Buscar

Vestibulando Digital - Gramática

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 117 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 117 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 117 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1
PRIMEIRA AULA DE GRAMÁTICA-INTERNET
Professora: Sandra Franco
Estudo da Gramática.
Sujeito.
I. Introdução ao estudo de Gramática.
II. Sintaxe e termos da oração.
III. Estudo do Sujeito.
IV. Recomendações finais
V. Exercícios.
I. Introdução ao estudo da Gramática.
vício na fala
Pra dizerem milho dizem mio
Para melhor dizem mió
Para pior pió
Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado
E vão fazendo telhados.
Oswald de Andrade
Ao escrever, faz-se necessário elaborar as estruturas
frásicas, estar atento à correta grafia das palavras, usar a
pontuação adequadamente para que o leitor possa compreender a
mensagem, assim afirma a gramática normativa. Porém, grandes
autores escreveram (e escrevem) textos reconhecidos pela
qualidade e criatividade, sem as normas gramaticais sejam
rigorosamente observadas – como se lê nesse poema de Oswald
de Andrade. Você conhece Monteiro Lobato? Ele não concordava
2
com as regras de acentuação gráfica – o que não significa que ele
não as soubesse ou deixasse sempre de segui-las.
Você deve pensar em conhecer a gramática como quem
pensa em conhecer um instrumento, uma ferramenta:
isoladamente a ferramenta, o instrumento, não tem utilidade. Só
quando é criada uma situação em que se precise utilizá-los é que
terão reconhecido seu valor, entende?
Enfim, estudar a gramática é ampliar as possibilidades de
expressão na escrita, conhecer a ferramenta para usá-la da forma
adequada às nossas necessidades. Segundo a etimologia,
gramática é uma palavra de origem grega grammatiké, que
significa “a arte de escrever ou ler”. Talvez, no estudo da
gramática normativa nas escolas, o prazer de escrever ou ler
tenha sido abandonado: estudar gramática passou a ser “decorar”
regras e mais regras, às vezes (muitas vezes) sem que se entenda
o porquê delas. Claro que o objetivo dessas aulas virtuais será
fazer você conhecer, aprender e utilizar a Gramática nos exames
vestibulares; mas, vamos tentar fazer de maneira mais prazerosa,
mais simples.
II. Sintaxe e os termos da oração.
Comece relembrando quantas são as partes da Gramática:
Fonologia, Morfologia e Sintaxe. Pouco a pouco, cada uma dessas
partes irá se revelar em nossos estudos.
A primeira parte será a Sintaxe; nela encontraremos estudos
sobre as relações que as palavras possuem dentro da oração, ou
entre orações. Além de outros elementos importantes na estrutura
de nossa língua: Regência, Colocação Pronominal e Concordância.
Nessa aula, vamos estudar as funções que as palavras
exercem dentro de uma oração. Você lembra o que é oração?
Oração é o enunciado, com significado, que contém um verbo ou
uma locução verbal.
As partes que formam as orações são chamadas dentro da
Sintaxe de termos. Observe que não é apenas a palavra que
importa nesse estudo, mas a relação entre uma e outra palavra;
exemplificando:
Ex: Eu ganhei uma blusa.
(blusa = substantivo = objeto dessa oração)
3
A blusa era nova.
(blusa = substantivo = sujeito dessa oração)
O número de palavras que uma oração contém não
expressa, necessariamente, o número de termos.
O pequeno João comprou os livros solicitados.
3 palavras = sujeito 4 palavras=predicado
Claro que quanto mais se dividir os termos da oração,
achando seus núcleos, mais se reduzirá o número de palavras a
um representar outro termo. Ainda utilizando o exemplo acima:
O pequeno João comprou os livros solicitados.
3 palavras = sujeito simples 4 palavras=predicado verbal
João= núcleo do suj. comprou= núcleo do pred.
o=adjunto adnominal os livros solicitados= objeto direto
pequeno=adj.adnominal livros= núcleo do OD
os= adjunto adnominal
solicitados= adjunto adnominal
Confuso? É muita coisa para você guardar? Claro que não...
Nós fomos separando os termos, analisando o núcleo de cada um
deles e determinando a função daqueles que “iam sobrando”, até
chegarmos a última palavra da oração, ao último termo.
Vamos estudar a função que cada uma das palavras pode
exercer, a partir de três grupos de termos:
a. Termos essenciais: Sujeito e Predicado.
b. Termos integrantes: Complementos Verbais,
Complemento Nominal, Agente da passiva.
c. Termos acessórios: Adjuntos e Aposto.
III. Estudo do Sujeito.
Sujeito: termo sobre o qual se declara algo. Observe que é
considerado essencial na oração; normalmente, o verbo concorda
com o sujeito, então, tente primeiro identificar o verbo – é uma
boa dica para você não errar na classificação.
4
1. Simples: apresenta um único núcleo.
“Jorge tirava as luvas, calado.”
2. Composto: apresenta dois ou mais núcleos.
“Àquela hora D. Felicidade e Luísa chegavam ao Passeio.”
3. Oculto, elíptico ou desinencial (não consta na NGB –
Nomenclatura Gramatical Brasileira): ocorre quando a
terminação verbal indica o pronome pessoal; ou, interpreta-
se o sujeito através do contexto.
“Pelas três da tarde, Juliana entrou na cozinha e atirou-se
para uma cadeira, derreada.”
Sabemos, pelo contexto, que foi “Juliana” quem se atirou na
cadeira, certo? “Juliana” será sujeito simples para o verbo
entrar. E o sujeito do verbo atira-se? Subentende-se; por
isso é chamado elíptico.
O sujeito simples, o composto e o oculto, na Gramática, são
chamados determinados.
4. Por vezes, o sujeito da oração não é determinado: ou porque
o emissor não quer identificá-lo ou porque não se sabe,
precisamente, quem é ele; informa-se a ação feita por este
sujeito.
Indeterminado:
“Cortaram-me o cabelo...- murmurou tristemente.”
“No Rocio, sob as árvores, passeava-se; pelos bancos gente
parecia dormitar...”
Observe as estruturas das orações com sujeito indeterminado:
1. verbo na 3a do plural (sem referência a sujeito no contexto)
2. verbo na 3a do singular + se
(não transitivo direto) (índice de indeterminação do sujeito)
5
Importante notar que o verbo da 2a estrutura não poderá ser
VTD. O motivo é simples: a estrutura VTD + SE forma VOZ
PASSIVA SINTÉTICA – matéria que será estudada posteriormente;
mas, você já pode guardar essa informação: na voz passiva, o
objeto direto (complemento verbal) passará sempre a sujeito
paciente. Essa é a característica principal da voz passiva;
portanto, se o objeto será o sujeito, não se pode falar em sujeito
indeterminado – ele será paciente (não faz ação), simples ou
composto, fica combinado?
Vamos ver um exemplo dessa ocorrência:
a.O aluno comprou um livro. (Voz Ativa – sujeito é agente)
b.Um livro foi comprado pelo aluno. (Voz Passiva Analítica –
sujeito é paciente)
c.Comprou-se um livro. (Voz Passiva Sintética)
Os termos em destaque nas orações acima têm função de
sujeito.Veja: “um livro” era objeto direto na oração 1 e passou a
ser sujeito nas orações 2 e 3. Voltaremos a esse tema.
IV. Recomendações finais.
Todos os exemplos para a classificação do sujeito foram
extraídos do romance O Primo Basílio de Eça de Queirós, uma obra
literária sempre requisitada nos exames de Literatura;
conseqüentemente, as questões de Gramática também podem ser
retiradas de textos literários. É importante, portanto, que você
aprenda a reconhecer os termos nesses textos.
Outras estruturas, mais simples, aparecem nos exercícios,
treine. Não se esqueça de, em suas leituras, começar a observar
as estruturas sintáticas – será uma forma de fixar a nomenclatura
e facilitar a análise dos termos em estruturas mais complexas.
Estudaremos os outros termos da oração e, em vários
exercícios, retomaremos essa classificação vista, para que você
perceba as diferentes formas de o vestibular explorar o assunto.
Se tiver dúvidas, escreva.
Grande abraço!
6
EXERCÍCIOS
Procure avaliar seus conhecimentos sobre sujeito. Vamos
responder aos exercícios? Todos eles já foram questões de
vestibulares. Leia atentamente os enunciados: essa é regra no 1
para que você tenha bom desempenho.
1. (UFMT) A propósito do trecho que segue, aponte o sujeito desupõe:
“O idealismo supõe a imaginação entusiasta que se adianta à
realidade no encalço da perfeição.”
a) a imaginação entusiasta
b) o idealismo
c) a imaginação
d) entusiasta
2. (PUCSP) Em relação ao trecho:
“Pregada em larga tábua de pita, via-se formosa e grande
borboleta, com asas meio abertas, como que disposta a tomar
vôo.”, podemos afirmar que o sujeito da oração principal é:
a) simples, tendo por núcleo implícito alguém.
b) composto, tendo por núcleos formosa e grande.
c) simples, tendo por núcleo asas.
d) indeterminado, tendo por índice de indeterminação do
sujeito a partícula se.
e) simples, tendo por núcleo borboleta.
3. (UNIMEP-SP) Existem muitas definições de sujeito. Uma
delas é: “Sujeito é aquele que pratica a ação verbal”. Das frases a
seguir, qual contraria tal definição?
a) O rato foi comido pelo gato.
b) O rapaz leu o gibi.
c) A menina brinca com a boneca.
d) O menino entregou o jornal.
e) Viajo todos os domingos.
7
4. (FOC) Duas das orações abaixo têm sujeito indeterminado.
Assinale-as.
I. Projetam-se avenidas largas.
II. Há alguém esperando você.
III. No meio das exclamações, ouvi-se um risinho de mofa.
IV. Falava-se muito sobre a possibilidade de escalar a
montanha.
V. Até isso chegaram a dizer.
a)I e II.
b)III e IV.
c)IV e V.
d)V e VI.
5. (FF-RECIFE) Nas orações a seguir:
I. No trabalho, use equipamento de proteção.
II. Júlio, no clube, falaram mal de você.
III. Vendeu-se a pá.
O sujeito é, respectivamente:
a) simples, simples, simples.
b) oculto, simples, simples.
c) indeterminado, indeterminado, simples.
d) oculto, indeterminado, simples.
e) oculto, indeterminado, indeterminado.
RESPOSTAS AOS EXERCÍCIOS PROPOSTOS:
1. b
2. e
3. d
4. c
5. d
1
SEGUNDA AULA DE GRAMÁTICA - INTERNET
Professora: Sandra Franco
 I. Estudo da oração sem sujeito: verbo HAVER.
 II. Outras estruturas de oração sem sujeito:
a. verbos que indicam fenômenos da natureza.
b. verbos SER, ESTAR e FAZER.
