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Aula 02 Questões Comentadas de Português p/ INSS - Técnico de Seguro Social Professor: Rafaela Freitas 02970091682 - Magna Rosaria Ferreira Língua Portuguesa p/ INSS Técnico de Seguro Social Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 02 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 71 AULA 02 ± PONTUAÇÃO, ORTOGRAFIA E ACENTUAÇÃO A Olá, estudioso aluno!! Bem-vindo a mais uma aula! Nesta aula vamos analisar questões sobre PONTUAÇÃO, ORTOGRAFIA e ACENTUAÇÃO, conteúdos que certamente estarão na prova! São muitas regrinhas, mas tenha paciência e pratique bastante com os exercícios, dará certo! "Sempre há o que aprender, ouvindo, vivendo e, sobretudo, trabalhando. Mas só aprende quem se dispõe a rever suas certezas." (Darcy Ribeiro) 02970091682 02970091682 - Magna Rosaria Ferreira Língua Portuguesa p/ INSS Técnico de Seguro Social Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 02 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 71 BLOCO I Não me confunda! Você sabe com quem está falando? Tem certeza? Então veja: Em Manaus, um livreiro soube que eu estava na cidade e fez questão de que eu fosse conhecer a casa. Com mil rapapés, rebocou-me até o fundo da livraria, onde me esperava um enfarpelado* grupo de senhores e senhoras, e, solenizado, DSUHVHQWRX�� ³7HPRV�D�KRQUD� GH� DFROKHU� HQWUH� QyV� R� JUDQGH�1HOVRQ�:HUQHFN� Sodré!". Agradeci a homenagem, a rigor póstuma, pois fazia anos que o crítico e historiador marxista - remoto parente com quem jamais troquei palavra - estava morto. Instalou-se na roda um suarento, viscoso, amazônico mal-estar, que me esforcei por desfazer com umas graçolas desenxabidas e a informação de que, embora não chegasse aos pés do primo Nelson (ou aos coturnos, já que ele foi também general), eu tinha lá os meus livrinhos. O anfitrião, que não via como me ressarcir daquele mico, apanhou a deixa: correu ao computador e, num alegrão desproporcional ao achado, anunciou que tinha livros meus. Foi também como compensação, ninguém duvidaria, que os circunstantes arremataram todos os exemplares. Graças ao finado homem de letras & armas, esgotei em Manaus. * enfarpelado = muito bem vestido; emperiquitado. (WERNECK, Humberto. Esse inferno vai acabar. Porto Alegre. Arquipélago, 2011, p. 131) 02970091682 02970091682 - Magna Rosaria Ferreira Língua Portuguesa p/ INSS Técnico de Seguro Social Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 02 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 71 01. (TJ-AP ± 2014 - Analista Judiciário - Área Judiciária e Administrativa ± FCC) Estão inteiramente corretos o emprego e a grafia de todas as palavras em: a) Um mau entendido ocasionou um mico que só não foi maior por que o cronista salvou a situação. b) O porquê da confusão não chegou a ser discutido, e o mal foi contornado pela iniciativa do cronista. c) Em vez de demonstrar mal humor, por que fora tomado por outra pessoa, o cronista salvou a situação. d) O livreiro se deu mau em sua homenagem porquê não apurou corretamente a identidade do cronista. e) O mau já estava feito, e só não prosperou por que o cronista soube como contorná-lo. Comentário: nas alternativas A, D e E, o mau está grafado de maneira errada, seria mal, com l, por se tratar do contrário de bem. Nas alternativas C e E, a grafia do por que deveria ser porque (junto e sem acento, pois trata- se de uma explicação. A única alternativa que não apresenta nenhum erro gramatical é a B. GABARITO: B 02970091682 02970091682 - Magna Rosaria Ferreira Língua Portuguesa p/ INSS Técnico de Seguro Social Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 02 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 71 Considere a tirinha reproduzida a seguir. 02. (TRF - 1ª REGIÃO ± 2014 - Analista Judiciário - Área de Apoio Especializado ± FCC) Seguindo-se a regra determinada pelo novo acordo ortográfico, tal como referida no primeiro quadrinho, também deixaria de receber o acento agudo a palavra: a) Tatuí. b) Graúdo. c) Baiúca. d) Cafeína e) Piauí. Comentário: a regra do Novo Acordo Ortográfica diz que as vogais i e u, tônicas, em paroxítonas e precedidas de ditongo NÃO serão mais acentuadas, assim como acontece com as palavras feiúra (antes) / feiura (agora) e baiúca (antes) / baiuca (agora). Relembrando... tônica é a sílaba mais forte da palavra, paroxítonas são aqueles vocábulos cuja penúltima sílaba é tônica e ditongo é um encontro de vogais na mesma sílaba. 02970091682 02970091682 - Magna Rosaria Ferreira Língua Portuguesa p/ INSS Técnico de Seguro Social Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 02 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 71 GABARITO: C 03. (TST ± 2012 - Analista Judiciário - Taquigrafia FCC) A frase redigida segundo as prescrições do padrão culto é: a) 2V� JULWRV� GH� ³LQFHQGLR� WXGR�� LQFHQGLR� WXGR´�� DLQGD� HFRDYDP� QRV� ouvidos de todos quando o rapaz, ainda em surto, foi controlado pela população. b) Tinha já espirado o prazo quando chegou lá com a presunção de inscrever-se, mas discretamente lhe notificaram que estava mau informado. c) Quando resolveu apressar o carro que teria de vender para enfrentar as despezas da viagem, decepcionou-se tanto com o valor oferecido, que quase agrediu o rapaz. d) Afirmou que não quis abrir precedente ao indicar a filha como responsável por soma tão vultosa e revelou também o temor de que alguém se opusesse à indicação. e) Se aquelas acusações vão sortir efeito ou não, ninguém sabe, mas é bom que se procurem antever os novos rumos que o caso pode tomar. Comentário: a alternativa D está correta (a palavra vultosa foi usada adequadamente, indicando grande soma, valor). Vamos ver o que há de errado nas outras: a) O verbo incendiar, conjugado na primeira pessoa do presente do indicativo é incendeio, não incêndio, como está equivocadamente grafado. b) Mau com u é o contrário de bom, o que deixa o uso na alternativa inadequado. O correto seria mal. c) O erro está na grafia de despezas. O correto é despesas. e) Cuidado com sortir e surtir. Sortir tem sentido de abastecer com o necessário, vem de sorte, sorteio, enquanto surtir refere-se ao ato de ter como resultado ou consequência, ou seja, resultar. Nesta alternativa, o sentido é de surtir, não de sortir. GABARITO: D 02970091682 02970091682 - Magna Rosaria Ferreira Língua Portuguesa p/ INSS Técnico de Seguro Social Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 02 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 71 Entre a palavra e o ouvido Nossos ouvidos nos traem, muitas vezes, sobretudo quando decifram (ou acham que decifram) palavras ou expressões pela pura sonoridade. Menino pequeno, gostava de ouvir uma canção dedicada a uma mulher misteriosa, dona Ondirá. Um dia pedi que alguém a cantasse, disse não saber, dei a deixa: ³7mR� ORQJH� GH�PLP�GLVWDQWH��2QGLUi��2QGLUi��WHX�SHQVDPHQWR"´�*DQKHL�XPD� gargalhada em resposta. Um dileto amigo achava esquisito o grande Nat King Cole cantar seu amor por uma misteriosa espanhola, uma tal de dona Quiçás... O ator Ney Latorraca afirma já ter sido tratado por seu Neila. Neila Torraca, é claro. Agora me diga, leitor amigo: você nunca foi apresentado a um velhinho chamado Fulano Detal? (Armando Fuad. Inédito) 04. (TJ-RJ ± 2012 - Analista Judiciário - Assistência Social ± FCC) É preciso corrigir, por falhas diversas, a seguinte frase: a) Quem ouve mal não tem necessariamente mau ouvido; pode ter sido afetado pelo desconhecimento de um contexto determinado. b) Quem não destorce o que ouviu de modo torto acaba por permanecer longe do caminho reto da compreensão. c) Pelos sons exóticos das palavras, nos impregnamos da melodia poética a cujo encanto se rendem, imantados, os nossos ouvidos. d) Há sons indiscrimináveis, como os que se apanha do rádio mau sintonizado ou de uma conversa aliatória, entre terceiros. e) É possível elaborar-se uma longa lista de palavras e expressões em cuja recepção sonora verificam-se os mais curiosos equívocos. 