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RELEMBRANDO! PESSOA NATURAL é o ser humano considerado como sujeito de direitos e deveres. Para qualquer pessoa ser assim designada, basta nascer com vida e, desse modo, adquirir personalidade. PESSOA JURÍDICA é o agrupamento de pessoas naturais, visando alcançar fins de interesse comum, também denominada, em outros países, pessoa moral e pessoa coletiva. Obs.: Os animais não são considerados sujeitos de direitos, embora mereçam proteção. Os seres inanimados, as entidades místicas, como almas e santos estão excluídas do conceito de sujeito de direitos. PERSONALIDADE JURÍDICA é o atributo reconhecido a uma pessoa (natural ou jurídica) para que possa atuar no plano jurídico (titularizando as mais diversas relações) e reclamar uma proteção jurídica mínima, básica, reconhecida pelos direitos da personalidade. MARCO INICIAL DA PERSONALIDADE: nascimento com vida Obs.: A lei protege os direitos do nascituro desde a concepção. NASCIMENTO – ocorre quanto a criança é separada do ventre materno. Desta forma, tem-se o nascimento quando se visualiza dois corpos, mesmo que não tenha sido cortado o cordão umbilical. NASCIMENTO COM VIDA = respiração Obs.: Quando a criança nasce com vida e vem a falecer logo em seguida, lavram-se dois assentos, o de nascimento e o de óbito. - Perante o nosso direito, qualquer criatura que venha a nascer com vida será uma pessoa, sejam quais forem as anomalias e deformidades que apresente. NASCITURO é o ser já concebido, mas que ainda se encontra no ventre materno. Teorias: a) Natalista; - Afirma que a personalidade civil somente se inicia com o nascimento com vida. b) da personalidade condicionada; - Sustenta que o nascituro é pessoa condicional, pois a aquisição da personalidade acha-se sob a dependência de condição suspensiva, o nascimento com vida, não se tratando propriamente de uma terceira teoria, mas de um desdobramento da teoria natalista, uma vez que também parte da premissa de que a personalidade tem início com o nascimento com vida. c) Concepcionista - O nascituro possui personalidade jurídica desde a concepção. Desde a concepção, já titulariza os direitos da personalidade. E, os direitos da personalidade ficam condicionados ao nascimento com vida. DA CAPACIDADE CAPACIDADE é a medida da personalidade, pois para uns ela é plena, e para outros limitada. É a maior ou menor extensão dos direitos de uma pessoa. ESPÉCIES DE CAPACIDADE a) Capacidade de direito ou de gozo; b) Capacidade de exercício ou de fato. CAPACIDADE DE DIREITO OU DE GOZO - Todos possuem. - Todos adquirem a capacidade de direito ou de gozo ao nascer com vida. - Essa espécie de capacidade é reconhecida a todo ser humano, sem qualquer distinção. - Em suma, em havendo pessoa está presente tal capacidade, não importando questões formais como ausência de certidão de nascimento ou de documentos. CAPACIDADE DE FATO OU DE EXERCÍCIO - Não são todas as pessoas que possuem a capacidade de fato ou de exercício. - Pode ser conceituada como a aptidão de exercer por si só os atos da norma civil. - Ao exercerem os atos da vida civil precisam estar ora representados, ora assistidos. - Quem possui as duas espécies de capacidade tem capacidade plena. CAPACIDADE DE DIREITO (GOZO) + CAPACIDADE DE FATO (EXERCÍCIO = CAPACIDADE CIVIL PLENA - Os que possuem capacidade limitada, necessitam de outra pessoa que substitua (representação) ou complete sua vontade (assistência). Não se esqueça! Todas as pessoas possuem capacidade de gozo ou de direito, mas nem todos possuem a capacidade de exercício ou de fato! Artigo 1º, Código Civil. “Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil”. DAS INCAPACIDADES - A incapacidade é a ausência da capacidade de exercício ou de fato. - INCAPACIDADE é a restrição legal ao exercício dos atos da vida civil, imposta pela lei somente aos que, excepcionalmente, necessitam de proteção, pois a capacidade é a regra. INCAPAZ – é o que possui a capacidade de direito ou de gozo, mas não possui a capacidade de exercício ou de fato. - A lei não permite aos incapazes o exercício pessoal