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1 PRIMEIRA AULA DE GRAMÁTICA-INTERNET Professora: Sandra Franco Estudo da Gramática. Sujeito. I. Introdução ao estudo de Gramática. II. Sintaxe e termos da oração. III. Estudo do Sujeito. IV. Recomendações finais V. Exercícios. I. Introdução ao estudo da Gramática. vício na fala Pra dizerem milho dizem mio Para melhor dizem mió Para pior pió Para telha dizem teia Para telhado dizem teiado E vão fazendo telhados. Oswald de Andrade Ao escrever, faz-se necessário elaborar as estruturas frásicas, estar atento à correta grafia das palavras, usar a pontuação adequadamente para que o leitor possa compreender a mensagem, assim afirma a gramática normativa. Porém, grandes autores escreveram (e escrevem) textos reconhecidos pela qualidade e criatividade, sem as normas gramaticais sejam rigorosamente observadas – como se lê nesse poema de Oswald de Andrade. Você conhece Monteiro Lobato? Ele não concordava 2 com as regras de acentuação gráfica – o que não significa que ele não as soubesse ou deixasse sempre de segui-las. Você deve pensar em conhecer a gramática como quem pensa em conhecer um instrumento, uma ferramenta: isoladamente a ferramenta, o instrumento, não tem utilidade. Só quando é criada uma situação em que se precise utilizá-los é que terão reconhecido seu valor, entende? Enfim, estudar a gramática é ampliar as possibilidades de expressão na escrita, conhecer a ferramenta para usá-la da forma adequada às nossas necessidades. Segundo a etimologia, gramática é uma palavra de origem grega grammatiké, que significa “a arte de escrever ou ler”. Talvez, no estudo da gramática normativa nas escolas, o prazer de escrever ou ler tenha sido abandonado: estudar gramática passou a ser “decorar” regras e mais regras, às vezes (muitas vezes) sem que se entenda o porquê delas. Claro que o objetivo dessas aulas virtuais será fazer você conhecer, aprender e utilizar a Gramática nos exames vestibulares; mas, vamos tentar fazer de maneira mais prazerosa, mais simples. II. Sintaxe e os termos da oração. Comece relembrando quantas são as partes da Gramática: Fonologia, Morfologia e Sintaxe. Pouco a pouco, cada uma dessas partes irá se revelar em nossos estudos. A primeira parte será a Sintaxe; nela encontraremos estudos sobre as relações que as palavras possuem dentro da oração, ou entre orações. Além de outros elementos importantes na estrutura de nossa língua: Regência, Colocação Pronominal e Concordância. Nessa aula, vamos estudar as funções que as palavras exercem dentro de uma oração. Você lembra o que é oração? Oração é o enunciado, com significado, que contém um verbo ou uma locução verbal. As partes que formam as orações são chamadas dentro da Sintaxe de termos. Observe que não é apenas a palavra que importa nesse estudo, mas a relação entre uma e outra palavra; exemplificando: Ex: Eu ganhei uma blusa. (blusa = substantivo = objeto dessa oração) 3 A blusa era nova. (blusa = substantivo = sujeito dessa oração) O número de palavras que uma oração contém não expressa, necessariamente, o número de termos. O pequeno João comprou os livros solicitados. 3 palavras = sujeito 4 palavras=predicado Claro que quanto mais se dividir os termos da oração, achando seus núcleos, mais se reduzirá o número de palavras a um representar outro termo. Ainda utilizando o exemplo acima: O pequeno João comprou os livros solicitados. 3 palavras = sujeito simples 4 palavras=predicado verbal João= núcleo do suj. comprou= núcleo do pred. o=adjunto adnominal os livros solicitados= objeto direto pequeno=adj.adnominal livros= núcleo do OD os= adjunto adnominal solicitados= adjunto adnominal Confuso? É muita coisa para você guardar? Claro que não... Nós fomos separando os termos, analisando o núcleo de cada um deles e determinando a função daqueles que “iam sobrando”, até chegarmos a última palavra da oração, ao último termo. Vamos estudar a função que cada uma das palavras pode exercer, a partir de três grupos de termos: a. Termos essenciais: Sujeito e Predicado. b. Termos integrantes: Complementos Verbais, Complemento Nominal, Agente da passiva. c. Termos acessórios: Adjuntos e Aposto. III. Estudo do Sujeito. Sujeito: termo sobre o qual se declara algo. Observe que é considerado essencial na oração; normalmente, o verbo concorda com o sujeito, então, tente primeiro identificar o verbo – é uma boa dica para você não errar na classificação. 4 1. Simples: apresenta um único núcleo. “Jorge tirava as luvas, calado.” 2. Composto: apresenta dois ou mais núcleos. “Àquela hora D. Felicidade e Luísa chegavam ao Passeio.” 3. Oculto, elíptico ou desinencial (não consta na NGB – Nomenclatura Gramatical Brasileira): ocorre quando a terminação verbal indica o pronome pessoal; ou, interpreta- se o sujeito através do contexto. “Pelas três da tarde, Juliana entrou na cozinha e atirou-se para uma cadeira, derreada.” Sabemos, pelo contexto, que foi “Juliana” quem se atirou na cadeira, certo? “Juliana” será sujeito simples para o verbo entrar. E o sujeito do verbo atira-se? Subentende-se; por isso é chamado elíptico. O sujeito simples, o composto e o oculto, na Gramática, são chamados determinados. 4. Por vezes, o sujeito da oração não é determinado: ou porque o emissor não quer identificá-lo ou porque não se sabe, precisamente, quem é ele; informa-se a ação feita por este sujeito. Indeterminado: “Cortaram-me o cabelo...- murmurou tristemente.” “No Rocio, sob as árvores, passeava-se; pelos bancos gente parecia dormitar...” Observe as estruturas das orações com sujeito indeterminado: 1. verbo na 3a do plural (sem referência a sujeito no contexto) 2. verbo na 3a do singular + se (não transitivo direto) (índice de indeterminação do sujeito) 5 Importante notar que o verbo da 2a estrutura não poderá ser VTD. O motivo é simples: a estrutura VTD + SE forma VOZ PASSIVA SINTÉTICA – matéria que será estudada posteriormente; mas, você já pode guardar essa informação: na voz passiva, o objeto direto (complemento verbal) passará sempre a sujeito paciente. Essa é a característica principal da voz passiva; portanto, se o objeto será o sujeito, não se pode falar em sujeito indeterminado – ele será paciente (não faz ação), simples ou composto, fica combinado? Vamos ver um exemplo dessa ocorrência: a.O aluno comprou um livro. (Voz Ativa – sujeito é agente) b.Um livro foi comprado pelo aluno. (Voz Passiva Analítica – sujeito é paciente) c.Comprou-se um livro. (Voz Passiva Sintética) Os termos em destaque nas orações acima têm função de sujeito.Veja: “um livro” era objeto direto na oração 1 e passou a ser sujeito nas orações 2 e 3. Voltaremos a esse tema. IV. Recomendações finais. Todos os exemplos para a classificação do sujeito foram extraídos do romance O Primo Basílio de Eça de Queirós, uma obra literária sempre requisitada nos exames de Literatura; conseqüentemente, as questões de Gramática também podem ser retiradas de textos literários. É importante, portanto, que você aprenda a reconhecer os termos nesses textos. Outras estruturas, mais simples, aparecem nos exercícios, treine. Não se esqueça de, em suas leituras, começar a observar as estruturas sintáticas – será uma forma de fixar a nomenclatura e facilitar a análise dos termos em estruturas mais complexas. Estudaremos os outros termos da oração e, em vários exercícios, retomaremos essa classificação vista, para que você perceba as diferentes formas de o vestibular explorar o assunto. Se tiver dúvidas, escreva. Grande abraço! 6 EXERCÍCIOS Procure avaliar seus conhecimentos sobre sujeito. Vamos responder aos exercícios? Todos eles já foram questões de vestibulares. Leia atentamente os enunciados: essa é regra no 1 para que você tenha bom desempenho. 1. (UFMT) A propósito do trecho que segue, aponte o sujeito desupõe: “O idealismo supõe a imaginação entusiasta que se adianta à realidade no encalço da perfeição.” a) a imaginação entusiasta b) o idealismo c) a imaginação d) entusiasta 2. (PUCSP) Em relação ao trecho: “Pregada em larga tábua de pita, via-se formosa e grande borboleta, com asas meio abertas, como que disposta a tomar vôo.”, podemos afirmar que o sujeito da oração principal é: a) simples, tendo por núcleo implícito alguém. b) composto, tendo por núcleos formosa e grande. c) simples, tendo por núcleo asas. d) indeterminado, tendo por índice de indeterminação do sujeito a partícula se. e) simples, tendo por núcleo borboleta. 3. (UNIMEP-SP) Existem muitas definições de sujeito. Uma delas é: “Sujeito é aquele que pratica a ação verbal”. Das frases a seguir, qual contraria tal definição? a) O rato foi comido pelo gato. b) O rapaz leu o gibi. c) A menina brinca com a boneca. d) O menino entregou o jornal. e) Viajo todos os domingos. 