02970091682 02970091682 - Magna Rosaria Ferreira Língua Portuguesa p/ INSS Técnico de Seguro Social Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 02 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 71 Comentário: a única alternativa errada é a D. São dois erros: aliatória não existe, o correto é aleatória. Mau com u é o contrário de bom, o que não cabe na frase, o correto é mal, com l, contrário de bem. GABARITO: D 05. (Prefeitura de São Paulo/SP ± 2012 - Auditor Fiscal do Município - Gestão Tributária ± FCC) A frase em que a ortografia está adequada ao padrão culto escrito é: a) À mínima contrariedade, exarcebava-se de tal maneira que seus excessos verbais eram já conhecidos de todos. b) A expontaneidade com que se referiu ao local como "impesteado" fez que todo o auditório explodisse em risos. c) Quanto à infraestrutura, será necessário reconstrui-la em prazo curto, mas sem que haja qualquer tipo de displiscência. d) O docente não viu como retaliação a rasura no cartaz que afixara, mas sua intenção era advertir quanto ao desleixo com a coisa pública. e) A obra faraônica será uma excressência naquela paisagem bucólica, mas ninguém teve hêsito em convencer os responsáveis da necessidade de revisão do projeto. Comentário: a alternativa D é a única que não contém erros ortográficos. Vejamos as outras: a) exarcebava-se escreve-se exacerbava-se. b) expontaneidade escreve-se espontaneidade. Impesteado escreve-se empesteado. c) displiscência escreve-se displicência. e) excressência escreve-se excrescência. Hêsito escreve-se hesito, ou melhor, no contexto, seria êxito. Explicando melhor: hesito existe, é o mesmo que não ter certeza, desconfiar, vacilar (sentido que não cabe na frase). Êxito também existe e é mais comum, significa ter resultado gratificante, ser bem sucedido. Neste sentido, completa 02970091682 02970091682 - Magna Rosaria Ferreira Língua Portuguesa p/ INSS Técnico de Seguro Social Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 02 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 71 bem a frase mas ninguém teve êxito em convencer os responsáveis da necessidade de revisão do projeto. GABARITO: D 06. (TRF ± 2ª REGIÃO - 2012 ± Analista Judiciário ± Taquigrafia ± FCC) A frase correta no que diz respeito à ortografia é: a) Ele detém o poder de reinvindicar melhorias em nome de todos os funcionários do instituto, pois todos o quizeram na função de representante. b) Certamente seu desempenho se deve a algum processo mnemônico, pois é impossível que advinhe mais de 90% dos nomes das pessoas que se apresentaram. c) A anestesia, talvez em excesso, o fez sentir ânsias e profundo mal- estar no dia da cirurgia, mas, depois, sua convalescença se deu de forma tranquila, sem sobressaltos. d) O maosoléu da família era imponente e bem cuidado, costumeiramente vizitado por grupos de estudantes que pesquizavam as obras de arte funerária do maior cemitério da cidade. e) Por muitos anos foi extrator de latéx, depois trabalhou na enxada, foi acensorista e, finalmente, arranjou-se como incentivador de expectadores em programas de auditório. Comentário: a alternativa isenta de erros ortográficos é a C. Reescrevendo as outras alternativas da maneira acertada, temos: a) Ele detém o poder de reivindicar melhorias em nome de todos os funcionários do instituto, pois todos o quiseram na função de representante. b) Certamente seu desempenho se deve a algum processo mnemônico, pois é impossível que adivinhe mais de 90% dos nomes das pessoas que se apresentaram. d) O mausoléu da família era imponente e bem cuidado, costumeiramente visitado por grupos de estudantes que pesquisavam as obras de arte funerária do maior cemitério da cidade. 02970091682 02970091682 - Magna Rosaria Ferreira Língua Portuguesa p/ INSS Técnico de Seguro Social Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 02 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 71 e) Por muitos anos foi extrator de látex, depois trabalhou na enxada, foi ascensorista (vem de ascender, subir) e, finalmente, arranjou-se como incentivador de expectadores em programas de auditório. Atenção: a palavra mnemônico está grafada corretamente, é um adjetivo de algo que se refere à memória. GABARITO: C 07. (TRF ± 2ª REGIÃO - 2012 ± Analista Judiciário ± Taquigrafia ± FCC) Consideradas as prescrições do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, em vigor desde janeiro de 2009, a palavra em que o hífen foi empregado de modo INCORRETO é: a) anti-higiênico. b) hiper-realista. c) aquém-fronteiras. d) bem-visto. e) anti-semita. Comentário: de acordo com o novo acordo ortográfico, as palavras constituídas por um prefixo terminado em vogal, como anti, ligado a outra palavra iniciada por r ou s, como semita, perdem o hífen e duplica-se a consoante r ou s. A palavra anti-semita agora é grafada assim: antissemita. GABARITO: E 08. (TCE-SP ± 2012 - Agente de Fiscalização Financeira - Administração - FCC) A frase que respeita a ortografia é: a) Antes de cochilar, era-lhe natural fazer um exame de consciência e reiterar a si próprio seu empenho em vencer a itemperança. b) O desleixo com que passou a manuzear os objetos da coleção fez o respeitado colecionador optar pela despensa do já antigo colaborador. 02970091682 02970091682 - Magna Rosaria Ferreira Língua Portuguesa p/ INSS Técnico de Seguro Social Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 02 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 71 c) O debate recrudesceu, mas os mais bem-intencionados foram hábeis em dirimir as provocações, às vezes pungentes, das lideranças que se confrontavam. d) Estava bastante ciente de que era à sua gulodice que podia creditar a desinteria que o abatera às vésperas do exótico casamento. e) O poder descricionário dos ditadores, responsável por tantas atrocidades em tantas partes do mundo, é analisado na obra com um rigor admirável. Comentário: a alternativa correta quanto à ortografia é a C. Corrigindo as outras temos: a) Antes de cochilar, era-lhe natural fazer um exame de consciênciae reiterar a si próprio seu empenho em vencer a intemperança. b) O desleixo com que passou a manusear os objetos da coleção fez o respeitado colecionador optar pela despensa do já antigo colaborador. d) Estava bastante ciente de que era à sua gulodice que podia creditar a disenteria que o abatera às vésperas do exótico casamento. e) O poder discricionário dos ditadores, responsável por tantas atrocidades em tantas partes do mundo, é analisado na obra com um rigor admirável. GABARITO: C 09. (TRE-PR ± 2012 - Analista Judiciário - Área Administrativa ± FCC) A frase correta do ponto de vista da grafia é: a) Era grande a insidência de casos de enjoo quando era servido aquele alimento, por isso o episódio não foi tratado como exceção, atitude que garantiu o êxito das providências. b) Em meio a tanta opulência da mansão leiloada, encontrou a geringonça que, tratada criativamente por ele, garantiu por anos seu apoio a entidades beneficientes. 02970091682 02970091682 - Magna Rosaria Ferreira Língua Portuguesa p/ INSS Técnico de Seguro Social Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 02 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 71 c) Seus gestos desarmônicos às vezes eram mal compreendidos, mas seu jeito afável de falar, sem resquícios de mágoa, revelava sua intenção de restabelecer a paz entre os familiares. d) Defendeu-se dizendo que nunca pretendeu axincalhar ninguém, mas as suas caçoadas realmente humilhavam e incitavam à malediscência. e) Sempre ansiosos, desenrolaram no saguão apinhado a faixa com que brindavam os recém-formados, com os seguinWHV�GL]HUHV��³9LDJHP�EDVWDQWH�H� divirtam-VH��QREUHV�GRXWRUHV´� Comentário: a única alternativa que não contém erro ortográfico é a C. Vamos analisar as outras, corrigindo-as: a) Era grande a incidência de casos de enjoo quando era servido aquele alimento, por isso o episódio não foi tratado como exceção, atitude que garantiu o êxito das providências. b) Em meio a tanta opulência da mansão leiloada, encontrou a geringonça que, tratada criativamente por ele, garantiu por anos seu apoio a entidades beneficentes (a palavra beneficiente, embora seja de uso comum, NÃO existe!). d) Defendeu-se dizendo que nunca pretendeu achincalhar (esta palavra parece gíria, mas NÃO é, significa Ridicularizar, escarnecer) ninguém, mas as suas caçoadas realmente humilhavam e incitavam à maledicência. e) Sempre ansiosos, desenrolaram no saguão apinhado a faixa com que brindavam os recém-IRUPDGRV�� FRP� RV� VHJXLQWHV� GL]HUHV�� ³Viajem (verbo) bastante e divirtam-VH��QREUHV�GRXWRUHV´� Atenção: tanto viagem quanto viajem existe! Viagem, com g, é um substantivo: a viagem foi ótima! Já viajem, com j, é flexão do verbo viajar: viajem bastante! GABARITO: C 10. (TJ /AP ± 2014 ± Técnico Judiciário ± FCC) Todos os termos estão empregados e grafados corretamente em: 02970091682 02970091682 - Magna Rosaria Ferreira Língua Portuguesa p/ INSS Técnico de Seguro Social Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 02 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 71 a) Os povos indígenas mencionados no texto detêm uma extensão de terras que vai do Amapá ao norte do Pará. b) Na opinião das autoras, o discurso dos livros didáticos trás uma visão, por vezes, distorcida da história dos índios brasileiros. c) Os povos indígenas do Amapá e do norte do Pará manteram uma história em comum ao longo do tempo. d) Alguns preconceitos serão desfeitos quando se fazer um estudo mais amplo a cerca dos povos indígenas do Brasil. e) As autoras se proporam a enfocar a história dos povos indígenas do Amapá e do norte do Pará por um novo viéz. Comentário: a única correta é a alternativa a. vejamos as outras: b) trás: verbo trazer, por tanto, deve ser grafado com z: traz. c) Manteram: o verbo manter conjugado dessa forma não existe. Na