 III. Concordância dos verbos impessoais: verbo HAVER.
 IV. Regra geral de concordância verbal e a concordância dos
outros verbos impessoais.
 V. Locuções Verbais: influência do verbo impessoal.
 VI. Verbo SER: exceção à regra dos impessoais.
 VII. Casos especiais de oração sem sujeito:
a. verbos em sentido figurado.
b. uso do verbo TER em lugar de HAVER.
c. verbos PARECER e FICAR.
d. verbos BASTAR e CHEGAR, seguidos de preposição.
_______________________________________________________
__
I. Oração sem sujeito – Sujeito Inexistente.
Já sabemos qual a definição mais comum nas Gramáticas
sobre
sujeito: trata-se de um termo essencial sobre o qual se declara
algo”; porém, com razão, muitos estudiosos da língua
acreditam ser equivocada essa definição. Basta verificar que,
em nossa língua, existe a oração sem sujeito, portanto, não se
pode afirmar que o sujeito é essencial; poder-se-ia dizer que o
essencial é classificar o sujeito – esta, sim, uma afirmação que
podemos fazer sem risco de errar.
Na oração sem sujeito, não um termo sobre o qual se
declare algo; simplesmente, faz-se uma declaração, informa-se
alguma coisa, trata-se de uma constatação. Tanto é assim que
os verbos que indicam fenômenos da natureza são impessoais:
não admitem sujeito, por quê? Porque se diz “chove forte”,
constata-se o fenômeno natural. E se seguirmos a definição
convencional de sujeito, procurando nesta frase sobre o que se
está falando, chegaremos à conclusão de que se está falando
2
do próprio fenômeno, que é expresso pelo verbo e não por um
substantivo ou pronome, entendeu? Diferente seria afirmar “a
chuva está forte”, aqui se está afirmando algo sobre “a chuva”.
Feita essa introdução, você deverá preocupar-se em
perceber quais as estruturas verbais que representarão as
orações sem sujeito. Fique atento (usei o masculino em
“atento” em virtude de nossa língua ser tendenciosa, fixando o
masculino como gênero predominante, quando nos referimos a
substantivos de gêneros diferentes – mas, como mulher, não
concordo com essa arbitrariedade...certo, meninas?) às
estruturas e ao sentido – desta forma, entendendo a oração,
você não correrá qualquer risco de errar. Vamos lá!
Você encontrará muitas orações sem sujeito com o verbo
HAVER, desde que ele esteja no sentido de existir, ocorrer,
acontecer ou indicando tempo passado.Veja alguns exemplos:
Havia muitos curiosos na rua.
(HAVER - no sentido de existir)
Há um ano não nos encontrávamos.
(HAVER - indicando tempo passado)
II. Outras estruturas de oração sem sujeito
O verbo SER, quando usado para indicar circunstâncias
ligadas a tempo, clima, distância e indicação de horas.
São 7 horas.
(SER – indicando horas, distância, temperatura)
Chovia naquela noite.
(Fenômenos da natureza)
Atenção também aos verbos FAZER e ESTAR, indicando
circunstâncias relacionadas a tempo ou clima.
Fazia calor na sala.
(FAZER – indicando tempo passado ou clima)
Está 30o graus em São Paulo.
(ESTAR – indicando clima)
3
III. Concordância dos verbos impessoais - HAVER
O verbo HAVER, quando impessoal, não admite sujeito e
deverá ser flexionado na 3a.pessoa do singular.
Havia muitos alunos na sala.(CORRETA)
Haviam muitos alunos na sala.(INCORRETA)
O verbo HAVER sempre será impessoal? Não, pois ele poderá
ser empregado como auxiliar nos tempos compostos será
flexionado no plural, se houver um sujeito plural.
Os alunos haviam feito várias perguntas ao professor.
IV. Regra geral de Concordância Verbal: verbo concorda
com o sujeito.
Existiam muitos alunos na sala.(CORRETA)
(Sujeito)
Existia muitos alunos na sala.(INCORRETA)
OUTROS VERBOS IMPESSOAIS
Os verbos que indicam FENÔMENOS DA NATUREZA são
impessoais, não admitem sujeito e devem ficar na terceira
pessoa do singular. É o que se ocorre com os verbos: chover,
gear, nevar, trovejar, amanhecer, anoitecer, relampejar. Preste
atenção ao verbo quando usado em sentido figurado; neste
caso, ele concordará com o sujeito presente na oração:
“Choveram comentários sobre você”; na frase, o sujeito é
comentários, por isso o verbo foi colocado no plural.
O verbo FAZER, ao indicar tempo decorrido, não admite
plural, pois não possui sujeito, deve ser usado na 3a. pessoa do
singular, tal qual o HAVER.
Faz dois anos que não o encontro.(CORRETA) – “dois anos” é
o objeto do verbo.
Fazem dois anos que não o encontro.(INCORRETA)
III. Verbos impessoais, formando locução verbal:
O verbo principal, o último escrito na locução verbal (auxiliar
+ verbo principal), será aquele a indicar qual deverá ser a
flexão do verbo auxiliar: assim, se o verbo principal for um
impessoal, o auxiliar também o será; se o principal for pessoal,
o auxiliar concordará com o sujeito presente.
4
Deve haver questões mais simples. (Oração sem sujeito)
Devem existir questões mais simples.(Sujeito é
“questões”)
Há de haver questões mais simples. (Oração sem sujeito)
Hão de existir questões mais simples.(Sujeito é
“questões”)
VI. O verbo SER concorda com predicativo (representado
por indicação numérica).
O verbo SER “escapa” da regra dos impessoais.
São 7 horas.
Amanhã serão 27 de março.
Eram 13 quilômetros até sua casa.
Devem ser 2 horas agora.
VII. Casos especiais:
1.Verbos em sentido figurado: concordam com o sujeito.
Choveram comentários sobre as circunstâncias do fato.
(sujeito)
2.Verbo TER usado como HAVER: torna-se impessoal.
Tinha muitas testemunhas no local.
3.Verbos PARECER e FICAR:
Parecia noite, de tantas nuvens escuras.
De repente, ficou dia.
4.Verbos BASTAR e CHEGAR + DE:
Basta de violência!
Chega de tanta confusão!
EXERCÍCIOS
1. (UFPB) Há oração sem sujeito no período:
a.“Numa terça-feira me chamaram.”
b.“Abria-se para mim, de repente, um céu.”
5
c.“Itabaiana estava a um salto do Santa Rosa.”
d.“Não há judiação, coronel.”
2. (PUCC-SP) Identifiquea frase em que o uso da
forma verbal é incorreto:
a.Já fazem três semanas que não a vejo.
b.Naquelas férias ficou ventando muitos dias.
c.Estará havendo comemorações na sala ao lado?
d.Não será por deslizes pequenos que iremos
condená-lo.
e.Não constam em nossos arquivos os nomes que
você procura.
3. (Fuvest/GV-SP) Assinale a alternativa que tem
oração sem sujeito:
a.Existe um povo que a bandeira empresta.
b.Embora com atraso, haviam chegado.
c.Existem flores que devoram insetos.
d.Alguns de nós ainda tinham esperança de
encontrá-lo.
e.Há de haver recurso desta sentença.
4. (Fatec) Assinale a alternativa incorreta:
a.Em “Fazia um pouco mais que manhã”, o verbo
fazer é impessoal e não equivale,
gramaticalmente, ao verbo haver em “Havia-se
passado uma semana desde então”.
b.O significado de fazer corresponde, em “Fazia
um pouco mais que manhã”, ao significado de ser
ou estar em “Era pouco mais de meio-dia” ou
“Estava uma tarde ensolarada.”
c.É correto dizer “Haviam-se formado dois grupos
contrários”, assim como “Devem haver dois grupos
contrários em formação.”
d.São igualmente corretas as formas “Fazia anos
que ela esperava” e “Eram anos de espera”.
e.Estão corretas as formas verbais em “Até há bem
pouco tempo, existiam senadores com cara de
vitória-régia”.
6
5. (Fuvest) Reescreva as frases abaixo,
substituindo existir por haver e vice- versa:
a.Existiam jardins e manhãs naquele tempo: havia
paz em toda parte.
b.Se existissem mais homens mais homens
honestos, não haveria tantas brigas por justiça.
RESPOSTAS AOS EXERCÍCIOS PROPOSTOS:
1. d
2. a
3. e
4. c
5. a.Havia jardins e manhãs naquele tempo:
existia
paz em toda parte.
b.Se houvesse mais homens honestos, não
existiriam tantas brigas por justiça.
1
TERCEIRA AULA DE GRAMÁTICA - INTERNET
Professora: Sandra Franco
Predicação Verbal e Complementos Verbais
1. Definição de Predicado.
2. Tipos de verbo no predicado:
a) verbos transitivos;
b) verbo intransitivo;
c) verbo de ligação.
3. Resumos.
4. Exercícios.
_______________________________________________
A predicação é o tipo de relação que o verbo mantém com
o sujeito da oração. De acordo com essa relação, há dois grupos
de verbos: os de estado ou de ligação e os nocionais ou
significativos. A predicação de um verbo só pode ser determinada
através do contexto da frase em que ele aparece.
1. Predicado: termo que apresenta a informação sobre o
sujeito.
Todo predicado apresenta obrigatoriamente um verbo
ou uma locução verbal. Esses verbos serão classificados segundo
sua predicação. A começar pelos verbos considerados nocionais,
recordemos que eles se dividem em transitivos ou intransitivos.
a) Quanto aos Verbos Transitivos: o sentido do processo
verbal passa para um complemento, chamado de Objeto.
a.1) Verbo Transitivo Direto
2
“Através dos varões viam, descendo num declive, telhados
escuros, intervalos de pátios, cantos de muro (...)”
Do raciocínio você se recorda: “quem vê, vê algo”; e esse
algo que recebe a ação do verbo será o objeto recebedor. Chama-
se objeto direto àquele complemento verbal que não apresenta
preposição obrigatória.
A palavra que deve exigir a preposição será o verbo; caso
surja uma preposição no objeto, que não tenha sido “exigência” do
verbo, você e terá um caso de objeto direto preposicionado.
Observe os exemplos:
A mãe ao próprio filho não conhece.
Nesse caso, houve uma inversão dos termos na frase, o
objeto foi colocado antes do verbo. Como saber, então, qual é o
sujeito e qual é o objeto? A solução foi a de se colocar uma
preposição naquele termo que se pretendia fosse o objeto,
percebeu?
