuir a riqueza? Seu ponto crucial é qual das estruturas distributivas melhor reflete e premia as capacidades e os esforços individuais e promove, em conjunto, a igualdade.
PORÉM O pleno igualitarismo é apenas uma utopia ou uma expressão plena da JD?
Para uns, a plena igualdadeé vista como um elemento inquestionável do objeto distributivo, para outros é uma injustiça, visto que esforços diferenciados não são diferenciadamente premiados, uma vez que, no fim desta teoria, todos acabam em um padrão equiparável. Segundo uma abordagem liberal ortodoxa, uma sociedade sem classes pode implicar em um desestímulo ao esforço individual e acarretar a um declínio na eficiência produtiva, que, a longo prazo, pode levar a um empobrecimento generalizado. 
Tais controvérsias causaram uma desradicalização no equacionamento desta questão-chave que partem de duas premissas:
EQUIDADE ≠ IGUALDADE O conceito de equidade admite posições abaixo e acima de determinada linha de riqueza média, desde que a distância entre as posições individuais sejam equiparáveis e de possível mobilidade quando relacionadas ao esforço individual. A não satisfação desta condição dá margem à “desigualdade injusta”.
Deve-se adotar princípios e critérios distributivos que não impliquem perda de ESTÍMULOS SOCIALMENTE ÚTEIS. A não satisfação gera deficiência nas condições requeridas para se alcançar a eficiência produtiva.
Keynes, o mentor do estado de bem-estar social, cita que “há justificativas sociais e psicológicas para desigualdades na renda e na riqueza, embora não para grandes disparidades. Há valiosas atividades humanas que requerem o motivo do lucro e a atmosfera da propriedade privada e da riqueza para darem frutos. Todavia o jogo não precisa ser praticado com apostas tão altas.”
Para dimensionar a problemática distributiva, é necessário que se analise fatores complexos como:
As dificuldades em aferir a CORRELAÇÃO entre a contribuição de cada agente econômico e sua participação efetiva na renda e no produto social
Os juízos de valores envolvidos
Os desdobramentos político-institucionais
O que gera desigualdade?
Heranças históricas (forma de colonização, exploração do trabalho..)
Macrocondições econômicas (disponibilidade de recursos naturais...)
O retorno no capital humano (família, valores, religião, educação...)
Talento e habilidades inatas (capacidade empreendedora)
Estoques de riquezas acumuladas
Como melhorar o problema?
Estabelecer políticas distributivas de longo prazo para garantir igualdade no “PISO” ou “LARGADA” ou no “TETO” ou “CHEGADA”. O primeiro consiste no fornecimento de saúde, saneamento básico, educação, habitação, vacinação. Já para o segundo pode servir como exemplo a política de tributação progressiva (por renda/riqueza).
Há uma ideia de combate à pobreza absoluta. O indivíduo não pode viver sempre às custas do Estado. As políticas públicas visam igualar os patamares dos indivíduos, de modo a inseri-los na sociedade, tornando-os força de trabalho disponível. Uma vez que esta condição é estabelecida, a sua ascensão econômica-social, partindo do pressuposto de equidade, é determinada por eles mesmos a partir de seu esforço.
O ORDENAMENTO INSTITUCIONAL
É a forma de organização da atividade econômica que melhor conduza a realização simultânea da eficiência produtiva, da eficácia alocativa e da justiça distributiva, ou, basicamente, se o Estado deve intervir na economia e como fazê-lo.
O Estado pode interagir com a economia de duas formas: 
FORMA DIRETA: Age como um agente qualquer. É o caso das empresas estatais ou da compra e venda de produtos.
FORMA INDIRETA: Regulamentação, leis, códigos, constituição.