terceira pessoa do pretérito perfeito do indicativo seria mantiveram. d) Fazer: conjugado no subjuntivo do futuro do pretérito deveria ser fizerem. No sentido de a respeito de deve ser grafado junto acerca de. e) Verbo propor: no pretérito perfeito do indicativo deveria ser propuseram. Viéz está errado, correto: viés. GABARITO: A BLOCO II 01. (TCE-SP ± 2012 - Agente de Fiscalização Financeira - Administração - FCC) Está em conformidade com o padrão culto escrito a seguinte frase: 02970091682 02970091682 - Magna Rosaria Ferreira Língua Portuguesa p/ INSS Técnico de Seguro Social Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 02 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 71 a) Eram tantos os salvo-condutos expedidos aleatoriamente, que eles intervieram para regulamentar a sua concessão. b) No caso de ele propuser um abatimento no aluguel, o proprietário exigirá contrapartidas. c) Combinamos todos que, assim que o vermos chegar, apresentaremos os abaixo-assinados que exigirão dele uma atitude digna. d) O chefe tanto se incomodou com os bate-bocas na cozinha, que explodiu: - Deixem que eu fateio tudo isso sozinho! e) Ele é que mantem o arquivo em ordem, como se fosse um sentinela sempre alerta. Comentário: A alternativa a está correta de acordo com padrão da Língua Portuguesa. Já nas outras alternativas, alguns problemas podem ser encontrados: na alternativa B, propuser deve ser substituído por propor. N alternativa C, vermos, por estar no futuro, deveria ser virmos. Na alternativa D, fateio não existe, o correto, em primeira pessoa é fatio. Por fim, na alternativa E, o verbo manter, no singular, deve ser acentuado: mantém. GABARITO: A 02. (TJ/SP ± 2014 ± Técnico Judiciário ± FCC) Acentuam-se devido à mesma regra os seguintes vocábulos do texto: a) também, mantêm, experiências. b) indígenas, séculos, específico. c) acúmulo, importância, intercâmbio. d) políticas, história, Pará. e) até, três, índios. Comentário; todas as proparoxítonas são acentuadas, por isso as palavras da alternativa B são acentuadas pelo mesmo motivo. GABARITO: C 02970091682 02970091682 - Magna Rosaria Ferreira Língua Portuguesa p/ INSS Técnico de Seguro Social Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 02 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 71 03. (HEMOBRÁS ± 2013 - Assistente Administrativo ± FCC - Adaptada) Sobre o uso de acentos gráficos, apresentam-se as seguintes afirmações: I. A regra de acentuação que determina que a palavra precária seja acentuada é a mesma utilizada para acentuar concorrência: ambas são paroxítonas terminadas em ditongo. II. Na transcrição do depoimento da pesquisadora, no último parágrafo, a ausência do acento grave, tanto em a riscos como em a eles, justifica-se pela mesma regra: não ocorre crase antes de pronomes. III. No sétimo parágrafo, aparece o acento indicador de crase na locução adverbial à margem, pelo mesmo motivo por que aparece na frase: Cada vez mais jovens têm vivido às custas dos pais. Está correto o que se afirma APENAS em a) I e III b) II e III c) I d) II e) III Comentário: embora esta questão traga um assunto que veremos em outra aula, crase, ela traz também acentuação, que nos interessa neste momento. O que afirma a I está correto, as duas palavras são paroxítonas terminadasem ditongo sendo, então, acentuadas. O que se afirma em II está errado. Já o que se fala sobre crase na III está correto (regras de crase em outra aula). GABARITO: A 04. (PGE-BA ± 2013 - Assistente de Procuradoria - FCC ) Todas as palavras estão acentuadas de acordo com as normas oficiais em: a) Aquí também se observam as preferencias musicais dos jovens que usam o transporte público. 02970091682 02970091682 - Magna Rosaria Ferreira Língua Portuguesa p/ INSS Técnico de Seguro Social Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 02 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 71 b) As raizes da falta de educação dos jóvens se devem também à falta de educação dos pais. c) Os ônibus contem uma verdadeira platéia ouvindo musicas altas nem sempre de carater muito agradável. d) Os passageiros não têm como evitar o terrível som do ruído das falas, ao celular, dentro dos ônibus. e) Alguem falando alto ao telefone, numa forma pouco rápida, revela um comportamento publico repreensível. Comentário: a) Não se acentuam oxítonas terminadas e i (aqui). Acentua- se paroxítona terminada em ditongo (preferências). b) Acentuam-se o "i" e "u" tônicos quando formam hiato com a vogal anterior, estando eles sozinhos na sílaba ou acompanhados apenas de "s", desde que não sejam seguidos por "-nh" (raízes). c) verbo conter no singular recebe acento agudo (contém). Plateia deixou de ser acentuada com o novo acordo, motivo: ditongo aberto em paroxítona. Toda proparoxítona é acentuada (música). Acentua-se as paroxítonas terminadas em r (caráter). e) Acentua-se oxítona terminada em em (alguém). Toda proparoxítona é acentuada (público). GABARITO: D 05. (TRE-AP ± 2011 - Técnico Judiciário - Área Administrativa ± FCC) Entre as frases que seguem, a única correta é: a) Ele se esqueceu de que? b) Era tão ruím aquele texto, que não deu para distribui-lo entre os presentes. c) Embora devessemos, não fomos excessivos nas críticas. d) O juíz nunca negou-se a atender às reivindicações dos funcionários e) Não sei por que ele mereceria minha consideração. Comentário: erros marcados nas alternativas: 02970091682 02970091682 - Magna Rosaria Ferreira Língua Portuguesa p/ INSS Técnico de Seguro Social Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 02 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 71 a) Ele se esqueceu de que? ± o que deveria ter sido acentuado por estar no final da frase interrogativa. b) Era tão ruím aquele texto, que não deu para distribui-lo entre os presentes. ± Não se acentua oxítona terminada em im. c) Embora devessemos, não fomos excessivos nas críticas. ± toda proparoxítona deve ser acentuada, inclusive entre os verbos. d) O juíz nunca negou-se a atender às reivindicações dos funcionários ± não acentua-se oxítona terminada em iz. e) Não sei por que ele mereceria minha consideração. ± ok. Por que (separado e sem acento) para pergunta indireta. GABARITO: E 06. (TRE-RS ± 2010 - Programador de computador ± FCC) A frase totalmente correta do ponto de vista da grafia e/ou da acentuação é: a) É o caso de se por em discussão se ele realmente crê na veracidade dos dados. b) Referiu-se àquilo que todos esperavam - sua ascensão na empresa -, com um misto de humildade e prepotência. c) Enquanto construimos esta ala, eles constroem a reservada aos aparelhos de rejuvenecimento. d) Ele é sempre muito cortês, mas não pode evitar que sua ogeriza à ela transpareça. e) Assinou o cheque, mas ninguém advinha o valor registrado, porisso foi devolvido pelo banco. Comentário: a) É o caso de se pôr (no sentido de colocar, o acento diferencial é mantido) em discussão se ele realmente crê na veracidade dos dados. c) Enquanto construímos (Acentuam-se o "i" e "u" tônicos quando formam hiato com a vogal anterior, estando eles sozinhos na sílaba ou 02970091682 02970091682 - Magna Rosaria Ferreira Língua Portuguesa p/ INSS Técnico de Seguro Social Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 02 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 71 acompanhados apenas de "s", desde que não sejam seguidos por "-nh") esta ala, eles constroem a reservada aos aparelhos de rejuvenescimento. d) Ele é sempre muito cortês, mas não pode evitar que sua ojeriza à ela transpareça. e) Assinou o cheque, mas ninguém advinha o valor registrado, por isso foi devolvido pelo banco. GABARITO: B 07. (PGE-RJ ± 2009 - Técnico Superior Administrador ± FCC) É adequado o emprego e correta a grafia de todas as palavras da frase: a) Os poetas românticos eram obsecados por imagens que, figurando a distância, expressavam com ela a gososa inatingibilidade de um ideal. b) É prazeroso o reconhecimento de uma pessoa que, surgindo longínqua, parece então mais próxima que nunca - paradoxo pleno de poesia. c) A abstensão da proximidade de alguém não impede, segundo o cronista, que nossa afetividade aflore e haja para promover uma aproximação. d) Nenhuma distância dilui o afeto, pelo contrário: o reconhecimento da amada longeva avisinha-a de nós, fá-la mais próxima que nunca. e) O cronista ratifica o que diz um velho provérbio: a distância que os olhos acusam não exclue a proximidade que o nosso coração promove. Comentário: a) Os poetas românticos eram obcecados por imagens que, figurando a distância, expressavam com ela a gozosa inatingibilidade de um ideal. c) A abstenção da proximidade de alguém não impede, segundo o cronista, que nossa afetividade aflore e haja para promover uma aproximação. d) Nenhuma distância dilui o afeto, pelo contrário: o reconhecimento da amada longeva avizinha-a de nós, fá-la mais próxima que nunca. e) O cronista ratifica o que diz um velho provérbio: a