7 4. (FOC) Duas das orações abaixo têm sujeito indeterminado. Assinale-as. I. Projetam-se avenidas largas. II. Há alguém esperando você. III. No meio das exclamações, ouvi-se um risinho de mofa. IV. Falava-se muito sobre a possibilidade de escalar a montanha. V. Até isso chegaram a dizer. a)I e II. b)III e IV. c)IV e V. d)V e VI. 5. (FF-RECIFE) Nas orações a seguir: I. No trabalho, use equipamento de proteção. II. Júlio, no clube, falaram mal de você. III. Vendeu-se a pá. O sujeito é, respectivamente: a) simples, simples, simples. b) oculto, simples, simples. c) indeterminado, indeterminado, simples. d) oculto, indeterminado, simples. e) oculto, indeterminado, indeterminado. RESPOSTAS AOS EXERCÍCIOS PROPOSTOS: 1. b 2. e 3. d 4. c 5. d 1 SEGUNDA AULA DE GRAMÁTICA - INTERNET Professora: Sandra Franco I. Estudo da oração sem sujeito: verbo HAVER. II. Outras estruturas de oração sem sujeito: a. verbos que indicam fenômenos da natureza. b. verbos SER, ESTAR e FAZER. III. Concordância dos verbos impessoais: verbo HAVER. IV. Regra geral de concordância verbal e a concordância dos outros verbos impessoais. V. Locuções Verbais: influência do verbo impessoal. VI. Verbo SER: exceção à regra dos impessoais. VII. Casos especiais de oração sem sujeito: a. verbos em sentido figurado. b. uso do verbo TER em lugar de HAVER. c. verbos PARECER e FICAR. d. verbos BASTAR e CHEGAR, seguidos de preposição. _______________________________________________________ __ I. Oração sem sujeito – Sujeito Inexistente. Já sabemos qual a definição mais comum nas Gramáticas sobre sujeito: trata-se de um termo essencial sobre o qual se declara algo”; porém, com razão, muitos estudiosos da língua acreditam ser equivocada essa definição. Basta verificar que, em nossa língua, existe a oração sem sujeito, portanto, não se pode afirmar que o sujeito é essencial; poder-se-ia dizer que o essencial é classificar o sujeito – esta, sim, uma afirmação que podemos fazer sem risco de errar. Na oração sem sujeito, não um termo sobre o qual se declare algo; simplesmente, faz-se uma declaração, informa-se alguma coisa, trata-se de uma constatação. Tanto é assim que os verbos que indicam fenômenos da natureza são impessoais: não admitem sujeito, por quê? Porque se diz “chove forte”, constata-se o fenômeno natural. E se seguirmos a definição convencional de sujeito, procurando nesta frase sobre o que se está falando, chegaremos à conclusão de que se está falando 2 do próprio fenômeno, que é expresso pelo verbo e não por um substantivo ou pronome, entendeu? Diferente seria afirmar “a chuva está forte”, aqui se está afirmando algo sobre “a chuva”. Feita essa introdução, você deverá preocupar-se em perceber quais as estruturas verbais que representarão as orações sem sujeito. Fique atento (usei o masculino em “atento” em virtude de nossa língua ser tendenciosa, fixando o masculino como gênero predominante, quando nos referimos a substantivos de gêneros diferentes – mas, como mulher, não concordo com essa arbitrariedade...certo, meninas?) às estruturas e ao sentido – desta forma, entendendo a oração, você não correrá qualquer risco de errar. Vamos lá! Você encontrará muitas orações sem sujeito com o verbo HAVER, desde que ele esteja no sentido de existir, ocorrer, acontecer ou indicando tempo passado.Veja alguns exemplos: Havia muitos curiosos na rua. (HAVER - no sentido de existir) Há um ano não nos encontrávamos. (HAVER - indicando tempo passado) II. Outras estruturas de oração sem sujeito O verbo SER, quando usado para indicar circunstâncias ligadas a tempo, clima, distância e indicação de horas. São 7 horas. (SER – indicando horas, distância, temperatura) Chovia naquela noite. (Fenômenos da natureza) Atenção também aos verbos FAZER e ESTAR, indicando circunstâncias relacionadas a tempo ou clima. Fazia calor na sala. (FAZER – indicando tempo passado ou clima) Está 30o graus em São Paulo. (ESTAR – indicando clima) 3 III. Concordância dos verbos impessoais - HAVER O verbo HAVER, quando impessoal, não admite sujeito e deverá ser flexionado na 3a.pessoa do singular. Havia muitos alunos na sala.(CORRETA) Haviam muitos alunos na sala.(INCORRETA) O verbo HAVER sempre será impessoal? Não, pois ele poderá ser empregado como auxiliar nos tempos compostos será flexionado no plural, se houver um sujeito plural. Os alunos haviam feito várias perguntas ao professor. IV. Regra geral de Concordância Verbal: verbo concorda com o sujeito. Existiam muitos alunos na sala.(CORRETA) (Sujeito) Existia muitos alunos na sala.(INCORRETA) OUTROS VERBOS IMPESSOAIS Os verbos que indicam FENÔMENOS DA NATUREZA são impessoais, não admitem sujeito e devem ficar na terceira pessoa do singular. É o que se ocorre com os verbos: chover, gear, nevar, trovejar, amanhecer, anoitecer, relampejar. Preste atenção ao verbo quando usado em sentido figurado; neste caso, ele concordará com o sujeito presente na oração: “Choveram comentários sobre você”; na frase, o sujeito é comentários, por isso o verbo foi colocado no plural. O verbo FAZER, ao indicar tempo decorrido, não admite plural, pois não possui sujeito, deve ser usado na 3a. pessoa do singular, tal qual o HAVER. Faz dois anos que não o encontro.(CORRETA) – “dois anos” é o objeto do verbo. Fazem dois anos que não o encontro.(INCORRETA) III. Verbos impessoais, formando locução verbal: O verbo principal, o último escrito na locução verbal (auxiliar + verbo principal), será aquele a indicar qual deverá ser a flexão do verbo auxiliar: assim, se o verbo principal for um impessoal, o auxiliar também o será; se o principal for pessoal, o auxiliar concordará com o sujeito presente. 4 Deve haver questões mais simples. (Oração sem sujeito) Devem existir questões mais simples.(Sujeito é “questões”) Há de haver questões mais simples. (Oração sem sujeito) Hão de existir questões mais simples.(Sujeito é “questões”) VI. O verbo SER concorda com predicativo (representado por indicação numérica). O verbo SER “escapa” da regra dos impessoais. São 7 horas. Amanhã serão 27 de março. Eram 13 quilômetros até sua casa. Devem ser 2 horas agora. VII. Casos especiais: 1.Verbos em sentido figurado: concordam com o sujeito. Choveram comentários sobre as circunstâncias do fato. (sujeito) 2.Verbo TER usado como HAVER: torna-se impessoal. Tinha muitas testemunhas no local. 3.Verbos PARECER e FICAR: Parecia noite, de tantas nuvens escuras. De repente, ficou dia. 4.Verbos BASTAR e CHEGAR + DE: Basta de violência! Chega de tanta confusão! EXERCÍCIOS 1. (UFPB) Há oração sem sujeito no período: a.“Numa terça-feira me chamaram.” b.“Abria-se para mim, de repente, um céu.” 5 c.“Itabaiana estava a um salto do Santa Rosa.” d.“Não há judiação, coronel.” 2. (PUCC-SP) Identifiquea frase em que o uso da forma verbal é incorreto: a.Já fazem três semanas que não a vejo. b.Naquelas férias ficou ventando muitos dias. c.Estará havendo comemorações na sala ao lado? d.Não será por deslizes pequenos que iremos condená-lo. e.Não constam em nossos arquivos os nomes que você procura. 3. (Fuvest/GV-SP) Assinale a alternativa que tem oração sem sujeito: a.Existe um povo que a bandeira empresta. b.Embora com atraso, haviam chegado. c.Existem flores que devoram insetos. d.Alguns de nós ainda tinham esperança de encontrá-lo. e.Há de haver recurso desta sentença. 4. (Fatec) Assinale a alternativa incorreta: a.Em “Fazia um pouco mais que manhã”, o verbo fazer é impessoal e não equivale, gramaticalmente, ao verbo haver em “Havia-se passado uma semana desde então”. b.O significado de fazer corresponde, em “Fazia um pouco mais que manhã”, ao significado de ser ou estar em “Era pouco mais de meio-dia” ou “Estava uma tarde ensolarada.” c.É correto dizer “Haviam-se formado dois grupos contrários”, assim como “Devem haver dois grupos contrários em formação.” d.São igualmente corretas as formas “Fazia anos que ela esperava” e “Eram anos de espera”. e.Estão corretas as formas verbais em “Até há bem pouco tempo, existiam senadores com cara de vitória-régia”. 6 5. (Fuvest) Reescreva as frases abaixo, substituindo existir por haver e vice- versa: a.Existiam jardins e manhãs naquele tempo: havia paz em toda parte. b.Se existissem mais homens mais homens honestos, não haveria tantas brigas por justiça. RESPOSTAS AOS EXERCÍCIOS PROPOSTOS: 1. d 2. a 3. e 4. c 5. a.Havia jardins e manhãs naquele tempo: existia paz em toda parte. b.Se houvesse mais homens honestos, não existiriam tantas brigas por justiça. 1 TERCEIRA AULA DE GRAMÁTICA - INTERNET Professora: Sandra Franco Predicação Verbal e Complementos Verbais 1. Definição de Predicado. 2. Tipos de verbo no predicado: a) verbos transitivos; b) verbo intransitivo; c) verbo de ligação. 3. Resumos. 4. Exercícios. _______________________________________________ A predicação é o tipo de relação que o verbo mantém com o sujeito da oração. De acordo com essa relação, há dois grupos de verbos: os de estado ou de ligação e os nocionais ou significativos. A predicação de um verbo só pode ser determinada através do contexto da frase em que ele aparece. 1. Predicado: termo que apresenta a informação sobre o sujeito. Todo predicado apresenta obrigatoriamente um verbo ou uma locução verbal. Esses verbos serão classificados segundo sua predicação. A começar pelos verbos considerados nocionais, recordemos que eles se dividem em transitivos ou intransitivos. a) Quanto aos Verbos Transitivos: o sentido do processo verbal passa para um complemento, chamado de Objeto. a.1) Verbo Transitivo Direto 2 “Através dos varões viam, descendo num declive, telhados escuros, intervalos de pátios, cantos de muro (...)” Do raciocínio você se recorda: “quem vê, vê algo”; e esse algo que recebe a ação do verbo será o objeto recebedor. Chama- se objeto direto àquele complemento verbal que não apresenta preposição obrigatória. A palavra que deve exigir a preposição será o verbo; caso surja uma preposição no objeto, que não tenha sido “exigência” do verbo, você e terá um caso de objeto direto preposicionado. Observe os exemplos: A mãe ao próprio filho não conhece. Nesse caso, houve uma inversão dos termos na frase, o objeto foi colocado antes do verbo. Como saber, então, qual é o sujeito e qual é o objeto? A solução foi a de se colocar uma preposição naquele termo que se pretendia fosse o objeto, percebeu? Outro exemplo: Marcelo ama a mim. O pronome oblíquo “mim” por ser tônico, nunca será usado sem uma preposição; é característica desses pronomes. Muito bem, como ele usado como complemento de um verbo que não exigia a preposição, poderemos afirmar que esse é um objeto direto preposicionado: a preposição apareceu em virtude da palavra escolhida para representar o objeto. Há outras possibilidades, em outra aula poderemos ver mais exemplos. O importante é que você entenda a estrutura que possibilita o aparecimento deste tipo de objeto. a.2) Verbo Transitivo Indireto “...Mas os desejos de Leopoldina eram vastos: invejava uma larga vida (...)