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LIVRO COMPLETO Teoria Geral do Estado e Ciência Política Acad

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CIÊNCIA POLÍTICA – 1º ANO
 
 
 
RESUMO DE CIÊNCIA POLÍTICA 
 
Lembrete: Curso de Direito não se faz dentro da sala de aula. Curso de Direito se faz na biblioteca.
O método não é, por exemplo; O que é Soberania, mas, sim, FALE SOBRE.
 
Livros usados para os resumos:
Teoria Geral do Estado – Sahid Maluf; entre outros (Dallari, Constituição etc).
Matéria administrada no 1º ano do curso de direito.
 
Definição de Ciência Política 
- Conjunto das Ciências que estudam a organização e o funcionamento do Estado, e as interações dos grupos nele existentes; a política, a sociologia, etc. E que tratam de valores fundamentais tais como a igualdade, a liberdade, a justiça e o poder. ( Dicionário Aurélio Ed. Séc. XXI )
- Ramo das Ciências Sociais que trata do governo e da organização dos Estados. ( Pequeno Dicionário koogan Larousse )
- Ramo das ciências sociais que estuda as formas de governo, os partidos políticos, os grupos de pressão, as relações internacionais e a administração pública, que dizem respeito a atividades de indivíduos ou de grupos e envolvem as relações humanas básicas, tratando de valores fundamentais como a igualdade, a liberdade, a justiça e o poder. 
A Ciência Política está intimamente ligada a história ( que fornece o material básico ao cientista ); ao direito ( quadro de idéias formais ); a filosofia ( liga-a às outras ciências ) e a sociologia ( fornece o quadro social para os fatos da vida política). ( enciclopédia Delta Universal – Vol. 4 )
A ciência política visa, ou seja, tem como objetivo, apresentar, analisar e posicionar as instituições e os problemas existentes na sociedade contemporânea, através das ciências jurídicas ( direito constitucional ) com consciência na participação , identificando os problemas e buscando as soluções.
A Ciência Política estuda sem preconceito o homem em grupo. Pergunta, questiona. Nada é absoluto.
 
Objeto da Ciência Política
O objeto da ciência política é a sociedade política organizada. Tendo como objeto abstrato o Estado, relacionando-se com as outras ciências relacionadas ao homem; sociologia, História, Economia, Filosofia, Geografia, Direito.
 
Algumas definições
 
Ciência. – Conjunto de conhecimentos socialmente adquiridos ou produzidos, historicamente acumulados, dotados de universalidade e objetividade que permitem sua transmissão, e estruturas com métodos, teorias e linguagens próprias, que visam compreender e, possibilitam orientar a natureza e as atividades humanas.
Conjunto de atitudes racionais dirigidas ao sistemático conhecimento, com objeto limitado, capaz de ser submetido a verificação.
 
Política – Arte de bem governar os povos; ciência dos fenômenos referentes ao Estado (Ciência Política); Conjunto de objetivos que enformam determinado programa de ação governamental e condicionam a sua execução; Princípio doutrinário que caracteriza a estrutura constitucional do Estado. Ciência de bem governar um povo, constituindo um Estado.
 
Direito- Aquilo que é justo, reto e conforme a lei; Ciência das normas obrigatórias que disciplinam as relações dos homens em sociedade; Jurisprudência. O conjunto das normas jurídicas vigentes em um País
 
Sociedade – Corpo orgânico estruturado em todos os níveis da vida social, com base na reunião de indivíduos que vivem sob determinado sistema econômico de produção, distribuição e consumo, sob um dado regime político e obedientes a normas, leis e instituições necessárias à reprodução da sociedade como um todo. Coletividade.
Corpo orgânico, reunião de indivíduos, que vivem num mesmo regime político e econômico (produção, distribuição e consumo), em todos os níveis da vida social, obedientes à normas, leis e instituições necessárias à reprodução da sociedade como um todo.
Sociedade vem a ser, então, toda forma de coordenação das atividades humanas objetivando determinado fim e regulado por um conjunto de normas.
 
Elementos necessários(características predominantes) para que um agrupamento humano possa ser reconhecido como uma sociedade.
A- Organização– Para assegurar a orientação das manifestações num determinado sentido e para que se obtenha uma ação harmônica dos membros da sociedade, preservando-se a liberdade de todos, é preciso que a ação conjunta seja ordenada. São as manifestações de conjunto ordenado que devem atender a três requisitos; 
*Reiteração– é indispensável que os membros da sociedade se manifestem em conjunto reiteradamente, pois só através da ação conjunta continuamente reiterada o todo social terá condições para a consecução de seus objetivos.
*Ordem– Para que haja o sentido de conjunto e para que se assegure um rumo certo, os atos praticados isoladamente devem ser conjugados e integrados num todo harmônico, é que surge a exigência de ordem. Essa ordem pode ser da Natureza, ou Mundo Físico, e uma ordem humana, ou Mundo Ético, estando neste compreendidas todas as leis que se referem ao agir humano. Tratando das leis que regem cada uma dessas ordens, Kelsen teoriza existir duas espécies diferentes ;
Ordem da natureza( princípio da casualidade( Se “A“(condição) é– “B“ é(se, verificada a mesma condição = mesma conseqüência, não podendo haver qualquer interferência que altere a correlação). O aquecimento de um metal(condição), acarreta sempre a sua dilatação(conseqüência).
Ordem humana( princípio da imputação( Se “A “(condição) é– “B“(conseqüência) deve ser(a condição deve gerar determinada conseqüência, mas pode não gerar). (aquele que rouba deve ser preso).
*Adequação– cada indivíduo, cada grupo humano e a própria sociedade no seu todo devem sempre ter em conta as exigências e as possibilidades da realidade social, para que as ações não se desenvolvam em sentido diferente daquele que conduz efetivamente ao bem comum, ou para que a consecução deste não seja prejudicada pela utilização deficiente ou errônea dos recursos sociais disponíveis. Para que seja assegurada a adequação é indispensável que não se impeça a livre manifestação e a expansão das tendências e aspirações dos membros da sociedade. Os componentes da sociedade é que devem orientar suas ações no sentido do que consideram o seu bem comum.
B- Finalidade social(fim comum)– É o bem comum. O bem comum consiste no conjunto de todas as condições de vida social que consintam e favoreçam o desenvolvimento integral da personalidade humana, buscando a criação de condições que permitam a cada homem e a cada grupo social a consecução de seus respectivos fins particulares.
C– Poder social (Normas de conduta) - considerado o mais importante para o estudo da organização e funcionamento da sociedade. O poder é um fenômeno social, é bilateral, havendo sempre uma idéia que predomina.
 
Teoria Monística ou Estatismo Jurídico. 
Teoria, segundo a qual, o Estado e o Direito confundem-se em uma só realidade. Para os Monistas só existe o poder estatal. Não admitem qualquer regra jurídica fora do Estado. O Estado é a fonte única do Direito, porque quem dá vida ao Direito é o Estado através da “força coativa “de que só ele dispõe. Regra jurídica sem coação, é uma contradição em si, um fogo que não queima, uma luz que não ilumina (Lhering).
Logo, como só existe o Direito emanado do Estado, ambos se confundem em uma só realidade.
Foram precursores do monismo jurídico Hegel, Hobbes e Jean Bodin.
Desenvolvida por Rudolf von Lhering e John Austin, alcançou esta teoria a sua máxima expressão com a escola técnico-jurídica liderada por jellinek e com a escola vienense de Hans Kelsen.
Se A é,
B deve ser. Acha que Estado e Direito são a mesma coisa.
Favorece Estados centrados, monarquias absolutas, ditaduras.
 
Teoria Dualista / Pluralista
Teoria que sustenta serem o Estado e o Direito duas realidades distintas, independentes e inconfundíveis. Para os dualistas o Estado não é a fonte única do Direito nem com este se confunde. O que provém do estado é apenas uma categoria especialdo Direito: o direito positivo. Mas existem também os princípios de direito natural, as normas de direito costumeiro e as regras que se firmam na consciência coletiva, que tendem a adquirir positividade e que nos casos omissos, o Estado deve acolher para lhes dar jurisdicidade. Além do direito não-escrito existem o direito canônico, que independe da força coativa do poder civil, e o Direito das associações menores, que o Estado reconhece e ampara.
Afirma esta corrente que o Direito é criação social, não estatal. Ele traduz, no seu desenvolvimento, as mutações que se operam na vida de cada povo, sob a influência das causas éticas, psíquicas, biológicas, científicas, econômicas, etc. O Direito, assim, é um fato social em contínua transformação. A função do Estado é de positivar o Direito, isto é, traduzir em normas escritas os princípios que se firmam na consciência social.
O dualismo(o pluralismo), partindo de Gierke e Gurvitch, ganhou terreno com doutrina de Leon Duguit, o qual condenou formalmente a concepção monista, admitiu a pluralidade das fontes do Direito positivo e demonstrou que as normas jurídicas têm sua origem no corpo social.
Desdobrou-se o pluralismo nas correntes sindicalistas e corporativistas, principalmente no institucionalismo de Hauriou e Rennard, culminando com a preponderante e vigorosa doutrina de Santi Romano, que lhe deu um alto teor de precisão científica.
Favorece à exploração do homem, tende a criar a anarquia. A vantagem é que ajuda na evolução pela discussão.
 
