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Resumo - 1ª prova

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Aula 07/08/2013
Sintoma Psicológico 
	- Doença patogênica?
	- Doença psicológica?
Hormônios |↑↑| ou |↓↓| = Sintomas Psicológicos
- Sintomas psicológicos podem ser decorrentes de causas psicológicas e ou orgânicas.
- Alteração do nível hormonal poderão estar alteradas para cima ou para baixo.
- As causas orgânicas são, em maior frequência, em doenças ENDÓCRINAS!
- Enfermidade das glândulas;
- Toda alteração hormonal (excesso ou deficiência) acarretarão sintomas físicos e, em até 80% dos casos, sintomas psicológicos;
- Exemplo de doenças que afetam as emoções:
	- Hipotireoidismo;
	- Anorexia
	 - Bulimia...
DIABETES (MELLITUS)
Conceito:
- Excesso crônico de glicose no sangue decorrente da falta do hormônio insulina. Atualmente existem 347 milhões de pessoas no mundo com a doença. Em Porto Alegre, 8% da população.
Tipos de Pacientes:
- Diabetes Tipo 1
- Diabetes Tipo 2
- Diabetes Gestacional
- Diabetes do Alcoolista
DIABETES TIPO 1
- Incide mais em crianças e adolescentes;
- Início súbito, abrupto;
- A apresentação inicial de uma pessoa sem tratamento é de estar muito emagrecida;
- Doença autoimune (os anticorpos voltam-se contra os órgãos do próprio corpo. Ex.: atacam os rins, articulações, pâncreas, células pancreáticas que produzem insulina... o pâncreas fica destruído;
- Necessidade de 2 a 4 aplicações ao dia.
DIABETES TIPO 2
- Não necessariamente é insulino-dependente;
- Mais frequente em adultos e idosos;
- Início insidioso (arrastado);
- Obeso (20% de anomalia do receptor celular para a insulina);
 - Em 80% dos casos é decorrente da obesidade;
	- O excesso de gordura aprisiona/ sequestra a insulina fabricada pelo pâncreas;
	- Nem todos os obesos são diabéticos;
- Há uma predisposição genética;
- Pacientes predispostos a diabetes Tipo 2 terão a insulina aprisionada pelas células de gordura;
- Psicoeducação – explicar ao paciente a hereditariedade da doença;
- Não é autoimune;
- Deficiência relativa de insulina (não consegue agir);
- 20% de anomalia no receptor celular para insulina e 80% dos casos é decorrente da obesidade;
- Pâncreas está íntegro (fabrica insulina).
DIABETES GESTACIONAL
- Puerpério imediato (máximo 2 meses após o parto);
- Durante a gestação;
- Tratar rigorosamente, caso contrário, pode provocar danos à mãe e a criança;
- Riscos:
	- Mal formação fetal;
	- Aborto espontâneo;
	- Sofrimento fetal;
	- Partos complicados;
	- Pressão alta;
	- Sangramento uterino;
	- RN com peso muito alto, porém, imaturos, principalmente no pulmão.
Tratamento da Diabetes Gestacional:
	- Dieta
	- Aplicações de Insulina
Porque acontece?
	- Os hormônios da placenta passam a antagonizar (se opor) aos hormônios de insulina;
	- Há uma predisposição genética à diabetes gestacional.
DIABETES DO ALCOOLISTA
- Álcool – agente tóxico que acarreta vários problemas ao corpo (cérebro, encefalopatia alcoólica, demências alcoólicas, fígado, intestino, pâncreas, etc...)
- Nem todo alcoolista terá diabetes. Deve haver uma predisposição genética;
- Pâncreas está destruído;
- Causa: toxicidade do álcool.
COMO SE FAZ O DIAGNÓSTICO DO DIABETES?
- Quadro clínico (sintomas, queixas do paciente);
- Exames laboratoriais (exames de sangue).
Queixa do paciente: 3 “polis” do diabetes - +urina, +sede e +fome.