...Porque gostava do monte – dizia- fazia-lhe bater o coração.” Claro que você observou a presença de outros verbos no trecho; mas, o verbo destacado é o transitivo indireto: que “gosta”, “gosta de” algo ou de alguém. A preposição se faz obrigatória por exigência do verbo. 3 Você poderia tentar classificar os outros verbos presentes, bem como seus respectivos objetos; é um bom treino! a.3) Verbo Transitivo Direto e Indireto “Quando era do tempo do Gama, isso sim! Nunca ia que me não desse os seus dez tostões, às vezes meia libra.” Atenção: os complementos verbais (OD e OI) são normalmente representados por substantivos; é possível, porém, que pronomes pessoais do caso oblíquo estejam substituindo os substantivos: me, te, se, nos, vos > podem ter função de OD ou OI. lhe, lhes > sempre terão função de OI o, a, os, as > sempre terão função de OD. Observação:acima foram expostos apenas os pronomes oblíquos átonos, que apresentam como característica estarem sempre ligados ao verbo (antes, no meio ou depois dele). Há os pronomes oblíquos tônicos: mim, ti, si, que normalmente serão OI, já que exigem sempre uma preposição; nada impede que sejam usados como objetos diretos preposicionados. Vale observar também que, quando forem usados os pronomes átonos o, a os, as, a terminação dos verbos transitivos diretos se faz importante: *Verbos terminados em –r -s > acrescenta-se “l” aos pronomes -z Os fonemas finais -r, -s e –z são cortados e acrescenta-se o –l; esta é questão de eufonia, quer dizer, busca-se o som mais agradável para a pronúncia. Exemplos: vender + o = vendê-lo quis + a = qui-la fez+ as = fê-las 4 *Verbos terminados em –m ou em som nasal > acrescenta-se “n” aos pronomes Exemplos: venderam + o = venderam-na põe + a = põe-na b) Verbo Intransitivo:aquele que não precisa de complemento, pois já possui significação completa. Só o contexto irá revelar essa classificação. Dizer que o verbo “dormir” é sempre intransitivo poderá ser equivocado em uma frase como esta: “Julio dormiu um sono tranqüilo, como há muito não fizera...”. Veja: “um sono tranqüilo” é objeto de “dormir”, certo? Já no exemplo abaixo, os dois verbos são intransitivos: “Sebastião desceu, respirou largamente...” Atenção:há uma circunstância exposta após o verbo, através do advérbio de modo “lentamente”. Observe que é comum estarem presentes circunstâncias de ocorrência do processo verbal; mas essas circunstâncias de tempo, modo, lugar,companhia e outras, não são complementos verbais. De fato, gramaticalmente, podem estar presentes em qualquer oração, qualquer que seja a predicação verbal. Então, não confunda adjunto adverbial com complemento verbal. c) Verbo de Ligação: liga sujeito ao predicativo do sujeito. “E eu a maçá-la! É necessário alguma coisa? Quer que vá chamar o médico?” O verbo de ligação é “esvaziado” de significado; ele somente liga o sujeito ao predicativo do sujeito, que é o atributo, a característica desse sujeito. Para entender o que significa estar “vazio” de significado ou “com significado” compare: Ele estava feliz. (O verbo está “vazio”, quer-se privilegiar a informação presente no predicativo) 5 Ele estava na sala. (O verbo é “cheio de significado” – nocional; quer-se privilegiar o processo verbal: o sujeito fez a ação de “estar”, de ter permanecido na sala.) 3. Resumos Uma síntese das características dos objetos para que você possa fixar o aprendido (ou revisto) nesta aula. Lembre-se de que os complementos verbais são os chamadostermos integrantes da oração: são elementos que dependem da presença de ou outro para existirem. recebem a ação verbal; completam o sentido dos verbos transitivos; dividem-se em: *direto – sem preposição obrigatória; *indireto – com preposição obrigatória. *direto preposicionado – com preposição não exigida pelo verbo. Um quadro resumo sobre predicação verbal: Verbos Transitivos: apresentam complemento verbal. VTD > OD e ODP VTI > OI VTDI > OD e OI Verbo Intransitivo: apresenta significado completo. Verbo de Ligação: liga sujeito a predicativo do sujeito. Responda aos exercícios e treine. Escreva, caso haja dúvidas. Um abraço! 6 4. Exercícios 1.(UFPB) Os pronomes pessoais oblíquos sublinhados nas frases “...e vejo-a, ainda tomando conta de mim.” “Ela me enchia de carícias.” “...não me dão nunca a verdadeira fisionomia...” desempenham, respectivamente, a função sintática de: a. objeto direto – objeto direto – objeto indireto. b. objeto indireto – objeto direto – objeto indireto. c. objeto direto – objeto indireto – objeto direto. d. Objeto direto – objeto indireto – objeto indireto. e. Objeto indireto – objeto indireto – objeto direto. Vandalismo Meu coração tem catedrais imensas, Templos de priscas e longínquas datas, Onde um nome de amor, em serenatas, Canta a aleluia virginal das crenças. Na ogiva fúlgida e nas colunatas Vertem lustrais irradiações intensas Cintilações de lâmpadas suspensas E as ametistas e os florões e as pratas. Como os velhos Templários medievais Entrei um dia nessas catedrais E nesses templos claros e risonhos... E erguendo os gládios e brandindo as hastas, No desespero dos iconoclastas Quebrei a imagem dos meus próprios sonhos! (Eu, Augusto dos Anjos) 2.(ITA) Assinale a opção em que todos os termos desempenham a mesma função sintática: a. onde, nas colunatas, um dia, das crenças. 7 b. meu coração, um nume, templos, os gládios. c. de amor, de lâmpadas, dos iconoclastas, dos meus próprios sonhos. d. catedrais, aleluia, ametistas, desespero. e. em serenatas, virginal, na ogiva, irradiações, os gládios. 3. Quanto à predicação, os verbos “cantai, entrei, quebrei”, classificam-se, no texto, respectivamente como: a. trans.direto – intransitivo – trans. direto b. trans. dir. e ind. – trans. direto – trans. dir. e indireto c. intransitivo – trans. direto – trans. direto d. intransitivo – trans. direto – trans. dir. e indireto e. trans. direto – intransitivo – trans. dir. e indireto 4. (UNIMEP-SP) I. Demos a ele todas as oportunidades. II. Fizemos o trabalho como você orientou. III.Acharam os livros muito interessantes. a.I.Demos-lhe; II.Fizemo-lo; III. Acharam-los. b.I.Demos-lhe; II.Fizemos-lo; III. Acharam-os. c.I.Demos-lhe; II.Fizemo-lo; III. Acharam-nos. d.I.Demo-lhe; II.Fizemos-o; III. Acharam-nos. e.I.Demo-lhe; II.Fizemo-lhe; III. Acharam-nos. 5. (FEFASP) Em que alternativa há objeto direto preposicionado? a.Passou aos filhos a herança recebida dos pais. b.Amou a seu pai com a mais plena grandeza da alma. c.Naquele tempo era muito fácil viajar para os infernos. d.Em dias ensolarados, gosto de ver nuvens flutuarem nos céus de agosto. GABARITO 1.A 2.B 3.A 8 4.C 5.B 1 QUARTA AULA DE GRAMÁTICA - INTERNET Professora: Sandra Franco 1. Predicativos: a)do sujeito; b)do objeto. 2. Predicado: a) verbal; b) nominal; c) verbo-nominal. 3. Resumos. 4. Exercícios. _______________________________________________ Apesar de não estarem enquadrados na Nomenclatura Gramatical Brasileira como termo essencial, integrante ou acessório, os predicativos exercem importante função, especialmente no momento da classificação do predicado. 1. Predicativos: caracteriza o nome a que se refere sempre por meio de um verbo. Pode ser do sujeito e do objeto. a)do sujeito: “Mas Luísa, a Luisinha, saiu muito boa dona de casa: tinha cuidados muito simpáticos nos seus arranjos; era asseada, alegre como um passarinho” “Juliana voltou muito apressada ao quarto de Luísa (...)” A comunidade ficou felicíssima. Os estudantes participaram do evento empolgados. 2 b) do objeto: “Basílio pôs-se a suplicar; que lhe perdoasse! Que doidice, zangar-se por um beijo! Se ela estava tão linda!...Fazia-o doido.” Os estudantes consideram o evento empolgante. 2. P r e d i c a d o é a termo da oração que contém a informação; sempre será formado por um verbo ou uma locução verbal, o qual concordará em número e pessoa com o sujeito. De acordo com a importância da informação, daquilo que se considerar mais importante, o verbo ou o predicativo (ou ambos), é que se realiza sua classificação. Classificação do Predicado a) NOMINAL: quando o núcleo da informação expressa pelo predicado é um nome. “era asseada, alegre como um passarinho” A comunidade ficou felicíssima. (núcleo: predicativo do sujeito) (A estrutura do predicado será formada por um verbo de ligação mais p predicativo do sujeito) b) VERBAL: quando o núcleo da informação expressa pelo predicado é um verbo significativo (transitivo ou intransitivo). Os estudantes participaram do evento. (núcleo: verbo transitivo) A testemunha compareceu. (núcleo: verbo intransitivo) “Sebastião desceu, respirou largamente...” VI VI 3 c) VERBO-NOMINAL: quando o predicado contiver dois núcleos de informação: o verbo significativo (transitivo ou intransitivo) e um nome (predicativo do sujeito ou do objeto). “Juliana voltou muito apressada ao quarto de Luísa...” “Fazia-o doido.” Os estudantes participaram do evento empolgados. (núcleo:VTI) (núcleo: PS) Os estudantes consideram o evento empolgante. (núcleo:VTD) (núcleo: PO) 3. Resumos Predicativos Predicativo do Objeto ¬ característica do objeto. ¬ só em orações com verbos transitivos. ¬ apresenta relação com a ação do verbo. ¬ sempre forma predicado verbo-nominal. Predicativo do Sujeito ¬ característica do sujeito. ¬ após verbo. ¬ antes do verbo, com vírgula. ¬ nas orações com VT, VI ou VL. 4 Predicados Tipos Estrutura Predicado Nominal: VL + PS Predicado Verbal: VT + CV (OD/OI) VI Predicado Verbo-Nominal: VT + PO VT + PS VI + PS Nota: os exemplos literários foram extraídos da obra O Primo Basílio de Eça de Queirós 5. EXERCÍCIOS 1. (PUC) Leia o período a seguir: “Tudo isso é fácil quando está terminado e embira-se em duas linhas, mas para o sujeito que vai começar, olha para os quatro cantos e não tem em que se pegue, as dificuldades são horríveis.” a) Transcreva deste período duas orações formadas pro predicados nominais. b) Indique, respectivamente, os predicativos do sujeito desses predicados nominais. 