Teoria do Paralelismo
Segundo a qual o Estado e o Direito são realidades distintas, porem necessariamente interdependentes.
Esta terceira corrente, procurando solucionar a antítese monismo- pluralismo, adotou a concepção racional da graduação da positividade jurídica, defendida com raro brilhantismo pelo eminente mestre de Filosofia do Direito na Itália, Georgio Del Vecchio.
Reconhece a teoria do pluralismo a existência do direito não estatal, sustentando que vários centros de determinação jurídica surgem e se desenvolvem fora do Estado, obedecendo a uma graduação de positividade. Sobre todos estes centros particulares do ordenamento jurídico, prepondera o Estado como centro de irradiação da positividade. O ordenamento jurídico do Estado, afirma Del Vecchio, representa aquele que dentro de todos os ordenamentos jurídicos possíveis, se afirma como o “verdadeiramente positivo”, em razão da sua conformidade com a vontade social predominante.
A teoria do paralelismo completa a teoria pluralista, e ambas se contrapõem com vantagem à teoria monista. Efetivamente, Estado e Direito são duas realidades distintas que se completam na interdependência. Como demonstra o Prof. Miguel Reale, a teoria do sábio mestre da Universidade de Roma coloca em termos racionais e objetivos o problema das relações entre o Estado e o Direito, que se apresenta como um dos pontos de partida para o desenvolvimento atual do Culturalismo. ( tem no resumo de I.E.D.)
 
Na equação dos termos Estado / Direito é necessário ter em vista esses três troncos doutrinários: (Teoria Monística, Teoria Dualística, Teoria do Paralelismo), dos quais emana toda a ramificação de teorias justificativas do Estado e do Direito.
Visa garantir os direitos individuais com reflexo no coletivo. Aplicada na Democracia, Parlamentarismo, etc.
 
Polis – Política = a arte de defender idéias
 - Aglomerado de pessoas. Povoados
-                      Cidade Estatal ( definição atual )
Res pública = Indica a coisa de uso público ou comum; os bens públicos, bens do Estado ou bens de uso coletivo. Tinham noção do meu e do nosso.
Anarquia – inexistência de poder. Nenhuma intervenção = inexistência de Estado.
Magistrado – Sua função não é arrumar a lei mas, sim, faze-la cumprir.
Status = Atualmente, designa o conjunto de direitos e deveres que caracterizam a posição de uma pessoa em relação com as outras. Assim, numa determinada sociedade, o status social de um indivíduo é a soma dos status parciais que desfruta em cada grupo de que participa, tais como a igreja, a família, etc.
Antigamente identificava os estados de famílias, liberdade, cidadania e de direito.
 
Hipóteses; quem primeiro, o Estado ou a Sociedade? Estado e Sociedade existiram sempre.
Sociedade primeiro, depois o Estado. A sociedade sentiu a necessidade de se organizar para a solução de conflitos.
 
Definições e considerações sobre cada elemento constitutivo do Estado
 
- Território
- Princípio da territorialidade – é a idéia núcleo que vai influenciar o meu ordenamento jurídico válido.
- O território é a base física, o âmbito geográfico da nação, onde ocorre a validade da sua ordem jurídica (Hans Kelsen)
- O território é fixado até onde vai sua jurisdição.
- A nação, como realidade sociológica pode subsistir sem território próprio, sem se constituir em Estado, como ocorreu com a nação judaica durante cerca de dois mil anos., desde a expulsão de Jerusalém até a recente partilha da Palestina. Porém, Estado sem território não é Estado
- É dever do Estado fazer cumprir a lei até o limite do seu espaço territorial.
- O Estado Moderno é rigorosamente territorial, indispensável à configuração do Estado, segundo as concepções atuais do direito público. 
- As nações nômades não podem possuir individualidade política na atual concepção do Estado. Exemplo de nação nômade são os ciganos.
- O território é patrimônio sagrado e inalienável do povo. É o espaço certo e delimitado onde se exerce o poder do governo sobre os indivíduos. Patrimônio do povo, não do Estado como instituição.
- O poder diretivo se exerce sobre as pessoas, não sobre o território. Tal poder é de imperium ( aquilo que o ordenamento jurídico permite ) não de dominium. Nada tem em comum com o direito de propriedade. A autoridade governamental é de natureza eminencialmente política, de ordem jurisdicional.
- O limite da soberania estatal é o território.
- O território, sobre o qual se estende esse poder de jurisdição, representa-se como uma grandeza a três dimensões, abrangendo o supra - solo, o subsolo, e o mar territorial.
- Alguns autores o dividem em terrestre, marítimo e fluvial.
- A eficácia da jurisdição é fazer com que a norma surta efeito.
- Tendo em vista o seu exato conceito de espaço de validade da ordem jurídica, podemos limitar o território nos elementos que o integram;
a)                   o solo contínuo e delimitado, ocupado pela corporação política;
b)                  o solo insular e demais regiões separadas do solo principal;
c)                   os rios, lagos e mares interiores;
d)                  os golfos, baías, portos e ancoradouros;
e)                   a parte que o direito internacional atribui a cada Estado nos rios e lagos divisórios;
f)                    o mar territorial e respectiva plataforma marítima;
g)                   o subsolo;
h)                   o espaço aéreo (supra - solo);
i)                     os navios mercantes em alto mar;
j)                    os navios de guerra onde quer que se encontrem;
k)                  os edifícios das embaixadas e legações em países estrangeiros.
Segundo a tendência moderna do direito internacional, à vista das novas conquistas científicas, o domínio do supra-solo se estende ilimitadamente, usque ad sidera, assim como o do subsolo se aprofunda usque ad inferos.
No tocante ao mar territorial, a determinação da zona limítrofe é questão amplamente debatida.
Antigamente prevalecia a fórmula preconizada pela escola do direito natural: terrae potestas finitur ubi finitur armorum vis – cessa o poder territorial onde cessa a força das armas. Adotava-se o limite de três milhas marítimas, que era o alcance da artilharia costeira, posteriormente ampliada para doze milhas. Atualmente, invocando não só os interesses da defesa externa mas também os de exploração econômica, os Estados, como o Brasil, Argentina, Uruguai, Chile,Equador e outros, vêm adotando o limite de duzentas milhas marítimas.
Direito extra–territorial – a validade do meu ordenamento jurídico estatal não pode ultrapassar o meu limite territorial. Essa validade poderá ultrapassar tão somente com a anuência do outro Estado.
Para os navios adentrarem no espaço territorial de outro Estado é necessário pedir autorização.
O navio de guerra é o próprio Estado entrando em território alheio, continua sendo território próprio mesmo no Estado do outro. É quase como uma embaixada.
Embaixadas, Consulados e Legações- o que as diferencia uma das outras são as funções. É o Estado lá.
 
Fronteiras.
Literalmente, significa aquilo que se encontra à frente.
É comum o seu emprego no sentido de linha divisória ou limites, entre dois prédios ou entre dois territórios.
No entanto, fronteira e limites se distinguem; 
- limites são linhas de intercessão, linhas de contato, linha de separação entre duas coisas, que se acham juntas ou unidas, mas limitadas ou demarcadas por essas linhas.
- fronteira é o espaço ocupado pela coisa em frente de outro espaço, ocupado por outra coisa; não se mostram linhas , possuindo maior grandeza ou extensão que estas. É a parte da frente que está em frente de outra parte. Não é tão estreita como a dimensão dos limites (apegada aos pontos de contato das duas coisas, mostrando-se a mesma para ambas), enquanto que as fronteiras são duas; uma para cada lado.
As fronteiras podem ser:
- Naturais – estabelecidas por acidentes geográficos.
- Artificiais – fixadas por meio de tratados. Feitas pelo homem. Ex: muro de Berlim.
- Esboçadas – não estabelecidas com precisão. Existe algum marco que se pode identificar como sinal de fronteira
- Morta – O limite está no papel mas, no chão não há identificação.
- Viva – não tem dúvida do limite. É e pronto.
 
População
“Totalidade de habitantes de um país ou de uma região. Designa conjunto de pessoas, ou forma uma classe”: - De Plácido e Silva.
É expressão que envolve um conceito aritmético, quantitativo, demográfico, pois designa a massa total dos indivíduos que vivem dentro das fronteiras e sob o império das leis de um determinado país.
É o conjunto heterogêneo dos habitantes de um país, sem exclusão dos estrangeiros, dos apátridas, dos súditos coloniais, etc. Quando se diz que a população do Brasil é de cem milhões, por exemplo, nesse número não figuram apenas os brasileiros (nacionais) mas a massa total dos habitantes.
Os elementos de outras origens (não nacionais) poderão integrar o grupo nacional pelo processo de naturalização, nacionalização, na forma das leis próprias. Só então poderão exercer os direitos políticos que são privativos dos nacionais.
Povo
Materializa a noção de Estado. É o principal elemento do Estado.
Conjunto dos indivíduos que, através de um momento jurídico, se unem para constituir o Estado, estabelecendo com este um vínculo jurídico de caráter permanente, participando da formação da vontade do Estado e do exercício do poder soberano. 
Essa participação e este exercício podem ser subordinados, por motivos de ordem prática, ao atendimento de certas condições objetivas, que assegurem a plena aptidão do indivíduo . Todos os que se integram no Estado, através da vinculação jurídica permanente, fixada no momento jurídico da unificação e da constituição do Estado, adquirem a condição de cidadãos, podendo-se, assim, conceituar o povo como o conjunto dos cidadãos do Estado.
A aquisição da cidadania depende sempre das condições fixadas pelo próprio Estado, podendo ocorrer com o simples fato do nascimento e determinadas circunstâncias, bem como pelo atendimento de certos pressupostos que o Estado estabelece.
A condição de cidadão implica direitos e deveres que acompanham o indivíduo mesmo quando se ache fora do território do Estado.
Cidadania é a pessoa estar de posse do direito civil e político, participando do Estado. Participação constante em todos os atos.
Cada indivíduo integrante do povo participa também da natureza de sujeito, derivando-se daí duas situações: 
a)                   os indivíduos, enquanto objetos do poder do Estado, estão numa relação de subordinação e são , portanto, sujeitos de deveres. ( súdito )
b)                  enquanto membros do Estado, os indivíduos se acham, quanto a ele e aos demais indivíduos, numa relação de coordenação, sendo, neste caso, sujeitos de direitos.
No início o Estado é criado para servir o povo, depois, avilta-se, e o povo (súdito) é quem serve ao Estado. Hoje, volta-se à origem porém, com sentido de cidadão.
Súdito - Povo - Cidadão (consciência).
Povo = elemento que vai participar
Cidadão = elemento que vai participar “bem”. Quando cidadão específico de um lugar, por exemplo, cidadão brasileiro, tanto se considerada o nacional como o estrangeiro naturalizado, que, sendo cidadão, adquiriu a qualidade de brasileiro pela naturalização.
 