- Poliúria (muito “xixi”, muita urina)
- Polidisia (muita sede)
- Polifagia (muita fome)
- Balanço Hídrico Negativo – sai mais água do corpo do que entrando.
	- Consequências: desidratação;
	- Pele: ressecada.
- Desidratação intracerebral – os neurônios não recebem água, glicose e aminoácidos.
	- Sintomas físicos: dor de cabeça, tontura, convulsões, sonolência, estado de coma, óbito.
	- Sintomas psicológicos: depressão, angústia e ansiedade.
- Outros sintomas gerais:
	- Cansaço excessivo;
	- Fraqueza muscular;
	- Sintomas decorrentes das complicações;
	- Sintomas psicológicos decorrentes da descoberta do diagnóstico.
Aula 14/08/2013
DIABETES
DIAGNÓSTICO:
Quadro clínico
Exames de laboratório - Glicemia de jejum
60 – 90 mg % - Normal
120 mg % - Diabetes
TRATAMENTO – PRINCIPAIS PILARES DO DIABETES:
1º PILAR – Dieta – pobre em açúcar e hipercalórica para quem precisa engordar (pacientes do tipo 1 e do alcoolista) e hipocalórica para quem precisa emagrecer (pacientes do tipo 2). Objetivo da dieta é equilibrar o peso e diminuir o açúcar.
2º PILAR – Insulina – Não existem comprimidos e chás de insulina. O que é aplicado são injeções de insulina, que serão administradas sempre em diabetes tipo 1, de 2 a 4 vezes ao dia no diabetes. Por vezes no tipo 2 e gestacional – quando só a dieta não der conta. E em geral no diabetes do tipo alcoolista, pois o pâncreas está muito destruído.
3º PILAR – Remédios hipoglicemiantes orais – São utilizados na tentativa de fazer com que a insulina existente aja, normalmente em diabetes de tipo 2.
4º PILAR – Atividade física – Proporcionar bem estar.
No tipo 1, queimar açúcar, diminuindo as necessidades de insulina. 
No tipo 2, em geral obesos, contribuindo diretamente para a perda de peso e desaprisionamento da insulina pela gordura.
5º PILAR – Suporte psicológico – Ajudar o paciente a aderir o tratamento. Paciente deve tratar-se com rigor. Buscar qualidade de vida e longevidade.
COMPLICAÇÕES
Subdividem-se em: Agudas e Crônicas
AGUDAS – Ocorrem subitamente
Hiperglicêmicas (quando o açúcar sobre drasticamente)
Hipoglicêmicas (quando o açúcar diminui drasticamente)
Principais causas
Hiperglicêmica:
Dieta incorreta com excesso de carboidrato;
Tratamento incorreto. Aplicação de insulina abaixo da necessária;
Uso incorreto de hipoglicemiantes (abaixo do necessário);
Infecções;
Estresse emocional.
Hipoglicêmica
Dieta incorreta com pouco carboidrato, dietas restritivas;
Uso incorreto de hipoglicemiantes (acima do necessário);
Atividade física exagerada;
Uso de álcool (álcool para diabetes é um veneno).
- Nos diabéticos, a hiperglicemia prejudica os neurônios. Portanto, deve se ter muita cautela no tratamento.
CRÔNICAS – São aquelas que poderão aparecer ao longo do tempo de doença. Em média, 5 a 10 anos de diabetes não bem tratados.
Há pacientes que tratam rigorosamente a diabetes e mesmo assim apresentam complicações. São casos em menos de 5%. Apresentam um fator genético facilitador para complicações da doença.
Há outros que tem uma predisposição genética a não ter, em sua maioria, 5%. São pessoas que fogem à regra.
SE O PACIENTE COM DIABETES SE CUIDAR ADEQUADAMENTE:
Poderá não ter complicações;
Poderá ter bem mais tarde na vida;
Poderá ter complicações leves.
COMPLICAÇÕES DA DIABETES CRÔNICA – EM PACIENTES QUE NÃO SE CUIDAM
Complicações Oftalmológicas
- Retinopatia genética (desde uma leve diminuição visual até um extremo oposto, ficar cega). Principal causa de cegueira adquirida em jovens.