É uma questão controversa, uma vez que existem modelos diferentes com ressalvas específicas, mas podemos, à grosso modos, elencar três modelos básicos: 
1º MODELO: O LIBERALISMO E A ECONOMIA DE MERCADO
Proposta inicialmente pelos pensadores liberais do século XVIII, como Adam Smith. Eles entendiam que “as forças do mercado” eram eficazes para promover a adequada harmonia entre a EP, a EA e a JD. Refutaram o ordenamento centralizado pelos Estados-nações mercantilistas. Pregavam, então, a ampla liberdade de empreendimento, ou seja, a total ausência de obstáculos sociais ou políticos nos processos de escolhas de tais forças.
A ECONOMIA DE MERCADO: VICIOS E VIRTUDES
VIRTUDES: 
- governo mínimo: máquina estatal enxuta, apenas para infraestrutura básica como segurança, tributação..
- propriedade privada dos meios de produção
- o mercado é o centro de coordenação da economia: preços fixados predominantemente pela lei da oferta e da procura
- livre iniciativa empresarial (livre concorrência causa baixa nos preços e melhora a qualidade graças à otimização) Ex: Fordismo aplicando taylorismo.
VÍCIOS:
- o mercado pode apresentar estruturas fora da concorrência perfeita, como monopólios, oligopólios, cartéis, trustes, dumping, o que diminui a competitividade e não a torna “livre”.
- geração de EXTERNALIDADES negativas devido à fraca regulamentação estatal como poluição, acidentes de trabalho...
- instabilidade conjuntural: pode haver uma desestruturação da organização mercadológica.
- incapacidade de produzir certos bens ou serviços de interesses públicos. A exemplo do desenvolvimento regional (NORTE X SUL do RS).
- REDISTRIBUIÇÃO DE RENDA DEFICIENTE/INSUFICIENTE. As políticas de redistribuição de renda tem que ser permanentemente reciclada e remodelada, pois o mercado sempre tende a voltar a concentrá-la. Ex: Minifúndios muito pequenos não geram renda, os proprietários os vendem e a terra passa a voltar a se concentrar nas mãos dos ricos. Por isso o governo estabelece um MÓDULO RURAL – tamanho mínimo de uma propriedade – de modo que seja possível a produção seguida de lucro para que se evite o ciclo da concentração de riqueza.
O LOCUS DO PROCESSO DECISÓRIO: O MERCADO.
2º MODELO: O SOCIALISMO E A ECONOMIA PLANIFICADA
Há um COMANDO CENTRALIZADO no ordenamento do processo econômico. Neste caso, os agentes econômicos não são guardados pela “mão invisível”, mas sim por ordens expressas, emitidas por comandos centralizados autoritários ou por CENTRAIS DE PLANIFICAÇÃO. A escolha dos bens e serviços que serão produzidos e a própria estrutura de repartição do produto social resultam das decisões de um organismo central.
A ECONOMIA PLANIFICADA: VÍCIOS E VIRTUDES
VIRTUDES:
- propriedade coletiva/estatal dos meios de produção
- as principais capacidades de decisões econômicas são sem ambição de lucro, em favor do bem comum e tomadas pelo Estado
- justaposição do poder político e do poder econômico visando melhorar a EP e a EA
VÍCIOS:
- excesso de burocratização (retardamento nas respostas econômicas)
- congelamento de padrões
- falta de liberdade política leva à propagação IRREFLETIDA de erros (sem chance de crítica)
- defasagem por falta de competição
LOCUS DO PROCESSO DECISÓRIO: AS CENTRAIS DE PLANIFICAÇÃO.
3º MODELO: UM MEIO TERMO
Localiza-se em um meio termo entre liberalismo ortodoxo e socialismo revolucionário. São inumeráveis as formas de sistemas mistos possíveis, portanto acabam por prevalecer na maior parte das nações.
As forças do mercado coexistem com mecanismos específicos de comando e regulação exercidos pela autoridade pública. Neste caso, há restrições à plena liberdade e as escolhas sociais resultam tanto de influências originadas no mercado, quanto de determinações de órgãos públicos de comando.

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