2. (FEI-SP) Assinale a alternativa em que o termo destacado tenha a função de predicativo do sujeito: a) “Eu sob a copa da mangueira altiva” b) “Não sentiram meus lábios outros lábios” 5 c) “Do tamarindo a flor jaz entreaberta” d) “Já solta o bogari mais doce aroma” e) “Melhor perfume ao pé da noite exala” 3. (PUC-SP) No período “As águas e os astros amam esta região azul, vivem nesta região azul, palpitam nesta região azul”. temos: a) um predicado verbal e dois verbo-nominais, havendo, nos dois últimos, o complemento predicativo do objeto. b) três predicados verbais, sendo que, no primeiro, o complemento é o objeto direto, e nos dois últimos, o objeto indireto. c) três predicados verbo-nominais, havendo, no último,, o complemento predicativo do sujeito. d) três predicados verbais, havendo, em apenas um deles, o complemento objeto direto. e) três predicados verbais formados por verbos intransitivos. 4. (VUNESP) “A pilha de jornais ali no chão, ninguém os guardou debaixo da escada.” “Às suas violetas, na janela, não lhes poupei água.” Assinalar a alternativa que contiver a afirmação correta sobre as duas orações transcritas.a) Nas duas orações há sujeito composto precedendo verbo transitivo direto e indireto. b) Nas duas orações há sujeito indeterminado, e apenas o verbo da segunda oração é transitivo direto e indireto. c) Nas duas orações há inversão da ordem das palavras e ocorrência de complemento verbal pleonástico. d) Nas duas orações ocorre complemento verbal pleonástico, mas apenas na segunda há inversão da ordem das palavras. e) Nas duas orações a ordem é direta e o sujeito é composto. Nota: é possível enfatizar a idéia expressa por um objeto direto ou indireto, utilizando um pronome pessoal oblíquo 6 para substituir o substantivo e repetir o objeto.Observe o exemplo: Aqueles rapazes, eu não os conhecia. (OD) (OD pleonástico) 5. (FGV-RJ) Assinale a análise correta do termo destacado: “Ao fundo, as pedrinhas claras pareciam tesouros abandonados.” a) predicativo do sujeito b) adjunto adnominal c) objeto direto d) complemento nominal f) do objeto direto 6. (UFG-GO) Em uma das alternativas abaixo, o predicativo inicia o período. Assinale-a. a) A dificílima viagem será realizada pelo homem. b) Em sua próprias inexploradas entranhas descobrirá a alegria de viver. c) Humanizado tornou-se o sol com a presença humana. d) Depois da dificílima viagem, o homem ficará satisfeito? e) O homem procura a si mesmo nas viagens a outros mundos. 7. (VUNESP-adaptada) Em “...com as últimas chuvas, o v e r d e rebentou verdíssimo”, identifique as funções sintáticas dos segmentos em destaque. 8. (PUC-SP) Nas orações: “O Pavão é um arco-íris.” e “De água e luz ele faz se esplendor.” temos, respectivamente: a) dois predicados nominais, cujos predicativos do sujeito são arco-íris e esplendor. b) um predicado nominal, cujo predicativo do sujeito é arco- íris, e um predicado verbo-nominal, cujo predicativo do objeto é esplendor. 7 c) um predicado nominal, cujo predicativo do sujeito é arco- íris, e um predicado verbal, cujo objeto direto é esplendor. d) dois predicados verbais, cujos objetos diretos são arco- íris e esplendor. e) um predicado nominal, cujo verbo é de ligação, e um predicado verbal, cujo verbo é intransitivo. 9. (UNIMEP) I. Paulo está adoentado. II. Paulo está no hospital. a) O predicado é verbal em I e II. b) O predicado é nominal em I e II. c) O predicado é verbo-nominal em I e II. d) O predicado é verbal em I e nominal em II. e) O predicado é nominal em I e verbal em II. 10. (FIAM/FIAM-SP) Identifique a função sintática dos termos destacados. “A cara parecia uma perna.” e “Não vi mais nada.” a) objeto direto e aposto b) predicativo do sujeito e aposto c) objeto direto e predicativo do sujeito d) predicativo do sujeito e objeto direto e) aposto e predicativo do objeto Respostas 1. a) “Tudo isso é fácil”; “as dificuldades são horríveis”. c) “fácil”/”horríveis”. 2. c 3. d 4. c 5. a 6. c 7. “o verde”: sujeito “verdíssimo”: predicativo do sujeito 8. d 9. e 10. d 1 QUINTA AULA DE GRAMÁTICA - INTERNET Professora: Sandra Franco 1. Adjunto Adnominal. 2. Palavras que exercem função de Adjunto Adnominal. 3. Como diferenciar Adjunto Adnominal e Predicativo do Objeto. 4. Complemento Nominal. 5. Comparação entre Complemento Nominal e Adjunto Adnominal. 6. Aposto. 7. Exercícios. ___________________________________________________________________ 1. Adjunto Adnominal. Vamos ver mais alguns dos termos da oração: a começar pelo adjunto adnominal, o qual, no estudo isolado, é muito simples para ser compreendido. Comece a reunir as informações sobre a aqueles termos que podem estar, na oração, referindo a nomes, quais sejam: o adjunto adnominal, os predicativos e o complemento nominal; procure observar semelhanças e diferenças. Adjunto Adnominal: termo acessório, que se refere ao substantivo, sem que haja um verbo separando-os. Aquela interessante obra literária obteve um honroso segundo lugar. 2 Nota : veja que no exemplo acima “aquela” é pronome demonstrativo adjetivo; “interessante” e “literária” são adjetivos; “um”, artigo; “honroso”, adjetivo; e, por fim, “segundo” é numeral ordinal adjetivo. 2. Palavras que exercem função de Adjunto Adnominal. É preciso buscar o substantivo que esteja como núcleo de um termo sintático: seja o sujeito o objeto, o complemento nominal, o agente da passiva, o adjunto adverbial, o aposto; enfim, qualquer termo (à exceção do predicado, claro) poderá ter como núcleo um substantivo. Ao lado, ou próximo, desse núcleo, verifique se há algumas dessas classes gramaticais relacionadas abaixo, que a ele estejam referindo-se: As classes gramaticais que exercem função de adjunto adnominal são aquelas que acompanham, normalmente, um substantivo: artigo, adjetivo, locução adjetiva, numeral e pronome. 3. Como diferenciar Adjunto Adnominal e Predicativo do Objeto. Falar em classe gramatical significa falar em morfossintaxe: mas, não confunda morfossintaxe com a sintaxe dos termos da oração. E, já que uma mesma classe gramatical, como é o caso do adjetivo, pode assumir mais um uma função sintática, guarde essa informação: o adjunto adnominal é chamado acessório porque depende da existência de outro termo para existir, neste caso, o substantivo-núcleo de algum termo. Dica: substitua o termo do qual o substantivo for núcleo por um pronome substantivo: o substantivo e o adjunto adnominal, que compõem um mesmo termo, serão substituídos (caso a palavra seja mesmo um adjunto adnominal). 3 Exemplificando: Aquela interessante obra literária obteve um honroso segundo lugar. Sujeito Objeto Direto Ela o obteve. Suj. OD O estudante considerou o evento empolgante. Sujeito Objeto Direto Predicativo do Objeto Ele o considerou empolgante. Suj. OD Predicativo do Objeto 4. Complemento Nominal. Existem nomes (substantivos, adjetivos e advérbios) "que exigem algo para lhes integrar o sentido". Complemento Nominal: termo que completa o sentido dos substantivos, adjetivos e advérbios transitivos. 1.O favorecimento de alguns candidatos foi evidente. (substantivo) 2.As notícias foram favoráveis a alguns candidatos. (adjetivo) 3.A mídia posicionou-se favoravelmente às medidas anunciadas. (advérbio) Leia essa definição que servirá para ratificar seus conhecimentos sobre o tema: Transitividade - Caráter dos nomes e verbos que exigem algo para lhes integrar o sentido. É o que ocorre com os verbos transitivos. Também substantivos, adjetivos e advérbios podem exigir complemento: necessidade de, necessário a, referente a, etc. A 4 transitividade admite graus, indo do zero (intransitividade) à necessidade absoluta: Pedro dançava. Maria dançava uma valsa. Ela é útil ao pai. Tem precisão de assistência. (Zélio dos Santos Jota - Dicionário de Lingüística) 5. Comparação entre Complemento Nominal e Adjunto Adnominal. É possível, sim, confundir estes dois termos na oração, mas um uma única circunstância: se houver um substantivo abstrato e se o termo relacionado a ele estiver preposicionado. Veja como diferenciá-los: A defesa do réu pela advogada foi eficaz. (compl.nom.) (adj.adn.) passivo ativo Resumindo: Adjunto Adnominal Complemento Nominal refere-se a substantivo concreto ou abstrato refere-se apenas a substantivo abstrato preposicionado apenas quando representado por locução adjetiva sempre com preposição apresenta noção ATIVA apresenta noção PASSIVA Leia esse texto, da web page do PEAD (Português Ensino à Distância) - formado por pesquisadores/professores de língua portuguesa da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Aparecida Pinilla, Cristina Rigoni e M. Thereza Indiani - em que, de forma clara os respeitáveis estudiosos da língua apresentam a transitividade de verbos e de nomes (foram feitas pequenas adaptações). 