 Adoecimento dos rins
- Nefropatia diabética (desde uma leve diminuição renal até uma falência dos rins – transplante ou hemodiálise);
Cardiopatia diabética
- Diabéticos não tratados poderá ter 4 vezes mais chances de infarto do que não diabéticos
Vasculopatia diabética
- Adoecimento gradativo dos vasos circulatórios. Obstruções vasculares. Entupimento dos vasos. Alteração na distribuição sanguínea do corpo, especialmente nas extremidades inferiores. Influencia nos fatores de cicatrização (necrose tecidual, podendo ser necessário a amputação).
Neuropatia diabética
- Lesão nas fibras nervosas da sensibilidade. Altera a sensibilidade dolorosa do paciente (curiosamente, em alguns casos para mais, noutros, para menos).
Pé diabético
- Todo diabético precisa olhar a sola dos pés para ver se não tem ferimentos nos pés, em virtude da neuropatia e vasculopatia.
Disfunção erétil
- Lesão nas fibras nervosas responsáveis pela inervação do aparelho genital, somado à doença vascular no pênis.
Infertilidade na mulher.
- Mais frequente nas mulheres por alterar a dinâmica hormonal. Pode afetara qualidade dos espermatozoides e o homem ficar infértil também.
Problemas de cicatrização.
REAÇÕES EMOCIONAIS FRENTE AO DIAGNÓSTICO
Choque (crises de choro, pânico, desmaio, etc...)
Negação da realidade (não aderir ao tratamento, à dieta... não falar nada sobre diabetes, falta às sessões, atrasos...)
Revolta (contra si mesma, parentes, amigos, terapeuta... risco de suicídio). Permitir que a pessoa possa falar, possa expressar sua angústia... sua raiva, sua inveja por seus parentes que não tem, etc... canalizar para fins construtivos. A revolta em proporções adequadas é um sinal de saúde. Existe expressão mental, psíquica do problema.
Depressão
Aceitação ativa (princípio para uma boa psicoterapia). Aceitação ativa quer dizer MUITO MAIS QUE PALAVRAS. Deve haver uma real consciência do paciente, uma aceitação interna, afetiva.
Quando o paciente ACEITA o problema, ele passa a se cuidar melhor.
Aula 21/08/2013
Diabetes – Parte Final
- Pergunta do terapeuta em caso de depressão leve: “Como você era antes da diabetes?”
- Se a resposta for “normal”, a diabetes pode ser a causa psicológica.
- Se a depressão for moderada ou grave, a diabetes desencadeou uma alteração neuroquímica cerebral (em pessoas que possuem pré-disposição para depressão)
- Alteração nos neurotransmissores;
- Perguntar ao paciente o histórico familiar (casos de depressão na família!)
- A diabetes é uma causa de depressão: SIM! Pode ser também um fator desencadeante para depressões neuroquímicas e não somente psicológicas.
- A depressão é grave quando os sintomas são severos ou duradouros. A pessoa não sai do lugar, prejuízo ocupacional, nas relações pessoais, a psicoterapia não avança. Em casos mais severos, há um RS (risco de suicídio); Ex.: a pessoa passa a sessão inteira chorando... sofrendo.
- A diabetes poderá potencializar depressão pré-existentes.
- Em depressões leve e moderada é necessária somente uma psicoterapia de apoio, pois faz parte da vida ter problemas. 
- Em depressões graves pode necessitar internação e uso de medicamentos.
A DIABETES pode... 
- Causar
- Desencadear
- Potencializar
... quadros de DEPRESSÃO.
PSICOTERAPIA DE PACIENTES COM OBESIDADE
- Atual
- Passado
	- Aprendizado (influência da forma como foi educada)
	- Trauma (menina que foi estuprada)
Cálculo de IMC = P÷A2
< 18 – Baixo peso
18,5 a 24,9 – Peso normal
25 a 30 – Sobrepeso
30 a 40 – Obesidade
>= 40 - Obesidade mórbida
Para a psicologia:
- A OBESIDADE pode ser um sintoma psicológico que se expressa no corpo.
