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Cálculo de massa específica teórica para metais n = número de átomos associados à célula unitária A = “peso” atômico VC = volume da célula unitária NA = número de Avogadro (6,023 x 1023 átomos/mol) Massa específica do cobre Raio atômico Rcu = 0,128nm Estrutura cristalina CFC Peso atômico A = 63,5 g/mol 4 átomos inteiros Assim; Comparado ao valor encontrado na literatura, 8,94 g/cm3 , 8,89 g/cm3 é um ótimo valor. Polimorfismo Alguns materiais podem apresentar mais de uma estrutura cristalina. Alotropia Grafita – estrutura estável em condições ambiente. Diamante – forma sob pressões extremamente elevadas. Grafita Diamante Hexagonal Cúbica Alotropia Ferro Na temperatura ambiente, o Ferro tem estrutura CCC, número de coordenação 8, fator de empacotamento de 0,68 e um raio atômico de 1,241Å. A 910°C, o Ferro passa para estrutura CFC, número de coordenação 12, fator de empacotamento de 0,74 e um raio atômico de 1,292Å. A 1394°C o ferro passa novamente para CCC. CCC CFC CCC Até 910°C De 910-1394°C De 1394°C-PF SISTEMAS CRISTALINOS A geometria de uma célula unitária é definida por 6 parâmetros: Comprimento das três arestas a, b e c Os três ângulos entre os eixos Parâmetros de rede Existem sete combinações para os parâmetros de rede: cúbico, tetragonal, hexagonal, ortorrômbico, romboédrico monoclínico, triclínico. Parâmetros de rede versus geometrias das células unitárias Parâmetros de rede versus geometrias das células unitárias Parâmetros de rede versus geometrias das células unitárias O sistema cúbico exibe o maior grau de simetria. O sistema triclínico apresenta o menor grau de simetria. Qual a diferença entre estrutura cristalina e sistema cristalino? Uma estrutura cristalina é descrita tanto pela geometria da célula unitária como pelos arranjos dos átomos em seu interior. O sistema cristalino é descrito apenas em termos da geometria da célula unitária. As estruturas cristalinas cúbica de faces centradas CFC e cúbica de corpo centrado CCC são estruturas cristalinas que pertencem ao sistema cristalino cúbico. Transformação alotrópica do estanho (Sn) room temperature Tetragonal de corpo centrado Cristalina cúbica Aumento no volume Efeitos Diminuição da massa específica Consequências Desintegração do metal estanho branco em um pó grosseiro alótropo de cor cinza. “Doença do estanho” As primeiras evidências de deterioração do estanho foram vistas em tubos de órgãos de igrejas e nos botões dos uniformes dos soldados de Napoleão me marcha para a Rússia. PONTOS, DIREÇÕES E PLANOS CRISTALOGRÁFICOS Com frequência é necessário especificar um ponto no interior de uma célula unitária. Coordenadas dos pontos A posição de qualquer ponto no interior de uma célula unitária pode ser especificada em termos de suas coordenadas,calcula- das como múltiplos fracionários (q, r e s) dos comprimentos das arestas das células unitárias (a, b e c). q comprimento fracionário de a ao longo de x r comprimento fracionário de b ao longo de y s comprimento fracionário de c ao longo de z q, r e s são menores ou iguais à unidade Localização de ponto com coordenadas específicas Para a célula unitária mostrada na figura abaixo localize o ponto com coordenadas ¼ 1 ½ . Identificação dos parâmetros a = 0,48 nm b = 0,46 nm c = 0,40 nm Comprimentos fracionários Dessa maneira: qa = ¼ (a) = ¼ (0,48) = 0,12 nm rb = 1 (b) = 1 ( 0,46) = 0,46 nm sc = ½ (c) = ½ (0,40) = 0,20 nm q = ¼ r = 1 s = ½ Especificação das coordenadas de pontos Especifique as coordenadas para todas as posições atômicas em uma célula unitária CCC. Para cada um dos pontos devem ser determinados os comprimentos fracionários q, r, s. cubo: a = b = c = (aresta) Parâmetros de rede do 14 Ponto 1 – comprimentos fracionários qa ra sa = 0a 0a 0a (000) Ponto 2 – comprimentos fracionários qa ra sa = 1a 0a 0a (100) Ponto 3 – comprimentos fracionários qa ra sa = 1a 1a 0a (110) Ponto 4 – comprimentos fracionários qa ra sa = 0a 1a 0a (010) Ponto 5 – comprimentos fracionários qa ra sa = ½ a ½ a ½ a (½ ½ ½ ) Ponto 6 – comprimentos fracionários qa ra sa = 0a 0a 1a (001) Ponto 7 – comprimentos fracionários qa ra sa = 1a 0a 1a (101) Ponto 8 – comprimentos fracionários qa ra sa = 1a 1a 1a (111) Ponto 9 – comprimentos fracionários qa ra sa = 0a 1a 1a (011) Direções cristalográficas Uma direção