Outro exemplo:
Marcelo ama a mim.
O pronome oblíquo “mim” por ser tônico, nunca será usado
sem uma preposição; é característica desses pronomes. Muito
bem, como ele usado como complemento de um verbo que não
exigia a preposição, poderemos afirmar que esse é um objeto
direto preposicionado: a preposição apareceu em virtude da
palavra escolhida para representar o objeto.
Há outras possibilidades, em outra aula poderemos ver mais
exemplos. O importante é que você entenda a estrutura que
possibilita o aparecimento deste tipo de objeto.
a.2) Verbo Transitivo Indireto
“...Mas os desejos de Leopoldina eram vastos: invejava uma
larga vida (...)...Porque gostava do monte – dizia- fazia-lhe bater
o coração.”
Claro que você observou a presença de outros verbos no
trecho; mas, o verbo destacado é o transitivo indireto: que
“gosta”, “gosta de” algo ou de alguém. A preposição se faz
obrigatória por exigência do verbo.
3
Você poderia tentar classificar os outros verbos presentes,
bem como seus respectivos objetos; é um bom treino!
a.3) Verbo Transitivo Direto e Indireto
“Quando era do tempo do Gama, isso sim! Nunca ia que me
não desse os seus dez tostões, às vezes meia libra.”
Atenção: os complementos verbais (OD e OI) são normalmente
representados por substantivos; é possível, porém, que pronomes
pessoais do caso oblíquo estejam substituindo os substantivos:
me, te, se, nos, vos > podem ter função de OD ou OI.
lhe, lhes > sempre terão função de OI
o, a, os, as > sempre terão função de OD.
Observação:acima foram expostos apenas os pronomes oblíquos
átonos, que apresentam como característica estarem sempre
ligados ao verbo (antes, no meio ou depois dele). Há os pronomes
oblíquos tônicos: mim, ti, si, que normalmente serão OI, já que
exigem sempre uma preposição; nada impede que sejam usados
como objetos diretos preposicionados.
Vale observar também que, quando forem usados os
pronomes átonos o, a os, as, a terminação dos verbos transitivos
diretos se faz importante:
*Verbos terminados em –r
-s > acrescenta-se “l” aos
pronomes
-z
Os fonemas finais -r, -s e –z são cortados e acrescenta-se o
–l; esta é questão de eufonia, quer dizer, busca-se o som mais
agradável para a pronúncia.
Exemplos: vender + o = vendê-lo
quis + a = qui-la
fez+ as = fê-las
4
*Verbos terminados em –m
ou em som nasal > acrescenta-se “n” aos
pronomes
Exemplos: venderam + o = venderam-na
põe + a = põe-na
b) Verbo Intransitivo:aquele que não precisa de
complemento, pois já possui significação completa. Só o contexto
irá revelar essa classificação. Dizer que o verbo “dormir” é sempre
intransitivo poderá ser equivocado em uma frase como esta: “Julio
dormiu um sono tranqüilo, como há muito não fizera...”. Veja:
“um sono tranqüilo” é objeto de “dormir”, certo?
Já no exemplo abaixo, os dois verbos são intransitivos:
“Sebastião desceu, respirou largamente...”
Atenção:há uma circunstância exposta após o verbo, através do
advérbio de modo “lentamente”. Observe que é comum estarem
presentes circunstâncias de ocorrência do processo verbal; mas
essas circunstâncias de tempo, modo, lugar,companhia e outras,
não são complementos verbais. De fato, gramaticalmente, podem
estar presentes em qualquer oração, qualquer que seja a
predicação verbal.
Então, não confunda adjunto adverbial com complemento
verbal.
c) Verbo de Ligação: liga sujeito ao predicativo do
sujeito.
“E eu a maçá-la! É necessário alguma coisa? Quer que vá
chamar o médico?”
O verbo de ligação é “esvaziado” de significado; ele somente
liga o sujeito ao predicativo do sujeito, que é o atributo, a
característica desse sujeito. Para entender o que significa estar
“vazio” de significado ou “com significado” compare:
Ele estava feliz.
(O verbo está “vazio”, quer-se privilegiar a informação
presente no predicativo)
5
Ele estava na sala.
(O verbo é “cheio de significado” – nocional; quer-se
privilegiar o processo verbal: o sujeito fez a ação de “estar”, de ter
permanecido na sala.)
3. Resumos
Uma síntese das características dos objetos para que você
possa fixar o aprendido (ou revisto) nesta aula. Lembre-se de que
os complementos verbais são os chamadostermos integrantes
da oração: são elementos que dependem da presença de ou outro
para existirem.
 recebem a ação verbal;
 completam o sentido dos verbos transitivos;
 dividem-se em:
*direto – sem preposição obrigatória;
*indireto – com preposição obrigatória.
*direto preposicionado – com preposição não exigida pelo
verbo.
Um quadro resumo sobre predicação verbal:
Verbos Transitivos: apresentam complemento verbal.
VTD > OD e ODP
VTI > OI
VTDI > OD e OI
Verbo Intransitivo: apresenta significado completo.
Verbo de Ligação: liga sujeito a predicativo do sujeito.
Responda aos exercícios e treine. Escreva, caso
haja dúvidas. Um abraço!
6
4. Exercícios
1.(UFPB) Os pronomes pessoais oblíquos sublinhados
nas frases
“...e vejo-a, ainda tomando conta de mim.”
“Ela me enchia de carícias.”
“...não me dão nunca a verdadeira fisionomia...”
desempenham, respectivamente, a função sintática
de:
a. objeto direto – objeto direto – objeto indireto.
b. objeto indireto – objeto direto – objeto indireto.
c. objeto direto – objeto indireto – objeto direto.
d. Objeto direto – objeto indireto – objeto indireto.
e. Objeto indireto – objeto indireto – objeto direto.
Vandalismo
Meu coração tem catedrais imensas,
Templos de priscas e longínquas datas,
Onde um nome de amor, em serenatas,
Canta a aleluia virginal das crenças.
Na ogiva fúlgida e nas colunatas
Vertem lustrais irradiações intensas
Cintilações de lâmpadas suspensas
E as ametistas e os florões e as pratas.
Como os velhos Templários medievais
Entrei um dia nessas catedrais
E nesses templos claros e risonhos...
E erguendo os gládios e brandindo as hastas,
No desespero dos iconoclastas
Quebrei a imagem dos meus próprios sonhos!
(Eu, Augusto dos Anjos)
2.(ITA) Assinale a opção em que todos os termos
desempenham a mesma função sintática:
a. onde, nas colunatas, um dia, das crenças.
7
b. meu coração, um nume, templos, os gládios.
c. de amor, de lâmpadas, dos iconoclastas, dos meus
próprios sonhos.
d. catedrais, aleluia, ametistas, desespero.
e. em serenatas, virginal, na ogiva, irradiações, os
gládios.
3. Quanto à predicação, os verbos “cantai, entrei,
quebrei”, classificam-se, no texto, respectivamente
como:
a. trans.direto – intransitivo – trans. direto
b. trans. dir. e ind. – trans. direto – trans. dir. e indireto
c. intransitivo – trans. direto – trans. direto
d. intransitivo – trans. direto – trans. dir. e indireto
e. trans. direto – intransitivo – trans. dir. e indireto
4. (UNIMEP-SP)
I. Demos a ele todas as oportunidades.
II. Fizemos o trabalho como você orientou.
III.Acharam os livros muito interessantes.
a.I.Demos-lhe; II.Fizemo-lo; III. Acharam-los.
b.I.Demos-lhe; II.Fizemos-lo; III. Acharam-os.
c.I.Demos-lhe; II.Fizemo-lo; III. Acharam-nos.
d.I.Demo-lhe; II.Fizemos-o; III. Acharam-nos.
e.I.Demo-lhe; II.Fizemo-lhe; III. Acharam-nos.
5. (FEFASP) Em que alternativa há objeto direto
preposicionado?
a.Passou aos filhos a herança recebida dos pais.
b.Amou a seu pai com a mais plena grandeza da alma.
c.Naquele tempo era muito fácil viajar para os infernos.
d.Em dias ensolarados, gosto de ver nuvens flutuarem
nos céus de agosto.
GABARITO
1.A
2.B
3.A
8
4.C
5.B
1
QUARTA AULA DE GRAMÁTICA - INTERNET
Professora: Sandra Franco
1. Predicativos: a)do sujeito;
b)do objeto.
2. Predicado: a) verbal;
b) nominal;
c) verbo-nominal.
3. Resumos.
4. Exercícios.
_______________________________________________
Apesar de não estarem enquadrados na Nomenclatura
Gramatical Brasileira como termo essencial, integrante ou
acessório, os predicativos exercem importante função,
especialmente no momento da classificação do predicado.
1. Predicativos: caracteriza o nome a que se refere sempre por
meio de um verbo. Pode ser do sujeito e do objeto.
a)do sujeito:
“Mas Luísa, a Luisinha, saiu muito boa dona de casa:
tinha cuidados muito simpáticos nos seus arranjos; era asseada,
alegre como um passarinho”
“Juliana voltou muito apressada ao quarto de Luísa (...)”
A comunidade ficou felicíssima.
Os estudantes participaram do evento empolgados.
2
b) do objeto:
“Basílio pôs-se a suplicar; que lhe perdoasse! Que doidice,
zangar-se por um beijo! Se ela estava tão linda!...Fazia-o doido.”
Os estudantes consideram o evento empolgante.
2. P r e d i c a d o é a termo da oração que contém a
informação; sempre será formado por um verbo ou uma locução
verbal, o qual concordará em número e pessoa com o sujeito.
De acordo com a importância da informação, daquilo que se
considerar mais importante, o verbo ou o predicativo (ou ambos),
é que se realiza sua classificação.
Classificação do Predicado
a) NOMINAL: quando o núcleo da informação expressa
pelo predicado é um nome.
“era asseada, alegre como um passarinho”
A comunidade ficou felicíssima.
(núcleo: predicativo do sujeito)
(A estrutura do predicado será formada por um verbo de
ligação mais p predicativo do sujeito)
b) VERBAL: quando o núcleo da informação expressa
pelo predicado é um verbo significativo (transitivo ou
intransitivo).
Os estudantes participaram do evento.
(núcleo: verbo transitivo)
A testemunha compareceu.
(núcleo: verbo intransitivo)
“Sebastião desceu, respirou largamente...”
VI VI
3
c) VERBO-NOMINAL: quando o predicado contiver dois
núcleos de informação: o verbo significativo (transitivo ou
intransitivo) e um nome (predicativo do sujeito ou do
objeto).
“Juliana voltou muito apressada ao quarto de Luísa...”
“Fazia-o doido.”