- Representante somático de um / ou problemas psicológicos.
- A obesidade de uma pessoa é diferente da outra. Deve ser analisado de forma especial.
- As causas da obesidade são multifatoriais:
	- Fatores genéticos;
	- Fator neurológico (distúrbio no centro hipotalâmico da fome e da saciedade), pode estar desregulado e a pessoa perder a capacidade de saciedade.
	- Doenças genéticas que trazem doenças, entre outras, excesso de peso;
	- Causas endócrinas (hipotireoidismo, certas doenças da supra-renal, etc);
- Certos remédios, antidepressivos, antipsicóticos, lítio, cortisona, etc...
- Dietas incorretas, com excesso de calorias, somadas ao sedentarismo;
- Fatores culturais (valores culturais);
- Causas ou fatores psicológicos;
CAUSAS PSICOLÓGICAS
Exemplo 1: Diálogo do terapeuta-paciente.
- Desde quando você está no processo de peso?
- De 1 ano para cá. 
- Você relaciona a algo com esse excesso? Aconteceu algo na sua vida que você possa atribuir com esse aumento de peso?
- Sim, viajei para a Austrália e voltei mais gorda.
- Antes do intercâmbio você teve problemas com aumento de peso?
- Não.
Hipóteses:
- Mudanças na rotina;
- Mudanças culturais;
- Pode ter ocorrido sentimentos de solidão, ansiedade; saudade dos amigos e família;
- Canalização das ansiedades na comida.
Tratamento
- Psicoterapia de apoio;
- Acompanhamento durante alguns meses (6 meses).
Exemplo 2: Diálogo do terapeuta-paciente.
- Desde quando você está no processo de peso?
- Há 25 anos. Soube pela minha mãe que nasci gordinha. Foi assim na minha infância e adolescência. Resolvi assumi assumir as rédeas da minha vida e quero me tratar. 
Hipóteses:
- Observar as relações da mamãe com sua filha;
- A noção de fome em certas pessoas não se desenvolve como uma tensão diferente de outras necessidades. Uma criança quando chora de ansiedade e que recebe a mamadeira, quando adulta, pode vir a recorrer à comida.
Diferenças entre FOME e APETITE!
- Fome é um instinto, necessidade biológica, mundo animal.
- Apetite é prazer, gula, satisfação, “olho”.
“A maioria das pessoas com obesidade não sabem o que é sente fome.”
Ajudar o paciente entender o que ele tem “fome”. Ajudar a entender porque ele come em excesso.
Titãs – “Comida” - Você tem fome de quê?
Porque come tanto?
- Angústia;
- Depressão;
- Ansiedade;
- Irritação...
- Ajudar o paciente a discriminar os seus afetos, que pode aparecer na forma de FOME!
- Pessoa pode estar muito deprimida, ao invés de chorar e expressar sentimentos, sente fome;
- Na terapia, devemos respeitar o tempo do paciente de falar;
REALIDADE OBJETIVA X REALIDADE PSÍQUICA
Caso da paciente que engordou tremendamente após ser vítima de estupro.
REALIDADE OBJETIVA
- Estar no lugar errado, na hora errada, encontrou uma gang que a estuprou.
REALIDADE PSÍQUICA
- Porque ela é magra, parecia ser frágil, parecia ser bonita, vestida de forma sedutora como todas as meninas da festa, ela estava provocante. Sentia-se culpada por tudo isso.
Hipóteses do terapeuta e tratamento:
- Ela engordou para ficar menos atraente aos homens; 
- Toda vez que via suas fotos sentia nojo, porque o corpo dela era a causa do estupro;
- O trauma gerou a obesidade;
- O trauma precisa ser ressignificado. Deve ter um significado afetivo.
- O terapeuta pede para que se lembre do acontecido. Provavelmente é muito sofrido. Se um observador entrasse naquele momento e visse-a chorando poderia dizer que ela havia sido abusada em algumas horas.
