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20/02/2018 
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Clínica Médica – Aula 1 
Emergências Cardiovasculares 
Introdução 
• Existem várias situações clínicas/patológicas do sistema 
cardiovascular, que mesmo sob tratamento, podem gerar 
uma emergência. Em muitas dessas situações não 
podemos fazer nada, mas precisamos identificá-la e 
aguardar socorro médico para que o paciente sinta-se 
mais tranquilo. 
Síndrome coronariana aguda 
• A (SCA) é uma emergência cardíaca. Estão classificados 
como síndromes coronarianas o infarto, a angina estável 
e a angina instável. A doença da artéria coronária é 
provocada pela aterosclerose e arteriosclerose. 
• Classificamos a aterosclerose como a formação de 
placas de gordura na parede interna da artéria. Com o 
crescimento desta placa, há diminuição do fluxo de 
sangue dentro da artéria. 
• Já a arteriosclerose é classificada como depósito de 
cálcio nas paredes das artérias diminuindo a elasticidade 
e aumentando a pressão arterial. 
Infarto agudo do miocárdio 
• O infarto agudo do miocárdio (IAM) é a principal causa de 
morte nos países industrializados, levando a arritmias 
severas e potencial parada cardiorrespiratória (PCR); 
• Consiste em um processo que resulta em morte tecidual 
(necrose) ao músculo cardíaco, caracterizado por uma 
obstrução parcial ou total de uma artéria coronariana, por 
doença aterosclerótica, ou espasmo coronário, levando a 
uma diminuição do fluxo sanguíneo consequente falta de 
aporte de nutrientes e oxigênio. 
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Infarto agudo do miocárdio 
• Os principais fatores de riscos para doenças 
cardiovasculares estão: hipertensão arterial, diabetes 
mellitus, obesidade, estresse, tabagismo, etilismo, 
dislipidemias, sedentarismo, idade, história familiar de 
coronariopatias. 
• Um dado importante que o profissional de saúde deverá 
se preocupar é quanto à descrição da dor torácica, 
avaliando a qualidade, intensidade, caráter, localização, 
duração, irradiação, fatores desencadeantes, forma de 
apresentação e evolução. 
Infarto agudo do miocárdio 
• São exames que diagnosticam o infarto, os quais a 
enfermagem deve saber interpretar: 
• Ao ECG, podem ocorrer: 
• Inversão da onda T: mostra que ocorreu suboclusão do 
músculo cardíaco; sinal de isquemia; 
• Supradesnivelamento do segmento ST: mostra que 
ocorreu oclusão do músculo do miocárdio; 
• Deflexão negativa inicial da onda Q do complexo QRS: 
mostra que ocorreu necrose do músculo do miocárdio. 
• História típica de dor precordial; 
 
Infarto agudo do miocárdio 
• Alterações enzimáticas: 
• Creatinofosfoquinase (CPK): tem seus índices elevados 
em poucas horas após o início da dor, ou seja, do quadro 
clínico; 
• Isoenzima MB da creatinoquinase (CKMB): encontrada no 
músculo cardíaco e determina a quantidade de massa 
ventricular infartada; 
• Transaminase Glutâmico-Oxalacética (TGO): eleva-se 
entre 8 a 12 horas após o quadro clínico, normalizando-se 
até três dias após; 
• Desidrogenase Láctica (DHL): é a última enzima a ser 
alterada e atinge seu pico entre 24 a 48 horas. 
Infarto agudo do miocárdio 
• Troponinas: enzimas que determinam lesão cardíaca e 
específica. 
 
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Eletrocardiograma 
• O trabalho cardíaco produz sinais elétricos que passam 
para os tecidos vizinhos e chegam à pele; 
• Com a colocação de eletrodos no peito, podemos gravar 
as variações de ondas elétricas emitidas pelas contrações 
do coração; 
• O registro dessas ondas pode ser feito numa tira de papel 
ou num monitor e é chamado de eletrocardiograma 
(ECG). 
 
Eletrocardiograma 
• No coração normal, um ciclo completo é representado por 
ondas P, Q, R, S, T, com duração total menor do que 0,8 
segundos. 
• Onda “P” corresponde à despolarização atrial, quando 
ocorre a contração dos átrios; 
• Complexo “QRS” corresponde à despolarização 
ventricular, é o que determina a contração dos 
ventrículos; 
• Onda “T” corresponde à repolarização ventricular. 
 