Os estudantes participaram do evento empolgados.
(núcleo:VTI) (núcleo: PS)
Os estudantes consideram o evento empolgante.
(núcleo:VTD) (núcleo: PO)
3. Resumos
Predicativos
Predicativo do Objeto
¬ característica do objeto.
¬ só em orações com verbos transitivos.
¬ apresenta relação com a ação do verbo.
¬ sempre forma predicado verbo-nominal.
Predicativo do Sujeito
¬ característica do sujeito.
¬ após verbo.
¬ antes do verbo, com vírgula.
¬ nas orações com VT, VI ou VL.
4
Predicados
Tipos Estrutura
Predicado Nominal: VL + PS
Predicado Verbal: VT + CV (OD/OI)
VI
Predicado Verbo-Nominal: VT + PO
VT + PS
VI + PS
Nota: os exemplos literários foram extraídos da obra O
Primo Basílio de Eça de Queirós
5. EXERCÍCIOS
1. (PUC) Leia o período a seguir:
“Tudo isso é fácil quando está terminado e embira-se em
duas linhas, mas para o sujeito que vai começar, olha para
os quatro cantos e não tem em que se pegue, as
dificuldades são horríveis.”
a) Transcreva deste período duas orações formadas pro
predicados nominais.
b) Indique, respectivamente, os predicativos do sujeito
desses predicados nominais.
2. (FEI-SP) Assinale a alternativa em que o termo
destacado tenha a função de predicativo do
sujeito:
a) “Eu sob a copa da mangueira altiva”
b) “Não sentiram meus lábios outros lábios”
5
c) “Do tamarindo a flor jaz entreaberta”
d) “Já solta o bogari mais doce aroma”
e) “Melhor perfume ao pé da noite exala”
3. (PUC-SP) No período
“As águas e os astros amam esta região azul, vivem nesta
região azul, palpitam nesta região azul”.
temos:
a) um predicado verbal e dois verbo-nominais, havendo, nos
dois últimos, o complemento predicativo do objeto.
b) três predicados verbais, sendo que, no primeiro, o
complemento é o objeto direto, e nos dois últimos, o
objeto indireto.
c) três predicados verbo-nominais, havendo, no último,, o
complemento predicativo do sujeito.
d) três predicados verbais, havendo, em apenas um deles, o
complemento objeto direto.
e) três predicados verbais formados por verbos intransitivos.
4. (VUNESP) “A pilha de jornais ali no chão,
ninguém os guardou debaixo da escada.”
“Às suas violetas, na janela, não lhes poupei água.”
Assinalar a alternativa que contiver a afirmação
correta sobre as duas orações transcritas.a) Nas duas orações há sujeito composto precedendo verbo
transitivo direto e indireto.
b) Nas duas orações há sujeito indeterminado, e apenas o
verbo da segunda oração é transitivo direto e indireto.
c) Nas duas orações há inversão da ordem das palavras e
ocorrência de complemento verbal pleonástico.
d) Nas duas orações ocorre complemento verbal pleonástico,
mas apenas na segunda há inversão da ordem das
palavras.
e) Nas duas orações a ordem é direta e o sujeito é
composto.
Nota: é possível enfatizar a idéia expressa por um objeto
direto ou indireto, utilizando um pronome pessoal oblíquo
6
para substituir o substantivo e repetir o objeto.Observe o
exemplo:
Aqueles rapazes, eu não os conhecia.
(OD) (OD pleonástico)
5. (FGV-RJ) Assinale a análise correta do termo
destacado:
“Ao fundo, as pedrinhas claras pareciam tesouros
abandonados.”
a) predicativo do sujeito
b) adjunto adnominal
c) objeto direto
d) complemento nominal
f) do objeto direto
6. (UFG-GO) Em uma das alternativas abaixo, o
predicativo inicia o período. Assinale-a.
a) A dificílima viagem será realizada pelo homem.
b) Em sua próprias inexploradas entranhas descobrirá a
alegria de viver.
c) Humanizado tornou-se o sol com a presença humana.
d) Depois da dificílima viagem, o homem ficará satisfeito?
e) O homem procura a si mesmo nas viagens a outros
mundos.
7. (VUNESP-adaptada) Em “...com as últimas
chuvas, o v e r d e rebentou verdíssimo”,
identifique as funções sintáticas dos segmentos
em destaque.
8. (PUC-SP) Nas orações:
“O Pavão é um arco-íris.”
e
“De água e luz ele faz se esplendor.”
temos, respectivamente:
a) dois predicados nominais, cujos predicativos do sujeito
são arco-íris e esplendor.
b) um predicado nominal, cujo predicativo do sujeito é arco-
íris, e um predicado verbo-nominal, cujo predicativo do
objeto é esplendor.
7
c) um predicado nominal, cujo predicativo do sujeito é arco-
íris, e um predicado verbal, cujo objeto direto é esplendor.
d) dois predicados verbais, cujos objetos diretos são arco-
íris e esplendor.
e) um predicado nominal, cujo verbo é de ligação, e um
predicado verbal, cujo verbo é intransitivo.
9. (UNIMEP)
I. Paulo está adoentado.
II. Paulo está no hospital.
a) O predicado é verbal em I e II.
b) O predicado é nominal em I e II.
c) O predicado é verbo-nominal em I e II.
d) O predicado é verbal em I e nominal em II.
e) O predicado é nominal em I e verbal em II.
10. (FIAM/FIAM-SP) Identifique a função sintática
dos termos destacados.
“A cara parecia uma perna.” e “Não vi mais nada.”
a) objeto direto e aposto
b) predicativo do sujeito e aposto
c) objeto direto e predicativo do sujeito
d) predicativo do sujeito e objeto direto
e) aposto e predicativo do objeto
Respostas
1. a) “Tudo isso é fácil”; “as dificuldades são horríveis”.
c) “fácil”/”horríveis”.
2. c
3. d
4. c
5. a
6. c
7. “o verde”: sujeito
“verdíssimo”: predicativo do sujeito
8. d
9. e
10. d
1
QUINTA AULA DE GRAMÁTICA - INTERNET
Professora: Sandra Franco
1. Adjunto Adnominal.
2. Palavras que exercem função de Adjunto Adnominal.
3. Como diferenciar Adjunto Adnominal e Predicativo do
Objeto.
4. Complemento Nominal.
5. Comparação entre Complemento Nominal e Adjunto
Adnominal.
6. Aposto.
7. Exercícios.
___________________________________________________________________
1. Adjunto Adnominal.
Vamos ver mais alguns dos termos da oração: a começar pelo
adjunto adnominal, o qual, no estudo isolado, é muito simples
para ser compreendido. Comece a reunir as informações sobre a
aqueles termos que podem estar, na oração, referindo a nomes,
quais sejam: o adjunto adnominal, os predicativos e o
complemento nominal; procure observar semelhanças e
diferenças.
Adjunto Adnominal: termo acessório, que se refere ao
substantivo, sem que haja um verbo separando-os.
Aquela interessante obra literária obteve um honroso segundo lugar.
2
Nota : veja que no exemplo acima “aquela” é pronome
demonstrativo adjetivo; “interessante” e “literária” são adjetivos;
“um”, artigo; “honroso”, adjetivo; e, por fim, “segundo” é numeral
ordinal adjetivo.
2. Palavras que exercem função de Adjunto Adnominal.
É preciso buscar o substantivo que esteja como núcleo
de um termo sintático: seja o sujeito o objeto, o complemento
nominal, o agente da passiva, o adjunto adverbial, o aposto;
enfim, qualquer termo (à exceção do predicado, claro) poderá ter
como núcleo um substantivo.
Ao lado, ou próximo, desse núcleo, verifique se há algumas
dessas classes gramaticais relacionadas abaixo, que a ele estejam
referindo-se:
As classes gramaticais que exercem função de adjunto
adnominal são aquelas que acompanham, normalmente, um
substantivo: artigo, adjetivo, locução adjetiva, numeral e
pronome.
3. Como diferenciar Adjunto Adnominal e Predicativo do
Objeto.
Falar em classe gramatical significa falar em morfossintaxe:
mas, não confunda morfossintaxe com a sintaxe dos termos da
oração. E, já que uma mesma classe gramatical, como é o caso do
adjetivo, pode assumir mais um uma função sintática, guarde essa
informação: o adjunto adnominal é chamado acessório porque
depende da existência de outro termo para existir, neste caso, o
substantivo-núcleo de algum termo.
Dica: substitua o termo do qual o substantivo for núcleo por um
pronome substantivo: o substantivo e o adjunto adnominal, que
compõem um mesmo termo, serão substituídos (caso a palavra
seja mesmo um adjunto adnominal).
3
Exemplificando:
Aquela interessante obra literária obteve um honroso segundo lugar.
Sujeito Objeto Direto
Ela o obteve.
Suj. OD
O estudante considerou o evento empolgante.
Sujeito Objeto Direto Predicativo do Objeto
Ele o considerou empolgante.
Suj. OD Predicativo do Objeto
4. Complemento Nominal.
Existem nomes (substantivos, adjetivos e advérbios) "que
exigem algo para lhes integrar o sentido".
Complemento Nominal: termo que completa o sentido dos
substantivos, adjetivos e advérbios transitivos.
1.O favorecimento de alguns candidatos foi evidente.
(substantivo)
2.As notícias foram favoráveis a alguns candidatos.
(adjetivo)
3.A mídia posicionou-se favoravelmente às medidas anunciadas.
(advérbio)
Leia essa definição que servirá para ratificar seus
conhecimentos sobre o tema:
Transitividade - Caráter dos nomes e verbos que exigem algo para
lhes integrar o sentido. É o que ocorre com os verbos transitivos.
Também substantivos, adjetivos e advérbios podem exigir
complemento: necessidade de, necessário a, referente a, etc. A
4
transitividade admite graus, indo do zero (intransitividade) à
necessidade absoluta: Pedro dançava. Maria dançava uma valsa.
Ela é útil ao pai. Tem precisão de assistência.
(Zélio dos Santos Jota -
Dicionário de Lingüística)
5. Comparação entre Complemento Nominal e
Adjunto Adnominal.
É possível, sim, confundir estes dois termos na oração, mas
um uma única circunstância: se houver um substantivo abstrato e
se o termo relacionado a ele estiver preposicionado. Veja como
diferenciá-los:
A defesa do réu pela advogada foi eficaz.