- O trauma segue atual e se expressa na obesidade;
- A medida que se vai avançando no trabalho de elaboração afetiva do trauma, a pessoa começa a permitir uma expressão maior da sua sexualidade, diminuição de peso, diminuição do sentimento de culpa.
- A pessoa começa a recompor a realidade, repetido, consistente, árduo. Buscar entender o que está por trás do sintoma.
- O paciente com obesidade busca trabalhar no que se esconde por trás do excesso de peso.
Aula 04/09/2013
Hipófise 
- Glândula que se localiza na base do cérebro;
- Tem o tamanho de uma ervilha
- Produz vários hormônios que, se alterados, trarão sintomas psicológicos;
- Alterações hormonais da hipófise são sinônimos de sintoma emocional;
- É regulada pelo hipotálamo (uma região do SNC que regula a hipófise);
- Regula diferentes glândulas, entre as quais destacamos: tireoide, suprarrenais e as gônadas.
- A hipófise regula o TSH (regulador dos hormônios da tireoide – T3 e T4);
- A hipófise deve fabricar o TSH que se dirigirá à tireoide, que fabricará o T3 e T4.
- O hipotálamo fabrica o FL (fator liberador do TSH, hormônio que vai até a hipófise);
- 
↑ FL
	TSH (Terciário - Hopotálamo)
	↓
	↑ TSH (Secundário - Hipófise)
	↑↑↑ T3 e T4 (Primário – Tireoide)
- Sempre que um hormônio, ao se elevar, promover a elevação de um segundo hormônio (a níveis normais), temos aí um MECANISMO DE FEEDBACK POSITIVO.
- Quando um hormônio, ao se elevar, promove a diminuição de um segundo hormônio (a níveis normais), temos um MECANISMO DE FEEDBACK NEGATIVO.
A inter-relação hormonal normal (ou fisiológica) pressupõe uma alternância de feedbacks negativo e negativo.
A HIPÓFISE SE DIVIDE EM DUAS PORÇÕES:
Anterior ou adenohipófise – produz os seguintes hormônios:
	- TSH – Estimular a glândula hipófise, a regular os hormônios T3 e T4
	- PRL – Prolactina – Sai da hipófise, se dirige as glândulas mamárias, produz leite no período necessário;- GH – Hormônio do crescimento;
	- ACTH – Estimula as glândulas suprarrenais a produzir, especialmente, o hormônio cortisol;
	Hormônios Gonadotrofinas – Estimular as gônadas a produzir LH e FSH
	- LH – Luteinizante / FSH – Folículo Estimulante
Gônodas femininas - Estrógeno e Progesterona
Gônadas masculinas - Testosterona
Posterior ou neuro-hipófise – Armazena e libera 2 hormônios:
	- ADH – Hormônio antidiurético – regula os líquidos corporais
	- Ocitocina – Promove a contratilidade uterina e estimula a ejeção de leite, agindo nas glândulas mamárias.
Glândulas Exócrinas – liberam para fora, de secreção externa
Glêndulas Endócrinas – liberam para dentro, de secreção interna
- Cada hormônio da hipófise possui um FL hipotalâmico correspondente;
- O TSH, como vimos, possui o FL correspondente... e assim sucessivamente;
- O mecanismo de feedback vale para todos os hormônios;
- Quando acontecem doenças que destroem a hipófise e ou hipotálamo, o que acontecerá? Teremos uma alteração patológica dos hormônios.
- A deficiência patológica dos hormônios da hipófise denomina-se HIPOPITUITARISMO.