 
Cuidados de enfermagem 
• Manter paciente em decúbito dorsal com a cabeceira 
ligeiramente elevada; 
• Manter vias aéreas superiores impermeáveis, ou seja, 
ventiladas, com uso de O² sob cateter nasal até 4 
litros/min.; 
• Providenciar um ECG; 
• Instalar o monitor cardíaco e oxímetro de pulso; 
• Verificar e anotar pulso e PA; 
• Seguir as orientações médicas quanto a infusão de 
medicamentos; 
• Puncionar veia para acesso venoso, de calibre grosso. 
Cuidados de enfermagem 
• Na punção, colher amostra de sangue para dosagem de 
enzimas e eletrólitos; 
• Ocorrendo sedação por parte médica, atenção especial 
aos sinais vitais e monitorização, pois o paciente 
permanecerá mais relaxado; 
• Deixar o desfibrilador montado para uma possível 
cardioversão elétrica; 
• Após estabilização do quadro, manter vigilância constante 
desse paciente, tranquilizá-lo; 
• Orientar o paciente quanto a tudo que houve e como está 
no momento. 
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Cuidados de enfermagem 
• Comunicar familiares e dar continuidade a assistência. 
• Estar atento às concentrações de oxigênio indicadas, vias 
aéreas livres de secreções; 
• Controle da perfusão periférica e coloração das mucosas. 
• Manter material de intubação a pronto uso; 
• Controle dos sinais vitais frequentemente visa detecção 
precoce de alterações, bem como o ajuste da infusão das 
drogas; 
• Monitorização do ritmo cardíaco deve ser avaliado quanto 
ao ritmo, frequência e amplitude das ondas; 
 
Cuidados de enfermagem 
• Os eletrodos devem estar bem fixados ao tórax, deixando 
sempre a área para a aplicação das pás livres; Se 
apresentar alguma arritmia ao monitor, comunicar ao 
médico e ao enfermeiro e providenciar registro do 
eletrocardiograma; 
• Fazer balanço hídrico rigoroso controle dos volumes 
infundidos, ingesta e líquidos perdidos; 
• Atentar para a aceitação da dieta, e restrição hídrica, se 
houver; 
• Avaliação frequente do nível de consciência; 
• Atenção ao aspecto emocional do paciente. 
 
 
Observações importantes 
• Repouso: o paciente deve manter-se deitado, para 
diminuir o esforço do músculo cardíaco, evitando assim, 
complicações do infarto. 
• Nitratos: seu uso imediato, alivia a dor e previne novas 
crises, melhorando a função ventricular; 
• Betabloqueadores: diminuem o consumo de o² pelo 
miocárdio, reduzindo a frequência cardíaca e a PA; 
• Dieta: deve permanecer por até 24 horas em jejum para 
evitar o vômito; 
• Sedação: evita o estresse do paciente. 
 
Farmacologia aplicada no 
infarto agudo do miocárdio 
• Dinitrato de isossorbida (SL - rápida vasodilatação 
coronariana); Nitroglicerina (EV - potente vasodilatação); 
Atenolol (VO - betabloqueador, diminui a frequência 
cardíaca); AAS (VO - antiagregante plaquetário, diminui 
formação de trombo); Morfina (EV - alívio da dor e 
diminui estado de ansiedade); Ansiolíticos (VO, EV e IM 
- miorrelaxante, diminui ansiedade); Heparina (EV - 
anticoagulante); Estreptoquinase (EV - trombolítica, 
dissolve trombos). 
 
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Tratamento 
• Promover vasodilatação (nitratos, bloqueadores de canais 
de cálcio); Reperfusão (trombólise ou angioplastia); 
Remodelamento (inibidores da ECA – enzima conversora 
da angiotensina); Reduzir chances de recorrências 
(repouso, controle de PA e uso de betabloqueadores); 
Prevenção de trombose (antiagregante plaquetário e 
antitrombínico); Tratamento e prevenção das 
complicações da isquemia/necrose (uso de 
betabloqueadores e antiarrítmicos). 
 