(compl.nom.) (adj.adn.)
passivo ativo
Resumindo:
Adjunto Adnominal Complemento Nominal
refere-se a substantivo
concreto ou abstrato
refere-se apenas a
substantivo abstrato
preposicionado apenas
quando representado por
locução adjetiva
sempre com preposição
apresenta noção ATIVA apresenta noção PASSIVA
Leia esse texto, da web page do PEAD (Português Ensino à
Distância) - formado por pesquisadores/professores de língua
portuguesa da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ),
Aparecida Pinilla, Cristina Rigoni e M. Thereza Indiani - em
que, de forma clara os respeitáveis estudiosos da língua
apresentam a transitividade de verbos e de nomes (foram feitas
pequenas adaptações).
5
O outro vestibular
A disputa por um empregonas maiores empresas brasileiras
está começando para os estudantes que concluirão a faculdade no final
do ano. Quem já passou pela experiência sabe que, perto dela, o funil do
vestibular parece brincadeira. Dos numerosos jovens que se
candidataram a uma vaga da firma Cargill, que atua no ramo de
alimentos, apenas uma pequena parcela revelou inclinação para o tipo
de trabalho a ser desenvolvido. Em todas as grandes companhias que
adotam a política de recrutar profissionais recém-formados, a disputa
por uma vaga é mais pesada do que nas mais concorridas
universidades brasileiras. Durante o programa de treinamento, o jovem
trainee terá acesso a diferentes departamentos da empresa. Se ele
tiver domínio do uso de computadores, suas chances de ser escolhido
aumentarão. "Hoje as empresas querem pessoas com senso crítico, que
saibam apontar problemas e sugerir soluções", afirma a responsável
pelo programa de treinamento da Gessy Lever. A primeira triagem
é feita entre os currículos que chegam às empresas. Nesta fase, mais da
metade dos candidatos é eliminada. A capacidade para trabalhar em
equipe e a desenvoltura para lidar com problemas serão muito úteis
ao candidato que estiver lutando por uma vaga como jovem trainee.
(…)
Comentário sobre o texto
Neste texto, o assunto abordado é a dificuldade de conseguir uma
vaga como trainee em uma grande empresa. Existe uma diferença entre
ser estagiário e ser trainee: o estágio pressupõe uma permanência curta
na empresa, com data para começar e terminar, enquanto para os
trainees a proposta é ficar. A concorrência é muito grande, pois as
empregadoras oferecem pouquíssimos postos em relação ao número de
candidatos que se apresentam. O salário inicial é atraente; além disso,
existe a chance de fazer carreira.
Escolhemos esse texto, escrito em linguagem clara, para mostrar a
questão da transitividade de verbos e de nomes. Para isso, fizemos
algumas modificações no que foi originalmente publicado na revista.
Como lemos na definição, existem "verbos que exigem algo para lhes
integrar o sentido". Isso acontece com os seguintes verbos do texto:
concluirão (verbo transitivo direto) a faculdade (objeto direto)
se candidataram (verbo transitivo indireto) a uma vaga da firma
Cargill (objeto indireto)
querem (verbo transitivo direto) pessoas (objeto direto)
6
apontar (verbo transitivo direto) problemas (objeto direto)
sugerir (verbo transitivo direto) soluções (objeto direto)
lutar (verbo transitivo indireto) por uma vaga (objeto indireto)
Observe que há,também, termos que complementam
nomes:
disputa (substantivo) por um emprego.
inclinação (substantivo) para o tipo de trabalho.
acesso (substantivo) a diferentes departamentos das empresas.
domínio (substantivo) do uso de computadores.
responsável (adjetivo) pelo programa de treinamento da Gessy Lever.
capacidade (substantivo) para trabalhar em equipe.
desenvoltura (substantivo) para lidar com problemas.
úteis (adjetivo) ao candidato
6. Aposto
Aposto: termo que amplia, explica, desenvolve ou resume outro
termo, representado, normalmente, por um substantivo.
1.O Brasil, país com dimensões continentais, apresenta rica
cultura.
2.A Avenida Brasil localiza-se na zona sul
3.Visitamos diferentes lugares: museus, igrejas, praças e feiras
pulares.
4.As dificuldades, as críticas, a incompreensão, nada o fez
desistir.
7
Questões
01. (Cesgranrio-RJ) Aponte a única opção em que o termo
destacado não é complemento nominal:
a) "...dar prosseguimento ao processo de regeneração dos costumes
políticos e da restauração dos princípio éticos..."
b) "Existem [...] regulamentações não realizadas, aprimoramentos da
Carta que deverão ocorrer..."
C) "É indispensável inculcar no cidadão comum o respeito à lei."
d) "Simplificar e cumprir foram suas palavras de ordem."
e) "...que mecanismos garantiriam o imediato cumprimento da nova
lei?"
02. Marque a opção em que o termo destacado apresenta
adjunto adnominal:
a) a resposta ao aluno foi elaborada.
b) ele tem inveja dos colegas.
c) o respeito às leis é fundamental.
d) todos têm confiança na vitória.
e) a jogada do artilheiro foi maravilhosa.
 
03. Marque a alternativa em que o termo destacado é
complemento nominal:
a) essa música era imprópria para a ditadura.
b) não duvido de sua capacidade.
c) o menino do interior já está de volta.
d) confiamos em sua sinceridade.
e) A confusão do policial foi coerente.
04. (PUC-Salvador) Em: "O receio da solidão nunca o
abandonara". O termo destacado exerce função sintática de:
8
a) sujeito
b) adjunto adverbial
c) objeto indireto
d) adjunto adnominal
e) complemento nominal
05. (UFSC) Observe os períodos abaixo e assinale a
alternativa em que o lhe é adjunto adnominal:
a) “...anunciou-lhe: Filho, amanhã vais comigo.”
b) O peixe cai-lhe na rede.
c) Ao traidor, não lhe perdoaremos jamais.
d) Comuniquei-lhe o fato ontem pela manhã.
e) Sim, alguém lhe propôs emprego.
06. (Cândido Mendes) “Angélica, animada por tantas pessoas,
tomou-lhe o pulso e achou-o febril.” Febril, sintaticamente, é:
a) objeto direto
b) complemento nominal
c) predicativo do objeto direto
d) predicativo do sujeito
e) adjunto adverbial
07. (Unimep) “Três seres esquivos que compõem em torno à
mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade.”
a) complemento nominal
b) vocativo
c) agente da passiva
d) objeto direto
e) aposto
08 (Engenharia - OMEC - SP) Assinale a frase em que há
complemento nominal:
a) Tudo lhe é indiferente.
b) A casa de José é bonita.
c) Preciso de você.
d) Nada me perturba.
9
e) Nada me interessa.
09. (FCMSCSP) Observe as duas frases seguintes.
I. O proprietário da farmácia saiu.
II. O proprietário saiu da farmácia.
Sobre elas são feitas as seguintes considerações:
Na I, da farmácia é adjunto adnominal.
Na II, da farmácia é adjunto adverbial.
Ambas as frases têm exatamente o mesmo significado.
Tanto em I como em II, da farmácia tem a mesma função
sintática.
Dessas quatro considerações:
a) apenas uma é verdadeira;
b) apenas duas são verdadeiras;
c) apenas três são verdadeiras;
d) as quatro são verdadeiras;
e) nenhuma é verdadeira.
10. (Escola Nacional de Ciências Estatísticas) "Essa
desagradável invenção moderna, o berro, não encontra forma
vocal na garganta de um português."
Justificativa das vírgulas separando a expressão "o berro":
a) estão certas, visto tratar-se de aposto do sujeito;
b) a 2ª vírgula deveria ser suprimida porque o sujeito não pode ser
separado do seu verbo;
c) a 1ª vírgula é facultativa devido à condição de adjunto adnominal
da expressão;
d) nenhuma das duas vírgulas é necessária, porque a pausa na
leitura far-se-ia naturalmente;
e) estão certas, visto tratar-se de vocativo.
11. (UF Uberlândia-MG) Todos os períodos abaixo possuem
vocativo, exceto:
a) "Laffont, dono de quase todos os cassinos e estádios de corridas
de cães, um dos tipos mais ricos da China, quer que madame cante
na recepção que vai dar na quinta-feira."
10
b) "Mas me lembrei deste lugar justamente porque não quero que
você se arrisque, meu anjo."
c) "Você pode sair amanhã, você pode sair todos os dias, mas pelo
amor de Deus, Lu, fica hoje."
d) "Sente-se aí, meu caro, já estou saindo do banho."
e) "Tom, você acha que esta luva combina?... Tom, estou falando,
responda!"
GABARITO
1) E
2) E
3) A
4) E
5) B
6) C
7) E
8) A
9) B
10)A
1
SEXTA AULA DE GRAMÁTICA - INTERNET
Professora: Sandra Franco
1. Aposto e a vírgula.
2. Adjunto Adverbial e a vírgula.
3. Vocativo e a vírgula.
4. Uso da Vírgula. Resumo.
5. Exercícios.
_______________________________________________
1. Aposto e a vírgula.
Na aula anterior, estudamos dois termos ligados a nomes na
oração: o adjunto adnominal e o complemento nominal,
lembra-se?
Iniciamos também o estudo do aposto, atravésde alguns
exemplos expostos ao final da aula.
Aposto: termo que, explica, especifica, desenvolve ou
resume outro termo com núcleo substantivo.
1.O Brasil, país de dimensão continental, apresenta rica cultura.
Aposto explicativo – será sempre virgulado ou separado por
travessão do substantivo a que se referir.
2.A Avenida Brasil localiza-se na zona sul.
Aposto especificativo – trata-se de um substantivo especificando
outro substantivo, nunca trará virgula separando-o do nome a que
se refere.
2
3.Visitamos diferentes lugares: museus, igrejas, praças e feiras
populares.
Aposto enumerativo – estará na oração normalmente após “dois
pontos”; neste caso, as vírgulas presentes estão separando os
elementos enumerados que compõe o a aposto.
4.As dificuldades, as críticas, a incompreensão, nada o fez desistir.
Aposto resumidor – normalmente representado por um pronome
indefinido. Surge na oração após uma vírgula, que o separa dos
nomes que estiver resumindo.
2. Adjunto Adverbial
Há muitas circunstâncias expressas por esse termo; seria
difícil enumerar todas. O importante é saber identificar a
circunstância, com a certeza de que o termo está relacionado ao
processo verbal, à oração interira, a um adjetivo ou a um
advérbio. O adjunto adverbial nunca se referirá a
substantivo.
Ontem, ele chegou cedo à escola.
tempo tempo lugar
A cidade, à noite, fica mais bela.
tempo intensidade
Com os amigos, ela percorreu rapidamente a cidade.
companhia intensidade
A ordem direta dos termos da oração exige que o adjunto
adverbial , caso se refira a toda a oração, venha ao final. Assim,
se o adjunto adverbial for deslocado para o início ou para o meio
da oração deverá ser separado por vírgula, pois estará em um
lugar “que não é seu”.