5 O outro vestibular A disputa por um empregonas maiores empresas brasileiras está começando para os estudantes que concluirão a faculdade no final do ano. Quem já passou pela experiência sabe que, perto dela, o funil do vestibular parece brincadeira. Dos numerosos jovens que se candidataram a uma vaga da firma Cargill, que atua no ramo de alimentos, apenas uma pequena parcela revelou inclinação para o tipo de trabalho a ser desenvolvido. Em todas as grandes companhias que adotam a política de recrutar profissionais recém-formados, a disputa por uma vaga é mais pesada do que nas mais concorridas universidades brasileiras. Durante o programa de treinamento, o jovem trainee terá acesso a diferentes departamentos da empresa. Se ele tiver domínio do uso de computadores, suas chances de ser escolhido aumentarão. "Hoje as empresas querem pessoas com senso crítico, que saibam apontar problemas e sugerir soluções", afirma a responsável pelo programa de treinamento da Gessy Lever. A primeira triagem é feita entre os currículos que chegam às empresas. Nesta fase, mais da metade dos candidatos é eliminada. A capacidade para trabalhar em equipe e a desenvoltura para lidar com problemas serão muito úteis ao candidato que estiver lutando por uma vaga como jovem trainee. (…) Comentário sobre o texto Neste texto, o assunto abordado é a dificuldade de conseguir uma vaga como trainee em uma grande empresa. Existe uma diferença entre ser estagiário e ser trainee: o estágio pressupõe uma permanência curta na empresa, com data para começar e terminar, enquanto para os trainees a proposta é ficar. A concorrência é muito grande, pois as empregadoras oferecem pouquíssimos postos em relação ao número de candidatos que se apresentam. O salário inicial é atraente; além disso, existe a chance de fazer carreira. Escolhemos esse texto, escrito em linguagem clara, para mostrar a questão da transitividade de verbos e de nomes. Para isso, fizemos algumas modificações no que foi originalmente publicado na revista. Como lemos na definição, existem "verbos que exigem algo para lhes integrar o sentido". Isso acontece com os seguintes verbos do texto: concluirão (verbo transitivo direto) a faculdade (objeto direto) se candidataram (verbo transitivo indireto) a uma vaga da firma Cargill (objeto indireto) querem (verbo transitivo direto) pessoas (objeto direto) 6 apontar (verbo transitivo direto) problemas (objeto direto) sugerir (verbo transitivo direto) soluções (objeto direto) lutar (verbo transitivo indireto) por uma vaga (objeto indireto) Observe que há,também, termos que complementam nomes: disputa (substantivo) por um emprego. inclinação (substantivo) para o tipo de trabalho. acesso (substantivo) a diferentes departamentos das empresas. domínio (substantivo) do uso de computadores. responsável (adjetivo) pelo programa de treinamento da Gessy Lever. capacidade (substantivo) para trabalhar em equipe. desenvoltura (substantivo) para lidar com problemas. úteis (adjetivo) ao candidato 6. Aposto Aposto: termo que amplia, explica, desenvolve ou resume outro termo, representado, normalmente, por um substantivo. 1.O Brasil, país com dimensões continentais, apresenta rica cultura. 2.A Avenida Brasil localiza-se na zona sul 3.Visitamos diferentes lugares: museus, igrejas, praças e feiras pulares. 4.As dificuldades, as críticas, a incompreensão, nada o fez desistir. 7 Questões 01. (Cesgranrio-RJ) Aponte a única opção em que o termo destacado não é complemento nominal: a) "...dar prosseguimento ao processo de regeneração dos costumes políticos e da restauração dos princípio éticos..." b) "Existem [...] regulamentações não realizadas, aprimoramentos da Carta que deverão ocorrer..." C) "É indispensável inculcar no cidadão comum o respeito à lei." d) "Simplificar e cumprir foram suas palavras de ordem." e) "...que mecanismos garantiriam o imediato cumprimento da nova lei?" 02. Marque a opção em que o termo destacado apresenta adjunto adnominal: a) a resposta ao aluno foi elaborada. b) ele tem inveja dos colegas. c) o respeito às leis é fundamental. d) todos têm confiança na vitória. e) a jogada do artilheiro foi maravilhosa. 03. Marque a alternativa em que o termo destacado é complemento nominal: a) essa música era imprópria para a ditadura. b) não duvido de sua capacidade. c) o menino do interior já está de volta. d) confiamos em sua sinceridade. e) A confusão do policial foi coerente. 04. (PUC-Salvador) Em: "O receio da solidão nunca o abandonara". O termo destacado exerce função sintática de: 8 a) sujeito b) adjunto adverbial c) objeto indireto d) adjunto adnominal e) complemento nominal 05. (UFSC) Observe os períodos abaixo e assinale a alternativa em que o lhe é adjunto adnominal: a) “...anunciou-lhe: Filho, amanhã vais comigo.” b) O peixe cai-lhe na rede. c) Ao traidor, não lhe perdoaremos jamais. d) Comuniquei-lhe o fato ontem pela manhã. e) Sim, alguém lhe propôs emprego. 06. (Cândido Mendes) “Angélica, animada por tantas pessoas, tomou-lhe o pulso e achou-o febril.” Febril, sintaticamente, é: a) objeto direto b) complemento nominal c) predicativo do objeto direto d) predicativo do sujeito e) adjunto adverbial 07. (Unimep) “Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade.” a) complemento nominal b) vocativo c) agente da passiva d) objeto direto e) aposto 08 (Engenharia - OMEC - SP) Assinale a frase em que há complemento nominal: a) Tudo lhe é indiferente. b) A casa de José é bonita. c) Preciso de você. d) Nada me perturba. 9 e) Nada me interessa. 09. (FCMSCSP) Observe as duas frases seguintes. I. O proprietário da farmácia saiu. II. O proprietário saiu da farmácia. Sobre elas são feitas as seguintes considerações: Na I, da farmácia é adjunto adnominal. Na II, da farmácia é adjunto adverbial. Ambas as frases têm exatamente o mesmo significado. Tanto em I como em II, da farmácia tem a mesma função sintática. Dessas quatro considerações: a) apenas uma é verdadeira; b) apenas duas são verdadeiras; c) apenas três são verdadeiras; d) as quatro são verdadeiras; e) nenhuma é verdadeira. 10. (Escola Nacional de Ciências Estatísticas) "Essa desagradável invenção moderna, o berro, não encontra forma vocal na garganta de um português." Justificativa das vírgulas separando a expressão "o berro": a) estão certas, visto tratar-se de aposto do sujeito; b) a 2ª vírgula deveria ser suprimida porque o sujeito não pode ser separado do seu verbo; c) a 1ª vírgula é facultativa devido à condição de adjunto adnominal da expressão; d) nenhuma das duas vírgulas é necessária, porque a pausa na leitura far-se-ia naturalmente; e) estão certas, visto tratar-se de vocativo. 11. (UF Uberlândia-MG) Todos os períodos abaixo possuem vocativo, exceto: a) "Laffont, dono de quase todos os cassinos e estádios de corridas de cães, um dos tipos mais ricos da China, quer que madame cante na recepção que vai dar na quinta-feira." 10 b) "Mas me lembrei deste lugar justamente porque não quero que você se arrisque, meu anjo." c) "Você pode sair amanhã, você pode sair todos os dias, mas pelo amor de Deus, Lu, fica hoje." d) "Sente-se aí, meu caro, já estou saindo do banho." e) "Tom, você acha que esta luva combina?... Tom, estou falando, responda!" GABARITO 1) E 2) E 3) A 4) E 5) B 6) C 7) E 8) A 9) B 10)A 1 SEXTA AULA DE GRAMÁTICA - INTERNET Professora: Sandra Franco 1. Aposto e a vírgula. 2. Adjunto Adverbial e a vírgula. 3. Vocativo e a vírgula. 4. Uso da Vírgula. Resumo. 5. Exercícios. _______________________________________________ 1. Aposto e a vírgula. Na aula anterior, estudamos dois termos ligados a nomes na oração: o adjunto adnominal e o complemento nominal, lembra-se? Iniciamos também o estudo do aposto, atravésde alguns exemplos expostos ao final da aula. Aposto: termo que, explica, especifica, desenvolve ou resume outro termo com núcleo substantivo. 1.O Brasil, país de dimensão continental, apresenta rica cultura. Aposto explicativo – será sempre virgulado ou separado por travessão do substantivo a que se referir. 2.A Avenida Brasil localiza-se na zona sul. Aposto especificativo – trata-se de um substantivo especificando outro substantivo, nunca trará virgula separando-o do nome a que se refere. 2 3.Visitamos diferentes lugares: museus, igrejas, praças e feiras populares. Aposto enumerativo – estará na oração normalmente após “dois pontos”; neste caso, as vírgulas presentes estão separando os elementos enumerados que compõe o a aposto. 4.As dificuldades, as críticas, a incompreensão, nada o fez desistir. Aposto resumidor – normalmente representado por um pronome indefinido. Surge na oração após uma vírgula, que o separa dos nomes que estiver resumindo. 2. Adjunto Adverbial Há muitas circunstâncias expressas por esse termo; seria difícil enumerar todas. O importante é saber identificar a circunstância, com a certeza de que o termo está relacionado ao processo verbal, à oração interira, a um adjetivo ou a um advérbio. O adjunto adverbial nunca se referirá a substantivo. Ontem, ele chegou cedo à escola. tempo tempo lugar A cidade, à noite, fica mais bela. tempo intensidade Com os amigos, ela percorreu rapidamente a cidade. companhia intensidade A ordem direta dos termos da oração exige que o adjunto adverbial , caso se refira a toda a oração, venha ao final. Assim, se o adjunto adverbial for deslocado para o início ou para o meio da oração deverá ser separado por vírgula, pois estará em um lugar “que não é seu”. 