Angina de peito 
• Apresenta dor precordial ou retroesternal, decorrente da 
deficiência de oxigenação para o miocárdio. É uma forma 
com dor também chamada de angina estável; não causa 
morte das células do miocárdio. 
Angina estável 
• A angina estável é causada pela diminuição de fluxo de 
sangue dentro da artéria coronariana por estreitamento 
da parede interna. Este estreitamento pode ser causado 
por espasmo da coronária ou por formação de placa de 
gordura. 
• Os sinaise sintomas são parecidos com o infarto, porém 
as dores surgem apenas quando o paciente executa 
algum esforço físico (corrida, subir escadas, levantar 
peso). A dor cessa quando o paciente fica em repouso. 
Angina instável 
• Tem as mesmas características da angina estável, porém 
as dores se iniciam com o paciente em repouso, não 
sendo necessário realizar esforço físico para que 
apresente os sinais e sintomas. 
• O paciente pode apresentar: suor frio e pegajoso; pele 
pálida; alteração do nível de consciência; vômitos e 
náuseas; dores no peito com irradiação para as costas, 
maxilar ou braço esquerdo; dificuldade para respirar; 
pulso irregular; tonturas; sensação de morte eminente; 
cianose de extremidades (lábios e dedos); ansiedade e 
agitação. 
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Insuficiência cardíaca 
congestiva 
• A (ICC) pode ser definida como uma incapacidade de 
bombeamento do músculo cardíaco, com consequente 
débito cardíaco insuficiente para atender as necessidades 
metabólicas do corpo. A insuficiência cardíaca congestiva 
pode ser dividida e classificada de acordo com a sua 
localização – ventrículo direito ou esquerdo. 
• As causas mais frequentes de ICC são isquemia 
miocárdica, hipertensão arterial, doença de chagas e 
doenças valvares. 
• A literatura evidencia que a mortalidade do paciente com 
ICC varia de 10% a 40%. 
Insuficiência cardíaca 
congestiva 
• Entre os diversos fatores de riscos para o 
desenvolvimento da insuficiência cardíaca congestiva 
estão a hipertensão arterial, diabetes mellitus, idade 
avançada, infarto agudo do miocárdio, 
hipercolesterolemia, obesidade e doenças coronarianas. 
• Na insuficiência cardíaca direita os sinais mais comuns 
são: distensão das veias jugulares, 
hepatoesplenomegalia, fadiga, vertigem, síncope, 
distensão abdominal, oligúria, edema de membros 
inferiores, anorexia ou ganho de peso. 
Insuficiência cardíaca 
congestiva 
• Na insuficiência cardíaca congestiva esquerda os sinais 
mais comuns são: hipertensão, dispneia noturna, 
ortopneia, tosse com secreção espumosa e rósea, 
cianose, palidez e alterações do pulso. 
• São exames que diagnosticam ICC: ECG e/ou ECG 
Bidimensional com doppler; Ventriculografia radionuclear; 
Testes ergométricos; Radiografia de tórax; 
Ecocardiografia; Exames laboratoriais; Cateterismo 
cardíaco. 
 
Tratamento 
• O tratamento para insuficiência cardíaca inclui mudanças 
no estilo de vida, medicamentos, e cuidados 
especializados para aqueles pacientes em estágio 
avançado. 
• São indicados medicamentos para melhorar a função 
cardíaca e sintomas, os quais pode incluir: Diuréticos para 
ajudar a reduzir a quantidade de fluidos nos pulmões e 
inchaço nos pés e tornozelos; Inibidores da ECA (enzima 
conversora de angiotensina) para diminuir a pressão 
sanguínea e reduzir o esforço do coração; 
 
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Tratamento 
• β-bloqueadores para diminuir os batimentos cardíacos e 
diminuir a pressão sanguínea a fim de aliviar a carga ao 
coração; 
• Digoxina que ajuda o batimento cardíaco a ficar mais forte 
e bombear mais sangue. 
 
Cuidados de enfermagem 
• Manter decúbito cardíaco adequado; 
• Melhorar oxigenação do paciente; 
• Restabelecer o equilíbrio hídrico; 
• Melhorar tolerância às atividades diárias; 
• Controlar a ansiedade; 
• Orientação quanto abstenção do cigarro, álcool e drogas; 
• Manutenção da integridade cutânea; 
• Ensino ao doente (explicar sobre a doença e os sintomas) 
• Orientação quanto a perda de peso, limitação de ingesta 
hídrica e alimentação hipossódica. 
 