- Todas as situações que destroem o hipotálamo e a hipófise, podem 
HIPOPITUITARISMO
PRL 
GH
TSH 
ACTH
LH / FSH
ADH
Principais Causas do Hipopituitarimo:
Traumatismo craniano
Tumores;
Infecções (meningite)
Doença vascular;
Radioterapia sobre o SNC;
Cirurgias no SNC;
Diagnóstico
Feito pelo quadro clinico;
Exames de sangue (laboratorial)
Quadro Clínico
Sintomas dependerão do hormônio afetado, do tipo de deficiência hormonal;
Depressão
Apatia
Sonolência excessiva
Retardo psicomotor
Distúrbio de aprendizagem (crianças)
Problemas de atenção e memória
Pseudodemência (Idosos)
Quadros psicóticos (em casos graves)
Retardo de crescimento (em crianças)
Constipação (prisão de ventre);
Bradicardia (diminuição de frequência cardíaca)
Aumento de peso
Fala arrastada, lenta.
TRATAMENTO DO HIPOPITUITARISMO
Dependerá do hormônio deficiente. Se faltar:
Prolactina (não se faz nada)
TSH – Se repõe com o hormônio da tireoide T3 e T4
GH – Se repõem com injeções de GH
ACTH – Se repõem com cortisol sintético (cortisona)
LH/ LSH (Gonadotrofinas) – Na mulher, se repõem com pílula anticoncepcional. No homem, com injeções de testosterona.
A FALTA DE:
PRL (Prolactina) - 
GH – Retardo de Crescimento – Nanismo Hipofisiário
TSH – Hormônio da hipófise, acarreta falta de hormônios da tireoide T3 e T4 – Diversas doenças
ACTH – Baixa de Cortisol – Insuficiência Suprarrenal – Depressão, Apatia, diarreia, vômitos, emagrecimento, hipotensão (queda de pressão) e hipoglicemia.
LH / FSH – Na mulher, baixa de estrógeno e progesterona, que acarretará depressão, diminuição do fluxo menstrual (amenorreia), diminuição da libido, perda de pelos, atrofia das mamas, dor no ato sexual (falta de lubrificação) e infertilidade;
No homem, o quadro acarretará uma deficiência de testosterona. Sintomas de depressão, disfunção herétil, perda de pelos, diminuição de libido, diminuição da frequência do barbear, cansaço excessivo, fraqueza muscular, ausência de ereção noturna, infertilidade masculina, atrofia muscular, atrofia de testículos e pênis e afinamento da voz.
Aula 11/09/2013
NEUROHIPÓFISE
Ocitocina
- Falta de ocitocina não traz importantes repercussões;
- A falta de hormônio antidiurético acarretará uma doença que chamamos de Biabetes Insípidos;
- Não confundir com outros tipos de diabetes;
- Faltando o hormônio antidiurético, o paciente terá bastante enurese, poliúria. Sentirá muita sede;
- Se faltar ocitocina, se repõem com hormônio de ocitocina
- ADH – a reposição de ADH via nasal, com bombinha de ASH.
TIREÓIDE
ASPECTOS BIOLÓGICOS DA GLÂNDULA TIREÓIDE
- Localiza-se na região servical anterior;
- Fabrica dois principais hormônios: T3 e T4;
- Para que falte o T3 e T4, onde poderá estar o problema? Podem estar:
	- Na tireoide (T3 e T4): Hipotireoidismo primário
	- Na hipófise (faltando TSH): Hipotireoidismo secundário
	- No Hipotálamo (faltando FL): Hipotireoidismo terciário
HIPOTIREOIDIMO
CAUSAS:
1ª Causas do Hipotireoidismo Primário:
- Doença autoimune na qual os anticorpos se voltam contra a tireoide destruindo-a. Essa doença chama-se Doença ou Tireoidite de Hashimoto;
- O paciente apresenta bócio (aumento de volume da tireoide) em decorrência do processo inflamório promovido pelo ataque dos anticorpos;
- A tireoide cresce pela inflamação, porém, do ponto de vista de função, ela está destruída. Os hormônios estarão deficientes.
- 5% da população tem Doença de Hashimoto.
- Doença de Hashimoto é a principal causa de hipotireoidismo em geral.
2ª Causas do Hipotireoidismo Primário:
- Hipotireoidismo congênito.