3 3. Vocativo Vocativo: termo independente da oração; não faz parte do sujeito nem do predicado. É uma expressão de chamamento. Querido aluno, leia sempre! (Suj.oculto:“você”) Querido aluno, fico feliz com seu sucesso! (Suj.oculto: “eu”) 4. Uso da vírgula. Vimos, então, que a colocação da vírgula entre os termos da oração não se faz por acaso: há critérios, já que este sinal de pontuação não é, como alguns dizem, um momento para se respirar ou mera pausa. A presença desse sinal pode mudar o sentido de uma oração, observe: Não guarde esse segredo consigo. Não, guarde esse segredo consigo. Resumo. Note que, nesta aula, usamos a vírgula para: 1. separar elementos em uma enumeração: Visitamos diferentes lugares: museus, igrejas, praças e feiras populares. 2. separar o Aposto explicativo e o resumidor: O Brasil, país de dimensão continental, apresenta rica cultura. As dificuldades, as críticas, a incompreensão, nada o fez desistir. 4 3. separar o Vocativo: Querido aluno, leia sempre! 4. separar o Adjunto Adverbial deslocado: Ontem, ele chegou cedo à escola. A cidade, à noite, fica mais bela. 5. Exercícios. 1. (FEBASP) No exemplo de período simples: “Santos, cidade paulista, é importante porto”, as vírgulas estão separando: a) o aposto; b) o vocativo c) a elipse do verbo; d) termos coordenados. 2. (Fundação Carlos Chagas) Analise o termo grifado: “Uniu-se à melhor das noivas, a Igreja, e Oxalá você se amem tanto.” a) aposto b) adjunto adnominal c) adjunto adverbial d) pleonasmo e) vocativo 3. (FEI) Resolva as questões a seguir conforme o código que segue: a) adjunto adverbial de lugar b) adjunto adverbial de tempo c) adjunto adverbial de modo d) adjunto adverbial de causa I. Segunda-feira haverá um jogo importante. II. Com o mau tempo não podemos trabalhar ao relento. III. O livro foi acolhido com entusiasmo pelos leitores. IV. O automóvel parou perto do rio. 5 4. (FMSCASA) Leia o trecho abaixo e indique a função sintática das palavras grifadas: “Como é solene e grave, no meio das nossas matas, a hora misteriosa do crepúsculo, em que a natureza se ajoelha aos pés do Criador, para murmurar a prece da noite.” (J. de Alencar. O Guarani) As funções das palavras das palavras sublinhadas são, respectivamente: a) predicativo do sujeito, adjunto adverbial de lugar, núcleo do sujeito, adjunto adnominal, sujeito, adjunto adverbial de lugar, objeto direto e adjunto adnominal; b ) adjunto adnominal, predicativo do sujeito, objeto direto, sujeito, agente da passiva, adjunto adverbial de lugar, sujeito e adjunto adnominal; c) sujeito, sujeito, adjunto adverbial de lugar, predicativo do sujeito, objeto, objeto indireto, complemento nominal e sujeito. d ) objeto direto, agente da passiva, sujeito, objeto indireto, complemento nominal, sujeito, adjunto adverbial de lugar e sujeito; e) nenhuma das anteriores. 5. Em “Falava baixinho; pegou-me na mão e pôs o dedo na boca (Machado de Assis), os termos grifados indicam circunstância adverbial de: a) modo – lugar – lugar; b) causa – causa – modo; c) condição – modo – causa; d) causa – modo – condição; e) concessão – condição – concessão. GABARITO 1. A 2. A 3. I. B; II. D; III. C; IV. A. 4. A 5. A 1 SÉTIMA AULA DE GRAMÁTICA - INTERNET Professora: Sandra Franco Período Composto. 1. Introdução ao estudo do Período Composto: Orações Subordinadas e Orações Coordenadas. 2. Orações Subordinadas Substantivas. 3. Exercícios. 1. Introdução ao estudo do Período Composto. Encerramos o estudo dos chamados termos da oração: vimos que os termos da oração relacionam-se e apresentam funções sintáticas. A partir desta aula, investigaremos as relações que as orações possuem entre elas dentro do período a que passaremos a chamar de composto. Assim, vamos observar os exemplos: Ele confessou a mentira. (1 verbo = 1 oração = Período Simples) Ele confessou que mentiu. (2 verbos = 2 orações = Período Composto) Ele confessou que mentiu e esperava a compreensão dos amigos. (3 verbos = 3 orações = Período Composto) No primeiro exemplo, a oração é formada por um verbo, trata-se de uma oração absoluta, que representa, em Sintaxe, o chamado período simples. Já no segundo exemplo, vê-se que há duas orações que estão ligadas – devemos observar que, se elas 2 forem separadas, o sentido da primeira oração ficará comprometido:“quem confessa, confessa algo” – e a segunda oração apresenta essa informação. O termo “a mentira” é objeto direto de confessou. A oração “que mentiu” é objeto de confessou : essa oração ligada à primeira é chamada de subordinada – ela apresenta uma função sintática. E, no terceiro exemplo, foi acrescentada uma oração, mas que não exerce função sintática em relação às outras...ela é independente: a prova disso é que podemos separá-la do período , sem causar nenhum prejuízo sintático ou mesmo semântico. Coloque um ponto final entre a segunda e a terceira oração e confirme essa independência: neste caso, a oração será chamada de coordenada. Oração subordinada: dependente – exerce função sintática. Oração coordenada: independente – sem função sintática. Reconhecidas essas diferenças básicas entre as orações, passaremos a analisar cada grupo. As coordenadas, nosso primeiro objeto de estudo, são caracterizadas pela independência sintática; dispõem-se uma ao lado de outra, classificam-se como Assindéticas ou Sindéticas, tendo como diferença única a presença de uma conjunção (ou chamado sindeto, palavra de origem grega que significa união). 1.Coordenadas Assindéticas: sem sindeto. Ele entrou na sala, sentou-se, nada falou. 3 2.Coordenadas Sindéticas: a. Aditivas “Fabiano ainda lhe deu umas pancadas e esperou que ele se levantasse.” b. Adversativas “Certamente esse obstáculo miúdo não era culpado, mas dificultava a marcha.” c. Alternativas Ou chegava a chuva, ou todos morreriam de fome. d. Conclusivas Não choveu, portanto Fabiano e sua família tinham de partir. e. Explicativas Fabiano sentiu pena de Baleia, pois era dafamília. Passemos ao estudo das SUBSTANTIVAS. São assim chamadas por apresentarem valor de substant ivo , e, sintaticamente, exercerem as funções que um substantivo pode exercer, tanto é que para fazer uma identificação rápida da Substantiva (a fim de que não seja confundida com outro tipo de oração) costuma-se trocar a oração subordinada pela palavra ISSO, uma palavra de sentido indefinido e que poderia, digamos, encaixar-se em qualquer contexto, sem prejuízo de sentido. Observe também que a Oração Subordinada Substantiva, quando aparece na forma desenvolvida, será iniciada por uma conjunção integrante: que ou se. É possível que a oração subordinada substantiva apareça sem esse conectivo e traga, em seu lugar, um advérbio ou pronome interrogativo indireto, caso em que a oração subordinada não será nomeada “desenvolvida”, mas, sim, “justaposta”. Outra possibilidade é a de a oração vir “reduzida”: sem qualquer conectivo, o que estudaremos adiante, em outra aula. 4 Compare: Eu sei que você está por perto. (desenvolvida) Eu sei onde você está.(justaposta) Eu sei ir ao local indicado.(reduzida) Na prática, a classificação da subordinada substantiva não se modificará: acima, todas as grifadas classificam-se como oração subordinada substantiva objetiva direta. Essa apresentação das outras formas serve para que você fique atento às “roupagens” de que essa oração pode se servir para estar presente no período composto. a) SUBJETIVA - Sujeito É preciso que eu repita a explicação. O.P. O.S.S.Subjetiva Podemos fazer algumas observações quanto às estruturas típicas desse tipo de oração: VL + PS + Sujeito O.P. (Oração Subordinada) VTD na Voz Passiva A/S + Sujeito *Também podemos observar que os verbos convir, acontecer, ocorrer, suceder, parecer, constar, urgir, verbos estes que estarão na 3a.pessoa do singular, trazendo como sujeito a Oração Subordinada. b) OBJETIVA DIRETA - Objeto Direto. Pensei que conseguiria bons resultados. O.P. O.S.S.Objetiva Direta 5 Estruturas: Sujeito + VTD + Objeto Direto O.P. (Oração Subordinada) Sujeito + VTDI + OI + Objeto Direto c) OBJETIVA INDIRETA - Objeto Indireto. Minha amiga se esqueceu de que tínhamos uma festa O.P. O.S.S.Objetiva Indireta Estruturas: Sujeito + VTI + Objeto Indireto O.P. (Oração Subordinada) Sujeito + VTDI + OD + Objeto Indireto d) COMPLETIVA NOMINAL - Complemento Nominal. O esquecimento de que comemoraríamos sua promoção entristeceu-me. O.P. O.S.S.Completiva Nominal O.P. e) PREDICATIVA - Predicativo do Sujeito. Não fui eu que cometi o engano. O.P. O.S.S.Predicativa Observação: A estrutura da oração que anteceder a Predicativa deverá obrigatoriamente apresentar um verbo de ligação. 6 f) APOSITIVA - Aposto. Seus fãs pediram um favor: que ele autografasse o livro. O.P. O.S.S.Apositiva Observação: a oração apositiva normalmente virá após : ou – (dois pontos ou travessão). 3. Exercícios 1. (Santa Casa) Por definição, “oração coordenada que se prende à anterior por conectivo é denominada sindética e é classificada pelo nome da conjunção que a encabeça”. Assinale uma alternativa onde aparece uma coordenada sindética explicativa, conforme a definição: a) A casaca dele estava remendada, mas estava limpa. b) Ambos se amavam, contudo não se falavam. c) Todo mundo trabalhando: ou varrendo o chão ou lavando as vidraças. d) Chora, que as lágrimas lavam a dor. e) O time ora atacava, ora defendia, e no placar aparecia o resultado favorável. 2. (Mackenzie) No período “Sabe-se que Jacó propôs a Labão que lhe desse todos os filhos das cabras...”, a alternativa que contém a análise correta das orações, na seqüência em que vêm no período, é: a) principal; subordinada substantiva subjetiva, subordinada substantiva objetiva direta. b) coordenada sindética aditiva; subordinada substantiva objetiva direta; subordinada substantiva apositiva. c) absoluta; subordinada substantiva objetiva direta; subordinada substantiva objetiva direta. d) principal; subordinada substantiva subjetiva; subordinada substantiva objetiva indireta. 