Choque 
• O choque é uma situação grave caracterizada por uma 
insuficiência circulatória aguda levando a uma 
hipoperfusão (diminuição de volume sanguíneo) tecidual, 
em que a oferta de oxigênio e nutrientes é inadequada 
para atender as necessidades e demanda metabólica do 
paciente, levando a prejuízos das funções vitais. 
• Sãos sinais, a hipotensão; alteração do nível de 
consciência (agitação, agressividade, ansiedade ou 
apatia); pulsos filiformes, fracos e rápidos; pele fria, 
pegajosa e úmida; palidez cutânea seguida de cianose; 
dispneia e taquipneia intensa; diminuição do débito 
urinário e hipotermia. 
Choque 
• Estágios do choque: 
• Estágio I: os pacientes apresentam-se assintomáticos, 
com leve taquicardia e ligeira vasoconstrição periférica; 
• Estágio II: Apresentam hipotensão e hipoperfusão de 
órgãos, iniciando um estado de inquietação e agitação; 
• Estágio III: os mecanismos compensatórios falham, a 
pressão sanguínea diminui e surgem sinais clássicos de 
hipoperfusão tecidual com risco iminente de morte. 
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Choque 
• Tipos de choque: 
• Choque hipovolêmico: ocorre redução do volume 
sanguíneo circulante, pela perda de sangue total, plasma 
ou de líquido extracelular. Uma perda de 
aproximadamente 30% de volume circulante já determina 
um choque hipovolêmico. As principais causas são: 
hemorragias, queimaduras, perdas de grandes 
quantidades de líquidos sem adequada reposição, 
fraturas múltiplas, diarreias ou vômitos intensos. 
Choque 
• Choque cardiogênico: ocorre por uma incapacidade do 
coração em bombear sangue suficiente para os tecidos 
corporais. A taxa de mortalidade permanece ao redor de 
75%. As causa principais são: insuficiência cardíaca 
congestiva, arritmias graves, edema agudo de pulmão, 
infarto agudo do miocárdio, hipertrofia ventricular 
esquerda. 
Choque 
• Choque séptico: ocorre devido a infecções graves, 
geralmente após procedimentos cirúrgicos ou 
traumatismos, caracterizando uma falência no fluxo 
sanguíneo, cujos agentes mais comuns são as bactérias 
gram-negativas. A liberação de toxinas na corrente 
sanguínea favorece a diminuição de oxigênio para os 
tecidos, levando a hipóxia sistêmica e potencial falência 
de múltiplos órgãos. 
Choque 
• Choque neurogênico: ocorre uma vasodilatação 
generalizada, levando a uma diminuição na velocidade 
sanguínea circulante por distúrbios ou lesões do sistema 
nervoso central, como traumatismos cerebrais ou 
medulares, perda de tônus, uso de medicamentos, entre 
outros. Todas estas alterações levam a hipotensão, 
diminuição do retorno venoso e consequente baixo débito 
cardíaco. 
 