3
3. Vocativo
Vocativo: termo independente da oração; não faz parte do sujeito
nem do predicado. É uma expressão de chamamento.
Querido aluno, leia sempre! (Suj.oculto:“você”)
Querido aluno, fico feliz com seu sucesso! (Suj.oculto: “eu”)
4. Uso da vírgula.
Vimos, então, que a colocação da vírgula entre os termos da
oração não se faz por acaso: há critérios, já que este sinal de
pontuação não é, como alguns dizem, um momento para se
respirar ou mera pausa. A presença desse sinal pode mudar o
sentido de uma oração, observe:
Não guarde esse segredo consigo.
Não, guarde esse segredo consigo.
Resumo.
Note que, nesta aula, usamos a vírgula para:
1. separar elementos em uma enumeração:
Visitamos diferentes lugares: museus, igrejas, praças e feiras
populares.
2. separar o Aposto explicativo e o resumidor:
O Brasil, país de dimensão continental, apresenta rica cultura.
As dificuldades, as críticas, a incompreensão, nada o fez desistir.
4
3. separar o Vocativo:
Querido aluno, leia sempre!
4. separar o Adjunto Adverbial deslocado:
Ontem, ele chegou cedo à escola.
A cidade, à noite, fica mais bela.
5. Exercícios.
1. (FEBASP) No exemplo de período simples: “Santos, cidade
paulista, é importante porto”, as vírgulas estão separando:
a) o aposto;
b) o vocativo
c) a elipse do verbo;
d) termos coordenados.
2. (Fundação Carlos Chagas) Analise o termo grifado: “Uniu-se
à melhor das noivas, a Igreja, e Oxalá você se amem tanto.”
a) aposto
b) adjunto adnominal
c) adjunto adverbial
d) pleonasmo
e) vocativo
3. (FEI) Resolva as questões a seguir conforme o código que
segue:
a) adjunto adverbial de lugar
b) adjunto adverbial de tempo
c) adjunto adverbial de modo
d) adjunto adverbial de causa
I. Segunda-feira haverá um jogo importante.
II. Com o mau tempo não podemos trabalhar ao relento.
III. O livro foi acolhido com entusiasmo pelos leitores.
IV. O automóvel parou perto do rio.
5
4. (FMSCASA) Leia o trecho abaixo e indique a função
sintática das palavras grifadas:
“Como é solene e grave, no meio das nossas matas, a hora
misteriosa do crepúsculo, em que a natureza se ajoelha aos pés do
Criador, para murmurar a prece da noite.” (J. de Alencar. O Guarani)
As funções das palavras das palavras sublinhadas são, respectivamente:
a) predicativo do sujeito, adjunto adverbial de lugar, núcleo do sujeito,
adjunto adnominal, sujeito, adjunto adverbial de lugar, objeto direto
e adjunto adnominal;
b ) adjunto adnominal, predicativo do sujeito, objeto direto, sujeito,
agente da passiva, adjunto adverbial de lugar, sujeito e adjunto
adnominal;
c) sujeito, sujeito, adjunto adverbial de lugar, predicativo do sujeito,
objeto, objeto indireto, complemento nominal e sujeito.
d ) objeto direto, agente da passiva, sujeito, objeto indireto,
complemento nominal, sujeito, adjunto adverbial de lugar e sujeito;
e) nenhuma das anteriores.
5. Em “Falava baixinho; pegou-me na mão e pôs o dedo na boca
(Machado de Assis), os termos grifados indicam circunstância adverbial
de:
a) modo – lugar – lugar;
b) causa – causa – modo;
c) condição – modo – causa;
d) causa – modo – condição;
e) concessão – condição – concessão.
GABARITO
1. A
2. A
3. I. B; II. D; III. C; IV. A.
4. A
5. A
1
SÉTIMA AULA DE GRAMÁTICA - INTERNET
Professora: Sandra Franco
Período Composto.
1. Introdução ao estudo do Período Composto: Orações
Subordinadas e Orações Coordenadas.
2. Orações Subordinadas Substantivas.
3. Exercícios.
1. Introdução ao estudo do Período Composto.
Encerramos o estudo dos chamados termos da oração: vimos
que os termos da oração relacionam-se e apresentam funções
sintáticas. A partir desta aula, investigaremos as relações que as
orações possuem entre elas dentro do período a que passaremos
a chamar de composto.
Assim, vamos observar os exemplos:
Ele confessou a mentira.
(1 verbo = 1 oração = Período Simples)
Ele confessou que mentiu.
(2 verbos = 2 orações = Período Composto)
Ele confessou que mentiu e esperava a compreensão dos
amigos.
(3 verbos = 3 orações = Período Composto)
No primeiro exemplo, a oração é formada por um verbo,
trata-se de uma oração absoluta, que representa, em Sintaxe, o
chamado período simples. Já no segundo exemplo, vê-se que há
duas orações que estão ligadas – devemos observar que, se elas
2
forem separadas, o sentido da primeira oração ficará
comprometido:“quem confessa, confessa algo” – e a segunda
oração apresenta essa informação.
O termo “a mentira” é objeto direto de confessou.
A oração “que mentiu” é objeto de confessou : essa oração
ligada à primeira é chamada de subordinada – ela apresenta
uma função sintática.
E, no terceiro exemplo, foi acrescentada uma oração, mas
que não exerce função sintática em relação às outras...ela é
independente: a prova disso é que podemos separá-la do período ,
sem causar nenhum prejuízo sintático ou mesmo semântico.
Coloque um ponto final entre a segunda e a terceira oração e
confirme essa independência: neste caso, a oração será chamada
de coordenada.
Oração subordinada: dependente – exerce função sintática.
Oração coordenada: independente – sem função sintática.
Reconhecidas essas diferenças básicas entre as orações,
passaremos a analisar cada grupo. As coordenadas, nosso
primeiro objeto de estudo, são caracterizadas pela independência
sintática; dispõem-se uma ao lado de outra, classificam-se como
Assindéticas ou Sindéticas, tendo como diferença única a
presença de uma conjunção (ou chamado sindeto, palavra de
origem grega que significa união).
1.Coordenadas Assindéticas: sem sindeto.
Ele entrou na sala, sentou-se, nada falou.
3
2.Coordenadas Sindéticas:
a. Aditivas
“Fabiano ainda lhe deu umas pancadas e esperou que ele se
levantasse.”
b. Adversativas
“Certamente esse obstáculo miúdo não era culpado, mas
dificultava a marcha.”
c. Alternativas
Ou chegava a chuva, ou todos morreriam de fome.
d. Conclusivas
Não choveu, portanto Fabiano e sua família tinham de partir.
e. Explicativas
Fabiano sentiu pena de Baleia, pois era dafamília.
Passemos ao estudo das SUBSTANTIVAS. São assim
chamadas por apresentarem valor de substant ivo , e,
sintaticamente, exercerem as funções que um substantivo pode
exercer, tanto é que para fazer uma identificação rápida da
Substantiva (a fim de que não seja confundida com outro tipo de
oração) costuma-se trocar a oração subordinada pela palavra
ISSO, uma palavra de sentido indefinido e que poderia, digamos,
encaixar-se em qualquer contexto, sem prejuízo de sentido.
Observe também que a Oração Subordinada Substantiva,
quando aparece na forma desenvolvida, será iniciada por uma
conjunção integrante: que ou se. É possível que a oração
subordinada substantiva apareça sem esse conectivo e traga, em
seu lugar, um advérbio ou pronome interrogativo indireto, caso
em que a oração subordinada não será nomeada “desenvolvida”,
mas, sim, “justaposta”. Outra possibilidade é a de a oração vir
“reduzida”: sem qualquer conectivo, o que estudaremos adiante,
em outra aula.
4
Compare:
Eu sei que você está por perto. (desenvolvida)
Eu sei onde você está.(justaposta)
Eu sei ir ao local indicado.(reduzida)
Na prática, a classificação da subordinada substantiva não se
modificará: acima, todas as grifadas classificam-se como oração
subordinada substantiva objetiva direta. Essa apresentação das
outras formas serve para que você fique atento às “roupagens” de
que essa oração pode se servir para estar presente no período
composto.
a) SUBJETIVA - Sujeito
É preciso que eu repita a explicação.
O.P. O.S.S.Subjetiva
Podemos fazer algumas observações quanto às estruturas
típicas desse tipo de oração:
VL + PS + Sujeito
O.P. (Oração Subordinada)
VTD na Voz Passiva A/S + Sujeito
*Também podemos observar que os verbos convir, acontecer,
ocorrer, suceder, parecer, constar, urgir, verbos estes que estarão
na 3a.pessoa do singular, trazendo como sujeito a Oração
Subordinada.
b) OBJETIVA DIRETA - Objeto Direto.
Pensei que conseguiria bons resultados.
O.P. O.S.S.Objetiva Direta
5
Estruturas:
Sujeito + VTD + Objeto Direto
O.P. (Oração Subordinada)
Sujeito + VTDI + OI + Objeto Direto
c) OBJETIVA INDIRETA - Objeto Indireto.
Minha amiga se esqueceu de que tínhamos uma festa
O.P. O.S.S.Objetiva Indireta
Estruturas:
Sujeito + VTI + Objeto Indireto
O.P. (Oração Subordinada)
Sujeito + VTDI + OD + Objeto Indireto
d) COMPLETIVA NOMINAL - Complemento Nominal.
O esquecimento de que comemoraríamos sua promoção entristeceu-me.
O.P. O.S.S.Completiva Nominal O.P.
e) PREDICATIVA - Predicativo do Sujeito.
Não fui eu que cometi o engano.
O.P. O.S.S.Predicativa
Observação: A estrutura da oração que anteceder a Predicativa
deverá obrigatoriamente apresentar um verbo de ligação.
6
f) APOSITIVA - Aposto.
Seus fãs pediram um favor: que ele autografasse o livro.
O.P. O.S.S.Apositiva
Observação: a oração apositiva normalmente virá após : ou –
(dois pontos ou travessão).
3. Exercícios
1. (Santa Casa) Por definição, “oração coordenada que
se prende à anterior por conectivo é denominada sindética e é
classificada pelo nome da conjunção que a encabeça”.
Assinale uma alternativa onde aparece uma coordenada
sindética explicativa, conforme a definição:
a) A casaca dele estava remendada, mas estava limpa.
b) Ambos se amavam, contudo não se falavam.
c) Todo mundo trabalhando: ou varrendo o chão ou lavando
as vidraças.
d) Chora, que as lágrimas lavam a dor.
e) O time ora atacava, ora defendia, e no placar aparecia o
resultado favorável.