7 e) coordenada assindética; subordinada substantiva subjetiva; subordinada substantiva objetiva direta. 3. (Fuvest) Indique o objeto direto do verbo destacado: “...fui dizer à minha mãe que a escrava é que estragara o doce.” 4. (Casper Líbero) Classificar a oração destacada: “É evidente que ele não sabe.” 5. (Fuvest) Assinalar a alternativa que apresenta orações de mesma classificação que as deste período: “Não se descobriu o erro, e Fabiano perdeu os estribos.” a) Pouco a pouco o ferro do proprietário queimava os bichos de Fabiano. b) Foi até a esquina, parou, tomou fôlego. c) Depois que aconteceu aquela miséria, temia passar por ali. d) Tomavam-lhe o gado quase.de graça e ainda inventavam juro. e) Não podia dizer em voz alta que aquilo era um furto, mas era. 6. (Unimep - SP) “Mauro não estudou nada e foi aprovado!” Apesar do “e”, normalmente aditivo, a oração destacada é: a) adversativa. b) conclusiva. c) explicativa. d) alternativa. e) causal. 8 _________________________________________________________ Gabarito a. D b. A 3. “que a escrava é que estragara o doce.” 4. Oração Subordinada Substantiva Subjetiva. 5. D 6. A _________________________________________________________ 1 OITAVA AULA DE GRAMÁTICA - INTERNET Professora: Sandra Franco Período Composto 1.Orações Subordinadas Adjetivas. 2.Diferenças semânticas entre as orações subordinadas adjetivas. 3.Funções sintáticas dos pronomes relativos nas orações adjetivas. 4.Diferença entre a conjunção integrante e o pronome relativo. 5.Exercícios. ________________________________________ 1. Orações Subordinadas Adjetivas: tipos. Outro grupo das Orações Subordinadas é o da Adjetivas, exercem função sintática própria de um adjetivo. São apenas duas. Observe, principalmente, a diferença semântica entre um e outro tipo. 1. Adjetiva Restritiva Comi a fruta que estava madura. 2. Adjetiva Explicativa Comi a fruta, que estava madura. 2 Interessante guardar a informação de que a oração adjetiva virá em duas posições: antecedendo a oração principal ou no meio daquela. 2. Diferenças semânticas entre as orações subordinadas adjetivas. A interpretação da primeira oração deve ser no sentido de se supor que havia frutas maduras e outras verdes (não-maduras) na árvore: apenas a madura foi escolhida. A intenção é a de restringir o significado de fruta: só foi escolhida para se comer porque estava madura. Já quanto à oração subordinada adjetiva explicativa, deve-se supor que uma fruta foi comida e que ela estava madura, mas sua escolha não se deveu à especificação de “estar madura”. Não se sabe se havia outras frutas verdes que estavam na árvore; não houve a particularização do significado. Há obrigatoriedade da vírgula antecedendo o pronome relativo que inicia as orações adjetivas explicativas. 3. Funções sintáticas dos pronomes relativos nas orações adjetivas. Importante notar que as orações adjetivas são iniciadas por pronomes relativos: que, quem, o qual, a qual, cujo, onde. Enquanto que as orações substantivas são introduzidas por conjunção integrante: as palavras que ou se. Os pronomes relativos exercem função sintática. A conjunção integrante apenas liga, conecta as orações. O pronome relativo retoma e substitui um termo da oração anterior (substantivo ou pronome), além de estabelecer uma relação entre as orações. Ao substituir o termo, dentro da própria oração adjetiva, o pronome relativo passa a exercer as mesmas funções dos termos estudados em período simples. Será preciso fazer a análise do pronome relativo, como se estivéssemos fazendo a análise dos termos da oração já revistos, para se éter a certeza de qual é a função. Alguns exemplos:3 Função sintática do Pronome Relativo 1.objeto direto Eu encontrei a solução para o problema que você me apresentou. 1 2 A palavra que retoma “problema”. Reescrevendo a oração 2, que é aquela onde está o pronome relativo, e fazendo-se a substituição do relativo pelo substantivo que este retoma, teríamos: Você me apresentou um problema. OD Se “um problema”, que pertence à oração 1 seria OD na oração 2, o relativo que o substituiu passou a assumir esta função. Conclui-se que o pronome relativo exerce a função de OD, portanto. Estabeleça este mesmo raciocínio da “substituição” do pronome relativo pelo termo que ele retoma, colocando esse termo na oração adjetiva e faça a análise do período simples: sempre dará certo. 2.sujeito Encontrei a solução para o problema que parecia, a princípio, complexo. 3.complemento nominal Essa é a pessoa a quem fiz referência em nossa conversa. 4.objeto indireto Essa é a pessoa a quem me referi. 5.adjunto adnominal Essa é a pessoa a cujas qualidades fiz referência. 4 4. Diferença entre a conjunção integrante e o pronome relativo. Conjunção Integrante x Pronome Relativo Ele confessou que mentiu. (ISSO) Ele confessou a mentira que surpreendeu a todos. (A QUAL) Uma forma bastante prática e segura para se fazer essa diferenciação será substituir a oração iniciada pela palavra “que” pela palavra ISSO; caso se conseguir essa troca, pode-se afirmar que a palavra “que” será conjunção integrante. Lembre-se de que a conjunção integrante inicia oração substantiva. Caso contrário, tente perceber se o “que” está retomando um substantivo ou pronome substantivo e, portanto, enquanto pronome relativo poderá ser substituído por outro pronome relativo, por exemplo, o qual (e flexões: os quais, a qual, as quais). 5. Exercícios 1.(Casper Líbero) “O Mar Vermelho, onde a chuva é uma exceção durante todo o ano, banha Israel, que é o berço da Humanidade.” Nesse texto, indique: a) a oração principal; b) a classificação de “onde a chuva é uma exceção”; c) a classificação de “que é o berço da Humanidade”. 2.Nas frases que se seguem há um pronome relativo. Indique o seu antecedente e dê a função sintática do pronome relativo: a) Eu visitei a casa que você comprou. b) Conheci a casa em que você morou. c) Ainda não li o livro a que você se referiu. d) A árvore caiu sobre o muro, que já era velho. e) O velhote contava-nos casos em que não acreditávamos. 5 3.(UF Ouro Preto) Leia os períodos: 1) O dicionário que comprei contém mais de trezentas mil palavras. 2) Não aceitamos tarefas que se apresentem incompletas. 3) Feliz é o homem que obedece aos mandamentos de Deus. 4) O aluno que estuda alcança boas notas. 5) Aos homens que são racionais coube o domínio da natureza. Qual das orações subordinadas adjetivas é explicativa e, portanto, deve ficar entre vírgulas? a) A oração adjetiva do 1o.período. b) A oração adjetiva do 2o.período. c) A oração adjetiva do 3o.período. d) A oração adjetiva do 4o.período. e) A oração adjetiva do 5o.período. 4.(UFPA) Há no período uma oração subordinada adjetiva: a) Ele falou que compraria a casa. b) Não fale alto, que ela pode ouvir. c) Vamos embora, que o dia está amanhecendo. d) Em time que ganha não se mexe. e) Parece que a prova não está difícil. _______________________________________________ GABARITO 1. a) Oração principal – “O Mar vermelho banha Israel”. b) e c) – orações subordinadas adjetivas explicativas. 2. a) objeto direto b) adjunto adverbial de lugar. c) objeto indireto. d) sujeito. e) objeto indireto. 3. e 4. d 1 NONA AULA DE GRAMÁTICA - INTERNET Professora: Sandra Franco Período Composto 1.Orações Subordinadas Adverbiais. 2. Apresentação das conjunções adverbiais mais comuns. 3. Orações Reduzidas. ______________________________________________ As orações subordinadas adverbiais são aquelas que exercem a função típica do adjunto adverbial: indicam circunstâncias em relação à chamada oração principal. São nove tipos: 6 c+t+f+p 1. Causal Porque choveu muito, houve alagamentos na cidade. 2. Condicional Se quer uma vida melhor, resolva esses problemas agora. 3. Consecutiva Choveu tanto que a cidade ficou alagada. 4. Concessiva Embora procurem uma vida melhor, alguns migrantes só encontram a miséria. 5. Comparativa Essa carreira é mais promissora que a outra escolhida. 6. Conformativa Conforme foi dito no início da aula, é fácil reconhecer essas orações. 7. Final Estudou muito a fim de que obtivesse bons resultados. 2 8. Temporal Quando fizer opções, sempre perderá algo. 9. Proporcional “Enquanto a caravana passa, os cães ladram.” 2. A s conjunções (ou locuções conjuntivas) subordinativas adverbiais são aquelas que iniciam as orações subordinadas adverbiais. Veja as mais freqüentes em cada tipo de oração e procure guardar ao menos uma delas para que fique mais simples e rápida a classificação. Caso não apareça aquela conjunção que você memorizou, por exclusão, você tentará “encaixar” outra que mais esteja adequada ao sentido da oração. Observe que, sendo a conjunção adverbial um elemento de coesão muito importante, não é pouco comum que os vestibulares apresentem questões apenas para que o candidato troque o conectivo presente por outro de igual valor semântico. Fique atento (a) ! Causais: porque, visto que, como uma vez que, já que. Concessivas: embora, apesar de que, ainda que, se bem que, conquanto que. Condicionais: se, salvo se, caso, contanto que, desde que. Consecutivas: (tanto) que, (de tal forma) que. Comparativas: tal, como quanto, (mais) do que, (tanto) quanto. Conformativas: como, conforme, segundo, consoante. Finais: a fim de que, para que. Proporcionais: à proporção que, à medida que, quanto mais. Temporais: quando, enquanto, logo que, assim que, depois que. Nota: em algumas gramáticas, você poderá encontrar orações subordinadas adverbiais modais e as locativas, que não estão presentes na NGB (Nomenclatura Gramatical Brasileira); portanto, não se preocupe com elas no Vestibular. 