- A pessoa nasce sem a tireoide ou com parte dela: agenesia (sem) ou hipogenesia (sem uma parte);
- Incide em 1 para cada 4.000 nascimentos e necessita ser detectada muito precocemente, pois os hormônios da tireoide são importantes na maturação do SNC;
- Se falta hormônios da tireoide e isso não é detectado precocemente, a criança poderá desenvolver retardo mental irreversível;
- Teste do Pezinho (para detectar problemas congênitas);
- Cretinismo: em função do potencial RM.
3ª Causas do Hipotireoidismo Primário:
- Falta ou deficiência de iodo;
- O sal é iodado (para não termos falta de iodo);
- O iodo é matéria prima para a fabricação dos hormônios da tireoide;
- Triodotirenina (T3);
- Tiroxina (T4)
4ª Causas do Hipotireoidismo Primário:
- Ocorre em 5% a 9% das puérperas;
- Tireoidite pó-parto;
- Levará a um quadro de hipotireoidismo pós-parto, cuja principal sintoma é a depressão pós-parto;
- Levar sempre em consideração esses aspectos na avaliação de puérperas;
- Avaliar a gravidade da depressão, como está se sentido e como está se sentindo em relação ao bebê. Por vezes, deveremos afastar a criança de sua mãe por algum tempo;
- Pedir a avaliação clínica para afastar a hipótese de hipotireoidismo Pós-Parto, falta de T3 e T4.
O tratamento será um tripé:
	- Psicoterapia
	- Antidepressivos
	- Reposição Hormonal (T3 e T4)
Causas do Hipotireoidismo Secundário e Terciário: HIPOPITUITARISMO
- Sempre que faltar o homônio TSH, chama-se HIPOPITUITARISMO
- Terciário: Falta FL
- Secundário: Falta TSH
- As mesmas que foram citadas mais acima (pág. 10)
Sintomas do Hipotireoidismo
- Os mesmos sintomas que foram citados na pág. 10.
Como se faz o diagnóstico:
- Suspeitar pelos sintomas;
- Confirmar pelos exames de sangue (especialmente as dosagens de T3 e T4 e TSH);
	Hormônio / Hipotireoidismo
	T3 e T4
	TSH
	FL / TSH
	Terciário
	↓
	↓
	↓
	Secundário
	↓
	↓
	↑
	Primário
	↓
	↑
	↑
Tratamento
- Reposição hormonal com T3 e T4
HIPERTIREOIDISMO
- Produção patológica de T3 e T4.
- Principal causa é uma doença chamada de Doença de Graves;
1ª Causa: Doença de Graves:
- Autoimune, onde os anticorpos, ao atacar a tireoide, ao invés de destruí-la como na Doença da Hashimoto, promove uma hiperprodução patológica, excessiva de T3 e T4;
- A tireoide cresce como um todo, o que chamamos de bócio difuso. O crescimento deve-se pelo trabalho excessivo da tireoide (e não pela inflamação, como no hipotireoidismo);
- Esses anticorpos atacam os olhos, fazendo com que o globo ocular se projete para frente. Olhos saltados. Exoftalmia. É um sinônimo que a pessoa tenha a doença.
2ª Causa: Bócio Nodular Tóxico
- Formação de bolas, nódulos que crescem que passam a hipersecretar hormônios T3 e T4;
3ª Causa:
- Uso excessivo de hormônio da tireoide, seja para tratamento do hipotireoidismo, ou em fórmulas para emagrecer.