2. (Mackenzie) No período “Sabe-se que Jacó propôs a
Labão que lhe desse todos os filhos das cabras...”, a alternativa
que contém a análise correta das orações, na seqüência em que
vêm no período, é:
a) principal; subordinada substantiva subjetiva,
subordinada substantiva objetiva direta.
b) coordenada sindética aditiva; subordinada substantiva
objetiva direta; subordinada substantiva apositiva.
c) absoluta; subordinada substantiva objetiva direta;
subordinada substantiva objetiva direta.
d) principal; subordinada substantiva subjetiva;
subordinada substantiva objetiva indireta.
7
e) coordenada assindética; subordinada substantiva
subjetiva; subordinada substantiva objetiva direta.
3. (Fuvest) Indique o objeto direto do verbo
destacado:
“...fui dizer à minha mãe que a escrava é que estragara o doce.”
4. (Casper Líbero) Classificar a oração destacada: “É
evidente que ele não sabe.”
5. (Fuvest) Assinalar a alternativa que apresenta
orações de mesma classificação que as deste período: “Não
se descobriu o erro, e Fabiano perdeu os estribos.”
a) Pouco a pouco o ferro do proprietário queimava os
bichos de Fabiano.
b) Foi até a esquina, parou, tomou fôlego.
c) Depois que aconteceu aquela miséria, temia passar
por ali.
d) Tomavam-lhe o gado quase.de graça e ainda
inventavam juro.
e) Não podia dizer em voz alta que aquilo era um
furto, mas era.
6. (Unimep - SP) “Mauro não estudou nada e foi
aprovado!”
Apesar do “e”, normalmente aditivo, a oração
destacada é:
a) adversativa.
b) conclusiva.
c) explicativa.
d) alternativa.
e) causal.
8
_________________________________________________________
Gabarito
a. D
b. A
3. “que a escrava é que estragara o doce.”
4. Oração Subordinada Substantiva Subjetiva.
5. D
6. A
_________________________________________________________
1
OITAVA AULA DE GRAMÁTICA - INTERNET
Professora: Sandra Franco
Período Composto
1.Orações Subordinadas Adjetivas.
2.Diferenças semânticas entre as orações
subordinadas adjetivas.
3.Funções sintáticas dos pronomes relativos nas
orações adjetivas.
4.Diferença entre a conjunção integrante e o
pronome relativo.
5.Exercícios.
________________________________________
1. Orações Subordinadas Adjetivas: tipos.
Outro grupo das Orações Subordinadas é o da Adjetivas,
exercem função sintática própria de um adjetivo. São apenas
duas. Observe, principalmente, a diferença semântica entre um e
outro tipo.
1. Adjetiva Restritiva
Comi a fruta que estava madura.
2. Adjetiva Explicativa
Comi a fruta, que estava madura.
2
Interessante guardar a informação de que a oração adjetiva
virá em duas posições: antecedendo a oração principal ou no meio
daquela.
2. Diferenças semânticas entre as orações subordinadas
adjetivas.
A interpretação da primeira oração deve ser no sentido de se
supor que havia frutas maduras e outras verdes (não-maduras) na
árvore: apenas a madura foi escolhida. A intenção é a de restringir
o significado de fruta: só foi escolhida para se comer porque
estava madura.
Já quanto à oração subordinada adjetiva explicativa, deve-se
supor que uma fruta foi comida e que ela estava madura, mas sua
escolha não se deveu à especificação de “estar madura”. Não se
sabe se havia outras frutas verdes que estavam na árvore; não
houve a particularização do significado. Há obrigatoriedade da
vírgula antecedendo o pronome relativo que inicia as orações
adjetivas explicativas.
3. Funções sintáticas dos pronomes relativos nas orações
adjetivas.
Importante notar que as orações adjetivas são iniciadas por
pronomes relativos: que, quem, o qual, a qual, cujo, onde.
Enquanto que as orações substantivas são introduzidas por
conjunção integrante: as palavras que ou se.
Os pronomes relativos exercem função sintática. A
conjunção integrante apenas liga, conecta as orações.
O pronome relativo retoma e substitui um termo da oração
anterior (substantivo ou pronome), além de estabelecer uma
relação entre as orações. Ao substituir o termo, dentro da própria
oração adjetiva, o pronome relativo passa a exercer as mesmas
funções dos termos estudados em período simples. Será preciso
fazer a análise do pronome relativo, como se estivéssemos
fazendo a análise dos termos da oração já revistos, para se éter a
certeza de qual é a função. Alguns exemplos:3
Função sintática do Pronome Relativo
1.objeto direto
Eu encontrei a solução para o problema que você me apresentou.
1 2
A palavra que retoma “problema”. Reescrevendo a oração 2, que é
aquela onde está o pronome relativo, e fazendo-se a substituição
do relativo pelo substantivo que este retoma, teríamos:
Você me apresentou um problema.
OD
Se “um problema”, que pertence à oração 1 seria OD na oração 2,
o relativo que o substituiu passou a assumir esta função.
Conclui-se que o pronome relativo exerce a função de OD,
portanto.
Estabeleça este mesmo raciocínio da “substituição” do
pronome relativo pelo termo que ele retoma, colocando esse
termo na oração adjetiva e faça a análise do período simples:
sempre dará certo.
2.sujeito
Encontrei a solução para o problema que parecia, a princípio,
complexo.
3.complemento nominal
Essa é a pessoa a quem fiz referência em nossa conversa.
4.objeto indireto
Essa é a pessoa a quem me referi.
5.adjunto adnominal
Essa é a pessoa a cujas qualidades fiz referência.
4
4. Diferença entre a conjunção integrante e o pronome
relativo.
Conjunção Integrante x Pronome Relativo
Ele confessou que mentiu.
(ISSO)
Ele confessou a mentira que surpreendeu a todos.
(A QUAL)
Uma forma bastante prática e segura para se fazer essa
diferenciação será substituir a oração iniciada pela palavra “que”
pela palavra ISSO; caso se conseguir essa troca, pode-se afirmar
que a palavra “que” será conjunção integrante. Lembre-se de que
a conjunção integrante inicia oração substantiva.
Caso contrário, tente perceber se o “que” está retomando
um substantivo ou pronome substantivo e, portanto, enquanto
pronome relativo poderá ser substituído por outro pronome
relativo, por exemplo, o qual (e flexões: os quais, a qual, as
quais).
5. Exercícios
1.(Casper Líbero) “O Mar Vermelho, onde a chuva é uma
exceção durante todo o ano, banha Israel, que é o berço da
Humanidade.” Nesse texto, indique:
a) a oração principal;
b) a classificação de “onde a chuva é uma exceção”;
c) a classificação de “que é o berço da Humanidade”.
2.Nas frases que se seguem há um pronome relativo.
Indique o seu antecedente e dê a função sintática do
pronome relativo:
a) Eu visitei a casa que você comprou.
b) Conheci a casa em que você morou.
c) Ainda não li o livro a que você se referiu.
d) A árvore caiu sobre o muro, que já era velho.
e) O velhote contava-nos casos em que não acreditávamos.
5
3.(UF Ouro Preto) Leia os períodos:
1) O dicionário que comprei contém mais de trezentas mil
palavras.
2) Não aceitamos tarefas que se apresentem incompletas.
3) Feliz é o homem que obedece aos mandamentos de Deus.
4) O aluno que estuda alcança boas notas.
5) Aos homens que são racionais coube o domínio da
natureza.
Qual das orações subordinadas adjetivas é explicativa e,
portanto, deve ficar entre vírgulas?
a) A oração adjetiva do 1o.período.
b) A oração adjetiva do 2o.período.
c) A oração adjetiva do 3o.período.
d) A oração adjetiva do 4o.período.
e) A oração adjetiva do 5o.período.
4.(UFPA) Há no período uma oração subordinada adjetiva:
a) Ele falou que compraria a casa.
b) Não fale alto, que ela pode ouvir.
c) Vamos embora, que o dia está amanhecendo.
d) Em time que ganha não se mexe.
e) Parece que a prova não está difícil.
_______________________________________________
GABARITO
1. a) Oração principal – “O Mar vermelho banha Israel”.
b) e c) – orações subordinadas adjetivas explicativas.
2. a) objeto direto
b) adjunto adverbial de lugar.
c) objeto indireto.
d) sujeito.
e) objeto indireto.
3. e
4. d
1
NONA AULA DE GRAMÁTICA - INTERNET
Professora: Sandra Franco
Período Composto
1.Orações Subordinadas Adverbiais.
2. Apresentação das conjunções adverbiais mais comuns.
3. Orações Reduzidas.
______________________________________________
As orações subordinadas adverbiais são aquelas que exercem a função típica do
adjunto adverbial: indicam circunstâncias em relação à chamada oração principal.
São nove tipos:
6 c+t+f+p
1. Causal
Porque choveu muito, houve alagamentos na cidade.
2. Condicional
Se quer uma vida melhor, resolva esses problemas agora.
3. Consecutiva
Choveu tanto que a cidade ficou alagada.
4. Concessiva
Embora procurem uma vida melhor, alguns migrantes só encontram a miséria.
5. Comparativa
Essa carreira é mais promissora que a outra escolhida.
6. Conformativa
Conforme foi dito no início da aula, é fácil reconhecer essas orações.
7. Final
Estudou muito a fim de que obtivesse bons resultados.
2
8. Temporal
Quando fizer opções, sempre perderá algo.
9. Proporcional
“Enquanto a caravana passa, os cães ladram.”
2. A s conjunções (ou locuções conjuntivas) subordinativas
adverbiais são aquelas que iniciam as orações subordinadas adverbiais. Veja
as mais freqüentes em cada tipo de oração e procure guardar ao menos uma
delas para que fique mais simples e rápida a classificação. Caso não apareça
aquela conjunção que você memorizou, por exclusão, você tentará “encaixar”
outra que mais esteja adequada ao sentido da oração.
Observe que, sendo a conjunção adverbial um elemento de coesão muito
importante, não é pouco comum que os vestibulares apresentem questões
apenas para que o candidato troque o conectivo presente por outro de igual
valor semântico. Fique atento (a) !
Causais: porque, visto que, como uma vez que, já que.
Concessivas: embora, apesar de que, ainda que, se bem que, conquanto que.
Condicionais: se, salvo se, caso, contanto que, desde que.
Consecutivas: (tanto) que, (de tal forma) que.
Comparativas: tal, como quanto, (mais) do que, (tanto) quanto.
Conformativas: como, conforme, segundo, consoante.
Finais: a fim de que, para que.
Proporcionais: à proporção que, à medida que, quanto mais.
Temporais: quando, enquanto, logo que, assim que, depois que.