de direitos, exigindo que sejam representadas ou assistidas nos atos jurídicos em geral. - Há somente a incapacidade de exercício ou de fato. - A capacidade é a regra e a incapacidade é a exceção. Ou seja, somente por exceção expressamente consignada na lei é que sonega ao indivíduo a capacidade ação ou exercício. TIPOS DE INCAPACIDADE A) Absoluta; B) Relativa; INCAPACIDADE ABSOLUTA - Acarreta a proibição total do exercício, por si só, do direito. - O ato somente poderá ser praticado pelo representante legal do absolutamente incapaz. Ou seja, a incapacidade absoluta é suprida pelo instituto da representação. - A não observação gera a nulidade do ato (art. 166, I, CC) - Quem são os absolutamente incapazes? Art. 3 o , Código Civil. São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil: I - os menores de dezesseis anos; II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos; III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade. Obs.: - Exemplos do inciso II- oligofrenia, esquizofrenia - A lei brasileira não admite os intervalos lúcidos. Se declarado incapaz, os atos praticados pelo privado de discernimento serão nulos, não se aceitando a tentativa de demonstrar que, naquele momento, encontrava-se lúcido, visto que a incapacidade mental é considerada um estado permanente e contínuo. - Interdição - A velhice ou senilidade, por si só, não é causa de restrição da capacidade de fato, podendo ocorrer a interdição na hipótese que a velhice originar um estado patológico. - A incapacidade por deficiência mental não se presume. - Exemplo inciso III: pessoas que perderam a memória, pessoas que estão em coma. - No inciso III a impossibilidade total da expressão da vontade é o elemento essencial para a configuração dessa forma de incapacidade absoluta. INCAPACIDADE RELATIVA - A incapacidade relativa permite que o incapaz pratique atos da vida civil, desde que assistido por seu representante legal. - A incapacidade relativa é suprida por meio do instituto da assistência. - A não observação do instituto da assistência gera a anulabilidade do ato (art. 171, I, CC). - Há atos que o relativamente incapaz pode praticar sem a assistência do seu representante legal: a) aceitar mandato (art. 666, CC); b) fazer testamento (art. 1.860, parágrafo único CC); c) ser testemunha (art. 228, I, CC); d) exercer empregos públicos; e) ser eleitor; f) celebrar contrato de trabalho. - Quem são os relativamente incapazes? Art. 4 o , Código Civil. São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer: I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; II - os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental, tenham o discernimento reduzido; III - os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo; IV - os pródigos. Parágrafo único. A capacidade dos índios será regulada por legislação especial. Obs.: - Pródigo é o indivíduo que dissipa o seu patrimônio desvairadamente. É o indivíduo que gasta imoderadamente, dissipando o seupatrimônio, com risco de reduzir-se a miséria. Tarefa de casa. Julgue os itens a seguir. A. ( ) Carla está no sétimo mês de gestação e, tendo conhecimento de que o bebê será do sexo feminino, escolheu o nome de Isadora para a criança. Nessa situação, segundo o Código Civil de 2002, Isadora é dotada de personalidade, podendo receber doação de um imóvel. B. ( ) A uma criança com dez anos de idade é conferida pelo ordenamento jurídico brasileiro a capacidade de gozo ou de aquisição de direitos ou obrigações. C. ( ) A capacidade é a medida da personalidade, sendo que para uns a capacidade é plena e para outros, limitada. D. ( ) O excepcional, sem desenvolvimento mental completo, para realizar um contrato de compra e venda deve ser representado. E. ( ) Não cessa, para os menores, a incapacidade pelo casamento. F. ( ) Os animais são dotados de personalidade civil. G. ( ) Os recém-nascidos possuem capacidade de fato desde o seu nascimento com vida. H. ( ) O indivíduo que dissipa seu patrimônio torna-se absolutamente incapaz de exercer qualquer atos da vida civil
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