distância que os olhos acusam não exclui a proximidade que o nosso coração promove. GABARITO: B 02970091682 02970091682 - Magna Rosaria Ferreira Língua Portuguesa p/ INSS Técnico de Seguro Social Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 02 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 71 08. (TRT - 24ª REGIÃO (MS) ± 2006 - Técnico Judiciário - Área Administrativa - FCC) Palavras do texto que recebem acento gráfico pela mesma razão que o justifica na palavra jacarés estão reproduzidas em: a) negócios e únicos. b) município e amazônica. c) mantém e tamanduás. d) tucunarés e santuários. e) ecológicos e tuiuiús. Comentário: São acentuadas as oxítonas terminas em e(s), como jacarés. O mesmo acontece com mantém e tamanduás, oxítonas terminadas em em e a(s), acentuadas também. GABARITO: C 09. (TRT - 24ª REGIÃO (MS) ± 2006 - Técnico Judiciário - Área Administrativa - FCC) A norma gramatical que justifica o acento gráfico na palavra década é: a) Monossílabos tônicos devem ser sempre acentuados. b) Palavras oxítonas terminadas em a recebem acento agudo. c) Palavras paroxítonas terminadas em ditongo crescente recebem acento gráfico. d) O acento agudo é utilizado para assinalar a existência de um hiato numa palavra paroxítona terminada em a. e) São acentuadas todas as palavras proparoxítonas. Comentário: a palavra década possui como sílaba tônica na antepenúltima, é, por tanto, uma proparoxítona. Toda proparoxítona é acentuada. GABARITO: E02970091682 02970091682 - Magna Rosaria Ferreira Língua Portuguesa p/ INSS Técnico de Seguro Social Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 02 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 71 10. (TRT - 24ª REGIÃO (MS) ± 2004 - Técnico Judiciário - Área Administrativa - FCC) Recebem acento gráfico pela mesma razão que o justifica na palavra obediência: a) provisória e princípio. b) caráter e público. c) ordinárias e ninguém. d) ignorância e só. e) além e monetário. Comentário: obediência ± acentuada por ser paroxítona terminada em ditongo. O mesmo ocorre com provisória e princípio. GABARITO: A 11. (SEAD-AP ± 2007 - Agente Penitenciário - FCC) Todas as palavras recebem acento pela mesma razão que o justifica em tendência na alternativa a) fenômeno, aconselhável, espécie. b) vítima, Taubaté, trajetória. c) propício, públicos, fácil. d) presídios, secretário, providências. e) jóias, trânsito, específicas. Comentário: tendência ± acentuada por ser paroxítona terminada em ditongo. O mesmo ocorre com presídios, secretário, providências. Cuidado com os vocábulos fácil e aconselhável, por mais o som seja de u no final, não é um ditongo! Não entram na mesma regra de tendência e das outras palavras. Mais um detalhe: a palavra joia, na alternativa E não é mais acentuada! GABARITO: D 02970091682 02970091682 - Magna Rosaria Ferreira Língua Portuguesa p/ INSS Técnico de Seguro Social Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 02 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 71 12. (TRT - 19ª Região (AL) ± 2011 - Técnico Judiciário - Tecnologia da Informação ± FCC) Estão grafadas corretamente todas as palavras da frase: a) O mercado mais atraente é necessáriamente aquele que possue mais produtos disponíveis. b) Com o adivento da internet, deparamos com uma imença cidade virtual, onde há os melhores preços do mercado. c) A escacês de mercadorias no campo foi determinante para explicar o porque dos homens se agru- parem nas cidades. d) As empresas virtuais vêm se tornando concorrentes desleais das que se encontram no mundo físico. e) O mercado de relacionamentos virtuais assistiu a um avanço discomunal com a consolidassão da internet. Comentário: vejamos cada alternativa: a) O mercado mais atraente é necessariamente aquele que possui mais produtos disponíveis. b) Com o advento da internet, deparamos com uma imensa cidade virtual, onde há os melhores preços do mercado. c) A escassez de mercadorias no campo foi determinante para explicar o porquê dos homens se agruparem nas cidades. d) As empresas virtuais vêm se tornando concorrentes desleais das que se encontram no mundo físico. ± NENHUM ERRO. e) O mercado de relacionamentos virtuais assistiu a um avanço descomunal com a consolidação da internet. GABARITO: D 13. (TRE-AP ± 2011 - Técnico Judiciário - Área Administrativa - FCC) A palavra destacada que está empregada corretamente é: a) Diante de tantos abaixos-assinados, teve de acatar a solicitação. 02970091682 02970091682 - Magna Rosaria Ferreira Língua Portuguesa p/ INSS Técnico de Seguro Social Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 02 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 71 b) Considerando os incontestáveis contra-argumento, reconheceu a falha do projeto. c) Ele é um dos mais antigos tabeliões deste cartório. d) Os guardas-costas do artista foram agressivos com os jornalistas. e) Os funcionários da manutenção já instalaram os corrimãos. Comentário: analisando e corrigindo as erradas: a) Diante de tantos abaixo-assinados, teve de acatar a solicitação. b) Considerando os incontestáveis contra-argumentos, reconheceu a falha do projeto. ± Com o novo acordo ortográfico, quando o prefixo terminar com vogal e outra palavra começar com a mesma vogal, usa- se hífen. O que faltou foi o plural. c) Ele é um dos mais antigos tabeliães deste cartório. d) Os guarda-costas do artista foram agressivos com os jornalistas. e) Os funcionários da manutenção já instalaram os corrimãos. ± CORRETO. Embora vulgarizou-se fazer o plural de corrimão como corrimões, o correto é corrimãos. GABARITO: E 14. (TRT - 14ª Região (RO e AC) ± 2011 - Técnico Judiciário - Área Administrativa - FCC) Das frases abaixo só NÃO há erros de ortografia em: a) Carbohidratos ricos em fibras são importantes aliados para manter estável o nivel de energia do organismo. b) Sabe-se que uma substancia encontrada no guaraná pode estimular a função cerebral e auxiliar na concentrasão. c) Consumir alimentos ricos em vitaminas e minerais pode ajudar a reduzir os efeitos negativos do estresse. d) O consumo de proteínas e gorduras em exceço pode ser nossivo para o processo digestivo. 02970091682 02970091682 - Magna Rosaria Ferreira Língua Portuguesa p/ INSS Técnico de Seguro Social Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 02 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 71 e) Manter o organismo mau hidratado pode prejudicar a eliminação de toxínas e provocar sérios problemas de saúde. Comentário: a questão pede para marcar a alternativa correta. Vejamos: a) Carbohidratos (carboidratos) ricos em fibras são importantes aliados para manter estável o nivel (nível) de energia do organismo. b) Sabe-se que uma substancia encontrada no guaraná pode estimular a função cerebral e auxiliar na concentrasão (concentração). c) Consumir alimentos ricos em vitaminas e minerais pode ajudar a reduzir os efeitos negativos do estresse. - CORRETA d) O consumo de proteínas e gorduras em exceço (excesso) pode ser nossivo (nocivo) para o processo digestivo. e) Manter o organismo mau (mal) hidratado pode prejudicar a eliminação de toxínas (toxinas) e provocar sérios problemas de saúde. GABARITO: C BLOCO III Caipiradas A gente que vive na cidade procurou sempre adotar modos de ser, pensar e agir que lhe pareciam os mais civilizados, os que permitem ver logo que uma pessoa está acostumada com o que é prescrito de maneira tirânica pelas modas ± moda na roupa, na etiqueta, na escolha dos objetos, na comida, na dança, nos espetáculos, na gíria. A moda logo passa; por isso, a gente da cidade deve e pode mudar, trocar de objetos e costumes, estar em dia. Como 02970091682 02970091682 - Magna Rosaria Ferreira Língua Portuguesa p/ INSS Técnico de Seguro Social Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 02 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 71 consequência, se entra em contato com um grupo ou uma pessoa que não mudaram tanto assim; que usam roupa como a de dez anos atrás e respondem a um cumprimento com certa fórmula desusada; que não sabem qual é o cantor da moda nem o novo jeito de namorar; quando entra em contato com gente assim, o citadino diz que ela é caipira, querendo dizer que é atrasada e portanto meio ridícula. 