Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Física Experimental – Turma G PRÁTICA 6 – ESTUDO DO MOMENTO DE INÉRCIA DE SISTEMAS DISCRETOS PELO MÉTODO CIENTÍFICO 10/11/2015 BRENDA LAYANE COSTA RIBEIRO – 629596 PAULO GUILERME C. GODOY VALTER LÚCIO ALVES SÃO CARLOS 2015 1. Resumo A prática 6, estudo do momento de inércia de sistemas discretos pelo método científico, nos permitiu calcular, através do tempo de queda de uma massa suspensa, o momento de inércia de um sistema girante. Combinamos também diferentes conjuntos de massas ao sistema, como também analisamos o sistema giratório acoplado com massas de ferro em posições distintas. Utilizando o princípio de superposição foram calculados os momentos de inércia referentes a cada conjunto de massas. Através da análise de gráficos em papel di-log, pode-se obter a seguinte relação empírica para o momento de inércia de um conjunto de massa: . 2. Objetivos Medir o momento de inercia de sistemas discretos; Estimar quais variáveis envolvidas nas medições são mais relevantes para a determinação da incerteza de medições do momento de inércia de sistemas discretos; Determinar a relação empírica entre o momento de inércia, a massa e a distribuição de massa de sistemas discretos, através do método científico. 3. Fundamentos teóricos Define-se momento linear p de um corpo como o produto de sua massa total M pela sua velocidade v. Pela segunda lei de Newton, temos: Desarte, considera-se que a massa m está associada a dificuldade para alterar a quantidade de movimento do corpo. Em outras palavras, a massa de um corpo determina sua inércia. Portanto, quanto maior a inercia de um corpo, maior deverá ser a força aplicada para acelerá-lo. De modo geral, o momento de inércia de uma única partícula pode ser descrito por uma equação do tipo: Onde M é a massa da partícula, que está a uma distância r do eixo de rotação, as potências k e n são números inteiros e C uma constante adimensional. Essa representação para o momento de inércia pode ser generalizado para um sistema discreto de N partículas, através do princípio de superposição, sendo o momento de inércia total (IT) deste sistema discreto dado por: 4. Material utilizado Sistema para medir momento de inércia; Paquímetro kingtools, (± 0,02mm); 5 conjuntos com corpos de diferentes massas; Trena Worker (± 0,05mm); Cronômetro Castar (± 0,01s); Massa para suspensão; Balança da marca JB (±0,2g); Papéis de gráfico di-log e milimetrado. 5. Procedimento experimental Antes de começar o experimento testamos alguma vezes o sistema para entender o seu funcionamento. Após isso, medimos o diâmetro do carretel (38,1mm), ajustamos a altura da massa de modo que ficasse a uma altura maior que 2m, mais precisamente, 2,34m. Então, medimos três vezes o tempo de queda com o sistema vazio. A partir dos dados coletados do sistema vazio, obtivemos o momento de inércia do seguinte modo: Medimos então as massas de cada uma das peças que seriam acopladas ao sistema. Obtendo então: Madeira Alumínio Latão I Latão II Ferro (24,1 ± 0,2)g (50,0 ± 0,2)g (80,6 ± 0,2)g (109,0 ± 0,2)g (132,1 ± 0,2)g (24,0 ± 0,2)g (50,6 ± 0,2)g (79,8 ± 0,2)g (108,0 ± 0,2)g (132,4 ± 0,2)g (23,9 ± 0,2)g (50,4 ± 0,2)g (82,2 ± 0,2)g (109,2 ± 0,2)g (133,0 ± 0,2)g (24 ± 0,2)g (50,2 ± 0,2)g (79,2 ± 0,2)g (109,0 ± 0,2)g (132,4 ± 0,2)g (96 ± 0,2)g (201,2 ± 0,2)g (321,8 ± 0,2)g (435,2 ± 0,2)g (529,9 ± 0,2)g Tabela 1 – Massas de cada peça dos conjuntos em estudo. O próximo passo foi fixarmos as peças de cada conjunto no sistema girante. Fixando a uma distância de 13,79 cm entre o parafuso de fixação até o eixo de rotação, tomando cuidado para manter essa mesma distância para todas as massas. Variando o conjunto de massas e observando o tempo de queda da massa