3 3. Orações Reduzidas e Orações Desenvolvidas. Orações desenvolvidas: ¬ presença de elementos de ligação: conjunções ou pronome relativo. ¬ verbos no modo indicativo, subjuntivo ou imperativo. Orações reduzidas: ¬ ausência da conjunção ou do pronome relativo. ¬ verbos no infinitivo, gerúndio ou particípio. Analise esses exemplos: 1. Ele sabia que encontraria a solução para o problema. oração subordinada substantiva objetiva direta Ele sabia encontrar a solução para o problema. Oração subordinada substantiva objetiva direta reduzida de infinitivo. 2. O mendigo dormia sobre o papelão velho que jogaram no chão. oração subordinada adjetiva restritiva. O mendigo dormia sobre papelão velho jogado no chão. oração subordinada adjetiva restritiva reduzida de particípio. 3. É necessário que se faça o controle dos gastos para que não se tenha surpresas. segunda oração: subordinada substantiva subjetiva. Terceira oração: subordinada adverbial final. É necessário fazer o controle dos gastos para não se Ter surpresas. segunda oração: subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo. Terceira oração: subordinada adverbial final reduzida de infinitivo. É possível apontar como normalmente são construídas as reduzidas, segundo o tipo de subordinada e a forma nominal: SUBSTANTIVA ADJETIVA ADVERBIAL Apresenta verbo no infinitivo pessoal ou impessoal verbo no infinitivo, gerúndio e particípio verbo no infinitivo, gerúndio e particípio Observe, através dos exemplos, que a classificação da oração não se modifica, pois a função sintática exercida pela oração subordinada não se modificou. 4 Apenas, acrescenta-se à classificação o indicador de que a forma da oração mudou, a oração deixoude ser “desenvolvida”; diz-se que é “reduzida de....”(infinitivo, gerúndio ou particípio). QUESTÕES 1. (UGMG) A oração reduzida está corretamente desenvolvida em todas as alternativas, exceto em: a) Mesmo correndo muito, não alcançarás o expresso da meia-noite. Se correres muito, ... b) Assentando-me aqui, não verás os jogadores. Se te assentares aqui, ... c) Estando ela de bom humor, a noite era das melhores. Quando ela estava de bom humor,.... d) Chegando a seca, não se colheria um só fruto. Quando chegasse a seca,... e) No princípio, querendo impor-se, adotava atitudes postiças. ...porque queria impor-se,... 2. (FUVEST-SP) Classifique as orações em destaque do período abaixo: "Ao analisar o desempenho da economia brasileira, os empresários afirmaram que os resultados eram bastante razoáveis, uma vez que a produção não aumentou, mas também não caiu." a) principal – subordinada adverbial final. b) subordinada adverbial temporal – subordinada adjetiva restritiva. c) subordinada adverbial temporal – subordinada substantiva objetiva direta. d) subordinada adverbial temporal – subordinada substantiva subjetiva. e) principal – subordinada substantiva objetiva direta. 3. (FUVEST-SP) – No período "É possível discernir no seu percurso momentos de rebeldia contra a estandardização e o consumismo", a oração destacada é: a) subordinada adverbial causal, reduzida de particípio. b) subordinada objetiva direta, reduzida de infinitivo. c) subordinada objetiva direta, reduzida de particípio. d) subordinada substantiva subjetiva, reduzida de infinitivo e) subordinada substantiva predicativa, reduzida de infinitivo. 4. (UF-MG) A oração sublinhada está corretamente classificada, EXCETO em: a) Casimiro Lopes pergunta se me falta alguma coisa/ oração subordinada adverbial condicional 5 b) Agora eu lhe mostro com quantos paus se faz uma canoa/ oração subordinada substantiva objetiva direta c) Tudo quanto possuímos vem desses cem mil réis/ oração subordinada adjetiva restritiva d) Via-se muito que D. Glória era alcoviteira/ oração subordinada substantiva subjetiva e) A idéia é tão santa que não está mal no santuário/ oração subordinada adverbial consecutiva 5. (FUVEST) No período: "Era tal a serenidade da tarde, que se percebia o sino de uma freguesia distante, dobrando a finados.", a segunda oração é: a) subordinada adverbial causal b) subordinada adverbial consecutiva c) subordinada adverbial concessiva d) subordinada adverbial comparativa e) subordinada adverbial subjetiva 6. (FUVEST) "Sabendo que seria preso, ainda assim saiu à rua." a) reduzida de gerúndio, conformativa b) reduzida de gerúndio, condicional c) reduzida de gerúndio, causal d) reduzida de gerúndio, concessiva e) reduzida de gerúndio, final 7.(FUVEST) Na frase "Entrando na faculdade, procurarei emprego.", a oração subordinada indica idéia de: a) concessão b) oposição c) condição d) lugar e) conseqüência 8. (UF SANTA MARIA-RS) Leia, com atenção, os períodos abaixo: Caso haja justiça social, haverá paz. Embora a televisão ofereça imagens concretas, ela não fornece uma reprodução fiel da realidade. Como todas aquelas pessoas estavam concentradas, não se escutou um único ruído. Assinale a alternativa que apresenta, respectivamente, as circunstâncias indicadas pelas orações sublinhadas: a) tempo, concessão, comparação b) tempo, causa, concessão c) condição, conseqüência, comparação 6 d) condição, concessão, causa e) concessão, causa, conformidade GABARITO 1. A 2. C 3. D 4. A 5. B 6. C 7. C 8. D _____________________________________________________________ 1 DÉCIMA AULA DE GRAMÁTICA - INTERNET Professora: Sandra Franco Sintaxe de Regência 1. Conceito de Regência. 2. Regência de alguns verbos. 3. Relação entre Regência e o Pronome Relativo. 4. Alguns casos de Regência Nominal. 5. Exercícios. ________________________________________ 1. Regência A regência ocupa-se do estudo da relação entre os verbos e os elementos que possam ser regidos por eles, sejam estes objetos, ou, ainda, adjuntos adverbiais; e há verbos que não querem nenhum complemento, os intransitivos. Também os nomes – substantivos, adjetivos e advérbios – escolhem qual a preposição que desejam (ou se não a desejam) para seu complemento nominal ou adjunto adnominal. Iremos rever alguns verbos e nomes, atentando para a diferença que há no uso cotidiano de alguns dos verbos que veremos e o que prega a norma culta. Você chega a sua casa ou à sua casa? Você assiste o filme ou ao filme? São muitos os verbos, assim, faremos um estudo daqueles que apresentam mais de um sentido e/ou que na linguagem coloquial são usados outra forma. Estão separados segundo sua transitividade; vale reforçar, portanto, que alguns verbos aparecerão em mais de um grupo (repare!), pois a transitividade 2 também está relacionada ao sentido que apresentem em determinado enunciado. Também há uma lista de nomes para sua consulta. 2. Regência de alguns verbos. a) Verbos Intransitivos 1. ASSITIR = residir: exige a preposição em para iniciar o adjunto adverbial de lugar. O empresário assiste em lugar nobre da cidade. 2. CHEGAR – IR – DIRIGIR-SE: exigem a preposição a para iniciar o adjunto adverbial de lugar de direção ou destino. “Você já foi à Bahia?“ 3. PROCEDER = ter fundamento. Seu argumento não procede. 4. SUCEDER = ocorrer. Sucedeu que não foi necessária a intervenção do juiz. _____________________________________________________ b) Verbos Transitivos Diretos 1. ASPIRAR = inalar. Nós aspirávamos o ar diferente do campo. 2. ANSIAR = angustiar. A demora do filho ansiava a mãe. 3 3. ESQUECER/LEMBRAR Esqueceu suas luvas. 4. IMPLICAR = trazer como conseqüência. A seca implica miséria. 5. PERDOAR – PAGAR – AGRADECER - referindo-se a “coisa”. Perdoou suas ofensas. Pagou dívidas bancárias. Agradeceu os cuidados recebidos. 6. VISAR = apontar ou pôr visto. Macunaíma visou o animal. O Cônsul visou seu passaporte. _____________________________________________________ c) Verbos Transitivos Indiretos 1. ANTIPATIZAR /SIMPATIZAR com A professora simpatiza com seus novos alunos. 2. AGRADAR a =.ser agradável a. As belas praias brasileiras agradam aos turistas. 3. ANSIAR por = almejar. Os alunos anseiam por uma vaga na faculdade. 4. ASPIRAR a = pretender. Os alunos aspiram a uma vaga na faculdade. 5. ASSISTIR a = presenciar. A peça a que assistimos foi interessante. 4 6. CUSTAR a = ser difícil (observe que o sujeito é aquilo que se afirma ser custoso; o objeto indireto representa a quem determinada coisa custa, é difícil). Custou ao namorado entender as razões do término do relacionamento. 7. IMPLICAR com = ter implicância. Ele implicava com todos os meus textos. _____________________________________________________ 3. Relação entre Regência e o Pronome Relativo. Observe que, nos períodos compostos introduzidos pronome relativo, será o verbo da oração subordinada que irá exigir a preposição, caso em que esta será colocada antes do relativo, como nos exemplos 5, 7 e 8. 7. ESQUECER-SE de/LEMBRAR-SE de A fala de que o ator se esqueceu não interferiu na narrativa. 8. OBEDECER/DESOBEDECER a O Código de Trânsito, a que poucos motoristas obedecem, deve ser mais divulgado. 9. PERDOAR – PAGAR – AGRADECER a com objeto “pessoa” Os sonegadores a quem o Fisco não perdoa sempre caem na “malha fina”. 10. PROCEDER de = originar-se. Nosso sobrenome procede da Polônia. PROCEDER a = dar início. O diretor procedeu à leitura do regimento. _____________________________________________________ 5 d) Verbos Transitivos Diretos e Indiretos 1. INFORMAR/AVISAR/CERTIFICAR (admitem OD “coisa” ou “pessoa", sendo o mesmo para o OI). O jornal informou o leitor
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