02970091682 02970091682 - Magna Rosaria Ferreira Língua Portuguesa p/ INSS Técnico de Seguro Social Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 02 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br24 de 71 Diz, ou dizia; porque hoje a mudança é tão rápida que o termo está saindo das expressões de todo dia e serve mais para designar certas sobrevivências teimosas ou alteradas do passado: músicas caipiras, festas caipiras, danças caipiras, por exemplo. Que, aliás, na maioria das vezes, conhecemos não praticadas por caipiras, mas por gente que finge de caipira e usa a realidade do seu mundo como um produto comercial pitoresco. Nem podia ser de outro modo, porque o mundo em geral está mudando depressa demais, e nada pode ficar parado. Hoje, creio que não se pode falar mais de criatividade cultural no universo do caipira, porque ele quase acabou. O que há é impulso adquirido, resto, repetição ± ou paródia e imitação deformada, mais ou menos parecida. Há, registre-se, iniciativas culturais com o fito de fixar o que sobra de autêntico no mundo caipira. É o caso do disco Caipira. Raízes e frutos, do selo Eldorado, gravado em 1980, que será altamente apreciado por quantos se interessem por essa cultura tão especial, e já quase extinta. (Adaptado de Antonio Candido, Recortes) 01. (TRT/16ª REGIÃO ± FCC) Há justificativa para esta seguinte alteração de pontuação, proposta para o segmento final do primeiro parágrafo: (A) o citadino diz que ela é caipira querendo dizer que é atrasada; e portanto, meio ridícula. (B) o citadino diz que ela é caipira, querendo dizer, que é atrasada, e, portanto, meio ridícula. (C) o citadino diz que ela é caipira, querendo dizer que é atrasada e, portanto, meio ridícula. (D) o citadino diz: que ela é caipira, querendo dizer: que é atrasada, e portanto meio ridícula. (E) o citadino diz que ela é caipira querendo dizer: que é atrasada, e portanto, meio ridícula. 02970091682 02970091682 - Magna Rosaria Ferreira Língua Portuguesa p/ INSS Técnico de Seguro Social Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 02 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 71 &RPHQWiULR�� R� WUHFKR� ILQDO� GR� SULPHLUR� SDUiJUDIR� p�� ³TXDQGR� HQWUD� HP� contato com gente assim, o citadino diz que ela é caipira, querendo dizer que é atrasada e portanto meio ridícula�´�� $� ~QLFD� SRVVLELOLGDGH� GH� UHHVFULWD�p�D�GD�DOWHUQDWLYD�&��FRORFDQGR�R�³SRUWDQWR´�HQWUH�YtUJXODV��Mi�TXH�p� uma conjunção intercalada. Para usar os dois pontos seria necessário fazer assim: 2�FLWDGLQR�GL]��³HOD�p�FDLSLUD´��TXHUHQGR�GL]HU��³HOD�p�DWUDVDGD´�H�SRUWDQWR� meio ridícula. Usando as aspas para marcar as falas e tirando a conjunção que. GABARITO: C Leia: Não há hoje no mundo, em qualquer domínio de atividade artística, um artista cuja arte contenha maior universalidade que a de Charles Chaplin. A razão vem de que o tipo de Carlito é uma dessas criações que, salvo idiossincrasias muito raras, interessam e agradam a toda a gente. Como os heróis das lendas populares ou as personagens das velhas farsas de mamulengos. Carlito é popular no sentido mais alto da palavra. Não saiu completo e definitivo da cabeça de Chaplin: foi uma criação em que o artista procedeu por uma sucessão de tentativas erradas. Chaplin observava sobre o público o efeito de cada detalhe. Um dos traços mais característicos da pessoa física de Carlito foi achado casual. Chaplin certa vez lembrou-se de arremedar a marcha desgovernada de um tabético. O público riu: estava fixado o andar habitual de Carlito. O vestuário da personagem - fraquezinho humorístico, calças lambazonas, botinas escarrapachadas, cartolinha - também se fixou pelo consenso do público. Certa vez que Carlito trocou por outras as botinas escarrapachadas e a clássica cartolinha, o público não achou graça: estava desapontado. Chaplin 02970091682 02970091682 - Magna Rosaria Ferreira Língua Portuguesa p/ INSS Técnico de Seguro Social Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 02 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 71 eliminou imediatamente a variante. Sentiu com o público que ela destruía a unidade física do tipo. Podia ser jocosa também, mas não era mais Carlito. Note-se que essa indumentária, que vem dos primeiros filmes do artista, não contém nada de especialmente extravagante. Agrada por não sei quê de elegante que há no seu ridículo de miséria. Pode-se dizer que Carlito possui o dandismo do grotesco. Não será exagero afirmar que toda a humanidade viva colaborou nas salas de cinema para a realização da personagem de Carlito, como ela aparece nessas estupendas obras-primas de humor que são O garoto, Em busca do ouro e O circo. Isto por si só atestaria em Chaplin um extraordinário discernimento psicológico. Não obstante, se não houvesse nele profundidade de pensamento, lirismo, ternura, seria levado por esse processo de criação à vulgaridade dos artistas medíocres que condescendem com o fácil gosto do público. Aqui é que começa a genialidade de Chaplin. Descendo até o público, não só não se vulgarizou, mas ao contrário ganhou maior força de emoção e de poesia. A sua originalidade extremou-se. Ele soube isolar em seus dados pessoais, em sua inteligência e em sua sensibilidade de exceção, os elementos de irredutível humanidade. Como se diz em linguagem matemática, pôs em evidência o fator comum de todas as expressões humanas. �$GDSWDGR�GH��0DQXHO�%DQGHLUD��³2�KHURtVPR�GH�&DUOLWR´�Crônicas da província do Brasil. 2. ed. São Paulo, Cosac Naify, 2006, p. 219-20) 02. (SEFAZ-PE ± 2014 - Auditor Fiscal do Tesouro Estadual - FCC) Atente para as afirmações sobre pontuação feitas abaixo a partir de segmentos transcritos do texto. I. ... seria levado por esse processo de criação à vulgaridade dos artistas medíocres que condescendem com o fácil gosto do público. Uma vírgula poderia ser colocada imediatamente depois de medíocres, sem alteração do sentido da frase. 02970091682 02970091682 - Magna Rosaria Ferreira Língua Portuguesa p/ INSS Técnico de Seguro Social Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 02 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 71 II. O vestuário da personagem - fraquezinho humorístico, calças lambazonas, botinas escarrapachadas, cartolinha - também se fixou pelo consenso do público. Os travessões poderiam ser substituídos por parênteses, sem prejuízo para a clareza e a correção. III. Chaplin certa vez lembrou-se de arremedar a marcha desgovernada de um tabético. A colocação de vírgulas para isolar o segmento certa vez implicaria prejuízo para a clareza e a correção. Está correto o que se afirma APENAS em (A) I e II (B) II. (C) I. (D) I e II. (E) III. Comentário: apenas a II está correta. Vamos ver o problema das outras: I. ... seria levado por esse processo de criação à vulgaridade dos artistas medíocres que condescendem com o fácil gosto do público. Uma vírgula poderia ser colocada imediatamente depois de medíocres, sem alteração do sentido da frase. ± Não. Se for colocada uma vírgula após medíocres, a oração a seguir deixa de ser restritiva e passa a ser explicativa, alterando o sentido. III. Chaplin certa vez lembrou-se de arremedar a marcha desgovernada de um tabético. A colocação de vírgulas para isolar o segmento certa vez implicaria prejuízo para a clareza e a correção. ± Não. Isolar certa vez com vírgulas não altera a correção e nem a clareza da frase, deveria ter sido feito por ser um adjunto adverbial que, antecipado ou intercalado, deve ser isolado porvírgulas. GABARITO: B 02970091682 02970091682 - Magna Rosaria Ferreira Língua Portuguesa p/ INSS Técnico de Seguro Social Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 02 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 71 A cultura brasileira em tempos de utopia Durante os anos 1950 e 1960 a cultura e as artes brasileiras expressaram as utopias e os projetos políticos que marcaram o debate nacional. Na década de 1950, emergiu a valorização da cultura popular, que tentava conciliar aspectos da tradição com temas e formas de expressão modernas. No cinema, por exemplo, Nelson Pereira dos Santos, nos seus filmes Rio, 40 graus (1955) e Rio, zona norte (1957) mostrava a fotogenia das classes populares, denunciando a exclusão social. Na literatura, Guimarães Rosa publicou Grande sertão: veredas (1956) e João Cabral de Melo Neto escreveu o poema Morte e vida Severina - ambos assimilando traços da linguagem popular do sertanejo, submetida ao rigor estético da literatura erudita. Na música popular, a Bossa Nova, lançada em 1959 por Tom Jobim e João Gilberto, entre outros, inspirava-se no jazz, rejeitando a música passional e a interpretação dramática que se dava aos sambas-canções e aos boleros que dominavam as rádios brasileiras. A Bossa Nova apontava para o despojamento das letras das canções, dos arranjos instrumentais e da vocalização, para PHOKRU�H[SUHVVDU�R�³%UDVLO�PRGHUQR´�� Já a primeira metade da década de 1960 foi marcada pelo encontro entre a vida cultural e a luta pelas Reformas de Base. Já não se tratava mais de buscar apenas uma expressão moderna, mas de pontuar os dilemas brasileiros e denunciar o subdesenvolvimento do país. Organizava-se, assim, a cultura engajada de esquerda, em torno do Movimento de Cultura Popular do Recife e do Centro Popular de Cultura da União Nacional dos Estudantes (UNE), num processo que culminaria no Cinema Novo e na canção engajada, base da moderna música popular brasileira, a MPB. (Adaptado de: NAPOLITANO, Marcos e VILLAÇA, Mariana. História para o ensino médio. São Paulo: Atual, 2013, p. 738) 02970091682 02970091682 - Magna Rosaria Ferreira Língua Portuguesa p/ INSS Técnico de Seguro Social Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 02 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 71 03. (TRT 1ª - 2014 - Analista Judiciário ± FCC) A pontuação está plenamente adequada na seguinte frase: (A) Ficam claras no texto, as contribuições que a cultura e a política dão uma à outra, pelas quais, toda manifestação artística pode também, ser vista como manifestação histórica. (B) Houve um momento, agudo na nossa história, em que por razões políticas, artistas foram levados à criação de obras que se pretendiam engajadas, em determinadas lutas de classe. (C) Além da dramaticidade própria de certos gêneros musicais a Bossa Nova repudiava também, a interpretação excessivamente exaltada, de alguns cantores. (D) Assim como João Cabral, Guimarães Rosa também adotou, em seus textos primorosos uma articulação entre elementos da cultura popular, e da cultura clássica ou erudita. (E) Inspirados no jazz, segundo afirmam alguns críticos musicais, Tom Jobim e João Gilberto criaram e difundiram, ao longo dos anos 60, o ritmo e as canções da então chamada Bossa Nova. Comentário: as alternativas A, B, C e D apresentam problemas no uso das vírgulas. Marquei em vermelho as vírgulas que foram usadas erradas e em verde as que eu coloquei. (A) Ficam claras no texto, as contribuições que a cultura e a política dão uma à outra, pelas quais, toda manifestação artística pode também, ser vista como manifestação histórica. (B) Houve um momento, agudo na nossa história, em que, por razões políticas, artistas foram levados à criação de obras que se pretendiam engajadas, em determinadas lutas de classe. (C) Além da dramaticidade própria de certos gêneros musicais, a Bossa Nova repudiava também, a interpretação excessivamente exaltada, de alguns cantores. 02970091682 02970091682 - Magna Rosaria Ferreira Língua Portuguesa p/ INSS Técnico de Seguro Social Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 02 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 71 (D) Assim como João Cabral, Guimarães Rosa também adotou, em seus textos primorosos, uma articulação entre elementos da cultura popular, e da cultura clássica ou erudita. GABARITO: E DEPOIMENTO Fernando Morais (jornalista) O que mais me surpreendia, na Ouro Preto da infância, não era o ouro dos altares das igrejas. Nem o casario português recortado contra a montanha. Isso eu tinha de sobra na minha própria cidade, Mariana, a uma légua dali. O espantoso em Ouro Preto era o Grande Hotel - um prédio limpo, reto, liso, um monólito branco que contrastava com o barroco sem violentá-OR��(UD�³R�+RWHO� GR�1LHPH\HU´��GL]LDP��'HVOXPEUDGR�FRP�D�FRQVWUXomR��HX�DFUHGLWDYD�TXH�VHX� criador (que supunha chamar-VH�³1HL�0DLD´�� IRVVH�PLQHLUR�- um marianense, quem sabe? A suspeita aumentou quando, ainda de calças curtas, mudei-me para Belo Horizonte. Era tanto Niemeyer que ele só podia mesmo ser mineiro. No bairro GH�6DQWR�$QW{QLR�ILFDYD�R�&ROpJLR�(VWDGXDO��D�FDL[D�G¶iJXD�HUD�R�OiSLV��R�SUpGLR� das classes tinha a forma de uma régua, o auditório era um mata- borrão). Numa das pontas da vetusta Praça da Liberdade, Niemeyer fez pousar suavemente uma escultura de vinte andares de discos brancos superpostos, um edifício de apartamentos cujo nome não me vem à memória. E, claro, tinha a Pampulha: o cassino, a casa do baile, mas principalmente a igreja. Com o tempo cresceram as calças e a barba, e saí batendo perna pelo mundo. E não parei de ver Niemeyer. Vi na França, na Itália, em Israel, na Argélia, nos Estados Unidos, na Alemanha. Tanto Niemeyer espalhado pelo planeta aumentou minha confusão sobre sua verdadeira origem. E hoje, quase PHLR� VpFXOR� GHSRLV� GR� DOXPEUDPHQWR� SURGX]LGR� SHOD� YLVmR� GR� ³+RWHO� GR� 1HL� 0DLD´��FRQWLQXR�VHP�VDEHU�RQGH�HOH�QDVFHX��0HVPR�WHQGR�YLVWR�XP�SDSHO�TXH� 02970091682 02970091682 - Magna Rosaria Ferreira Língua Portuguesa p/ INSS Técnico de Seguro Social Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 02 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 71 prova que foi na Rua Passos Manuel número 26, no Rio de Janeiro, estou convencido de que lá pode ter nascido o corpo dele. A alma de Oscar Niemeyer, não tenham dúvidas, é mineira. (Adaptado de: MORAIS, Fernando. Depoimento. In: SCHARLACH, Cecília (coord.). Niemeyer 90 anos: poemas testemunhos cartas. São Paulo: Fundação Memorial da América Latina, 1998. p. 29) 04. (TRF/1 - 2014 ± Analista Judiciário ± Apoio ± FCC) No último parágrafo, as aspas são utilizadas para destacar o (A) nome indevido que na infância o jornalista atribuía ao criador do prédio (B) apelido com que o arquiteto era conhecido em sua terra de origem. (C) modo correto de se pronunciar o sobrenome do arquiteto. (D) título do papel que prova o local de nascimento do jornalista. (E) jeito correto de escrever o nome do hotel cinquenta anos antes. Comentário: com a leitura atenta do texto, não só do último parágrafo, podemos perceber que a aspas foram usadas (também no primeiro parágrafo) para marcar a forma errada como o jornalista se referia,na infância, a Niemeyer. GABARITO: A QUANDO A CRASE MUDA O SENTIDO Muitos deixariam de ver a crase como bicho-papão se pensassem nela como uma ferramenta para evitar ambiguidade nas frases. Luiz Costa Pereira Junior O emprego da crase costuma desconcertar muita gente. A ponto de ter gerado um balaio de frases inflamadas ou espirituosas de uma turma UHQRPDGD��2�SRHWD�)HUUHLUD�*XOODU��SRU�H[HPSOR��p�DXWRU�GD�VHQWHQoD�³$�FUDVH� 02970091682 02970091682 - Magna Rosaria Ferreira Língua Portuguesa p/ INSS Técnico de Seguro Social Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 02 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 71 QmR� IRL� IHLWD� SDUD� KXPLOKDU� QLQJXpP´�� PDUFR� GD� WROHUkQFLD� JUDPDWLFDO� DR� acento gráfico. O escritor Moacyr Scliar discorda, em uma deliciosa crônica ³7URSHoDQGR�QRV�DFHQWRV´��H�DILUPD�TXH�D�FUDVH�IRL�IHLWD��VLP��SDUD�KXPLOKDU�DV� pessoas; e o humorista Millôr Fernandes, de forma irônica e jocosa, é taxativo: ³HOD�QmR�H[LVWH�QR�%UDVLO´�� O assunto é tão candente que, em 2005, o deputado João Herrmann Neto propôs abolir esse acento do português do Brasil por meio do projeto de lei ������� SRLV� R� FRQVLGHUDYD� ³VLQDO� REVROHWR�� TXH� R� SRYR� Mi� IH]� PRUUHU´�� Bombardeado, na ocasião, por gramáticos e linguistas que o acusavam de querer abolir um fato sintático como quem revoga a lei da gravidade, Herrmann logo desistiu do projeto. A grande utilidade do acento de crase no a, entretanto, que faz com que seja descabida a proposta de sua extinção por decreto ou falta de uso, é: crase é, antes de mais nada, um imperativo de clareza. Não raro, a ambiguidade se dissolve com a crase - em outras, só o contexto resolve o impasse. Exemplos de casos em que a crase retira a dúvida de sentido de uma frase, lembrados por Celso Pedro Luft no hoje clássico Decifrando a crase: cheirar a gasolina X cheirar à gasolina; a moça correu as cortinas X a moça correu às cortinas; o homem pinta a máquina X o homem pinta à máquina; referia-se a outra mulher X referia-se à outra mulher. O contexto até se encarregaria, diz o autor, de esclarecer a mensagem; um usuário do idioma mais atento intui um acento necessário, garantido pelo contexto em que a mensagem se insere. A falta de clareza, por vezes, ocorre na fala, não tanto na escrita. Exemplos de dúvida fonética, sugeridos por Francisco PlatmR� 6DYLROL�� ³$� QRLWH� FKHJRX´�� ³HOD� FKHLUD� D� URVD´�� ³D� SROtFLD� UHFHEHX�D�EDOD´��6HP�R�VLQDO�GLDFUtWLFR��FRQVWUXo}HV�FRPR�HVVDV�VHUmR�VHPSUH� ambíguas. Nesse sentido, a crase pode ser antes um problema de leitura do que prioritariamente de escrita. (Adaptado de: PEREIRA Jr., Luiz Costa. Revista Língua portuguesa, ano 4, n. 48. São Paulo: Segmento, outubro de 2009. p. 36-38) 02970091682 02970091682 - Magna Rosaria Ferreira Língua Portuguesa p/ INSS Técnico de Seguro Social Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 02 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 71 05. (TRF/1 - 2014 ± Analista Judiciário ± Apoio ± FCC) A melhor H[SOLFDomR�SDUD�R�XVR�GD�YtUJXOD��QD�IUDVH�GR�~OWLPR�SDUiJUDIR�³1HVVH�VHntido, a crase pode ser antes um problema de leitura do que prioritariamente de HVFULWD´��p�� �$��³$V�RUDo}HV�FRRUGHQDGDV�DGLWLYDV�OLJDGDV�SHOD�FRQMXQomR�e devem ser separadas por vírgula se os sujeitos forem diferentes. Se o sujeito for o mesmo, não há o uso da vírgula, presume-VH´�� �%�� ³$V� RUDo}HV� DGYHUELDLV�� GHVHQYROYLGDV� RX� UHGX]LGDV�� SRGHP� LQLFLDU� R� período, findá-lo ou interpor-se na oração principal. Quase sempre aparecem VHSDUDGDV�RX�LVRODGDV�SRU�YtUJXOD´�� �&�� ³2� YRFDWLYR� p� XP� WHUPR� UHODFLRQDGR� FRm a função fática da linguagem; como regra, isola-VH�SRU�YtUJXOD´�� �'�� ³$� GDWDomR� TXH� VH� VHJXH� D� QRPHV� GH� GRFXPHQWRV�� SHULyGLFRV�� DWRV� normativos, locais etc., como regra geral, separa-se ou isola-VH�SRU�YtUJXOD´�� �(��³e�FRPXP�YLU� LVRODGR�SRU�YtUJXOD�R�Yocábulo