cristalográfica é definida como uma linha entre dois pontos ou um vetor que parte da origem. Três índices direcionais dão a direção cristalográfica As direções são mostradas na célula abaixo. Os índices devem ser números inteiros. Determinação dos índices de direção Determine os índices de direção da célula abaixo. q = ½ a, r = 1a e s = 0a (½ 1 0) É necessário reduzir os índices ao menor conjunto de números inteiros. (½ 1 0) = [u v w] = [1 2 0] 2 x Construção de uma direção cristalográfica específica Esboce uma direção cúbica. no interior de uma célula unitária Deve-se construir uma célula unitária apropriada em um sistema de eixos coordenados. (o,o,o) q = 1 a, r = -1a e s = 0a (1 -1 0) Planos cristalográficos Com exceção do sistema hexagonal, os planos cristalográficos de todos os sistemas cristalinos são especificados por três índices de Miller (h k l). Planos paralelos possuem índices idênticos e são equivalentes. Procedimento para determinação dos índices de Miller. 1 - Se o plano passa pela origem selecionada, outro plano para- lelo deve ser construído no interior da célula ou uma nova ori- gem deve ser estabelecida no vértice de uma outra célula uni- tária. 2 – O plano cristalográfico interceptará cada um dos três eixos ou será paralelo a algum deles. O comprimento da intersecção do plano com cada eixo é determinado em termos dos parâme- tros de rede (a, b, c) 3 – Os valores inversos desses números são calculados. Um plano que é paralelo a um eixo pode ser considerado como tendo uma intersecção no infinito e, portanto, um índice igual a zero. 4 – Se necessário, esses três números são modificados para o conjunto de menores números inteiros pela multiplicação ou divisão por um fator comum. 5 – Finalmente, os índices inteiros, não separados por virgulas, são colocados entre parênteses, obtendo-se (h k l). Uma intersecção no lado negativo da origem é indicada por uma barra ou por um sinal de menos posicionado sobre o índi- ce apropriado. Determinação de índices Planares (Miller) Determine os índices de Miller para o plano mostrado na figura a seguir: O plano passa através da origem selecionada O, assim, uma nova origem deve ser selecionada no vértice de uma célula unitária adjacente. A nova origem foi chamada de O’ e é mos- trada a seguir: Esse plano é paralelo ao eixo X’ e a interseção pode ser considerada como sendo . As interseções com os eixos Y’ e Z’ são, respectivamente, e . Assim, em termos dos parâmetros de rede a = , b = -1 e c = ½, essas interseções são: Assim, (h, k, l) = Construção de um plano cristalográfico específico Construa um plano no interior de uma célula unitária cúbica. ( h k l ) = Solução plano paralelo ao eixo X Intercepta o eixo Y em -b Intercepta o eixo Z em c O plano é indicado por linhas que representam as suas interse- ções com os planos que formam as faces da célula unitária ou de suas extensões. Arranjos atômicos O arranjo atômico para um plano cristalográfico depende da estrutura cristalina. Os planos atômicos (110) para as estruturas cristalinas CFC e CCC estão representados a seguir. Célula unitária CFC representada por esferas reduzidas mostrando o plano (110). (b) Empacotamento atômico de um plano (110) em um cris- tal CFC. Célula unitária CCC representada por esferas reduzidas mostrando o plano (110). (b) Empacotamento atômico de um plano(110) em um cristal CCC. Densidade Linear e Planar Densidade linear (DL) é definida como o número de átomos por unidade de comprimento cujos centros estão sobre o vetor direção cristalográfica específica, ou seja: Exemplo: Encontrar a densidade linear da direção [110] para a estrutura cristalina CFC. Face inferior da célula unitária CFC. O vetor direção [110] vai do centro do áto- mo X, passa pelo átomo Y e chega ao centro do átomo Z. Temos que Como: Exemplo: Seja a seção de um plano (110) no interior de uma célula unitária CFC. Determine a densidade planar da seção. Densidade planar (DP) é definida como o número de átomos por unidade de área que estão contidos em um plano cristalo- gráfico específico, ou seja: Dos seis átomos centralizados nesse plano, apenas ¼ dos átomos A, C, D e F e a metade dos átomos B e E estão sobre o plano. Assim, 2 é o número de átomos do plano. Área do plano = comprimento x largura = Área do plano = Como =
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