O povo participa na estrutura do Estado, a população não.
Numericamente falando, a população é maior que o povo.
Todas as pessoas que preenchem os requisitos para a formação estatal é povo. O estrangeiro não é.
 
Nação
A nação é uma realidade sociológica (de ordem subjetiva); o Estado uma realidade jurídica (necessariamente objetivo).
São os seguintes os fatores que entram na formação nacional:
a)                   naturais ( territórios, unidade étnica e idioma comum );
b)                  Históricos ( tradições, costumes, religião e leis );
c)                   Psicológicos ( aspirações comuns, consciência nacional etc. ).
Assim, Nação é uma entidade de direito natural e histórico. Conceitua-se como um conjunto homogêneo de pessoas ligadas entre sí por vínculos permanentes de sangue, idioma, religião, cultura e ideais.
- A Nação pode existir sem Estado.
- A Nação tem em comum com os seus cidadãos; a origem, os interesses, os ideais, as aspirações.
- A Nação não é sinônimo de povo.
 
Cidadania - é o direito político conferido ao cidadão para que possa participar da vida política do país em que reside e pode ser; natural (decorre do nascimento). E Legal (através da naturalização).
 
Raça
Nação é uma unidade sócio-psíquica, enquanto raça é uma unidade bio-antropológica.
Uma nação pode ser formada de várias raças. A Nação Brasileira, por exemplo, constituiu-se de três grupos étnicos (lusitano, africano e ameríndio).
Por outro lado, de um só tronco racial podem surgir várias Nações.
A raça é irrelevante para o Estado. A raça interessa à biologia e à antropologia.
O que interessa para o Estado é a nacionalidade.
 
Estado
Organismo político administrativo que, como nação soberana ou divisão territorial, ocupa um , território determinado, é dirigido por governo próprio e se constitui pessoa jurídica de direito público, internacionalmente reconhecida. Sociedade Politicamente organizada.
Cumpre ao Estado dar uma vida digna ao cidadão,
Garante as outras instituições,
Não subsiste sem as outras instituições; é um conceito de sociedade,
É uma das instituições da sociedade.
Sem perder de vista a presença necessária dos fatores não–jurídicos, pode-se conceituar o Estado como a ordem jurídica soberana que tem por fim o bem comum de um povo situado em determinado território. ( Dalmo Dallari )
Estado é uma realidade jurídica. É o órgão executor da soberania nacional
Os vários tipos de estado. O que diferencia um do outro é a forma de apresentação do poder.
 
Elementos constitutivos do Estado
Nesse conceito se acham presentes todos os elementos que compõem o Estado, e só esses elementos. A noção de poder está implícita na de soberania, que, no entanto, é referida como característica da própria ordem jurídica. A politicidade do Estado é afirmada na referência expressa ao bem comum, com a vinculação deste a um certo povo e, finalmente, a territorialidade, limitadora da ação jurídica e política do Estado, está presentena menção a determinado território.
-                      Povo
-                      Poder
-                      Território
-                      Soberania
 
Estado, com características ; sem determinadas características não é Estado.
Finalidade – O objetivo de todos , sem exceção, é vida digna.
O Estado tem que ter Poder e Autoridade.
Legitimidade do poder – como distribuir o Poder. Quanto de Poder.
ESTADO REAL # ESTADO IDEAL
Estado Antigo / oriental / teocrático Sem participação e sem organização.
Igreja = Estado = família
Poder da força política = Econômica = Jurídica
 
Por Estado Antigo, Oriental ou Teocrático, entenda-se às formas mais recuadas no tempo, que apenas começavam a definir-se entre as antigas civilizações do Oriente ou Mediterrâneo. A família, a religião, o Estado, a organização econômica formavam um conjunto confuso, sem diferenciação aparente. Não se distingue o pensamento político da religião, da moral, da filosofia ou das doutrinas econômicas.
Existem duas marcas características desse período; a natureza unitária ( o Estado sempre aparece como uma unidade geral, não admitindo qualquer divisão interior, nem territorial, nem de funções. ) e a religiosidade. ( a presença do fator religioso é tão marcante que o Estado desse período pode ser chamado de Estado Teocrático ).
A influência predominante é religiosa, afirmando a autoridade dos governantes e as normas de comportamento individual e coletivo como expressão da vontade de um poder divino.
Nessa teocracia, há uma estreita relação entre o Estado e a divindade, podendo-se apontar a existência de duas formas diferentes; 
a) em certos casos o governo é unipessoal e o governante é considerado um representante do poder divino, confundindo-se, às vezes, com a própria divindade. A vontade do governante é sempre semelhante à da divindade, dando-se ao Estado um caráter de objeto, submetido a um poder estranho e superior a ele.
b) em outros casos, o poder do governante é limitado pela vontade da divindade, cujo veículo é um órgão especial: - a classe sacerdotal. Há uma convivência de dois poderes, um humano e um divino, variando a influência deste, segundo circunstâncias de tempo e lugar.
 
Estado Grego- Estado forte, as pessoas participam na organização do mesmo.
Cidade Estado – Valor aos cientistas, filósofos, etc. Noções de Democracia.
Auto - suficiência – Um Estado forte não aceita influências dos outros povos. Experiência fechada.
Povo
A característica fundamental do Estado Grego é a cidade – Estado, ou seja, a polis, como a sociedade política de maior expressão. 
O ideal visado era a auto–suficiência, a autarquia, dizendo Aristóteles que a “a sociedade constituída por diversos pequenos burgos forma uma cidade completa, com todos os meios de se abastecer por si, tendo atingido, por assim dizer, o fim a que se propôs. Essa auto-suficiência tem muita importância na preservação do caráter da cidade-Estado, fazendo com que, mesmo quando esses Estados efetuaram conquistas e dominaram outros povos, não se efetivasse expansão territorial e não se procurasse a integração de vencedores e vencidos numa ordem comum.
No Estado Grego o indivíduo tem uma posição peculiar. Há uma elite, que compõe a classe política, com intensa participação nas decisões do Estado, a respeito dos assuntos de caráter público. Entretanto, nas relações de caráter privado a autonomia da vontade individual é bastante restrita. Assim pois, mesmo quando o governo era tido como democrático, isto significava uma faixa restrita da população – os cidadãos – é que participava das decisões políticas, o que também influiu para a manutenção das características de cidade-Estado, pois a ampliação excessiva tornaria inviável a manutenção do controle por um pequeno número.
 
Estado Romano.
Império Mundial - Base familiar - Povo - Magistrados - Cristianismo.
Tem início com um pequeno agrupamento humano, experimentou várias formas de governo, expandiu seu domínio por uma grande extensão do mundo, atingindo povos de costumes e organizações absolutamente díspares, chegando à aspiração de constituir um império mundial. Apesar do longo tempo decorrido e do vulto das conquistas Roma sempre manteve as características básicas de cidade-Estado, desde sua fundação em 754ªC., até a morte de Justiniano, em 565 da era cristã. 
O domínio de uma grande extensão territorial e sobretudo o cristianismo iriam determinar a superação da cidade-Estado, promovendo o advento de novas formas de sociedade política, englobadas no conceito de Estado Medieval.
Uma das peculiaridades mais importantes do Estado Romano é a base familiar da organização, havendo mesmo quem sustente que o primitivo Estado, a civitas, resultou da união de grupos familiares ( as gens ), razão pela qual sempre se concederam privilégios especiais aos membros das famílias patrícias, compostas pelos descendentes dos fundadores do Estado.
Assim como no Estado Grego, durante séculos, o povo romano participava diretamente do governo, mas a noção de povo era muito restrita, compreendendo apenas uma faixa estreita da população. Como governantes supremos havia os magistrados, sendo certo que durante muito tempo as principais magistraturas foram reservadas às famílias patrícias.
Em lenta e longa evolução, outras camadas sociais adquirem e ampliam direitos sem que desaparecesse a base familiar e a ascendência nobre tradicional.
Nos últimos tempos, já com o despontar das idéias de Império (uma das marcas do Estado Medieval), Roma pretendeu realizar a integração jurídica dos povos conquistados mas, mantendo um sólido núcleo de poder político, que assegurasse a unidade e a ascendência da cidade de Roma. Ainda que se tratasse de um plebeu romano, quando este já conquistara amplos direitos, teria situação superior à de qualquer membro dos povos conquistados, até o ano de 212 , quando o imperador Caracala concedeu a naturalização a todos os povos do império.
“o objetivo do edito de Caracala foi político, a unificação do Império; foi religioso, visa aumentar os adoradores dos deuses de Roma; foi fiscal, quer obrigar os peregrinos a pagar impostos nas sucessões; foi social, com vistas a simplificar e facilitar as decisões judiciais, nos casos sobre o Estado e a constituição das pessoas.”( Geraldo de Ulhoa Cintra).
Essa abertura foi o começo do fim, inicia-se uma fase de transição, dinamizada com o Edito de Milão, em 313, em que Constantino assegura a liberdade religiosa no Império, desaparecendo, por influência do cristianismo, a noção de superioridade dos romanos, que fora a base da unidade do Estado Romano.
 