ou expressão com valor retificativo ou explanatório, embora, às vezes, possa aparecer sem esse sinal GH�SRQWXDomR´�� &RPHQWiULR��$�H[SUHVVmR�³QHVVH�VHQWLGR´�p�H[SODQDWyULD��H[SOLFDWLYD��SRU� tanto pode ser separada por vírgula. GABARITO: E Leia: Antônio Vieira é, desde o século XVII, um modelo de nosso idioma, a ponto de Fernando Pessoa, na Mensagem, chamá-OR�GH�³,PSHUDGRU�GD� OtQJXD� SRUWXJXHVD´�� (P� XPD� GH� VXDV� SULQFLSDLV� REUDV�� R� 6HUPmR� GD� 6H[DJpVLPD�� ensina como deve ser o estilo de um texto: ³$SUHQGDPRV� GR� FpX� R� HVWLOR� GD� GLVSRVLomR�� H� WDPEpP� R� GDV� SDODYUDV�� Como hão de ser as palavras? Como as estrelas. As estrelas são muito distintas e muito claras. Assim há de ser o estilo da pregação, muito distinto e 02970091682 02970091682 - Magna Rosaria Ferreira Língua Portuguesa p/ INSS Técnico de Seguro Social Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 02 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 71 muito claro. E nem por isso temais que pareça o estilo baixo; as estrelas são muito distintas, e muito claras e altíssimas. O estilo pode ser muito claro e muito alto; tão claro que o entendam os que não sabem, e tão alto que tenham muito que entender nele os que sabem. O rústico acha documentos nas estrelas para sua lavoura, e o mareante para sua navegação, e o matemático para as suas observações e para os seus juízos. De maneira que o rústico e o mareante, que não sabem ler nem escrever, entendem as estrelas, e o matemático que tem lido quantos escreveram não alcança a entender TXDQWR�QHODV�Ki�´� Vieira mostra com as estrelas o que sejam a distinção e a clareza. Não são discordantes, como muitos de nós pensamos: uma e outra concorrem para o mesmo fim. Nada mais adequado que, ao tratar de tais virtudes do discurso, fizesse uso de comparação. Este procedimento Quintiliano, no século II d.C., já considerava dos mais aptos para conferir clareza, uma vez que estabelece similaridades entre algo já sabido pelo leitor e aquilo que se lhe quer elucidar. Aqui, compara o bom discurso ao céu, que é de todos conhecido. (Tales Ben Daud, inédito) 06. (TRF/4 - 2014 ± Analista Judiciário ± Apoio ± FCC) Quanto à pontuação, atente para as afirmações abaixo: I. No segmento Não são discordantes, como muitos de nós pensamos: uma e outra concorrem..., os dois-pontos introduzem uma oposição ao que vinha sendo dito na frase. II. Mantendo-se a correção e, em linhas gerais, o sentido original, a vírgula imediatamente após "disposição", em Aprenda- mos do céu o estilo da disposição, e também o das palavras, não pode ser suprimida. III. No segmento ... e o mareante para sua navegação... uma vírgula SRGHULD�VHU�DFUHVFHQWDGD�LPHGLDWDPHQWH�DSyV�³PDUHDQWH´��XPD�YH]�TXH�DOL�VH� VXEHQWHQGH�D�H[SUHVVmR�³DFKD�GRFXPHQWRV´�� Está correto o que consta APENAS em (A) II. 02970091682 02970091682 - Magna Rosaria Ferreira Língua Portuguesa p/ INSS Técnico de Seguro Social Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 02 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 71 (B) II e III. (C) I e III. (D) I e II. (E) III. Comentário: Vamos analisar cada assertiva: I. No segmento Não são discordantes, como muitos de nós pensamos: uma e outra concorrem..., os dois-pontos introduzem uma oposição ao que vinha sendo dito na frase. ± Não, os dois pontos introduzem a explicaçãodo que foi falado anteriormente: a distinção e a clareza não são discordantes. II. Mantendo-se a correção e, em linhas gerais, o sentido original, a vírgula imediatamente após "disposição", em Aprendamos do céu o estilo da disposição, e também o das palavras, não pode ser suprimida. ± Sim. A vírgula não pode ser suprimida, pois isola uma informação diferente, que funciona como aposto. III. No segmento ... e o mareante para sua navegação... uma vírgula SRGHULD�VHU�DFUHVFHQWDGD�LPHGLDWDPHQWH�DSyV�³PDUHDQWH´��XPD�YH]�TXH�DOL�VH� VXEHQWHQGH� D� H[SUHVVmR� ³DFKD� GRFXPHQWRV´�� ± 6LP�� ³2� U~VWLFR� DFKD� documentos nas estrelas para sua lavoura, e o mareante (acha documentos) paUD�VXD�QDYHJDomR´�� GABARITO: B Vaidade do humanismo A vaidade, desde sua etimologia latina vanitas, aponta para o vazio, para o sentimento que habita o vão. Mas é possível tratar dela com mais condescendência do que os moralistas rigorosos que costumam condená-la inapelavelmente. Pode-se compreendê-la como uma contingência humana que talvez seja preciso antes reconhecer com naturalidade do que descartar como um vício abominável. Como se sabe, a vaidade está em todos nós em graus e 02970091682 02970091682 - Magna Rosaria Ferreira Língua Portuguesa p/ INSS Técnico de Seguro Social Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 02 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 71 com naturezas diferentes, e há uma vaidade que devemos aceitar: aquela que corresponde não a um mérito abstrato da pessoa, a um dom da natureza que nos tornasse filhos prediletos do céu, mas a algum trabalho que efetivamente tenhamos realizado, a uma razão objetiva que enraíza a vaidade no mesmo chão que foi marcado pelo nosso melhor esforço, pelo nosso trabalho de humanistas. Na condição de humanistas, temos interesse pelo estudo das formações sociais, dos direitos constituídos e do papel dos indivíduos, pela liberdade do pensamento filosófico que se pensa a si mesmo para pensar o mundo, pela arte literária que projeta e dá forma em linguagem simbólica aos desejos mais íntimos; por todas as formas, enfim, de conhecimento que ainda tomam o homem como medida das coisas. Talvez nosso principal desafio, neste tempo de vertiginoso avanço tecnológico, esteja em fazer da tecnologia uma aliada preciosa em nossa busca do conhecimento real, da beleza consistente e de um mundo mais justo - todas estas dimensões de maior peso do que qualquer virtualidade. O grande professor e intelectual palestino Edward Said, num livro cujo título já é inspiração para uma plataforma de trabalho - Humanismo e crítica democrática - DILUPD�D�FHUWD�DOWXUD��³FRPR� KXPDQLVWDV��p�GD�OLQJXDJHP�TXH�SDUWLPRV´��³R�DWR de ler é o ato de colocar-se na posição do autor, para quem escrever é uma série de decisões e escolhas H[SUHVVDV�HP�SDODYUDV´��1HVVH�VHQWLGR��WRGD�OHLWXUD�p�R�FRPSDUWLOKDPHQWR�GR� sujeito leitor com o sujeito escritor - compartilhamento justificado não necessariamente por adesão a um ponto de vista, mas pelo interesse no reconhecimento e na avaliação do ponto de vista do outro. Que seja este um nosso compromisso fundamental. Que seja esta a nossa vaidade de humanistas. (Derval Mendes Sapucaia, inédito) 07. (TRF/4 - 2014 ± Analista Judiciário ± Apoio ± FCC) Quanto à pontuação, a frase inteiramente correta é: (A) Para Edward Said, a linguagem, é o terreno de onde partem os humanistas uma vez que, é nela, que se estabelecem não apenas as relações 02970091682 02970091682 - Magna Rosaria Ferreira Língua Portuguesa p/ INSS Técnico de Seguro Social Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 02 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 71 de sentido, mas também o desafio de o leitor divisar e compartilhar, as escolhas produzidas pelo escritor. (B) Para Edward Said, a linguagem é o terreno de onde partem os humanistas uma vez que é nela, que se estabelecem não apenas as relações de sentido, mas também o desafio, de o leitor divisar e compartilhar, as escolhas produzidas pelo escritor. (C) Para Edward Said, a linguagem, é o terreno de onde partem os humanistas, uma vez que é nela que se estabelecem, não apenas as relações de sentido, mas também o desafio de o leitor divisar e compartilhar as escolhas produzidas pelo escritor (D) Para Edward Said a linguagem é o terreno, de onde partem os humanistas, uma vez que é nela que se estabelecem não apenas as relações de sentido mas, também, o desafio de o leitor divisar, e compartilhar as escolhas produzidas pelo escritor. (E) Para Edward Said, a linguagem é o terreno de onde partem os humanistas, uma vez que é nela que se estabelecem não apenas as relações de sentido, mas também o desafio de o leitor divisar e compartilhar as escolhas produzidas pelo escritor. Comentário: vamos analisar cada alternativa: A - Para Edward Said, a linguagem, é o terreno de onde partem os humanistas, uma vez que, é nela, que se estabelecem não apenas as relações de sentido, mas também o desafio de o leitor divisar e compartilhar, as escolhas produzidas pelo escritor. B - Para Edward Said, a linguagem é o terreno de onde partem os humanistas, uma vez que é nela, que se estabelecem não apenas as relações de sentido, mas também o desafio, de o leitor divisar e compartilhar, as escolhas produzidas pelo escritor. C - Para Edward Said, a linguagem, é o terreno de onde partem os humanistas, uma vez que é nela que se estabelecem, não apenas as relações 02970091682 02970091682 - Magna Rosaria Ferreira Língua Portuguesa p/ INSS Técnico de Seguro Social Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 02 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 