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GESTÃO E FINANCIAMENTO SUS A gestão do SUS Quem são os gestores do SUS? Representantes de cada esfera de governo com funções do Poder Executivo na saúde: No âmbito nacional, o Ministro da Saúde; No estadual, o Secretário de Estado da Saúde; e No municipal, o Secretário Municipal de Saúde. A gestão do SUS Não há hierarquia entre União, estados e municípios, mas há competências para cada um desses três gestores do SUS. A Lei Orgânica da Saúde estabelece em seu artigo 15 as atribuições comuns das três esferas de governo, de forma bastante genérica e abrangendo vários campos de atuação como por ex: A gestão do SUS definir as instâncias e os mecanismos de controle, de avaliação e de fiscalização das ações e dos serviços de saúde; administrar os recursos orçamentários e financeiros destinados, em cada ano, à saúde; elaborar normas técnicas e estabelecer padrões de qualidade e parâmetros de custos que caracterizam a Assistência à Saúde; participar na formulação da política e na execução das ações de saneamento básico e colaborar na proteção e na recuperação do meio ambiente A gestão do SUS No âmbito municipal, as políticas são aprovadas pelo CMS – Conselho Municipal de Saúde; no âmbito estadual, são negociadas e pactuadas pela CIB – Comissão Intergestores Bipartite e deliberadas pelo CES – Conselho Estadual de Saúde (composto por vários segmentos da sociedade: gestores, usuários, profissionais, entidades de classe, etc.); e, por fim, no âmbito federal, as políticas do SUS são negociadas e pactuadas na CIT – Comissão Intergestores Tripartite. A gestão do SUS A gestão federal realizada por meio do Ministério da Saúde. O governo federal é o principal financiador da rede pública de saúde. O Ministério da Saúde formula políticas nacionais de saúde, mas não realiza as ações. Para a realização dos projetos, depende de seus parceiros (estados, municípios, ONGs, fundações, empresas, etc.). Também tem a função de planejar, criar normas, avaliar e utilizar instrumentos para o controle do SUS. A gestão do SUS Ex de funções da gestão federal: formular, avaliar e apoiar políticas de alimentação e nutrição; coordenar e participar na execução das ações de vigilância epidemiológica; estabelecer critérios, parâmetros e métodos para o controle da qualidade sanitária de produtos, substâncias e serviços de consumo e uso humano; A gestão do SUS controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde; prestar cooperação técnica e financeira aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios para o aperfeiçoamento da sua atuação institucional; promover a descentralização para as Unidades Federadas e para os municípios dos serviços e das ações de saúde, respectivamente de abrangência estadual e municipal; A gestão do SUS A gestão estadual Os estados possuem secretarias específicas para a gestão de saúde. O gestor estadual deve aplicar recursos próprios, inclusive nos municípios, e os repassados pela União. Além de ser um dos parceiros para a aplicação de políticas nacionais de saúde, o estado formula suas próprias políticas de saúde. Ele coordena e planeja o SUS em nível estadual, respeitando a normatização federal. Os gestores estaduais são responsáveis pela organização do atendimento à saúde em seu território. A gestão do SUS Ex de funções da gestão estadual: prestar apoio técnico e financeiro aos municípios e executar supletivamente ações e serviços de saúde coordenar e, em caráter complementar, executar ações e serviços de: vigilância epidemiológica, vigilância sanitária, alimentação e nutrição e saúde do trabalhador; coordenar a rede estadual de laboratórios de saúde pública e hemocentros e gerir as unidades que permaneçam em sua organização administrativa; estabelecer normas, em caráter suplementar para o controle e a avaliação das ações e dos serviços de saúde; A gestão do SUS A gestão municipal A estratégia adotada no país reconhece o município como o principal responsável pela saúde de sua população. A partir do Pacto pela Saúde, de 2006, o gestor municipal assina um termo de compromisso para assumir integralmente as ações e serviços de seu território. Os municípios possuem secretarias específicas para a gestão de saúde. O gestor municipal deve aplicar recursos próprios e os repassados pela União e pelo estado. A gestão do SUS O município formula suas próprias políticas de saúde e também é um dos parceiros para a aplicação de políticas nacionais e estaduais de saúde. Ele coordena e planeja o SUS em nível municipal, respeitando a normatização federal e o planejamento estadual. Pode estabelecer parcerias com outros municípios para garantir o atendimento pleno de sua população, para procedimentos de complexidade que estejam acima daqueles que pode