Estado Medieval
Cristianismo – Bárbaros – Feudalismo –Instabilidade (Política, Econômica, Social).
Idade média, classificada por alguns como a noite negra da história da humanidade e glorificada por outros como um extraordinário período de criação, que preparou os instrumentos e abriu os caminhos para que o mundo atingisse a verdadeira noção do universal. No plano do Estado trata-se de período dos mais difíceis, tremendamente instável e heterogêneo, não sendo simples a busca das características de um Estado Medieval.
Ainda assim, é possível estabelecer a configuração e os princípios informativos das sociedades políticas que, integrando novos fatores, quebraram a rígida e bem definida organização romana, revelando novas possibilidades e novas aspirações, culminando no Estado Moderno.
O cristianismo, as invasões dos bárbaros e o feudalismo foram principais elementos que se fizeram presente na sociedade política medieval, conjugando-se para a caracterização do Estado Medieval. 
É preciso ressaltar que mesmo quando as formações políticas revelam intenso fracionamento do poder e nebulosa noção de autoridade, está presente a aspiração à unidade. Quanto maior a fraqueza revelada mas se acentuava o desejo de unidade política que tivesse um poder eficaz como o de Roma e que, ao mesmo tempo, fosse livre da influênciade fatores tradicionais, aceitando o indivíduo como um valor em si mesmo.
O cristianismo vai ser a base da aspiração à universalidade. Superando a idéia de que os homens valiam diferentemente, de acordo com a origem de cada um, faz-se uma afirmação de igualdade, Afirma-se a unidade da Igreja, num momento em que não se via uma unidade política.
Motivos religiosos e pragmáticos levaram à conclusão de que todos os cristãos deveriam ser integrados numa só sociedade política. E, como havia a aspiração de que toda a humanidade se tornasse cristã, era inevitável que se chegasse à idéia do Estado universal, que incluísse todos os homens guiados pelos mesmos princípios e adotando as mesmas normas de comportamento público e particular.
A própria igreja estimula a afirmação do império como unidade política pensando no Império da Cristandade e, com esse intuito é que o Papa Leão III confere a Carlos Magno, no ano de 800, o título de imperador. Entretanto, dois fatores de perturbação influem nesses planos; em primeiro lugar, a infinita multiplicidade de centros de poderes, como os reinos, os senhorios, as comunas, as organizações religiosas, as corporações de ofícios, todos ciosos de sua autoridade e de sua independência, jamais se submetendo à autoridade do Imperados; em segundo lugar , o próprio imperador recusando submeter-se à autoridade da Igreja, havendo imperadores que pretenderam influir em assuntos eclesiásticos, bem como inúmeros papas que pretenderam o comando, não só dos assuntos de ordem espiritual, mas a de todos os assuntos de ordem temporal.
A luta entre Papa e Imperador, que marcaria os últimos séculos da Idade Média, só vai terminar com o nascimento do Estado Moderno, quando se afirma a supremacia absoluta dos monarcas na ordem temporal.
No Estado medieval a ordem era sempre bastante precária, pela improvisação das chefias, pelo abandono ou pela transformação de padrões tradicionais, pela presença de uma burocracia voraz e quase sempre todo-poderosa pela constante situação de guerra ( invasão dos bárbaros ) e, inevitavelmente, pela própria indefinição de fronteiras políticas.
Para que se entenda a organização feudal é preciso ter em conta que as invasões e as guerras internas tornaram difícil o desenvolvimento do comércio. Em conseqüência valoriza-se a posse da terra, de onde todos, ricos ou pobres, poderosos ou não, deverão tirar os meios de subsistência. Assim, toda a vida social passa a depender da propriedade ou da posse da terra, desenvolvendo-se um sistema administrativo e uma organização militar estreitamente ligados à situação patrimonial.
Vai ocorrer através de três institutos jurídicos, a confusão entre o setor público e o privado;
Pela vassalagem os proprietários menos poderosos colocavam-se a serviço do senhor feudal. Obrigando-se a dar-lhe apoio nas guerras e a entregar-lhe uma contribuição pecuniária, recebendo em troca sua proteção. Outra forma de estabelecimento de servidão era o benefício, contratado entre o senhor feudal e o chefe de família que não possuísse patrimônio. Este último recebia uma faixa de terra para cultivar, dela extraindo o sustento de sua família, além de entregar ao senhor feudal uma parcela da produção. Estabelecido o benefício. O servo era tratado como parte inseparável da gleba e o senhor feudal adquiria, sobre ele e sua família, o direito de vida e morte, podendo assim estabelecer as regras de seu comportamento social e privado. Por último, é importante considerar a imunidade, instituto pelo qual se concedia a isenção de tributos às terras sujeitas ao benefício. 
A vassalagem era uma relação jurídica de caráter pessoal, enquanto que o benefício tinha o sentido de estabelecimento de um direito real, mas ambos implicando o reconhecimento do poder político do senhor feudal e contribuindo para que o feudo tivesse sua ordem jurídica próprias, desvinculada do Estado. 
Conjugados os três fatores que caracterizaram o Estado Medieval. mais como aspiração do que como realidade; um poder superior, exercido pelo imperador, com uma infinita pluralidade de poderes menores, sem hierarquia definida; uma incontável multiplicidade de ordens jurídicas, compreendendo a ordem imperial, a ordem eclesiástica, o direito das monarquias inferiores, um direito comunal que se desenvolveu extraordinariamente, as ordenações do feudos as regras estabelecidas no fim da idade média pelas corporações de ofícios. Esse quadro, como é fácil de compreender, era causa e conseqüência de uma permanente instabilidade política, econômica e social, gerando uma intensa necessidade de ordem e de autoridade, que seria o germe de criação do Estado Moderno.
 
Estado Absolutista
Rei - Poder soberano e ilimitado.
Quando a Igreja romana, já no ocaso da Idade Média, começou a sofrer os ataques do liberalismo religioso e da filosofia racionalista, reagiu de maneira vigorosa, enquanto o governo temporal, por sua vez, entrou em luta aberta contra o Papado. Um dos episódios que assinalam o termo inicial dessa luta foi a prisão do Papa Bonifácio VIII por Felipe, o Belo, Rei da França, no século XIV
O Papado deslocou-se de Roma para Avinhão, no Reno, em território francês, permanecendo nesse Cativeiro Babilônico durante sessenta e oito anos. A volta do Papado com Gregório XI a Roma, em 1377, não restaurou o prestígio da Santa Sé, dado o advento do Grande Cisma, com a existência de dois Papas, um em Roma e outro em Avinhão, durante mais trinta anos aproximadamente. 
Liberadas do poder de Roma e fortalecidas pela dissolução do feudalismo, as monarquias medievais caminharam para a centralização absoluta do poder, chegando a suplantar a própria autoridade eclesiástica.
Um dos primeiros expoentes do absolutismo monárquico que se inicia no século XV foi Luiz XI, Rei da França, o qual anexou à coroa os feudos, subjugou a nobreza guerreira e pôs em prática uma violenta política unificadora que seria sustentada por Richelieu e Mazarin, até atingir o seu apogeu com Luiz XIV. 
O absolutismo monárquico que compõe o período de transição para os tempos modernos teve suas fulgurações produzidas pelo verniz teórico dos humanistas da Renascença, os quais afastando os fundamentos teológicos do Estado, passaram a encarar a ciência política por um novo prisma, exageradamente realista.
Ao mesmo tempo em que a Renascença restaurou e aperfeiçoou a majestade das artes antigas restabeleceu, no seu panorama político, os costumes pagãos e a prepotência das cidades gregas e romanas.
É desta época a doutrina de Maquiavel ( O Príncipe )
 
Estado Moderno
Distinção de poder - Liberdade.
As deficiências da sociedade política medieval determinaram as características fundamentais do Estado Moderno. A aspiração à antiga unidade do Estado Romano, jamais conseguida pelo Estado Medieval, iria crescer de intensidade em conseqüência da nova distribuição da terra.
Com efeito, o sistema feudal, compreendendo uma estrutura econômica e social de pequenos produtores individuais, constituída de unidades familiares voltadas para a produção de subsistência, ampliou o número de proprietários, tanto dos latifundiários quanto dos que adquiriram o domínio de áreas menores.
Os senhores feudais, por seu lado, já não toleravam as exigências de monarcas aventureiros e de circunstância, que impunham uma tributação indiscriminada e mantinham um estado de guerra constante, que só causavam prejuízo à vida econômica e social.
Desperta a consciência para a busca da unidade que se concretiza com a afirmação de um poder soberano, no sentido de supremo, reconhecido como o mais alto de todos dentro de uma precisa delimitação territorial.
O Estado Moderno, cujas marcas fundamentais, desenvolvidas espontaneamente, foram-se tornando mais nítidas com o passar do tempo e à medida que, claramente apontadas pelos teóricos, tiveram sua definição e preservação convertidas em objetivos do próprio Estado.
Existe uma grande diversidade de opiniões quanto ao número dos elementos essenciais para a existênciado Estado. 
Em face dessa variedade de posições, sem descer aos pormenores de cada teoria, poderíamos indicar a existência de quatro elementos essenciais - a soberania, o território, o povo e a finalidade -, cuja síntese nos conduzirá a um conceito de Estado que nos parece realista, porque considera todas as peculiaridades verificáveis no plano da realidade social. 
 