Nota: em algumas gramáticas, você poderá encontrar orações subordinadas
adverbiais modais e as locativas, que não estão presentes na NGB
(Nomenclatura Gramatical Brasileira); portanto, não se preocupe com elas no
Vestibular.
3
3. Orações Reduzidas e Orações Desenvolvidas.
Orações desenvolvidas:
¬ presença de elementos de ligação: conjunções ou pronome relativo.
¬ verbos no modo indicativo, subjuntivo ou imperativo.
Orações reduzidas:
¬ ausência da conjunção ou do pronome relativo.
¬ verbos no infinitivo, gerúndio ou particípio.
Analise esses exemplos:
1. Ele sabia que encontraria a solução para o problema.
oração subordinada substantiva objetiva direta
Ele sabia encontrar a solução para o problema.
Oração subordinada substantiva objetiva direta reduzida de infinitivo.
2. O mendigo dormia sobre o papelão velho que jogaram no chão.
 oração subordinada adjetiva restritiva.
O mendigo dormia sobre papelão velho jogado no chão.
oração subordinada adjetiva restritiva reduzida de particípio.
3. É necessário que se faça o controle dos gastos para que não se tenha
surpresas.
 segunda oração: subordinada substantiva subjetiva.
Terceira oração: subordinada adverbial final.
É necessário fazer o controle dos gastos para não se Ter
surpresas.
segunda oração: subordinada substantiva subjetiva reduzida de
infinitivo.
Terceira oração: subordinada adverbial final reduzida de infinitivo.
É possível apontar como normalmente são construídas as reduzidas,
segundo o tipo de subordinada e a forma nominal:
SUBSTANTIVA ADJETIVA ADVERBIAL
Apresenta verbo no
infinitivo pessoal ou
impessoal
verbo no infinitivo,
gerúndio e particípio
verbo no infinitivo,
gerúndio e particípio
 
Observe, através dos exemplos, que a classificação da oração não se modifica,
pois a função sintática exercida pela oração subordinada não se modificou.
4
Apenas, acrescenta-se à classificação o indicador de que a forma da oração
mudou, a oração deixoude ser “desenvolvida”; diz-se que é “reduzida
de....”(infinitivo, gerúndio ou particípio).
QUESTÕES
1. (UGMG) A oração reduzida está corretamente desenvolvida em todas as
alternativas, exceto em:
a) Mesmo correndo muito, não alcançarás o expresso da meia-noite.
Se correres muito, ...
b) Assentando-me aqui, não verás os jogadores.
Se te assentares aqui, ...
c) Estando ela de bom humor, a noite era das melhores.
Quando ela estava de bom humor,....
d) Chegando a seca, não se colheria um só fruto.
Quando chegasse a seca,...
e) No princípio, querendo impor-se, adotava atitudes postiças.
...porque queria impor-se,...
 
 
2. (FUVEST-SP) Classifique as orações em destaque do período abaixo:
"Ao analisar o desempenho da economia brasileira, os empresários
afirmaram que os resultados eram bastante razoáveis, uma vez que a
produção não aumentou, mas também não caiu."
a) principal – subordinada adverbial final.
b) subordinada adverbial temporal – subordinada adjetiva restritiva.
c) subordinada adverbial temporal – subordinada substantiva objetiva direta.
d) subordinada adverbial temporal – subordinada substantiva subjetiva.
e) principal – subordinada substantiva objetiva direta.
 
3. (FUVEST-SP) – No período "É possível discernir no seu percurso
momentos de rebeldia contra a estandardização e o consumismo", a
oração destacada é:
a) subordinada adverbial causal, reduzida de particípio.
b) subordinada objetiva direta, reduzida de infinitivo.
c) subordinada objetiva direta, reduzida de particípio.
d) subordinada substantiva subjetiva, reduzida de infinitivo
e) subordinada substantiva predicativa, reduzida de infinitivo.
 
4. (UF-MG) A oração sublinhada está corretamente classificada, EXCETO
em:
a) Casimiro Lopes pergunta se me falta alguma coisa/ oração
subordinada adverbial condicional
5
b) Agora eu lhe mostro com quantos paus se faz uma canoa/ oração
subordinada substantiva objetiva direta
c) Tudo quanto possuímos vem desses cem mil réis/ oração subordinada
adjetiva restritiva
d) Via-se muito que D. Glória era alcoviteira/ oração subordinada
substantiva subjetiva
e) A idéia é tão santa que não está mal no santuário/ oração
subordinada adverbial consecutiva
5. (FUVEST) No período: "Era tal a serenidade da tarde, que se percebia o
sino de uma freguesia distante, dobrando a finados.", a segunda oração é:
a) subordinada adverbial causal
b) subordinada adverbial consecutiva
c) subordinada adverbial concessiva
d) subordinada adverbial comparativa
e) subordinada adverbial subjetiva
6. (FUVEST) "Sabendo que seria preso, ainda assim saiu à rua."
a) reduzida de gerúndio, conformativa
b) reduzida de gerúndio, condicional
c) reduzida de gerúndio, causal
d) reduzida de gerúndio, concessiva
e) reduzida de gerúndio, final
7.(FUVEST) Na frase "Entrando na faculdade, procurarei emprego.", a
oração subordinada indica idéia de:
a) concessão
b) oposição
c) condição
d) lugar
e) conseqüência
8. (UF SANTA MARIA-RS) Leia, com atenção, os períodos abaixo:
Caso haja justiça social, haverá paz.
Embora a televisão ofereça imagens concretas, ela não fornece
uma reprodução fiel da realidade.
Como todas aquelas pessoas estavam concentradas, não se
escutou um único ruído.
Assinale a alternativa que apresenta, respectivamente, as circunstâncias
indicadas pelas orações sublinhadas:
a) tempo, concessão, comparação
b) tempo, causa, concessão
c) condição, conseqüência, comparação
6
d) condição, concessão, causa
e) concessão, causa, conformidade
GABARITO
1. A
2. C
3. D
4. A
5. B
6. C
7. C
8. D
_____________________________________________________________
1
DÉCIMA AULA DE GRAMÁTICA - INTERNET
Professora: Sandra Franco
Sintaxe de Regência
1. Conceito de Regência.
2. Regência de alguns verbos.
3. Relação entre Regência e o Pronome Relativo.
4. Alguns casos de Regência Nominal.
5. Exercícios.
________________________________________
1. Regência
A regência ocupa-se do estudo da relação entre os verbos e
os elementos que possam ser regidos por eles, sejam estes
objetos, ou, ainda, adjuntos adverbiais; e há verbos que não
querem nenhum complemento, os intransitivos. Também os
nomes – substantivos, adjetivos e advérbios – escolhem qual a
preposição que desejam (ou se não a desejam) para seu
complemento nominal ou adjunto adnominal.
Iremos rever alguns verbos e nomes, atentando para a
diferença que há no uso cotidiano de alguns dos verbos que
veremos e o que prega a norma culta. Você chega a sua casa ou à
sua casa? Você assiste o filme ou ao filme?
São muitos os verbos, assim, faremos um estudo daqueles
que apresentam mais de um sentido e/ou que na linguagem
coloquial são usados outra forma. Estão separados segundo sua
transitividade; vale reforçar, portanto, que alguns verbos
aparecerão em mais de um grupo (repare!), pois a transitividade
2
também está relacionada ao sentido que apresentem em
determinado enunciado.
Também há uma lista de nomes para sua consulta.
2. Regência de alguns verbos.
a) Verbos Intransitivos
1. ASSITIR = residir: exige a preposição em para iniciar o
adjunto adverbial de lugar.
O empresário assiste em lugar nobre da cidade.
2. CHEGAR – IR – DIRIGIR-SE: exigem a preposição a para
iniciar o adjunto adverbial de lugar de direção ou destino.
“Você já foi à Bahia?“
3. PROCEDER = ter fundamento.
Seu argumento não procede.
4. SUCEDER = ocorrer.
Sucedeu que não foi necessária a intervenção do juiz.
_____________________________________________________
b) Verbos Transitivos Diretos
1. ASPIRAR = inalar.
Nós aspirávamos o ar diferente do campo.
2. ANSIAR = angustiar.
A demora do filho ansiava a mãe.
3
3. ESQUECER/LEMBRAR
Esqueceu suas luvas.
4. IMPLICAR = trazer como conseqüência.
A seca implica miséria.
5. PERDOAR – PAGAR – AGRADECER - referindo-se a
“coisa”.
Perdoou suas ofensas.
Pagou dívidas bancárias.
Agradeceu os cuidados recebidos.
6. VISAR = apontar ou pôr visto.
Macunaíma visou o animal.
O Cônsul visou seu passaporte.
_____________________________________________________
c) Verbos Transitivos Indiretos
1. ANTIPATIZAR /SIMPATIZAR com
A professora simpatiza com seus novos alunos.
2. AGRADAR a =.ser agradável a.
As belas praias brasileiras agradam aos turistas.
3. ANSIAR por = almejar.
Os alunos anseiam por uma vaga na faculdade.
4. ASPIRAR a = pretender.
Os alunos aspiram a uma vaga na faculdade.
5. ASSISTIR a = presenciar.
A peça a que assistimos foi interessante.
4
6. CUSTAR a = ser difícil (observe que o sujeito é aquilo que
se afirma ser custoso; o objeto indireto representa a quem
determinada coisa custa, é difícil).
Custou ao namorado entender as razões do término do
relacionamento.
7. IMPLICAR com = ter implicância.
Ele implicava com todos os meus textos.
_____________________________________________________
3. Relação entre Regência e o Pronome Relativo.
Observe que, nos períodos compostos introduzidos pronome
relativo, será o verbo da oração subordinada que irá exigir a
preposição, caso em que esta será colocada antes do relativo,
como nos exemplos 5, 7 e 8.
7. ESQUECER-SE de/LEMBRAR-SE de
A fala de que o ator se esqueceu não interferiu na narrativa.
8. OBEDECER/DESOBEDECER a
O Código de Trânsito, a que poucos motoristas obedecem,
deve ser mais divulgado.
9. PERDOAR – PAGAR – AGRADECER a com objeto “pessoa”
Os sonegadores a quem o Fisco não perdoa sempre caem na
“malha fina”.
10. PROCEDER de = originar-se.
Nosso sobrenome procede da Polônia.
PROCEDER a = dar início.
O diretor procedeu à leitura do regimento.
_____________________________________________________
5
d) Verbos Transitivos Diretos e Indiretos
1. INFORMAR/AVISAR/CERTIFICAR (admitem OD “coisa”
ou “pessoa", sendo o mesmo para o OI).
O jornal informou o leitor

Outros materiais