oferecer. A gestão do SUS Ex de funções da gestão municipal: planejar, organizar, controlar e avaliar as ações e os serviços de saúde e gerir e executar os serviços públicos de saúde; participar do planejamento, da programação e da organização da rede regionalizada e hierarquizada do Sistema Único de Saúde, em articulação com sua direção estadual; celebrar contratos e convênios com entidades prestadoras de serviços privados de saúde, bem como controlar e avaliar sua execução; executar serviços de vigilância epidemiológica, vigilância sanitária, alimentação e nutrição, saneamento básico e saúde do trabalhador; A gestão do SUS A atuação do gestor do SUS se efetiva por meio do exercício das funções gestoras na saúde. Podem-se identificar quatro grandes grupos de funções gestoras na saúde: formulação de políticas/planejamento; financiamento; coordenação, regulação, controle e avaliação (do sistema/redes e dos prestadores públicos ou privados); e prestação direta de serviços de saúde. A gestão do SUS Na função de formulação de políticas/planejamento, estão incluídas as atividades de: diagnóstico da necessidade de saúde, a identificação das prioridades e a programação de ações. A gestão do SUS Na função de coordenação, regulação, controle e avaliação podemos identificar o empenho continuo em planejar, monitorar e avaliar as ações e serviços de saúde. A gestão do SUS Planejamento Ato de decidir com antecedência o que será feito. Dar direção ao processo de consolidação do SUS É requisito para fins de repasse de recursos e de controle e auditoria. A gestão do SUS Alguns instrumentos de Planejamento no âmbito da saúde: Planos Plurianuais (PPA) Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) Lei Orçamentária Anual (LOA) Planos Nacional, Estadual e Municipal de Saúde Programação Anual de Saúde Relatório Anual de Gestão. A gestão do SUS Avaliação A avaliação é um conjunto de ações que permite emitir um juízo de valor sobre algo que está acontecendo a partir de um paradigma, com o objetivo de ajudar na tomada de decisão. Deve produzir informação e conhecimento que servirão como fator orientador de decisão dos gestores do SUS A gestão do SUS A avaliação pode ser: Direta, por meio da observação, coletando-se dados primários ou Indireta, por meio da análise de indicadores. O olhar direto é realizado sistematicamente: pelas equipes de vigilância sanitária, pelo controle de ações de serviços de saúde, pela auditoria do SUS, pelo controle social e, pelas áreas técnicas especializadas. A gestão do SUS Controle Conjunto de ações e processos que buscam a conformidade da estrutura e prestação de serviços de saúde com as normas estabelecidas. inter-relaciona com várias funções: Planejamento, Contratualização/contratação, Regulação do acesso e Avaliação de serviços e sistemas de saúde. A gestão do SUS Instrumentos de Controle: Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) Programação Física e Orçamentária por Estabelecimento Autorização para Procedimentos Ambulatoriais de Alta Complexidade(APAC). A gestão do SUS Auditoria Conjunto de técnicas que visa verificar estruturas, processos e resultados e a aplicação de recursos financeiros, confrontação entre uma situação encontrada e determinados critérios técnicos, operacionais ou legais, exame de controle na busca da melhor aplicação de recursos, visando evitar ou corrigir desperdícios, irregularidades, negligências e omissões. A gestão do SUS Regulação Regulação na saúde pode ser definida como: criar ou definir normas técnicas e políticas p. ex.: as portarias publicadas pelo Gabinete do Ministro ou dos Secretários, as resoluções do colegiado da ANVISA. Regula: o sistema de saúde a produção direta de ações de saúde nos diversos níveis de complexidade sobre o acesso dos usuários à assistência nestes níveis a contratação dos serviços da rede privada ou filantrópica. Participação da comunidade Controle Social no SUS participação popular na saúde pública: Controle social e gestão participativa Conselhos de Saúde Conferências de Saúde Ouvidorias Participação da comunidade Controle social e gestão participativa Ferramenta para controlar as decisões dos gestores, de acordo com as necessidades e vontade da sociedade. A participação popular garante a execução do controle social. Participação da comunidade Controle social e gestão participativa Participação da comunidade Conselhos de Saúde Espaços públicos de articulação entre governo e sociedade Criação deve ser feita em forma de lei ou decreto; Reuniões são mensais; Composição: Usuários Governo (excluídos os do legislativo e do Judiciário) Prestadores de serviço Trabalhadores de Saúde Participação da comunidade Não confundir CONSELHEIRO X GESTOR Gestor - responsável pela execução da política de saúde. Conselho - aprova as diretrizes dessa política, acompanha as ações e fiscaliza a utilização dos recursos. Participação da comunidade Conferências de Saúde ocorrem nas três esferas de gestão Lei n° 8.142, de 28 de dezembro de 1990 São convocadas pelo Poder Executivo e, extraordinariamente, pelos Conselhos de Saúde das respectivas esferas. E como ocorrem as Conferências? Participação da comunidade Participação da comunidade Ouvidorias Participação da comunidade Ouvidorias Ideal: Estruturada e articulada com os Conselhos de Saúde e com os gestores das três esferas Consegue: Inserir o usuário no processo da administração das ações de saúde. Financiamento do SUS Até meados da déc 90: centralização do sist.de saúde e do seu financiamento na esfera federal. 13/09/00- Emenda Constitucional 29 Estabelece % mínimos das receitas da União,dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, a serem aplicados em ações e serviços públicos de saúde Financiamento do SUS artigo 35 da Lei Orgânica: Critérios para distribuição de recursos: perfil demográfico da região; perfil epidemiológico da população a ser coberta; características quantitativas e qualitativas da rede de saúde na área; desempenhos técnico, econômico e financeiro no período anterior; níveis de participação do setor saúde nos orçamentos estaduais e municipais; previsão do plano qüinqüenal de investimentos da rede e ressarcimento do atendimento a serviços prestados para outras esferas de governo. Financiamento do SUS Com o Pacto pela Saúde (2006), os estados e municípios poderão receber os recursos federais por meio de cinco blocos de financiamento: 1 – Atenção Básica; 2 – Atenção de Média e Alta Complexidade; 3 – Vigilância em Saúde; 4 – Assistência Farmacêutica; e 5 – Gestão do SUS. Antes do pacto, havia mais de 100 formas de repasses de recursos financeiros, o que trazia algumas dificuldades para sua aplicação. Financiamento do SUS Pacto pela saúde: Financiamento do SUS Bloco da Atenção Básica (AB); Bloco integrado por dois componentes PAB-Fixo: recursos mensais regulares e automática ( Fundo a Fundo) PAB-Variável: custeio de estratégias específicas desenvolvidas na Atenção Básica em Saúde Financiamento do SUS Bloco da Atenção de Média e Alta Complexidades; Limite Financeiro da Média e Alta Complexidade financiamento de procedimentos e de incentivos permanentes, transferidos, mensalmente Fundo de Ações Estratégicas e Compensação custeio de procedimentos: regulados pela Central Nacional de Regulação da Alta Complexidade – CNRAC; transplantes; ações Estratégicas Emergenciais, com prazo pré-definido; Novos procedimentos Financiamento do SUS Bloco da Vigilância em Saúde; transferido em parcelas mensais Vigilância Epidemiológica e Ambiental em Saúde prevenção e controle de doenças (ações de rotina) Fortalecimento da Gestão da Vigilância em Saúde em Estados e Municípios Campanhas de Vacinação; Incentivo do Programa DST/AIDS. Financiamento do SUS Vigilância Sanitária em Saúde constituído do Termo de Ajuste e Metas (TAM) e do Piso da Atenção Básica em Vigilância Sanitária (PAB-VISA). União assegurará, se necessário, recurso para compor o Piso Estadual de Vigilância Sanitária (PEVISA). Financiamento do SUS Bloco da assistência farmacêutica: será financiada pelos três gestores do SUS Deve agregar : aquisição de medicamentos e insumos, e organização das ações de assistência farmacêutica necessárias formado pelo: Componente Básico, Componente Estratégico e Componente Medicamentos de Dispensação Excepcional Básico Financiamento do SUS Componente Básico, Parte Fixa: valor com base per capita para ações de assistência farmacêutica para a Atenção Básica Parte Variável: base per capita para ações de Programas de Hipertensão e Diabetes, exceto insulina; Asma e Rinite; Saúde Mental; Saúde da Mulher; Alimentação e Nutrição e Combate ao Tabagismo Financiamento do SUS Componente Estratégico: Progr Estratégicos são responsabilidade do MS: Controle de Endemias: Tuberculose, Hanseníase, etc Programa de DST/AIDS (anti-retrovirais); Programa Nacional do Sangue e Hemoderivados; Imunobiológicos; Insulina. Financiamento do SUS Componente Medicamentos de Dispensação Excepcional Básico patologias que compõem o Grupo 36 Medicamentos da Tabela Descritiva do SIA/SUS. financiamento e aquisição (MS +Estados) Dispensação responsabilidade do Estado http://sna.saude.gov.br/legisla/legisla/tab_sia/ Financiamento do SUS Bloco de Financiamento para Gestão do SUS. iniciativas de fortalecimento da gestão, buscando: Regulação, controle, avaliação e auditoria; Planejamento e Orçamento; Programação; Regionalização; Participação e Controle Social; Gestão do Trabalho; Educação em Saúde; Incentivo à Implementação de políticas específicas
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