Estado liberal
Pouca intervenção estatal - Pouco poder – Individualismo – Separação do poder – Soberania popular – Supremacia constitucional – Direitos e garantias individuais.
O Estado liberal, marcando o advento dos tempos modernos, correspondia nos seus lineamentos básicos com as idéias então dominantes. Era a realização plena do conceito de direito natural, do humanismo, do igualitarismo político que os escritores do século XVIII deduziram da natureza racional do homem, segundo a fórmula conclusiva de que “os homens nascem livres e iguais em direitos; a única forma de poder que se reveste de legitimidade é a que for estabelecida e reconhecida pela vontade dos cidadãos”. 
Quer sob a forma de monarquia constitucional, quer sob a forma republicana, a organização traduzia os ideais que empolgaram o mundo ao tempo das revoluções populares inglesa, norte-americana e francesa:
- soberania nacional, exercida através do sistema representativo de governo;
- regime constitucional, limitando o poder de mando e assegurando a supremacia da lei;
- divisão do poder em três órgãos distintos ( Legislativo, Executivo e Judiciário ) com limitações recíprocas garantidoras das liberdades públicas;
- separação nítida entre o direito público e o direito privado; 
- neutralidade do Estado em matéria de fé religiosa;
- liberdade, no sentido de não ser o homem obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
- igualdade jurídica, sem distinção de classe, raça, cor, sexo, ou crença;
- igual oportunidade de enriquecimento e de acesso aos cargos públicos, às conquistas da ciência e à cultura universitária;
- não-intervenção do poder público na economia particular, etc.
Era esse o arcabouço teórico do Estado Liberal. Entretanto, não correspondia essa teoria com a realidade. Assim como a República de Platão, que fora arquitetada no mundo das idéias, o Estado Liberal seria realizável, como se disse algures, numa coletividade de deuses, nunca numa coletividade de homens.
Empolgados pelas novas idéias racionalistas, fortemente sedutoras mas impregnadas de misticismo, os construtores do Estado Liberal perderam de vista a realidade. Desconheceram uma das mais importantes revoluções que a história política do mundo registra – a revolução industrial -, que se iniciara na Inglaterra em 1770 e que modificaria fatalmente a realidade social em todos os países, criando problemas até então desconhecidos mas perfeitamente previsíveis. Processada à ilharga da revolução popular francesa, continuaria pelos tempos modernos a hostilizar cada vez mais o Estado Liberal, minando os alicerces da sua estrutura.
Em verdade, o liberalismo que se apresentara perfeito na teoria bem cedo se revelou irrealizável por inadequado à solução dos problemas reais da sociedade. Converteu-se no reino da ficção, com cidadãos teoricamente livres e materialmente escravizados.
 
Estado Constitucional
Poder civil – Princípio da legalidade – Poder estatal único.
O Estado constitucional, no sentido de Estado enquadrado num sistema normativo fundamental, é uma criação moderna, tendo surgido paralelamente ao Estado Democrático e, em parte, sob influência dos mesmos princípios. Os constitucionalistas, que estudam em profundidade o problema da origem das constituições, apontam manifestações esparsas, semelhantes, sob certos aspectos, às que se verificam no Estado Constitucional moderno, em alguns povos da antigüidade.
O constitucionalismo, assim como a moderna democracia, tem suas raízes no desmoronamento do sistema político medieval, passando por uma fase de evolução que iria culminar no século XVIII, quando surgem os documentos legislativos a que se deu o nome de Constituição.
Sob influência do jusnaturalismo, afirma-se a superioridade do indivíduo, dotado de direitos naturais inalienáveis que deveriam receber a proteção do Estado; desenvolve-se a luta contra o absolutismo dos monarcas, ganhando grande força os movimentos que preconizavam a limitação dos poderes dos governantes; ocorre a influência considerável do Iluminismo, que levaria ao extremo a crença na razão, refletindo-se nas relações políticas através de uma racionalização do poder. São estes portanto, os grandes objetivos que, conjugados, iriam resultar no constitucionalismo: a afirmação da supremacia do indivíduo, a necessidade de limitação do poder dos governantes e a crença quase religiosa nas virtudes da razão, apoiando a busca da racionalização do poder.
O constitucionalismo teve, quase sempre, um caráter revolucionário.
Da própria noção de Constituição, resultante da conjugação dos sentidos material e formal, resulta que o titular do poder constituinte é sempre o povo. É nele que se encontram os valores fundamentais que informam os comportamentos sociais, sendo ilegítima a Constituição de um indivíduo ou de um grupo e não do povo a que a Constituição se vincula. A Constituição autêntica será sempre uma conjugação de valores individuais e valores sociais, que o próprio povo selecionou através da experiência.
Ainda hoje, não desapareceu a necessidade de impor limitações ao poder para proteção dos valores fundamentais do indivíduo que continua a ser a base da vida social, devendo-se proceder a conjugação dos valores individuais e sociais e promove-los adequadamente.
Para a proteção e promoção dos valores fundamentais de convivência é indispensável o Estado Democrático, que impõe a observância de padrões jurídicos básicos, nascidos da própria realidade.
Não está, portanto, superada a necessidade de se preservar a supremacia da Constituição, como padrão jurídico fundamental e que não pode ser contrariado por qualquer norma integrante do mesmo sistema jurídico. As normas constitucionais, em qualquer sistema regular, são as que têm o máximo de 
eficácia, não sendo admissível a existência, no mesmo Estado, de normas que com elas concorram em eficácia ou que lhes sejam superiores. Atuando como padrão jurídico fundamental, que se impõe ao Estado, aos governantes e aos governados, as normas constitucionais condicionam todo o sistema jurídico, daí resultando a exigência absoluta de que lhes sejam conformes todos os atos que pretendam produzir efeitos jurídicos dentro do sistema.
 
Democracia
Reunindo-se ambos os conceitos, formal e substancial, temos que a Democracia consiste em um sistema político no qual:
1)                  todo poder emana do povo, sendo exercido em seu nome e no seu interesse;
2)                  as funções de mando são temporárias e eletivas;
3)                  a ordem pública baseia-se em uma constituição escrita, respeitado o princípio da tripartição do poder de Estado
4)                  é admitido o sistema de pluralidade de partidos políticos, com a garantia de livre crítica;
5)                  os direitos fundamentais do homem são reconhecidos e declarados em ato constitucional, proporcionando o Estado os meios e as garantias tendentes a torná-los efetivos;
6)                  o princípio da igualdade se realiza no plano jurídico, tendo em mira conciliar as desigualdades humanas, especialmente as de ordem econômica;
7)                  é assegurada a supremacia da lei como expressão da soberania polular;
8)                  os atos dos governantes são submetidos permanentemente aos princípios da responsabilidade e do consenso geral como condição de validade.
 
Instituições ; Todas as instituições de algum modo têm, transmitem, conceitos de moral e Ética.
Em sua principal significação, instituição quer exprimir a criação ou a constituição de alguma coisa, que se personaliza,segundo plano ou bases preestabelecidas, isto é, sob imposição de regras, que passam a regê-las, enquanto existente. Em decorrência, então, é tomado no conceito de conjunto de regras, que se mostram as bases ou os fundamentos da organização ou da entidade formada. E indica a própria organização. Neste sentido, as instituições se dizem públicas ou privadas, segundo a origem da vontade que as formou e o objeto para que se instituíram.. Em decorrência, é a expressão empregada para designar a própria corporação ou a organização instituída, não importa o fim que se destine, isto é, seja econômico, religioso, educativo, cultural, etc. Consideram-se pessoas jurídicas.
	Indica mesmo, usado no plural, o conjunto de órgãos representativos da soberania nacional e que formam o próprio governo
Todas as instituições têm poder; escolas, igreja, empresas, etc. - poder não dominante.
O Estado tem o poder dominante, o poder público que o diferencia das outras instituições.
O Estado é a sociedade politicamente organizada.
A idéia de organização Estatal é evitar o abuso, dosar o poder
 
Soberania. (Qualidade do poder)
Não há Estado perfeito sem soberania.
Soberania é uma autoridade superior que não pode ser limitada por nenhum outro poder.
A Soberania é;
-                      Una - não pode existir mais de uma autoridade soberana em um mesmo território.
-                      Indivisível - o poder soberano delega atribuições, reparte competências, mas não divide a soberania.
-                      Inalienável - é a soberania, por sua própria natureza. A vontade é personalíssima, não se aliena, não se transfere a outrem. O corpo social é uma entidade coletiva dotada de vontade própria, constituida pela soma das vontades individuais.
-                      Imprescritível - é a soberania no sentido de que não pode sofrer limitação no tempo. Uma nação, ao se organizar em estado soberano, o faz em caráter definitivo e eterno.
Qualidade do poder - é o poder de imperium, com amplitude internacional. Poder absoluto e perpétuo.
A soberania é soberana, suprema mas não é absoluta
 