Principais Sintomas Psicológicos:
Agitação psicomotora
Insônia
Inquietação
Nervosismo excessivo sem causa aparente
Irritabilidade
Agressividade
Sintomas que sugerem bipolaridade (fase da mania)
Instabilidade emocional
Oscilação de humor
Dificuldade de atenção, concentração, memória
Taquilalia (fala de forma acelerada, sem parar)
Fuga de ideias (inicia um assunto,abruptamente, muda para outra)
Principais Sintomas Físicos
Bócio volumoso (perceptível ao olho nu)
Olhos saltados – Exoftalmia
Perda de peso
Excesso de apetite (come muito e mesmo assim emagrece)
Tremores nas mãos
Frequência cardíaca elevada (Taquicardia)
Insuficiência cardíaca
Falta de ar
Sudorese excessiva
Intolerância ao calor (sente muito calor, mesmo estando fio)
Distúrbios menstruais (mulheres)
Infertilidade (mulheres)
Queda de cabelo
Cansaço excessivo, fadiga
Quadros psicótico (delírios, alucinações, parecidos com esquizofrenia)
Diagnóstico
Exames clínicos que medem T3 e T4
T3 e T4 elevador, o feedback de TSH é negativo
Cintilografia – Exames de imagens que mostram que a tireoide está funcionando em demasia
Tratamento
Remédios que bloqueiam o excesso de T3 e T4
Se o aumento da tireoide for muito grande, poderá comprimir a traqueia e o esôfago (dificuldade de alimentação) e se impõem um tratamento cirúrgico de desobstrução, removendo parte da tireoide, podendo desenvolver um quadro de hipotireoidismo pós-cirúrgico, sendo necessário tratar o hipotireoidismo.
Uso de psicofármacos, estabilizadores de humor, eventualmente antipsicóticos
Psicoterapia
Perguntas de Revisão:
Cite 4 diferenças entre diabetes Tipo 1 e Tipo 2.
Diabetes Tipo 1
Incide mais em crianças e adolescentes;
Início súbito, abrupto;
A apresentação inicial de uma pessoa sem tratamento é de estar muito emagrecida;
Doença autoimune (os anticorpos voltam-se contra os órgãos do próprio corpo). Ex.: atacam os rins, articulações, pâncreas, células pancreáticas que produzem insulina... o pâncreas fica destruído;
Diabetes Tipo 2
Não necessariamente é insulino-dependente;
Mais frequente em adultos e idosos;
Não é autoimune;
Em 80% dos casos é decorrente da obesidade;
A pituitária regula três principais glândulas endócrinas. Explique esta regulação e quem regula a pituitária.
Crie um caso clínico de uma paciente com obesidade que necessita psicoterapia.
Paciente A, 35 anos, consulta você por depressão. Refere também diarreia, vômitos, perda de peso e queda de pressão após trauma craniano com destruição de parte do hipotálamo. Pede-se então:
Hipótese diagnóstica mais provável
R. Hipopituitarismo
Explique a hipótese
A destruição por parte do hipotálamo ocasionou a alteração patológica dos hormônios da hipófise, o que chamamos de hipopituitarismo, na sua parte anterior (adenohiófise) que produz diversos hormônios, neste caso o ACTH, que estimula as glândulas suprarrenais a produzir, especialmente, o hormônio cortisol. O tratamento será a reposição desse hormônio com cortisol sintético (cortisona)
Como estão os hormônios T4 e TSH:
Na Doença de Hashimoto
R. Causa de hipotireoidismo. Os anticorpos destroem a tireoide. Baixa de T3 e T4. O TSH aumenta, na tentativa de fazer a tireoide trabalhar, o que não corre, pois ela está destruída.
Hipotireoidismo secundário
R. Problema na hipófise. Baixa de TSH, em consequência, baixa de T3 e T4.
Na Doença de Graves
R. Causa o hipertireoidismo. Alta de T3 e T4. Baixa de TSH.
Conceitue com suas palavras:
Doença autoimune
R. Os anticopos se voltam contra algum órgão do corpo, alterando sua função. Aprendemos 3: Diabetes tipo 1, Doença de Hashimoto e Graves.
Mecanismo de feedback
R. Mecanismo de regulação entre os hormônios e glândulas. 
Feedback positivo: Ex.: aumentando o FL TSH; aumento do LH/ LSH; 
Feedback negativo: Ex.: estrógeno aumenta, diminui o LH/ FSH
Diabetes insípidos
R. Deficiência de ADH, hormônio antidiurético, que regula os líquidos corporais.
Hipotálamo
R. Órgão do SNC que regula a hipófise, faz a ponte entre o SN e Sistema Endócrino
IMC = Índice de Massa Corpórea
R. Níveis que fala de sobrepeso, etc...

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