38 de 71 de sentido, mas também o desafio de o leitor divisar e compartilhar as escolhas produzidas pelo escritor. D - Para Edward Said, a linguagem é o terreno, de onde partem os humanistas, uma vez que é nela que se estabelecem não apenas as relações de sentido, mas, também, o desafio de o leitor divisar, e compartilhar as escolhas produzidas pelo escritor. E - Para Edward Said, a linguagem é o terreno de onde partem os humanistas, uma vez que é nela que se estabelecem não apenas as relações de sentido, mas também o desafio de o leitor divisar e compartilhar as escolhas produzidas pelo escritor. CORRETA Cuidado! Não se separa com vírgulas sujeito do predicado, nem o verbo do complemento. GABARITO: E Da utilidade dos prefácios Li outro dia em algum lugar que os prefácios são textos inúteis, já que em 100% dos casos o prefaciador é convocado com o compromisso exclusivo de falar bem do autor e da obra em questão. Garantido o tom elogioso, o prefácio ainda aponta características evidentes do texto que virá, que o leitor poderia ter muito prazer em descobrir sozinho. Nos casos mais graves, o prefácio adianta elementos da história a ser narrada (quando se trata de ficção), ou antecipa estrofes inteiras (quando poesia), ou elenca os argumentos de base a serem desenvolvidos (quando estudos ou ensaios). Quer dizer: mais do que inútil, o prefácio seria um estraga-prazeres. Pois vou na contramão dessa crítica mal-humorada aos prefácios e prefaciadores, embora concorde que muitas vezes ela proceda - o que não justifica a generalização devastadora. Meu argumento é simples e pessoal: em muitos livros que li, a melhor coisa era o prefácio - fosse pelo estilodo prefaciador, muito melhor do que o do autor da obra, fosse pela consistência das ideias defendidas, muito mais sólidas do que as expostas no texto Língua 02970091682 02970091682 - Magna Rosaria Ferreira Língua Portuguesa p/ INSS Técnico de Seguro Social Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 02 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 39 de 71 principal. Há casos célebres de bibliografias que indicam apenas o prefácio de uma obra, ficando claro que o restante é desnecessário. E ninguém controla a possibilidade, por exemplo, de o prefaciador ser muito mais espirituoso e inteligente do que o amigo cujo texto ele apresenta. Mas como argumento final vou glosar uma observação de Machado de Assis: quando o prefácio e o texto principal são ruins, o primeiro sempre terá sobre o segundo a vantagem de ser bem mais curto. Há muito tempo me deparei com o prefácio que um grande poeta, dos maiores do Brasil, escreveu para um livrinho de poemas bem fraquinhos de uma jovem, linda e famosa modelo. Pois o velho poeta tratava a moça como se fosse uma Cecília Meireles (que, aliás, além de grande escritora era também linda). Não havia dúvida: o poeta, embevecido, estava mesmo era prefaciando o poder de sedução da jovem, linda e nada talentosa poetisa. Mas ele conseguiu inventar tantas qualidades para os poemas da moça que o prefácio acabou sendo, sozinho, mais uma prova da imaginação de um grande gênio poético. (Aderbal Siqueira Justo, inédito) 08. (TRF/16 - 2014 ± Analista Judiciário ± contabilidade ± FCC) Quanto à pontuação, a frase inteiramente correta é: (A) Já pela má fama adquirida já por preconceito, sempre haverá por parte de certos leitores, alguma relutância diante da leitura de um prefácio. (B) O autor do texto não hesita honestamente, de recorrer a experiências pessoais, para demonstrar sua tese, favorável em boa parte à existência mesma dos prefácios. (C) A escritora Cecília Meireles tão talentosa quanto bonita, é citada no texto como parâmetro de excelência, na comparação com uma jovem, bela e pouco inspirada poetisa. (D) Muita gente acabará por confessar tal como fez o autor, que um prefácio pode prender nossa atenção, com muito mais força, do que o texto principal de uma obra. 02970091682 02970091682 - Magna Rosaria Ferreira Língua Portuguesa p/ INSS Técnico de Seguro Social Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 02 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 40 de 71 (E) O autor conclui, não sem razão, que as bibliografias que indicam apenas o prefácio de uma obra permitem deduzir, não há dúvida, que o restante do livro não importa muito. Comentário: vamos analisar cada uma das alternativas: (A) Já pela má fama adquirida, já por preconceito, sempre haverá, por parte de certos leitores, alguma relutância diante da leitura de um prefácio. (B) O autor do texto não hesita, honestamente, de recorrer a experiências pessoais, para demonstrar sua tese, favorável em boa parte à existência mesma dos prefácios. (C) A escritora Cecília Meireles, tão talentosa quanto bonita, é citada no texto como parâmetro de excelência, na comparação com uma jovem, bela e pouco inspirada, poetisa. (D) Muita gente acabará por confessar, tal como fez o autor, que um prefácio pode prender nossa atenção, com muito mais força, do que o texto principal de uma obra. (E) O autor conclui, não sem razão, que as bibliografias que indicam apenas o prefácio de uma obra permitem deduzir, não há dúvida, que o restante do livro não importa muito. CORRETA. GABARITO: E 09. (TRT/16º - 2014 ± Analista Judiciário ± Área Judiciária ± FCC) Seria sem dúvida ingenuidade esperar que a indústria farmacêutica se entregasse de corpo e alma à resolução do problema. Seu compromisso primordial é com seus acionistas - e essa é a regra do jogo. Isso não significa, contudo, que não possam fazer parte do esforço. Afirma-se com correção sobre aspecto do trecho acima: (A) Se, em vez de resolução do problema, houvesse "resolver o problema", seria correto manter o acento indicativo da crase - "se entregasse [...] à resolver o problema". 02970091682 02970091682 - Magna Rosaria Ferreira Língua Portuguesa p/ INSS Técnico de Seguro Social Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 02 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 41 de 71 (B) A palavra primordial está corretamente empregada, assim como está em "É primordial para o setor, sem dúvida alguma, as mudanças relativas à área de recursos humanos". (C) Justifica-se o uso do sinal de pontuação, na linha 2 do trecho acima, assim: "Não é raro o emprego de um só travessão para indicar que a parte final de um enunciado constitui um comentário marginal, de reduzida força para o desenvolvimento do raciocínio". (D) A substituição da conjunção contudo por "ainda que" não altera a relação que originalmente está estabelecida entre as frases do texto. (E) A substituição da forma verbal possam fazer por "possa fazer" estaria correta e adequada ao contexto. Comentário: embora esta questão traga conteúdos diferentes do que estamos estudando, é legal aproveitar o que ela traz sobre o uso do travessão. Esse sinal de pontuação não é usado apenas para marcar a troca de interlocutor em um diálogo, mas também para introduzir um comentário sobre o que está sendo dito. De qualquer forma, a alternativa C está errada, pois coloca que o travessão único destaca comentário marginal e de menor importância pra o desenvolvimento do raciocínio, o que é um erro. O travessão único pode vir marcando, separando um comentário não necessariamente de menor relevância. A resposta correta para esta questão é a alternativa E (trabalharemos verbo em uma outra oportunidade). GABARITO: E 10. (TRT/16º - 2014 ± Analista Judiciário ± Área Judiciária ± FCC) Também seria desejável envolver com maior intensidade universidades e laboratórios públicos (onde os há, como é o caso do Brasil). A redação alternativa à frase acima, que se apresenta clara, correta e fiel às ideias nela expostas, é: 02970091682 02970091682 - Magna Rosaria Ferreira Língua Portuguesa p/ INSS Técnico de Seguro Social Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 02 Profª Rafaela Freitas www.estrategiaconcursos.com.br 42 de 71 (A) Igualmente desejável seriam universidades e laboratórios públicos que se envolvessem mais intensamente, pois no caso do Brasil eles têm presença. (B) Da mesma maneira, seria desejável que fossem envolvidos mais intensamente universidades e laboratórios públicos, em lugares, como o Brasil, em que eles existem. (C) Em lugares em que estes existem (sendo o Brasil um caso de ter universidades e laboratórios públicos), seria também desejável seu intenso envolvimento. (D) Inclui-se no raciocínio que é desejável ter-se envolvimento de maior intensidade, de universidades e laboratórios aonde se encontram, como o caso do Brasil. (E) Equivalentemente, seria envolvimento desejável e intenso o das universidades e laboratórios públicos (em que, como o caso do Brasil, eles existem). Comentário: analisando cada alternativa: (A) Igualmente desejável seriam universidades e laboratórios públicos que se envolvessem mais intensamente, pois no caso do Brasil
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