Fontes da soberania (Carismática ou Democrática)
 
- Teoria da soberania absoluta do rei. - A soberania do rei é originária, ilimitada, absoluta, perpétua e irresponsável em face de qualquer outro poder temporal ou espiritual. Os monarcas eram acreditados como representantes de Deus na ordem temporal, e na sua pessoa se concentravam todos os poderes. O poder de soberania era o poder pessoal do rei e não admitia limitações.
- Teoria da soberania popular (teoria do direito divino providencial) - ligada a soberania carismática, vem do povo mas somente no sentido de que o povo é imagem e semelhança de Deus, não é democrática.
O poder público vem de Deus, sua causa eficiente, que infunde a inclusão social do homem e a conseqüente necessidade de governo na ordem temporal. O rei não recebe o poder por manifestação sobrenatural da vontade de Deus, mas por uma determinação providencial da onipotência divina. O poder civil corresponde com a vontade de Deus, mas promana da vontade popular.
- Teoria da soberania nacional.
Ganha corpo com as idéias político-filosóficas do Liberalismo e inspiraram a Revolução Francesa. Ao símbolo da coroa opõe-se o da nação. "A coroa não pertence ao rei; o rei é que pertence à coroa. Esta é um princípio, é uma tradição, de que o rei é depositário, não proprietário".
A nação é a fonte única do poder de soberania. O órgão governamental só o exerce legitimamente mediante o consentimento nacional. 
Vem da noção de povo. Onde nasce o conceito de soberania indivisível.
É teoria nacionalista; a soberania é originária da nação, no sentido estrito de população nacional, não do povo em sentido amplo. Exercem os direitos de soberania apenas os nacionais ou nacionalizados, no gozo dos direitos de cidadania, na forma da lei. A soberania seria Una, Indivisível, Inalienável, Imprescritível.
- Teoria da soberania do Estado.
A soberania é a capacidade de autodeterminação do Estado por direito próprio e exclusivo. O Estado é quem sabe o que é bom. 
A soberania é apenas uma qualidade do poder do Estado, uma qualidade do Estado perfeito. 
O Estado é anterior ao Direito e sua fonte única. O direito é feito pelo Estado e para o Estado; não o Estado para o direito. 
A soberania é um poder jurídico, um poder de direito, tendo sua fonte justificativa na vontade do próprio Estado.
- Teoria Negativista da soberania.
A soberania é uma idéia abstrata. Não existe concretamente. Existe apenas a crença na soberania.
Estado, nação, direito e governo são uma só e única realidade. Não há direito natural nem qualquer outra fonte de normatividade jurídica que não seja o próprio Estado. Conceituando-se o Estado como "organização da força a serviço do direito". 
A soberania resume-se em mera noção de serviço público.
Consideravam a soberania "um princípio ao mesmo tempo indemonstrado, indemonstrável e inútil".
A negação da soberania, acentuou Esmein, só pode levar a um resultado; afirmar o reino da força.
Entre os povos democráticos predomina o conceito de que; soberania, em última análise," é a lei, e esta encontra sua legitimidade no direito natural, que preside e limita o direito estatal" e, segundo os constituintes argentinos; "os homens se dignificam prostando-se perante a lei, porque assim se livram de ajoelhar-se perante tiranos.
- Teoria Realista ou Institucionalista.
A soberania é originária da nação, mas só adquire expressão concreta e objetiva quando se institucionaliza no órgão estatal, recebendo através deste o seu ordenamento jurídico-formal dinâmico.
A soberania é originariamente da Nação (quanto à fonte do poder), mas, juridicamente, do estado (quanto ao seu exercício).
 
A soberania é a vontade do Estado que é a Nação politicamente organizada. Este entendimento não exclui a possibilidade de retornar a Nação o seu poder originário, sempre que o órgão estatal se desviar dos seus fins legítimos, conflitando abertamente com os fatores reais do poder.
O Estado é sempre a racionalização do poder supremo na ordem temporal, armado de força coativa irredutível, autoridade, unidade e rapidez de ação, para fazer face, de imediato, aos impactos e arremetidas das forças dissolventes que tentem subverter a paz e a segurança da vida social.
A fonte é o povo que cria uma máquina administrativa (o governo) para fazer cumprir as normas. O Estado cria a teoria para materializar a idéia.
 
- Escolas Alemã e Austríaca - Natureza estritamente jurídica. É um direito do Estado e é de caráter absoluto. Sem limitação de qualquer espécie, nem mesmo do direito natural cuja existência é negada.(Jellinek e Kelsen, livro Maluf página 34).
 
A guerra é o desrespeito à soberania dos outros.
 Nós, Estado Constitucional - princípio da legalidade.
 
Limites da Soberania.
A soberania é limitada pelos princípios de direito natural, pelo direito grupal e pelos imperativos da coexistência pacífica dos povos na órbita internacional.
- princípios de direito natural - o Estado é apenas instrumento de coordenação do direito, e porque o direito positivo, que do estado emana, só encontra legitimidade quando conforme com as leis eternas e imutáveis da natureza. 
"uma lei humana não é verdadeiramente lei senão enquanto deriva da lei natural; se, em certo ponto, se afasta da lei natural, não é mais lei e sim uma violação da lei - s. Tomás de Aquino".
- pelo direito grupal, isto é, pelos direitos dos grupos particulares que compõem o Estado (grupos biológicos, pedagógicos, econômicos, políticos, espirituais, etc.), bem como pelos imperativos da coexistência pacífica dos povos na órbita internacional.
Sendo o fim do estado a segurança do bem comum, compete-lhe coordenar a atividade e respeitar a natureza de cada um dos grupos menores que integram a sociedade civil.
O Estado existe para servir ao povo e não o povo para servir o Estado.O governo há de ser um governo de leis, não a expressão da soberania nacional simplesmente. As leis definem e limitam o poder. "a autoridade do direito é maior do que a autoridade do Estado".
- No plano internacional - É limitada pelos imperativos da coexistência de Estados soberanos, não podendo invadir a esfera de ação das outras soberanias. Limitam a soberania o princípio da coexistência pacífica das soberanias. Todos os Estados têm seu espaço para fazer seu ordenamento jurídico válido e eficaz dentro de seu território.
 
Estado Perfeito -
É aquele que reúne os quatro elementos constitutivos do Estado em toda sua integridade. 
O elemento governo entende-se como poder soberano irrestrito. 
É característica do Estado Perfeito, sobretudo, a plena personalidade jurídica de direito público internacional.
É a Doutrina Clássica.
 
Estado Imperfeito 
É aquele que, embora possuindo os quatro elementos constitutivos, sofre restrição em qualquer deles.
São tipos de Estados imperfeitos: 
- os vassalos - existiram em toda Idade Média, principalmente sob o império turco. (no império romano, os estados invadidos ficavam sobre as ordens de Roma).
- os protegidos (protetorados) - criados pela diplomacia de pós-guerra.
O Pacto da Sociedade das Nações de 1919, criou diversos protetorados, notadamente a Síria e a Palestina. A França foi a país que mais se valeu desse processo para manter seu vasto império colonial, abrangendo Taiti, Madagascar, Tunísia, Marrocos, etc.
Estado imperfeito é também aquele que perde seu território, mas subsiste pelo reconhecimento do direito internacional.
Exemplo de Estado imperfeito - os judeus que, perdendo seu território não podiam exercer sua soberania.
A tendência, hoje, é não existir mais Estado imperfeito.
No plano do direito público internacional os Estados se dividem em simples e compostos. Lembrar que o direito público interno dá outra divisão (unitários e federais) porque vê o Estado por dentro, na sua estrutura interna. Enquanto o direito público internacional vê o sujeito como unidade ou pluralidade, isto é, como Estado único ou como união de Estados.
Estado simples 
É aquele que corresponde a um grupo populacional homogêneo, com o seu território tradicional e seu poder público constituído por uma única expressão, que é o governo nacional. Compara um Estado com outro.
O Brasil é um Estado simples pois, depois da independ6encia administra sozinho, é independente, sem ordem externa. É um Estado que tem seus elementos perfeitos.
Antes o Brasil, como colônia, era composto pois Portugal interferia, não existiam os elementos fundamentais de um estado.
Hoje, o Brasil não é mais um estado simples por causa do Mercosul (por opção).
Exemplos - França, Portugal, Itália, etc.
 