suspensa, obtivemos a tabela 2 (em anexo). Após, selecionamos o conjunto de peças de maior massa e fixamo-las nas extremidades do sistema girante, variando a distância do eixo de rotação. Para cada distância do eixo de rotação foi feita a medida de tempo de queda (t) de uma massa suspensa (0,66 g) de mesma altura (2,34 m). Os resultados deste estão apresentados na tabela 3 (em anexo). Diante dos resultados das medições anteriores, determinamos o momento de inércia total do sistema IT através da aplicação da equação: E sua respectiva incerteza pela fórmula: Conseguindo assim valores para a construção dos gráficos em papel di-log que estão em anexo. Após construir os gráficos fizemos a reta pelo método visual e determinamos os expoentes k e n da equação . Ao fazer a reta de ajuste visual, escolhendo dois pontos aleatórios no gráfico e calculando pela fórmula abaixo, temos: Para o gráfico 01 temos: Para o gráfico 02 temos: Desarte, temos que o coeficiente angular da reta é igual a potência da seguinte equação: A equação obtida empiricamente para o momento de inércia discreto: 6. Atividade Complementar a) Para obtenção do valor da constante adimensional C da equação acima. Para isto, aplicamos o MMQ, determinando os coeficientes angular e linear pelas fórmulas: b) Sistema Madeira Alumínio Latão I Latão II Ferro (0 ± 0,02)mm (13,79 ± 0,02)mm (13,79 ± 0,02)mm (13,79 ± 0,02)mm (13,79 ± 0,02)mm (13,79 ± 0,02)mm (0 ± 0,2)g (96 ± 0,2)g (201,2 ± 0,2)g (321,8 ± 0,2)g (435,2 ± 0,2)g (529,9 ± 0,2)g (0 ± 0,01)s (6,15 ± 0,01)s (7,47± 0,01)s (8,72 ± 0,01)s (9,63 ± 0,01)s (10,75 ± 0,01)s (0,7889 ± 0,006)gm² (2,718 ± 0,006)gm² (8,441 ± 0,006)gm² (18,439 ± 0,006)gm² (30,449 ± 0,006)gm² (46,247 ± 0,006)gm² (0 ± 0,006)gm² (1,929 ± 0,006)gm² (7,652 ± 0,006)gm² (17,650 ± 0,006)gm² (29,660 ± 0,006)gm² (45,458 ± 0,006)gm² Tabela 2 – Dados para determinação do momento de inércia do sistema (Is) e das peças (Ic) em função do somatório do conjunto de massa, onde r é a distância fixa ao eixo de rotação, m a massa suspensa em queda e t o tempo de queda. (5,95 ± 0,02)mm (7,55 ± 0,02)mm (8,50 ± 0,02)mm (10,00 ± 0,02)mm (11,00 ± 0,02)mm (12,00 ± 0,02)mm (66,0 ± 0,2)g (66,0 ± 0,2)g (66,0 ± 0,2)g (66,0 ± 0,2)g (66,0 ± 0,2)g (66,0 ± 0,2)g (5,75 ± 0,01)s (7,16 ± 0,01)s (7.60 ± 0,01)s (8,65 ± 0,01)s (9,39 ± 0,01)s (9,71 ± 0,01)s (1,631± 0,006)gm² (2,542 ±0,006)gm² (2,867 ±0,006)gm² (3,721 ±0,006)gm² (4,389 ±0,006)gm² (4,695 ±0,006)gm² (0,000 ±0,006)gm² (0,911 ±0,006)gm² (1,236 ±0,006)gm² (2,090 ±0,006)gm² (2,758 ±0,006)gm² (3,064 ± 0,006)gm² Tabela 3 – Dados para determinação do momento de inércia do sistema (Is) e das peças (Ic) em função da distância do eixo de rotação r, mantendo fixa a massa do conjunto (529,9 g), onde r é a distância fixa ao eixo de rotação, m a massa suspensa em queda e t o tempo de queda. Momento de inércia total para o conjunto de Madeira: Momento de inércia total para o conjunto de Alumínio: Momento de inércia total para o conjunto de Latão I: Momento de inércia total para o conjunto de Latão II: Momento de inércia total para o conjunto de Ferro: Momento de inércia do sistema discreto para o conjunto de Madeira: Momento de inércia do sistema discreto para o conjunto de Alumínio: Momento de inércia do sistema discreto para o conjunto de Latão I: Momento de inércia do sistema discreto para o conjunto de Latão II: Momento de inércia do sistema discreto para o conjunto de Ferro: 7. Conclusão 8. Anexo 9. Bibliografia FERENCE. M. JR., (Goldemberg, J.) et al, Curso de Física de Berkeley Volume 1 Mecânica, ed. MEC, 1973 HALLIDAY, David. RESNICK, Robert. WALKER Jearl. Fundamentos de física I. Trad. de José Paulo Soares de Azevedo. 7ª ed. Rio de Janeiro. Livros técnicose científicos S.A. 2002.
Compartilhar