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Choque 
• Choque anafilático: o choque anafilático ocorre por uma 
resposta do sistema imunológico a um agente estranho 
(alergeno), caracterizado por uma queda abrupta da 
pressão arterial, taquicardia, urticária com angioedema. 
• Choque obstrutivo: dificuldade de manter o débito 
cardíaco em nível adequado, com dificuldade de 
esvaziamento das câmaras cardíacas, ocorrendo 
obstrução das artérias. Acontece nos casos de 
tamponamento cardíaco, embolia de gordura. 
• Choque distributivo: ocorre dilatação vascular excessiva – 
na vasoplegia, presente também na septicemia, na 
intoxicação por cocaína, TCE e reação anafilática. 
Cuidados de enfermagem 
• Manter o paciente em maca própria; Instalar O2 sob 
máscara com 10 litros/minuto; Puncionar acesso venoso 
de grosso calibre, colher sangue para amostra e manter 
hidratação conforme a orientação médica; verificar os 
sinais vitais, monitorizar e instalar oxímetro de pulso; 
Manter o paciente aquecido; Manter material para 
intubação e sondagens de fácil acesso; Dar continuidade 
ao plano de cuidados traçado pelo enfermeiro 
responsável e equipe atuante; Providenciar a 
transferência do paciente da sala de emergência para 
outro local predestinado. 
Farmacologia aplicada no 
estado de choque 
• Dopamina: via de administração EV. Ação: droga 
vasoativa, vasoconstritora potente, que melhora o nível 
da pressão e resistência vascular sistêmica. Deve ser 
administrada sob bomba de infusão própria e 
monitorização da pressão; Dobutamina: via de 
administração EV. Ação: droga também vasoativa que 
tem melhor resposta no trabalho cardíaco e na congestão 
pulmonar. Deve ser administrada em bomba de infusão 
própria; Noradrenalina:via de administração EV. Ação: 
vasoconstritor periférico de alta potência, elevando a 
pressão de forma acelerada. Deve ser infundida em 
bomba de infusão própria e sob vigilância da pressão. 
Farmacologia aplicada no 
estado de choque 
• Hidrocortisona: via de administração EV. Ação: diminui o 
edema e proporciona melhor resposta inflamatória. 
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Hipertensão 
• As crises hipertensivas são situações comuns em 
pacientes que chegam ao pronto socorro em busca de 
assistência, devido a potenciais lesões de órgãos alvos 
ou até mesmo, risco iminente de morte. 
• São sinais de hipertensão: cefaleia intensa; tontura ou 
alterações visuais; ansiedade e inquietação; dor, dispneia 
ou desconforto respiratório; manifestações neurológicas 
(AVC, déficits motores ou convulsões); manifestações 
cardiovasculares (IAM, insuficiência coronariana, angina); 
Cuidados de enfermagem 
• Verificar e anotar os sinais vitais com atenção especial à 
PA; Verificar PA a cada duas horas e anotar em impresso 
próprio; Manter o paciente em local tranquilo, evitar visitas 
que possam ser desagradáveis e venham interferir no 
controle da PA; Verificar se a dieta está de acordo, ou 
seja, hipossódica, ficar atento ao que se consome entre 
uma refeição e outra, muitas vezes por conta própria ou 
trazida por familiares; Orientar quanto ao repouso relativo 
no leito; Administrar medicamentos dentro dos horários, 
evitando assim atraso no seu ciclo de ação; Seguir plano 
de cuidados elaborado pelo enfermeiro durante o período 
da hospitalização. 
Farmacologia aplicada na 
HAS 
• Nifedipina: via de administração – SL. Ação: age de 
forma rápida, causando hipofluxo cerebral; Captopril: via 
de administração – SL ou VO. Ação: diminuir a pressão 
arterial gradativamente sem causar danos cerebrais ao 
paciente; Hidralazina: via de administração – EV ou VO. 
Ação: age na musculatura do vaso, provocando 
vasodilatação de efeito imediato; Furosemida: via de 
administração – EV ou VO. Ação: diurético de alta 
potência que auxilia na diminuição da pressão; 
Ansiolíticos: via de administração – VO, IM e EV. Ação: 
relaxante, diminuindo a ansiedade quando a hipertensão 
está associada ao estresse. 
Edema agudo de pulmão 
• Uma síndrome clínica, de causas diversas, sendo a mais 
comum a insuficiência cardíaca brusca, ocorrendo 
acúmulo de líquidos nos espaços alveolares e intersticiais 
dos pulmões. 
• São sinais, a ansiedade, agitação, dispneia, batimento da 
asa do nariz, cianose, sudorese fria e viscosa, palidez 
cutânea. O indivíduo apresenta dificuldade respiratória 
progressiva, ruidosa, podendo ser ouvida a distância, o 
que chamamos também de “sororoca”. A tosse passa de 
seca à produtiva, com expectoração espumosa, branca. 
Evolui rapidamente para exaustão respiratória, 
hipoventilação, confusão mental, torpor e morte. 
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Cuidados de enfermagem 
• Manter o paciente sentado com as pernas fletidas; Iniciar 
o garroteamento dos membros com garrotes próprios; 
Administrar O2 com fluxo de 5 a 10 litros/minutos sob 
cateter nasal ou máscara; Verificar acesso venoso, se 
preferir, puncionar uma veia de calibre mais grosso; 
Administrar medicamentos conforme prescrição médica; 
Deixar material de intubação arrumado e de fácil acesso; 
Verificar sinais vitais; Instalar monitor cardíaco e 
posteriormente realizar o ECG; Após acalmar a crise, 
manter o paciente em posição Fowler ligeiramente 
lateralizado; Fazer controle hídrico de acordo com o 
orientação médica e restrição da dieta. 
Farmacologia aplicada no 
edema agudo de pulmão 
• Morfina: via de administração EV ou IM. Ação: age 
diminuindo a frequência cardíaca e aliviando a ansiedade. 
Se administrada em altas doses, pode causar depressão 
respiratória rápida; Furosemida: via de administração 
EV. Ação: age aumentando a filtração renal, e a diurese, 
diminuindo assim a volemia; Aminofilina: via de 
administração EV. Ação: por ser um broncodilatador de 
alta potência, melhora a oxigenação tecidual. 
Isossorbida: via de administração EV. Ação: devido à 
vasodilatação provocada, diminui a pressão nos capilares 
pulmonares; Hidrocortisona: via de administração EV. 
Ação: diminui o edema. 
Farmacologia aplicada no 
edema agudo de pulmão 
• Dobutamina: via de administração EV. Ação: trata-se de 
droga vasoativa, que contribui para o melhor 
acondicionamento do ventrículo esquerdo. Deve ser 
infundida sob controle rigoroso, em bomba de infusão 
própria, com monitorização da pressão e do pulso. Sua 
suspensão não deve ser imediata e sim ocorrer através 
do “desmame”. 
Clínica Médica – Aula 1 
Emergências Cardiovasculares 
Copyright 2018 Professor Douglas Oliveira ©, COREN/SP 188378. Todos os direitos reservados. O conteúdo desta apresentação 
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