Estado composto 
É uma união de dois ou mais Estados, apresentando duas esferas distintas de poder governamental, e obedecendo a um regime jurídico especial, variável em cada caso, sempre com a predominância do governo da união como sujeito de direito público internacional.
É uma pluralidade de Estados, perante o direito público interno, mas no exterior se projeta como uma unidade.
São tipos característicos de Estado composto:
a)União Pessoal 
Forma própria da monarquia, que ocorre quando dois ou mais estados são submetidos ao governo de um só monarca. De modo geral resulta esse fato em direito de sucessão hereditária.
Na união pessoal os Estados conservam a sua autonomia interna e internacional. Ligam-se apenas pela pessoa física do imperante.
Para Pedro Calmon, "a união pessoal é um acidente de ordem dinástica: segue a sorte das famílias reais. Cessada a razão política ou jurídica que determinou a união, cessa o fato.
b)União Real 
É também uma forma tipicamente monárquica. Consiste na união íntima e definitiva de dois ou mais estados, conservando cada um a sua autonomia administrativa, a sua existência própria, mas formando uma só pessoa jurídica de direito público internacional.
Foram exemplos de união real; Escócia, Irlanda, e Inglaterra; Suécia e Noruega, Áustria e Hungria.
c)União Incorporada
É uma união de dois ou mais Estados distintos para a formação de uma nova unidade. Neste caso, os Estados se extinguem; são completamente absorvidos pela nova entidade resultante da incorporação. A Grã-Bretanha é exemplo clássico. Os reinos, outrora independentes, Inglaterra, Escócia e Irlanda do Norte, formaram união pessoal, depois união real e, finalmente, fundiram-se formando um só Estado com a denominação de Grã-Bretanha.
d)Confederação 
É uma reunião permanente e contratual de Estados independentes que se ligam para fins de defesa externa e paz interna. 
Nesta união, os Estados não sofrem qualquer restrição à sua soberania interna, nem perdem a personalidade jurídica de direito público internacional. A par dos Estados soberanos, unidos pelos laços da união contratual, surge a confederação, como entidade supra-estatal, com as suas instituições e as sua autoridades constituídas. É uma nova unidade, representativa de uma pluralidade de Estados.
A união confederada tem duplo objetivo; assegurar a defesa externa de todos e a paz interna de cada um dos Estados confederados, delegando a maior competência ao supergoverno da união confederada.
Segundo Jellinek," a confederação é uma forma instável da união política; a união só pode existir enquanto aos Estados componentes convir; os estados guardam como corolário natural de sua soberania política a possibilidade de, a todo tempo, se desligarem da união, segundo a fórmula: os Estados não foram feitos para o acordo, mas o acordo para os Estados".
A Comunidade dos Estados Independentes (CEI) é o exemplo mais recente da união de Estados sob a forma confederativa.
 
Outras formas.
Enquanto existiu, a URSS, apresentava-se como Estado Federal, sendo, entretanto, uma forma especial de confederação. Para Queiroz Lima, trata-se de "uma cooperação efetiva de nações, com o fim de estabelecer a paz, de forma duradoura, dentro da ordem comunista.
As unidades que integravam a união russa eram classificadas como Repúblicas e gozavam de soberania nos limites da constituição (Lei fundamental). O art.4° da Lei fundamental, embora contivesse expressa referência ao sistema federativo, consignava o princípio característico da confederação: cada uma das Repúblicas Federadas conserva o direito de abandonar livremente a união.
Porém, a teoria não correspondia a realidade: as unidades que procuraram desligar-se, foram submetidas pelas armas russas.
A Espanha republicana adotou também um sistema federativo especialíssimo: a autonomia provincial é semelhante à autonomia municipal nos EUA, onde as comunas gozam de pleno direito de auto-organização administrativa, com acentuado teor de autonomia política.
 
Império Britânico 
"forma de Estado sui generis que desafia qualquer classificação"- Lord Balfour.
Gigantesca construção política que se estende pelas cinco partes do mundo, abrange quase um quarto da superfície habitável da terra, reúne perto de meio bilhão de almas e compreende mais de cinqüenta governos.
O Império Britânico não é confederação, nem federação, nem união pessoal ou real, mas sim, interessante combinação de Colônias da Coroa, Domínios e outras unidades que formam a Britsh commonwealth - " um grupo de nações livres", segundo Ware.
As unidades que integram esse vasto Império dividem-se em quatro classes distintas;
a)Colônias da Coroa - integralmente submetidas ao governo inglês e diretamente administradas pelas autoridades da metrópole.
b)Colônias com Instituições Representativas - possuem instituições legislativas próprias mas sem governo responsável; a função executiva subordina-se ao governo central, não à assembléia local. 
Esse duplo sistema não funcionou e essas colônias ou regridem à condição de colônia da coroa ou evoluem para a forma de colônia autônoma.
c)Colônias autônomas - desenvolvidas social,política e economicamente, adquirem autonomia, organizando-se nos moldes do regime parlamentar inglês, com executivo colegiado e responsável perante a própria assembléia dos representantes nacionais. 
d)Federações Coloniais - evolução do regime de autonomia, que desfrutam de amplas prerrogativas, até mesmo no campo do direito público internacional. Possuem certos atributos de soberania pois mantêm representantes diplomáticos nos países estrangeiros e firmam tratados. 
Vários países da Commonwealth faziam parte da ONU como membros originários.
Três princípios foram fixados em 1926, como garantia das boas relações entre os domínios e a Metrópole; a) o reconhecimento de um só rei.; b) a igualdade de estatutos; c) a livre associação.
Todos os membros do agregado britânico prestam obediência à Coroa, que é símbolo vivente da união. 
O espírito prático dos ingleses, sua elevada cultural democrática, profundo senso de compreensão e tolerância, a sagacidade e a prudência dos seus estadistas são fatores que explicam a permanência dessa vasta estrutura política no correr dos tempos.
 
Estado Unitário
É aquele que apresenta uma organização política singular, com um governo único de plena jurisdição nacional, sem divisões internas que não sejam de ordem administrativa. O Estado unitário é o tipo normal, o Estado padrão. 
França, Portugal, Bélgica, Holanda, Uruguai, Panamá, Peru são Estados unitários.
Embora descentralizados em municípios, distritos, ou departamentos, tais divisões são de direito administrativo. Não têm esses organismos menores uma autonomia política.
Somente de um lugar saem as leis válidas para todo o espaço geográfico.
PL unicameral - poder legislativo, uma casa só.
 
Estado Federal.
É aquele que se divide em províncias politicamente autônomas, possuindo duas fontes paralelas de direito público, uma nacional e outra provincial. Brasil, EUA, México, Argentina, e Venezuela são estados federais.
O que o caracteriza é o fato de, sobre o mesmo território e sobre as mesmas pessoas, se exercer, harmônica e simultaneamente, a ação pública de dois governos distintos: o federal e o estadual.
O Estado federal é uma organização formada sob a base de uma repartição de competências entre o governo nacional e os governos estaduais, de sorte que a União tenha supremacia sobre os Estados membros e estes sejam entidades dotadas de autonomia constitucional perante a mesma união.
O Estado federal é um Estado de Estados. 
 
Resumo de Estado federal;
a)As unidades federadas não são atados na exata acepção do termo; são Províncias, como no Brasil-Império, na Argentina e em outras federações.
Segundo a doutrina Norte Americana, denomina-se Estados-membros.
b)O Poder de auto-determinação dos Estados-membros denomina-se autonomia, não soberania. Os Estados membros só têm personalidade jurídica de direito público interno, não internacional. Não possuem representações diplomáticas nem firmam tratados.
c)Perante o direito público internacional. A federação é Estado simples, isto é, uma unidade. Só a União é sujeito de direito internacional.
d)No sistema congressual bicameral, próprio da forma federativa, a câmara dos deputados representa a população nacional, e o Senado é composto de delegados dos Estados membros, embora sejam estes eleitos pelo voto popular, em cada unidade.
O governo federal não dispõe de poder de domínio sobre os territórios estaduais; dispõe de poder de jurisdição, nos limites de sua competência.
Além das unidades federadas, são partes integrantes da federação os territórios, sem autonomia política, colocados sob a administração direta do governo central.
O Distrito Federal é a sede do governo da União. É também uma das unidades integrantes da federação e goza de relativa autonomia, devendo necessariamente possuir assembléia Legislativa própria. Entretanto, isso não ocorre na federação brasileira atual.
No Continente americano contam-se cinco Repúblicas federativas: EEUU, México, Brasil, Argentina e Venezuela.
A federação brasileira de fundo eminentemente orgânico, com crescente ampliação de poder central, é analisado em nossa obra "Direito Constitucional".
 
Resumo da aula;
- Províncias politicamente autônomas,
- Autonomia administrativa,
- Princípio da hierarquia da norma (LICC - pag 69 à 82).
- Guardião da constituição Federal (Poder Judiciário). STF (Supremo Tribunal Federal).
- Poder Legislativo Bicameral. - Congresso Nacional - (Senado federal = representa os Estados-membro; e a Câmara dos Deputados = representa o povo).
 
- Princípio da Rigidez Constitucional - é mais difícil emendar do que fazer as leis.
- Intervenção Federal,
- Território - sem autonomia política - o poder determina que um território não tenha autonomia política por razões de segurança nacional. É atitude anti-democrática. 
- Sede - Distrito Federal,
- Má administração só o executivo julga,
- A Argentina usa o termo província para o termo Estado membro,
- O Brasil era unitário centrado - dividiu o Estado unitário em Estados membros.
- No Estado unitário o poder legislativo é quem faz as leis - unicameral.
- A Inglaterra é Estado unitário porém, bicameral. Foge à regra.
Poder- (Capacidade de impor obediência).
O poder é uns dos elementos essenciais constitutivos do Estado.
Sendo o Estado uma sociedade, não pode existir sem um poder, tendo este na sociedade estatal certas peculiaridades que o qualificam, das quais a mais importante é a soberania.
O que caracteriza o poder estatal é a dominação, ou seja o poder de imperium ,que submete os homens ligando sua conduta a um dever jurídico 
Há duas espécies de poder: 
- Poder dominante- possui duas características básicas: é originário e irresistível. Originário porque o Estado moderno se afirma a si mesmo como principio originário dos submetidos, pelo direito que ele próprio se atribui, de dispor, mediante suas leis, em seu território, de todo o poder de dominação. E irresistível por ser um poder dominante onde, dominar significa mandar de modo incondicional podendo exercer coação para que se cumpram as ordens dadas .Ë o poder público capaz de impor o cumprimento de um ordenamento.
- Poder não dominante- é o que se encontra em todas as sociedades que não o Estado, tanto naquelas em que se ingressa voluntariamente quanto nas de que se é integrante involuntário. Assim, mesmo as sociedades políticas só têm o poder não dominante pois não dispõe de imperium.
 
Poder Constituinte- 
A nação tem o direito organizar-se politicamente, como fonte do poder público. Esse poder que ela exerce em determinados momentos chama-se Poder Constituinte.
O poder constituinte é uma função da soberania nacional. É o poder de constituir e reconstituir ou reformular a ordem jurídica estatal. Capacidade de criar ou alterar a norma.
A Constituição, lei fundamental do Estado, provém de um poder soberano ( a nação ou o povo, nas democracias) que não podendo elaborá-la diretamente, em face da complexidade do Estado moderno, o faz através de representantes eleitos e reunidos em Assembléias Constituinte. Tanto pode ser exercido para a organização originária de um agrupamento nacional ou popular quanto para constituir, reconstruir, ou reformular a ordem jurídica de um Estado já formado
O poder constituinte pode ser;
Originário (quando tem o poder de constituir, fazer nascer, originar uma lei. Cria normas É a própria Constituição federal.
Derivado - é o poder reformador, poder constituinte secundário que consiste na competência para reformar parcialmente ou emendar a Constituição, que não é um código estático, mas dinâmico, que deve acompanhar a evolução da realidade social, econômica e ético-jurídica. Cria as normas infraconstitucionais.
O poder deve ser legítimo e legal.- o poder sendo os anseios da base. O poder exercido pela norma.
 
Poder legal – lei ( ordenamento jurídico do poder ).
Poder ilegal – o poderpela força ( não tem respaldo no ordenamento jurídico )
Poder legítimo - é o poder que o povo quer. A base participa, escolhe. Se não tem apoio da base não é legítimo.
 
É muito mais difícil conceituar a legitimidade do que a legalidade.
Legitimidade –exprime, em qualquer aspecto, a qualidade ou o caráter do que é legítimo ou se apresenta apoiado em lei. Pode referir-se às pessoas, às coisas ou aos atos, em virtude da qual se apresentam todos segundo as prestações legais ou consoante requisitos impostos legalmente, para que consigam os objetivos desejados ou obtenham os efeitos, que se assinalam em lei.
Legítimo – o que está conforme às leis ou que se apresenta cumprindo as determinações legais. Determina o ato, a causa, o direito, apoiado na regra ou revestido das exigências legais, pelo que valerá como de direito. É o que procede legalmente, que é lícito, é permitido, é autorizado. É legal porque procede da lei, está permitido ou autorizado em lei, é amparado ou apoiado em lei.
Legalidade – Exprime a situação da coisa ou do ato, que se mostra dentro da ordem jurídica ou é decorrente de preceitos de lei. É a ação exercida dentro da ordem jurídica ou na conformidade das regras prescritas em lei. Exprime o próprio poder legal
Poder é idéia, nós inventamos, e o governo é a materialização do poder.
Governo é concreto, você sabe onde ele está. E o governo pode fazer cumprir a lei porque nós acreditamos no poder.
 
Formas de Governo
 
Governo- é a própria soberania posta em ação.
- Complexo que disciplina o exercício do poder.
- Autoridade, possibilidade de suscitar obediência 
- Conjunto das funções necessárias à manutenção da ordem jurídica e da administração pública.
Seu requisito essencial é a independência tanto na ordem interna como na ordem externa. Se o governo não é independente e soberano não é um estado perfeito e sim um semi- Estado.
Alguns doutrinadores colocam o governo como elemento constitutivo do Estado no lugar de poder.
Governo é o conjunto das funções pelas quais, no Estado, é assegurada a ordem jurídica. Este elemento estatal apresenta-se sob várias modalidades; quanto a sua origem, natureza e composição, do que resultam as diversas formas de governo.
Três aspectos de direito público interno devem ser considerados;
 
a)                   segundo a origem do poder; o governo pode ser de direito ou de fato;
- Governo de direito - é aquele que foi constituído de conformidade com a lei fundamental do Estado, sendo, por isso, considerado como legítimo perante a consciência jurídica da nação.
-                      Governo de fato - é aquele implantado ou mantido por via de fraude ou violência.
 
b)                  pela natureza das suas relações com os governados, pode ser legal ou despótico;
- Governo legal - é aquele que, seja qual for a sua origem, se desenvolve em estrita conformidade com as normas vigentes de direito positivo. Subordinando-se ele próprio aos preceitos jurídicos, como condição de harmonia e equilíbrio sociais.
- Governo despótico - ao contrário do governo legal, é aquele que se conduz pelo arbítrio dos detentores eventuais do poder, oscilando ao sabor dos interesses e caprichos pessoais.
 
c)                   quanto à extensão do poder pode ser constitucional ou absolutista
- Governo constitucional - é aquele que se forma e se desenvolve sob a égide de uma constituição, instituindo a divisão do poder em três órgãos distintos e assegurando a todos os cidadãos a garantia dos direitos fundamentais, expressamente declarados.
- Governo absolutista - é o que concentra todos os poderes num só órgão. Tem suas raízes nas monarquias de direito divino e se explicam pela máxima do cesarismo romano que dava a vontade do príncipe como fonte da lei.
 
Classificação essencial de Aristóteles. 
Aristóteles classificava em duas as formas de governo;
- Normais - que têm por objeto o bem da comunidade, atendem aos interesses gerais e, Anormais - aquelas que visam somente vantagens para os governantes.
 
As formas Normais ou Puras, segundo a classificação de Aristóteles, ainda aceitas, são;
 
a)                   Monarquia - governo de uma só pessoa. A monarquia caracteriza-se pela Honra (Montesquieu). Forma anormal é a Tirania.
b)                  Aristocracia - governo de uma classe restrita. A Aristocracia caracteriza-se pela Moderação (montesquieu). Forma anormal é a Oligarquia.
c)                   Democracia - governo de todos os cidadãos. A Democracia caracteriza-se pela Virtude (Montesquieu). Forma anormal é a Demagogia.
 
Alguns escritores acrescentam uma quarta expressão, a Teocracia (considerada simplesmente uma modalidade de aristocracia ou oligarquia ou plutocracia), que tem como forma anormal a Clerocracia (governo despótico dos sacerdotes), cuja classe governante pode ser formada por nobres, sacerdotes, detentores do poder econômico ou qualquer outro grupo social privilegiado, formando uma aristocracia dominante.
 
Qual a melhor forma de governo? "A corrupção pode ser idêntica em todas as formas de governo; o principal não é o regime em si, mas a virtude na execução dele (Fenelon)".
 
Monarquia e República.
 
Segundo Maquiavel (considerado fundador da ciência política moderna), são duas as formas de governo: Monarquia (ou principado) e República, ou seja, governo da minoria ou da maioria.
 
- Monarquia - O governo é hereditário e vitalício, e suas características são (segundo Queiroz Lima);
a)                   autoridade unipessoal;
b)                  vitaliciedade;
c)                   hereditariedade;
d)                  ilimitabilidade do poder e indivisibilidade das supremas funções de mando;
e)                   irresponsabilidade legal, inviolabilidade corporal e sua dignidade.
Esse conjunto de características pertence à monarquia absoluta. Às monarquias, mesmo, pertencem somente as duas primeiras características.
A forma monárquica não se refere apenas aos soberanos coroados; os consulados e as ditaduras também
A monarquia se subdivide em:
 
- Monarquia Absoluta - todo o poder se concentra na pessoa do monarca. Exercendo ele, por direito próprio, as funções de legislador, administrador e supremo aplicador da justiça, agindo por seu exclusivo arbítrio, prestando contas de seus atos somente à Deus, justificando-se pela origem divina de seu poder.
Na crença popular da origem sobrenatural do poder exercido pelos soberanos coroados repousou a estabilidade das instituições monárquicas desde a mais remota antigüidade até o limiar da Idade Moderna.
Entre as monarquias absolutistas se incluem o cesarismo romano, o consulado napoleônico e certas ditaduras latino-americanas.
 
- Monarquia Limitada - o poder central se reparte admitindo órgãos autônomos de função paralela, ou se submete esse poder às manifestações da soberania nacional. Podem ser de três tipos;
a)                  Monarquia de estamentos (monarquia de braços) - é aquela onde o rei descentraliza certas funções que são delegadas a elementos da nobreza reunidos em Cortes, ou órgãos semelhantes que funcionam como desdobramento do poder real. Geralmente eram delegados a esses órgãos funções de ordem tributiva. É forma antiga típica do regime feudal. Normalmente nomeava pessoa de sua confiança, devido a administração do poder estatal. Classe social, status.
b)                  Monarquia Constitucional - é aquela em que o rei só exerce o poder executivo, ao lado dos poderes legislativo e judiciário, nos termos de uma constituição escrita (Bélgica, Holanda, Suécia, Brasil-Império). Só o que está no ordenamento jurídico. O que o ordenamento determinar.
c)                   Monarquia parlamentar - é aquela em que o rei não exerce função de governo - o Rei reina mas não governa -, segundo a fórmula dos ingleses. O poder executivo é exercido por um Conselho de Ministros (gabinete) responsável perante o Parlamento. A rainha

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